COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PLANALTO - PARANÁ NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE FRANCISCO BELTRÃO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO OUTUBRO DE 2010 1 SUMÁRIO I – IDENTIFICAÇÃO...........................................................................................................04 II – HISTÓRICO...................................................................................................................05 III – ESCOLA QUE TEMOS E QUE QUEREMOS............................................................08 IV – AVALIAÇÃO DA CONSTRUÇÃO DO P.P.P............................................................19 V – CONCLUSÃO................................................................................................................20 VI – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................21 ANEXOS...............................................................................................................................22 2 INTRODUÇÃO A construção do Projeto Político Pedagógico é necessário para a organização escolar. Além da dimensão política, há a busca da participação, da democratização da escola. A gestão democrática deve ser uma prática cotidiana que contém o princípio da reflexão, da compreensão e da transformação que envolve, necessariamente, a formulação de ações que viabilizem possibilidades reais, e responsabilidades a serem tomadas juntas à comunidade escolar. Portanto, juntamente com todos os seguimentos da escola, bem como com a participação de pais, procurou-se estabelecer critérios e ações que possam dar autonomia à escola, sendo esta desafiadora e construtora de novas relações sociais, refletindo constantemente sobre sua prática e seus compromissos com o saber elaborado, pois ao conceber a educação escolar como condição necessária para a construção da cidadania, precisa-se necessariamente possibilitar esta construção. Assim sendo, é preciso repensar a prática pedagógica vigente, optando em buscar como linha norteadora das ações, a Pedagogia Histórico-Crítica, onde os educandos e a própria comunidade escolar possam fazer e transformar a sua história, na perspectiva de compreender o mundo, valorizar seu saber, sua cultura, enfim, construir a própria identidade. Assumir, então, uma prática emancipadora, requer de toda escola o conhecimento da realidade social a qual se está inserido, e desta, fazer uma prática reflexiva, partindo do próprio contexto sócio-cultural. 3 OBJETIVOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO • Organizar programas através de conteúdos socialmente significativos, os quais venham trabalhar com a criatividade, ética e com a crítica. Compreendendo a dinâmica das relações existentes e da necessidade de interagir na busca das mudanças esperadas. • Criar espaço que incentive a auto-organização dos sujeitos escolares, trabalhando a participação coletiva nos processos educacionais, onde a gestão da escola assegure a representação de todos os seguimentos envolvidos. • Realizar com autonomia as sugestões levantadas em assembleias com a comunidade escolar em benefício de nossos alunos tendo para isso a garantia e o conhecimento do Núcleo Regional de Educação. • Respeitar e incentivar a liberdade de pensamento, e a capacidade argumentativa de professores, equipe pedagógica, direção, pais e alunos. • Permitir aos alunos o domínio do conhecimento, o acesso e a fruição das conquistas históricas da humanidade. • Proporcionar aos alunos o conhecimento e a valorização das manifestações culturais, compreendendo as relações de interdependência entre as raças e regiões geográficas. • Possibilitar a prática da solidariedade, respeitando alunos inclusos, a diversidade cultural, raça, cor, religião, orientação sexual, e população do campo, mas acima de tudo, buscar a realização da verdadeira inclusão. • Proporcionar à todos um ambiente saudável, de comprometimento e responsabilidades, onde o saber elaborado seja trabalhado a contento de todos, e que as diferenças sejam metas a serem atingidas. 4 COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO I - IDENTIFICAÇÃO Colégio Estadual José de Anchieta Ensino Fundamental e Médio, está situado na Rua Joaquina de Vedruna, nº 284, área urbana do município de Planalto, Estado do Paraná, teve a sua autorização de funcionamento pela Res. 1.877/81 de 18/08/81, na época sob a denominação de Grupo Escolar de Planalto, destinando-se somente para 1ª à 4ª séries. Em 1983, pela Resolução n.º 2.147/83 de 08/06/83, passou para Escola Estadual José de Anchieta – Ensino de 1ª Grau. Em 1986 pela Resolução 380/86 de 30/01/86 foi autorizada à implantação gradativa de 5ª a 8ª séries. Em 1988 pela Resolução nº1482/88 de 18/05/88 foi reconhecida a Escola de 1ª à 8ª séries. O Departamento de Ensino de Segundo Grau, considerando o Parecer 15/98, a Resolução 03/98, 03/99 DESG/SEED e o Parecer Técnico nº. 386/99 emitido pelas Equipes de Ensino e Estrutura e Funcionamento do NRE de Francisco Beltrão, aprova a proposta curricular do Ensino Médio do Colégio Estadual José de Anchieta do município de Planalto no turno diurno e noturno. Em 1998, pela Resolução 1452/2000 foi autorizada à implantação gradativa do Ensino Médio. O Regimento atual entrou em vigor pelo Ato Administrativo nº. 318/2008, através da Deliberação nº16/99 – CEE e o Parecer Conjunto nº. 268/2008 –SEF/EP/NRE. A Proposta Pedagógica em vigor teve sua regulamentação pelo Parecer nº. 025/08 datada em 08/07/2008. 4 II - HISTÓRICO Com a implantação do Ensino Médio, o espaço tornou-se inadequado, pois o prédio do CE José de Anchieta possuía dois blocos e quando da municipalização do ensino, a Educação Infantil e o Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série os quais pertenciam ao CE José de Anchieta permaneceram no bloco que utilizavam anteriormente, assim, gradativamente foi faltando salas de aula. Com isto o diretor da época, em comum acordo com o prefeito municipal, tomaram a seguinte postura: o CE José de Anchieta mudou-se para o prédio da CNEC – Campanha Nacional das Escolas da Comunidade e as turmas do ensino municipal que ai estavam mudaram-se para o outro bloco o qual até então estava o CE José de Anchieta. A Prefeitura quer comprar o prédio da CNEC ou reformá-lo, em contra partida, conforme negociações, a SEED também teria que optar pela reforma ou pela compra, só assim a situação seria resolvida e aconteceria as devidas cedências onde o Colégio Estadual estaria documentado conforme sua localização atual. Atualmente, existem dois números de Protocolos da Desapropriação nº. 7.237.550-5 e o de nº. 7.368.620-2, porém ainda não se tem um parecer final. O colégio Estadual José de Anchieta oferta Ensino Fundamental e Médio, nos três períodos; Matutino, Vespertino e Noturno, e a Educação de Jovens e Adultos fase II Ensino Fundamental e Ensino Médio no Noturno. Atende-se um total de alunos assim distribuídos: 35 alunos no fundamental da EJA e 31 alunos no Ensino Médio – EJA, 320 alunos no Ensino Fundamental Regular e 220 alunos do Ensino Médio Regular, mais a Sala de Recursos em dois períodos, bem como o CAEDV também com dois períodos. Na parte da tarde ainda, temos em funcionamento da Sala de Apoio de 5ª séries Português e Matemática, o CELEM em Língua Espanhola, e os Programas Viva Escola. Em relação à Organização Curricular, funciona de forma seriada e anual. Onde os alunos são avaliados bimestralmente. O quadro de funcionários da escola é o seguinte: • Diretora • Diretora Auxiliar • Equipe Pedagógica • Professores de Língua Portuguesa • Professores de Matemática • Professores de Ciências 5 • Professores de História • Professores de Geografia • Professores de Ed. Física • Professores de Artes • Professores de Ensino Religioso • L.E.M Inglês • Professores de Química • Professores de Física • Professores de Biologia • Professores de Filosofia • Professores de Sociologia • Professora Especial – Sala de Recurso • Professora Especial - CAEDV • Professora Especial - Professoras de Apoio Permanente • Professora do Celem • Professores do Viva Escola • Bibliotecárias • Secretários • Auxiliares de Serviços Gerais O colégio dispõe dos seguintes ambientes: - Secretaria - Direção - Sala da Equipe Pedagógica na qual funciona também a videoteca, por falta de espaço físico. - Cozinha - Almoxarifado - Depósito de merenda - Banheiro para professores - Biblioteca - Sala de Professores - 16 Salas de aula - Banheiros masculinos (alunos) 6 - Banheiros femininos (alunas) - Duchas externa feminina - Duchas externa masculina - Saguão nos dois pisos - Quadra de esportes (não coberta) - Laboratório de Física, Química e Biologia − - Laboratório de Informática 7 III - ESCOLA QUE TEMOS E QUE QUEREMOS A realidade atual nos mostra que ocorreram algumas mudanças no nível social, começando pela renda familiar (um a dois salários mínimos), muitos sendo provenientes de auxílio do Governo Federal, e que alguns não utilizam como deveria ser, acentuando ainda mais os problemas como baixa auto estima, e a não permanência dos alunos na escola . O que leva em alguns casos a busca pelo trabalho para aumentar a renda familiar. As influências sociais negativas também são percebidas dentro da escola, através de algumas atitudes, onde alguns demonstram envolvimento com prostituição, roubos, drogas, bebidas. Nos demais casos, as necessidades econômicas se mostram um pouco diferente, pois uma grande parcela são filhos de agricultores, dependem do transporte escolar, porém possuem uma qualidade de vida melhor, bem como possuímos uma parcela oriunda da zona urbana, com nível econômico capaz de atender as necessidades básicas e oferecer uma boa qualidade de vida. Em alguns casos, percebe-se que a escolaridade dos pais aumentou para o ensino fundamental completo e ou ensino médio devido às exigências do mercado de trabalho. Quanto ao nível sócio-cultural das famílias, em alguns casos melhorou devido ao acesso às informações como palestras, cursos, informática, projetos culturais, e a própria religião, através de grupos de famílias, catequese, jovens, PROERD, e pastorais. Porém temos casos onde o acesso às informações continua sendo através do rádio ou da televisão, outros, nem estes possui. A comunidade anseia que o conhecimento adquirido pelos alunos seja de boa qualidade. Tendo como prioridade a formação integral do indivíduo, para que atue de forma crítica e consciente no meio em que está inserido. Porém muitas vezes espera-se que a escola desempenhe a função de ensinar, educar, aconselhar, e que seja paternalista e assistente social, afastando os compromissos básicos dos pais com os filhos, mas felizmente temos aqueles que veem a escola como Instituição de Ensino e sua colaboradora, participando ativamente, atuando como verdadeiros pais e não somente quando são convocados. Devido a todo este sistema vigente, temos dificuldades para colocar a filosofia da escola em prática, a qual tem como princípio “Preparar o aluno para a vida, para que possa relacionar-se com as pessoas que o cercam, e prepará-lo para vencer os obstáculos da vida, prevendo o respeito, a solidariedade, a aceitação das diversidades: étnicas, religiosas, culturais, social, econômica e de capacidades”.Mas como educadores, almejamos o 8 desenvolvimento da personalidade, qualificação para o trabalho e socialização, respeitando os valores individuais, chegando assim a um espírito crítico, obtendo uma verdadeira cidadania. A escola responde como articuladora, desde que exista um compromisso entre família e os demais segmentos da sociedade. A escola tem procurado fazer da cidadania o fio condutor da ação pedagógica, pois é através dela que o aluno torna-se o centro do processo educativo com condições de exercê-la nas diversas situações da sua vida diária. Sabemos das dificuldades da escola em responder às aspirações dos pais, alunos, e professores. Pois não é somente a escola que forma e educa, mas a sociedade como um todo, porque o educando está em processo de formação e transformação e infelizmente a escola tem se ocupado de muitas tarefas que não são suas, dificultando assim seus verdadeiros objetivos. Sendo assim, precisamos rever nossos objetivos, e traçar nossas metas para que a escola e seus profissionais não percam sua verdadeira identidade. Que a escola seja o espaço destinado ao conhecimento, agregando-os aos valores da vida. Então poderemos afirmar que a qualidade, ao qual buscamos, foi atingida e com certeza a filosofia da escola deixará de ser apenas uma busca mas sim a concretização de todos os anseios da comunidade escolar. Detectamos que ainda estamos longe da escola que queremos, pois nem sempre há comprometimento de todos, algumas ações são tomadas isoladamente a qual é refletida no dia-a-dia e nas relações. Possuímos uma escola muitas vezes fragmentada, monótona, dependente de um sistema paternalista e capitalista, que muitas vezes chega a ser ultrapassada e autoritária. Nossos ambientes físicos necessitam de reformas e ajustes, pois não mais condizem com a realidade existente, além de dificultar o trabalho com os alunos inclusos. Há um anseio dos profissionais pelo entrosamento dentro dos vários setores, que haja valorização da coletividade, dando condições para que todos possam participar de capacitações as quais muitas vezes a própria SEED organiza, ou até mesmo oferecidas dentro do próprio Núcleo Regional de Educação . Que acima de tudo, aconteça a participação cidadã democrática e que a Gestão Democrática seja posta em prática. Assim, teremos profissionais críticos, dinâmicos, éticos, motivados e cativadores, capazes de se comprometer, com autonomia e liberdade exercendo seu trabalho, possuindo os recursos necessários para que com criticidade, criatividade e qualidade possam trabalhar os seus respectivos conteúdos. Assim, revendo o ambiente e a convivência que temos conclui-se que é necessário mudanças de posturas, pois queremos uma relação de igualdade, sem autoritarismo, com 9 respeito e participação democrática. Valorizar as particularidades individuais e prevalecer o SER. Que haja reflexões coletivas, dialogadas, assegurando também ao aluno o direito de aprender a decidir. Possuímos uma parcela grande de alunos descomprometidos com a educação, destes, alguns não possuem perspectivas futura, sonhos, ambição, apresentam problemas comportamentais e muitas vezes são alienados perante a situação social em que vivem. Diante desta realidade, a família também possui a sua parcela de responsabilidade e que necessita assumir. Além disso, a escola, em sua forma de agir, também deve abrir suas portas para a família, a função de Conhecimento é dos profissionais, porém a família precisa acompanhar, e intervir junto ao filho, tanto a nível de aprendizagem , quanto ao comportamento social no ambiente escolar. Os conhecimentos trabalhados precisam beneficiar o crescimento e o desenvolvimento intelectual. Proporcionar conhecimentos teóricos e práticos, utilizando-se do uso das mídias tecnológicas e de maneira geral, tudo o que for necessário para o desenvolvimento e a prática da cidadania, considerando a relação entre capital x trabalho. Uma sociedade mais justa passa pelos bancos escolares no momento em que o aluno tem capacidade de construir e buscar valores humanos e culturais os quais valorizem sua história. Precisa-se, trabalhar os conteúdos programáticos de forma científica, crítica e consciente onde o aluno possa sonhar com expectativas de uma vida melhor através da educação, tanto na sua realização pessoal quanto profissional. Desse modo, também o professor precisa estar preparado para esta realidade, avaliando constantemente o seu próprio trabalho, na condição de rever sempre que necessário à forma de conduzir seus ensinamentos, a função da escola pública bem como atingir a Classe Trabalhadora. Uma avaliação que vá além da apresentação de resultados, mas que busque soluções para os problemas existentes, proporcionando a compreensão dos conteúdos anteriormente não atingidos. Para a sociedade, a educação deve expressar-se na possibilidade de o sistema educacional vir a propor uma prática educativa adequada às necessidades sociais, econômicas e culturais da realidade brasileira, que considere os interesses e os objetivos dos alunos e garanta os conhecimentos essenciais para a formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos, preparados para atuar com condições, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem. Cabe à escola possibilitar aos alunos o domínio de instrumentos que os capacitem a construir conhecimentos de modo significativo, bem como a utilizar esses conhecimentos na transformação e construção de novas relações sociais. Os conhecimentos 10 adquiridos na Escola passam por um processo de construção e reconstrução contínua e não por etapas fixadas e definidas no tempo. Como optamos por uma educação democrática com qualidade, precisamos melhorar e resolver algumas situações de desconforto que surgem com a dinâmica do aprender e ensinar, e rever os índices apresentados ao término do ano letivo de 2009, pois nos deparamos com os seguintes resultados: Ensino Fundamental: 86,34% de aprovação, 13,33% de reprovação, 0,33% de abandono. Já no Ensino Médio o índice ficou em 83,50% de aprovados, 16,5% de reprovados. Para o IDEB a média ficou em 4,5 (quatro virgula cinco), onde a meta era 4,0 (quatro virgula zero), demonstrando assim um bom crescimento e no ENEM, 68 matriculados no 3º ano, sendo 31 participantes, obtendo média na Prova Objetiva de 481,3 (quatrocentos e oitenta e um virgula três) e com média total (Objetiva e Redação): 511,20 (quinhentos e onze virgula vinte). Sugeriu-se que haja valorização pela participação e número de acertos nas disciplinas, incentivando assim o esforço e desempenho de cada um. Através destes resultados, a busca é de que haja crescimento com qualidade entre os nossos alunos, que o conhecimento e seus resultados sejam presenciados no dia-a-dia da escola e não somente através de índices que muitas vezes não demonstram a real situação do educando. Pois todos os dados merecem ser considerados e interpretados, no sentido de nos mostrar para onde estamos caminhando. Só então os índices também terão sido modificados, e assim será uma conquista para este e os demais anos letivos, pois toda prática precisa ser repensada e avaliada sempre. A ética e a crítica fazem parte dos conteúdos trabalhados, invadindo o cotidiano de cada um. Trata-se, portanto, de discutir o sentido ético do conhecimento e da convivência humana nas suas relações, com várias dimensões da vida, como o capital e o trabalho, a situação social, as quais serão trabalhadas também, através da Educação Ambiental, Fiscal, Cidadania e Direitos Humanos, Enfrentamento à Violência na Escola e Prevenção ao Uso Indevido de Drogas. As diferenças individuais estarão sempre presentes pela própria condição humana, porém pensar numa política de inclusão na escola, implica em compreender a exclusão que a escola faz diante destas diferenças. Contudo, é necessário verificar o porquê da exclusão, tanto no que se refere ao conhecimento trabalhado, bem como pelo capital, ou necessidades educacionais especiais, quanto nas formas de participação no âmbito educacional. Algumas formas de exclusão acontecem explicitamente, através de atitudes, comentários desrespeitosos, preconceituosos e de valor negativo, emitidos aos alunos em sala de aula, por 11 colegas e até mesmo alguns professores, no sentido de agrupar-se alunos por habilidades (mais esperto, mais lento, dificuldade de aprendizagem). Nossa escola infelizmente não está preparada fisicamente para prestar atendimento a alunos portadores de necessidades especiais, pois necessitamos de ajustes de grande porte, já quanto à aprendizagem, os professores nem sempre se sentem preparados para planejar e atender os alunos em suas particularidades, enquanto que atividades diferenciadas através de adaptações curriculares podem estar ajudando. Assim, diante desta realidade cabe ao professor buscar alternativas através das formações continuadas, hora-atividade, grupos de estudos, encontros mensais com os professores da série, equipe pedagógica e educadores especiais, para discutir, dialogar, propor ideias e materiais específicos para serem trabalhados com os alunos, (descontar os encontros nas horas atividades), e inicialmente, ao ano letivo, proporcionar encontro com troca de informações entre os profissionais que já atuaram com estes alunos (APAE, Município, Psicóloga), enfim, reorganizar-se para atingir o aluno de forma significativa. É necessário que a direção do Colégio, forneça aos alunos inclusos, material impresso preparado pelos professores, no sentido de auxiliar no desenvolvimento de suas atividades. Além de buscar junto ao NRE e a SEED melhores condições de atendimento a estes alunos, sugerindo-se então, que nas turmas onde há alunos inclusos, que o número de alunos não ultrapasse a vinte, em função de suas peculiaridades e diversidades, caso haja na turma algum aluno com dificuldade neuro-motora, que tenha um professor especial (Professor de Apoio Permanente) para auxiliar nos trabalhos a serem desenvolvidos, aí então o professor poderá fazer seu trabalho de maneira diferenciada, buscando atender as necessidades reais de cada um. A afetividade também deve ser levada em consideração, bem como sua personalidade, trabalhando com sua espontaneidade, fazendo com que o aluno aceite a individualidade de cada um, criando assim um ambiente favorável para que cada educando descubra seu próprio eu. A Sala de Recurso já nos mostra uma nova perspectiva, porém precisamos capacitar os demais professores para seu trabalho nas demais salas de aula, bem como adequação do próprio espaço físico. Possuímos também O CAEDV, o Apoio para as 5ª séries, com português e matemática, que tem mostrado bons resultados ao longo do tempo. Queremos que a inclusão não seja mais um modismo, mas que realmente inclua o aluno, e que estes professores atuem junto aos demais professores auxiliando-os na organização de suas aulas, bem como no sentido de orientá-los de como melhor atingir a aprendizagem destes alunos. 12 O Projeto Político Pedagógico deve assumir o compromisso político da inclusão, e buscar problematizar e transformar os mecanismos de seletividade interna e externa promovida pela própria escola e pelas políticas governamentais, o que implica num processo de ação-reflexão sobre a prática pedagógica cotidiana da escola, na interatividade, na comunidade escolar, onde todos tenham direito a voz e a efetiva participação democrática. Ciente disso a escola tem como metas - Assumir a educação como condição necessária para a construção da cidadania, onde a prática do professor faça a diferença, agindo com responsabilidade e dinamismo, para que assim ambos os alunos, superem suas dificuldades e se sintam como parte integrante tanto da escola como do meio em que vivem. - Proporcionar ao educando a formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de auto-realização, qualificando-o ao trabalho e preparo para o exercício consciente da sua cidadania, pois o principio educativo implica, através do conhecimento, possibilitar a compreensão da sociedade capitalista, as relações de trabalho, possibilitando ao educando a refletir sobre a sua prática social no sentido de cumprir e fazer cumprir seus direitos, instrumentalizando-o para a vida em sociedade. - Incentivar ao educando sua criatividade dando-lhe ênfase como um agente ativo da história. - Orientar o educando na formação de um espírito crítico sadio para melhor integrálo na sociedade. - Dinamizar os conteúdos de maneira a provocar a participação do aluno. - Entender que os alunos são sujeitos concretos que têm experiência de vida, possuidores de diferentes saberes, e estes devem ser respeitados e de fato valorizados. - Criar condições para que os alunos opinem e dialoguem sobre o trabalho realizado na escola, que sejam aceitos como sujeitos que têm contribuição positiva para dar à escola, sendo respeitados, elevando ou tecendo críticas construtiva. - Procurar ser uma escola participativa, opinando e emitindo parecer sempre que necessário nas definições das políticas públicas para a educação. - Trabalhar a interdisciplinaridade questionando a segmentação entre os diferentes campos de conhecimento produzida por uma abordagem que não leva em conta a 13 inter-relação e a influência entre eles – questionando a visão compartimentada (disciplinar) da realidade sobre qual a escola, tal como é conhecida, historicamente se constitui. - Visitar empresas, órgãos públicos ou comerciais, procurando manter um elo entre a realidade cotidiana da sociedade e o conhecimento adquirido em sala de aula. - Trabalhar Projetos definidos com os professores, os quais sejam importantes para a conscientização de nossos alunos e melhoria da qualidade de vida. Os quais tenham prosseguimento em suas ações, não aceitando trabalhar Projetos que são distribuídos para que a escola trabalhe sem que haja objetivos definidos e realimentação deste. Porém os projetos definidos pela SEED como o FERA COM CIÊNCIA, todos serão mobilizados para sua participação. - Desenvolver a Agenda 21 (em anexo), no intuito de melhorarmos a qualidade de vida de nossos alunos. - Trabalhar no sentido de diminuir a evasão e repetência, incentivando e motivando os alunos, atendendo individualmente os que apresentarem dificuldades. - Organizar eventos culturais e desportivos extracurriculares em que nossos alunos possam demonstrar suas habilidades e conhecimentos, e de acordo com as possibilidades, apresentá-las à toda comunidade escolar. - Preservar as tradições folclóricas, regionais, festas juninas, patrono do colégio, (José de Anchieta 09-06), dia do estudante, dia do professor e formatura, fazendo uma inter-relação entre as disciplinas e ao mesmo tempo visando recursos para manutenção da escola. - Buscar a maior participação da família nas decisões da escola, comprometendo-a para a melhoria da educação dos seus filhos. - Proporcionar momentos para que a melhoria da educação realmente aconteça, como: planejar, fazer, estudar, agir, pensar, dialogar, entre outros, pois é importante ressaltar que a educação é um processo constante. - Promover a integração entre os professores de várias disciplinas para troca de experiências, e aperfeiçoamento de metodologias de ensino. - Realizar encontros pedagógicos internos para análise de estatísticas sobre rendimento escolar, estabelecendo estratégias para solução de problemas. - Atualizar os professores, equipe pedagógica e funcionários, bem como motivá-los a participar de todas as decisões, ações e atividades apresentadas. 14 - Buscar junto aos órgãos competentes a definição para os prédios da nossa escola, bem como as melhorias em todos os espaços físicos, os quais se façam necessários. - Solicitar junto ao Núcleo Regional de Educação e a SEED a agilização quanto da cobertura e reforma da quadra poli esportiva. No que diz respeito à avaliação, tanto os professores, pais, equipe pedagógica e alunos deram o parecer que a mesma deve ser compreendida como responsabilidade coletiva, pois é por meio dela que toda extensão do ato educativo é considerada. Ela deve ser feita de maneira contínua, cumulativa e processual. O aluno é avaliado através de notas, as quais serão préestabelecidas pelos professores que adotaram o sistema somatório, ou seja: cada instrumento avaliado terá uma nota e ao final os mesmos fecharão 10,0 pontos. Assim, o crescimento do educando estará sendo avaliado gradativamente. Quanto a avaliação dos alunos inclusos, esta deve ser gradativa e deve estar de acordo com as necessidades de cada educando, neste sentido, o professor deverá perceber os limites e necessidades, utilizando diferentes métodos e instrumentos avaliativos. Para que melhor aconteça as relações entre escola e família no sentido de avaliar estes alunos, sugere-se aos pais, que nos tragam as informações recebidas em consultas, medicamentos, exames, acompanhamento psicológico e neurológico, enfim, que sejam relevantes ao trabalho do Professor e Equipe Pedagógica. A recuperação será feita de forma paralela ao final dos conteúdos. Os professores terão autonomia para determinar o valor e atribuir a nota nas avaliações e trabalhos desenvolvidos pelos alunos e ao final das avaliações o professor percebendo o que não foi assimilado revizará o conteúdo utilizando outras metodologias para recuperá-los, oportunizando assim, 100% de aproveitamento escolar. Ao aluno que por motivos particulares e com o consentimento dos pais não comparecer em dias das avaliações, exceto em casos de Atestados Médicos, os pais terão que comparecer ao colégio para que junto à Equipe Pedagógica realizem o Requerimento de Provas para poder realizá-las no período de sete dias, e em turno contrário ao seu, junto à Equipe Pedagógica. Para os casos da Atestados Médicos, não há necessidade de Requerimento, porém o aluno fará também em turno contrário à sua matricula. Quanto às Dependências, terão que ser desenvolvidas em sala de aula, em turno contrário à série a qual cursa, desenvolvendo as mesmas atividades propostas pela turma a qual não tenha alcançado o devido rendimento. O aluno será dispensado de frequentar as aulas 15 das dependências, virá somente verificar o conteúdo programático com o professor e virá no término de cada bimestre realizar uma avaliação teórica, podendo as demais serem em forma de trabalhos os quais farão parte de sua Pasta Escolar na secretaria. Nas situações onde o aluno não estiver correspondendo, em sala de aula o professor procurará conscientizá-lo de suas necessidades e obrigações, caso não haja resultado satisfatório, será encaminhado à equipe pedagógica para que a família tenha conhecimento, então, professor, aluno, direção e equipe pedagógica tomarão medidas que venham a ajudar este aluno a mudar suas atitudes. Em assembleia de pais, verificou-se que os mesmos querem participar da vida escolar, e que quando o aluno deixa de cumprir suas obrigações escolares precisam tomar conhecimento. Caso a família não atenda ao chamado da escola, será levado ao conhecimento do Conselho Tutelar e este tomará as medidas cabíveis, não deixando de respeitar o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como o Regimento Escolar. Ao concluirmos o bimestre, os alunos, através do Pré–Conselho que será realizado pelo professor Representante de turma sob a orientação da equipe pedagógica, juntamente com o aluno Representante da turma, bem como os demais alunos, colocarão suas dificuldades e necessidades apresentadas no decorrer deste. No dia do Conselho de Classe, juntar-se-á direção, equipe pedagógica, professores e os alunos representantes de turma, representando sua turma, para analisarmos o andamento do bimestre, bem como as medidas a serem tomadas como alternativas de mudanças. Após, a equipe pedagógica fará o Pós – Conselho nas salas de aula juntamente com o aluno representante, apresentando o Parecer tomado no Conselho. Sempre que necessário acontecerá reunião com os alunos e todos os professores da turma, para que todos coloquem suas dificuldades e apontem novas tentativas de melhorias de comportamento e aprendizagem. Com esta medida buscaremos soluções para o dia-a-dia de sala de aula e o crescimento individual de cada um. Na medida em que percebermos a maturidade tanto de professores como de alunos para ouvir e posicionar-se, mais alunos serão convidados à participar do Conselho. Após a apuração dos resultados finais, de aproveitamento e frequência, serão definidas as situações de aprovação, reprovação dos alunos e dependências, conforme Regimento Escolar. Quanto às solenidades cívicas, estabeleceu-se que semanalmente cantar-se-á o Hino Nacional, levando-se de duas em duas, as turmas até o saguão do colégio e que bimestralmente acontecerá um momento onde os alunos trabalhados pelos seus professores 16 regentes, onde cada professor se responsabilizará por uma turma, -de acordo com o cronograma elaborado no início do ano letivo, farão a apresentação das datas comemorativas e demais comemorações do bimestre, devendo todos estar consciente da importância da sua participação, havendo unidade tanto entre professores bem como alunos. Permanecerá o Horário de Leitura, onde após o recreio todas as turmas, bem como professores e demais funcionários farão (15) quinze minutos de leitura, trazendo consigo o material de sua preferência, com seus gostos literários,(desde que seja material decente será aceito pelo professor da turma). Numa perspectiva emancipatória, realizar-se-á encontros com pais, abordando assuntos referentes ao relacionamento entre pais e filhos, professor e aluno, aprendizagem, indisciplina, atos de vandalismo, palestras educativas buscando a conscientização e discussão de temas como saúde, bem estar, questões políticas, sociais, culturais e outros, além de sugerir às famílias à participação no Programa Amor Exigente, ou criar dentro do colégio um programa de auxílio às famílias como “Crescendo com a Escola e a Família”, abordando assuntos que auxiliem no resgate de valores, espiritualidade e situações de relacionamento entre escola e família. Reativar o Grêmio Estudantil para que se pense não apenas em cuidar de atividades recreativas e culturais, mas conscientizar os demais alunos sobre a importância do Grêmio nas questões relacionadas ao convívio escolar, esclarecendo sobre a importância das Instâncias Colegiadas nas ações escolares, além buscar profissionais que possam palestrar educativamente, bem como trazer à direção as reivindicações dos estudantes pela melhoria e qualidade do ensino. Por parte da Direção, Equipe Pedagógica e Professores, sugerir à APMF que se arrecade junto às famílias com filhos no Colégio, uma taxa de colaboração voluntária no sentido de poder beneficiar aos alunos e professores com cotas de xerox para as avaliações, além de pedir a colaboração dos pais para que mantenham os materiais escolares de seus filhos sempre em dia para a realização das atividades propostas, e ainda, que nos ajudem, observando os cadernos e vistando-os para que haja acompanhamento das atividades desenvolvidas na escola. Com a aprovação dos pais, o aluno deverá permanecer no estabelecimento de ensino até o término do seu horário de aula, não acontecendo dispensa de alunos sem antes ter notificado a família, e o aluno não poderá ausentar-se do estabelecimento sem que os pais tenham notificado anteriormente à escola. 17 Todo problema disciplinar ou de aprendizagem, deverá ser levado ao conhecimento dos pais ou responsáveis, não sendo atendido, estes pais serão encaminhados ao Conselho Tutelar. Quanto à entrega de boletins, os mesmos fazem questão de vir retirar e conversar pessoalmente com os professores, nada impedindo que em algumas situações seja entregue os boletins diretamente aos alunos que possuírem notas acima da média e com bom comportamento, ou chamá-los para reuniões com particularidades de cada turma, ou seja, oportunizar -se -à três momentos diferenciados: entrega diretamente aos alunos, entrega para pais e reunião com entrega aos pais. O aluno que chegar atrasado no período diurno, só entrará com a presença ou justificativa dos pais, conforme decidido em Assembleia. Os alunos do noturno, deverão apresentar justificativa e terão a tolerância de quinze minutos no primeiro horário para entrar. O uso de uniforme foi novamente aprovado, sem este, o aluno terá que ir buscá-lo em casa, ou ainda, poderá pegá-lo emprestado na secretaria, caso houver. O uso do boné não será mais permitido em ambientes em que se esteja trabalhando os conteúdos exceto a quadra esportiva. Baseado na pedagogia histórico-crítica, o colégio José de Anchieta quer tornar o saber escolar socializado, deixando de agir como assistente social, mas trabalhar o conhecimento, o qual sabemos que muitas vezes é deixado de lado para as “necessidades emergenciais.” É preciso, pois, resgatar a importância da escola e reorganizar o trabalho educativo, levando em conta o problema do saber sistematizado, a partir do qual se define a especificidade da educação escolar. Isso implica a clareza dos determinantes sociais da educação, a compreensão do grau em que as contradições da sociedade marcam a educação e, consequentemente , como é preciso se posicionar diante dessas contradições e desenredar a educação das visões ambíguas, para perceber claramente qual é a direção que cabe imprimir à questão educacional. Pois, é na totalidade de sua organização, de seus conteúdos, de suas relações, que a escola ensina um jeito de ser, de se relacionar, de interpretar e estar no mundo. Assim, o Projeto Político Pedagógico engaja-se ao contexto social numa situação que expressa limites e possibilidades, liberdade e autonomia, pois a própria liberdade contém regras, reconhecimento e intervenção recíproca. São essas condições que viabilizam o acesso e a apropriação do saber sistematizado. É o fim a atingir que determinará os métodos e processos de ensino e de aprendizagem, pressupondo o compromisso com a formação do cidadão, o qual buscará a transformação da realidade social, econômica e política. 18 IV - AVALIAÇÃO DA CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Trabalhou-se com o Projeto desde o início do ano letivo no sentido de complementarmos o já existente, assim a construção de um novo Projeto, partiu das necessidades detectadas, sendo conduzidas à análise dos alunos e dos pais. Sentimos os pais como parceiros, pois muitos não tinham ideia das dificuldades encontradas no dia-a-dia. Ofereceu-se encontros de pais e alunos nos três turnos, e houve excelente participação. Os pais puderam dialogar com professores, direção e equipe pedagógica sobre dificuldades que estes encontram no seio de suas famílias, além da própria interação entre os pais. Os trabalhos foram conduzidos de maneira prática e objetiva, onde cada um dos presentes pode expor suas ideias. Iniciou-se com uma mensagem de reflexão “Filho não tem data de validade”, onde as próprias imagens falam pôr si, assim proporcionou-se um ambiente de cumplicidade, para então buscarmos a plenitude dos conhecimentos destas crianças e adolescentes que estão necessitados de diálogo, esperança, sonhos, ambição e sabedoria para vencer os obstáculos da vida. A comunidade escolar apreciou os encontros, percebendo que não é possível a omissão, caso contrário as consequências poderão nos conduzir a sérias dificuldades. Sentiuse que no geral os problemas vivenciados são os mesmos entre as famílias e que deve acontecer mais encontros deste gênero no decorrer do ano, pois somente esta soma de forças será capaz de chamar o aluno à sua responsabilidade para então buscar novas perspectivas. Apresentou-se na Assembleia de Pais o Projeto da SEED “Eu acompanho a Avaliação escolar do meu Filho. E você?” Orientando-os para que se tome conhecimento da importância da família em acompanhar a educação, onde o Colégio coloca-se à disposição dos pais sempre, no sentido de haver um melhor desempenho por parte do aluno. Leu-se também a carta do Excelentíssimo sr.º Juiz da Comarca de Capanema Drº Márcio Geron a qual enfatiza a necessidade dos pais na vida dos filhos (em anexo). 19 V - CONCLUSÃO Construir o Projeto Político Pedagógico foi enriquecedor, pois as situações geradas nos deram oportunidades para sentirmos a real situação da escola perante a comunidade escolar. Trabalhou-se com os anseios e dificuldades dos profissionais da escola, alunos e pais, bem como às aspirações para o melhor desenvolvimento da qualidade do ensino ofertado. Repensou-se a forma de organização do trabalho pedagógico na escola e sua autonomia. Com isso pretende-se ampliar os espaços de participação, tanto de funcionários, como de professores, equipe pedagógica, alunos e pais, somente assim estaremos construindo uma escola mais democrática e mais humana, onde não há lugar para privilégios, onde todos tenham voz e vez, e que haja um consenso para que possamos dar cada um o melhor de si em prol da educação. Podemos concluir que foi um trabalho árduo e gratificante, pois trouxemos à tona problemas que nos deparamos no dia-a-dia e que muitas vezes o profissional se vê sozinho para resolver. Criou-se oportunidades para análise da educação que estamos proporcionando bem como desafios que teremos que enfrentar. 20 VI -REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOFF, Leonardo. Cidadania, com cidadania, cidadania nacional e cidadania terrenal. Petrópolis,RJ.2000. CORAZZA, S. M. Construtivismo: evolução ou modismo? In: Revista Educação & Realidade. Porto Alegre, n. 2,v. 21, p. 215-232, jul/dez. 1996. FALKEMBACH, Elza . Fonseca. Planejamento Participativo: uma maneira de pensá-lo e encaminhá-lo com base na escola. In: Projeto Político Pedagógico da Escola: Uma Construção Possível. Ilma Alencastro Veiga (organizadora), Campinas, SP: Papirus, 1995. GANDIN, D. A práticas do planejamento participativo: na educação e em outras instituições, grupos e movimentos dos campos cultural, social, político, religioso e governamental. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994, p. 32-42. KLEIN, Lígia Regina. Alfabetização: Quem Gosta de Ensinar. 4ª Edição. 2002. Editora Cortez. São Paulo. PADILHA, P. R. Concepções de Planejamento. PADILHA, P. R. Planejamento dialógico: como construir o projeto político-pedagógico da escola. São Paulo: Cortez : Instituto Paulo Freire, 2001, p. 45-59. PERRENOUD, P. Avaliação entre duas lógicas. In. Perrenoud, P. Avaliação: da excelência à regulação de aprendizagens – entre duas lógicas. Trad. Patrícia C. Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999, p.09-23. PRAIS, M. de L. M. Relação entre administração escolar e prática pedagógica. PRAIS,M. de L. M. Administração Colegiada na escola pública. Campinas, SP: Papirus, 1990, p. 76-88 SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico Crítica. Editora Autores Associados. Campinas. São Paulo. p. 87-103. __________________. Escola e Democracia. Autores Associados. São Paulo. __________________. Educação: do Senso Comum à Consciência Filosófica. 10ª Edição. 1994. Editora Cortez. São Paulo. ___________________. O sentido da pedagogia e o papel do pedagogo. In: Revista Ande, São Paulo, n. 9, p. 27-28,1985. 21 ANEXOS 22 AGENDA 21 A Agenda 21 é um programa de ação para todo o Planeta. Ele mexe com tudo, do ar ao mar, da floresta aos desertos; propõe até estabelecer uma nova relação entre países ricos e pobres. Nela estão marcados os compromissos da Humanidade com o século XXI, visando garantir um futuro melhor para o planeta, respeitando o ser humano e o seu ambiente. Tem por objetivos: a economia na sociedade do conhecimento, inclusão social para uma sociedade solidária, estratégia para a sustentabilidade urbana e rural, recursos naturais estratégicos; água, biodiversidade e florestas, governança e ética para a promoção da sustentabilidade. A Agenda 21 Local contará com a participação de todos os envolvidos na escola sempre que os projetos contarem com ações e implementações a serem realizadas em benefícios sociais. Nos projetos desenvolvidos pela escola, observar-se-á diagnósticos considerando o cotidiano escolar e o seu contexto. 23 CRONOGRAMA PARA ATIVIDADES CÍVICAS OBS: O Hino Nacional (ou outro) deverá ser cantado semanalmente no saguão do Colégio, por turma. Porém as apresentações serão bimestrais e por modalidade de ensino, sendo que no último bimestre poderão ser juntas. Os professores do bimestre poderão se organizar e após repassar à equipe pedagógica o seu devido cronograma.(a equipe fará os devidos contatos bem como organizar local e som.) 1º SEMESTRE MARÇO/ ABRIL CELAMIRA IVETE FAUSTO CRISTIAN VERA C. CLAUCO ELIANE S. ISANIR DILENE MAIO / JUNHO MARIA YARA MARLENE LUCIANE NEUSA JONES MARISA K. LAURDICE GIOVANA MARLI (NO FINAL DO BIMESTRE –APRESENTAÇÕES) 2º SEMESTRE 5ª A 5ª B 6ª A CLAUDE JEANISSE SANDRA WAGNER JONES FRANK LUCIANA 6ªB 7ª A NEUSA ELIANE SCHIMITZ 7ªB 8ª A 8ª B 1ª A IVETE MARLENE MARIA INÊS ELIANE SALVALAGGIO CLÉRIS ÉRICA MARIZA LUCIANE 2ª A 3ª A IVONI VERA C. KARIN ADRIANA LASSI DIEYSON ÉRICA 1ªB CRISTIAN ARIANE 24 5ª C 6ªC INÊS BELANI INÊS VIEIRA VERA ST. NEUSA 1ªC 2ª B NOEMI LIA IVETE ISANIR 1ªD 2ªC RUTT MARLI FRANCIELE S. MARLENE 7ª C 8ª C ELIANE SALVALAGGIO KEILA ARIANE ADRIANEZIMMER 3ªB JÚNIOR KARIN 3ªC LIA NOEMI Obs.: A EJA fará juntamente com o Ensino Regular, porém cada professor da disciplina em funcionamento deverá preparar-se para as apresentações. CELAMIRA auxiliará em /FÍSICA E QUÍMICA 25 De acordo com as assembleias realizadas o parecer do Conselho Escolar é favorável à aprovação e o desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico, Proposta Pedagógica e Plano de Ação, conforme a Ata nº 04/2010. 26 COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PLANALTO - PARANÁ NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE FRANCISCO BELTRÃO PLANO DE AÇÃO 2009/2011 27 1 – Objetivos - Desenvolver na escola um ambiente de formação de sujeitos críticos, participativos e capazes de interagir em seu espaço de vivência; - Realizar uma gestão democrática e participativa, salientando a importância da comunidade escolar; - Compreender as relações de ensinar e aprender, valorizando o aluno através da sua experiência sócio cultural e intelectual, onde o professor e aluno serão oportunizados para uma prática pedagógica eficiente com resultados satisfatórios para ambos. - Oportunizar a professores e equipe pedagógica e funcionários, capacitação continuada sempre que necessário; 2 - Princípios Orientadores: Pretendemos realizar nosso trabalho de forma democrática, participativa e integrada, pois os benefícios das ações coletivas são conhecidos desde os primórdios da humanidade. Os homens sempre tentaram, em diversas fases de seus processos civilizatórios e em diversas culturas, com maior ou menor ênfase, somar esforços para enfrentar as dificuldades comuns. Nós todos fazemos parte de um sistema e nem sempre e muito fácil descobrir as linhas que os ligam a tudo. Nesse contexto onde todos estamos inseridos ha algo que cada um pode fazer, contribuindo para que as coisas caminhem para o melhor possível. Precisamos ver a escola como um filme em produção, no qual todos somos personagens principais. Atuaremos de maneira integrada e ética, porque somente juntos os objetivos comuns serão alcançados, não só em nível material, mas também os de nível de realização e crescimento pessoal, profissional e intelectual dos envolvidos. Queremos uma vida com mais qualidade e que as relações humanas sejam melhores do que são e principalmente desenvolver e educandos com perfil ético e crítico para promover ações de transformação da sociedade. 3 - Ações − Em primeiro lugar fazer cumprir o plano político pedagógico da escola; 28 − Continuar a luta quanto a aquisição e reforma do estabelecimento, sendo que esta luta vem acontecendo desde 1999, com a criação do ensino médio; − Buscar ajuda para melhoria da quadra, bem como sua cobertura; − Ampliar e informatizar a biblioteca e disponibilizar Internet; − Recuperar e ampliar o acervo bibliográfico com dicionários, Atlas, livros de pesquisa, livros de leitura (romance, literatura, diversos); − Agilizar a instalação do laboratório de informática; − Dar condições para a utilização do laboratório de Química, Física e Biologia; − Incentivar e oportunizar professores e funcionários a participarem de cursos de capacitação; − Incentivar e oportunizar aos alunos momentos esportivos, culturais, palestras e eventos de enriquecimento ao conhecimento do aluno; − Manter um bom relacionamento entre as escolas, proporcionando momentos culturais e esportivos entre ambas; − Abrir espaço para participação dos pais nas atividades diversas da escola (palestras, shows artísticos e outras realizações); − Realizar dia de lazer entre pais e alunos de todas as séries Jogos, gincana, almoços, etc...); − Reuniões periódicas entre todos os setores da escola, líderes de turma, bem como conselho escolar e APMF, buscando integração entre todos; − O conselho de classe será realizado de forma atender as necessidades do nosso educando, e estaremos procurando conscientizá-los para sua própria participação neste; − Autonomia aos setores quanto a realização e rendimento de seu trabalho; − Manter um bom relacionamento tanto a nível municipal como estadual (Secretarias, Núcleo, Prefeitura, Escolas Estaduais e demais entidades); − Auxiliar didaticamente e financeiramente os professores quanto a realização de projetos e eventos em que a escola se faz representar através de seus alunos; − Proporcionar nas horas atividades, momentos de discussão entre professores, equipe pedagógica e direção para que estejam a par das diferentes situações vividas na escola; − Representação da direção em todos os períodos de funcionamento do estabelecimento para o bom atendimento aos pais, alunos e demais pessoas; − Não permitir a entrada de estranhos no estabelecimento; − Manter os alunos no estabelecimento durante todo período de aula; − Permanente contato com os pais; − Permitir a saída dos alunos somente com autorização dos pais; − Prestação de contas bimestralmente a pais, alunos, professores e funcionários; 29 − Oportunizar a presença da equipe pedagógica também no período noturno assessorando professores e alunos; − Formação do Grêmio Estudantil; − Participação dos alunos na elaboração de cardápio para cantina, com preço acessível; − Oferecer a cantina como fonte de renda para formandos no ultimo bimestre para gastos relativos a formatura; − Proporcionar aos alunos visitas educativas em diferentes eventos; − Consultar os funcionários quanto as necessidades diárias ao bom funcionamento dos seus setores; − Garantir aos professores e funcionários seus direitos vigentes a legislação da Secretaria de Educação; − Buscar realizar uma gestão democrática e participativa onde direção e direção auxiliar falam a mesma linguagem, trabalhando integradamente; − Dar mais atenção ao recreio (quanto aos alunos) repensar junto com funcionários e professores; − Verificar e agilizar melhoria nos horários dos alunos; − Providenciar som ambiente e tvs nas salas que não possuem; − Som durante o intervalo (recreio). 4- Condições A gestão estará voltada para o crescimento do aluno, na sua forma de ser, agir e pensar. Assim a direção oportunizará sempre que possível, condições para que os professores desenvolvam suas aulas com criatividade e que seus programas curriculares sejam alcançados com competência e dinamismo. Bem como os demais segmentos da escola. 5 - Objetivos das Ações Analisar as situações em que a educação vem se desenvolvendo para que haja a formação de um cidadão critico e participativo e que o currículo seja trabalhado de forma a valorizar a cultura e o ambiente de nossos educandos. Realizar melhorias para qualidade de ensino e ambientes escolar; Articular reuniões periódicas com professores, pais, alunos e funcionários para prestação de contas de nosso trabalho bem com estar buscado soluções para as necessidades encontradas. 30 6 - Responsável Faremos uma gestão democrática, a frente estará a direção, porém cada setor será ouvido e como equipe tomaremos as decisões, as quais serão para a melhoria de condições de nosso ambiente escolar, caberá então, executarmos o estabelecido. 7 - Cronograma Gradativamente estaremos aplicando as ações estabelecidas, porém aquelas que se apresentarem como necessidades urgentes serão colocadas como prioridade. 8 - Avaliação A direção fará avaliação constantemente das suas ações para melhor realização dos mesmos. Porém periodicamente faremos reunião para sentirmos as necessidades de cada setor dentro do nosso estabelecimento de ensino, e então tomaremos as medidas cabíveis para a sua plena realização. 31