Notícias medicina LABORATORIAL Revista Informativa da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial - 2015 - edição 68 - ano 6 Governo quer regular preços de laboratórios Justificativa é evitar aumento excessivo das mensalidades dos planos de saúde.. SBPC/ML e entidades do setor repudiam proposta. Página 8 PALC Auditor externo Lab Tests Online BR Congressos da SBPC/ML 40 pessoas participam de curso do PALC no RJ. Preceptor e residentes fazem parte da equipe de revisores. Convidada estrangeira fala sobre fase pré-analítica. Página 6 Página 13 Página 14 Revista Notícias-Medicina Laboratorial | 2015 - Edição 68 - Ano 6 | Sumário Sociedade de Especialidade Médica fundada em 1944. Reportagem de Seus associados são médicos patologistas clínicos e de outras especialidades, farmacêuticos-bioquímicos, biomédicos, biólogos, técnicos e outros profissionais de laboratórios clínicos, estudantes de nível universitário e nível médio. Também podem se associar laboratórios clínicos e empresas fabricantes e distribuidoras de equipamentos, produtos e serviços para laboratórios. capa Governo quer regular preços de laboratórios biênio 2014/2015 SBPC/ML e entidades do setor repudiam proposta. Presidente: página 8 Diretoria Executiva Paula Fernandes Távora [email protected] Vice-presidente: César Alex de Oliveira Galoro [email protected] Diretora Administrativa: Lucia Helena Cavalheiro Villela Congressos da SBPC/ML [email protected] Vice-diretor Administrativo e Presidente do Conselho de Ex-presidentes: Entrevista com diretor da SBIS, sustentabilidade e conferência magna sobre fase pré-analítica. Paulo Sérgio Roffé Azevedo [email protected] ou [email protected] Diretor Científico: Nairo Massakazu Sumita [email protected] página 14 Vice-diretora Científica: Luisane Maria Falci Vieira [email protected] Diretora Financeira: Leila Sampaio Rodrigues [email protected] Vice-diretora Financeira: Claudia Maria Meira Dias [email protected] Diretor de Comunicação: Gustavo Aguiar Campana [email protected] Diretor de Acreditação e Qualidade: Wilson Shcolnik [email protected] Diretor de Defesa Profissional: Vitor Mercadante Pariz [email protected] Diretor de Eventos: Armando A. Fonseca [email protected] Vice-diretor de Eventos: Carlos Alberto Franco Ballarati [email protected] Editor-chefe Gustavo Aguiar Campana Dica do Especialista Lab Tests Online BR PALC Prevenção de acidentes perfurocortantes no laboratório. Preceptor e residentes em Patologia Clínica integram equipe de LTO BR. Curso para formar auditor externo do Programa reúne 40 pessoas no Rio de Janeiro. página 7 página 13 página 6 Jornalista responsável Roberto Duarte Reg. Prof. RJ23830JP Criação e diagramação Rodrigo Paiva Colaborou nesta edição Rede Interação de Comunicação 6 Assinaturas & Publicidade Laboratórios acreditados Laboratórios em São Paulo e no Piauí recebem selo do PALC. 12 BrCAST L Comitê procura uniformizar testes de sensibilidade a antimicrobianos. [email protected] Fale com a redação: [email protected] 17 Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial Rua Dois de Dezembro, 78 sala 909 CEP 22220-040 - Rio de Janeiro - RJ Tel. (21) 3077-1400 Fax (21) 2205-3386 Impressão: Grafitto Gráfica e Editora | | Impresso em Revista Notícias-Medicina Laboratorial papel certificado 2015 - Edição 68 - Ano 6 20 21 Ensino a Distância Curso em maio aborda testes de sensibilidade em microbiologia. Dengue Protótipo de biossensor permite detectar doença antes dos sintomas. Radioisótopos Estudo alerta para cuidados ao usá-los nos laboratórios clínicos. 18 20 21 Súmula 26 SBPC/ML manifesta surpresa com documento publicado pela ANS. Glicose Biochip usa luz para medir níveis na saliva de diabéticos. Esclerose múltipla Anticorpo pode ajudar a obter diagnóstico precoce. Agenda de eventos Carta ao leitor 9º Congresso Brasileiro de Gestão em Laboratórios Clínicos Gustavo Campana Editor chefe 20 de maio São Paulo - SP [email protected] As falhas de mercado que ocorrem no sistema privado de saúde, especialmente os interesses conflitantes entre os diferentes setores da cadeia de valor, pressionaram para a existência da regulação, sendo que esta é focada em garantir que o sistema mantenha-se atuante e suporte sua demanda e que os setores mantenham equilíbrio de forças em suas relações. A proposta de regulação de preços divulgada recentemente — destaque desta edição de Notícias-Medicina Laboratorial — é temerosa para o sistema de saúde. Acompanhamos de perto a grande massa de laboratórios clínicos no Brasil que sofrem para, quando possível, repassar parcialmente a inflação em seus reajustes e vêem seus custos subirem de forma expressiva, sejam por flutuação cambial, por novas normas trabalhistas e por reajustes de terceiros, dentre outros. Existe, sim, um crescimento na demanda por exames laboratoriais. Porém, eles são pautados em fatores epidemiológicos, demográficos, tecnológicos etc. Ideias devem ser discutidas, porém com base em dados, estudos e análises realizadas por especialistas no segmento e com o objetivo correto. A SBPC/ML está à disposição para auxiliar qualquer entidade a entender melhor o segmento de Medicina Laboratorial. Também nesta edição, declaramos surpresa com a publicação da Súmula nº 26, da ANS, que estabelece o IPCA como teto de reajuste para o Fator de Qualidade, o que gera um ambiente de competição irregular e pouco justo. Qualidade tem custo e deve ser remunerada. Destacamos, ainda, o início da participação de preceptores e residentes de Patologia Clinica/Medicina Laboratorial como revisores do portal Labtests Online BR, que está entre os de maior número de acessos em todo o mundo. A atuação desses profissionais irá acelerar o processo de revisão e adequação de artigos, levando à população informações de qualidade em exames laboratoriais. Sejam bem-vindos! Parabenizamos a iniciativa do BrCAST e seu modelo, que agrega especialistas de diferentes áreas do conhecimento da microbiologia e de diferentes Sociedades científicas. Temos certeza do sucesso. Na seção PALC, citamos o último curso de formação de auditores externos do programa, que contou com participação de cerca de 40 alunos, com o objetivo de apoiar o crescimento e a importância da acreditação em nosso setor, como é confirmado com o selo conferido a mais três laboratórios no país. Parabéns. Ressaltamos nosso convite ao 49º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e ao 1º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial, outros destaques nesta edição, com a entrevista do diretor da SBIS Claudio Giulliano. 4º Simpósio de Patologia Clínica do ABC 30 de maio São Bernardo do Campo - SP Euromed Lab 2015 21º Congresso da IFCC 21 a 25 de junho Paris - França 20º Congresso Brasileiro Multidisciplinar em Diabetes 23 a 26 de julho Congresso da AACC 26 a 30 de julho Atlanta - Georgia - EUA 24º Congresso Internacional do Grupo CLAHT 27 a 29 de agosto São Paulo - SP 49º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial 1º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial Exposição Técnico-científica 29 de setembro a 2 de outubro Centro de Eventos do Ceará Fortaleza - CE Congresso da ASCP 28 a 31 de outubro Long Beach - Califórnia - EUA 28º Congresso Mundial de Patologia e Medicina Laboratorial 45º Congresso Mexicano de Patologia Clínica 18 a 21 de novembro Cancún - México educação continuada http://ead.sbpc.org.br 20 de maio: Atualização em testes de sensibilidade em microbiologia 24 de junho: Dúvidas antigas e novos desafios na avaliação e interpretação do hemograma 15 de julho: Uma ótima leitura e um grande abraço. A estimativa da filtração glomerular: a escolha da fórmula ideal 19 de agosto: Acompanhe a SBPC/ML pela internet Considerações importantes na análise crítica do C.I.Q e A.E.Q 21 de outubro: Como organizar o seu laboratório para implantar a gestão por processos 18 de novembro: website: facebook: flickr: twitter: youtube: sbpc.org.br facebook.com/SBPCML flickr.com/sbpcml twitter.com/sbpcml youtube.com/sbpcml Análise do líquido cefalorraqueano: sistematização e novos marcadores para avaliação das doenças neurológicas Revista Notícias-Medicina Laboratorial | 2015 - Edição 68 - Ano 6 | Canal Direto Diálogo é a melhor opção Paula Fernandes Távora Presidente - Biênio 2014/2015 [email protected] Quem atua na Saúde Suplementar está acostumado a travar constantes quedas de braço pelos mais diferentes motivos. É uma situação que desagrada a todos e provoca desgastes desnecessários. Por outro lado, quando se decide pelo diálogo, está mais do que provado que são maiores as possibilidades de se chegar a um acordo e obter resultados positivos para todos os envolvidos. Infelizmente, nem sempre o diálogo é a primeira opção. Refiro-me à proposta do Governo federal de regular preços de serviços prestados por laboratórios, hospitais e clínicas, sob o pretexto de conter o aumento das mensalidades dos planos de saúde. A reportagem principal desta edição de Notícias-Medicina Laboratorial aborda este assunto em detalhes. O Governo tomou uma decisão unilateral e não permitiu que nós, presta- dores de serviços de saúde — os principais afetados — apresentássemos a nossa versão dos fatos. Os números citados para justificar a proposta não têm fundamentos concretos e baseiam-se em especulações. Sobrevivemos há anos em um cenário de desequilíbrio financeiro, pressionados pelas fontes pagadoras, seja na Saúde Suplementar, seja no Sistema Único de Saúde — este é mantido pelo mesmo Governo que pretende regular preços de serviços mas não os reajusta há mais de 20 anos. Não cabe ao Governo regular preços de uma atividade exercida por profissionais liberais. Ele deveria promover o diálogo entre as partes e buscar o consenso. Esta é a opinião da SBPC/ML, e é com base nela que continuaremos a trabalhar. Até o próximo mês! Aconteceu . . . Entrevista e depoimento Em março, a presidente da SBPC/ML, Paula Távora, foi entrevistada pelo jornal O Estado de S.Paulo para uma reportagem, publicada no dia 25 do mesmo mês, que mostrou a reação do setor de saúde sobre a proposta do governo de regular serviços de laboratórios, hospitais e clínicas. Os depoimentos da presidente da SBPC/ML e de representantes de outras entidades publicadas no jornal repercutiram em diversos veículos de imprensa do país. Esse é o tema da reportagem principal desta edição de Notí- Alterações no Estatuto 4 | Revista Notícias-Medicina Laboratorial | 2015 - Edição 68 - Ano 6 cias-Medicina Laboratorial (página 8). Também em março, reportagem do jornal A Tribuna, de Vitória, publicada no dia 22, apresenta depoimento do diretor de Comunicação da SBPC/ML, Gustavo Campana, sobre exames laboratoriais. Para saber o que a imprensa já veiculou sobre a SBPC/ML, consulte o portal da Sociedade (www.sbpc.org.br), seção “Notícias & Comunicação”, página “Sala de Imprensa”. Em 13 de março, a SBPC/ML abriu consulta pública de 30 dias para o Anteprojeto do Estatuto 2015, direcionada aos Associados Pessoa Física das categorias Titular, Titular Emérito e Fundador. Ao terminar o prazo, o anteprojeto voltou à Comissão Estatutária para consolidar as sugestões recebidas e redigir o texto final, para ser apresentado e votado na Assembleia Geral Extraordinária (A.G.E.) de 13 de maio de 2015, na sede da SBPC/ML, no Rio de Janeiro. Fotos: divulgação Jornada de Salvador Patrícia Coelho, sorteada com o tablet, e Marcos Antonio Munhoz “A Relevância da Contratualização para a Sustentabilidade do Sistema Suplementar de Saúde” foi o tema do seminário no dia 6 de abril, realizado no Rio de Janeiro pelo SindhRio e Grupo Fleury, com apoio da SBPC/ML e de outras instituições da área da saúde. A Sociedade foi representada pelos diretores Vitor Pariz e Wilson Shcolnik — ele foi o moderador da palestra que deu nome ao evento, apresentada por Paulo de Tarso Sanseverino, ministro do Superior Tribunal de Justiça. Em seguida, houve um debate com a participação das presidentes da Abramed, Claudia Cohn, e da ANS, Martha Oliveira, do presidente da FenaSaúde, José Cechin, e do diretor executivo da Anahp, Carlos Figueiredo. Contratualização Foto: divulgação Alguns palestrantes: Fábio Sodré, Flavio Paes Alcântara, Alex Galoro, Carlos Sampaio, José Carlos Lima e Álvaro Pulchinelli Jr. Nos dias 20 e 21 de março, com auditório lotado, aconteceu a Jornada de Interação Clínicolaboratorial de Salvador. No evento, que recebeu o apoio de Mindray e DPL Diagnóstica, foram apresentadas conferências sobre marcadores tumorais e de doença renal, o laboratório na emergência, prevenção de doenças cardiovasculares, diagnóstico e tratamento de diabetes e avaliação morfológica das células do sangue periférico. No encerramento foi sorteado um tablet entre os participantes. Josier Vilar (SindhRio), Wilson Shcolnik (SBPC/ML), Claudia Cohn (Abramed), Luiz Fernando Ferrai (Sindhosp), Humberto Tibúrcio (SindLab-MG) e Vitor Pariz (SBPC/ML) Presença em Portugal O diretor Científico, Nairo Sumita (foto), participou da 3ª Conferência Europeia sobre a Fase Préanalítica, dias 20 e 21 de março, na cidade do Porto, Portugal, realizada pela Federação Europeia de Química Clínica e Medicina Laboratorial (EFLM, na sigla em inglês). Foram apresentadas e debatidas soluções e orientações práticas para os laboratórios. À frente das comissões organizadora e científica esteve a médica croata Ana-Maria Simundic, conferencista convidada do 49º Congresso da SBPC/ML. Na foto maior: conferência de Alex Galoro. No alto, ele e Carolina Prieta, presidente da Sociedade Médica de Laboratório Clínico do Chile O vice-presidente da SBPC/ML, Alex Galoro, e a vicediretora Científica, Luisane Vieira, foram conferencistas no 4º Simpósio Internacional da Sociedade Médica de Laboratório Clínico do Chile, realizado em Santiago, em 30 e 31 de março, sob o tema central “Gestão de Risco e Fase Préanalítica”. Galoro apresentou as conferências “Utilidade dos indicadores da qualidade no gerenciamento do laboratório clínico” e “Aplicabilidade e benefícios potenciais do benchmarking entre laboratórios clínicos”. Vieira, que é presidente da Alapac/ML, falou sobre o tema “O estado atual dos sistemas de gestão da qualidade na América Latina”. Foto: Roberto Duarte Fotos: divulgação Simpósio no Chile Visita à SBPC/ML No dia 7 de abril, representantes do DB-Diagnósticos do Brasil visitaram a SBPC/ML e foram recebidos pela presidente, Paula Távora, e pelos diretores Lucia Villela e Wilson Shcolnik. Tobias Martins (DB), Lúcia Villela (SBPC/ML), Fabiano Mateus (DB), Paula Távora (SBPC/ML), Ulisses Tuma (DB) e Wilson Shcolnik (SBPC/ML) Revista Notícias-Medicina Laboratorial | 2015 - Edição 68 - Ano 6 | 5 Foto: Roberto Duarte PALC faz curso de auditor externo De 9 a 13 de março, a sede da SBPC/ML recebeu cerca de 40 profissionais de laboratórios do Distrito Federal e de 14 estados (CE, BA, GO, MA, MG, PA, PB, PI, PR, RJ, RN, RS, SC e SP) que participaram do Curso de Formação de Auditor Externo da Qualidade - Norma PALC 2013, coordenado pelo diretor de Acreditação e Qualidade, Wilson Shcolnik, e pela gerente Técnica do Programa, Carla Chaves. Ela também foi uma das instrutoras, junto com os auditores Ana Cláudia Queiroz, Antônio Leitão, Elaine Faria e Helinete Filgueiras e as diretoras da SBPC/ML Cláudia Meira e Luisane Vieira. O patologista clínico e farmacêutico-bioquímico Abraão de Morais, da Paraíba, elogiou o nível da turma e dos instrutores. “Recebemos informações sobre interpretação da Norma PALC e de situações do dia a dia que são importantes para nossa experiência”, destacou. “A troca de informações e de experiências com os instrutores e com os outros participantes é fenomenal”, disse o biomédico Lucas Soares, do Piauí. Para a farmacêuticabioquímica Carolina Brito, do Maranhão, o curso representou uma experiência única. “Em poucos dias tivemos a oportunidade de adquirir conhecimentos e de nos aprofundarmos na área em que trabalhamos”, avaliou. PALC acredita Soares acrescenta que foi muito importante que o sistema de gestão da qualidade estivesse presente em todos os momentos para tirar dúvidas e apresentar a importância de uma acreditação para o progresso do trabalho. dos compreendam a importância da certificação da qualidade dos serviços e o quanto cada um pode continuar melhorando os processos já implantados. “É um trabalho que representa um processo contínuo para toda a equipe”, conclui. laboratórios no Piauí e em São Paulo Em março, receberam o selo do PALC o Med Imagem, de Teresina, o Laboratório de Urgência do ICESP, de São Paulo, e o Vital Brasil, de Guaratinguetá (SP). Pioneiro no Piauí “Foram dois anos de preparo para obter a acreditação. Durante esse tempo, foram ministrados treinamentos periódicos de processos aos colaboradores, destacando, principalmente, a importância de um exame rastreável, de processos padronizados e o cumprimento de normas e legislações”, diz o gerente da Qualidade do Laboratório Med Imagem, de Teresina, o biomédico Lucas Vale Soares. Segundo ele, a decisão de obter a acreditação significou mudar a estrutura do laboratório, o fluxograma dos processos e a forma de desenvolver um trabalho voltado para a qualidade. “Além disso, havia a responsabilidade de ser o primeiro laboratório do Piauí a obter a acreditação PALC.” 6 | Revista Notícias-Medicina Laboratorial | 2015 - Edição 68 - Ano 6 Processo contínuo O Laboratório de Urgência do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) faz parte da Divisão de Laboratório Central (DLC) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) e foi criado seguindo os requisitos de qualidade em vigência na DLC. “Decidimos obter a acreditação PALC para reafirmar a credibilidade e confiabilidade dos nossos resultados, melhorar o desempenho das atividades e tentar superar as expectativas dos clientes. Procuramos, também, seguir os processos já estruturados na DLC e servir de modelo para outros laboratórios, mostrando que é possível implantar e conquistar esse importante reconhecimento em uma instituição pública”, conta a médica Lucilene Rodrigues, responsável pelo Laboratório de Urgência do ICESP. Segundo ela, existe um trabalho de conscientização da equipe para que to- Mudança de cultura Considerado um laboratório de médio porte, o Vital Brasil tem sua unidade operacional em Guaratinguetá e oito postos de coleta em cidades vizinhas no Estado de São Paulo. Segundo a assessora da Qualidade, Rosely Moura Oliveira, a decisão de obter a acreditação PALC teve como objetivo aprimorar a qualidade nas diferentes fases dos processos e torná-los mais eficientes e seguros. Para auxiliar nos preparativos foi contratada uma consultoria especializada na Norma PALC. Entre as ações que ela destaca como importantes nos preparativos estão a vontade e cooperação da alta direção, a abertura e disposição da equipe para entender os critérios da Norma PALC e sua mobilização e mudança de cultura para reorganizar, alinhar e implantar os mecanismos de controle analítico e de gestão e de práticas pré e pós-analíticas. Dica do especialista Foto: Arquivo SBPC/ML Prevenção dos acidentes perfurocortantes no laboratório clínico Nairo M. Sumita Médico patologista clínico, diretor Científico da SBPC/ML, membro do Latin American Preanalytical Scientific Committee (LASC) Um dos principais riscos no ambiente de trabalho para os profissionais da saúde é a exposição aos agentes patogênicos presentes no sangue e nos fluídos corpóreos. Em particular, os trabalhadores de laboratórios clínicos são considerados um grupo de alto risco devido à exposição a diversos patógenos sanguíneos. A maior incidência de acidentes de trabalho no laboratório clínico ocorre na fase préanalítica, sendo a punção acidental com agulha no processo de coleta de sangue o evento de exposição acidental biológico mais frequentemente descrito. O risco de contaminação aumenta em função do manejo de dispositivos potencialmente infectados, como agulhas e materiais cirúrgicos, bem como resíduos biológicos infectados, ou também através do contato do sangue com os olhos, mucosas ou ferimentos. Atualmente, existem 28 agentes patogênicos conhecidos que podem ser transmitidos através dos objetos perfurocortantes. Destes, os vírus das hepatites B e C e o HIV representam os maiores riscos. O fato que a exposição a agentes infecciosos resulte ou não na soroconversão e no desenvolvimento da doença é dependente dos seguintes fatores: • Tipo de exposição: mucosa ou pele (percutânea); • Volume de sangue transferido; • Extensão do ferimento: superficial ou profundo (definido como maior que 2 mm, suficiente para causar sangramento); • Tipo de dispositivo causador do acidente: agulha com lúmen ou dispositivo sólido agudo; • Tipo de vírus e carga viral. Um estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), dos EUA, mostrou que 61% dos acidentes percutâneos ocorrem poucos segundos após a remoção da agulha da veia ou da linha intravenosa. Assim, a orientação é no sentido de que as boas práticas devem ser aplicadas e difundidas no processo de coleta de amostras de sangue, com especial atenção na fase pós-retirada da agulha do acesso venoso. Sem dúvida, a introdução do sistema a vácuo, também conhecido como sistema fechado, trouxe grandes benefícios na área da biossegurança no processo de coleta. Atualmente, este sistema é amplamente utilizado em todo o mundo, além de oferecer inúmeras vantagens em comparação com o sistema tradicional, que utilizava seringa e agulha. O tubo contém vácuo no seu interior, devidamente calibrado, para assegurar a coleta de um volume exato de sangue diretamente ao tubo evitando o contato direto da amostra coletada com o flebotomista. O acidente de punção e a exposição biológica podem ser prevenidos e controlados através do processo de educação contínua, o uso correto dos equipamentos de proteção individual e também através de dispositivos de segurança especificamente “desenhados” para a proteção do flebotomista, os quais são acoplados aos sistemas de coleta e que cobrem a agulha após a retirada da veia. As diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam os seguintes indicadores para a gestão do processo de coleta de sangue: • Número e classificação dos acidentes perfurocortantes ou outros acidentes por 100 trabalhadores em período integral de trabalho entre os profissionais de saúde nos últimos 12 meses; • Número e classificação de pacientes com eventos adversos após a flebotomia, tais como hematomas, acidente vascular cerebral, infecção e lesão nervosa; • Número de casos de transmissão de agentes infecciosos durante a flebotomia, especialmente as hepatites B e C e HIV. No Brasil, foram estabelecidos procedimentos nas situações de acidentes com material perfurocortante no ambiente de trabalho. De modo geral, os acidentes com sangue e outros fluidos potencialmente contaminados são tratados como situações de emergência médica. Com a finalidade de se obter maior eficácia na prevenção da contaminação, as intervenções para profilaxia da infecção pelo HIV e hepatite B são iniciadas logo após a ocorrência do acidente. Do ponto de vista da legislação trabalhista, esse tipo de ocorrência é tratado como acidente de trabalho, sendo necessária a comunicação aos órgãos trabalhistas e de previdência governamentais. Revista Notícias-Medicina Laboratorial | 2015 - Edição 68 - Ano 6 | 7 Governo quer regular preços de laboratórios Justificativa para a proposta é evitar aumento excessivo das mensalidades dos planos de saúde deveria buscar o equilíbrio e promover o diálogo entre as partes envolvidas, e não simplesmente atribuir toda a culpa a uma categoria da saúde”, afirma a presidente da SBPC/ML, Paula Távora. A SBPC/ML e outras instituições do setor de saúde foram surpreendidas com a notícia da intenção do Governo federal de regular serviços laboratoriais e hospitalares como justificativa para evitar reajustes elevados dos planos de saúde. Reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo, em 23 de março, faz referência a um estudo da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça, que atende, em parte, queixa da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) — entidade que reúne as maiores operadoras do país — segundo a qual existe uma “espiral inflacionária” nos preços de serviços médicos e hospitalares. Ela enfatiza que os exames laboratoriais não são reajustados há mais de oito anos na saúde suplementar e há mais de 20 no Sistema Único de Saúde (SUS), sem que exista perspectiva de adequação dos valores. Em nota oficial, a presidente da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), Claudia Cohn, reforça a afirmação de Paula Távora ao lembrar que os laboratórios que conseguem reajustes “não repõem a inflação médica, que é maior do que a inflação média de consumo, agravado pelo fato de parte dos insumos importados estar baseado em dólar”. Foto: Arquivo SBPC/ML Não somos o maior custo, mas o de maior responsabilidade em auxiliar o diagnóstico Os laboratórios que conseguem reajustes não repõem a inflação médica Paula Távora “O que ocorre é uma distorção de nosso papel no setor de saúde. Não somos o maior custo, mas o de maior responsabilidade em auxiliar o diagnóstico. O governo 8 | Revista Notícias-Medicina Laboratorial | 2015 - Edição 68 - Ano 6 Foto: Divulgação Presidente da SBPC/ML Cláudia Cohn Presidente da Abramed lembra que o seu setor é totalmente atrelado à inflação e à variação do dólar. O presidente da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), Jerolino Lopes Aquino, alerta que a falta de reajuste aumenta as estatísticas dos pequenos laboratórios que fecham as portas, ano após ano, pela falta de recursos. “Isso comprova que os prestadores de serviços não são os 'vilões' dessa história, mas podem se tornar 'muletas' para as operadoras se apoiarem.” “No período de 2003 a 2014, o IPCA acumulado foi de 99,03%, o IGP-M de 106,01% e o INPC de 98,39%, enquanto o reajuste liberado pela ANS para as operadoras, nesse mesmo período, foi de 162,33%, bem acima da inflação.” Jerolino Lopes Aquino Presidente da SBAC Ele acrescenta que o setor tem investido muito em certificações e qualificações e é preciso estímulo para garantir a adesão e conscientização dos usuários. Luiz Fernando Ferrari Neto, vice-presidente do Sindhosp e diretor da Fehoesp, destaca que o setor é regulado por leis municipais, estaduais e federais e está entre os que suportam a maior carga tributária do país. “Portanto, não podemos concordar com regulamentação de preços, principalmente porque não somos nós quem os estabelece. É o mercado que regula os preços, que estão defasados há anos.” Foto: Divulgação É o mercado que regula os preços, que estão defasados há anos Luiz Fernando Ferrari Neto Vice-presidente do Sindhosp e diretor da Fehoesp O reajuste liberado pela ANS para as operadoras foi de 162,33%, bem acima da inflação Foto: Divulgação Foto: Divulgação Os prestadores de serviços não são os vilões dessa história Antonio Carlos de Athayde Presidente do CBR Para ele, as operadoras mal começaram a reajustar os contratos com os prestadores, como determina a Lei 13.003, e já começam a culpá-los pelo aumento das despesas. “A pergunta que nos cabe é: o que as operadoras fizeram com toda a margem que tiraram dos prestadores todos esses anos?” Incorporação de tecnologias De acordo com a reportagem em O Estado de S.Paulo, a FenaSaúde alega que os custos das operadoras “estariam aumentando de forma expressiva, acima da inflação e abaixo dos reajustes das mensalidades”, e que um dos motivos seria a incorporação de novas tecnologias na área médica, “que chegariam ao mercado sem avaliação de seu custo e sua efetividade”. Paula Távora rebate esse argumento e as tentativas de barrar a entrada de novas tecnologias porque, devido à sua sofisticação, elas podem produzir diagnósticos mais rápidos e mais precisos. “A tecnologia auxilia a alcançar a medicina de precisão, que é para onde estamos caminhando. Significa ter uma hipótese diagnóstica melhor elaborada, com VCMH por grupos de procedimentos Ele aponta a Lei 13.003, regulamentada no final de 2014, como uma tentativa de garantir aos prestadores de serviços a recomposição dos índices inflacionários sobre seus preços, tomando como base o IPCA. “Sabemos que somente o IPCA não corrigirá os custos diretos e desalinhados dos prestadores, principalmente porque a inflação causada pelo aumento das tarifas controladas, como combustível e energia, mais a desvalorização do real, impactam fortemente uma cadeia produtiva dependente de insumos importados”, acrescenta Ferrari. O presidente do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), Antonio Carlos de Athayde, Fonte: Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS) 60 50 Exames Terapias Internações Consultas 40 30 20 10 0 dez/07 jun/08 dez/08 jun/09 dez/09 jun/10 dez/10 jun/11 dez/11 jun/12 dez/12 jun/13 dez/13 VCMH: Variação de Custos Médico-Hospitalares Revista Notícias-Medicina Laboratorial | 2015 - Edição 68 - Ano 6 | 9 uma medicina diagnóstica preparada tecnologicamente para ser mais precisa nos resultados, e obter um desfecho clínico mais positivo para o caso”, diz a presidente da SBPC/ML. Segundo ela, sem inovação tecnológica corre-se o risco de se pagar por exames obsoletos, que não auxiliam o diagnóstico. Ela cita o exemplo do que tem acontecido com o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, da ANS. Távora conta que foi submetida à Agência uma lista com 120 exames modernos, para substituir outros que estão obsoletos. Porém, esses novos exames não foram incluídos no Rol. Índices x reajustes IPCA 162,33 INPC IGP-M 98,39 De acordo com Claudia Cohn, muitos recursos tecnológicos já são usados em outros países e só chegam ao Brasil depois de serem aplicados ao mercado externo. A presidente da Abramed acrescenta que as definições de cobertura são reguladas pelo Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, da ANS, e determinam a entrada de novas tecnologias com base em evidências de benefícios para a população, definidas em conjunto pelas entidades representativas das especialidades e sociedades científicas. Diálogo Fontes: IBGE, FGV e ANS 99,03 importante. É preciso acabar com essa distorção que tecnologia é caro”, afirma Távora. 106,01 Reajustes Operadoras Período de 2003 a 2014: IPCA, INPC e IGP-M acumulados e reajustes de operadoras (em percentuais) “No Brasil, não se realiza nada que a Anvisa não tenha autorizado. Se a tecnologia que está aí entrou no país é porque o setor regulatório reconheceu que ela é Exames não retirados Na reportagem de O Estado de S.Paulo de 23 de março, a representante da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) afirma que cerca de 30% dos exames solicitados são “esquecidos nos laboratórios”. A presidente da SBPC/ML, Paula Távora, contesta essa afirmação. Ela esclarece que os avanços da tecnologia permitem que os pacientes tenham acesso ao laudo pela Internet, e que se há excesso de solicitação de exames, “Somos contra a regulamentação de preços porque é algo temerário e desnecessário. Não é papel do Governo interferir nesse aspecto. Ele deve, sim, incentivar o diálogo entre os participantes do setor para se chegar a um equilíbrio comercial e técnico, visando a segurança do paciente”, diz Paula Távora. Segundo ela, a SBPC/ML propõe ampliar o diálogo sobre o uso racional do laboratório. “Com isso, com a valoração adequada e com a remoção da obsolescência dos exames haverá um caminho que beneficiará todos os participantes da área da Saúde, e, não, uma disputa entre quem ganha mais ou ganha menos”, diz Paula Távora. “É preciso lembrar que o foco principal é o paciente, mas o que vemos é uma tendência de excluí-lo das negociações.” isso não se resolve com regulação, mas com capacitação de estudantes na graduação e de profissionais que estão em atividade. Segundo a presidente da Abramed, Claudia Cohn, o percentual de exames não retirados nos laboratórios que são associados à entidade é de 5%, e não 30%. “Não temos conhecimento sobre a base e origem dessa informação”, diz. Ela acrescenta que, além das diversas ferramentas que permitem retirar o laudo pela Internet e por aplicativos para dispositivos móveis, existe também o contato direto entre o médico que prescreve o exame e o laboratório. Receita de contraprestações das operadoras de planos privados de saúde - 2003 a 2013 Modalidade da operadora 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total 28.743.350.681 32.629.463.596 37.270.298.624 42.626.301.968 52.194.330.031 60.677.290.674 65.809.562.118 74.597.280.367 84.653.841.075 95.439.389.502 111.015.029.732 Operadoras médico-hospitalares 28.242.936.475 32.030.482.291 36.526.986.045 41.716.042.287 51.113.059.850 59.500.587.519 64.468.930.509 72.918.135.707 82.605.692.295 93.131.978.171 108.538.004.530 Autogestão (1) 9.417.811.131 10.610.619.768 12.322.053.586 10.752.468.796 12.330.000.222 14.061.850.019 16.504.999.126 18.279.262.097 21.365.533.997 23.240.775.696 26.445.075.707 30.057.613.038 33.966.639.294 37.988.869.488 2.139.343.139 2.298.838.384 Medicina de grupo 9.391.238.960 10.653.165.760 12.556.173.058 14.180.015.674 15.847.907.889 17.823.376.100 19.582.440.644 22.058.116.813 24.459.353.793 27.742.901.439 31.605.848.883 Seguradora especializada em saúde 6.701.305.079 7.912.489.383 8.749.939.565 8.608.423.749 11.054.334.782 12.403.605.041 14.095.959.530 16.705.900.969 18.672.474.531 24.322.394.189 Cooperativa médica Filantropia 517.606.086 880.317.554 640.392.404 884.373.824 7.522.550.081 905.900.494 1.036.290.153 6.442.336.738 1.090.573.091 1.244.797.769 1.935.129.377 7.041.937.655 2.215.404.985 7.678.420.409 1.563.688.719 8.521.568.550 1.797.415.107 1.965.013.364 Fonte: Caderno de Informação da Saúde Suplementar - dezembro de 2014 (ANS) Contraprestação é o pagamento feito pelo contratante de plano de saúde a uma operadora para garantir a prestação dos serviços contratados. (1) As operadoras da modalidade Autogestão passaram a informar suas receitas, obrigatoriamente, a partir de 2007, com exceção daquelas por SPC (Secretaria Previdência Complementar), obrigadas a partir de 2010. As Autogestões por RH (Recursos Humanos) não são obrigadas a enviar informações financeiras. 10 | Revista Notícias-Medicina Laboratorial | 2015 - Edição 68 - Ano 6 Faça download download dos dos livros livros lançados lançados no no Faça 48º Congresso da SBPC/ML Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML): Boas Práticas em Microbiologia Clínica A microbiologia clínica é uma das grandes áreas do laboratório clínico cuja atividade laboratorial, com vistas à elucidação diagnóstica. Pode ser caracterizada como de alta complexidade e se constituindo em um processo que desafia os profissionais dessa área de atuação. Esta obra tem como objetivo apresentar as Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), discutir as boas práticas em microbiologia clínica, com os tópicos relevantes e as dúvidas e questionamentos mais frequentes da rotina diária. O projeto contou com a participação de uma equipe multidisciplinar composta por profissionais formadores de opinião e com grande experiência na área de microbiologia clínica. Este livro utiliza uma linguagem simples e direta para todos os profissionais do laboratório clínico da área de microbiologia e estudantes. www.sbpc.org.br O que você encontra neste livro: 4. Antibiograma 5. Controle interno da qualidade 6. Ensaios de proficiência 7. Biologia molecular no laboratório de microbiologia 8. Espectrometria de massas MALDI-TOF em laboratório de microbiologia clínica: parâmetros conceitos pré e pós-analíticos úteis para a rotina. 9. Infecções bacterianas emergentes 10.Automação em microbiologia 1.Área física do laboratório de microbiologia e legislação vigente 2.Biossegurança 3.Rotinas em microbiologia: 3.1. Urocultura 3.2. Hemocultura 3.3. Cultura de líquidos cavitários 3.4. Cultura de secreções e catéter 3.5. Cultura de fungos 3.6. Cultura para Candida 3.7. Cultura de líquor 3.8 .Cultura para micobactérias Realização: SBPC/ML AMB Apoio: 11.Verificação e validação de procedimentos no laboratório de microbiologia clínica 12.Treinamento e desenvolvimento 13.Gestão de equipamentos no laboratório de microbiologia 14.Indicadores da qualidade em microbiologia clínica BD BIOMÉRIEUX PLASTLABOR PROBAC ROCHE Tecnologia da Informação em Medicina Laboratorial Posicionamento da 2014 interoperabilidade de sistemas Disponível para download em Realização: www.sbpc.org.br/timl Apoio: Revista Notícias-Medicina Laboratorial | 2015 - Edição 68 - Ano 6 | 11 Comitê Brasileiro de Testes de Sensibilidade aos Antimicrobianos Com o objetivo de uniformizar e disponibilizar documentos acessíveis a todos os laboratórios brasileiros para realização e interpretação dos testes de sensibilidade foi estabelecido, em junho de 2014, o Comitê Brasileiro de Testes de Sensibilidade aos Antimicrobianos (BrCAST). A instituição foi criada a partir de um acordo entre SBPC/ML e as Sociedades Brasileiras de Microbiologia (SBM), de Análises Clínicas (SBAC) e de Infectologia (SBI), em um esforço conjunto para auxiliar os laboratórios clínicos no processo de melhoria da qualidade do serviço prestado e, por consequência, na garantia da segurança do paciente. O BrCAST funciona com o trabalho voluntário de seus participantes e a cada dois anos metade de sua composição é renovada por indicação dos presidentes das Sociedades que o compõem. Em menos de um ano de atuação já foi oficialmente reconhecido pelo European Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing (EUCAST) como um comitê nacional e autorizado a traduzir para o português todos os documentos da instituição, desde que sejam disponibilizados gratuitamente. Agora, para que tenha ainda mais legitimidade, os representantes do BrCAST desejam obter o reconhecimento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acor- do com a patologista clínica Marinês Dalla Valle Martino, uma das representantes da SBPC/ML no comitê organizador, as ações serão apresentadas em breve à Câmara Técnica de Resistência Bacteriana para Serviços de Saúde da Anvisa, com o intuito de que as normas do Comitê sejam padrão oficial no Brasil. “Uma das atividades mais importantes do BrCAST será liderar estudos de abrangência nacional para traçar a distribuição dos valores de Concentração Inibitória Mínima das nossas cepas”, explica a médica. A patologista clínica Antonia Maria de Oliveira Machado, também rep re s e n ta n te d a S B PC / ML n o BrCAST, observa que, do ponto de vista operacional, a implementação integral das normas do Comitê nos laboratórios de microbiologia no Brasil vai exigir, especialmente, adequação do meio de cultura para micro-organismos fastidiosos e da potência de alguns discos. Antonia Maria de Oliveira Machado uma das representantes da SBPC/ML no BrCAST “A implementação até simplifica a variação de meios de cultura utilizados atualmente. Já existe, inclusive, uma comunicação com os nossos fornecedores locais para viabilização dos insumos”, acrescenta. Principais objetivos Conheça as diretrizes que fazem parte da estratégia do BrCAST para ampliar a qualidade dos serviços prestados pelos laboratórios clínicos no Brasil. Determinar e revisar periodicamente os pontos de corte para a interpretação dos testes de sensibilidade aos antimicrobianos para uso clínico e com finalidade epidemiológica. Assim como propor à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sua implementação nos laboratórios clínicos em todo o Brasil. Liderar e promover o desenvolvimento e padronização e de controle da qualidade dos testes de sensibilidade antimicrobiana in vitro no país. Liderar e promover a educação e o treinamento em testes de sensibilidade antimicrobiana. Obter o reconhecimento da Anvisa como parte essencial do processo de determinação de critérios interpretativos para testes de sensibilidade in vitro para licenciamento de novos antimicrobianos e daqueles atualmente em uso no Brasil. Representar o Brasil junto às instituições que atuem ativamente na padronização de teses de sensibilidade aos antimicrobianos, além de buscar consenso internacional e/ou harmonização com o European Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing (EUCAST) e o Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Composição atual do comitê Mandato de junho de 2014 a junho de 2016 Coordenação Geral: Jorge Luiz Mello Sampaio (SBM) Coordenação Clínica: Ana Cristina Gales (SBI) Membros: Jorge Luiz Mello Sampaio (SBM), Alexandre P. Zavascki (SBI), Elizabeth Marques (SBM), Afonso Luís Barth (SBAC), Ana Cristina Gales (SBI), Lauro Santos (SBM), Marinês Dalla Valle Martino (SBPC/ML) e Marcelo Pilonetto (SBAC) Para saber mais O site http://brcast.org.br oferece, para download gratuito e traduzidos para o português, materiais como tabelas de pontos de corte e o documento sobre detecção de resistência do EUCAST. Em breve, também estarão disponíveis informações sobre métodos, controle de qualidade, detalhamento do preparo e execução dos testes rápidos para detecção de carbapenemases e um guia para a implementação do BrCAST nos laboratórios clínicos. 12 | Revista Notícias-Medicina Laboratorial | 2015 - Edição 68 - Ano 6 Afonso Luís Barth (SBAC) Alexandre P. Zavascki (SBI) Antonia Maria O. Machado (SBPC/ML) Elizabeth Marques (SBM) Lauro Santos (SBM) Marcelo Pilonetto (SBAC) Marinês Dalla Valle Martino (SPBC/ML) Cada um dos membros do comitê gestor tem mandato de dois anos, renovável por igual perodo. A cada dois anos, 50% dos membros deverão ser substituídos, de modo a permitir ampla participação dos integrantes das diferentes Sociedades. Residentes em Patologia Clínica integram equipe de Lab Tests Online BR “Com o início das atividades dos residentes e de seu preceptor aumentará a velocidade de inclusão de novos artigos e textos sobre estados clínicos e testes laboratoriais e, principalmente, na sua adequação à nossa realidade, inserindo informações com alta relevância para a população brasileira”, comemora o diretor de Comunicação da SBPC/ML e editor-chefe de LTO BR, Gustavo Campana. Ele acrescenta que o convite feito aos residentes da USP faz parte da primeira etapa de expansão de LTO BR. Residentes em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial de outras instituições também serão convidados a fazer parte da equipe. dade. Temos que desenvolver essa geração de jovens para que eles procurem fazer parte do futuro da Patologia Clínica”, diz o preceptor dos residentes do HC-FMUSP, Carlos Alberto Giafferi, que faz parte do grupo de novos editores-revisores. mos acadêmicos e profissionais. Ela traz uma visão maior ao futuro patologista clínico, as principais dúvidas do dia a dia e o contato com os diferentes testes disponíveis”, elogia Félix Pinto, que está no terceiro ano da residência (R3). Segundo ele, os residentes gostaram da oportunidade de participar de LTO BR e de saber que o resultado de seu trabalho poderá ajudar muitos laboratórios, médicos, pacientes e profissionais de saúde. “Isso tem um valor inestimável”, afirma Giafferi. “É uma forma de garantir que o público tenha um melhor entendimento da complexidade e importância do trabalho realizado no laboratório, e também garante que futuros patologistas clínicos possam determinar a qualidade e fidedignidade da informação”, opina a R3 Bruna da Rocha. “A revisão dos textos é uma boa forma de atualização e de aquisição de conhecimentos dentro da nossa área e vem somar no aprendizado dos residentes”, diz Juliana Carneiro de Azevedo, que está no quarto ano da residência (R4) em patologia clínica — ela faz um ano adicional em oncohematologia. “A iniciativa é muito interessante, arrojada e de grande valia em ter- “É muito bom porque ajuda a ter um pouco mais de conhecimentos sobre exames feitos em áreas que, até o momento, não estagiei na residência. É importante que as informações sobre exames para a população sejam dadas por profissionais que estão ligados à área”, avalia o R3 Adilson Alves. Foto: Lizimar Dahlke A equipe de Lab Tests Online BR (LTO BR) cresceu. Agora ela conta com a participação do preceptor e de quatro residentes em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Os cinco atuam como editores-revisores, responsáveis pela revisão técnica do conteúdo traduzido do inglês e produção de textos exclusivos para o site brasileiro. “O foco de LTO BR é levar para a população em geral e para os profissionais da área de saúde informações de qualidade sobre exames laboratoriais, elaboradas por especialistas em Medicina Laboratorial”, destaca Campana. “A participação dos residentes é uma forma de aprendizado extracurricular e de contato com a SBPC/ML, o que é fundamental para fortalecermos nossa especiali- Adilson Alves, Juliana de Azevedo, Carlos Alberto Giafferi, Félix Pinto e Bruna da Rocha Lab Tests Online BR não pretende substituir a consulta e orientação dos médicos. Os laboratórios podem incluir gratuitamente o link para LTO BR em seu site institucional como forma de orientar melhor seus clientes. Basta entrar em contato com a SBPC/ML pelo e-mail [email protected]. Revista Notícias-Medicina Laboratorial | 2015 - Edição 68 - Ano 6 | 13 Oportunidade para compartilhar experiências Diretor da SBIS destaca importância do 1º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial Patologia Clínica Medicina Laboratorial e 1° Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial Exposição Técnico-Científica Integração para o diagnóstico Fortaleza - CE Centro de Eventos do Ceará 29 de setembro a 2 de outubro de 2015 www.cbpcml.org.br ra o crescimento e desenvolvimento do setor”, comemora Giulliano. Segundo o médico, quando começou a se falar em Internet na área de saúde já havia laboratórios que liberavam os resultados online para o paciente, o que mostra o avanço da patologia clínica, especialidade que sempre adotou a tecnologia da informação intensamente, e que talvez tenha sido o setor que mais avançou no uso da TI na área de saúde, acoplado com uma intensa automação dos processos. No entanto, o diretor da SBIS observa que é necessário adotar as melhores práticas de TI e estar atento à privacidade e confidencialidade da informação dos pacientes. “Há desafios no compartilhamento estruturado da informação (interoperabilidade), na adoção de sistemas de apoio à decisão e, também ,em aplicações móveis. Para tudo isso, é preciso usar padrões e sistemas cada vez mais avançados. Assim, nesse segmento há sempre espaço para a inovação, mostrando a necessidade de uma discussão mais ampla”, diz Giulliano. Quais são as tendências no uso de aplicativos e equipamentos na "medicina móvel" (M-health)? de produz uma enormidade de informações a cada segundo. Textos, sinais, imagens e outros tipos de mídias são parte da história clínica de um paciente. O setor laboratorial gera, por sua vez, uma grande quantidade de dados que poderiam ser melhor processados, de forma a identificar tendências e, no contexto da saúde populacional, até mesmo predizer epidemias. Para tudo isso, as tecnologias de big data são fundamentais. Por outro lado, há ainda poucas aplicações e cases reais de utilização dessa massa de dados em formatos mais abrangentes, no conceito de big data. Acredito que nos próximos cinco anos teremos algo mais relevante nessa área. Claudio Giulliano As aplicações móveis na Saúde são uma grande tendência e já há várias desenvolvidas. Hoje, é uma tendência permitir o acesso aos exames de laboratórios em dispositivos móveis. Por outro lado, é possível desenvolver mecanismos que permitam ao paciente maior interação com a equipe médica através de dispositivos móveis. O telemonitoramento é outra utilização bastante interessante e com empresas investindo nesse segmento. No 1º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial há uma atividade denominada TIID (Tecnologia, Informática, Inovação e Disrupção), na qual diversas empresas de TI apresentarão novidades, projetos e soluções para informática laboratorial. Isto é uma novidade em congressos da SBPC/ML. Ela é comum em eventos de TI? Claudio Giulliano É comum em alguns tipos de evento de TI, especialmente naqueles voltados à startups. Acredito que será uma experiência interessante e muito convidativa para quem deseja expor suas ideias, projetos e soluções. Para o público, será uma forma simples, objetiva e inovadora de conhecer o que há de mais novo no segmento. Atualmente, fala-se muito em big data. Como vê seu uso na medicina e, especificamente, no setor de laboratórios clínicos? Claudio Giulliano Big data é o termo da moda. A área de Saú- 14 | Revista Notícias-Medicina Laboratorial | 2015 - Edição 68 - Ano 6 Claudio Giulliano Diretor da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) Quais são os principais aspectos que devem ser vistos para garantir a segurança dos dados dos pacientes? Claudio Giulliano Sem dúvida é o tripé da segurança da informação: disponibilidade, confidencialidade e integridade. Esta última garante que a informação não foi modificada e, por ser assim, é confiável. Ao mesmo tempo, deve-se garantir o direito do paciente à privacidade. Finalmente, a informação precisa estar disponível. Para garantir tudo isso é preciso investir em segurança da informação, o que inclui políticas de segurança, sistemas de controle e auditoria e infraestrutura computacional. Precisamos avançar ainda mais nas questões normativas da área, com marcos regulatórios que esclareçam e melhor definam as responsabilidades e os métodos principais para essas garantias. Foto: Divulgação 49° Congresso Brasileiro de Segurança de dados dos pacientes, tecnologia da informação na Saúde Suplementar e como o big data vai reformular a medicina. Estes são alguns dos temas abordados no 1º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial, em 30 de setembro, que vai acontecer simultaneamente às atividades do mesmo dia do 49º Congresso da SBPC/ML, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza. Um dos palestrantes é o médico e mestre em Informática em Saúde Claudio Giulliano, diretor da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), instituição que apoia o evento. Ele diz que o 1º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial é fundamental para que todos os profissionais possam compartilhar suas experiências e discutir questões importantes para o desenvolvimento de suas respectivas áreas. “Será um modelo mais estruturado e específico, visto que a aplicação da TI na patologia clínica já vem sendo discutida em congressos da própria SBPC/ML e da SBIS. Por isso, é louvável que a SBPC/ML tenha tomado essa iniciativa e convidado a SBIS a participar, mostrando que a união das diferentes áreas e disciplinas é essencial pa- Prazo para enviar resumo de tema livre termina em maio Foto: Divulgação Quem ainda não enviou resumo de Tema Livre tem até o dia 20 de maio para concluir e cadastrar o trabalho. Isso deve ser feito exclusivamente pelo site do 49º Congresso da SBPC/ML (www.cbpcml.org.br). Os trabalhos serão avaliados por uma comissão e aqueles com a melhor classificação receberão prêmios, que podem ser em dinheiro, em inscrição, em passagem e hospedagem para o Congresso da SBPC/ML em 2016, no Rio de Janeiro. Todos os resumos de tema livre selecionados para o 49º Congresso devem ser obrigatoriamente apresentados em pôster físico. Mas para concorrer aos prêmios de apresentação oral os trabalhos precisam ser enviados também no formato eletrônico (o mesmo arquivo enviado usado para imprimir o pôster físico, mas em formato “pdf”). Além de ser uma exigência este ano para concorrer à apresentação oral, o pôster eletrônico será obrigatório a partir do Congresso de 2016 para todos os resumos de tema livre. O prazo para enviar o pôster eletrônico termina em 20 de julho. Eles serão exibidos em terminais de LCD localizados próximo à área de exposição dos pôsteres físicos. Mais informações no site do 49º Congresso da SBPC/ML (www.cbpcml.org.br), seção “Tema Livre”, página “Instruções para Apresentação - Pôster”. Conferência magna sobre fase pré-analítica Está confirmada a participação da médica croata Ana-Maria Simundic como palestrante de uma das conferências magnas do 49º Congresso da SBPC/ML. Sua apresentação será sobre a fase pré-analítica, tema do grupo de trabalho da qual ela é líder, desde 2012, na Federação Europeia de Química clínica (EFLM, na sigla em inglês). Professora da Universidade Sestre Milosrdnice, na Croácia, onde chefia a Unidade de Clínica Médica de Bioquímica e Toxicologia Analítica do Hospital Universitário, a médica também é presidente da Sociedade Croata de Bioquímica Médica e Medicina Laboratorial (CSMBLM), editora-chefe do Scientific Journal Biochemia Medica e é membro do corpo editorial do Clinical Chemistry and Laboratory Medicine Journal e do Romanian Review of Laboratory Medicine Journal. Palestrante convidada de vários congressos internacionais, Ana-Maria Simundic é autora de mais de 80 artigos e capítulos de livros. Por seus trabalhos recebeu, em 2000, o prêmio “Melhor Jovem Cientista” e, em 2011, “Melhor Pesquisa”, entregues pela CSMBLM. No ano seguinte, recebeu da Sociedade Eslovaca de Medicina Laboratorial o prêmio “Per Hyltoft Petersen”, entregue por suas contribuições à medicina laboratorial em âmbito internacional. Ainda em 2012, tornou-se membro honorário da Sociedade Húngara de Medicina Laboratorial. Esta atividade é viabilizada pela BD. Desconto para estudantes de Saúde e TI Estudantes de Saúde ou de Tecnologia da Informação têm desconto para participar do 1º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial, que vai acontecer ao longo de 30 de setembro, simultaneamente às atividades do 49º Congresso da SBPC/ML neste mesmo dia. É preciso comprovar estar matriculado regularmente em 2015 em curso da área de Saúde ou de TI, de nível técnico ou universitário, inclusive pós-graduação, mestrado, doutorado e especialização. As vagas no 1º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial são limitadas e a inscrição deve ser feita separadamente da inscrição no 49º Congresso da SBPC/ML. Ao longo do dia 30, no congresso de informática laboratorial serão realizados debates, conferências e mesas redondas. No final, haverá o lançamento oficial da edição 2015 do posicionamento da SBPC/ML sobre Tecnologia da Informação em Medicina Laboratorial e serão sorteados tablets e outros brindes. Laboratório: envie sua equipe com uma inscrição Laboratórios clínicos da região do 49º Congresso da SBPC/ML podem enviar seus colaboradores, em sistema de rodízio, pelo valor de uma inscrição. Basta inscrever-se na categoria “Laboratório”. O primeiro colaborador que chegar ao 49º Congresso da SBPC/ML deve procurar a secretaria do evento para retirar a credencial de identificação e a pasta de congressista. Depois de assistir uma ou mais de uma atividade, ele sai do Congresso e entrega sua credencial a outro colaborador do mesmo laboratório, para que este também possa participar do evento. E assim por diante. Caso o laboratório deseje que vários membros da sua equipe participem ao mesmo tempo do Congresso basta fazer mais de uma inscrição na categoria “Laboratório”. Mais informações na SBPC/ML: tels. (21) 3077-1400 e 3077-1409, com Daniela Queiroz. O site www.cbpcml.org.br apresenta mais informações sobre os congressos e instruções para se inscrever. Revista Notícias-Medicina Laboratorial | 2015 - Edição 68 - Ano 6 | 15 Carbonômetro estará presente em Fortaleza Dispositivo faz parte das ações de sustentabilidade do 49º Congresso da SBPC/ML Patologia Clínica Medicina Laboratorial e 1° Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial Exposição Técnico-Científica Integração para o diagnóstico Fortaleza - CE Centro de Eventos do Ceará 29 de setembro a 2 de outubro de 2015 www.cbpcml.org.br Estandes sustentáveis As orientações às empresas que participarão da Exposição Técnico-científica estão no Manual do Expositor e compreendem as etapas de projeto do estande e de seu mobiliário, montagem do estande propriamente dito, seu funcionamento durante o congresso e desmontagem. Também incluem a recomendação de utilizar tintas e produtos de limpeza à base de água, que não sejam contaminantes nem potencialmente tóxicos, que tenham origem certificada ou possam ser reciclados, iluminação de LED, contratar prestadores de serviços e fornecedores que mantêm compromissos e práticas ambientais em seus produtos e serviços, além de prever acessibilidade total no estande para portadores de necessidade especiais, entre outros aspectos. Segundo o coordenador Executivo do 49º Congresso e diretor de Eventos da SBPC/ML, Armando Fonseca, a exposição dos Congressos da Sociedade é totalmente voltada para a sustentabilidade. Os expositores são conscientizados a utilizar produtos e materiais que sejam recicláveis. “Para se ter uma ideia, em uma exposição como essa são geradas cerca de 20 toneladas de resíduos após a montagem e desmontagem. Aproximadamente 80% desses materiais são totalmente reciclados, o que mostra uma preocupação enorme da SBPC/ML de realizar uma feira de negócios que é uma referência para a América Latina em termos de tecnologia para laboratórios clínicos, ao mesmo tempo que procura neutralizar o impacto provocado pela emissão de carbono relacionada ao evento”, diz Fonseca. Créditos de carbono Um crédito de carbono (CER) corresponde a 1 tonelada de CO2 que deixou de ser emitida por projetos validados, aprovados, registrados, verificados e certificados pela UNFCC, órgão da ONU para questões do clima no planeta. A neutralização de CO2 ocorre através do uso de créditos de carbono na mesma proporção do total emitido. Em 2014, os créditos correspondentes ao 48º Congresso da SBPC/ML foram aplicados no Projeto Central Hidrelétrica Garganta da Jararaca, em Nova Maringá (MT), que contribui para a sustentabilidade porque aumenta a parcela de energia renovável no país e diminui as perdas durante a transmissão. 16 | Revista Notícias-Medicina Laboratorial | 2015 - Edição 68 - Ano 6 Foto: Estefan Radovicz 49° Congresso Brasileiro de No 48º Congresso da SBPC/ML, em 2014, no Rio de Janeiro, duas telas de TV chamaram a atenção dos participantes. Batizadas de “carbonômetro” e localizadas, respectivamente, na entrada do centro de convenções e no pavimento das salas de aula, elas mostravam, em tempo real, números que correspondiam às emissões de gases de efeito estufa produzidos durante o congresso e à quantidade de carbono neutralizada pelo evento. Para facilitar a compreensão do que isso significava, as telas também apresentavam a comparação do total de carbono neutralizado com a quantidade correspondente a voos da Ponte Aérea Rio-São Paulo e a dias na vida de um cidadão brasileiro. O carbonômetro (foto) também estará presente este ano, no 49º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, em Fortaleza. Ele faz parte das ações que a SBPC/ML vem desenvolvendo desde 2011 para a sustentabilidade de seus congressos. “Entre essas ações está o incentivo às empresas para o projeto e montagem de estandes na Exposição Técnico-científica feitos com materiais recicláveis e que resultem em menor consumo de água e eletricidade, e que também contratem fornecedores e transportadores locais, o que contribui para o aumento de emprego e renda na região e, ao mesmo tempo, reduz a emissão de gás carbônico”, explica Alan Oplustil, diretor da ConstruAmbiental, empresa contratada pela SBPC/ML para a gestão da sustentabilidade de seus congressos. Ele acrescenta que também haverá incentivo aos participantes do congresso para que usem os recipientes de coleta seletiva de lixo colocados em pontos estratégicos do Centro de Eventos do Ceará. Os resíduos recolhidos na montagem, durante e após o congresso serão entregues a instituições locais que trabalham com coleta seletiva e reciclagem. educação continuada Atualização em testes de sensibilidade aos antimicrobianos Jorge Sampaio Médico patologista clínico EAD atualiza sobre testes de sensibilidade em microbiologia Está programado para 20 de maio, quarta-feira, mais um curso a distância da SBPC/ML. O tema é “Atualização em testes de sensibilidade aos antimicrobianos”. O palestrante é o médico patologista clínico Jorge Luiz Mello Sampaio. Ele é professor de Microbiologia Clínica da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, coordenador do Comitê Brasileiro de Testes de Sensibilidade (BrCAST) e médico responsável pelo Setor de Microbiologia do Fleury Medicina Diagnóstica. A transmissão ao vivo, pela Internet, começa às 13h (hora de Brasília) e tem duração aproximada de 1h30. Os participantes podem enviar perguntas durante a aula. Elas serão respondidas ao final da apresentação, se houver tempo disponível, ou depois, por e-mail, a todos os que se inscreveram. Realização: A inscrição termina no dia 15 de maio, sexta-feira, é gratuita para associados SBPC/ML e custa R$ 30 para não associados. Para se inscrever basta entrar na página de Ensino a Distância (EAD) da SBPC/ML: http://ead.sbpc.org.br, onde também se assiste a transmissão. Esta mesma página apresenta informações para verificar se o computador utilizado para assistir o curso possui os programas e especificações necessárias, respostas às dúvidas mais comuns e a programação de EAD de 2015. Pelo valor de uma inscrição os laboratórios podem formar auditório para a equipe assistir o curso, com direito a certificado de participação a todos que constarem na lista de presença enviada à SBPC/ML. Mais informações em: http://ead.sbpc.org.br Seja um parceiro da Anuncie nos meios de comunicação da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial Veja como você pode aparecer para um público de formadores de opinião, donos de laboratórios, pesquisadores, administradores, gestores da qualidade, estudantes e tantos outros que fazem parte deste segmento da Saúde. Solicite o Midia Kit SBPC/ML 2014/2015 pelo e-mail [email protected], com Maria Fernandes. Revista Notícias-Medicina Laboratorial | 2015 - Edição 68 - Ano 6 | 17 SBPC/ML manifesta surpresa com Súmula Normativa Nº 26 da ANS A SBPC/ML manifesta sua surpresa com a Súmula Normativa Nº 26, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), publicada no Diário Oficial da União do dia 2 de março de 2015. Na recente publicação da Súmula, a ANS, no item 1.2, determina que será utilizado apenas o valor integral do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para a aplicação do Fator de Qualidade, não podendo o resultado ser superior ao próprio índice de reajuste. Subentende-se que a maneira que a Súmula foi apresentada não trará um estímulo para o setor laboratorial, que investiu para adequar os seus serviços e melhor atender a população brasileira — lembrando que os exames laboratoriais são responsáveis por 70% das decisões médicas. Além disso, é de entendimento da SBPC/ML que os laboratórios que não tiverem qualificação comprovada receberão reajustes inferiores ao IPCA como referência. “Em um momento de crescente inflação, os laboratórios são impactados, já que são pressionados pela não reposição de seus custos, além da qualidade dos serviços laboratoriais estarem em risco”, avalia Vitor Pariz, diretor de Defesa Profissional da SBPC/ML. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação oficial do país, medida pelo IPCA, fechou em 1,24% em janeiro, depois de avançar 0,78% em dezembro de 2014. Ainda, segundo recente pesquisa do Banco Central, o crescimento da economia deve ser zero em 2015, enquanto a inflação deve chegar em 7,15% — considerada a maior em 11 anos. “Acreditamos que a ANS queria valorizar a qualidade dos serviços oferecidos pelos laboratórios clínicos, mas não deveria limitar a aplicação do Fator de Qualidade ao IPCA e, sim, permitir uma vantagem adicional para quem investiu na qualificação. Por outro lado, devemos entender que o laboratório que não tiver qualificação comprovada por certificados de acreditação, terá ajustes inferiores ao índice usado como referência. Como poderão sobreviver? Que serviços devemos esperar que serão oferecidos?”, questiona o diretor. Aplicação do Fator de Qualidade A expectativa da SBPC/ML era de composição de grupo com os representantes do setor de Saúde Suplementar para definir a aplicação do Fator de Qualidade. Apesar do cenário desanimador por conta da inflação, a SBPC/ML elogia a recente Súmula, onde é estabelecido, no item 1.1, que o IPCA será aplicado em seu valor integral para os reajustes que ocorram nos dois primeiros anos de vigência para os profissionais de saúde e, no primeiro ano, para os demais estabelecimentos de saúde. “Nos casos que não houver acordo entre as partes, plano de saúde e prestador, a reposição da inflação, com base no IPCA, fica garantida. Exceto alguns casos, isso deve atender os laboratórios que atuam no sistema suplementar. Isso já é um grande progresso”, diz Vitor Pariz. A regulamentação da Lei 13.003, publicada no Diário Oficial da União do dia 11/12/2014, estabelece regras para contratos entre operadoras de planos de saúde e prestadores de serviços, que incluem laboratórios clínicos, hospitais, clínicas e profissionais de saúde. Após a publicação da RN 364, que regulamentou a Lei 13.003, a SBPC/ML também manifestou sua surpresa pela inclusão da palavra “limitado”, empregada no Artigo 3º da referida Resolução Normativa, que não deixa clara a aplicação de índice de percentual no reajuste para os prestadores que possuem certificação de qualidade. “Para a SBPC/ML, a regulamentação da Lei 13.003 foi um grande progresso por estabelecer igualdade entre prestadores e operadoras, mas deixou uma lacuna no valor para a aplicação do Fator de Qualidade, que seria definido e detalhado nos próximos meses por meio de uma reunião criada pela ANS. Isso prejudica a valorização da rede de prestadores e é extremamente importante que os laboratórios tenham um incentivo por todo o investimento que se propuseram a fazer para se adequarem aos requisitos de qualidade”, finaliza Pariz. Motivo da polêmica O item 1.2. da Súmula Normativa nº 26 da ANS refere-se ao Artigo 7º da Resolução Normativa 364, publicada pela Agência em 22 de dezembro de 2014. Segundo este artigo “ao índice de reajuste definido pela ANS será aplicado um Fator de Qualidade a ser descrito através de Instrução Normativa”. A íntegra da Súmula Normativa nº 26 está disponível em arquivo “pdf” no site da SBPC/ML (www.sbpc.org.br), seção “Profissional”, item “Legislação & Consultas Públicas”, página “ANS”. O documento também está no acervo da Biblioteca Digital SBPC/ML (www.bibliotecasbpc.org.br), seção “Legislação e Normas”, página “ANS”. Em ambos, o acesso e o download são livres. 18 | Revista Notícias-Medicina Laboratorial | 2015 - Edição 68 - Ano 6 Revista Notícias-Medicina Laboratorial | 2015 - Edição 68 - Ano 6 | 19 Novidades Diagnóstico de dengue antes dos primeiros sintomas de 2 μg.mL. O biossensor conseguiu detectar concentrações de 0,09 μg.mL”, conta Vieira. O artigo Electrical detection of dengue biomarker using egg yolk immunoglobulin as the biological recognition element foi publicado online em 19 de janeiro de 2015, em Scientific Reports. Fonte: Agência Fapesp Foto: divulgação A identificação precoce dos casos de dengue é importante para o controle das epidemias. Com o objetivo de encontrar um meio alternativo para esse diagnóstico, pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP) e de uma empresa de biotecnologia de São José do Rio Preto (SP), desenvolveram um protótipo de biossensor (foto) capaz de detectar a doença precocemente. “Ele é mais rápido, barato e fácil de executar do que os testes laboratoriais existentes”, afirma um dos autores do projeto Nirton Cristi Silva Vieira. A tecnologia do biossensor é baseada na detecção elétrica da proteína não estrutural 1 NS1, secretada pelos quatro sorotipos da dengue (DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4) e encontrada em concentrações detectáveis no sangue do segundo até o nono dia após o início da doença. Um software “lê” esse sinal elétrico e indica, em até 30 minutos, o resultado da análise, que pode ser acessado em tempo real pelo celular ou notebook. Os testes para avaliar a eficácia do biossensor foram realizados com amostras da proteína NS1 em concentrações que variaram de 0,01 a 10 μg.mL. “A média de concentração da NS1 no sangue de pessoas com dengue é Biochip usa luz para medir glicose na saliva 20 | Revista Notícias-Medicina Laboratorial | 2015 - Edição 68 - Ano 6 A luz que incide no chip gera ondas de elétrons livres nos sulcos que se propagam em direção à fendas e interferem com a luz que passa por elas. Os padrões dessa interferência são comparados com aqueles formados quando existe uma amostra de saliva sobre o chip. O resultado permite identificar a presença de compostos específicos na amostra. O artigo ‘A plasmonic cuvette’: dye chemistry coupled to plasmonic interferometry for glucose sensing foi publicado online em 5 de junho de 2014, em Nanophotonics. Fonte: Science Daily Foto: divulgação Um sensor de biochip pode medir seletivamente concentrações de glicose na saliva. Segundo a equipe da Universidade Brown (www.brown.edu), nos EUA, que o desenvolveu, essa técnica poderá ser usada em dispositivos de monitoramento não invasivo de pacientes diabéticos. O biochip usa uma série de reações químicas específicas combinadas com interferometria plasmônica — método que utiliza a luz para detectar características químicas de compostos. “A saliva é formada por cerca de 99% de água, mas também por 1% de enzimas, sais e outros componentes que podem afetar a resposta do sensor. Em nossa pesquisa conseguimos medir concentrações de glicose na saliva que, em geral, são 100 vezes menores que no sangue”, afirma Domenico Pacifici (foto), professor da Faculdade de Engenharia de Brown e líder da pesquisa. O biochip é formado por um pedaço de quartzo com cerca de 3,5 cm quadrados, revestido com uma fina camada de prata, onde são gravados milhares de interferômetros — fendas com 100 nanômetros de largura, ladeadas por sulcos, cada um com 200 nanômetros de largura. Radioisótopos devem ser monitorados no laboratório Os radioisótopos foram substituídos por novas tecnologias, mas até hoje ainda fazem parte da rotina dos laboratórios. Segundo o professor Beny Spira, responsável pelo Núcleo de Radioproteção do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo, para não ser prejudicial ao ser humano, o uso dos radioisótopos em laboratórios requer um monitoramento especial de segurança, observando regras para manuseio, armazenamento e descarte, independentemente de seu maior ou menor potencial de dano. Spira ressalta que os radioisótopos são instáveis. O Fósforo 32 (radioisótopo do Fósforo 31, que é estável e não radioativo) é usado no ICB e possui meia-vida de 14 dias. Um rejeito radioativo contaminado com ele é levado para armazenagem e fica isolado por alguns meses, tempo suficiente para que não seja mais radioativo, já que a meia-vida segue um decaimento exponencial. “Mas o Carbono 14 possui meia-vida de 5 mil anos. Ou seja, a cada 5 mil anos, metade desses átomos se desintegra em uma coisa que não é mais radioativa”, compara. Este é um fato determinante para planejar o descarte de todo o conjunto de materiais utilizados durante o manuseio de radioisótopos, como filtros, papéis e instrumentos. Em função do risco que representam, esses objetos não podem ser deixados no laboratório. A alternativa encontrada no ICB foi construir um pequeno prédio especialmente para armazenar elementos e objetos até que eles possam ser devolvidos ao ambiente de forma segura, sem causar danos. Fonte: Agência USP de Notícias Anticorpo é usado no diagnóstico precoce de esclerose múltipla Um anticorpo ligado à proteína KIR4.1, encontrado no sangue de indivíduos com esclerose múltipla (EM), pode estar presente muito antes do aparecimento da doença e de seus sintomas, como revela um estudo realizado na Universidade Técnica de Munique (www.tum.de), na Alemanha. “Encontrar a doença antes de os sintomas aparecerem significa que podemos nos preparar para o tratamento”, diz a autora principal do trabalho, Viola Biberacher. Foram comparadas amostras de sangue de dois grupos de 16 pessoas na mesma faixa etária e do mesmo sexo: doadores saudáveis posteriormente diagnosticados com EM e outro por pessoas que não desenvolveram a doença. As amostras foram coletadas entre dois e nove meses antes dos primeiros sinto- mas da EM e testadas para o anticorpo específico da KIR4.1. Todos os controles saudáveis deram negativo para o anticorpo KIR4.1. Dentre aqueles que depois desenvolveram a doença, sete apresentaram resultado positivo para o anticorpo, dois indicaram atividade incerta e sete foram negativos. O estudo também verificou que os anticorpos KIR4.1 foram encontrados nas pessoas com EM pré-clínica vários anos antes da primeira manifestação da doença, em concentrações diferentes dependendo do período. “O próximo passo é confirmar as descobertas em grupos maiores e determinar quantos anos antes os anticorpos surgem”, ressalta Biberacher. O estudo Antibodies Against the Inward Rectifying Potassium Chan- nel KIR4.1 Precede the Onset of Multiple Sclerosis foi apresentado no 66º Congresso Anual da Academia Americana de Neurologia, de 26 de abril a 3 e maio de 2014, na Filadélfia (EUA). Fonte: AlphaGalileo Revista Notícias-Medicina Laboratorial | 2015 - Edição 68 - Ano 6 | 21 $ Aqui você vende e compra produtos e serviços, oferece e procura empregos e estágios. É fáci! É grátis! 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Envie sua pergunta pelo Fale Conosco do site da SBPC/ML: www.sbpc.org.br 22 Gostaria de saber se estudante da área de saúde pode participar do 49° Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e também do 1° Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial, já que os dois acontecem nos mesmos dias, horários e local. A.C. Estudantes podem participar dos dois congressos, mas é preciso fazer inscrição separada em cada um deles. O 1º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial acontece somente ao longo do dia 30 de setembro. O 49º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial acontece de 29 de setembro a 2 de outubro. Portanto, no dia 30 as atividades dos dois eventos coincidem. Cabe ao congressista escolher quais assistir nesse dia. Estudantes da área de saúde têm desconto na inscrição dos dois eventos, enquanto os de Tecnologia da Informação têm desconto no 1º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial. Em ambos casos é preciso apresentar comprovante. Mais informações no site dos Congressos (cbpcml.org.br), seção “Inscrição”. É possível visitar somente a Exposição do 49º Congresso da SBPC/ML, sem participar como congressista? D.M. Sim. Para isso é preciso inscrever-se no 49º Congresso da SBPC/ML na categoria “Visita à Exposição” e escolher entre as opções de visitante por dia ou adquirir o “pacote” para três dias, que oferece desconto. A Exposição estará aberta de 29 de setembro a 1º de outubro, das 10h às 19h. Mais informações no site do Congresso (cbpcml.org.br), seção “Inscrição”. | Revista Notícias-Medicina Laboratorial | 2015 - Edição 68 - Ano 6 49° Congresso Brasileiro de Patologia Clínica Medicina Laboratorial e 1° Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial Exposição Técnico-Científica I n teg ração p ara o di ag n óstico Fortaleza - CE Centro de Eventos do Ceará 29 de setembro a 2 www.cbpcml.org.br de outubro de 2015 Realização Revista Notícias-Medicina Laboratorial | 2015 - Edição 68 - Ano 6 | 23 | Revista Notícias-Medicina Laboratorial | 2015 - Edição 68 - Ano 6