SÍFILIS
Diagnóstico, Tratamento e
Controle
Sífilis
Doença infecto-contagiosa
 Agente etiológico: treponemma pallidum

Doença crônica
 Problema de saúde pública até hoje

Sífilis - Etiopatogenia

A penetração do treponema é realizada
por abrasões decorrentes da relação
sexual

Atinge o sistema linfático regional

Por disseminação hematogênica, atinge
outras partes do corpo
Sífilis - Transmissão
Transmitida por via sexual (adquirida)
 Vertical (congênita)
 Contato com lesões contagiantes
 Via indireta
 Transfusão sanguínea

Sífilis Primária
Lesão específica é o cancro duro
 Surge no local da inoculação em média três semanas após
infecção
 Em geral o cancro é único e indolor, praticamente sem
manifestações inflamatórias perilesionais
 Após uma ou duas semanas aparece uma reação
ganglionar regional múltipla e bilateral, não supurativa, de
nódulos duros e indolores
 Localizações extragenitais mais comuns são a região anal,
boca, língua, mamária e quirodáctilos
 O cancro regride espontaneamente em período de 4 a 5
semanas sem deixar cicatriz

Sífilis Secundária
Após período de latência que pode durar de 6 a 8 semanas,
a doença entrará novamente em atividade
 Afetará a pele e órgãos internos. Na pele ocorrem surtos
 Acometimento das regiões palmares e plantares é bem
característico
 Nos negros, as lesões faciais fazem configurações anulares
 Na região inguinocrural, as pápulas podem tornar-se
vegetantes e maceradas, sendo ricas em treponemas e
altamente contagiosas (condiloma plano)
 Na mucosa oral, lesões vegetantes de cor esbranquiçadas
sobre base erosada constituem as placas mucosas, também
contagiosas
 Alopecia difusa pode ocorrer

Sífilis Secundária






O secundarismo é acompanhado de poliadenomegalia
generalizada
Mal-estar, astenia, anorexia, febre baixa, cefaléia,
meningismo, artralgias, mialgias, periostite, faringite,
rouquidão, hepatoesplenomegalia, síndrome nefrótica,
glomerulonefrite, neurite do auditivo, iridociclite
Lesões pápulo-pustulosas que evoluem rapidamente para
necrose e ulceração
Variante descrita como sífilis maligna precoce
Evolução natural da sífilis mostraram que um terço dos
pacientes obtém a cura clínica e sorológica, outro terço
evoluirá sem sintomatologia, mas mantendo as provas
sorológicas não treponêmicas positivas
Num último grupo, a doença voltaria a se manifestar (sífilis
terciária)
Sífilis Terciária
Lesões localizadas envolvendo pele e
mucosas, sistema cardiovascular e
nervoso
 A característica das lesões é a formação
de granulomas destrutivos (gomas) e
ausência quase total de treponemas

Sífilis Cardiovascular

O acometimento mais comum é aortite
(70%)
Neurossífilis
Invasão das meninges pelo treponema é precoce,
de 12 a 18 meses após a infecção, mas desaparece
em 70% dos casos sem tratamento
 Quando a infecção persiste estabelece-se o quadro
de neurossífilis, que pode ser assintomática ou
sintomática
 Neurossífilis parenquimatosa pode apresentar-se
como uma paralisia geral progressiva ou progredir
para tabes dorsalis
 Quadro de neurossífilis gomosa com sintomatologia
localizada e semelhante à dos tumores cerebrais ou
medulares

Sífilis Congênita






A taxa de transmissão é de 70-100% nas fases primárias e
secundária, 40% na fase latente recente e 10% na latente tardia
Pode ocasionar abortamento, óbito fetal e morte neonatal em 40%
dos conceptos infectados ou o nascimento de crianças com sífilis
Manifestação antes de 2 anos de vida é sífilis congênita precoce e
após 2 anos de vida, de sífilis congênita tardia
Lesões cutâneo-mucosas da sífilis congênita precoce podem estar
presentes desde o nascimento
Nos outros órgãos observa-se hepatoesplenomegalia,
linfadenopatia, osteocondrite, periostite ou osteíte, anemia,
hidropsia fetal
Na sífilis congêncita tardia as lesões são irreversíveis: fronte
olímpica, palato em ogiva, rágades periorais, tíbia em sabre, dentes
de Hutchison e molares em forma de amora. E ainda, ceratite,
surdez e retardo mental
Diagnóstico Laboratorial

Provas sorológicas
– Testes não treponêmicos são úteis para triagem em grupos
populacionais e monitorização do tratamento enquanto os
treponêmicos são utilizados para confirmação do diagnóstico
– A prova de VDRL positiva entre 5 e 6 semanas após infecção e
entre 2 a 3 semanas após o surgimento do cancro
– A reação não é específica podendo estar positiva em outras
treponematoses (malária, gravidez, mononucleose infecciosa,
virose, tuberculose e outras)
– Hanseníase virchowiana e doenças auto-imunes, como lúpus
– Títulos, em geral, são altos nas treponematoses (acima de 1/16)
Testes Rápidos Treponêmicos
De grande importância no auxílio do diagnóstico devido
à leitura imediata, foram desenvolvidos a partir dos
testes de aglutinação
 O teste imunocromatográfico promove a detecção visual
e qualitativa de anticorpos (IgG, IgM e IgA) contra um
antígeno recombinado do T. palludum em sangue total,
soro e plasma humano

Exame do Líquor
O VDRL é a prova recomenda para o exame do
líquor
 O VDRL no líquor tem baixa sensibilidade e alta
especificidade

Exames – Sífilis Congênita

FTA-ABS-IgM, já que a molécula de IgM não
ultrapassa a barreira placentária, sendo
diagnóstica quando positiva

Em relação ao diagnóstico de sífilis congênita é
feita quando o resultado do recém-nato são
iguais a 4 ou mais vezes o título materno
Esquema do Tratamento da Sífilis

Sífilis recente: sífilis primária
– Penicilina benzatina 2.400.000 UI, IM, dose única

Sífilis recente: sífilis secundária ou latente recente
(com menos de 1 ano)
– Penicilina benzatina 4.800.000 UI, IM, em 2 doses
semanais de 2.400.000 UI

Sífilis tardia: sífilis terciária, sífilis latente tardia
(com mais de um ano) e sífilis latente de tempo
desconhecido
– Penicilina benzatina 7.200.000 UI, IM, em 3 doses
semanais de 2.400.000 UI
Evolução Clínico-Sorológica da Sífilis
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Distribuição de Inscritos por Estados e Países