Processos em Engenharia: Sistemas Térmicos Prof. Daniel Coutinho [email protected] Departamento de Automação e Sistemas – DAS Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC DAS 5101 - Aula 8 – p.1/53 Sumário • Introdução • Transferência de Calor: • Condução • Convecção • Radiação • Dispositivos para transmissão de calor DAS 5101 - Aula 8 – p.2/53 Introdução - I • Calor é a forma de energia na qual um sistema troca energia com o meio ambiente, ou com outro sistema, em virtude da diferença de temperatura. • Desta forma, a temperatura é a variável que permite medir a capacidade de um corpo transferir energia calórica. • Nas aulas introdutórias da disciplina, verificou-se que para produzir trabalho útil é geralmente necessário transformar uma forma de energia em outra forma que seja mais facilmente utilizável. • Um caso típico é a geração de energia elétrica a partir da queima de combustível (termelétrica). DAS 5101 - Aula 8 – p.3/53 Introdução - II • Por outro lado, em diversos processos, a própria energia térmica é utilizada para produzir trabalho útil. • Por exemplo, nos processos industriais onde reagentes devem ser aquecidos (resfriados) a uma certa temperatura para maximizar o rendimento de uma reação química. • Ressalta-se o papel da energia térmica nos processo de separação de líquidos, onde se aproveita da diferença de volatilidades dos componentes individuais (coluna de distilação). • A energia térmica é geralmente obtida a partir da queima de de fontes não-renováveis. DAS 5101 - Aula 8 – p.4/53 Transferência de Calor - I • Transferência de calor é a ciência que trata das velocidades de intercâmbio de calor entre corpos, quente e frio, chamados fonte e receptor. • Termodinâmica é a ciência que trata das transições e re-arranjos energéticos em corpos de interesse (como calor). DAS 5101 - Aula 8 – p.5/53 Transferência de Calor - II • Apesar das quantidades de calor envolvidas num processo de vaporização de uma certa massa líquida e no inverso, a condensação da mesma massa de vapor do mesmo líquido, em idênticas condições de pressão, é bem mais difícil e demorado que o de vaporização. • Em processos industriais projetados para viabilizar a troca térmica entre fonte e receptor, busca-se na ciência de transferência de calor obter as informações necessárias relativas às velocidades esperadas na troca de calor. • Existem três mecanismos básicos de transferência de calor: condução, convecção e radiação. DAS 5101 - Aula 8 – p.6/53 Condução - I • Condução • é a transferência de calor através de matéria fixa tal como a parede estacionária na figura DAS 5101 - Aula 8 – p.7/53 Condução - II • A taxa de transferência de calor por condução é expressa matematicamente pela equação de Laplace: ∂2T ∂2T ∂ 2T 1 ∂T + + 2 = 2 2 ∂x ∂y ∂z α ∂t onde α é a difusão térmica e x, y, z são as coordenadas no plano Cartesiano. • Em regime permanente a equação acima fica na forma: ∂ 2T ∂ 2T ∂ 2T + + 2 =0 2 2 ∂x ∂y ∂z DAS 5101 - Aula 8 – p.8/53 Condução - III • Para uma condução unidimensional (na coordenada x), a quantidade de fluxo de calor (por condução) é dada pela equação de Fourier: dT dQ = −kA dx onde k é a condutividade térmica, A é área normal em relação a xe −dT /dx é conhecido como gradiente térmico. • Integrando com relação a xleva a seguinte taxa de transferência de calor: A Q=− L Z T2 kdT T1 DAS 5101 - Aula 8 – p.9/53 Condução - IV • Em regime permanente, a temperatura é constante em relação ao tempo e não existe acumulo de energia. • Se a condutividade térmica é constante em relação a temperatura T , então a taxa de transferência de calor é dada por: A Q= T1 − T2 L DAS 5101 - Aula 8 – p.10/53 Convecção - I • Convecção é a transferência de calor entre porções relativamente quentes e frias de um fluido, por mistura. • A transferência de calor por convecção é caracterizada pela Lei de Newton de resfriamento dQ = hc Adt ⇒ Q = hA∆T onde hc é o coeficiente de transferência de calor (convecção). DAS 5101 - Aula 8 – p.11/53 Convecção - II • A convecção geralmente está associada com a transferência de calor entre uma massa de líquido sobre uma parede fixa. DAS 5101 - Aula 8 – p.12/53 Radiação • Radiação é a transferência de energia radiante de uma fonte a um receptor. • Quando radiação é transferida de uma fonte a um receptor parte da energia é absorvida pelo receptor e parte é refletida. • Com base na segunda lei da termodinâmica, a velocidade à qual uma fonte libera calor por radiação é dada por (Lei de Stefan-Boltzmann): 4 4 4 4 dQ = σε T1 − T2 dA ⇒ Q = σεA T1 − T2 onde σ = 5.66710−8 [W/m2 K 4 ] (constante de de Stefan-Boltzmann) e ε é a emissividade. DAS 5101 - Aula 8 – p.13/53 Transferência de Calor - III • A disciplina Processos de Transferência de Calor estuda as velocidades de troca de calor, tal como elas ocorrem nos equipamentos de transferência de calor. • Esta abordagem permite focalizar a importância da diferença de temperatura entre fonte e receptor, que é a força motora pela qual a transferência de calor é realizada. • Um problema típico dos processos de transferência de calor, relaciona-se: (i) as quantidades de calor a serem transferidas; (ii) as velocidades de transferência dessas quantidades de calor; (iii) o potencial necessário; e (iv) a área e a forma da superfície de separação entre fonte e receptor. DAS 5101 - Aula 8 – p.14/53 Exemplo: transferência de calor DAS 5101 - Aula 8 – p.15/53 Dispositivos para Transmissão de Calor - I • Existe uma grande variedade de dispositivos de transmissão de calor, desde o aquecedor elétrico de um chuveiro até as gigantescas caldeiras das centrais térmicas. • A seguir, apresentam-se brevemente alguns equipamentos utilizados na transmissão de calor na indústria de processos. • Fatores importantes na classificação desses equipamentos: a) a forma de transmissão do calor b) a função c) a tamanho d) a faixa de operação e) a fases (estados) presentes, etc. DAS 5101 - Aula 8 – p.16/53 Dispositivos para Transmissão de Calor - II • Classificação pela função do dispositivo: (i) Dispositivos de produção de vapor de água a elevada pressão e temperatura para efeitos de aquecimento em outros processos ou produção de força motriz: Caldeiras. (ii) Dispositivos de troca de calor sem mudança de fase: Trocadores de calor, que podem ser: líquido/líquido; líquido/gás e gás/gás. (iii) Dispositivos de troca de fase: Condensadores e Evaporadores (fundamentalmente usados para a concentração de soluções). (iv) Dispositivos de resfriamento (torres de resfriamento). DAS 5101 - Aula 8 – p.17/53 Caldeiras - I • Os dispositivos de produção de vapor são habitualmente denominados caldeiras. • As caldeiras operam em condições de elevadas temperaturas e pressões, portanto devem ser cuidadosamente projetadas para atender às especificações de funcionamento. • Durante a revolução industrial, onde as máquinas e meios de transporte (trens e embarcações) funcionavam impulsionadas por vapor produzido por caldeiras, o desenho das caldeiras era artesanal e empírico, e freqüentemente era motivo de acidentes graves. • Com o avanço da tecnologia, existiu uma grande evolução em relação as propriedades dos materiais e de sua resistência a esforços de pressão e temperatura. DAS 5101 - Aula 8 – p.18/53 Caldeiras - II • Classificações: a) uso: força ou aquecimento, b) estacionarias (fixas) ou móveis (caldeiras marinhas ou locomotivas); c) pressão de trabalho: baixa pressão (< 1 kg/cm2, para calefação) ou alta pressão (até 350 kg/cm2, para geração de força) d) materiais de que são construídas (aço, ferro fundido, etc.) e) tamanho f) conteúdo dos tubos: aquotubulares (quando a água circula pelos tubos) ou de ”tubos de fumaça” (quando é o ar quente que circula pelos tubos); g) sistema de aquecimento; h) sistema de circulação; DAS 5101 - Aula 8 – p.19/53 Vapor d’água - I • O objetivo da caldeira consiste na transformação de água em vapor, pela absorção de calor obtido (em geral) pela queima de combustível. • Quando o calor é fornecido a uma certa massa de água à pressão constante, observa-se o aumento da temperatura da água líquida até que se inicie o processo de vaporização. • A partir deste ponto, não é observada mudança de temperatura até que a vaporização se complete, quando, então, qualquer transferência de calor adicional implicará no superaquecimento do vapor. DAS 5101 - Aula 8 – p.20/53 Vapor d’água - II • Processo de vaporização da água na pressão atmosférica: • Trecho 0 – 1 (0o C e 100o C): tem-se a água no estado de líquido sub resfriado. O calor fornecido é denominado calor sensível, pois é utilizado somente no aquecimento da água. DAS 5101 - Aula 8 – p.21/53 Vapor d’água - III • No ponto 1, a água está na temperatura de saturação (100o C a 1 atm) – líquido saturado. • A quantidade de calor necessária à vaporização total da água se denomina calor latente de vaporização. Na pressão de 1 atm, 1 kg de água requer 539 kcal para se transformar em vapor. • Trecho 1 – 2: a água está parcialmente vaporizada, ou seja, trata-se de uma mistura de líquido + vapor saturados. • No ponto 2, toda a água se transformou em vapor, constituindo o vapor saturado seco, ou seja, sem a presença de gotículas de líquido. DAS 5101 - Aula 8 – p.22/53 Vapor d’água - IV • Acima do ponto 2, o calor adicional fornecido é usado no aumento da temperatura (calor sensível), constituindo o vapor superaquecido. • A diferença entre a temperatura do vapor e a temperatura de saturação (ou vaporização), na mesma pressão, é denominada de grau de superaquecimento (GSA) do vapor. • Quando a água começa a vaporizar, o volume aumenta muito devido à formação do vapor d’água. DAS 5101 - Aula 8 – p.23/53 Vapor d’água - V • Evolução do volume da água à medida que a temperatura é aumentada, partindo do estado sólido (ponto A): DAS 5101 - Aula 8 – p.24/53 Vapor d’água - VI • Pressão e Temperatura de Saturação: • Vaporização em pressões mais elevadas • A pressão na qual a água se vaporiza é denominada pressão de saturação, enquanto que a temperatura de vaporização é chamada de temperatura de saturação. DAS 5101 - Aula 8 – p.25/53 Caldeiras - III • Classificação de caldeiras quanto a pressão de operação: 1. Baixa pressão (6 a 16 kgf/cm2 ) 2. Média pressão (22 a 39 kgf/cm2 ) 3. Alta pressão (60 kgf/cm2 ) • Classificação quanto a montagem: 1. Compactas (é embarcada pelo fornecedor completamente montada com: queimadores, ventiladores, controles e acessórios). 2. Montadas parcialmente no local 3. Montadas totalmente no local DAS 5101 - Aula 8 – p.26/53 Caldeiras Compactas - I • A fonte primaria de energia era carvão ou madeira, queimando na parte inferior do equipamento, para produzir calor que, por mecanismos de radiação (principalmente na região da queima) e convecção, era transmitido à água que seria evaporada. DAS 5101 - Aula 8 – p.27/53 Caldeiras Compactas - II • Caldeiras verticais: tubos de fumaça DAS 5101 - Aula 8 – p.28/53 Caldeiras Flamotubulares - I • Estas caldeiras caracterizam-se pela passagem dos gases quentes por dentro de tubos, geralmente em três passes antes de saírem para a chaminé. • Todo este conjunto de tubos, por onde passam os gases está imerso na água a ser vaporizada. • São empregadas para baixas pressões (até 10 kg/cm2 ), baixas capacidades (até 15 t/ h) e onde possa ser utilizado vapor saturado (título normal 80/90 % ). • São os equipamentos mais baratos, compactos e que requerem menos cuidados de operação e manutenção. DAS 5101 - Aula 8 – p.29/53 Caldeiras Flamotubulares - II • Exemplos e formas construtivas: DAS 5101 - Aula 8 – p.30/53 Caldeiras Flamotubulares - III • Exemplos de uma caldeira completa: DAS 5101 - Aula 8 – p.31/53 Caldeiras Aquotubulares - I • Estas caldeiras caracterizam-se pela combustão em uma câmara denominada fornalha, enquanto a água a ser vaporizada circula no interior de tubos que cobrem as paredes da fornalha. • Nos modernos projetos industriais, são usados, quase completamente, caldeiras tipo tubo de água, dando ensejo, a que se produzam grandes quantidades de vapor e elevadas pressões e temperaturas. • A produção de vapor, nestes tipos de caldeiras atinge até 750 toneladas vapor/hora com pressões que já ultrapassam 200 kg/cm2 . DAS 5101 - Aula 8 – p.32/53 Caldeiras Aquotubulares - II • Essas caldeiras operam a partir do princípio natural de circulação d’água. DAS 5101 - Aula 8 – p.33/53 Caldeiras Aquotubulares - III • Estruturas construtivas: a) longitudinal b) cruzado c) tubo de Bent DAS 5101 - Aula 8 – p.34/53 Trocadores de Calor - I • Trocadores de calor são equipamentos onde fonte e receptor participam do processo de transferência de calor através de uma superfície de separação, sem que haja mudança de estado de nenhum deles. • Eles podem ser classificados baseados em: a) confinamento, ou não, de ambos os fluídos intervenientes; b) circulação por convecção natural ou forçada para àqueles em que um dos fluidos não é confinado; c) circulação em correntes paralelas, cruzadas, em contracorrente, ou, ainda, combinações destas para dispositivos de mais de uma passada, quando ambos os fluídos são confinados; d) forma e dimensão dos tubos nos trocadores de calor de carcassa (camisa) e tubos; e) número de passadas dos fluídos de camisa e tubos (número de vezes que cada um dos fluídos percorre o comprimento do trocador; f) tipo de fluídos envolvidos (não-corrosivos, corrosivos,...), etc. DAS 5101 - Aula 8 – p.35/53 Trocadores de Calor - II • Trocador de camisa e tubos, em contracorrente, de uma passada nos tubos e uma na camisa, com ”baffles” para favorecer a troca térmica, com junta de expansão toroidal e cabeçotes flutuantes para acomodar diferenças nos coeficientes de dilatação térmica dos distintos materiais componentes do equipamento. DAS 5101 - Aula 8 – p.36/53 Trocadores de Calor - III • Arranjos de fluxo: a) Paralelo: os dois fluídos entram no trocador no mesmo ponto e circulam em paralelo. b) Contra-corrente: os fluídos trafegam em fluxos perpendiculares. DAS 5101 - Aula 8 – p.37/53 Trocadores de Calor - IV • Trocador tubular: consiste de uma série de tubos. Um conjunto desses tubos contém o líquido a ser aquecido (ou resfriado). O segundo conjunto de tubos contém o líquido que circula através do primeiro conjunto de tubos. DAS 5101 - Aula 8 – p.38/53 Trocadores de Calor - V • Exemplos de tubos utilizados em trocadores tubulares: DAS 5101 - Aula 8 – p.39/53 Trocadores de Calor - VI • Trocador do tipo placa: consiste de múltiplas (finas e ligeiramente separadas) placas que possuem um grande área por onde passam os líquidos para transferência de calor. DAS 5101 - Aula 8 – p.40/53 Condensadores e Evaporadores - I • São trocadores de calor modificados para lidar com o fato de haver mudança de fase nos fluídos intervenientes. • Ressalta-se que diferenças importantes de desenho são introduzidas nos evaporadores onde o efeito desejado é o de concentrar soluções. • Nestes casos os desenhos prestam especial atenção à necessária separação dos vapores da solução concentrada resultante. • Na próxima figura, apresenta-se um refervedor de tipo marmita, normalmente associado às colunas de destilação. DAS 5101 - Aula 8 – p.41/53 Condensadores e Evaporadores - II • Objetivo: evaporar a mistura líquida a ser separada. Para tal, usa-se vapor de água produzido por uma caldeira ingressando no dispositivo pela entrada superior a esquerda, circulando pelos tubos em duas passadas e saindo, condensado, pela parte inferior esquerda. • A alimentação da mistura a ser evaporada ingressa pela entrada inferior ao centro, sendo que o vapor produzido sai pela parte superior e o liquido em excesso sai pela parte inferior direita. DAS 5101 - Aula 8 – p.42/53 Condensadores e Evaporadores - III • Exemplo 2: evaporadores cuja missão é a de concentrar soluções evaporando o dissolvente. Observar que a fonte de calor em ambos os casos é vapor de água, circulando por fora dos tubos e cedendo calor latente até condensar completamente, enquanto a solução a ser concentrada ferve dentro dos tubos. DAS 5101 - Aula 8 – p.43/53 Torres de resfriamento - I • Quando um dado fluído, geralmente água de resfriamento (foi usada para resfriar e aqueceu), deve ser restituído à natureza, é aconselhável, por motivos ecológicos, que sua temperatura seja próxima da do sistema receptor. • Para tal, utilizam-se torres de resfriamento onde o fluido pulverizado em fina chuva é esfriado por contato com corrente de ar ascendente (convecção devida ao gradiente térmico) a grande velocidade. • Defletores são utilizados nas torres de resfriamento para orientar a corrente de ar ascendente e para reduzir ainda mais o tamanho das gotas de água descendente. DAS 5101 - Aula 8 – p.44/53 Torres de resfriamento - II • Torre de resfriamento e detalhe dos defletores DAS 5101 - Aula 8 – p.45/53 Medição de temperatura - I • A temperatura é uma grandeza fundamental em processos térmicos. • Existem vários métodos e instrumentos disponíveis para medição de temperatura. • Os mais importantes são aqueles capacitados para a transmissão remota sem perda apreciável no transporte e, consequentemente com maior exatidão. 1. termopares 2. termômetros de resistência 3. termístores DAS 5101 - Aula 8 – p.46/53 Medição de temperatura - II • Referências de temperatura mais utilizadas: • 0o C – ponto de fusão da d’água • 100o C – ponto de ebulição d’água • −273, 16o C – zero absoluto • Elementos primários de medição: DAS 5101 - Aula 8 – p.47/53 Termopares - I • O termopar é o elemento primário mais utilizado na medição de temperatura em ambientes industriais. DAS 5101 - Aula 8 – p.48/53 Termopares - II • Existem várias junções metálicas para termopares: DAS 5101 - Aula 8 – p.49/53 Termopares - III • Para uso em meio agressivo termopares e outros dispositivos de medição são condicionados em ”jaquetas” de material resistente que os protegem (entretanto, isto degrada a medição pela introdução de um material intermediário). DAS 5101 - Aula 8 – p.50/53 Termoresistor - I • O principio de medição repousa no fato que a resistência elétrica de um fio de metal puro varia proporcionalmente com a temperatura. • Exemplo: fio de platina R(T2 ) = R(T1 ) 1 + A(T2 − T1 ) + B(T2 − T1 ) 2 ∼ = R(T1 ) [1 + A(T2 − T1 )] onde A (no caso do fio de platina, 0, 392 × 10−2 ) e B (0, 588 × 10−6 ) são coeficientes que dependem do material, T1 é uma temperatura conhecida e T2 é a temperatura que se deseja medir. DAS 5101 - Aula 8 – p.51/53 Termoresistor - II • Forma de utilização: i = v/R, para v = cte, tem-se que ∆R ⇒ ∆i. • Vantagens: • alta precisão • boa sensibilidade • não necessita de junta de compensação fria. DAS 5101 - Aula 8 – p.52/53 Termístores • Termı́stores são óxidos metálicos (cobalto, níquel, manganês), semicondutores, cuja resistência diminui quando a temperatura aumenta. • Os termístores também são chamados de ”Negative Temperature Coefficient” ou NTC. • Relação matemática R(T2 ) = R(T1 ) 1 + A(∆T )(T2 − T1 ) sendo A(∆T ) é não linear (exponencial). • Principais características: tamanho pequeno (resposta rápida), alto coeficiente de temperatura, maior sensibilidade para quedas de temperatura, não necessita de correção de junção, baixo custo, não linear, pouca estabilidade para temperaturas elevadas. DAS 5101 - Aula 8 – p.53/53