COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PLANALTO - PARANÁ
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE FRANCISCO BELTRÃO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
OUTUBRO DE 2010
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SUMÁRIO
I – IDENTIFICAÇÃO...........................................................................................................04
II – HISTÓRICO...................................................................................................................05
III – ESCOLA QUE TEMOS E QUE QUEREMOS............................................................08
IV – AVALIAÇÃO DA CONSTRUÇÃO DO P.P.P............................................................19
V – CONCLUSÃO................................................................................................................20
VI – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................21
ANEXOS...............................................................................................................................22
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INTRODUÇÃO
A construção do Projeto Político Pedagógico é necessário para a organização escolar.
Além da dimensão política, há a busca da participação, da democratização da escola.
A gestão democrática deve ser uma prática cotidiana que contém o princípio da
reflexão, da compreensão e da transformação que envolve, necessariamente, a formulação de
ações que viabilizem possibilidades reais, e responsabilidades a serem tomadas juntas à
comunidade escolar.
Portanto, juntamente com todos os seguimentos da escola, bem como com a
participação de pais, procurou-se estabelecer critérios e ações que possam dar autonomia à
escola, sendo esta desafiadora e construtora de novas relações sociais, refletindo
constantemente sobre sua prática e seus compromissos com o saber elaborado, pois ao
conceber a educação escolar como condição necessária para a construção da cidadania,
precisa-se necessariamente possibilitar esta construção.
Assim sendo, é preciso repensar a prática pedagógica vigente, optando em buscar
como linha norteadora das ações, a Pedagogia Histórico-Crítica, onde os educandos e a
própria comunidade escolar possam fazer e transformar a sua história, na perspectiva de
compreender o mundo, valorizar seu saber, sua cultura, enfim, construir a própria identidade.
Assumir, então, uma prática emancipadora, requer de toda escola o conhecimento da
realidade social a qual se está inserido, e desta, fazer uma prática reflexiva, partindo do
próprio contexto sócio-cultural.
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OBJETIVOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
•
Organizar programas através de conteúdos socialmente significativos, os quais venham
trabalhar com a criatividade, ética e com a crítica. Compreendendo a dinâmica das
relações existentes e da necessidade de interagir na busca das mudanças esperadas.
•
Criar espaço que incentive a auto-organização dos sujeitos escolares, trabalhando a
participação coletiva nos processos educacionais, onde a gestão da escola assegure a
representação de todos os seguimentos envolvidos.
•
Realizar com autonomia as sugestões levantadas em assembleias com a comunidade
escolar em benefício de nossos alunos tendo para isso a garantia e o conhecimento do
Núcleo Regional de Educação.
•
Respeitar e incentivar a liberdade de pensamento, e a capacidade argumentativa de
professores, equipe pedagógica, direção, pais e alunos.
•
Permitir aos alunos o domínio do conhecimento, o acesso e a fruição das conquistas
históricas da humanidade.
•
Proporcionar aos alunos o conhecimento e a valorização das manifestações culturais,
compreendendo as relações de interdependência entre as raças e regiões geográficas.
•
Possibilitar a prática da solidariedade, respeitando alunos inclusos, a diversidade cultural,
raça, cor, religião, orientação sexual, e população do campo, mas acima de tudo, buscar a
realização da verdadeira inclusão.
•
Proporcionar à todos um ambiente saudável, de comprometimento e responsabilidades,
onde o saber elaborado seja trabalhado a contento de todos, e que as diferenças sejam
metas a serem atingidas.
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COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
I
- IDENTIFICAÇÃO
Colégio Estadual José de Anchieta Ensino Fundamental e Médio, está situado na Rua
Joaquina de Vedruna, nº 284, área urbana do município de Planalto, Estado do Paraná, teve a
sua autorização de funcionamento pela Res. 1.877/81 de 18/08/81, na época sob a
denominação de Grupo Escolar de Planalto, destinando-se somente para 1ª à 4ª séries.
Em 1983, pela Resolução n.º 2.147/83 de 08/06/83, passou para Escola Estadual José
de Anchieta – Ensino de 1ª Grau.
Em 1986 pela Resolução 380/86 de 30/01/86 foi autorizada à implantação gradativa de
5ª a 8ª séries.
Em 1988 pela Resolução nº1482/88 de 18/05/88 foi reconhecida a Escola de 1ª à 8ª
séries.
O Departamento de Ensino de Segundo Grau, considerando o Parecer 15/98, a
Resolução 03/98, 03/99 DESG/SEED e o Parecer Técnico nº. 386/99 emitido pelas Equipes
de Ensino e Estrutura e Funcionamento do NRE de Francisco Beltrão, aprova a proposta
curricular do Ensino Médio do Colégio Estadual José de Anchieta do município de Planalto
no turno diurno e noturno. Em 1998, pela Resolução 1452/2000 foi autorizada à implantação
gradativa do Ensino Médio.
O Regimento atual entrou em vigor pelo Ato Administrativo nº. 318/2008, através da
Deliberação nº16/99 – CEE e o Parecer Conjunto nº. 268/2008 –SEF/EP/NRE.
A Proposta Pedagógica em vigor teve sua regulamentação pelo Parecer nº. 025/08
datada em 08/07/2008.
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II
- HISTÓRICO
Com a implantação do Ensino Médio, o espaço tornou-se inadequado, pois o prédio do
CE José de Anchieta possuía dois blocos e quando da municipalização do ensino, a Educação
Infantil e o Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série os quais pertenciam ao CE José de Anchieta
permaneceram no bloco que utilizavam anteriormente, assim, gradativamente foi faltando
salas de aula. Com isto o diretor da época, em comum acordo com o prefeito municipal,
tomaram a seguinte postura: o CE José de Anchieta mudou-se para o prédio da CNEC –
Campanha Nacional das Escolas da Comunidade e as turmas do ensino municipal que ai
estavam mudaram-se para o outro bloco o qual até então estava o CE José de Anchieta. A
Prefeitura quer comprar o prédio da CNEC ou reformá-lo, em contra partida, conforme
negociações, a SEED também teria que optar pela reforma ou pela compra, só assim a
situação seria resolvida e aconteceria as devidas cedências onde o Colégio Estadual estaria
documentado conforme sua localização atual.
Atualmente, existem dois números de Protocolos da Desapropriação nº. 7.237.550-5 e
o de nº. 7.368.620-2, porém ainda não se tem um parecer final.
O colégio Estadual José de Anchieta oferta Ensino Fundamental e Médio, nos três
períodos; Matutino, Vespertino e Noturno, e a Educação de Jovens e Adultos fase II Ensino
Fundamental e Ensino Médio no Noturno. Atende-se um total de alunos assim distribuídos:
35 alunos no fundamental da EJA e 31 alunos no Ensino Médio – EJA, 320 alunos no Ensino
Fundamental Regular e 220 alunos do Ensino Médio Regular, mais a Sala de Recursos em
dois períodos, bem como o CAEDV também com dois períodos. Na parte da tarde ainda,
temos em funcionamento da Sala de Apoio de 5ª séries Português e Matemática, o CELEM
em Língua Espanhola, e os Programas Viva Escola.
Em relação à Organização Curricular, funciona de forma seriada e anual. Onde os
alunos são avaliados bimestralmente.
O quadro de funcionários da escola é o seguinte:
•
Diretora
•
Diretora Auxiliar
•
Equipe Pedagógica
•
Professores de Língua Portuguesa
•
Professores de Matemática
•
Professores de Ciências
5
•
Professores de História
•
Professores de Geografia
•
Professores de Ed. Física
•
Professores de Artes
•
Professores de Ensino Religioso
•
L.E.M Inglês
•
Professores de Química
•
Professores de Física
•
Professores de Biologia
•
Professores de Filosofia
•
Professores de Sociologia
•
Professora Especial – Sala de Recurso
•
Professora Especial - CAEDV
•
Professora Especial - Professoras de Apoio Permanente
•
Professora do Celem
•
Professores do Viva Escola
•
Bibliotecárias
•
Secretários
•
Auxiliares de Serviços Gerais
O colégio dispõe dos seguintes ambientes:
- Secretaria
- Direção
- Sala da Equipe Pedagógica na qual funciona também a videoteca, por falta de espaço
físico.
- Cozinha
- Almoxarifado
- Depósito de merenda
- Banheiro para professores
- Biblioteca
- Sala de Professores
- 16 Salas de aula
- Banheiros masculinos (alunos)
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- Banheiros femininos (alunas)
- Duchas externa feminina
- Duchas externa masculina
- Saguão nos dois pisos
- Quadra de esportes (não coberta)
- Laboratório de Física, Química e Biologia
−
- Laboratório de Informática
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III - ESCOLA QUE TEMOS E QUE QUEREMOS
A realidade atual nos mostra que ocorreram algumas mudanças no nível social,
começando pela renda familiar (um a dois salários mínimos), muitos sendo provenientes de
auxílio do Governo Federal, e que alguns não utilizam como deveria ser, acentuando ainda
mais os problemas como baixa auto estima, e a não permanência dos alunos na escola . O que
leva em alguns casos a busca pelo trabalho para aumentar a renda familiar. As influências
sociais negativas também são percebidas dentro da escola, através de algumas atitudes, onde
alguns demonstram envolvimento com prostituição, roubos, drogas, bebidas.
Nos demais casos, as necessidades econômicas se mostram um pouco diferente, pois
uma grande parcela são filhos de agricultores, dependem do transporte escolar, porém
possuem uma qualidade de vida melhor, bem como possuímos uma parcela oriunda da zona
urbana, com nível econômico capaz de atender as necessidades básicas e oferecer uma boa
qualidade de vida.
Em alguns casos, percebe-se que a escolaridade dos pais aumentou para o ensino
fundamental completo e ou ensino médio devido às exigências do mercado de trabalho.
Quanto ao nível sócio-cultural das famílias, em alguns casos melhorou devido ao
acesso às informações como palestras, cursos, informática, projetos culturais, e a própria
religião, através de grupos de famílias, catequese, jovens, PROERD, e pastorais. Porém temos
casos onde o acesso às informações continua sendo através do rádio ou da televisão, outros,
nem estes possui.
A comunidade anseia que o conhecimento adquirido pelos alunos seja de boa
qualidade. Tendo como prioridade a formação integral do indivíduo, para que atue de forma
crítica e consciente no meio em que está inserido. Porém muitas vezes espera-se que a escola
desempenhe a função de ensinar, educar, aconselhar, e que seja paternalista e assistente social,
afastando os compromissos básicos dos pais com os filhos, mas felizmente temos aqueles que
veem a escola como Instituição de Ensino e sua colaboradora, participando ativamente,
atuando como verdadeiros pais e não somente quando são convocados.
Devido a todo este sistema vigente, temos dificuldades para colocar a filosofia da
escola em prática, a qual tem como princípio “Preparar o aluno para a vida, para que possa
relacionar-se com as pessoas que o cercam, e prepará-lo para vencer os obstáculos da vida,
prevendo o respeito, a solidariedade, a aceitação das diversidades: étnicas, religiosas,
culturais, social, econômica e de capacidades”.Mas como educadores, almejamos o
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desenvolvimento da personalidade, qualificação para o trabalho e socialização, respeitando os
valores individuais, chegando assim a um espírito crítico, obtendo uma verdadeira cidadania.
A escola responde como articuladora, desde que exista um compromisso entre família e os
demais segmentos da sociedade.
A escola tem procurado fazer da cidadania o fio condutor da ação pedagógica, pois é
através dela que o aluno torna-se o centro do processo educativo com condições de exercê-la
nas diversas situações da sua vida diária.
Sabemos das dificuldades da escola em responder às aspirações dos pais, alunos, e
professores. Pois não é somente a escola que forma e educa, mas a sociedade como um todo,
porque o educando está em processo de formação e transformação e infelizmente a escola tem
se ocupado de muitas tarefas que não são suas, dificultando assim seus verdadeiros objetivos.
Sendo assim, precisamos rever nossos objetivos, e traçar nossas metas para que a escola e
seus profissionais não percam sua verdadeira identidade.
Que a escola seja o espaço destinado ao conhecimento, agregando-os aos valores da
vida. Então poderemos afirmar que a qualidade, ao qual buscamos, foi atingida e com certeza
a filosofia da escola deixará de ser apenas uma busca mas sim a concretização de todos os
anseios da comunidade escolar.
Detectamos que ainda estamos longe da escola que queremos, pois nem sempre há
comprometimento de todos, algumas ações são tomadas isoladamente a qual é refletida no
dia-a-dia e nas relações. Possuímos uma escola muitas vezes fragmentada, monótona,
dependente de um sistema paternalista e capitalista, que muitas vezes chega a ser ultrapassada
e autoritária. Nossos ambientes físicos necessitam de reformas e ajustes, pois não mais
condizem com a realidade existente, além de dificultar o trabalho com os alunos inclusos.
Há um anseio dos profissionais pelo entrosamento dentro dos vários setores, que haja
valorização da coletividade, dando condições para que todos possam participar de
capacitações as quais muitas vezes a própria SEED organiza, ou até mesmo oferecidas dentro
do próprio Núcleo Regional de Educação .
Que acima de tudo, aconteça a participação cidadã democrática e que a Gestão
Democrática seja posta em prática. Assim, teremos profissionais críticos, dinâmicos, éticos,
motivados e cativadores, capazes de se comprometer, com autonomia e liberdade exercendo
seu trabalho, possuindo os recursos necessários para que com criticidade, criatividade e
qualidade possam trabalhar os seus respectivos conteúdos.
Assim, revendo o ambiente e a convivência que temos conclui-se que é necessário
mudanças de posturas, pois queremos uma relação de igualdade, sem autoritarismo, com
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respeito e participação democrática. Valorizar as particularidades individuais e prevalecer o
SER. Que haja reflexões coletivas, dialogadas, assegurando também ao aluno o direito de
aprender a decidir.
Possuímos uma parcela grande de alunos descomprometidos com a educação, destes,
alguns não possuem perspectivas futura, sonhos, ambição, apresentam problemas
comportamentais e muitas vezes são alienados perante a situação social em que vivem. Diante
desta realidade, a família também possui a sua parcela de responsabilidade e que necessita
assumir. Além disso, a escola, em sua forma de agir, também deve abrir suas portas para a
família, a função de Conhecimento é dos profissionais, porém a família precisa acompanhar, e
intervir junto ao filho, tanto a nível de aprendizagem , quanto ao comportamento social no
ambiente escolar.
Os conhecimentos trabalhados precisam beneficiar o crescimento e o desenvolvimento
intelectual. Proporcionar conhecimentos teóricos e práticos, utilizando-se do uso das mídias
tecnológicas e de maneira geral, tudo o que for necessário para o desenvolvimento e a prática
da cidadania, considerando a relação entre capital x trabalho. Uma sociedade mais justa passa
pelos bancos escolares no momento em que o aluno tem capacidade de construir e buscar
valores humanos e culturais os quais valorizem sua história. Precisa-se, trabalhar os conteúdos
programáticos de forma científica, crítica e consciente onde o aluno possa sonhar com
expectativas de uma vida melhor através da educação, tanto na sua realização pessoal quanto
profissional. Desse modo, também o professor precisa estar preparado para esta realidade,
avaliando constantemente o seu próprio trabalho, na condição de rever sempre que necessário
à forma de conduzir seus ensinamentos, a função da escola pública bem como atingir a Classe
Trabalhadora. Uma avaliação que vá além da apresentação de resultados, mas que busque
soluções para os problemas existentes, proporcionando a compreensão dos conteúdos
anteriormente não atingidos.
Para a sociedade, a educação deve expressar-se na possibilidade de o sistema
educacional vir a propor uma prática educativa adequada às necessidades sociais, econômicas
e culturais da realidade brasileira, que considere os interesses e os objetivos dos alunos e
garanta os conhecimentos essenciais para a formação de cidadãos autônomos, críticos e
participativos, preparados para atuar com condições, dignidade e responsabilidade na
sociedade em que vivem. Cabe à escola possibilitar aos alunos o domínio de instrumentos que
os capacitem a construir conhecimentos de modo significativo, bem como a utilizar esses
conhecimentos na transformação e construção de novas relações sociais. Os conhecimentos
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adquiridos na Escola passam por um processo de construção e reconstrução contínua e não
por etapas fixadas e definidas no tempo.
Como optamos por uma educação democrática com qualidade, precisamos melhorar e
resolver algumas situações de desconforto que surgem com a dinâmica do aprender e ensinar,
e rever os índices apresentados ao término do ano letivo de 2009, pois nos deparamos com os
seguintes resultados: Ensino Fundamental: 86,34% de aprovação, 13,33% de reprovação,
0,33% de abandono. Já no Ensino Médio o índice ficou em 83,50% de aprovados, 16,5% de
reprovados. Para o IDEB a média ficou em 4,5 (quatro virgula cinco), onde a meta era 4,0
(quatro virgula zero), demonstrando assim um bom crescimento e no ENEM, 68 matriculados
no 3º ano, sendo 31 participantes, obtendo média na Prova Objetiva de 481,3 (quatrocentos e
oitenta e um virgula três) e com média total (Objetiva e Redação): 511,20 (quinhentos e onze
virgula vinte). Sugeriu-se que haja valorização pela participação e número de acertos nas
disciplinas, incentivando assim o esforço e desempenho de cada um.
Através destes resultados, a busca é de que haja crescimento com qualidade entre os
nossos alunos, que o conhecimento e seus resultados sejam presenciados no dia-a-dia da
escola e não somente através de índices que muitas vezes não demonstram a real situação do
educando. Pois todos os dados merecem ser considerados e interpretados, no sentido de nos
mostrar para onde estamos caminhando. Só então os índices também terão sido modificados,
e assim será uma conquista para este e os demais anos letivos, pois toda prática precisa ser
repensada e avaliada sempre.
A ética e a crítica fazem parte dos conteúdos trabalhados, invadindo o cotidiano de
cada um. Trata-se, portanto, de discutir o sentido ético do conhecimento e da convivência
humana nas suas relações, com várias dimensões da vida, como o capital e o trabalho, a
situação social, as quais serão trabalhadas também, através da Educação Ambiental, Fiscal,
Cidadania e Direitos Humanos, Enfrentamento à Violência na Escola e Prevenção ao Uso
Indevido de Drogas.
As diferenças individuais estarão sempre presentes pela própria condição humana,
porém pensar numa política de inclusão na escola, implica em compreender a exclusão que a
escola faz diante destas diferenças. Contudo, é necessário verificar o porquê da exclusão,
tanto no que se refere ao conhecimento trabalhado, bem como pelo capital, ou necessidades
educacionais especiais, quanto nas formas de participação no âmbito educacional. Algumas
formas
de
exclusão
acontecem
explicitamente,
através
de
atitudes,
comentários
desrespeitosos, preconceituosos e de valor negativo, emitidos aos alunos em sala de aula, por
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colegas e até mesmo alguns professores, no sentido de agrupar-se alunos por habilidades
(mais esperto, mais lento, dificuldade de aprendizagem).
Nossa escola infelizmente não está preparada fisicamente para prestar atendimento a
alunos portadores de necessidades especiais, pois necessitamos de ajustes de grande porte, já
quanto à aprendizagem, os professores nem sempre se sentem preparados para planejar e
atender os alunos em suas particularidades, enquanto que atividades diferenciadas através de
adaptações curriculares podem estar ajudando. Assim, diante desta realidade cabe ao
professor buscar alternativas através das formações continuadas, hora-atividade, grupos de
estudos, encontros mensais com os professores da série, equipe pedagógica e educadores
especiais, para discutir, dialogar, propor ideias e materiais específicos para serem trabalhados
com os alunos, (descontar os encontros nas horas atividades), e inicialmente, ao ano letivo,
proporcionar encontro com troca de informações entre os profissionais que já atuaram com
estes alunos (APAE, Município, Psicóloga), enfim, reorganizar-se para atingir o aluno de
forma significativa.
É necessário que a direção do Colégio, forneça aos alunos inclusos, material impresso
preparado pelos professores, no sentido de auxiliar no desenvolvimento de suas atividades.
Além de buscar junto ao NRE e a SEED melhores condições de atendimento a estes alunos,
sugerindo-se então, que nas turmas onde há alunos inclusos, que o número de alunos não
ultrapasse a vinte, em função de suas peculiaridades e diversidades, caso haja na turma algum
aluno com dificuldade neuro-motora, que tenha um professor especial (Professor de Apoio
Permanente) para auxiliar nos trabalhos a serem desenvolvidos, aí então o professor poderá
fazer seu trabalho de maneira diferenciada, buscando atender as necessidades reais de cada
um. A afetividade também deve ser levada em consideração, bem como sua personalidade,
trabalhando com sua espontaneidade, fazendo com que o aluno aceite a individualidade de
cada um, criando assim um ambiente favorável para que cada educando descubra seu próprio
eu.
A Sala de Recurso já nos mostra uma nova perspectiva, porém precisamos capacitar os
demais professores para seu trabalho nas demais salas de aula, bem como adequação do
próprio espaço físico. Possuímos também O CAEDV, o Apoio para as 5ª séries, com
português e matemática, que tem mostrado bons resultados ao longo do tempo. Queremos que
a inclusão não seja mais um modismo, mas que realmente inclua o aluno, e que estes
professores atuem junto aos demais professores auxiliando-os na organização de suas aulas,
bem como no sentido de orientá-los de como melhor atingir a aprendizagem destes alunos.
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O Projeto Político Pedagógico deve assumir o compromisso político da inclusão, e
buscar problematizar e transformar os mecanismos de seletividade interna e externa
promovida pela própria escola e pelas políticas governamentais, o que implica num processo
de ação-reflexão sobre a prática pedagógica cotidiana da escola, na interatividade, na
comunidade escolar, onde todos tenham direito a voz e a efetiva participação democrática.
Ciente disso a escola tem como metas
-
Assumir a educação como condição necessária para a construção da cidadania,
onde a prática do professor faça a diferença, agindo com responsabilidade e
dinamismo, para que assim ambos os alunos, superem suas dificuldades e se
sintam como parte integrante tanto da escola como do meio em que vivem.
-
Proporcionar ao educando a formação necessária ao desenvolvimento de suas
potencialidades como elemento de auto-realização, qualificando-o ao trabalho e
preparo para o exercício consciente da sua cidadania, pois o principio educativo
implica, através do conhecimento, possibilitar a compreensão da sociedade
capitalista, as relações de trabalho, possibilitando ao educando a refletir sobre a
sua prática social
no sentido de cumprir e fazer cumprir seus direitos,
instrumentalizando-o para a vida em sociedade.
-
Incentivar ao educando sua criatividade dando-lhe ênfase como um agente ativo
da história.
-
Orientar o educando na formação de um espírito crítico sadio para melhor integrálo na sociedade.
-
Dinamizar os conteúdos de maneira a provocar a participação do aluno.
-
Entender que os alunos são sujeitos concretos que têm experiência de vida,
possuidores de diferentes saberes, e estes devem ser respeitados e de fato
valorizados.
-
Criar condições para que os alunos opinem e dialoguem sobre o trabalho
realizado na escola, que sejam aceitos como sujeitos que têm contribuição
positiva para dar à escola, sendo respeitados, elevando ou tecendo críticas
construtiva.
-
Procurar ser uma escola participativa, opinando e emitindo parecer sempre que
necessário nas definições das políticas públicas para a educação.
-
Trabalhar a interdisciplinaridade questionando a segmentação entre os diferentes
campos de conhecimento produzida por uma abordagem que não leva em conta a
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inter-relação e a influência entre eles – questionando a visão compartimentada
(disciplinar) da realidade sobre qual a escola, tal como é conhecida,
historicamente se constitui.
-
Visitar empresas, órgãos públicos ou comerciais, procurando manter um elo entre
a realidade cotidiana da sociedade e o conhecimento adquirido em sala de aula.
-
Trabalhar Projetos definidos com os professores, os quais sejam importantes para
a conscientização de nossos alunos e melhoria da qualidade de vida. Os quais
tenham prosseguimento em suas ações, não aceitando trabalhar Projetos que são
distribuídos para que a escola trabalhe sem que haja objetivos definidos e realimentação deste. Porém os projetos definidos pela SEED como o FERA COM
CIÊNCIA, todos serão mobilizados para sua participação.
-
Desenvolver a Agenda 21 (em anexo), no intuito de melhorarmos a qualidade de
vida de nossos alunos.
-
Trabalhar no sentido de diminuir a evasão e repetência, incentivando e motivando
os alunos, atendendo individualmente os que apresentarem dificuldades.
-
Organizar eventos culturais e desportivos extracurriculares em que nossos alunos
possam demonstrar suas habilidades e conhecimentos, e de acordo com as
possibilidades, apresentá-las à toda comunidade escolar.
-
Preservar as tradições folclóricas, regionais, festas juninas, patrono do colégio,
(José de Anchieta 09-06), dia do estudante, dia do professor e formatura, fazendo
uma inter-relação entre as disciplinas e ao mesmo tempo visando recursos para
manutenção da escola.
-
Buscar a maior participação da família nas decisões da escola, comprometendo-a
para a melhoria da educação dos seus filhos.
-
Proporcionar momentos para que a melhoria da educação realmente aconteça,
como: planejar, fazer, estudar, agir, pensar, dialogar, entre outros, pois é
importante ressaltar que a educação é um processo constante.
-
Promover a integração entre os professores de várias disciplinas para troca de
experiências, e aperfeiçoamento de metodologias de ensino.
-
Realizar encontros pedagógicos internos para análise de estatísticas sobre
rendimento escolar, estabelecendo estratégias para solução de problemas.
-
Atualizar os professores, equipe pedagógica e funcionários, bem como motivá-los
a participar de todas as decisões, ações e atividades apresentadas.
14
-
Buscar junto aos órgãos competentes a definição para os prédios da nossa escola,
bem como as melhorias em todos os espaços físicos, os quais se façam
necessários.
-
Solicitar junto ao Núcleo Regional de Educação e a SEED a agilização quanto da
cobertura e reforma da quadra poli esportiva.
No que diz respeito à avaliação, tanto os professores, pais, equipe pedagógica e alunos
deram o parecer que a mesma deve ser compreendida como responsabilidade coletiva, pois é
por meio dela que toda extensão do ato educativo é considerada. Ela deve ser feita de maneira
contínua, cumulativa e processual. O aluno é avaliado através de notas, as quais serão préestabelecidas pelos professores que adotaram o sistema somatório, ou seja: cada instrumento
avaliado terá uma nota e ao final os mesmos fecharão 10,0 pontos. Assim, o crescimento do
educando estará sendo avaliado gradativamente.
Quanto a avaliação dos alunos inclusos, esta deve ser gradativa e deve estar de acordo
com as necessidades de cada educando, neste sentido, o professor deverá perceber os limites e
necessidades, utilizando diferentes métodos e instrumentos avaliativos.
Para que melhor aconteça as relações entre escola e família no sentido de avaliar estes
alunos, sugere-se aos pais, que nos tragam as informações recebidas em consultas,
medicamentos, exames, acompanhamento psicológico e neurológico, enfim, que sejam
relevantes ao trabalho do Professor e Equipe Pedagógica.
A recuperação será feita de forma paralela ao final dos conteúdos. Os professores
terão autonomia para determinar o valor e atribuir a nota nas avaliações e trabalhos
desenvolvidos pelos alunos e ao final das avaliações o professor percebendo o que não foi
assimilado revizará o conteúdo utilizando outras metodologias para recuperá-los,
oportunizando assim, 100% de aproveitamento escolar.
Ao aluno que por motivos particulares e com o consentimento dos pais não
comparecer em dias das avaliações, exceto em casos de Atestados Médicos, os pais terão que
comparecer ao colégio para que junto à Equipe Pedagógica realizem o Requerimento de
Provas para poder realizá-las no período de sete dias, e em turno contrário ao seu, junto à
Equipe Pedagógica. Para os casos da Atestados Médicos, não há necessidade de
Requerimento, porém o aluno fará também em turno contrário à sua matricula.
Quanto às Dependências, terão que ser desenvolvidas em sala de aula, em turno
contrário à série a qual cursa, desenvolvendo as mesmas atividades propostas pela turma a
qual não tenha alcançado o devido rendimento. O aluno será dispensado de frequentar as aulas
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das dependências, virá somente verificar o conteúdo programático com o professor e virá no
término de cada bimestre realizar uma avaliação teórica, podendo as demais serem em forma
de trabalhos os quais farão parte de sua Pasta Escolar na secretaria.
Nas situações onde o aluno não estiver correspondendo, em sala de aula o professor
procurará conscientizá-lo de suas necessidades e obrigações, caso não haja resultado
satisfatório, será encaminhado à equipe pedagógica para que a família tenha conhecimento,
então, professor, aluno, direção e equipe pedagógica tomarão medidas que venham a ajudar
este aluno a mudar suas atitudes. Em assembleia de pais, verificou-se que os mesmos querem
participar da vida escolar, e que quando o aluno deixa de cumprir suas obrigações escolares
precisam tomar conhecimento. Caso a família não atenda ao chamado da escola, será levado
ao conhecimento do Conselho Tutelar e este tomará as medidas cabíveis, não deixando de
respeitar o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como o Regimento Escolar.
Ao concluirmos o bimestre, os alunos, através do Pré–Conselho que será realizado
pelo professor Representante de turma sob a orientação da equipe pedagógica, juntamente
com o aluno Representante da turma, bem como os demais alunos, colocarão suas
dificuldades e necessidades apresentadas no decorrer deste. No dia do Conselho de Classe,
juntar-se-á direção, equipe pedagógica, professores e os alunos representantes de turma,
representando sua turma, para analisarmos o andamento do bimestre, bem como as medidas a
serem tomadas como alternativas de mudanças. Após, a equipe pedagógica fará o Pós –
Conselho nas salas de aula juntamente com o aluno representante, apresentando o Parecer
tomado no Conselho.
Sempre que necessário acontecerá reunião com os alunos e todos os professores da
turma, para que todos coloquem suas dificuldades e apontem novas tentativas de melhorias de
comportamento e aprendizagem.
Com esta medida buscaremos soluções para o dia-a-dia de sala de aula e o crescimento
individual de cada um. Na medida em que percebermos a maturidade tanto de professores
como de alunos para ouvir e posicionar-se, mais alunos serão convidados à participar do
Conselho.
Após a apuração dos resultados finais, de aproveitamento e frequência, serão definidas
as situações de aprovação, reprovação dos alunos e dependências, conforme Regimento
Escolar.
Quanto às solenidades cívicas, estabeleceu-se que semanalmente cantar-se-á o Hino
Nacional, levando-se de duas em duas, as turmas até o saguão do colégio e que
bimestralmente acontecerá um momento onde os alunos trabalhados pelos seus professores
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regentes, onde cada professor se responsabilizará por uma turma, -de acordo com o
cronograma elaborado no início do ano letivo, farão a apresentação das datas comemorativas
e demais comemorações do bimestre, devendo todos estar consciente da importância da sua
participação, havendo unidade tanto entre professores bem como alunos.
Permanecerá o Horário de Leitura, onde após o recreio todas as turmas, bem como
professores e demais funcionários farão (15) quinze minutos de leitura, trazendo consigo o
material de sua preferência, com seus gostos literários,(desde que seja material decente será
aceito pelo professor da turma).
Numa perspectiva emancipatória, realizar-se-á encontros com pais, abordando
assuntos referentes ao relacionamento entre pais e filhos, professor e aluno, aprendizagem,
indisciplina, atos de vandalismo, palestras educativas buscando a conscientização e discussão
de temas como saúde, bem estar, questões políticas, sociais, culturais e outros, além de
sugerir às famílias à participação no Programa Amor Exigente, ou criar dentro do colégio um
programa de auxílio às famílias como “Crescendo com a Escola e a Família”, abordando
assuntos que auxiliem no resgate de valores, espiritualidade e situações de relacionamento
entre escola e família.
Reativar o Grêmio Estudantil para que se pense não apenas em cuidar de atividades
recreativas e culturais, mas conscientizar os demais alunos sobre a importância do Grêmio nas
questões relacionadas ao convívio escolar, esclarecendo sobre a importância das Instâncias
Colegiadas nas ações
escolares, além buscar profissionais que possam palestrar
educativamente, bem como trazer à direção as reivindicações dos estudantes pela melhoria e
qualidade do ensino.
Por parte da Direção, Equipe Pedagógica e Professores, sugerir à APMF que se
arrecade junto às famílias com filhos no Colégio, uma taxa de colaboração voluntária no
sentido de poder beneficiar aos alunos e professores com cotas de xerox para as avaliações,
além de pedir a colaboração dos pais para que mantenham os materiais escolares de seus
filhos sempre em dia para a realização das atividades propostas, e ainda, que nos ajudem,
observando os cadernos e vistando-os para que haja acompanhamento das atividades
desenvolvidas na escola.
Com a aprovação dos pais, o aluno deverá permanecer no estabelecimento de ensino
até o término do seu horário de aula, não acontecendo dispensa de alunos sem antes ter
notificado a família, e o aluno não poderá ausentar-se do estabelecimento sem que os pais
tenham notificado anteriormente à escola.
17
Todo problema disciplinar ou de aprendizagem, deverá ser levado ao conhecimento
dos pais ou responsáveis, não sendo atendido, estes pais serão encaminhados ao Conselho
Tutelar.
Quanto à entrega de boletins, os mesmos fazem questão de vir retirar e conversar
pessoalmente com os professores, nada impedindo que em algumas situações seja entregue os
boletins diretamente aos alunos que possuírem notas acima da média e com bom
comportamento, ou chamá-los para reuniões com particularidades de cada turma, ou seja,
oportunizar -se -à três momentos diferenciados: entrega diretamente aos alunos, entrega para
pais e reunião com entrega aos pais.
O aluno que chegar atrasado no período diurno, só entrará com a presença ou
justificativa dos pais, conforme decidido em Assembleia. Os alunos do noturno, deverão
apresentar justificativa e terão a tolerância de quinze minutos no primeiro horário para entrar.
O uso de uniforme foi novamente aprovado, sem este, o aluno terá que ir buscá-lo em
casa, ou ainda, poderá pegá-lo emprestado na secretaria, caso houver.
O uso do boné não será mais permitido em ambientes em que se esteja trabalhando os
conteúdos exceto a quadra esportiva.
Baseado na pedagogia histórico-crítica, o colégio José de Anchieta quer tornar o saber
escolar socializado, deixando de agir como assistente social, mas trabalhar o conhecimento, o
qual sabemos que muitas vezes é deixado de lado para as “necessidades emergenciais.” É
preciso, pois, resgatar a importância da escola e reorganizar o trabalho educativo, levando em
conta o problema do saber sistematizado, a partir do qual se define a especificidade da
educação escolar. Isso implica a clareza dos determinantes sociais da educação, a
compreensão do grau em que as contradições da sociedade marcam a educação e,
consequentemente , como é preciso se posicionar diante dessas contradições e desenredar a
educação das visões ambíguas, para perceber claramente qual é a direção que cabe imprimir à
questão educacional. Pois, é na totalidade de sua organização, de seus conteúdos, de suas
relações, que a escola ensina um jeito de ser, de se relacionar, de interpretar e estar no mundo.
Assim, o Projeto Político Pedagógico engaja-se ao contexto social numa situação que
expressa limites e possibilidades, liberdade e autonomia, pois a própria liberdade contém
regras, reconhecimento e intervenção recíproca. São essas condições que viabilizam o acesso
e a apropriação do saber sistematizado.
É o fim a atingir que determinará os métodos e processos de ensino e de
aprendizagem, pressupondo o compromisso com a formação do cidadão, o qual buscará a
transformação da realidade social, econômica e política.
18
IV
- AVALIAÇÃO DA CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Trabalhou-se com o Projeto desde o início do ano letivo no sentido de
complementarmos o já existente, assim a construção de um novo Projeto, partiu das
necessidades detectadas, sendo conduzidas à análise dos alunos e dos pais. Sentimos os pais
como parceiros, pois muitos não tinham ideia das dificuldades encontradas no dia-a-dia.
Ofereceu-se encontros de pais e alunos nos três turnos, e houve excelente participação.
Os pais puderam dialogar com professores, direção e equipe pedagógica
sobre
dificuldades que estes encontram no seio de suas famílias, além da própria interação entre os
pais.
Os trabalhos foram conduzidos de maneira prática e objetiva, onde cada um dos
presentes pode expor suas ideias. Iniciou-se com uma mensagem de reflexão “Filho não tem
data de validade”, onde as próprias imagens falam pôr si, assim proporcionou-se um ambiente
de cumplicidade, para então buscarmos a plenitude dos conhecimentos destas crianças e
adolescentes que estão necessitados de diálogo, esperança, sonhos, ambição e sabedoria para
vencer os obstáculos da vida.
A comunidade escolar apreciou os encontros, percebendo que não é possível a
omissão, caso contrário as consequências poderão nos conduzir a sérias dificuldades. Sentiuse que no geral os problemas vivenciados são os mesmos entre as famílias e que deve
acontecer mais encontros deste gênero no decorrer do ano, pois somente esta soma de forças
será capaz de chamar o aluno à sua responsabilidade para então buscar novas perspectivas.
Apresentou-se na Assembleia de Pais o Projeto da SEED “Eu acompanho a Avaliação
escolar do meu Filho. E você?” Orientando-os para que se tome conhecimento da importância
da família em acompanhar a educação, onde o Colégio coloca-se à disposição dos pais
sempre, no sentido de haver um melhor desempenho por parte do aluno.
Leu-se também a carta do Excelentíssimo sr.º Juiz da Comarca de Capanema Drº
Márcio Geron a qual enfatiza a necessidade dos pais na vida dos filhos (em anexo).
19
V
- CONCLUSÃO
Construir o Projeto Político Pedagógico foi enriquecedor, pois as situações geradas
nos deram oportunidades para sentirmos a real situação da escola perante a comunidade
escolar.
Trabalhou-se com os anseios e dificuldades dos profissionais da escola, alunos e pais,
bem como às aspirações para o melhor desenvolvimento da qualidade do ensino ofertado.
Repensou-se a forma de organização do trabalho pedagógico na escola e sua
autonomia. Com isso pretende-se ampliar os espaços de participação, tanto de funcionários,
como de professores, equipe pedagógica, alunos e pais, somente assim estaremos construindo
uma escola mais democrática e mais humana, onde não há lugar para privilégios, onde todos
tenham voz e vez, e que haja um consenso para que possamos dar cada um o melhor de si em
prol da educação.
Podemos concluir que foi um trabalho árduo e gratificante, pois trouxemos à tona
problemas que nos deparamos no dia-a-dia e que muitas vezes o profissional se vê sozinho
para resolver. Criou-se oportunidades para análise da educação que estamos proporcionando
bem como desafios que teremos que enfrentar.
20
VI -REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOFF, Leonardo. Cidadania, com cidadania, cidadania nacional e cidadania terrenal.
Petrópolis,RJ.2000.
CORAZZA, S. M. Construtivismo: evolução ou modismo? In: Revista Educação &
Realidade. Porto Alegre, n. 2,v. 21, p. 215-232, jul/dez. 1996.
FALKEMBACH, Elza . Fonseca. Planejamento Participativo: uma maneira de pensá-lo e
encaminhá-lo com base na escola. In: Projeto Político Pedagógico da Escola: Uma
Construção Possível. Ilma Alencastro Veiga (organizadora), Campinas, SP: Papirus, 1995.
GANDIN, D. A práticas do planejamento participativo: na educação e em outras instituições,
grupos e movimentos dos campos cultural, social, político, religioso e governamental.
Petrópolis, RJ: Vozes, 1994, p. 32-42.
KLEIN, Lígia Regina. Alfabetização: Quem Gosta de Ensinar. 4ª Edição. 2002. Editora
Cortez. São Paulo.
PADILHA, P. R. Concepções de Planejamento.
PADILHA, P. R. Planejamento dialógico: como construir o projeto político-pedagógico da
escola. São Paulo: Cortez : Instituto Paulo Freire, 2001, p. 45-59.
PERRENOUD, P. Avaliação entre duas lógicas. In. Perrenoud, P. Avaliação: da excelência à
regulação de aprendizagens – entre duas lógicas. Trad. Patrícia C. Ramos. Porto Alegre: Artes
Médicas Sul, 1999, p.09-23.
PRAIS, M. de L. M. Relação entre administração escolar e prática pedagógica.
PRAIS,M. de L. M. Administração Colegiada na escola pública. Campinas, SP: Papirus,
1990, p. 76-88
SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico Crítica. Editora Autores Associados. Campinas.
São Paulo. p. 87-103.
__________________. Escola e Democracia. Autores Associados. São Paulo.
__________________. Educação: do Senso Comum à Consciência Filosófica. 10ª Edição.
1994. Editora Cortez. São Paulo.
___________________. O sentido da pedagogia e o papel do pedagogo. In: Revista Ande,
São Paulo, n. 9, p. 27-28,1985.
21
ANEXOS
22
AGENDA 21
A Agenda 21 é um programa de ação para todo o Planeta. Ele mexe com tudo, do ar ao
mar, da floresta aos desertos; propõe até estabelecer uma nova relação entre países ricos e
pobres. Nela estão marcados os compromissos da Humanidade com o século XXI, visando
garantir um futuro melhor para o planeta, respeitando o ser humano e o seu ambiente.
Tem por objetivos: a economia na sociedade do conhecimento, inclusão social para
uma sociedade solidária, estratégia para a sustentabilidade urbana e rural, recursos naturais
estratégicos; água, biodiversidade e florestas, governança e ética para a promoção da
sustentabilidade.
A Agenda 21 Local contará com a participação de todos os envolvidos na escola
sempre que os projetos contarem com ações e implementações a serem realizadas em
benefícios sociais.
Nos projetos desenvolvidos pela escola, observar-se-á diagnósticos considerando o
cotidiano escolar e o seu contexto.
23
CRONOGRAMA PARA ATIVIDADES CÍVICAS
OBS: O Hino Nacional (ou outro) deverá ser cantado semanalmente no saguão do Colégio,
por turma. Porém as apresentações serão bimestrais e por modalidade de ensino, sendo que no
último bimestre poderão ser juntas. Os professores do bimestre poderão se organizar e após
repassar à equipe pedagógica o seu devido cronograma.(a equipe fará os devidos contatos
bem como organizar local e som.)
1º SEMESTRE
MARÇO/ ABRIL
CELAMIRA IVETE
FAUSTO
CRISTIAN
VERA C.
CLAUCO
ELIANE S.
ISANIR
DILENE
MAIO / JUNHO
MARIA YARA
MARLENE
LUCIANE
NEUSA
JONES
MARISA K.
LAURDICE
GIOVANA
MARLI
(NO FINAL DO BIMESTRE –APRESENTAÇÕES)
2º SEMESTRE
5ª A
5ª B
6ª A
CLAUDE
JEANISSE
SANDRA
WAGNER
JONES
FRANK
LUCIANA
6ªB
7ª A
NEUSA
ELIANE SCHIMITZ
7ªB
8ª A
8ª B
1ª A
IVETE
MARLENE
MARIA INÊS
ELIANE SALVALAGGIO
CLÉRIS
ÉRICA
MARIZA
LUCIANE
2ª A
3ª A
IVONI
VERA C.
KARIN
ADRIANA LASSI
DIEYSON
ÉRICA
1ªB
CRISTIAN
ARIANE
24
5ª C
6ªC
INÊS BELANI
INÊS VIEIRA
VERA ST.
NEUSA
1ªC
2ª B
NOEMI
LIA
IVETE
ISANIR
1ªD
2ªC
RUTT
MARLI
FRANCIELE S.
MARLENE
7ª C
8ª C
ELIANE SALVALAGGIO
KEILA
ARIANE
ADRIANEZIMMER
3ªB
JÚNIOR
KARIN
3ªC
LIA
NOEMI
Obs.: A EJA fará juntamente com o Ensino Regular, porém cada professor da disciplina em
funcionamento deverá preparar-se para as apresentações. CELAMIRA auxiliará em /FÍSICA
E QUÍMICA
25
De acordo com as assembleias realizadas o parecer do Conselho Escolar é favorável à
aprovação e o desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico, Proposta Pedagógica e Plano
de Ação, conforme a Ata nº 04/2010.
26
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PLANALTO - PARANÁ
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE FRANCISCO BELTRÃO
PLANO DE AÇÃO
2009/2011
27
1 – Objetivos
- Desenvolver na escola um ambiente de formação de sujeitos críticos, participativos e capazes de
interagir em seu espaço de vivência;
- Realizar uma gestão democrática e participativa, salientando a importância da comunidade escolar;
- Compreender as relações de ensinar e aprender, valorizando o aluno através da sua experiência
sócio cultural e intelectual, onde o professor e aluno serão oportunizados para uma prática pedagógica
eficiente com resultados satisfatórios para ambos.
- Oportunizar a professores e equipe pedagógica e funcionários, capacitação continuada sempre que
necessário;
2 - Princípios Orientadores:
Pretendemos realizar nosso trabalho de forma democrática, participativa e integrada, pois os
benefícios das ações coletivas são conhecidos desde os primórdios da humanidade. Os homens sempre
tentaram, em diversas fases de seus processos civilizatórios e em diversas culturas, com maior ou menor
ênfase, somar esforços para enfrentar as dificuldades comuns.
Nós todos fazemos parte de um sistema e nem sempre e muito fácil descobrir as linhas que os ligam a
tudo. Nesse contexto onde todos estamos inseridos ha algo que cada um pode fazer, contribuindo para que as
coisas caminhem para o melhor possível.
Precisamos ver a escola como um filme em produção, no qual todos somos personagens principais.
Atuaremos de maneira integrada e ética, porque somente juntos os objetivos comuns serão
alcançados, não só em nível material, mas também os de nível de realização e crescimento pessoal,
profissional e intelectual dos envolvidos. Queremos uma vida com mais qualidade e que as relações
humanas sejam melhores do que são e principalmente desenvolver e educandos com perfil ético e crítico
para promover ações de transformação da sociedade.
3 - Ações
−
Em primeiro lugar fazer cumprir o plano político pedagógico da escola;
28
−
Continuar a luta quanto a aquisição e reforma do estabelecimento, sendo que esta luta vem
acontecendo desde 1999, com a criação do ensino médio;
−
Buscar ajuda para melhoria da quadra, bem como sua cobertura;
−
Ampliar e informatizar a biblioteca e disponibilizar Internet;
−
Recuperar e ampliar o acervo bibliográfico com dicionários, Atlas, livros de pesquisa, livros de leitura
(romance, literatura, diversos);
−
Agilizar a instalação do laboratório de informática;
−
Dar condições para a utilização do laboratório de Química, Física e Biologia;
−
Incentivar e oportunizar professores e funcionários a participarem de cursos de capacitação;
−
Incentivar e oportunizar aos alunos momentos esportivos, culturais, palestras e eventos de
enriquecimento ao conhecimento do aluno;
−
Manter um bom relacionamento entre as escolas, proporcionando momentos culturais e esportivos
entre ambas;
−
Abrir espaço para participação dos pais nas atividades diversas da escola (palestras, shows artísticos e
outras realizações);
−
Realizar dia de lazer entre pais e alunos de todas as séries Jogos, gincana, almoços, etc...);
−
Reuniões periódicas entre todos os setores da escola, líderes de turma, bem como conselho escolar e
APMF, buscando integração entre todos;
−
O conselho de classe será realizado de forma atender as necessidades do nosso educando, e estaremos
procurando conscientizá-los para sua própria participação neste;
−
Autonomia aos setores quanto a realização e rendimento de seu trabalho;
−
Manter um bom relacionamento tanto a nível municipal como estadual (Secretarias, Núcleo,
Prefeitura, Escolas Estaduais e demais entidades);
−
Auxiliar didaticamente e financeiramente os professores quanto a realização de projetos e eventos em
que a escola se faz representar através de seus alunos;
−
Proporcionar nas horas atividades, momentos de discussão entre professores, equipe pedagógica e
direção para que estejam a par das diferentes situações vividas na escola;
−
Representação da direção em todos os períodos de funcionamento do estabelecimento para o bom
atendimento aos pais, alunos e demais pessoas;
−
Não permitir a entrada de estranhos no estabelecimento;
−
Manter os alunos no estabelecimento durante todo período de aula;
−
Permanente contato com os pais;
−
Permitir a saída dos alunos somente com autorização dos pais;
− Prestação de contas bimestralmente a pais, alunos, professores e funcionários;
29
− Oportunizar a presença da equipe pedagógica também no período noturno assessorando professores e
alunos;
−
Formação do Grêmio Estudantil;
−
Participação dos alunos na elaboração de cardápio para cantina, com preço acessível;
−
Oferecer a cantina como fonte de renda para formandos no ultimo bimestre para gastos relativos a
formatura;
−
Proporcionar aos alunos visitas educativas em diferentes eventos;
−
Consultar os funcionários quanto as necessidades diárias ao bom funcionamento dos seus setores;
−
Garantir aos professores e funcionários seus direitos vigentes a legislação da Secretaria de Educação;
−
Buscar realizar uma gestão democrática e participativa onde direção e direção auxiliar falam a mesma
linguagem, trabalhando integradamente;
−
Dar mais atenção ao recreio (quanto aos alunos) repensar junto com funcionários e professores;
−
Verificar e agilizar melhoria nos horários dos alunos;
−
Providenciar som ambiente e tvs nas salas que não possuem;
−
Som durante o intervalo (recreio).
4- Condições
A gestão estará voltada para o crescimento do aluno, na sua forma de ser, agir e
pensar. Assim a direção oportunizará sempre que possível, condições para que os professores
desenvolvam suas aulas com criatividade e que seus programas curriculares sejam
alcançados com competência e dinamismo. Bem como os demais segmentos da escola.
5 - Objetivos das Ações
Analisar as situações em que a educação vem se desenvolvendo para que haja a
formação de um cidadão critico e participativo e que o currículo seja trabalhado de forma a
valorizar a cultura e o ambiente de nossos educandos.
Realizar melhorias para qualidade de ensino e ambientes escolar;
Articular reuniões periódicas com professores, pais, alunos e funcionários para
prestação de contas de nosso trabalho bem com estar buscado soluções para as necessidades
encontradas.
30
6 - Responsável
Faremos uma gestão democrática, a frente estará a direção, porém cada setor será
ouvido e como equipe tomaremos as decisões, as quais serão para a melhoria de condições de
nosso ambiente escolar, caberá então, executarmos o estabelecido.
7 - Cronograma
Gradativamente estaremos aplicando as ações estabelecidas, porém aquelas que se
apresentarem como necessidades urgentes serão colocadas como prioridade.
8 - Avaliação
A direção fará avaliação constantemente das suas ações para melhor realização dos
mesmos. Porém periodicamente faremos reunião para sentirmos as necessidades de cada
setor dentro do nosso estabelecimento de ensino, e então tomaremos as medidas cabíveis para
a sua plena realização.
31
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COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIEA – EFM