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A palavra “transporte” vem do latim trans (de um
lado a outro) e portare (carregar).
Transporte é o movimento de pessoas ou coisas
de um lugar para outro.
Os transportes podem se distinguir pela
possessão: o transporte público é destinado a
qualquer pessoa e o privado é restringido
somente a quem os adquiriu.
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A infraestrutura é a malha de transporte:
rodoviária, férrea, aérea, fluvial, tubular, etc.
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Os veículos são automóveis, bicicletas, ônibus,
trens e aeronaves, que utilizam essa malha.
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As operações são as formas como esses
veículos utilizam a rede, como leis, diretrizes,
códigos, etc.
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Terrestre: Carros, ônibus, trem, etc.
Aquático: Navios, canoa, barcos, etc.
Aéreos: Aviões, helicópteros, balão, etc.
Tubular: Gasoduto, oleoduto, etc.
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Até a década de 1950, a economia brasileira se fundava na
exportação de produtos primários, e com isso o sistema de
transportes limitou-se aos transportes fluvial e ferroviário.
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Com a aceleração do processo industrial na segunda metade
do século XX, a política para o setor concentrou os recursos
no setor rodoviário.
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Como resultado, o setor rodoviário, o mais caro depois do
aéreo, movimentava no final do século mais de sessenta por
cento das cargas.
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O transporte aéreo vem passando por um significativo
desenvolvimento.
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Hidrovia é uma via navegável, utilizada por meios de transporte aquáticos
(barcos, navios ou balsas) para transportar mercadorias e passageiros, em
oceanos, mares, lagos, rios, ou canais.
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Para ser navegável alguns fatores influenciam: a largura da hidrovia; a
composição do fundo; a profundidade para poder passar grandes navios; a
dinâmica dos ventos; a presença ou não de pontes e outros obstáculos
(cachoeiras e corredeiras).
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As hidrovias são úteis no transporte de cargas de tonelagem a grandes
distâncias.
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Elas são bem mais vantajosas quando comparadas com o transporte
rodoviário e ferroviário em termos de custo, capacidade de carga,
economia de combustível e também de menor impacto ambiental.
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As desvantagens são: pouca flexibilidade, baixa velocidade e elevados
investimentos na estrutura portuária, construção de eclusas e canais.
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Foi o primeiro meio de transporte instalado (Período
Colonial).
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Hoje, é o sistema de menor participação no transporte
de mercadorias no Brasil.
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Isto ocorre devido a vários fatores: Apesar de termos
uma grande riqueza fluvial, muitos rios do Brasil são de
planalto, apresentando-se encachoeirados, dificultando
a navegação. É o caso dos rios Tietê, Paraná, Grande,
São Francisco etc.; os rios de planície facilmente
navegáveis (Amazonas e Paraguai),
encontram-se
afastados dos grandes centros econômicos do Brasil.
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Nos últimos anos têm sido realizadas várias obras, com
o intuito de tornar os rios brasileiros navegáveis.
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Eclusas são construídas para superar as diferenças de
nível das águas nas barragens das usinas hidrelétricas.
É o caso da eclusa de Barra Bonita no rio Tietê e da
eclusa de Jupiá no rio Paraná.
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Existe um projeto de ligação da Bacia Amazônica à
Bacia do Paraná. É a hidrovia de Contorno, que
permitirá a ligação da região Norte do Brasil às regiões
Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
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O Brasil tem mais de 4 mil quilômetros de costa atlântica
navegável e milhares de quilômetros de rios.
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Boa parte dos rios navegáveis estão na Amazônia - o
transporte nessa região não tem grande importância
econômica.
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Os trechos hidroviários mais importantes, do ponto de
vista econômico, encontram-se no Sudeste e no Sul do
País.
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O pleno aproveitamento de outras vias navegáveis
dependem da construção de eclusas, pequenas obras
de dragagem e, principalmente, de portos que
possibilitem a integração intermodal.
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Hidrovia Araguaia-Tocantins: A Bacia do Tocantins durante os períodos
de cheias é navegável numa extensão de 1.900 km, e no rio Araguaia é
navegável num trecho de 1.100 km.
Hidrovia São Francisco: O Rio São Francisco conhecido como o “Velho
Chico” . O principal trecho navegável do rio possui 1.300 km de extensão e
passa entre as cidades de Pirapora (MG) e Juazeiro (BA).
Hidrovia da Madeira: Considerado um dos principais afluentes do
Amazonas, o rio Madeira, tem extensão total aproximada de 1. 450 km. A
hidrovia esta em obras e permitirá a navegação noturna.
Hidrovia Tietê-Paraná: É uma via de navegação que permite o transporte
de pessoas e cargas ao longo dos rios Paraná eTietê. Esta hidrovia é muito
importante para o escoamento da produção agrícola do Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Goiás e parte de Rondônia, Minas Gerais e
Tocantins. Possui um trecho de 1.250 km navegáveis sendo 450 km no rio
Tietê e 800 km no rio Paraná.
Hidrovia Taguari-Guaíba: A hidrovia de Taquari-Guaíba é a principal em
cargas transportadas. Possui 686 quilômetros de extensão e é operada por
uma frota de mais de 70 embarcações, que movimentam milhares de
toneladas.
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Navegação de cabotagem: navegação entre portos de
um mesmo país ao longo do litoral
Navegação internacional (navegação de longo curso):
transporte de pessoas/mercadorias entre os portos de
diferentes nações.
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Transporte ferroviário é o realizado sobre linhas
férreas para transportar pessoas e mercadorias.
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Seu surgimento está ligado diretamente com a Primeira
Revolução Industrial, no final do século XVIII e início do
século XIX
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Essa revolução ficou marcada por duas importantes
inovações tecnológicas, a invenção da máquina têxtil e
a locomotiva, ambas movidas a vapor.
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A locomotiva revolucionou o jeito de transportar
matérias-primas e mercadorias, por ser capaz de
carregar um elevado número de toneladas ao mesmo
tempo.
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A tecnologia moderna permite alta
velocidade a esse meio de transporte.
eficiência
e
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Há hoje cerca de 1,3 milhão de quilômetros de ferrovias
em todo o planeta.
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O Brasil apresenta a décima maior extensão de trilhos.
Porém é uma extensão pequena, se levarmos em conta
a área do território nacional.
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As mercadorias transportadas neste modal são de baixo
valor agregado, em grandes quantidades e distâncias
como: minério, produtos agrícolas, fertilizantes, carvão,
derivados de petróleo, etc.
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Dentre os países que mais utilizam as ferrovias estão os
Estados Unidos e a Rússia, ambos transportam grande
parte das cargas por vias férreas.
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Na parte da Europa Ocidental, esse tipo de transporte
dispõe de grande tecnologia, sendo usado efetivamente
na locomoção de pessoas e cargas.
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Em geral, o volume de cargas e a quantidade de
quilômetros da malha ferroviária estão diminuindo
gradativamente para dar lugar ao transporte rodoviário.
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As principais deficiências do transporte ferroviário estão
na incapacidade de percorrer superfícies acidentadas e
o fato de não poder conduzir mercadorias até os centros
consumidores, isso porque segue sempre um caminho
definido (trilhos).
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Apesar de transportar um elevado volume de cargas por
longas distâncias, o transporte ferroviário tem um alto
custo na construção e manutenção das vias férreas.
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É o meio de transporte ideal para ser utilizado no Brasil, pois temos
a predominância de terrenos baixos e relativamente planos e
grandes distâncias a serem percorridas.
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Durante décadas, a política de transportes não deu atenção as
ferrovias, o que resultou em envelhecimento da malha ferroviária,
baixa tecnologia, lentidão, falta de armazéns, administração
incompetente e fretes caros.
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Nossa rede foi sendo reduzida e, hoje, temos um pouco mais de 29
mil quilômetros.
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A maior parte das ferrovias encontram-se nos estados de São
Paulo e Minas Gerais.
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A carga agrícola, seria uma excelente mercadoria para ser
transportada por trem, porém quase só utiliza caminhões.
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O transportes de passageiros, aqui no Brasil é quase inexistente.
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Grande capacidade de carga;
Adequado para grandes distâncias;
Baixo custo de transporte;
Baixo custo de manutenção, comparado com o rodoviário;
Possui maior segurança em relação ao modal rodoviário, visto que
ocorrem poucos acidentes, furtos e roubos.
Transporte lento devido às suas operações de carga e descarga;
Baixa flexibilidade com pequena extensão da malha;
Baixa integração entre os estados;
Alto custo de implantação.
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São Paulo – Os metrôs e trens urbanos do país transportaram
2,26 bilhões de passageiros em 2010, 8,25% - ou 187 milhões
de passageiros - a mais que o registrado no ano anterior. Os
dados, do Anuário Metroferroviário, a ser divulgado nos
próximos dias, foram adiantados pelo presidente da Associação
dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (Aeamesp), José Geraldo
Baião.
O levantamento indica que cerca de 90% desses passageiros
estão nas duas maiores metrópoles do país, São Paulo e Rio de
Janeiro. No território nacional existem hoje em operação 17
sistemas de trens urbanos ou metrôs, em uma malha ferroviária
total de 990 quilômetros.
“A demanda grande [pelo transporte ferroviário] requer alta e
média capacidade de transporte, o que faz as cidades se
estruturarem. E contribui para reduzir os níveis de poluição e de
doenças respiratórias”, diz Baião.
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A movimentação no metrô e nos trens urbanos de São Paulo também
apresentou forte elevação no período de 2000 a 2010: no metrô, a
quantidade de passageiros cresceu de 2 milhões por dia para cerca de 4
milhões; nos trens, o aumento foi de 800 mil por dia para 2,5 milhões.
O aumento das linhas e estações no país, no entanto, não é sinônimo de
maior conforto para os passageiros. O metrô e os trens urbanos de São
Paulo, por exemplo, vêm batendo recordes de lotação. Em 12 de agosto,
o metrô atingiu a marca de 4,1 milhões de passageiros transportados
em um único dia, a maior quantidade já registrada. No último dia 6, foi a
vez dos trens urbanos: 2,5 milhões de passageiros em um único dia.
“O setor ferroviário não vai solucionar sozinho o problema de transporte
das grandes cidades. Nós precisamos nos aliar também aos planejadores
urbanos. Se a lógica da cidade vai ser fazer moradia cada vez mais
distante e deixar os setores econômicos que geram emprego no centro
da cidade, nós vamos enxugar gelo”, ressalta o presidente do Metrô de
São Paulo, Sergio Avalleda.
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“Se eu continuar levando as pessoas para morar na Zona
Leste, mas não levar para aquela região o desenvolvimento
econômico, posso fazer mais uma linha, mais duas, mais
três, que elas sempre estarão superlotadas”, destaca.
De acordo com Avalleda, além de ter de suprir a alta
demanda de passageiros, os sistemas de transporte
ferroviário estão com os investimentos “travados”. Não por
falta de recursos, explicou, mas pela morosidade dos
processos licitatórios e de licenciamentos.
“Você tem um regime de licenciamento cada vez mais
rigoroso, mas os órgãos licenciadores não estão sendo
equipados para atender ao rigor desse licenciamento. Não
estou defendendo que não se tenha licença, mas é preciso
agilizar esse processo”.
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