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medicina
LABORATORIAL
Revista Informativa da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial - 2015 - edição 68 - ano 6
Governo quer regular
preços de laboratórios
Justificativa é evitar aumento excessivo das mensalidades dos planos de saúde..
SBPC/ML e entidades do setor repudiam proposta. Página 8
PALC
Auditor externo
Lab Tests Online BR
Congressos da SBPC/ML
40 pessoas participam
de curso do PALC no RJ.
Preceptor e residentes fazem
parte da equipe de revisores.
Convidada estrangeira fala
sobre fase pré-analítica.
Página 6
Página 13
Página 14
Revista Notícias-Medicina Laboratorial |
2015 - Edição 68 - Ano 6 |
Sumário
Sociedade de Especialidade Médica fundada em 1944.
Reportagem
de
Seus associados são médicos patologistas clínicos e de outras especialidades, farmacêuticos-bioquímicos,
biomédicos, biólogos, técnicos e outros profissionais de laboratórios clínicos, estudantes de nível universitário e nível médio.
Também podem se associar laboratórios clínicos e empresas fabricantes e
distribuidoras de equipamentos, produtos e serviços para laboratórios.
capa
Governo quer regular
preços de laboratórios
biênio 2014/2015
SBPC/ML e entidades do setor
repudiam proposta.
Presidente:
página 8
Diretoria Executiva
Paula Fernandes Távora
[email protected]
Vice-presidente:
César Alex de Oliveira Galoro
[email protected]
Diretora Administrativa:
Lucia Helena Cavalheiro Villela
Congressos da SBPC/ML
[email protected]
Vice-diretor Administrativo e
Presidente do Conselho de Ex-presidentes:
Entrevista com diretor da SBIS,
sustentabilidade e conferência
magna sobre fase pré-analítica.
Paulo Sérgio Roffé Azevedo
[email protected] ou [email protected]
Diretor Científico:
Nairo Massakazu Sumita
[email protected]
página 14
Vice-diretora Científica:
Luisane Maria Falci Vieira
[email protected]
Diretora Financeira:
Leila Sampaio Rodrigues
[email protected]
Vice-diretora Financeira:
Claudia Maria Meira Dias
[email protected]
Diretor de Comunicação:
Gustavo Aguiar Campana
[email protected]
Diretor de Acreditação e Qualidade:
Wilson Shcolnik
[email protected]
Diretor de Defesa Profissional:
Vitor Mercadante Pariz
[email protected]
Diretor de Eventos:
Armando A. Fonseca
[email protected]
Vice-diretor de Eventos:
Carlos Alberto Franco Ballarati
[email protected]
Editor-chefe
Gustavo Aguiar Campana
Dica do Especialista
Lab Tests Online BR
PALC
Prevenção de acidentes
perfurocortantes no
laboratório.
Preceptor e residentes em
Patologia Clínica integram
equipe de LTO BR.
Curso para formar auditor externo
do Programa reúne 40 pessoas no
Rio de Janeiro.
página 7
página 13
página 6
Jornalista responsável
Roberto Duarte
Reg. Prof. RJ23830JP
Criação e diagramação
Rodrigo Paiva
Colaborou nesta edição
Rede Interação de Comunicação
6
Assinaturas & Publicidade
Laboratórios acreditados
Laboratórios em São Paulo e
no Piauí recebem selo do PALC.
12
BrCAST
L
Comitê procura uniformizar testes de
sensibilidade a antimicrobianos.
[email protected]
Fale com a redação:
[email protected]
17
Sociedade Brasileira de Patologia
Clínica / Medicina Laboratorial
Rua Dois de Dezembro, 78 sala 909
CEP 22220-040 - Rio de Janeiro - RJ
Tel. (21) 3077-1400
Fax (21) 2205-3386
Impressão:
Grafitto Gráfica e Editora
|
|
Impresso
em
Revista
Notícias-Medicina
Laboratorial
papel certificado
2015 - Edição 68 - Ano 6
20
21
Ensino a Distância
Curso em maio aborda testes de
sensibilidade em microbiologia.
Dengue
Protótipo de biossensor permite
detectar doença antes dos sintomas.
Radioisótopos
Estudo alerta para cuidados ao
usá-los nos laboratórios clínicos.
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20
21
Súmula 26
SBPC/ML manifesta surpresa com
documento publicado pela ANS.
Glicose
Biochip usa luz para medir níveis
na saliva de diabéticos.
Esclerose múltipla
Anticorpo pode ajudar a obter
diagnóstico precoce.
Agenda de
eventos
Carta ao leitor
9º Congresso Brasileiro de
Gestão em Laboratórios Clínicos
Gustavo Campana
Editor chefe
20 de maio
São Paulo - SP
[email protected]
As falhas de mercado que ocorrem no sistema privado de saúde, especialmente os
interesses conflitantes entre os diferentes setores da cadeia de valor, pressionaram para a existência da regulação, sendo que esta é focada em garantir que o sistema mantenha-se atuante e suporte sua demanda e que os setores mantenham
equilíbrio de forças em suas relações. A proposta de regulação de preços divulgada
recentemente — destaque desta edição de Notícias-Medicina Laboratorial — é temerosa para o sistema de saúde. Acompanhamos de perto a grande massa de laboratórios clínicos no Brasil que sofrem para, quando possível, repassar parcialmente a inflação em seus reajustes e vêem seus custos subirem de forma expressiva,
sejam por flutuação cambial, por novas normas trabalhistas e por reajustes de terceiros, dentre outros.
Existe, sim, um crescimento na demanda por exames laboratoriais. Porém, eles são
pautados em fatores epidemiológicos, demográficos, tecnológicos etc. Ideias devem ser discutidas, porém com base em dados, estudos e análises realizadas por especialistas no segmento e com o objetivo correto. A SBPC/ML está à disposição para
auxiliar qualquer entidade a entender melhor o segmento de Medicina Laboratorial.
Também nesta edição, declaramos surpresa com a publicação da Súmula nº 26, da
ANS, que estabelece o IPCA como teto de reajuste para o Fator de Qualidade, o que
gera um ambiente de competição irregular e pouco justo. Qualidade tem custo e
deve ser remunerada.
Destacamos, ainda, o início da participação de preceptores e residentes de Patologia Clinica/Medicina Laboratorial como revisores do portal Labtests Online BR, que
está entre os de maior número de acessos em todo o mundo. A atuação desses profissionais irá acelerar o processo de revisão e adequação de artigos, levando à população informações de qualidade em exames laboratoriais. Sejam bem-vindos!
Parabenizamos a iniciativa do BrCAST e seu modelo, que agrega especialistas de diferentes áreas do conhecimento da microbiologia e de diferentes Sociedades científicas. Temos certeza do sucesso.
Na seção PALC, citamos o último curso de formação de auditores externos do programa, que contou com participação de cerca de 40 alunos, com o objetivo de apoiar o crescimento e a importância da acreditação em nosso setor, como é confirmado com o selo conferido a mais três laboratórios no país. Parabéns.
Ressaltamos nosso convite ao 49º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina
Laboratorial e ao 1º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial, outros destaques nesta edição, com a entrevista do diretor da SBIS Claudio Giulliano.
4º Simpósio de Patologia Clínica
do ABC
30 de maio
São Bernardo do Campo - SP
Euromed Lab 2015
21º Congresso da IFCC
21 a 25 de junho
Paris - França
20º Congresso Brasileiro
Multidisciplinar em Diabetes
23 a 26 de julho
Congresso da AACC
26 a 30 de julho
Atlanta - Georgia - EUA
24º Congresso Internacional do
Grupo CLAHT
27 a 29 de agosto
São Paulo - SP
49º Congresso Brasileiro de
Patologia Clínica / Medicina
Laboratorial
1º Congresso Brasileiro de
Informática Laboratorial
Exposição Técnico-científica
29 de setembro a 2 de outubro
Centro de Eventos do Ceará
Fortaleza - CE
Congresso da ASCP
28 a 31 de outubro
Long Beach - Califórnia - EUA
28º Congresso Mundial de
Patologia e Medicina Laboratorial
45º Congresso Mexicano de
Patologia Clínica
18 a 21 de novembro
Cancún - México
educação
continuada
http://ead.sbpc.org.br
20 de maio:
Atualização em testes de sensibilidade
em microbiologia
24 de junho:
Dúvidas antigas e novos desafios na
avaliação e interpretação do
hemograma
15 de julho:
Uma ótima leitura e um grande abraço.
A estimativa da filtração glomerular: a
escolha da fórmula ideal
19 de agosto:
Acompanhe a SBPC/ML pela internet
Considerações importantes na análise
crítica do C.I.Q e A.E.Q
21 de outubro:
Como organizar o seu laboratório para
implantar a gestão por processos
18 de novembro:
website:
facebook:
flickr:
twitter:
youtube:
sbpc.org.br
facebook.com/SBPCML
flickr.com/sbpcml
twitter.com/sbpcml
youtube.com/sbpcml
Análise do líquido cefalorraqueano:
sistematização e novos marcadores para
avaliação das doenças neurológicas
Revista Notícias-Medicina Laboratorial |
2015 - Edição 68 - Ano 6 |
Canal Direto
Diálogo é
a melhor
opção
Paula Fernandes Távora
Presidente - Biênio 2014/2015
[email protected]
Quem atua na Saúde Suplementar está acostumado a travar constantes
quedas de braço pelos mais diferentes motivos. É uma situação que desagrada a todos e provoca desgastes desnecessários. Por outro lado, quando
se decide pelo diálogo, está mais do
que provado que são maiores as possibilidades de se chegar a um acordo
e obter resultados positivos para todos os envolvidos.
Infelizmente, nem sempre o diálogo
é a primeira opção. Refiro-me à proposta do Governo federal de regular
preços de serviços prestados por laboratórios, hospitais e clínicas, sob o
pretexto de conter o aumento das
mensalidades dos planos de saúde. A
reportagem principal desta edição de
Notícias-Medicina Laboratorial aborda este assunto em detalhes.
O Governo tomou uma decisão unilateral e não permitiu que nós, presta-
dores de serviços de saúde — os principais afetados — apresentássemos a
nossa versão dos fatos. Os números citados para justificar a proposta não
têm fundamentos concretos e baseiam-se em especulações.
Sobrevivemos há anos em um cenário
de desequilíbrio financeiro, pressionados pelas fontes pagadoras, seja na
Saúde Suplementar, seja no Sistema
Único de Saúde — este é mantido pelo
mesmo Governo que pretende regular preços de serviços mas não os reajusta há mais de 20 anos.
Não cabe ao Governo regular preços
de uma atividade exercida por profissionais liberais. Ele deveria promover
o diálogo entre as partes e buscar o
consenso. Esta é a opinião da
SBPC/ML, e é com base nela que continuaremos a trabalhar.
Até o próximo mês!
Aconteceu . . .
Entrevista e depoimento
Em março, a presidente da SBPC/ML, Paula Távora,
foi entrevistada pelo jornal O Estado de S.Paulo para uma reportagem, publicada no dia 25 do mesmo
mês, que mostrou a reação do setor de saúde sobre
a proposta do governo de regular serviços de laboratórios, hospitais e clínicas. Os depoimentos da
presidente da SBPC/ML e de representantes de outras entidades publicadas no jornal repercutiram
em diversos veículos de imprensa do país. Esse é o
tema da reportagem principal desta edição de Notí-
Alterações
no Estatuto
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| Revista Notícias-Medicina Laboratorial
| 2015 - Edição 68 - Ano 6
cias-Medicina Laboratorial (página 8). Também em
março, reportagem do jornal A Tribuna, de Vitória,
publicada no dia 22, apresenta depoimento do diretor de Comunicação da SBPC/ML, Gustavo Campana, sobre exames laboratoriais.
Para saber o que a imprensa já veiculou sobre a
SBPC/ML, consulte o portal da Sociedade
(www.sbpc.org.br), seção “Notícias & Comunicação”, página “Sala de Imprensa”.
Em 13 de março, a SBPC/ML abriu consulta pública de 30 dias para o Anteprojeto do Estatuto 2015, direcionada aos
Associados Pessoa Física das categorias
Titular, Titular Emérito e Fundador. Ao
terminar o prazo, o anteprojeto voltou
à Comissão Estatutária para consolidar
as sugestões recebidas e redigir o texto
final, para ser apresentado e votado na
Assembleia Geral Extraordinária
(A.G.E.) de 13 de maio de 2015, na sede da SBPC/ML, no Rio de Janeiro.
Fotos: divulgação
Jornada de Salvador
Patrícia Coelho, sorteada com
o tablet, e Marcos Antonio
Munhoz
“A Relevância da Contratualização para a Sustentabilidade
do Sistema Suplementar de Saúde” foi o tema do seminário
no dia 6 de abril, realizado no Rio de Janeiro pelo SindhRio e
Grupo Fleury, com apoio da SBPC/ML e de outras instituições
da área da saúde. A Sociedade foi representada pelos diretores Vitor Pariz e Wilson Shcolnik — ele foi o moderador da palestra que deu nome ao evento, apresentada por Paulo de
Tarso Sanseverino, ministro do Superior Tribunal de Justiça.
Em seguida, houve um debate com a participação das presidentes da Abramed, Claudia Cohn, e da ANS, Martha Oliveira, do presidente da FenaSaúde, José Cechin, e do diretor
executivo da Anahp, Carlos Figueiredo.
Contratualização
Foto: divulgação
Alguns palestrantes: Fábio Sodré, Flavio Paes
Alcântara, Alex Galoro, Carlos Sampaio, José Carlos
Lima e Álvaro Pulchinelli Jr.
Nos dias 20 e 21 de março, com auditório lotado, aconteceu a Jornada de Interação Clínicolaboratorial de Salvador. No evento, que recebeu o apoio de Mindray e DPL Diagnóstica, foram apresentadas conferências sobre marcadores tumorais e de doença renal, o laboratório na emergência, prevenção de doenças cardiovasculares, diagnóstico e tratamento de diabetes e avaliação morfológica das células do
sangue periférico. No encerramento foi sorteado um tablet entre os participantes.
Josier Vilar (SindhRio), Wilson Shcolnik (SBPC/ML), Claudia Cohn
(Abramed), Luiz Fernando Ferrai (Sindhosp), Humberto
Tibúrcio (SindLab-MG) e Vitor Pariz (SBPC/ML)
Presença em Portugal
O diretor Científico, Nairo Sumita (foto), participou da 3ª Conferência Europeia sobre a Fase Préanalítica, dias 20 e 21 de março, na cidade do Porto, Portugal, realizada pela Federação Europeia de Química Clínica e Medicina Laboratorial (EFLM, na sigla em inglês). Foram apresentadas e debatidas soluções
e orientações práticas para os laboratórios. À frente das comissões organizadora e científica esteve a médica croata Ana-Maria Simundic, conferencista convidada do 49º Congresso da SBPC/ML.
Na foto maior: conferência de Alex Galoro. No alto, ele e Carolina Prieta,
presidente da Sociedade Médica de Laboratório Clínico do Chile
O vice-presidente da SBPC/ML, Alex Galoro, e a vicediretora Científica, Luisane Vieira, foram conferencistas no
4º Simpósio Internacional da Sociedade Médica de Laboratório Clínico do Chile, realizado em Santiago, em 30 e 31 de
março, sob o tema central “Gestão de Risco e Fase Préanalítica”. Galoro apresentou as conferências “Utilidade
dos indicadores da qualidade no gerenciamento do laboratório clínico” e “Aplicabilidade e benefícios potenciais do benchmarking entre laboratórios clínicos”. Vieira, que é presidente da Alapac/ML, falou sobre o tema “O estado atual dos
sistemas de gestão da qualidade na América Latina”.
Foto: Roberto Duarte
Fotos: divulgação
Simpósio no Chile
Visita à SBPC/ML
No dia 7 de abril, representantes do DB-Diagnósticos do Brasil
visitaram a SBPC/ML e foram recebidos pela presidente, Paula
Távora, e pelos diretores Lucia Villela e Wilson Shcolnik.
Tobias Martins (DB), Lúcia Villela (SBPC/ML), Fabiano Mateus (DB),
Paula Távora (SBPC/ML), Ulisses Tuma (DB) e Wilson Shcolnik (SBPC/ML)
Revista Notícias-Medicina Laboratorial |
2015 - Edição 68 - Ano 6 |
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Foto: Roberto Duarte
PALC faz curso de auditor externo
De 9 a 13 de março, a sede da
SBPC/ML recebeu cerca de 40 profissionais de laboratórios do Distrito Federal e de 14 estados (CE, BA,
GO, MA, MG, PA, PB, PI, PR, RJ, RN,
RS, SC e SP) que participaram do
Curso de Formação de Auditor
Externo da Qualidade - Norma PALC
2013, coordenado pelo diretor de
Acreditação e Qualidade, Wilson
Shcolnik, e pela gerente Técnica do
Programa, Carla Chaves. Ela também foi uma das instrutoras, junto
com os auditores Ana Cláudia Queiroz, Antônio Leitão, Elaine Faria e
Helinete Filgueiras e as diretoras
da SBPC/ML Cláudia Meira e Luisane Vieira.
O patologista clínico e farmacêutico-bioquímico Abraão de Morais,
da Paraíba, elogiou o nível da turma e dos instrutores. “Recebemos
informações sobre interpretação
da Norma PALC e de situações do
dia a dia que são importantes para
nossa experiência”, destacou. “A
troca de informações e de experiências com os instrutores e com
os outros participantes é fenomenal”, disse o biomédico Lucas Soares, do Piauí. Para a farmacêuticabioquímica Carolina Brito, do Maranhão, o curso representou uma experiência única. “Em poucos dias tivemos a oportunidade de adquirir
conhecimentos e de nos aprofundarmos na área em que trabalhamos”, avaliou.
PALC acredita
Soares acrescenta que foi muito importante que o sistema de gestão da
qualidade estivesse presente em todos
os momentos para tirar dúvidas e apresentar a importância de uma acreditação para o progresso do trabalho.
dos compreendam a importância da
certificação da qualidade dos serviços
e o quanto cada um pode continuar
melhorando os processos já implantados. “É um trabalho que representa
um processo contínuo para toda a equipe”, conclui.
laboratórios no
Piauí e em São Paulo
Em março, receberam o selo do PALC o
Med Imagem, de Teresina, o Laboratório de Urgência do ICESP, de São Paulo,
e o Vital Brasil, de Guaratinguetá (SP).
Pioneiro no Piauí
“Foram dois anos de preparo para obter a acreditação. Durante esse tempo, foram ministrados treinamentos
periódicos de processos aos colaboradores, destacando, principalmente, a
importância de um exame rastreável,
de processos padronizados e o cumprimento de normas e legislações”, diz o
gerente da Qualidade do Laboratório
Med Imagem, de Teresina, o biomédico
Lucas Vale Soares.
Segundo ele, a decisão de obter a acreditação significou mudar a estrutura
do laboratório, o fluxograma dos processos e a forma de desenvolver um trabalho voltado para a qualidade. “Além
disso, havia a responsabilidade de ser
o primeiro laboratório do Piauí a obter
a acreditação PALC.”
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| Revista Notícias-Medicina Laboratorial
| 2015 - Edição 68 - Ano 6
Processo contínuo
O Laboratório de Urgência do Instituto
do Câncer do Estado de São Paulo
(ICESP) faz parte da Divisão de Laboratório Central (DLC) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) e
foi criado seguindo os requisitos de qualidade em vigência na DLC.
“Decidimos obter a acreditação PALC
para reafirmar a credibilidade e confiabilidade dos nossos resultados, melhorar o desempenho das atividades e
tentar superar as expectativas dos clientes. Procuramos, também, seguir os
processos já estruturados na DLC e servir de modelo para outros laboratórios, mostrando que é possível implantar
e conquistar esse importante reconhecimento em uma instituição pública”,
conta a médica Lucilene Rodrigues, responsável pelo Laboratório de Urgência
do ICESP.
Segundo ela, existe um trabalho de
conscientização da equipe para que to-
Mudança de cultura
Considerado um laboratório de médio
porte, o Vital Brasil tem sua unidade
operacional em Guaratinguetá e oito
postos de coleta em cidades vizinhas
no Estado de São Paulo. Segundo a assessora da Qualidade, Rosely Moura Oliveira, a decisão de obter a acreditação
PALC teve como objetivo aprimorar a
qualidade nas diferentes fases dos processos e torná-los mais eficientes e seguros. Para auxiliar nos preparativos
foi contratada uma consultoria especializada na Norma PALC.
Entre as ações que ela destaca como importantes nos preparativos estão a vontade e cooperação da alta direção, a
abertura e disposição da equipe para entender os critérios da Norma PALC e sua
mobilização e mudança de cultura para
reorganizar, alinhar e implantar os mecanismos de controle analítico e de gestão
e de práticas pré e pós-analíticas.
Dica do especialista
Foto: Arquivo SBPC/ML
Prevenção dos acidentes perfurocortantes no laboratório clínico
Nairo M.
Sumita
Médico patologista clínico,
diretor Científico da
SBPC/ML, membro do
Latin American Preanalytical
Scientific Committee (LASC)
Um dos principais riscos no ambiente de trabalho para os profissionais da saúde é a exposição aos agentes patogênicos presentes no
sangue e nos fluídos corpóreos. Em particular,
os trabalhadores de laboratórios clínicos são
considerados um grupo de alto risco devido à
exposição a diversos patógenos sanguíneos.
A maior incidência de acidentes de trabalho
no laboratório clínico ocorre na fase préanalítica, sendo a punção acidental com agulha no processo de coleta de sangue o evento de exposição acidental biológico mais frequentemente descrito. O risco de contaminação aumenta em função do manejo de dispositivos potencialmente infectados, como
agulhas e materiais cirúrgicos, bem como resíduos biológicos infectados, ou também
através do contato do sangue com os olhos,
mucosas ou ferimentos.
Atualmente, existem 28 agentes patogênicos conhecidos que podem ser transmitidos
através dos objetos perfurocortantes. Destes, os vírus das hepatites B e C e o HIV representam os maiores riscos.
O fato que a exposição a agentes infecciosos
resulte ou não na soroconversão e no desenvolvimento da doença é dependente dos seguintes fatores:
• Tipo de exposição: mucosa ou pele (percutânea);
• Volume de sangue transferido;
• Extensão do ferimento: superficial ou profundo (definido como maior que 2 mm, suficiente para causar sangramento);
• Tipo de dispositivo causador do acidente: agulha com lúmen ou dispositivo sólido agudo;
• Tipo de vírus e carga viral.
Um estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês),
dos EUA, mostrou que 61% dos acidentes percutâneos ocorrem poucos segundos após a
remoção da agulha da veia ou da linha intravenosa. Assim, a orientação é no sentido de
que as boas práticas devem ser aplicadas e
difundidas no processo de coleta de amostras de sangue, com especial atenção na fase pós-retirada da agulha do acesso venoso.
Sem dúvida, a introdução do sistema a vácuo, também conhecido como sistema fechado, trouxe grandes benefícios na área da
biossegurança no processo de coleta. Atualmente, este sistema é amplamente utilizado
em todo o mundo, além de oferecer inúmeras vantagens em comparação com o sistema
tradicional, que utilizava seringa e agulha. O
tubo contém vácuo no seu interior, devidamente calibrado, para assegurar a coleta de
um volume exato de sangue diretamente ao
tubo evitando o contato direto da amostra coletada com o flebotomista.
O acidente de punção e a exposição biológica podem ser prevenidos e controlados através do processo de educação contínua, o uso
correto dos equipamentos de proteção individual e também através de dispositivos de
segurança especificamente “desenhados”
para a proteção do flebotomista, os quais
são acoplados aos sistemas de coleta e que
cobrem a agulha após a retirada da veia.
As diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam os seguintes indicadores para a gestão do processo de coleta
de sangue:
• Número e classificação dos acidentes perfurocortantes ou outros acidentes por
100 trabalhadores em período integral de
trabalho entre os profissionais de saúde
nos últimos 12 meses;
• Número e classificação de pacientes com
eventos adversos após a flebotomia, tais
como hematomas, acidente vascular cerebral, infecção e lesão nervosa;
• Número de casos de transmissão de agentes infecciosos durante a flebotomia, especialmente as hepatites B e C e HIV.
No Brasil, foram estabelecidos procedimentos nas situações de acidentes com material
perfurocortante no ambiente de trabalho.
De modo geral, os acidentes com sangue e
outros fluidos potencialmente contaminados são tratados como situações de emergência médica. Com a finalidade de se obter
maior eficácia na prevenção da contaminação, as intervenções para profilaxia da infecção pelo HIV e hepatite B são iniciadas logo após a ocorrência do acidente. Do ponto
de vista da legislação trabalhista, esse tipo
de ocorrência é tratado como acidente de
trabalho, sendo necessária a comunicação
aos órgãos trabalhistas e de previdência governamentais.
Revista Notícias-Medicina Laboratorial |
2015 - Edição 68 - Ano 6 |
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Governo quer
regular preços
de laboratórios
Justificativa para a proposta é evitar aumento
excessivo das mensalidades dos planos de saúde
deveria buscar o equilíbrio e promover o diálogo entre
as partes envolvidas, e não simplesmente atribuir toda
a culpa a uma categoria da saúde”, afirma a presidente da SBPC/ML, Paula Távora.
A SBPC/ML e outras instituições do setor de saúde
foram surpreendidas com a notícia da intenção do
Governo federal de regular serviços laboratoriais e hospitalares como justificativa para evitar reajustes elevados dos planos de saúde. Reportagem publicada no
jornal O Estado de S. Paulo, em 23 de março, faz referência a um estudo da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça, que atende,
em parte, queixa da Federação Nacional de Saúde
Suplementar (FenaSaúde) — entidade que reúne as
maiores operadoras do país — segundo a qual existe
uma “espiral inflacionária” nos preços de serviços
médicos e hospitalares.
Ela enfatiza que os exames laboratoriais não são reajustados há mais de oito anos na saúde suplementar e
há mais de 20 no Sistema Único de Saúde (SUS), sem
que exista perspectiva de adequação dos valores.
Em nota oficial, a presidente da Associação Brasileira
de Medicina Diagnóstica (Abramed), Claudia Cohn,
reforça a afirmação de Paula Távora ao lembrar que os
laboratórios que conseguem reajustes “não repõem a
inflação médica, que é maior do que a inflação média
de consumo, agravado pelo fato de parte dos insumos
importados estar baseado em dólar”.
Foto: Arquivo SBPC/ML
Não somos o maior
custo, mas o de maior
responsabilidade em
auxiliar o diagnóstico
Os laboratórios que
conseguem reajustes
não repõem a
inflação médica
Paula Távora
“O que ocorre é uma distorção de nosso papel no setor
de saúde. Não somos o maior custo, mas o de maior responsabilidade em auxiliar o diagnóstico. O governo
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| Revista Notícias-Medicina Laboratorial
| 2015 - Edição 68 - Ano 6
Foto: Divulgação
Presidente da SBPC/ML
Cláudia Cohn
Presidente da Abramed
lembra que o seu setor é totalmente atrelado à inflação e à variação do dólar.
O presidente da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), Jerolino Lopes Aquino, alerta que a falta
de reajuste aumenta as estatísticas dos pequenos laboratórios que fecham as portas, ano após ano, pela falta
de recursos. “Isso comprova que os prestadores de serviços não são os 'vilões' dessa história, mas podem se
tornar 'muletas' para as operadoras se apoiarem.”
“No período de 2003 a 2014, o IPCA acumulado foi de
99,03%, o IGP-M de 106,01% e o INPC de 98,39%,
enquanto o reajuste liberado pela ANS para as operadoras, nesse mesmo período, foi de 162,33%, bem acima da inflação.”
Jerolino Lopes Aquino
Presidente da SBAC
Ele acrescenta que o setor tem investido muito em certificações e qualificações e é preciso estímulo para
garantir a adesão e conscientização dos usuários.
Luiz Fernando Ferrari Neto, vice-presidente do Sindhosp e diretor da Fehoesp, destaca que o setor é regulado por leis municipais, estaduais e federais e está
entre os que suportam a maior carga tributária do país.
“Portanto, não podemos concordar com regulamentação de preços, principalmente porque não somos nós
quem os estabelece. É o mercado que regula os preços, que estão defasados há anos.”
Foto: Divulgação
É o mercado que
regula os preços,
que estão
defasados há anos
Luiz Fernando Ferrari Neto
Vice-presidente do Sindhosp
e diretor da Fehoesp
O reajuste liberado pela
ANS para as operadoras
foi de 162,33%, bem
acima da inflação
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Os prestadores de
serviços não são os
vilões dessa história
Antonio Carlos de Athayde
Presidente do CBR
Para ele, as operadoras mal começaram a reajustar os
contratos com os prestadores, como determina a Lei
13.003, e já começam a culpá-los pelo aumento das
despesas. “A pergunta que nos cabe é: o que as operadoras fizeram com toda a margem que tiraram dos
prestadores todos esses anos?”
Incorporação de tecnologias
De acordo com a reportagem em O Estado de S.Paulo,
a FenaSaúde alega que os custos das operadoras “estariam aumentando de forma expressiva, acima da inflação e abaixo dos reajustes das mensalidades”, e que
um dos motivos seria a incorporação de novas tecnologias na área médica, “que chegariam ao mercado sem
avaliação de seu custo e sua efetividade”.
Paula Távora rebate esse argumento e as tentativas de
barrar a entrada de novas tecnologias porque, devido
à sua sofisticação, elas podem produzir diagnósticos
mais rápidos e mais precisos.
“A tecnologia auxilia a alcançar a medicina de precisão, que é para onde estamos caminhando. Significa
ter uma hipótese diagnóstica melhor elaborada, com
VCMH por grupos de procedimentos
Ele aponta a Lei 13.003, regulamentada no final de
2014, como uma tentativa de garantir aos prestadores
de serviços a recomposição dos índices inflacionários
sobre seus preços, tomando como base o IPCA.
“Sabemos que somente o IPCA não corrigirá os custos
diretos e desalinhados dos prestadores, principalmente porque a inflação causada pelo aumento das tarifas
controladas, como combustível e energia, mais a desvalorização do real, impactam fortemente uma cadeia
produtiva dependente de insumos importados”, acrescenta Ferrari.
O presidente do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), Antonio Carlos de Athayde,
Fonte: Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS)
60
50
Exames
Terapias
Internações
Consultas
40
30
20
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VCMH: Variação de Custos Médico-Hospitalares
Revista Notícias-Medicina Laboratorial |
2015 - Edição 68 - Ano 6 |
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uma medicina diagnóstica preparada tecnologicamente para ser mais precisa nos resultados, e obter um desfecho clínico mais positivo para o caso”, diz a presidente da SBPC/ML.
Segundo ela, sem inovação tecnológica corre-se o risco de se pagar por exames obsoletos, que não auxiliam
o diagnóstico. Ela cita o exemplo do que tem acontecido com o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, da
ANS. Távora conta que foi submetida à Agência uma lista com 120 exames modernos, para substituir outros
que estão obsoletos. Porém, esses novos exames não
foram incluídos no Rol.
Índices x reajustes
IPCA
162,33
INPC
IGP-M
98,39
De acordo com Claudia Cohn, muitos recursos tecnológicos já são usados em outros países e só chegam ao
Brasil depois de serem aplicados ao mercado externo.
A presidente da Abramed acrescenta que as definições
de cobertura são reguladas pelo Rol de Procedimentos
e Eventos em Saúde, da ANS, e determinam a entrada
de novas tecnologias com base em evidências de benefícios para a população, definidas em conjunto pelas
entidades representativas das especialidades e sociedades científicas.
Diálogo
Fontes: IBGE, FGV e ANS
99,03
importante. É preciso acabar com essa distorção que
tecnologia é caro”, afirma Távora.
106,01
Reajustes
Operadoras
Período de 2003 a 2014: IPCA, INPC e IGP-M acumulados
e reajustes de operadoras (em percentuais)
“No Brasil, não se realiza nada que a Anvisa não tenha
autorizado. Se a tecnologia que está aí entrou no país
é porque o setor regulatório reconheceu que ela é
Exames não retirados
Na reportagem de O Estado de S.Paulo de 23 de março, a
representante da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) afirma que cerca de 30% dos exames solicitados
são “esquecidos nos laboratórios”.
A presidente da SBPC/ML, Paula Távora, contesta essa
afirmação. Ela esclarece que os avanços da tecnologia
permitem que os pacientes tenham acesso ao laudo pela
Internet, e que se há excesso de solicitação de exames,
“Somos contra a regulamentação de preços porque é
algo temerário e desnecessário. Não é papel do Governo interferir nesse aspecto. Ele deve, sim, incentivar o
diálogo entre os participantes do setor para se chegar
a um equilíbrio comercial e técnico, visando a segurança do paciente”, diz Paula Távora.
Segundo ela, a SBPC/ML propõe ampliar o diálogo
sobre o uso racional do laboratório. “Com isso, com a
valoração adequada e com a remoção da obsolescência dos exames haverá um caminho que beneficiará
todos os participantes da área da Saúde, e, não, uma
disputa entre quem ganha mais ou ganha menos”, diz
Paula Távora. “É preciso lembrar que o foco principal é
o paciente, mas o que vemos é uma tendência de
excluí-lo das negociações.”
isso não se resolve com regulação, mas com capacitação
de estudantes na graduação e de profissionais que estão
em atividade.
Segundo a presidente da Abramed, Claudia Cohn, o percentual de exames não retirados nos laboratórios que são
associados à entidade é de 5%, e não 30%. “Não temos conhecimento sobre a base e origem dessa informação”, diz.
Ela acrescenta que, além das diversas ferramentas que
permitem retirar o laudo pela Internet e por aplicativos para dispositivos móveis, existe também o contato direto entre o médico que prescreve o exame e o laboratório.
Receita de contraprestações das operadoras de planos privados de saúde - 2003 a 2013
Modalidade da operadora
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
Total
28.743.350.681 32.629.463.596 37.270.298.624 42.626.301.968 52.194.330.031 60.677.290.674 65.809.562.118 74.597.280.367 84.653.841.075 95.439.389.502 111.015.029.732
Operadoras médico-hospitalares
28.242.936.475 32.030.482.291 36.526.986.045 41.716.042.287 51.113.059.850 59.500.587.519 64.468.930.509 72.918.135.707 82.605.692.295 93.131.978.171 108.538.004.530
Autogestão (1)
9.417.811.131 10.610.619.768
12.322.053.586
10.752.468.796 12.330.000.222 14.061.850.019 16.504.999.126 18.279.262.097 21.365.533.997 23.240.775.696 26.445.075.707 30.057.613.038 33.966.639.294
37.988.869.488
2.139.343.139
2.298.838.384
Medicina de grupo
9.391.238.960 10.653.165.760 12.556.173.058 14.180.015.674 15.847.907.889 17.823.376.100 19.582.440.644 22.058.116.813 24.459.353.793 27.742.901.439
31.605.848.883
Seguradora especializada em saúde
6.701.305.079
7.912.489.383 8.749.939.565 8.608.423.749 11.054.334.782 12.403.605.041 14.095.959.530 16.705.900.969 18.672.474.531
24.322.394.189
Cooperativa médica
Filantropia
517.606.086
880.317.554
640.392.404
884.373.824
7.522.550.081
905.900.494 1.036.290.153 6.442.336.738
1.090.573.091 1.244.797.769 1.935.129.377
7.041.937.655
2.215.404.985
7.678.420.409
1.563.688.719
8.521.568.550
1.797.415.107
1.965.013.364
Fonte: Caderno de Informação da Saúde Suplementar - dezembro de 2014 (ANS)
Contraprestação é o pagamento feito pelo contratante de plano de saúde a uma operadora para garantir a prestação dos serviços contratados.
(1) As operadoras da modalidade Autogestão passaram a informar suas receitas, obrigatoriamente, a partir de 2007, com exceção daquelas por SPC (Secretaria Previdência Complementar), obrigadas a partir de 2010.
As Autogestões por RH (Recursos Humanos) não são obrigadas a enviar informações financeiras.
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48º Congresso da SBPC/ML
Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina
Laboratorial (SBPC/ML): Boas Práticas em Microbiologia Clínica
A microbiologia clínica é uma das grandes áreas do laboratório clínico cuja atividade laboratorial, com vistas à elucidação diagnóstica. Pode
ser caracterizada como de alta complexidade e se constituindo em um processo que desafia os profissionais dessa área de atuação.
Esta obra tem como objetivo apresentar as Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial
(SBPC/ML), discutir as boas práticas em microbiologia clínica, com os tópicos relevantes e as dúvidas e questionamentos mais frequentes
da rotina diária.
O projeto contou com a participação de uma equipe multidisciplinar composta por profissionais formadores de opinião e com grande experiência na área de microbiologia clínica.
Este livro utiliza uma linguagem simples e direta para todos os profissionais do laboratório clínico da área de microbiologia e estudantes.
www.sbpc.org.br
O que você
encontra
neste livro:
4. Antibiograma
5. Controle interno da qualidade
6. Ensaios de proficiência
7. Biologia molecular no laboratório de
microbiologia
8. Espectrometria de massas MALDI-TOF
em laboratório de microbiologia clínica:
parâmetros conceitos pré e pós-analíticos
úteis para a rotina.
9. Infecções bacterianas emergentes
10.Automação em microbiologia
1.Área física do laboratório de microbiologia
e legislação vigente
2.Biossegurança
3.Rotinas em microbiologia:
3.1. Urocultura
3.2. Hemocultura
3.3. Cultura de líquidos cavitários
3.4. Cultura de secreções e catéter
3.5. Cultura de fungos
3.6. Cultura para Candida
3.7. Cultura de líquor
3.8 .Cultura para micobactérias
Realização: SBPC/ML
 AMB
Apoio:
11.Verificação e validação de procedimentos
no laboratório de microbiologia clínica
12.Treinamento e desenvolvimento
13.Gestão de equipamentos no laboratório de
microbiologia
14.Indicadores da qualidade em microbiologia
clínica
BD  BIOMÉRIEUX  PLASTLABOR  PROBAC  ROCHE
Tecnologia da Informação
em Medicina Laboratorial
Posicionamento da
2014
interoperabilidade
de
sistemas
Disponível para download em
Realização:
www.sbpc.org.br/timl
Apoio:
Revista Notícias-Medicina Laboratorial |
2015 - Edição 68 - Ano 6 |
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Comitê Brasileiro de Testes de
Sensibilidade aos Antimicrobianos
Com o objetivo de uniformizar e disponibilizar documentos acessíveis
a todos os laboratórios brasileiros
para realização e interpretação
dos testes de sensibilidade foi estabelecido, em junho de 2014, o Comitê Brasileiro de Testes de Sensibilidade aos Antimicrobianos
(BrCAST). A instituição foi criada a
partir de um acordo entre SBPC/ML
e as Sociedades Brasileiras de Microbiologia (SBM), de Análises Clínicas (SBAC) e de Infectologia
(SBI), em um esforço conjunto para
auxiliar os laboratórios clínicos no
processo de melhoria da qualidade
do serviço prestado e, por consequência, na garantia da segurança
do paciente.
O BrCAST funciona com o trabalho
voluntário de seus participantes e a
cada dois anos metade de sua composição é renovada por indicação
dos presidentes das Sociedades que
o compõem. Em menos de um ano
de atuação já foi oficialmente reconhecido pelo European Committee
on Antimicrobial Susceptibility Testing (EUCAST) como um comitê nacional e autorizado a traduzir para
o português todos os documentos
da instituição, desde que sejam disponibilizados gratuitamente.
Agora, para que tenha ainda mais
legitimidade, os representantes do
BrCAST desejam obter o reconhecimento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acor-
do com a patologista clínica Marinês Dalla Valle Martino, uma das representantes da SBPC/ML no comitê organizador, as ações serão apresentadas em breve à Câmara Técnica de Resistência Bacteriana para
Serviços de Saúde da Anvisa, com o
intuito de que as normas do Comitê
sejam padrão oficial no Brasil.
“Uma das atividades mais importantes do BrCAST será liderar estudos de abrangência nacional para
traçar a distribuição dos valores de
Concentração Inibitória Mínima das
nossas cepas”, explica a médica.
A patologista clínica Antonia Maria
de Oliveira Machado, também rep re s e n ta n te d a S B PC / ML n o
BrCAST, observa que, do ponto de
vista operacional, a implementação integral das normas do Comitê
nos laboratórios de microbiologia
no Brasil vai exigir, especialmente,
adequação do meio de cultura para
micro-organismos fastidiosos e da
potência de alguns discos.
Antonia Maria de
Oliveira Machado
uma das representantes
da SBPC/ML no BrCAST
“A implementação até simplifica a
variação de meios de cultura utilizados atualmente. Já existe, inclusive, uma comunicação com os nossos fornecedores locais para viabilização dos insumos”, acrescenta.
Principais objetivos
Conheça as diretrizes que fazem parte
da estratégia do BrCAST para ampliar
a qualidade dos serviços prestados pelos laboratórios clínicos no Brasil.
Determinar e revisar periodicamente os pontos de corte para a interpretação dos testes de sensibilidade aos antimicrobianos para uso
clínico e com finalidade epidemiológica. Assim como propor à Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) sua implementação nos laboratórios clínicos em todo o Brasil.
Liderar e promover o desenvolvimento e padronização e de controle da
qualidade dos testes de sensibilidade
antimicrobiana in vitro no país.
Liderar e promover a educação e o
treinamento em testes de sensibilidade antimicrobiana.
Obter o reconhecimento da Anvisa
como parte essencial do processo
de determinação de critérios interpretativos para testes de sensibilidade in vitro para licenciamento
de novos antimicrobianos e daqueles atualmente em uso no Brasil.
Representar o Brasil junto às instituições que atuem ativamente na
padronização de teses de sensibilidade aos antimicrobianos, além de
buscar consenso internacional
e/ou harmonização com o European Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing (EUCAST) e o Clinical and Laboratory Standards
Institute (CLSI).
Composição atual do comitê
Mandato de junho de 2014 a junho
de 2016
Coordenação Geral:
Jorge Luiz Mello Sampaio
(SBM)
Coordenação Clínica:
Ana Cristina Gales (SBI)
Membros:
Jorge Luiz Mello Sampaio (SBM), Alexandre P. Zavascki (SBI), Elizabeth Marques (SBM), Afonso Luís Barth (SBAC),
Ana Cristina Gales (SBI), Lauro Santos (SBM), Marinês Dalla Valle Martino (SBPC/ML) e Marcelo Pilonetto (SBAC)
Para saber mais
O site http://brcast.org.br oferece, para download gratuito e traduzidos para o português, materiais como tabelas de pontos de corte e o documento sobre detecção de resistência do EUCAST. Em
breve, também estarão disponíveis informações sobre métodos, controle de qualidade, detalhamento do preparo e execução dos testes rápidos para detecção de carbapenemases e um guia para a implementação do BrCAST nos laboratórios clínicos.
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| Revista Notícias-Medicina Laboratorial
| 2015 - Edição 68 - Ano 6
Afonso Luís Barth (SBAC)
Alexandre P. Zavascki (SBI)
Antonia Maria O. Machado (SBPC/ML)
Elizabeth Marques (SBM)
Lauro Santos (SBM)
Marcelo Pilonetto (SBAC)
Marinês Dalla Valle Martino (SPBC/ML)
Cada um dos membros do comitê gestor tem mandato de dois anos, renovável por igual perodo. A cada dois
anos, 50% dos membros deverão ser
substituídos, de modo a permitir ampla participação dos integrantes das
diferentes Sociedades.
Residentes em Patologia Clínica integram equipe de
Lab Tests Online BR
“Com o início das atividades dos residentes e de seu preceptor aumentará a velocidade de inclusão
de novos artigos e textos sobre estados clínicos e testes laboratoriais
e, principalmente, na sua adequação à nossa realidade, inserindo informações com alta relevância para a população brasileira”, comemora o diretor de Comunicação da
SBPC/ML e editor-chefe de LTO BR,
Gustavo Campana.
Ele acrescenta que o convite feito
aos residentes da USP faz parte da
primeira etapa de expansão de LTO
BR. Residentes em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial de outras
instituições também serão convidados a fazer parte da equipe.
dade. Temos que desenvolver essa
geração de jovens para que eles
procurem fazer parte do futuro da
Patologia Clínica”, diz o preceptor
dos residentes do HC-FMUSP, Carlos
Alberto Giafferi, que faz parte do
grupo de novos editores-revisores.
mos acadêmicos e profissionais.
Ela traz uma visão maior ao futuro
patologista clínico, as principais dúvidas do dia a dia e o contato com
os diferentes testes disponíveis”,
elogia Félix Pinto, que está no terceiro ano da residência (R3).
Segundo ele, os residentes gostaram da oportunidade de participar
de LTO BR e de saber que o resultado de seu trabalho poderá ajudar
muitos laboratórios, médicos, pacientes e profissionais de saúde.
“Isso tem um valor inestimável”,
afirma Giafferi.
“É uma forma de garantir que o público tenha um melhor entendimento da complexidade e importância do trabalho realizado no laboratório, e também garante que
futuros patologistas clínicos possam determinar a qualidade e fidedignidade da informação”, opina a
R3 Bruna da Rocha.
“A revisão dos textos é uma boa forma de atualização e de aquisição
de conhecimentos dentro da nossa
área e vem somar no aprendizado
dos residentes”, diz Juliana Carneiro de Azevedo, que está no quarto
ano da residência (R4) em patologia clínica — ela faz um ano adicional em oncohematologia.
“A iniciativa é muito interessante,
arrojada e de grande valia em ter-
“É muito bom porque ajuda a ter
um pouco mais de conhecimentos
sobre exames feitos em áreas que,
até o momento, não estagiei na residência. É importante que as informações sobre exames para a população sejam dadas por profissionais que estão ligados à área”, avalia o R3 Adilson Alves.
Foto: Lizimar Dahlke
A equipe de Lab Tests Online BR
(LTO BR) cresceu. Agora ela conta
com a participação do preceptor e
de quatro residentes em Patologia
Clínica/Medicina Laboratorial do
Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina da Universidade de
São Paulo (HC-FMUSP). Os cinco atuam como editores-revisores, responsáveis pela revisão técnica do
conteúdo traduzido do inglês e produção de textos exclusivos para o site brasileiro.
“O foco de LTO BR é levar para a população em geral e para os profissionais da área de saúde informações
de qualidade sobre exames laboratoriais, elaboradas por especialistas em Medicina Laboratorial”, destaca Campana.
“A participação dos residentes é
uma forma de aprendizado extracurricular e de contato com a
SBPC/ML, o que é fundamental para fortalecermos nossa especiali-
Adilson Alves, Juliana de Azevedo, Carlos Alberto Giafferi, Félix Pinto e Bruna da Rocha
Lab Tests Online BR não pretende substituir a consulta e orientação dos médicos. Os laboratórios
podem incluir gratuitamente o link para LTO BR em seu site institucional como forma de orientar
melhor seus clientes. Basta entrar em contato com a SBPC/ML pelo e-mail [email protected].
Revista Notícias-Medicina Laboratorial |
2015 - Edição 68 - Ano 6 |
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Oportunidade para compartilhar experiências
Diretor da SBIS destaca importância do 1º Congresso Brasileiro
de Informática Laboratorial
Patologia Clínica
Medicina Laboratorial
e
1° Congresso Brasileiro de
Informática Laboratorial
Exposição Técnico-Científica
Integração para o diagnóstico
Fortaleza - CE
Centro de Eventos do Ceará
29 de setembro
a 2 de outubro de
2015
www.cbpcml.org.br
ra o crescimento e desenvolvimento do setor”, comemora Giulliano.
Segundo o médico, quando começou a se
falar em Internet na área de saúde já havia laboratórios que liberavam os resultados online para o paciente, o que mostra o
avanço da patologia clínica, especialidade
que sempre adotou a tecnologia da informação intensamente, e que talvez tenha
sido o setor que mais avançou no uso da TI
na área de saúde, acoplado com uma intensa automação dos processos.
No entanto, o diretor da SBIS observa que é
necessário adotar as melhores práticas de
TI e estar atento à privacidade e confidencialidade da informação dos pacientes.
“Há desafios no compartilhamento estruturado da informação (interoperabilidade), na adoção de sistemas de apoio à decisão e, também ,em aplicações móveis. Para tudo isso, é preciso usar padrões e sistemas cada vez mais avançados. Assim, nesse segmento há sempre espaço para a inovação, mostrando a necessidade de uma
discussão mais ampla”, diz Giulliano.
Quais são as tendências no uso de aplicativos e equipamentos na "medicina móvel"
(M-health)?
de produz uma enormidade de informações a cada segundo. Textos, sinais, imagens e outros tipos de mídias são parte da
história clínica de um paciente. O setor laboratorial gera, por sua vez, uma grande
quantidade de dados que poderiam ser melhor processados, de forma a identificar
tendências e, no contexto da saúde populacional, até mesmo predizer epidemias.
Para tudo isso, as tecnologias de big data
são fundamentais. Por outro lado, há ainda
poucas aplicações e cases reais de utilização
dessa massa de dados em formatos mais
abrangentes, no conceito de big data. Acredito que nos próximos cinco anos teremos algo mais relevante nessa área.
Claudio Giulliano
As aplicações móveis na Saúde são uma
grande tendência e já há várias desenvolvidas. Hoje, é uma tendência permitir o
acesso aos exames de laboratórios em dispositivos móveis. Por outro lado, é possível desenvolver mecanismos que permitam ao paciente maior interação com a
equipe médica através de dispositivos móveis. O telemonitoramento é outra utilização bastante interessante e com empresas
investindo nesse segmento.
No 1º Congresso Brasileiro de Informática
Laboratorial há uma atividade denominada TIID (Tecnologia, Informática, Inovação
e Disrupção), na qual diversas empresas
de TI apresentarão novidades, projetos e
soluções para informática laboratorial.
Isto é uma novidade em congressos da
SBPC/ML. Ela é comum em eventos de TI?
Claudio Giulliano
É comum em alguns tipos de evento de TI,
especialmente naqueles voltados à startups. Acredito que será uma experiência
interessante e muito convidativa para
quem deseja expor suas ideias, projetos e
soluções. Para o público, será uma forma
simples, objetiva e inovadora de conhecer
o que há de mais novo no segmento.
Atualmente, fala-se muito em big data. Como vê seu uso na medicina e, especificamente, no setor de laboratórios clínicos?
Claudio Giulliano
Big data é o termo da moda. A área de Saú-
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| Revista Notícias-Medicina Laboratorial
| 2015 - Edição 68 - Ano 6
Claudio Giulliano
Diretor da Sociedade Brasileira
de Informática em Saúde (SBIS)
Quais são os principais aspectos que devem ser vistos para garantir a segurança
dos dados dos pacientes?
Claudio Giulliano
Sem dúvida é o tripé da segurança da informação: disponibilidade, confidencialidade e integridade. Esta última garante
que a informação não foi modificada e,
por ser assim, é confiável. Ao mesmo tempo, deve-se garantir o direito do paciente
à privacidade. Finalmente, a informação
precisa estar disponível. Para garantir tudo isso é preciso investir em segurança da
informação, o que inclui políticas de segurança, sistemas de controle e auditoria e
infraestrutura computacional. Precisamos
avançar ainda mais nas questões normativas da área, com marcos regulatórios que
esclareçam e melhor definam as responsabilidades e os métodos principais para
essas garantias.
Foto: Divulgação
49° Congresso Brasileiro de
Segurança de dados dos pacientes, tecnologia da informação na Saúde Suplementar e como o big data vai reformular a medicina. Estes são alguns dos temas abordados no 1º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial, em 30 de setembro, que
vai acontecer simultaneamente às atividades do mesmo dia do 49º Congresso da
SBPC/ML, no Centro de Eventos do Ceará,
em Fortaleza.
Um dos palestrantes é o médico e mestre
em Informática em Saúde Claudio Giulliano, diretor da Sociedade Brasileira de
Informática em Saúde (SBIS), instituição
que apoia o evento.
Ele diz que o 1º Congresso Brasileiro de
Informática Laboratorial é fundamental
para que todos os profissionais possam
compartilhar suas experiências e discutir
questões importantes para o desenvolvimento de suas respectivas áreas.
“Será um modelo mais estruturado e específico, visto que a aplicação da TI na patologia clínica já vem sendo discutida em
congressos da própria SBPC/ML e da SBIS.
Por isso, é louvável que a SBPC/ML tenha
tomado essa iniciativa e convidado a SBIS
a participar, mostrando que a união das diferentes áreas e disciplinas é essencial pa-
Prazo para enviar resumo de tema livre termina em maio
Foto: Divulgação
Quem ainda não enviou resumo de Tema Livre tem até o dia 20 de maio para concluir e cadastrar o trabalho. Isso deve
ser feito exclusivamente pelo site do 49º Congresso da SBPC/ML (www.cbpcml.org.br).
Os trabalhos serão avaliados por uma comissão e aqueles com a melhor classificação receberão prêmios, que podem ser
em dinheiro, em inscrição, em passagem e hospedagem para o Congresso da SBPC/ML em 2016, no Rio de Janeiro.
Todos os resumos de tema livre selecionados para o 49º Congresso devem ser obrigatoriamente apresentados em
pôster físico. Mas para concorrer aos prêmios de apresentação oral os trabalhos precisam ser enviados também no
formato eletrônico (o mesmo arquivo enviado usado para imprimir o pôster físico, mas em formato “pdf”).
Além de ser uma exigência este ano para concorrer à apresentação oral, o pôster eletrônico será obrigatório a partir
do Congresso de 2016 para todos os resumos de tema livre.
O prazo para enviar o pôster eletrônico termina em 20 de julho. Eles serão exibidos em terminais de LCD localizados
próximo à área de exposição dos pôsteres físicos.
Mais informações no site do 49º Congresso da SBPC/ML (www.cbpcml.org.br), seção “Tema Livre”, página “Instruções para Apresentação - Pôster”.
Conferência magna sobre fase pré-analítica
Está confirmada a participação da médica croata Ana-Maria Simundic como palestrante de
uma das conferências magnas do 49º Congresso da SBPC/ML. Sua apresentação será sobre a fase pré-analítica, tema do grupo de trabalho da qual ela é líder, desde 2012, na Federação Europeia de Química clínica (EFLM, na sigla em inglês).
Professora da Universidade Sestre Milosrdnice, na Croácia, onde chefia a Unidade de Clínica Médica de Bioquímica e Toxicologia Analítica do Hospital Universitário, a médica também é presidente
da Sociedade Croata de Bioquímica Médica e Medicina Laboratorial (CSMBLM), editora-chefe do
Scientific Journal Biochemia Medica e é membro do corpo editorial do Clinical Chemistry and Laboratory Medicine Journal e do Romanian Review of Laboratory Medicine Journal.
Palestrante convidada de vários congressos internacionais, Ana-Maria Simundic é autora de mais de 80 artigos e capítulos de livros. Por seus trabalhos recebeu, em 2000, o prêmio “Melhor Jovem Cientista” e, em 2011, “Melhor Pesquisa”, entregues pela CSMBLM. No ano seguinte, recebeu da Sociedade Eslovaca de Medicina Laboratorial o prêmio
“Per Hyltoft Petersen”, entregue por suas contribuições à medicina laboratorial em âmbito internacional. Ainda em
2012, tornou-se membro honorário da Sociedade Húngara de Medicina Laboratorial.
Esta atividade é viabilizada pela BD.
Desconto para estudantes de Saúde e TI
Estudantes de Saúde ou de Tecnologia da Informação têm desconto para participar do 1º Congresso Brasileiro de
Informática Laboratorial, que vai acontecer ao longo de 30 de setembro, simultaneamente às atividades do 49º Congresso da SBPC/ML neste mesmo dia.
É preciso comprovar estar matriculado regularmente em 2015 em curso da área de Saúde ou de TI, de nível técnico
ou universitário, inclusive pós-graduação, mestrado, doutorado e especialização.
As vagas no 1º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial são limitadas e a inscrição deve ser feita separadamente da inscrição no 49º Congresso da SBPC/ML.
Ao longo do dia 30, no congresso de informática laboratorial serão realizados debates, conferências e mesas redondas. No final, haverá o lançamento oficial da edição 2015 do posicionamento da SBPC/ML sobre Tecnologia da Informação em Medicina Laboratorial e serão sorteados tablets e outros brindes.
Laboratório: envie sua equipe com uma inscrição
Laboratórios clínicos da região do 49º Congresso da SBPC/ML podem enviar seus colaboradores, em sistema de rodízio, pelo valor de uma inscrição. Basta inscrever-se na categoria “Laboratório”.
O primeiro colaborador que chegar ao 49º Congresso da SBPC/ML deve procurar a secretaria do evento para retirar a
credencial de identificação e a pasta de congressista. Depois de assistir uma ou mais de uma atividade, ele sai do
Congresso e entrega sua credencial a outro colaborador do mesmo laboratório, para que este também possa participar do evento. E assim por diante.
Caso o laboratório deseje que vários membros da sua equipe participem ao mesmo tempo do Congresso basta fazer
mais de uma inscrição na categoria “Laboratório”.
Mais informações na SBPC/ML: tels. (21) 3077-1400 e 3077-1409, com Daniela Queiroz.
O site www.cbpcml.org.br apresenta mais informações sobre os congressos e instruções para se inscrever.
Revista Notícias-Medicina Laboratorial |
2015 - Edição 68 - Ano 6 |
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Carbonômetro estará presente em Fortaleza
Dispositivo faz parte das ações de sustentabilidade do 49º Congresso da SBPC/ML
Patologia Clínica
Medicina Laboratorial
e
1° Congresso Brasileiro de
Informática Laboratorial
Exposição Técnico-Científica
Integração para o diagnóstico
Fortaleza - CE
Centro de Eventos do Ceará
29 de setembro
a 2 de outubro de
2015
www.cbpcml.org.br
Estandes sustentáveis
As orientações às empresas que participarão da Exposição Técnico-científica estão no Manual do Expositor e compreendem as etapas de projeto do estande e de
seu mobiliário, montagem do estande propriamente dito, seu funcionamento durante o congresso e desmontagem. Também incluem a recomendação de utilizar
tintas e produtos de limpeza à base de
água, que não sejam contaminantes nem
potencialmente tóxicos, que tenham origem certificada ou possam ser reciclados, iluminação de LED, contratar prestadores de serviços e fornecedores que mantêm compromissos e práticas ambientais
em seus produtos e serviços, além de prever acessibilidade total no estande para
portadores de necessidade especiais, entre outros aspectos.
Segundo o coordenador Executivo do 49º
Congresso e diretor de Eventos da
SBPC/ML, Armando Fonseca, a exposição
dos Congressos da Sociedade é totalmente
voltada para a sustentabilidade. Os expositores são conscientizados a utilizar produtos e materiais que sejam recicláveis.
“Para se ter uma ideia, em uma exposição como essa são geradas cerca de 20 toneladas de resíduos após a montagem e
desmontagem. Aproximadamente 80%
desses materiais são totalmente reciclados, o que mostra uma preocupação enorme da SBPC/ML de realizar uma feira de
negócios que é uma referência para a
América Latina em termos de tecnologia
para laboratórios clínicos, ao mesmo tempo que procura neutralizar o impacto provocado pela emissão de carbono relacionada ao evento”, diz Fonseca.
Créditos de carbono
Um crédito de carbono (CER) corresponde a 1 tonelada de CO2 que deixou de ser emitida por projetos validados,
aprovados, registrados, verificados e certificados pela UNFCC, órgão da ONU para questões do clima no planeta. A
neutralização de CO2 ocorre através do uso de créditos de carbono na mesma proporção do total emitido.
Em 2014, os créditos correspondentes ao 48º Congresso da SBPC/ML foram aplicados no Projeto Central
Hidrelétrica Garganta da Jararaca, em Nova Maringá (MT), que contribui para a sustentabilidade porque aumenta
a parcela de energia renovável no país e diminui as perdas durante a transmissão.
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| Revista Notícias-Medicina Laboratorial
| 2015 - Edição 68 - Ano 6
Foto: Estefan Radovicz
49° Congresso Brasileiro de
No 48º Congresso da SBPC/ML, em 2014,
no Rio de Janeiro, duas telas de TV chamaram a atenção dos participantes. Batizadas de “carbonômetro” e localizadas,
respectivamente, na entrada do centro
de convenções e no pavimento das salas
de aula, elas mostravam, em tempo real,
números que correspondiam às emissões
de gases de efeito estufa produzidos durante o congresso e à quantidade de carbono neutralizada pelo evento.
Para facilitar a compreensão do que isso significava, as telas também apresentavam a
comparação do total de carbono neutralizado com a quantidade correspondente a
voos da Ponte Aérea Rio-São Paulo e a dias
na vida de um cidadão brasileiro.
O carbonômetro (foto) também estará
presente este ano, no 49º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, em Fortaleza. Ele faz parte
das ações que a SBPC/ML vem desenvolvendo desde 2011 para a sustentabilidade de seus congressos.
“Entre essas ações está o incentivo às empresas para o projeto e montagem de estandes na Exposição Técnico-científica
feitos com materiais recicláveis e que resultem em menor consumo de água e eletricidade, e que também contratem fornecedores e transportadores locais, o
que contribui para o aumento de emprego e renda na região e, ao mesmo tempo,
reduz a emissão de gás carbônico”, explica Alan Oplustil, diretor da ConstruAmbiental, empresa contratada pela SBPC/ML
para a gestão da sustentabilidade de seus
congressos.
Ele acrescenta que também haverá incentivo aos participantes do congresso
para que usem os recipientes de coleta seletiva de lixo colocados em pontos estratégicos do Centro de Eventos do Ceará.
Os resíduos recolhidos na montagem, durante e após o congresso serão entregues
a instituições locais que trabalham com
coleta seletiva e reciclagem.
educação
continuada
Atualização
em testes de
sensibilidade aos
antimicrobianos
Jorge Sampaio
Médico patologista clínico
EAD atualiza sobre testes de
sensibilidade em microbiologia
Está programado para 20 de maio,
quarta-feira, mais um curso a distância da SBPC/ML. O tema é “Atualização em testes de sensibilidade
aos antimicrobianos”. O palestrante
é o médico patologista clínico Jorge
Luiz Mello Sampaio. Ele é professor
de Microbiologia Clínica da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, coordenador
do Comitê Brasileiro de Testes de
Sensibilidade (BrCAST) e médico responsável pelo Setor de Microbiologia
do Fleury Medicina Diagnóstica.
A transmissão ao vivo, pela Internet, começa às 13h (hora de Brasília) e tem duração aproximada de
1h30. Os participantes podem enviar perguntas durante a aula. Elas serão respondidas ao final da apresentação, se houver tempo disponível,
ou depois, por e-mail, a todos os
que se inscreveram.
Realização:
A inscrição termina no dia 15 de maio, sexta-feira, é gratuita para associados SBPC/ML e custa R$ 30 para
não associados. Para se inscrever
basta entrar na página de Ensino a
Distância (EAD) da SBPC/ML:
http://ead.sbpc.org.br, onde também se assiste a transmissão. Esta
mesma página apresenta informações para verificar se o computador utilizado para assistir o curso
possui os programas e especificações necessárias, respostas às dúvidas mais comuns e a programação
de EAD de 2015.
Pelo valor de uma inscrição os laboratórios podem formar auditório para a equipe assistir o curso, com direito a certificado de participação
a todos que constarem na lista de
presença enviada à SBPC/ML.
Mais informações em:
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SBPC/ML manifesta surpresa com
Súmula Normativa Nº 26 da ANS
A SBPC/ML manifesta sua surpresa com a Súmula Normativa Nº 26, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), publicada no Diário Oficial da União do
dia 2 de março de 2015.
Na recente publicação da Súmula, a ANS, no item 1.2,
determina que será utilizado apenas o valor integral do
IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)
para a aplicação do Fator de Qualidade, não podendo o
resultado ser superior ao próprio índice de reajuste.
Subentende-se que a maneira que a Súmula foi apresentada não trará um estímulo para o setor laboratorial, que investiu para adequar os seus serviços e melhor
atender a população brasileira — lembrando que os
exames laboratoriais são responsáveis por 70% das decisões médicas.
Além disso, é de entendimento da SBPC/ML que os laboratórios que não tiverem qualificação comprovada
receberão reajustes inferiores ao IPCA como referência. “Em um momento de crescente inflação, os laboratórios são impactados, já que são pressionados pela
não reposição de seus custos, além da qualidade dos
serviços laboratoriais estarem em risco”, avalia Vitor
Pariz, diretor de Defesa Profissional da SBPC/ML.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), a inflação oficial do país, medida pelo IPCA, fechou em 1,24% em janeiro, depois de avançar 0,78% em dezembro de 2014. Ainda, segundo recente pesquisa do Banco Central, o crescimento da economia deve ser zero em 2015, enquanto a inflação deve chegar em 7,15% — considerada a maior em 11 anos.
“Acreditamos que a ANS queria valorizar a qualidade
dos serviços oferecidos pelos laboratórios clínicos,
mas não deveria limitar a aplicação do Fator de Qualidade ao IPCA e, sim, permitir uma vantagem adicional
para quem investiu na qualificação. Por outro lado, devemos entender que o laboratório que não tiver qualificação comprovada por certificados de acreditação,
terá ajustes inferiores ao índice usado como referência. Como poderão sobreviver? Que serviços devemos
esperar que serão oferecidos?”, questiona o diretor.
Aplicação do Fator de Qualidade
A expectativa da SBPC/ML era de composição de grupo
com os representantes do setor de Saúde Suplementar
para definir a aplicação do Fator de Qualidade. Apesar
do cenário desanimador por conta da inflação, a
SBPC/ML elogia a recente Súmula, onde é estabelecido,
no item 1.1, que o IPCA será aplicado em seu valor integral para os reajustes que ocorram nos dois primeiros
anos de vigência para os profissionais de saúde e, no primeiro ano, para os demais estabelecimentos de saúde.
“Nos casos que não houver acordo entre as partes, plano
de saúde e prestador, a reposição da inflação, com base
no IPCA, fica garantida. Exceto alguns casos, isso deve
atender os laboratórios que atuam no sistema suplementar. Isso já é um grande progresso”, diz Vitor Pariz.
A regulamentação da Lei 13.003, publicada no Diário
Oficial da União do dia 11/12/2014, estabelece regras
para contratos entre operadoras de planos de saúde e
prestadores de serviços, que incluem laboratórios clínicos, hospitais, clínicas e profissionais de saúde.
Após a publicação da RN 364, que regulamentou a
Lei 13.003, a SBPC/ML também manifestou sua surpresa pela inclusão da palavra “limitado”, empregada no Artigo 3º da referida Resolução Normativa, que
não deixa clara a aplicação de índice de percentual
no reajuste para os prestadores que possuem certificação de qualidade.
“Para a SBPC/ML, a regulamentação da Lei 13.003
foi um grande progresso por estabelecer igualdade
entre prestadores e operadoras, mas deixou uma lacuna no valor para a aplicação do Fator de Qualidade, que seria definido e detalhado nos próximos meses por meio de uma reunião criada pela ANS. Isso
prejudica a valorização da rede de prestadores e é
extremamente importante que os laboratórios tenham um incentivo por todo o investimento que se
propuseram a fazer para se adequarem aos requisitos de qualidade”, finaliza Pariz.
Motivo da polêmica
O item 1.2. da Súmula Normativa nº 26 da ANS refere-se ao Artigo 7º da Resolução Normativa 364, publicada
pela Agência em 22 de dezembro de 2014. Segundo este artigo “ao índice de reajuste definido pela ANS será
aplicado um Fator de Qualidade a ser descrito através de Instrução Normativa”.
A íntegra da Súmula Normativa nº 26 está disponível em arquivo “pdf” no site da SBPC/ML
(www.sbpc.org.br), seção “Profissional”, item “Legislação & Consultas Públicas”, página “ANS”. O
documento também está no acervo da Biblioteca Digital SBPC/ML (www.bibliotecasbpc.org.br), seção
“Legislação e Normas”, página “ANS”. Em ambos, o acesso e o download são livres.
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| Revista Notícias-Medicina Laboratorial
| 2015 - Edição 68 - Ano 6
Revista Notícias-Medicina Laboratorial |
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Novidades
Diagnóstico de dengue antes dos primeiros sintomas
de 2 μg.mL. O biossensor conseguiu detectar concentrações de 0,09 μg.mL”, conta Vieira.
O artigo Electrical detection of dengue biomarker
using egg yolk immunoglobulin as the biological recognition element foi publicado online em 19 de janeiro de 2015, em Scientific Reports.
Fonte: Agência Fapesp
Foto: divulgação
A identificação precoce dos casos de dengue é importante para o controle das epidemias. Com o objetivo
de encontrar um meio alternativo para esse diagnóstico, pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos
da Universidade de São Paulo (IFSC-USP) e de uma empresa de biotecnologia de São José do Rio Preto (SP),
desenvolveram um protótipo de biossensor (foto) capaz de detectar a doença precocemente. “Ele é mais
rápido, barato e fácil de executar do que os testes laboratoriais existentes”, afirma um dos autores do projeto Nirton Cristi Silva Vieira.
A tecnologia do biossensor é baseada na detecção elétrica da proteína não estrutural 1 NS1, secretada pelos
quatro sorotipos da dengue (DEN1, DEN2, DEN3 e
DEN4) e encontrada em concentrações detectáveis no
sangue do segundo até o nono dia após o início da doença. Um software “lê” esse sinal elétrico e indica, em
até 30 minutos, o resultado da análise, que pode ser
acessado em tempo real pelo celular ou notebook.
Os testes para avaliar a eficácia do biossensor foram realizados com amostras da proteína NS1 em concentrações que variaram de 0,01 a 10 μg.mL. “A média de concentração da NS1 no sangue de pessoas com dengue é
Biochip usa luz para medir glicose na saliva
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A luz que incide no chip gera ondas de elétrons livres
nos sulcos que se propagam em direção à fendas e interferem com a luz que passa por elas. Os padrões dessa interferência são comparados com aqueles formados quando existe uma amostra de saliva sobre o chip.
O resultado permite identificar a presença de compostos específicos na amostra.
O artigo ‘A plasmonic cuvette’: dye chemistry coupled to plasmonic interferometry for glucose sensing foi publicado online em 5 de junho de 2014, em
Nanophotonics.
Fonte: Science Daily
Foto: divulgação
Um sensor de biochip pode medir seletivamente concentrações de glicose na saliva. Segundo a equipe da
Universidade Brown (www.brown.edu), nos EUA, que
o desenvolveu, essa técnica poderá ser usada em dispositivos de monitoramento não invasivo de pacientes diabéticos.
O biochip usa uma série de reações químicas específicas combinadas com interferometria plasmônica —
método que utiliza a luz para detectar características
químicas de compostos.
“A saliva é formada por cerca de 99% de água, mas também por 1% de enzimas, sais e outros componentes que
podem afetar a resposta do sensor. Em nossa pesquisa
conseguimos medir concentrações de glicose na saliva
que, em geral, são 100 vezes menores que no sangue”,
afirma Domenico Pacifici (foto), professor da Faculdade de Engenharia de Brown e líder da pesquisa.
O biochip é formado por um pedaço de quartzo com
cerca de 3,5 cm quadrados, revestido com uma fina
camada de prata, onde são gravados milhares de interferômetros — fendas com 100 nanômetros de largura, ladeadas por sulcos, cada um com 200 nanômetros de largura.
Radioisótopos devem ser
monitorados no laboratório
Os radioisótopos foram substituídos por novas tecnologias, mas até hoje ainda fazem parte da rotina
dos laboratórios.
Segundo o professor Beny Spira, responsável pelo Núcleo de Radioproteção do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo, para
não ser prejudicial ao ser humano, o uso dos radioisótopos em laboratórios requer um monitoramento
especial de segurança, observando regras para manuseio, armazenamento e descarte, independentemente de seu maior ou menor potencial de dano.
Spira ressalta que os radioisótopos são instáveis. O Fósforo 32 (radioisótopo do Fósforo 31, que é estável e
não radioativo) é usado no ICB e possui meia-vida de
14 dias. Um rejeito radioativo contaminado com ele é
levado para armazenagem e fica isolado por alguns
meses, tempo suficiente para que não seja mais radioativo, já que a meia-vida segue um decaimento exponencial. “Mas o Carbono 14 possui meia-vida de 5 mil
anos. Ou seja, a
cada 5 mil anos,
metade desses
átomos se desintegra em uma coisa
que não é mais radioativa”, compara.
Este é um fato determinante para planejar o descarte de todo o conjunto de materiais utilizados durante o manuseio de radioisótopos, como filtros, papéis e instrumentos. Em função
do risco que representam, esses objetos não podem
ser deixados no laboratório. A alternativa encontrada no ICB foi construir um pequeno prédio especialmente para armazenar elementos e objetos até que
eles possam ser devolvidos ao ambiente de forma segura, sem causar danos.
Fonte: Agência USP de Notícias
Anticorpo é usado no diagnóstico
precoce de esclerose múltipla
Um anticorpo ligado à proteína
KIR4.1, encontrado no sangue de indivíduos com esclerose múltipla
(EM), pode estar presente muito antes do aparecimento da doença e de
seus sintomas, como revela um estudo realizado na Universidade Técnica de Munique (www.tum.de), na
Alemanha. “Encontrar a doença antes de os sintomas aparecerem significa que podemos nos preparar para
o tratamento”, diz a autora principal do trabalho, Viola Biberacher.
Foram comparadas amostras de
sangue de dois grupos de 16 pessoas na mesma faixa etária e do mesmo sexo: doadores saudáveis posteriormente diagnosticados com
EM e outro por pessoas que não desenvolveram a doença. As amostras
foram coletadas entre dois e nove
meses antes dos primeiros sinto-
mas da EM e testadas para o anticorpo específico da KIR4.1.
Todos os controles saudáveis deram
negativo para o anticorpo KIR4.1.
Dentre aqueles que depois desenvolveram a doença, sete apresentaram resultado positivo para o anticorpo, dois indicaram atividade
incerta e sete foram negativos. O
estudo também verificou que os anticorpos KIR4.1 foram encontrados
nas pessoas com EM pré-clínica vários anos antes da primeira manifestação da doença, em concentrações diferentes dependendo do período. “O próximo passo é confirmar as descobertas em grupos maiores e determinar quantos anos antes os anticorpos surgem”, ressalta
Biberacher.
O estudo Antibodies Against the
Inward Rectifying Potassium Chan-
nel KIR4.1 Precede the Onset of
Multiple Sclerosis foi apresentado
no 66º Congresso Anual da Academia Americana de Neurologia, de
26 de abril a 3 e maio de 2014, na Filadélfia (EUA).
Fonte: AlphaGalileo
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2015 - Edição 68 - Ano 6 |
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serão publicadas por ordem de chegada e podem ser editadas por
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Envie sua pergunta pelo Fale Conosco do site
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22
Gostaria de saber se estudante da área de saúde pode participar do 49° Congresso Brasileiro
de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e também do 1° Congresso Brasileiro de
Informática Laboratorial, já que os dois acontecem nos mesmos dias, horários e local.
A.C.
Estudantes podem participar dos dois congressos, mas é preciso fazer inscrição separada em cada
um deles. O 1º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial acontece somente ao longo do
dia 30 de setembro. O 49º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial acontece de 29 de setembro a 2 de outubro. Portanto, no dia 30 as atividades dos dois eventos coincidem. Cabe ao congressista escolher quais assistir nesse dia. Estudantes da área de saúde têm desconto na inscrição dos dois eventos, enquanto os de Tecnologia da Informação têm desconto no 1º
Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial. Em ambos casos é preciso apresentar comprovante. Mais informações no site dos Congressos (cbpcml.org.br), seção “Inscrição”.
É possível visitar somente a Exposição do 49º Congresso da SBPC/ML, sem participar
como congressista?
D.M.
Sim. Para isso é preciso inscrever-se no 49º Congresso da SBPC/ML na categoria “Visita à Exposição” e escolher entre as opções de visitante por dia ou adquirir o “pacote” para três dias, que
oferece desconto. A Exposição estará aberta de 29 de setembro a 1º de outubro, das 10h às 19h.
Mais informações no site do Congresso (cbpcml.org.br), seção “Inscrição”.
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49° Congresso Brasileiro de
Patologia Clínica
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