Discentes: Ana Cristina Biondo Salomão Emeli Borges Pereira Luz Abordagens mais tradicionais não consideravam aspectos linguísticos e culturais fora da sala de aula. As diferenças dos aprendizes eram conceituadas como deficiências individuais. A perspectiva sociocultural apresenta a ligação entre os mundos socioculturais e a aprendizagem. Direcionamento para duas linhas de pesquisa na Linguística Aplicada. Comparar as práticas socioculturais particulares em que os aprendizes se encontram dentro e fora da escola. Análises descritivo-comparativas Aprendizes que não eram considerados falantes padrões da língua inglesa. Aprendizes que se encontravam em instituições escolares convencionais. Investigação – duas comunidades rurais (uma de brancos e outra de negros) x uma comunidade urbana de classe média (brancos e negros) Crianças cujas atividades de casa refletem as práticas dominantes da escola têm maior probabilidade de terem mais sucesso já que eles simplesmente necessitam estender o que eles aprenderam na escola e não necessitam adicionar repertórios de práticas de aprendizagem. Descrever as características regulares de línguas e dialetos de grupos e comunidades particulares com o propósito geral de gerar discussões em diversidade linguística. Tais estudos objetivam contestar a visão de variação linguística como uma versão deficiente ou incompleta da variedade padrão. Compatibilidade sociocultural entre a vida dos estudantes em casa e na escola para promover sucesso acadêmico. Apesar de focarem aspectos diferentes, ambas as abordagens são baseadas em duas premissas. Desenvolver programas instrucionais específicos para grupos culturais particulares. Kamehameha Early Education Program (KEEP) Desenvolver práticas instrucionais e técnicas de gerenciamento de sala de aula que fossem compatíveis com as atividades domésticas das crianças Havaianas. Estudos mostraram que adaptando as práticas instrucionais às práticas domésticas de socialização das crianças, ajudavam no aumento do desempenho acadêmico das mesmas. Essa abordagem combina os insights de Vygotsky sobre aprendizado com métodos etnográficos para a condução de pesquisas no mundo sociocultural dos aprendizes fora de sala de aula. Essa abordagem busca reprojetar o currículo e o ensino para que eles sejam mais significativos para os estudantes. Professores devem estar engajados no processo de transformação. Exemplo: família mexicana que trazia doces para vender de suas viagens. As pesquisas ajudaram os professores a redefinirem seu entendimento da noção de cultura afastando-os da perspectiva tradicional de cultura. Como também ajudou os professores a entender o valor dos contextos familiares dos estudantes considerados nãoconvencionais. Procura adicionar um componente linguístico a programas existentes. Seu propósito é levantar a conscientização de indivíduos na natureza social da língua. Este estudo ajuda os aprendizes a entenderem as capacidades comunicativas não somente de suas próprias variedades, mas também de outros. Dialect Education Vários livros e cursos em conscientização linguística têm sido desenvolvidos para programas de preparação de professores. As práticas pedagógicas atuais procuram mudar as escolas para que elas reflitam mais adequadamente e desenvolvam a diversidade linguística e cultural dos mundos dos aprendizes. Desafios Conceituação dos mundos dos aprendizes Representação – as comunidades estão formadas de vários grupos A mudança nas escolas se torna mais complicada considerando o aumento da diversidade dos grupos e comunidades. Provindas da abordagem de Hymes da etnografia da comunicação para descrever características típicas de ambientes particulares de sala de aula, esses estudos procuram responder a questões como: Como as comunidades de sala de aula aparentam? Quais os eventos e atividades típicos das comunidades? Quais as normas e padrões convencionais de participação? Quem são os participantes e que papéis eles interpretam? O objetivo das pesquisas iniciais era de descobrir suposições culturais particulares incorporadas nas rotinas e atividades de salas de aula para que possamos entender mais completamente os mundos culturais dos aprendizes. Canagarajah (1993) investigou as atitudes dos estudantes em relação ao aprendizado do Inglês em uma aula de nível universitário no Siri Lanka. Nas salas de aula, aprendizes e professores criam juntos comunidades baseadas em objetivos, recursos e padrões em comum, participando como membros legítimos dessas comunidades. Eles assumem identidades e papéis particulares e desenvolvem entendimento do que constitui a essência do que é aprendido e também do próprio processo de aprendizagem. Esses entendimentos ajudam no desenvolvimento dos alunos como aprendizes e usuários da língua. Este capítulo trata de pesquisas relacionadas a comunidades nas salas de aula, limitadas a dois tipos de sala de aula: salas de aulas de línguas (primeira, segunda ou estrangeira) salas de aulas convencionais formadas de aprendizes culturalmente e linguisticamente diversos. Ele concluiu que o total entendimento do que acontece dentro de sala de aula deve também se basear no entendimento das forças sociopolíticas com que os estudantes devem enfrentar fora da escola. Descobertas deste e de outros estudos etnográficos têm ajudado no entendimento da natureza das salas de aula como comunidades socioculturais legítimas. Pesquisas relacionadas à como os mundos das salas de aula são construídos através da linguagem. THE IRE Pesquisas focaram no descobrimento de padrões de discurso considerados típicos de sala de aula. Pesquisadores descreveram o que consideraram ser a unidade básica do discurso de sala de aula. I – Iniciativa do professor R – resposta do aluno E – Avaliação da resposta do aluno pelo professor (Evaluation) O professor, no papel de expert, obtém informação individual do aprendiz com intuito de averiguar se os alunos sabem o material. É esperado que o estudante forneça uma resposta “correta”. O professor avalia a resposta do estudante com frases com “Bom”, “Está correto”, “Não, não está correto”. Cazden (1988) revelou que o uso do IRE mais facilita o controle da interação pelo professor do que o aprendizado do conteúdo da lição pelo aluno. Barnes (1991) concluiu que o uso frequente de IRE não favorecia modos complexos de comunicação entre os professores e aprendizes. Gutierrez (1994) e Hall (1995) chegaram à mesma conclusão. THE IRF Wells (1993) conduziu uma analise extensiva das interações de sala de aula onde a participação dos alunos era comum com intuito de entender mais completamente as conexões entre padrões particulares da sala de aula e o aprendizado. Diferentemente do IRE os professores ao avaliarem pediam aos alunos para elaborarem ou clarificarem suas respostas e as tratavam como contribuições valiosas na discussão. Ele concluiu que o que limitava a oportunidade de aprendizado dos estudantes era a maneira com que o professor avaliava e considerava as respostas dos aprendizes. F = Follow up (Sequencia, continuação) Outros estudos (NYSTRAND ET AL, 1997; NASSAJI E WELLS, 2000, dentre outros) mostraram que ao dar sequencia o professor convidava os alunos a continuarem sua exposição ou melhorarem suas repostas, abrindo portas para futuras discussões e oportunidades de aprendizado. Se o que fazemos na sala de aula está intimamente ligado ao desenvolvimento dos aprendizes, então o que precisamos fazer é criar comunidades de aprendizes de sala de aula efetivas. Através da interação, professores e aprendizes trabalham juntos abordando assuntos, preocupações e problemas que são particularmente importantes para sua comunidade. O papel do professor é de fornecer oportunidades para os aprendizes de se apropriarem de conhecimentos comunicativos e culturais. Comunidades de Prática são unidades de atividade sociais que consistem em indivíduos que compartilham uma identidade comum e compartilham seus propósitos. Os novatos se apropriam de um comportamento particular, crenças e modos de orientação com o mundo e entre o grupo através da participação com membros mais experientes. Lave e Wenger (1991) chamam de Participação periférica legítima Nas salas de aula os professores e alunos trabalham juntos como mentores e aprendizes em comunidades de aprendizes, com o objetivo em comum de mover os aprendizes da participação limitada de novatos para a participação completa de um expert. Uma comunidade de aprendizes é baseada nos seguintes princípios: Língua é uma ferramenta primária para o aprendizado; Através de atividades em conjunto os aprendizes são socializados nas praticas das suas comunidades; O aprendizado requer assumir papéis e identidades sucessivamente mais complexos; Os aprendizes compartilham responsabilidade pelo aprendizado; O professor representa um papel essencial; O afetivo é integrado com o cognitivo; Conhecimento e a construção de habilidades são intrinsecamente ligadas a atividades instrucionais da comunidade. Em tais comunidades de aprendizes, a investigação é vista como o principio fundamental que o currículo e a ensino são organizados (WELLS, 1999) Nas comunidades de investigação as atividades de sala de aula são organizadas em torno de estudos explanatórios de questões ou tópicos que são gerados de experiências reais dos membros dos grupos e consequentemente são de genuíno interesse do grupo. A sala de aula é uma comunidade colaborativa; Trabalhos em direção a objetivos compartilhados Atividades significativas; Atividades situadas no lugar e no tempo; Currículo como um meio e não um fim. Os resultados da atividade não podem ser completamente conhecidos ou prescritos com antecedência; Atividades devem dar abertura à diversidade e originalidade; As comunidades de investigação são formadas por valores e expectativas institucionais e sociais, como também por condições materiais incluindo a disponibilidade de recursos. Esta abordagem é melhor vista como uma estratégia instrucional particular para fomentar cooperação entre aprendizes para alcançarem objetivos compartilhados em ambientes de aprendizagem. O objetivo principal é desenvolver oportunidades de aprendizagem que são baseadas na cooperação e respeito mútuo. Grupos pequenos e heterogêneos; Interdependência positiva; Cada membro do grupo é necessário com sua contribuição única Responsabilidade individual e grupal; Interação facilitadora entre os membros do grupo; Habilidades de grupo interpessoais e pequenas. Uma vez que tivermos um entendimento maior do que estamos fazendo nas comunidades de sala de aula e das condições que influenciam o que fazemos, poderemos tomar decisões informadas sobre como podemos projetas comunidades que formarão o desenvolvimento dos aprendizes de maneiras que são consideradas apropriadas às suas necessidades sociais, culturais, comunicativas e outras. Examinar a questão de uma perspectiva sociocultural Descrever algumas abordagens pedagógicas para o ensino de língua e cultura Primeira tentativa de linguistas aplicados para definir conteúdo em aulas de línguas sob perspectiva sociocultural foi de Canale e Swain (1980). Origem do conceito “competência comunicativa” Chomsky Hymes Competência lingüística Conhecimento do sistema da língua / gramática universal (capacidade inata de processar e gerar enunciados) Competência comunicativa Há regras de uso sem as quais as regras da gramática seriam inúteis. Para ele, Chomsky desconsidera fatores socioculturais Systemic potential - se algo é formalmente possível (em Chomsky chamado de gramaticalidade) Feasibility - se há viabilidade - (relacionado à performance e à aceitabilidade) Appropriateness - se é apropriado ao contexto (aceitabilidade – julgamentos acerca de adequação exigem um conhecimento tácito) Occurence - se é de uso aceito (uma sentença pode ser possível, viável, adequada, mas não ocorrer) Canale e Swain (1980); Canale (1982) ◦ Competência gramatical - conhecimento do código lingüístico ◦ Competência sociolinguística - conhecimento das regras sociais que norteiam o uso da língua ◦ Competência estratégica - estratégias de comunicação compensatórias ◦ Competência discursiva - existência de coesão e coerência In: E. Alcón Soler and M.P. Safont Jordà (eds.). Intercultural Language Use and Language Learning, 1–6. Springer Science+Business Media B.V. 2008 Modelo de Byram (1997) operacionaliza estudo de tal competência, que antes ficava, aparentemente, embutida na competência sociolingüística. ◦ conhecimentos (savoirs) ◦ saber aprender (savoir apprendre) ◦ saber fazer (savoir faire) ◦ saber ser (savoir être) Conceitos de competência comunicativa e competência intercultural proveram esquemas úteis que levam em consideração o conhecimento e habilidades presentes em atividades comunicativas. Porém, ainda há uma pergunta sem resposta: Espera-se que os alunos aprendam os conhecimentos e habilidades de quem? Que variante enfocar? ◦ Para aprendizes de inglês, p. ex.: Dos EUA? Da Austrália? Da Inglaterra? Da Índia? ◦ Para aprendizes de espanhol, p. ex.: Da Espanha? Do México? Da República Dominicana? Quem são os aprendizes? ◦ Adultos? Adolescentes? ◦ Qual nível econômico-social? ◦ Em que instituição social se dará a aprendizagem? (família, escola, trabalho) Learners cannot be rehearsed in patterns of appropriate cultural behavior, and of course they will not be prepared in every particular to cope with all the niceties of communication, but the crucial requirement is that they should have basic capacity which enables them to learn how to cope when occasion arises. The extent to which they subsequently fine-tune their behavior to conform to particular norms for appropriate use will depend on a number of circumstancial and attitudinal factors which simply cannot be antecipated and accounted for in the classroom context. Pedagogia participatória ◦ Abordagem centrada no aluno, que usa o mundo dos aprendizes como base para planejamento de currículo e atividades instrucionais Projeto dos multiletramentos ◦ Combina foco centrado no aluno com foco centrado no conhecimento Baseada nas ideias de Paulo Freire (1972, 1973) ◦ Educação bancária ◦ Questões sociais, culturais, políticas e históricas são mantidas invisíveis, o status quo é mantido. E aprendizes continuam a pensar que não têm poder, e são incapazes de fazer uma diferença em seu mundo Educação emancipatória Deve levar aprendizes a desenvolverem suas próprias vozes em resposta às suas condições locais e circunstâncias, e transformarem suas vidas de maneira significativa Considera a aprendizagem como sendo socialmente situada e um processo colaborativo de transformação Professores e alunos: constroem uma base comum de conhecimento, esquemas de entendimento, um sistema comum de significados, valores e crenças para crescimento mútuo Papel do professor é criar ambiente seguro para que aprendizes se sintam à vontade para que levantem questionamentos e considerem alternativas 2 características: ◦ Currículo não é pré-determinado baseado em conteúdo, mas sim organizado ao redor de experiências, necessidades e preocupações dos próprios indivíduos ◦ Foco na ação informada é o objetivo central da aprendizagem. A língua é meio de participação na sociedade Problem-posing approach Comunidade de imigrantes adultos Experiências vividas por eles são temas das aulas Uso de figuras, histórias em quadrinho, contos, canções, entre outros Questões abertas para discussão Habilidades linguísticas a partir dessas conversações e ações identificadas Ferramenta para implementar mudança real em suas experiências de vida Classroom-based social research Comunidade de imigrantes adultos Aprendizes usam métodos etnográficos (entrevistas, tabelas de observação, diários) e auxílio do professor para examinar suas oportunidades de interação na língua alvo em contextos distintos e no vários papéis que assumem como membros de suas comunidades Descrevem e refletem criticamente sobre suas experiências Adultos imigrantes Crianças (Heath e Mangiola, 1991) – empoderá-los para terem sucesso como estudantes Dois grandes desafios ◦ Crescente diversidade linguística e cultural nas comunidades ao redor do mundo ◦ Proliferação de meios de comunicação (multimodal) dentro e entre comunidades Noção padrão de letramento já não é mais adequada 4 esferas inter-relacionadas: ◦ Não são hierárquicas ◦ Podem ocorrer simultaneamente ou não Prática situada Instrução aberta Prática transformada Esquema crítico Dar oportunidades aos aprendizes de participar de atividades comunicativas Aperfeiçoamento das habilidades e conhecimento é parcialmente dependente do envolvimento do aprendiz na própria atividade em que ele quer se tornar competente desde o início da instrução Papel do professor é criar ambiente seguro e modelar a ação linguística necessária para a participação nas atividades, guiar os aprendizes a reconhecer e entender estas ações e assisti-los a usar as ferramentas da atividade para realizarem as ações por si próprios Prática situada Prover oportunidades para que os aprendizes enfoquem, pratiquem e finalmente se apropriem das várias convenções linguísticas e outras também relevantes para se engajarem de maneira competente em suas atividades comunicativas. Por ex.: escrever uma história, pedir ajuda, entre outros Auxiliar aprendizes a desenvolver metalinguagem para descrever as conexões contextuais entre a função e forma comunicativa Instrução aberta Auxiliar os aprendizes a se afastarem de suas atividades e identificarem as diversas e múltiplas perspectivas envolvidas nelas, com o objetivo de entenderem seus contextos histórico, social, cultural, político e ideológico Tal análise pode ajudá-los a discernir as maneiras convencionais como os recursos linguísticos são usados, como esses usos estão sujeitos a forças políticas e sociohistóricas que restringem os significados e acessos aos recursos, e como os indivíduos usam os recursos para seus próprios fins sociais e políticos, dando a eles capacidade de fazer escolhas informadas sobre sua própria participação Esquema crítico Prática transformada Prover oportunidade aos aprendizes para tomarem a frente de sua própria aprendizagem e usar o que sabem pra traçar rotas alternativas de ação epara alcançar objetivos pessoais e sociais Professores devem desenvolvem meios pelos quais aprendizes possam demonstrar como vão planejar e colocar em prática, de maneira reflexiva, novas práticas inseridas em seus próprios objetivos e valores, criando novos contextos e novos modos para se expressarem e conectar-se com os outros Aprendiz deve desenvolver a habilidade de ver a partir de múltiplas perspectivas, a ser flexível em seu pensamento, a conduzir sua própria aprendizagem, a resolver problemas de forma criativa, e, finalmente, a desenvolver novos meios de se tornar envolvido em seu próprio mundo Necessitamos de estudos longitudinais Hoje em dia, professores são chamados a usar as tecnologias ligadas ao computador para ensinar línguas estrangeiras Computadores oferecem acesso imediato ao uso que o falante nativo faz da língua em situações reais, possibilitando o desenvolvimento da competência sociocultural dos aprendizes mais prontamente do que as páginas de um livro ou as paredes de uma sala de aula O que significa “língua e cultura” em forma digital? Como podemos ensinar esta combinação de língua-na-cultura e cultura-na-língua? Claire Kramsch Visão de língua dos produtores de materiais em vídeo é a mesma dos escritores de livros didáticos Língua = um conjunto de estruturas linguísticas (vocabulário, formas gramaticais) Língua serve para explicar a cultura = visão de que língua é livre de valores, crenças e várias visões de mundo Língua = sistema de signos entre muitos outros usados pelas pessoas para fazer sentido de seu ambiente Quando aprendiz viaja para outro país, signos estão lá para serem reconhecidos e decodificados Vídeo ou programa multimídia, signos são filtrados pelo cineasta O que os aprendizes precisam entender quando aprendem o sistema linguístico através de vídeos “autênticos” is a maneira que a língua interage com outros sistemas de signos, incluindo aqueles do meio que os representa Uso de multimídia transforma a tarefa de ensinar o sistema formal em uma atividade social que reflete e reproduz o estoque de valores e crenças de uma comunidade de fala (prática comunicativa) Ensino de língua como semiótica cultural William Hanks – trabalho antropológico de campo Yucatan ◦ Yuum: kul á?an wá dón chàabo? ◦ Is Don Chabo seated? Margot, the wife of Don Chabo's eldest son and thus the senior resident woman in the household, answered: ◦ Margot: ushén tol o?, taán uy uk' ul. sheén to ich nah o? ◦ Go over there. He's drinking. Go over there inside. (Hanks, 1996, p. 157) Entender o horizonte cultural O problema de aprender uma língua em um contexto vivo é que o contexto em si não pode ser aprendido, ele só pode ser experienciado Para ser aprendido, o contexto deve se transformar em texto analisável Dialética do texto e do contexto ◦ Exemplo = Ucuchi: Quechua live and in color A interpretação em si é apenas uma peça de um complexo quebra-cabeça que deve ser decifrado na postura, palavras, tom, atitudes e silêncio dos participantes Tentativa de interpretar a representação textual do contexto na tela Multimídia = necessidade de manter o texto e o contexto em constante tensão Universo dos textos falados, escritos, visuais e impressos não é autoexplicativo. O papel da educação é fazer tal mediação visível (por ex., entre os sentidos atribuídos pelos participantes e os sentidos dados pelo analista/professor/aluno) Parte de nossa profissão aprofundar nosso entendimento da relação entre o texto e o contexto quando ensinamos uma língua como prática comunicativa