UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Orçamento de Materiais e Estoques
Orçamento de Despesas Gerais
Orçamento de Investimentos e Financiamentos
Grupo Pérola
Angelica Kely Correia Ohnesorge
Derliane de Oliveira Damasceno
Masato Kuranouchi
Orçamento de Materiais e Estoques
Orçamento de Materiais e Estoques




O orçamento de materiais compreende quatro peças:
Consumo de materiais: que indica o custo dos
materiais que serão consumidos pelo programa de
produção.
Estoque de materiais: que é decorrente da política de
estocagem.
Compras de materiais: que é uma consequência dos
dois orçamentos anteriores.
Saldo final mensal de contas a pagar a fornecedores:
que é determinado pelo orçamento de compras.
Orçamento de Materiais e Estoques
Para a execução destes orçamentos são necessários três
estruturas ou tipos de informações:
 Conhecimento da estrutura dos produtos;
 Conhecimento do lead times dos processos de produção,
vendas e compras;
 Conhecimento do tipo de demanda de materiais.
Tipos de Materiais
Materiais Diretos: estão ligados à estrutura do produto e
compreendem:
 Matérias-primas básicas dos produtos finais e complementares;
 Componentes agregados às matérias-primas transformadas;
 Materiais de embalagem.
Materiais Indiretos: são necessários para os processos fabril e
comercial e para atender aos departamentos de apoio.
Compreendem:
 Materiais auxiliares, necessários aos processos produtivos e
comerciais, mas que não se incorporam aos produtos finais e são
consumidos durante os processos;
 Materiais para manutenção dos equipamentos e instalações;
 Materiais de expediente necessários aos processos administrativos.
Estrutura dos Produtos
A estrutura dos produtos compreende todos os materiais
que formam o produto final. Faz-se um detalhamento da
composição do produtos, de forma hierárquica, do produto
final, conjunto, subconjunto e partes. Este detalhamento é
denominado breakdown.
CADEIRA
PÉ
(4)
ASSENTO
(1)
BASE
(1)
ENCOSTO
(1)
ESPUMA
(1)
Lead Times
São tempos de espera. Todos os processo são desenvolvidos
dentro de uma sequência lógica, consomem recurso de
tempo. Os materiais utilizados nesses processos precisam
estar a tempo para o início de cada fase do processo
A empresa precisa desenvolver todo um sistema para
identificar todos os tempos do processamento.
Os materiais devem estar estocados e disponíveis com
antecedência, para que os processos não sejam
interrompidos.
Lead Times, MRP, Política de Estoques e
Prazo Médio de Estocagem
O sistema MRP – Material Requirements Planning
(Planejamento das Necessidades de Material) incorpora os
lead times dos processos produtivos, indicando para os
responsáveis pela fábrica quando os produtos devem ser
fabricados, informando as quantidades e prazo de execução.
Para trabalhar o orçamento de compras de forma mais
sintética muitas empresas estão adotando o critério de
prazo médio de estocagem de materiais. Este prazo é
o giro de estoque em relação ao consumo de materiais,
transformado em dias de consumo. Da mesma forma a
política de estoque também pode ser expressa em dias.
Comportamento da Demanda dos
Materiais
O MRP trabalha com dois conceitos de demanda:
 Dependente: é a necessidade de materiais relacionada com a
estrutura dos produtos; e
 Independente: é a necessidade de materiais que não é
atrelada diretamente com as estruturas de produtos. A
metodologia utilizada para calcular as necessidades desses
materiais é a do ponto do pedido, onde, com informações
do consumo médio já acontecido dos materiais e da política
de estocagem arbitrada para cada um deles, se determina em
que momento os materiais devem ser comprados.
Tipos de Materiais e Comportamento
da Demanda


Os materiais diretos tem comportamento de demanda
dependente.
Os materiais indiretos tende a ter comportamento
independente de demanda. Mas há uma série de materiais
indiretos, principalmente os auxiliares que tem uma
correlação de consumo direta com o processo de
fabricação dos produtos e que podem ter demanda
dependente.
Sistema de Custos e Custo de Materiais
dos Produtos
O grande usuário das informações da estrutura dos
produtos é o sistema de custos. A apuração do custo
unitário dos produtos parte da estrutura do produto
para obter os custo unitário dos materiais de cada
produto. O custo dos materiais compreende as
matérias-primas e os componentes adquiridos de
terceiros.
Orçamento de Consumo de Materiais
a)
b)
c)
d)
e)
São as seguintes estruturas informacionais básicas
necessárias para o orçamento de consumo de
materiais:
Orçamento do programa de produção;
Estrutura dos produtos constantes do programa de
produção;
Informações de demanda média dos materiais
indiretos;
Preço de compra dos materiais constantes do sistema
de suprimentos;
Política de estocagem.
Apuração do Custo Unitário de
Materiais por Produto
De posse da estrutura de cada produto e as informações dos preços de
aquisição de materiais pode-se construir o custo unitário de materiais
de cada produto.
Uma metodologia de cálculo a ser utilizada é manter o custo unitário
com preços fixos em uma data-base, para depois, na elaboração do
orçamento de consumo fazer uma indexação média, em virtude das
eventuais variações de preços.
Materiais
Matéria-prima
Componente 1
Componente 11
Componente 2
Subtotal
Subconjunto 21
Total
Origem
N
N
N
N
I
Produto X
Estrutura
Sistema de
do Produto
Compras
Qte.
Pr Unitario
30
3
3
12
2
20
2
55
1
70
Total
90,00
36,00
40,00
110,00
276,00
70,00
346,00
Impostos sobre Compras
Para início do orçamento de compras é necessário
identificar os impostos sobre as entradas de materiais e
serviços. Como cada empresa tem sua especificidade e os
impostos são variáveis, utiliza-se o conceito de alíquotas
médias, que podem ser obtidas na escrituração fiscal.
Impostos
ICMS/IVA
IPI/Imposto Seletivo
TOTAL
Nacionais
Importados
Indiretos
(Em %)
(Em %)
(Em %)
18,00
18,00
18,00
-
-
-
18,00
18,00
18,00
Orçamento de Compras e Estoque de
Materiais






O orçamento de compras de materiais decorre:
Da política de estoque de materiais;
Do orçamento de consumo de materiais-líquido dos impostos;
Dos impostos incidentes sobre compras de materiais.
A mensuração dos estoque de materiais deve ser feita após a adoção
do critério de valorização. A metodologia ideal para mensuração dos
estoques de materiais é:
Identificar pelo MRP as quantidades que o sistema projeta como
estoque final de cada item de matéria-prima, componente e material
indireto;
Fazer projeção do preço médio sem impostos de cada material,
tomando como base os dados do estoque inicial e os preços médios
de compra orçados;
Elaborar a mensuração de cada item pelo preço médio obtido acima.
Orçamento de Estoques de Produtos em
Processo e Produtos Acabados
Há um aumento da complexidade do cálculo da projeção,
pois envolvem também o custo de fabricação, cujos dados
provem do orçamento das despesas departamentais.
Necessita-se orçar os custos:
 Da produção;
 Da produção acabada;
 Da produção inacabada (estoque em processo);
 Da produção vendida;
 Dos estoques de produtos acabados.
A maior dificuldade centra-se na valoração dos custos da
produção que não foram alocados à produção acabada e
continuam retidos em elaboração.
Estoque de Produtos em Processo e
Custo da Produção Acabada
Exemplo de orçamento de estoque de produção em
processo e mensuração do custo da produção acabada,
tomando como base os dados anuais orçados para fins de
simplificação.
Discriminação
A – Saldo Inicial
Materiais em Processo
Custos de Transformação em Processo
B – Saldo Final
Materiais em Processo
Custos de Transformação em Processo
C – Custo da Produção em Processo – Anual
Horas Diretas Trabalhadas
- Custo de Transformação do ano (médio)
- Materiais consumidos no ano
Subtotal
Custo da Produção Acabada (A+C-B)
Produção – Quantidades
Custo Médio de Produção
Dias
20
20
Produto X
Produto Y
Total
92838
57991
34847
125810
75548
50262
84459
64125
20334
76763
47434
29329
177297
122116
55181
202573
122982
79591
31259
1081190
1269384
2350574
2317602
3283
705,94
18240
630895
867004
1497899
1505595
2463
611,28
49499
1712085
2136388
3848473
3823197
5746
1317,22
Estoque de Produtos Acabados e
Custo dos Produtos Vendidos
Partindo do custo da produção acabada pode-se elaborar
o custo médio dos produtos fabricados e
consequentemente, vendidos ou estocados.
Discriminação
Em Quantidades
Estoque Inicial
Produção
Subtotal – EI + Produção
Vendas
Estoque Final
Em Valor
Estoque Inicial
Produção Acabada
Subtotal – EI + Produção
Custo Médio Ponderado
Custo dos Produtos Vendidos
Estoque Final
Produto X
Produto Y
Total
200
3283
3483
3290
193
100
2463
2563
2430
133
300
5746
6046
5720
326
124000
2317602
2441602
701,01
2306308
135294
55000
1505595
1560595
608,89
1479612
80983
179000
3823197
4002197
1309,9
3785920
216277
Variação dos Estoques de Produção
Para fins de elaboração da demonstração de resultados
mensais projetada, é necessária a obtenção dos dados da
variação dos estoques industriais. Como o orçamento de
estoques em processo e acabados foi feito de forma
anual e sintética, elaboramos uma tabela objetivando
distribuir a variação do ano desses estoques para todos
os meses do período orçado.
Variação dos Estoques de Produção
Produtos
Inicial
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Valor do EF em
Processo
92838
95586
98583
Valor do EF
Acabado
124000 124941 125882 126824 127765 128706 129647 130588 131529 132471 133412 134353 135294
SOMA
216838 220527 224465 228405 232343 236281 240220 244158 248097 252036 255975 259913 261104
Total
Produtos X
Variação Mensal
101581 104578 107575 110573 113570 116568 119565 122563 125560 125810
3689
3938
3940
3938
3938
3939
3938
3939
3939
3939
3938
1191
44266
Produtos Y
Valor do EF em
Processo
84459
83817
83176
82535
81893
81252
81611
79969
79328
78687
78045
77404
76763
Valor do EF
Acabado
55000
57165
59330
61496
63661
65826
67991
70157
72322
74487
76652
78818
80983
SOMA
139459 140982 142506 144031 145554 147078 149602 150126 151650 153174 154697 156222 157746
Variação Mensal
1523
1524
1525
1523
1524
2524
524
1524
1524
1523
1525
1524
18287
Orçamento de Despesas Gerais
Aspectos Gerais do Orçamento de Despesas
Orçamento seguindo a hierarquia estabelecida;
 Departamentalização;
 Orçamento para cada área de responsabilidade;
 Custos Controláveis;
 Quadro de premissas;
 Levantamento das informações-base;
 Observação do comportamento dos gastos;
 Orçar cada despesa segundo sua natureza e
comportamento.

Organograma Empresarial e
Departamentalização
O orçamento segue a hierarquia da empresa. A
representação através de um organograma facilita a análise
dos gastos, identificação dos setores e sintetiza os
orçamentos analíticos.
A departamentalização é o critério mais utilizado para
estruturar o sistema de informação contábil orçamentário,
segundo o organograma empresarial. Consiste em
identificar as menores áreas de responsabilidade, com o
menor nível de decisão e, portanto, grau de
responsabilidade sobre controle, dentro do conceito de
centro de custo ou centro de despesa.
Organograma Empresarial e
Departamentalização
Accountability e Custos Controláveis
É importante que cada responsável, no menor nível de
decisão da hierarquia da empresa, tenha seu próprio
orçamento. O fundamento dessa responsabilidade é o
conceito de custos controláveis, ou seja, devemos
orçar para cada centro de custo unicamente os
custos que são controlados pelo responsável pelo
centro de custo.
Accountability e Custos Controláveis
Não existem custos não controláveis. Conforme Moore e
Jaedicke,
“...todos os custos são controláveis gerencialmente em um nível
ou outro”
O Conceito de custos controláveis está dentro de um conceito
fundamental de contabilidade por responsabilidade que é
denominado de accountability, que, em linhas gerais, é a
responsabilidade do gestor de prestar contas de seus atos ou a
obrigação de reportar os resultados obtidos.
Rateio no orçamento de Despesas
Departamentais
Algumas despesas são de consumo comum, ou seja,
os gastos são efetuados de uma só vez, mas o serviço
atende a vários setores ou centro de custos. Ex.
Gastos com conservação e limpeza dos edifícios.
O rateio não é recomendado sob o conceito de
accountability. Deve-se sempre orçar a despesa no
centro de custo do responsável pela gestão do gasto.
Orçamento por atividades
As empresas que adotam o método de custeamento
atividades (Custeio ABC) devem, em princípio,
adotar a mesma metodologia no seu processo
orçamentário. Assim, o orçamento de cada centro de
custo deverá ter suborçamentos por atividade.
Característica comportamentais dos Gastos
Cada despesa apresenta um valor que decorre de suas
características próprias. Sendo a principal a variação do
seu valor em ralação a alguma outra variável, que ocorre
dentro ou fora da empresa, e que se relaciona com a
despesa. Essa reação é denominada comportamento das
despesas.
Característica comportamentais dos Gastos
Cada despesa deve ser orçada
características comportamentais.
segundo
suas
A
classificação
tradicional
para
análise
de
comportamento dos gastos em relação a alguma
atividade é a sua separação em custos e despesas fixas e
custos e despesas variáveis. Neste caso, as variáveis
utilizadas são o volume de produção e de vendas, ou o
volume de atividades que direcionam os gastos.
Custos Fixos e capacidade de produção ou
vendas
Os custos fixos também denominados custos de
capacidade, medem os gastos necessários para a
operacionalização da fábrica e da comercialização em
determinado nível de capacidade. Podem ser
classificados em custos fixos comprometidos e
custos fixos discricionários.
Custos Fixos e capacidade de produção ou
vendas

Custos fixos comprometidos: são aqueles ligados
intrinsecamente à utilização de um parque fabril ou
comercial – são gastos para manter a fábrica ou as
vendas em operação. Ex. Aluguéis de imóveis
operacionais, taxas de funcionamento, etc.

Custos fixos discricionários: são gastos que são
administrados e podem ser alterados dependendo da
dotação orçamentária anual. Ex. despesas com
publicidade e propaganda.
Custos Variáveis, Semivariáveis, Semifixos e
Estruturados



Custo Variável: É o custo que tem relação direta e
proporcional com o volume de produção, venda ou
outra atividade. Ex. Materiais diretos;
Custos Semivariáveis – São custos que variam em
proporção diversa da proporção da variação do
volume de produção ou de venda. Ex. Gastos com
Materiais indiretos;
Custos Semifixos - São os custos que contêm, na sua
formação de valor, uma parcela fixa e outra que varia
com as atividades. Ex. Gastos despesas com telefone
(assinatura mais pulsos);
Custos Variáveis, Semivariáveis, Semifixos e
Estruturados

Custo Estruturado – É chamado de custo estruturado
o custo que tem uma variação em relação ao elemento
sob o qual ele é estruturado ou ligado e é causa de seu
valor maior ou menor. Ex. Despesas de viagens
relacionadas com quantidade de vendedores; despesas
de consulta a entidades de proteção ao crédito, que
estão relacionadas com pedidos de venda e análise de
crédito a serem efetuados.
Despesas a serem orçadas
Para cada departamento (centro de custo) deverá
haver uma peça orçamentária que compreenda as
despesas e suas responsabilidades e administração. Em
linhas gerais, são quatro grupos de despesas:
Mão-de-Obra Direta e Indireta;
 Consumo de materiais indiretos;
 Despesas Gerais Departamentais; e
 Depreciações e Amortizações Departamentais.

Mão-de-Obra Direta e Custos Indiretos de
Fabricação
Uma metodologia muito utilizada é elaborar o
orçamento de despesas departamentais separando os
gastos com mão-de-obra direta dos demais, que passam
a ser denominados, no seu conjunto, de custos, gastos ou
despesas indiretas de fabricação.
O pressuposto básico é que mão-de-obra direta é um
custo variável/direto, enquanto que os demais gastos são
indiretos e devem ser absorvidos no custeamento
unitário dos produtos, não havendo a necessidade de
separação pelos principais grupos de despesas, nem pelo
centro de custo.
Mão-de-Obra
O orçamento dessas despesas apresentará gastos
previstos com as despesas de pessoal de toda a
empresa.
Os gastos com pessoal incluem todo o tipo de
remuneração paga aos funcionários, bem como os
encargos sociais incidentes sobre a mão-de-obra.
Mão-de-Obra -> Dados Quantitativos
É imprescindível no orçamento de despesas
incorporar os dados quantitativos básico referentes à
mão-de-obra, tais como:
 Número de funcionários por centro de custo, diretos
e indiretos;
 Horas a serem trabalhadas por centro de custo,
diretas e indiretas.
Consumo de Materiais Indiretos
Compreende o orçamento dos materiais indiretos
utilizados nas operações do departamento ou atividade,
sejam eles ligados indiretamente aos produtos finais ou
necessários para atividades dos funcionários.
Devem ser orçados por centro de custos, pois não são
ligados diretamente aos produtos e o seu consumo é
acionado pelo responsável do departamento.
Consumo de Materiais Indiretos
Os principais materiais indiretos são, entre outros:
 Materiais
auxiliares;
 Ferramental e dispositivos;
 Combustíveis;
 Lubrificantes;
 Material de manutenção;
 Material de conservação e limpeza;
 Material de segurança do trabalho;
 Material de expediente; e
 Material de escritório.
Despesas Gerais Departamentais
São as demais despesas de consumo dos centros de
custos ou atividades, conforme o plano de contas
utilizado pela empresa. Cada despesas deve ser
orçada considerando suas características próprias e
seu comportamento em relação a alguma atividade
estruturada, se houver.
Despesas Gerais Departamentais
Alguns exemplos de despesas gerais:
 Energia Elétrica;
 Telecomunicações e comunicações;
 Gastos com consumo de água e esgoto;
 Publicidade, propaganda, brindes, anúncios e
publicações;
 Comissões sobre vendas;
 Aluguéis e arrendamento mercantil;
 Consultoria, assessoria, auditoria externa;
 Despesas Legais;
 Serviços autônomos.
Depreciações e Amortizações
Compreende as depreciações e amortizações de bens e
direitos a disposição de cada centro de custo. O
subsistema de controle patrimonial auxilia no cálculo das
depreciações e amortizações. Devem ser alocadas e
orçadas por centro de custo/departamento.
As despesas a serem orçadas compreendem as
depreciações e amortizações:
 dos
bens e direitos existentes;
 dos bens e direitos a serem adquiridos durante o
exercício orçamentário e decorrente do orçamento de
investimentos.
Bens de Uso Comum ou sem Clara
Atribuição Departamental
Esse orçamento apresenta algumas dificuldades
operacionais, por isso algumas empresas não orçam as
depreciações e amortizações por centro de custo. São
algumas dificuldades:
Equipamentos qualificados pelo setor de custos como
diretos aos produtos, e portanto, sem necessidade de
atribuir responsabilidade departamental;
 Bens e direitos controlados centralizadamente por
outros setores em que o uso e a necessidade sejam
distribuídos em todos os departamentos. Ex.
equipamentos de informática controlados pelo setor de
Tecnologia de informação, mas de uso distribuído.

Bens de Uso Comum ou sem Clara
Atribuição Departamental

Bens que são de uso comum e a depreciação só pode
ser distribuída através de critérios de rateio. Ex.
sanitários, corredores, veículos de transporte interno e
externo.

Bens em desuso ou em disponibilidade para venda, em
que a depreciação é calculada apenas para fins fiscais. Ex.
imóveis não operacionais, equipamentos desativados das
operações e preparados para venda, leilão ou
sucateamento.
Bens de Uso Comum ou sem Clara
Atribuição Departamental
Algumas sugestões para inclusão da depreciação e
amortização no orçamento, segundo Padoveze:


Criação de um centro de custo específico para
absorver as depreciações e amortizações, com
administração do setor de controladoria, sem
atribuição a nenhum outro departamento, no caso
de itens em desuso e em disponibilidades.
Alocar as depreciações e amortizações aos setores
que centralizam sua administração, no caso dos
elementos patrimoniais de uso comum.
Bens de Uso Comum ou sem Clara
Atribuição Departamental

Alocar as depreciações e amortizações aos setores
que utilizam os bens e direitos, no caso de uso
distribuído.

Alocar as depreciações e amortizações no centro de
custo da gerência ou diretoria responsável, no caso de
equipamentos diretos.
Critério de cálculo das Depreciações e
Amortizações
A depreciação pode ser vista sob vários conceitos,
sendo alguns:
 Depreciação como perda de valor dos bens pelo uso,
desgaste ou obsolescência;
 Depreciação como método de incorporação do custo
dos equipamentos imobilizados para custeio dos
produtos;
 Depreciação como avaliação da perda do potencial de
serviços futuros dos imobilizados;
 Depreciação para incorporação no processo de análise
de retorno de investimentos.
Critério de cálculo das Depreciações e
Amortizações
Os diversos conceitos fazem com que o valor a ser
lançado a titulo de depreciação e amortização seja
bastante discutido. Os critérios possíveis de serem
adotados são diversos.
Sob o enfoque de gestão econômica e Controladoria
com o foco em resultados, o conceito mais adequado
de depreciação é entender a depreciação como perda
do potencial de serviços futuros a ser prestado pelo
equipamento.
Critério de cálculo das Depreciações e
Amortizações
No entanto, está havendo um uso intenso da
contabilidade para fins fiscais e legais. Desta maneira, há
um entendimento que o cálculo das depreciações e
amortizações no plano orçamentário pode ser feito sob
este conceito, fazendo com que a projeção da
Demonstração de Resultado e do Balanço Patrimonial
reflita os demonstrativos contábeis sob os conceitos
legais.
Premissas e Dados Base
Uma metodologia muito válida e utilizada para facilitar o
cálculo do orçamento de despesas é a construção de
um conjunto de premissas para validar o processo de
orçamentação das principais despesas de forma
genérica. Juntamente com as premissas, recomenda-se a
construção de um banco de dados base com valores ou
informações que possam auxiliar a construção de todas
as peças orçamentárias de despesas para todos os
centros de custos.
Orçamento de Investimentos e
Financiamentos
Orçamento de Investimento

Objetivo:
◦ Tem a finalidade de fazer a orçamentação dos demais
componentes do Balanço Patrimonial e da
Demonstração de Resultados, que não foram
contemplados no orçamento operacional.
Orçamento de Investimento

Foco:
◦ O enfoque básico é elaborar o orçamento dos gastos
previstos com investimentos que serão ativados como
Ativo Permanente, bem como dos financiamentos
necessários para fazer face à necessidade de fundos
para sua aquisição.
Orçamento de Investimento

Os segmentos do plano orçamentário nos
Demonstrativos Contábeis Básicos.
◦ A base da segmentação do plano orçamentário segue a
lógica da estrutura dos demonstrativos contábeis
básicos, a demonstração de resultados e o balanço
patrimonial.
Orçamento de Investimento

Os segmentos do plano orçamentário nos
Demonstrativos Contábeis Básicos.
◦ Os principais operacionais do Balanço Patrimonial devem ser orçados
juntamente com a peça orçamentária que lhes dão origem.
◦ O Orçamento de Investimento liga-se ao Ativo não Circulante. O
Realizável a Longo Prazo pode ser tanto localizado no Orçamento de
Investimentos, se for relevante ou deixá-lo como um item da projeção, se
não for significativo.
Orçamento de Investimento

Esta peça orçamentária não se liga apenas aos planos de
curto prazo, parte dos investimentos necessários para o
próximo exercício é decorrente dos planos operacionais
que se originam do planejamento estratégico. O
orçamento compreende os investimentos dos planos
operacionais e em execução no período orçamentário,
bem como os investimentos necessários detectados para
o período em curso.
Orçamento de Investimento

Análise das Alternativas de Investimentos
◦ É condição intrínseca do orçamento de investimentos a aplicação
das técnicas de análise de alternativas de investimentos e
rentabilidade de projetos. Cada investimento ou plano de
investimento será objeto de um estudo específico de sua
rentabilidade a das alternativas possíveis.
Orçamento de Investimento

Finalidades e principais Orçamentos de Investimentos
◦ Em principio todos os elementos do Ativo não Circulante
deverão ser atendidos por uma peça orçamentária.
◦ É parte integrante deste orçamento a previsão dos
desinvestimentos – venda ou disponibilização de ativos
permanentes – podem acontecer de forma natural por troca ou
renovação tecnológica, como podem fazer parte de planos
originais de investimentos, como elementos para reduzir a
necessidade de investimentos financeiro.
Orçamento de Investimento

Finalidades e principais Orçamentos de
Investimentos.
◦ Podemos, então, ter as seguintes peças orçamentárias:






Orçamento de aquisição de investimentos em outras empresas
Orçamento de venda de investimentos em outras empresas.
Orçamento de aquisição de imobilizados.
Orçamento de despesas diferidas.
Orçamento de baixa de ativos diferidos.
Orçamento de depreciações, exaustões e amortizações das
novas aquisições e baixas.
Orçamento de Financiamentos

Objetivo:
◦ Este orçamento tem por finalidade prever tudo o que for
relacionado com a área de obtenção de fundos, os gastos para
manutenção destes fundos e os pagamentos previstos.
◦ A obtenção de novos fundos deveria estar ligada às necessidades
de investimentos em ativos permanentes. No entanto outras
necessidades de fundos podem ocorrer, tais como: fundos para
prover necessidade de capital de giro, programas estratégicos de
propaganda, instalação ou atualização dos canais de distribuição,
Atualização dos sistemas de informação, fusões etc.
Orçamento de Financiamentos

Principais orçamentos e informações
necessárias:
◦ As seguintes peças orçamentárias fazem parte do
conjunto de Orçamentos e Financiamentos:
 Orçamentos de novos financiamentos ou fontes de fundos,
suas despesas financeiras e seus desembolsos.
 Orçamento de despesas financeiras e desembolso dos já
existentes.
 Orçamento de outras despesas financeiras.
 Orçamento de outras receitas financeiras.
Orçamento de Financiamentos

Principais orçamentos e informações necessárias:
◦ As informações necessárias para elaboração do orçamento para
todos os financiamentos existentes os previstos são os seguintes:






Tipo de financiamento e sua moeda de origem.
Indexador contratual, se houver.
Taxa de juros.
Spread e comissões bancárias.
Impostos incidentes
Prazos de carência e cronograma de amortização do principal da
dívida e dos juros.
Orçamento de Financiamentos

Orçamento de Novos Financiamentos.
◦ As necessidades de investimentos podem ser
financiadas de várias maneiras. A mais comum é a
obtenção de financiamentos, sejam de origem nacional
ou do exterior em moeda estrangeira.
◦ Há também outras formas de financiamentos menos
utilizadas com: Recursos apontados pelos donos do
capital (sócios e acionistas) e Debêntures conversíveis
e não conversíveis.
Orçamento de Financiamentos

Orçamento dos financiamentos existentes
◦ O procedimento para criar uma planilha de
orçamento de financiamentos existentes é o mesmo
para criar a planilha de novos financiamentos, só que
os saldos não partem das necessidades de
investimentos atuais e sim do saldo do balanço inicial
do período orçamentado.
Orçamento de Financiamentos

Orçamento de outras despesas financeiras.
◦ São gastos necessários para as atividades normais junto aos
estabelecimentos bancários, decorrentes de outras operações
financeiras ou serviços prestados pelos bancos, ou despesas
financeiras marginais a outras operações e que geralmente são
consideradas como despesas financeiras pela contabilidade. Estes
gastos, apesar da nomenclatura financeira, devem ser
considerados como gastos das atividades operacionais da
empresa, pois, na realidade, são resíduos financeiros de
transações de compra e venda, impostos ou serviços bancários.
Orçamento de Financiamentos

Orçamento de outras Receitas financeiras.
◦ As receitas financeiras com excedentes de caixa
(aplicações financeiras) só são possíveis de ser
calculadas após o Orçamento de Caixa ou a
Demonstração do Balaço Final e Demonstração de
Resultados.
◦ FIM
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Orçamento de Materiais e Estoques