SAEN Desenvolvimento Económico não é possivel sem energia OU TRABALHADORES Primeiro Trabalho – criação de uma linha de acção Dezembro 2014 Labour Research Service http://www.lrs.org.za The Southern African Energy Network (SAEN) Desenvolvimento Económico não é possivel sem energia OU TRABALHADORES Primeiro trabalho – criação de uma linha de acção por Labour Research Service, Cidade do Cabo, África do Sul http://www.lrs.org.za Dezembro 2014 2 Publicado em Maio 2015 por FES Trade Union Competence Centre Sub Sahara Africa FES South Africa Office 34, Bompas Road Dunkeld West Johannesburg Phone: +27-11 341 0270 Fax: +27-11 341 0271 E-Mail: [email protected] http://www.fes-southafrica.org em colaboração com Labour Research Service 7 Community House 41 Salt River Salt River 7925 Cape Town, South Africa Phone: +27 21 4861100 Fax: +27 21 447 9244 E-mail: [email protected] http://www.Irs.org.za IndustriALL Global Union 54 bis, route des Acacias, Case Postale 1516 1227 Geneva Switzerland Tel: +41 22 308 5050 Email: [email protected] Todos os direitos reservados: O material contido nesta publicação não pode ser reproduzido, retido ou transmitido sem a autorização prévia do editor. As opiniões expressas nesta publicação não são necessáriamente as opiniões da Friedrich-Ebert-Stiftung ou da organização para a qual o autor trabalha. 3 Conteúdo Prefácio ................................................................................................................................................................. 5 Antecedentes da SAPP – introdução / energia na SADC ..................................................................................... 7 Rede de Energia Sul Africana (Southern African Energy Network )(SAEN) ........................................................... 9 Rede de Sindicatos ........................................................................................................................................... 10 Trabalhadores e filiação sindical em empresas da SAPP ................................................................................. 10 Quais são os desafios que os trabalhadores da SAPP enfrentam ? .................................................................... 12 Desafios para os sindicatos .................................................................................................................................14 Serviços Essenciais – debate da Conferência SAEN 2014 ............................................................................... 15 O que fará a SAEN ? ............................................................................................................................................. 16 IndustriALL Global Union ..................................................................................................................................... 18 Serviços de Pesquisa Laboral .............................................................................................................................. 19 4 Prefácio Em 2011 Representantes e Delegados Sindicais ligados a empresas produtoras de energia nos paízes da Southern Africa Development Community (SADC ) constituiram em Joanesburgo, com a colaboração da FES e do seu sindicato global ICEM (International Chemical, Energy and Mine Workers’ Federation) que mais tarde,em 2012 após uma fusão com outros sindicatos globais IndustriALL se tornou na Southern African Energy Network (SAEN). A rede SAEN tem como objetivo influenciar a nível nacional e regional as politicas energéticas na região SADEC e paízes vizinhos, sob o ponto de vista do trabalhador e Sindicalista. Para esta rede foi consequentemente necessário ter toda a informação possível sobre as empresas geradoras de eletricidade na região bem como dos sindicatos para uma organização mais eficiente e melhorar a base das negociações com as empresas com o objetivo de otimizar os termos e condições do trabalho. A informação deve ser utilizada pela Rede com o objetivo de desenvolver estratégias Sindicais para os produtores de energia nacionais e suas instituições regionais, tal como a Southern Africa Power Pool (SAPP). Foi consequentemente decidido estabelecer uma base de dados nestas empresas de eletricidade e seus sindicatos. A base de dados foi compilada o ano passado e espera-se que seja implementada em meados deste ano ( favor consultar www.fessouthafrica.org clicar TU Competence Centre e seguidamente clicar em “data base” ( base de dados)). A base de dados foi concebida e implementada pelo Labour Research Service (LRS) da Cidade do Cabo, parceiros de longa data da FES e do movimento sindicalista nacional e regional Trade Union. Um dos resultados do trabalho efetuado na base de dados foi um relatório exaustivo elaborado pela LRS sobre a SAEN e as empresas de eletricidade e seus sindicatos na regiao da SADC. O relatório completo pode ser lido no website da FES ( www.fes-southafrica.org, clicar em TU Competence Centre, depois clicar em “publications” publicações). A publicação em questão é um sumário das principais conclusões do relatório completo e dos maiores desafios futuros para a rede da SAEN. Deve providenciar informação em primeira mão aos trabalhadores e representantes de organizações sindicais bem como representantes da IndustriALL e uma base sólida para o fortalecimento da Rede através da sua participação na defenição das politicas relacionadas com a energia na região. Estamos cientes que esta publicação vai contribuir muito para se se alcancarem os objetivos em vista. Os meus agradecimentos vão em especial para a Michelle Taal da LRS que concebeu e implementou a base de dados e preparou o relatório e este sumário. Para além do mais, o sucesso deste projeto é muito desejado para a cooperação dos sindicatos participantes na Rede, Comité Diretivo da SAEN e pelo seu presidente Churchboy Dlamini da Suazilândia bem como para o trabalho de coordenação do escritório Regional da IndustriALL e seu representante, Fabian Nkomo. O FES é uma Fundação política Alemã comprometida com os valores de uma democracia social com raízes profundas no movimento Trabalhista Alemão. A Fundação tem o nome do primeiro Presidente da Alemanha democraticamente eleito, Friedrich Ebert, e procura preservar a seu legado político: a promoção da liberdade, solidariedade e justiça social. A fundação dá continuação a estes objetivos através de programas de educação política, cooperação internacional, bolsas de estudo e investigação na Alemanha e no exterior. Gerd Botterweck Director FES Trade Union Competence Centre, Africa Sub-saariana Joanesburgo, Africa do Sul, Maio 2015 5 Southern African Power Pool 2014 Source: SAPP Website (H) Usina Hidrelétrica (P) regime de armazenagem bombeada (T) Estação Térmica (N) Estação Nuclear Filiação da Southern African Power Pool 2014 Nome Completo da Estação Botswana Power Corporation Electricidade de Moçambique Electricity Supply Corporation of Malawi Empresa Nacional de Electricidade Eskom Hidroelectrica de Cahora Bassa Lesotho Electricity Corporation Mozambique Transmission Company NamPower Societe Nationale d'Electricite Swaziland Electricity Company Tanzania Electricity Supply Company Ltd ZESCO Limited Copperbelt Energy Corporation Lunsemfwa Hydro Power Company Zimbabwe Electricity Supply Authority Estado OP OP NP NP OP IPP OP ITC OP OP OP NP OP ITC IPP OP Abreviatiura BPC EDM ESCOM ENE Eskom HCB LEC MOTRACO Nam Power SNEL SEC TANESCO ZESCO CEC LHPC ZESA OP = Membro Operacional NP = Membro Não-operacional ITC = Empresa Transmissora Independente IPP = Produtor Independente de Energia 6 Paíz Botsuana Moçambique Malavi Angola Africa do Sul Moçambique Lesoto Moçambique Namibia RDC Suazilândia Tanzania Zambia Zambia Zambia Zimbabué Antecedentes da SAPP – introdução / energia na SADEC Acesso á energia é um dos maiores desafios para a população e paízes na África Sub-Saariana. Se excluirmos A África do Sul, só 28% da população Africana tem acesso a eletricidade. O Norte de África reinvidica 99% de acesso, mas na África Austral só 30.5% da população tem acesso. O último Relatório Anual (Março 2014) da Southern African Power Pool (SAPP) indica uma média do nível de eletrirficação na região SAPP/SADEC como 36%. No âmbito da Southern African Development Community (SADC) existe uma grande variação nas taxas de eletrificação entre os paízes . A Botsuana tem uma das taxas mais altas de eletrificação com 47% comparando com a RDC e o Malavi com 10% da população com acesso á eletricidade. Percentagem dos níveis de Acesso á Eletricidade na SAPP 2013/14 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Electrification Access, % SADC Average Electricity Access, % Origen: Relatórios Anuais da SAPP 2013/2014 Na região SADEC existe portanto uma escassez generalizada de eletricidade. Este facto levou os governos dos paízes da SADEC a formarem a Southern African Power Pool (SAPP), uma instituição que está a promover a cooperação regional no campo energetic. A SAPP opera a um nível inter-governamental, com o objetivo de melhorar o uso dos recursos enérgicos disponíveis na região para assegurar a sustentatibilidade do desenvolvimento de energia na África Austral. A SAPP tem doze paízes membros representados pelas suas empresas de energia organizadas através da SADEC. A maioria destes membros são empresas nacionais de eletricidade nos paízes da SADEC. Existem duas empresas privadas na associação energética - Copperbelt Energy Corporation (CEC) na Zambia e a Lunsemfwa Hydro Power Company (LHPC) na Zambia bem como a Motraco e a Hidroeléctrica de Cahora Bassa em Moçambique, que pretence parcialmente ao Governo de Moçambique. A Tanzânia, Malavi e Angola fazem parte do SAPP embora ainda não sejam parte da rede SAPP e sejam consequentemente classificados como membros não-operacionais. Capacidade de Energia da SAPP 2013/ 2014 A Eskom da África do Sul é de longe o operador principal da SAPP, exportando energia para toda a região não só para cobrir as falhas mas também como o maior fornecedor nalguns casos. A situação tensa em que a Eskom se encontra, realça a natureza precária do acesso á energia na SADEC. 7 Capacidade instalada Capacidade Disponível Demanda Prevista Déficit 472 -120 143 -66 28 1516 -243 Importações Net (GWh) 49 3017 573.4 49 0 89 1591 Exportações Net (GWh) 0 0 0 7.4 19.1 330 36 ENE, Angola BPC, Botsuana SNEL, RDC LEC, Lesoto Escom, Malavi EDM, Moçambique NamPower, Namibia 2028 892 2442 72 351 2308 501 1805 460 1485 72 351 2279 392 1333 580 1342 138 323 763 635 Eskom, Africa Sul 44170 41074 SEC, Suazilândia TANESCO, Tanzania ZESCO, Zambia ZESA, Zimbabué SAPP 70.6 1380 2128 2045 58387.6 70 1143 2029 1600 52760 38775 2299 413 4089 222 898 2287 2267 49563 -152 245 -258 -667 3197 773 2192 164 1076 9986.4 0 0 65.6 701 5248.1 Origem : Relatórios Anuais da SAPP 2011, 2012, 2013, 2014 A demanda de energia nos paízes SAPP aumentou em 30% entre os anos 2011 e 2013; um aumento de 1,100 MW em média por ano. Sem produção nova na SAPP, a segurança do fornecimento não pode ser garantida. A SAPP está preparada para enfrentar este desafio. Se as predições deles estão corretas, a margem de reserva de produção aumentará para 12.6% em 2016, 17.2% em 2017 e 23.8% em 2018. Antecipa-se que um total de cerca de 21 467 MW de produção nova seja comissionada no período entre 2014 a 2017. O empreendimento dos projetos de reabilitação e nova produção estão a ser realizados para fazer face á lacuna de produção e fornecimento. Em 2014, a SAPP planeou a instalação de 6 026 MW na sua maioria em Angola (220 MW), Botsuana (150 MW), Moçambique (175 MW), África do Sul (4 836 MW), Tanzânia (450 MW) e Zambia 1 (195 MW). Em média a SAPP instalou 1 160 MW anualmente nos últimos dez anos de 2004 a 2013. Deste modo os novos planos de instalação refletem um crescimento grande e ambicioso. Combinação de Energias O carvão é a maior fonte de energia na SAPP dado que é a fonte principal para a África do Sul e a África do Sul produziu 75% da energia na SAPP no periodo 2013/2014. SAPP combinação de energias 2011 – 2014 (%) 80% 60% 40% 20% 0% Base Load Hydro Coal 2011 2012 Nuclear 2013 CCGT Distillate 2014 Origen: Relatórios Anuais da SAPP 2011 -2014 Em termos de utilização no paíz, a energia hidrilétrica é a mais comum, com quase 100% de produção em 6 dos 12 paízes (Moçambique, Malavi, Lesoto, Suazilandia, RDC, Zambia) a grande percentagem da qual noutros 3 1 Relatório Anual da SAPP 2014, página 7 8 paízes (Angola, Namibia, Tanzânia). A região tem uma taxa de dependência hídrica de 77%. Só a África do Sul, Zimbabué e a Botsuana é que não estão dependentes de energia hídrica. A dependendia em energia hídrica irá sem dúvida aumentar com a Barragem Grand Inga que promete ser o maior projeto de energia hidro-elétrica em África. Se isto vai ou não ser a resposta para o verdadeiro problema de eletrificação rural, é na realidade uma fonte mais limpa de energia e se os custos valem realmente a pena, são aspetos que necessitam ser abordados . Membros da combinação de energias SAPP 2014 (%) DRC Malawi Mozambique Namibia Tanzania SAPP Botswana 0% 10% 20% 30% Base Load Hydro 40% Coal 50% Nuclear 60% CCGT 70% 80% 90% 100% Distillate Origem: Relatório Anual da SAPP 2014 Rede de Energia da África Austral (SAEN) “Southern African Energy Network” Os sindicatos responsáveis pela organização do sector de energia da SADEC reconhecem a importância de ganhar reconhecimento dentro da SAPP para criar oportunidade á representação dos interesses e opiniões dos trabalhadores do sector no âmbito das estruturas da SAPP. Sob os auspícios da IndustriALL Global Union a Southern African Energy Network (SAEN) formou a sua própria rede de trabalho. A SAEN é presentemente composta por dez organizações sindicais afiliadas no sector de energia na região SADEC. Os sindicatos de Angola, Lesoto e Malavi não estão presentemente incluidos nessa rede enquanto que duas organizações sindicais na África do Sul, a NUM e a NUMSA, estão ambas representadas. Também estão excluidos os trabalhadores de empresas privadas da SAPP – CEC, LHPC, Motraco e HdCB. Espera-se que sejam incluidas conforme a capacidade for sendo criada. Representantes sindicais de empresas da SAPP juntamente com representantes sindicais dos sindicatos filiados participam na rede. A rede é gerida por um comité diretivo composto por membros dessa rede. O objetivo da SAEN é insistir para que haja um diálogo social dentro do SAPP com o fim de incluir questões laborais na agenda da SAPP e coordenar a cooperação entre os sindicatos do sector de energia na África Austral. A nível de políticas o objetivo é influenciar o panorama regional de fornecimento de energia. Na SAEN os sindicatos estão presentemente a trabalhar com 9 empregadores distintos, um corpo de empregadores conjunto representado pela SAPP e por último a estrura-mãe SAPP, os ministros da energia dos paízes SADEC. Esta situação apresenta oportunidades e desafios á SAEN. Espera-se que se a SAEN estiver em posição de dar resposta a estes desafios e tirar partido das oportunidades existentes, outros trabalhadores noutras estruturas energeticas regionais na África Oriental e Ocidental poderão tambem formar redes regionais de trabalhadores baseando-se na experiência e estrutura da SAEN como modelo. 9 Foi conduzido um estudo pelo Labour Research Service (LRS) e a Friedrich-Ebert-Stiftung (FES) que envolveu os membros da SAEN com o objetivo de definir uma linha base para o trabalho da rede em termos de organização de metas e dos desafios com que sindicatos e trabalhadores em empresas da SAPP se confrontam presentemente. Dos onze estudos enviados, nove foram recebidos incluindo um de cada um dos sindicados afiliados Sul Africanos. A ESU no Malavi (agora desagregado) e a MUN na Namibia não submeteram respostas. Sindicatos na Rede Paiz Empresa Sindicato Abr.Sindicato Botsuana Botswana Power Corporation Electricidade de Moçambique Botswana Power Company Workers’ Union Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria Metalúrgica, Metalomecânica e Energia Escom Staff Union Moçambique Malavi Angola África do Sul África do Sul Lesoto Namibia Electricity Supply Commission of Malawi Empresa Nacional de Electricidade Eskom Holdings Limited Eskom Holdings Limited Lesotho Electricity Corporation NamPower República Democratica do Congo Suazilândia Societe National d' Electricite Tanzania Tanzania Electric Supply Company Limited Zambia Electricity Supply Corporation Ltd Zimbabwe Electricity Supply Authority Zambia Zimbabué Swaziland Electricity Company National Union of Mineworkers National Union of Metalworkers of South Africa Mineworkers’ Union of Namibia Travailleurs Unis des Mines, Métallurgie, Energie, Chimie et Industries connexes Swaziland Electricity Supply Maintenance Allied Workers Union Tanzania Union of Industrial and Commercial Workers National Energy Sector and Allied Workers Union Zimbabwe Energy Workers’ Union BPCWU membro da SAEN? Sim Questionário preenchido? Sim SINTIME Sim Sim ESU Não Não Não Não Sim Sim Sim Sim Não Não MUN Sim Não TUMEC Sim Sim SESMAWU Sim Sim TAMICO Sim Sim NESAWU Sim Sim ZEWU Sim Sim NUM NUMSA Trabalhadores e Filiação Sindical em empresas SAPP O Relatório de Contas Anual da SAPP prevê um número de funcionários nas empresas SAPP. Não há indicação dos tipos de emprego cobertos ou classificação por género destes trabalhadores. A África do Sul tem de longe o maior número de trabalhadores neste grupo. O que se pode tambem verificar é que o número de trahalhadores, embora reportados ano a ano, mostra uma alteração muito pequena entre os realatórios anuais da SAPP o que sugere que estes números não são verificados há alguns anos dado que é pouco provável que não tenha havido nenhuma mudança nos últimos tres ou quatro anos. Por último, quando comparados com os números fornecidos pelos membros da SAEN, pode-se verificar que não são os mesmos. Por vezes não há uma grande diferença entre os números dos sindicatos e aqueles fornecidos pela administração, mas tambem por vezes, como por exemplo na Tanzania, a diferença é grande. Sem informação correta do número de trabalhadores bem como algum detalhe sobre quem são os trabalhadores e o tipo de contrato que têm, torna-se mais dificil saber que impacto os nossos esforços estão a ter em relação aos trabalhadores. . 10 Número de funcionários reportado em empresas SAPP 90000 80000 70000 60000 50000 40000 30000 20000 10000 0 ENE, Angola BPC, LEC, SNEL, DRC Botswana Lesotho Escom, Malawi EDM, NamPowe Mozambi r, Namibia que Eskom, South Africa SEC, TANESCO, Swaziland Tanzania ZESCO, Zambia ZESA, Zimbabwe SAPP 2011 3414 1841 7119 563 2757 3532 910 39222 567 5257 3880 5773 74835 2012 4009 1868 7273 563 2398 3244 910 39034 567 5950 5234 5773 76823 2013 4009 1868 7372 563 2398 3244 941 39034 567 5950 5234 5773 76953 2014 4009 1868 7372 563 2398 3244 910 39034 567 5950 5234 5773 76922 Origem: Relatório Anual da SAPP 2011 - 2014 Sete sindicatos forneceram informação sobre o número de trabalhadores e filiação sindical em empresas SAPP. Estes números refletem os níveis de densidade sindical geralmente referentes a 50% dos trabalhadores a tempo inteiro, com excepção da Botsuana que é de 43%. O nível de organização entre trabalhadores terceirizados e contratados é baixo ou não-existente. O número de homens é superior ao de mulheres nesta indústria. As mulheres parecem estar tão bem, se não melhor representadas nos sindicatos do que os homens. O sindicato com o número mais alto de membros é a NUMSA na África do Sul com um total de 28000 membros na Eskom, 70% do número total de trabalhadores. O sindicato – SESMAWU – na Suazilãndia reportou 510 membros, quase 80% dos trabalhadores. Trabalhadores a tempo-inteiro em Empresas SAPP conforme relatório da SAEN 2900 30305 608 14198 500 7527 140 1761 750 307 1057 39.5 Não há dados 3508 1761 370 2131 60.7 44503 “Não consolidado ” 40000 28000 70 640 400 110 510 80 9288 5211 1406 6617 69.2 6000 4000 15000 8100 Total 2450 Mulherss Total 550 Percentagem de trabalhadores sindicalizados Homens Mulhers 1900 Total Homens BPCWU TUMEC SINTIME NUM NUMSA SESMAWU TUICO NESAWU ZEWU Mulhers Sindicato Botsuana RDC Moçambique África Sul Africa Sul Suazilandia Tanzânia Zambia Zimbabué Número Trabalhadores sindicalizados Homens Paiz Número Trabalhadores 55.8 43.1 60.9 60.7 78.6 79.8 79.7 71.2 70 54 Número de trabalhadores reportados SAPP 2014 1868 7372 3244 39034 39034 567 5950 5234 5773 Na RDC os sindicatos são eleitos por voto. Os que dominam as eleições dominam a empresa. Este facto resultou numa profusão de sindicatos presentes numa única empresa, pelo menos 32 sindicatos na SNEL. Num 11 trabalho conjunto com a IndustriALL, a TUMEC está a tentar mudar esta situação organizando trabalhadores e recrutando membros de modo a criar uma base de sócios e um sindicato independente e democrata. Entre a maioria das empresas, a afiliada IndustriALL não é a única organização sindical da unidade de negociação. Em alguns casos há outras organizações sindicais a trabalhar fora da unidade de negociação. Sindicatos Múltiplos representados em empresas SAPP • África do Sul – duas afiliadas da IndustriALL: A National Union of Mineworkers (NUM) e a National Union of Metalworkers of South Africa (NUMSA); um sindicato não afiliado, Solidarity, que representa maioritáriamente trabalhadores brancos. • Zimbabué – Juntamente com a ZEWU existe tambem a ZESA Technical Employees Association (ZTEA) • Botsuana – Juntamente com a BPCWU, existe a Middle Managers Staff Union (MMSU) • Zambia – dois sindicatos afiliados - MUN e NESAWU representados em diferentes empresas na SAPP juntamente com a POGAWUZ (Power Generation and Allied Workers Union) • RDC – 32 sindicatos, aproximadamente • Moçambique – Juntamente com a SINTIME existem a SINTIQUIAF e a SINTCIM Na maioria dos casos os participantes indicam que há um certo nível de cooperação com outros sindicatos representados na empresa. Moçambique e Zimbabue indicam que existe uma cooperação eficaz na área de negociação enquanto que os outros sindicatos, NUM, NUMSA, TUMEC e NESAWU indicam uma cooperação mínima com sindicatos não afiliados. Há necessidade de melhorar a recolha e organização de informações referente aos membros para permitir que os organizadores compreendam o benefício de conhecerem a sua associação e organizem e formem estratégias. Quais são os desafios que os trabalhadores da SAPP enfrentam ? A questão mais frequentemente apresentada pelos trabalhadores á atenção dos sindicatos de empresas na SAPP são os salários. Cinco dos sete sindicatos reportou esta como sendo a prioridade número um dos trabalhadores. É prioritário se o sindicato é de um paíz relativamente próspero tal como a África do Sul ou Zimbabué, onde a remuneração dos trabalhadores é bastante inferior. A maior parte das exigências das negociações, mesmo quando não estão ligadas diretamente a aumentos salariais, revolvem sobre assuntos financeiros tais como abonos ou subisídios de habitação, transporte, refeições, responsabilidade parental, despesas de funeral, eletricidade, subsídio de espera, remuneração de perigo e abonos climáticos. Exigências não-monetárias revolvem sobre assuntos de saúde, segurança, bem como a necessidade de mais facilidades sindicais no âmbito de férias e instalações no local de trabalho. Salários Minimos de trabalhadores a tempo -inteiro em empresas da SAPP em Dolares Americanos 1 000 $904 $904 USD ($) 800 600 $388 400 $312 $290 Tanzania Zimbabwe $215 200 0 Botswana South Africa South Africa 12 Swaziland Salários em paízes diferentes e diferentes empresas não são diretamente comparáveis. De qualquer modo quando traduzidos numa moeda comum corrente, o Dolar Americano, as disparidades são evidentes. O que é claro é que os sindicatos não têm conhecimento dos salários pagos áqueles que estão fora das unidades de negociação – os trabalhadores contratados ou terceirizados que trabalham lado a lado com os membros. Só dois sindicatos forneceram este tipo de informação. Se tivermos que representar e organizar estes trabalhadores, é imperativo saber o que eles ganham. Salários Minimos em Moeda Local/ Dolares Americanos e Horas de Trabalho Salário Minimo Paiz Sindicato Moeda Local Pula Tempo inteiro (mensal) 2, 000 Contrato (mensal) “Salários pagos pelo contratante” Não há dados Tempointeiro USD (mensal) 214.82 Contrato (mensal) Botsuana BPCWU “Salários pagos pelo contratante ” RDC TUMEC Moçambique SINTIME África Sul NUMSA Rand 10 000 Nã há dados 904 África Sul NUM Rand 10 000 904 Suazilandia Tanzania SESMAWU TUICO Lilangeni xelim 4 167.5 520 000 “NUM não negoceia por eles ” Não 200 000 40 40 40 Varia 40-48 40-48 Não hã dados 45 45 “NUM não negoceia por eles ” NA 120 40 40 40 45 40 Zambia NESAWU Zimbabué ZEWU 290 42.5 50 Não há dados 387.58 312 Média horas trabalho Tempo Casual Inteiro Não há dados Dolar Americano 290 290 290 Devido á falta de informação sobre os contratantes que trabalham connosco é dificil representá-los A precariedade de trabalho, mesmo numa indústria de “serviços essenciais” tambem é realçada devido á preocupação dos trabalhadores causada pela contenção de custos (Tanzânia), onde a restruturação das empresas pode resultar em perdas de emprego (África do Sul – NUM), postos de trabalho permanente estão a ser dados a trabalhadores temporários ou em regime de contrato (RDC – TUMEC) e informalidade e contraltos de curta duração está a aumentar (Zambia – NESAWU). Mais problemas motivados por diferenças de personalidade tambem surgem com trabalhadores que são confrontados com um tipo de gestão pouco democrática tal como pode ser observado na Botsuana, Suazilandia e África do Sul. No que diz respeito a trabalhadores terceirizados a prioridade está sempre na procura por uma melhor segurança no trabalho . Estes indivíduos trabalham lado a lado com pessoas que fazem o mesmo trabalho por um salário menor e com menos proteção. O que é evidente é que são poucos os sindicatos dispostos a enfrentar os desafios dos trabalhadores contratados ou em regime temporário. Os sindicatos têm estado, e continuam a confrontar essas questões através de consultas com a gerência, os foruns normais, procedimentos de reclamação e negociações. Será que são estes os métodos mais eficazes para introduzir verdadeiras mudanças para os trabalhadores ou deveriam haver novos métodos, movimentos de solidariedade e campanhas conjuntas para trazer á luz as questões dos trabalhadores ? Desafios para os Sindicatos Direitos Sindicais 13 Todos os sindicatos informaram que os trabalhadores da empresa são conhecedores do direito de organizar e estão na generalidade interessados em aderir aos sindicatos. A resistência das empresas para com os sindicatos pode ser aberta ou mais súbtil. No Zimbabué e Suazilandia os membros reportaram que os delegados sindicais são vitimizados e os trabalhadores avisados que não podem aderir a sindicatos. A resistência tambem pode ser mais indireta, tal como autorizar reuniões sindicais sómente a horas difíceis quando é dificil aos trabalhadores se reunirem – por exemplo na hora de apanharem o transporte para regressarem a casa. Contudo, apesar de todos estes exemplos, os sindicatos têm continuado a operar. Todos os sindicatos reportaram que são autorizados a distribuir informação e a reunir com os trabalhadores nas instalações, embora na RDC, dado o presente formato de sindicalização, só durante as campanhas eleitorais. Os sindicatos reportaram que os membros são regularmente ignorados para promoções e os que estão em posições de gestão são fortemente desencorajados a aderir a sindicatos. Em casos em que existam sindicatos rivais na mesma empresa, os supervisores ou gerentes que pertencem a um dos sindicatos são acusados de descriminação contra os membros do outro sindicato. Alguns sindicatos enfrentam desafios específicos tal como a SESMAWU na Suazilandia onde, antes da conferência da SAEN em 2014, o governo Suazi ordernou o fecho de todas as federações de trabalhadores e empregadores, efetivamente banindo os sindicatos. De que maneira pode a SAEN apoiar e ajudar estes sindicatos e estes trabalhadores nesta altura ? Apesar dos altos níveis de aderência, os sindicatos identificaram um aumento na adesão a sindicatos como sendo o principal desafio no futuro uma vez que esta é a maneira de os sindicatos ganharem força e poder de negociação. Há um duplo desafio de capacitação nos sindicatos para não só recrutarem mas tambem representarem efecientemente os trabalhadores. Os sindicatos estão a considerar o treinamento e formação bem como o apoio financeiro de forma a poderem solucionar este assunto eficientemente. . Nesta altura atividades de contratamento sindical tendem a ser rotineiras em vez de centradas. Quatro sindicatos não reportaram qualquer atividade de contratação durante o ano passado. No Zimbabué uma visita de dirigentes sindicais ás fabricas resultou na adesão de novos membros ao sindicato. A questão de Serviços Essenciais parece ocupar um lugar de destaque nas agendas dos sindicatos. Como é que o sindicato pode levar o empregador a negociar quando a ferramenta chave, o direito de suspender o seu trabalho, é negado aos trabalhadores? na África do Sul este assunto resultou numa disputa declarada e uma greve “ilegal”; na Suazilandia um comité foi formado para tentar chegar a um acôrdo sobre o nível minimo de serviço para dar oprtunidade a que o sindicato opere legalmente. 14 Serviços Essenciais – SAEN 2014 debates na Conferência A SESMAWU reportou sobre a maneira como o sindicato enfrentou a questão dos Serviços Essenciais quando defendeu os direitos dos membros. Os enormes desafios na Suazilandia são bem conhecidos. O sindicato não pode recorrer ao tribunal; não pode recorrer ao governo para assistência . Por essas razões a SESMAWU organisa anualmente uma greve ilegal numa altura em que sabe vai afetar duramente a empresa que será forçada a tomar uma decisão sobre os trabalhadores em greve. Os trabalhadores mantêm a greve só por dois dias pois uma greve mais prolongada pode resultar em despedimento imediato. A empresa reage enviando um aviso por escrito aos trabalhadores com a validade de doze meses. Após os doze meses a greve seguinte é organisada. A SESMAWU incentivou outros sindicatos a implementar estratégias semelhantes através de lacunas existentes na legislação trabalhista, através das quais possam exercer pressão nas empresas sem que os trabalhadores sejam despedidos. A NUM da África do Sul verificou que na Eskom todos os trabalhadores são considerados Essenciais, embora os seus salários nao pareçam refletir a importância que lhes é comunicada que têm. Outro problema é que as comunidades pensam que os trabalhadores da Eskom são bem pagos e consequetemente gozam de pouco apoio da sociedade civil no que se refere ao direito á greve. A NUMSA da África do Sul quer que a designação da ESKOM como serviço essencial no seu todo seja alterada ou cancelada. Os paízes da SADEC são regularmente mergulhados em apagões devido a uma má gestão nas empresas de energia, e equipamento avariado que não é reparado por um ano, uma situação que nos é imposta a todos portanto, quão essenciais são os trabalhadores? A TUMEC da RDC verificou que quando os trabalhadores dos chamados “Serviços Essenciais” ameaçam uma ação sindical são vistos como “ Assassinos da Nação “ devido a todo o comércio e indústria que fica afetado. No entanto, todos os dias há trabalhadores do sector de energia que são assassinados e ninguém intercede por eles. Existe a opção de levar este assunto á atenção da ILO, embora não possam impor o assunto aos governos, podem pelo menos mencionar os factos. A ILO pode aconselhar os governos a respeitar as convenções mas os paízes ignoram regularmente este tipo de conselho. Ação Sindical Ações grevistas só foram reportadas por três sindicatos em dois paízes – Suazilandia e África do Sul. Isto é principalmente devido ao facto de ser extremamente difícil, se não impossível para os sindicatos organizarem uma greve legal devido á questão dos Serviços Essenciais. Este assunto faz parte da razão que levou os trabalhadores da Eskom na África do Sul a entrarem em greve em meados de 2014, juntamente com exigências salariais. Enquanto que o assunto dos Serviços Essenciais se mantem, o acordo salarial foi concluido através da Comissão de Conciliação, Mediação e Arbitragem (CCMA). A SESMAWU na Suazilandia mencionou uma greve devido ao custo de vida. A empresa deu as trabalhadores grevistas advertênciais finais e o executivo do sindicato foi preso. O ministro dos recursos naturais interviu com um mandato endereçado á administração para subirem a oferta feita ao sindicato. Esta intervenção foi positiva dado que o assunto em causa estava relacionado a negociações sobre o custo de vida e a intervenção do ministro resultou num aumento da oferta que foi aceite pelo sindicato. A maioria dos sindicatos usaram outras formas de protesto para evitar os perigos de uma greve mas ao mesmo tempo registarem o seu descontentamento. A ZEWU no Zimbabué bem como a NUM e a NUMSA na África do Sul reportaram uma demonstração no exterior do local de trabalho para chamar a atenção sobre as questões dos trabalhadores. A BPCWU e a ZEWU tambem recorreram a sessões de informação com os mídia para salientar as questões dos trabalhadores, embora no caso da Botsuana isso tenha resultado num protesto da administração junto do executivo da BPCWU sobre esta publicidade negativa. 15 O que fará a SAEN? Na conferência de 2014, os sindicatos da SAEN discutiram problemas comuns . Tambem discutiram os objetivos da rede não só em termos de enfrentarem os desafios da SAPP como tambem os da rede em si. Cada sindicato no âmbito da sua própria luta nacional tem prioridades e questões a que tem que atender continuamente, qual é portanto o papel da SAEN? A rede tem uma missão a longo prazo – influenciar as relações laborais e politica energética na SADEC – e mais imediato, as campanhas e assuntos ligados nacionalmente a cada sindicato e conjuntamente a todos os sindicatos. Isto pode ser um ponto central para uma atividade solidária e organisacional . A SAEN necessita ser incluida com cada um dos membros do programa de estrutura sindical de modo a fazer parte do sindicato e não só uma estrutura paralela ao sindicato, nem apoiada por uma única ou várias pessoas na rede. A SAEN devem eles próprios reforçar o trabalho dos sindicatos e compreenderem que todo o trabalho deles vai fortalecer a estrutura sindical e apoiar a estrutura organisacional. A integração do trabalho da SAEN na rede sindical pode sobreviver uma mudança de representantes e uma “caça” aos delegados sindicais visto que os sindicatos compreendem o papel e o valôr dele s. A SAEN necessita de ser incluida no NEC de cada sindicato membro e começar a trabalhar na agenda de liderança do sindicato. Os Delegados têm que assumir, como uma prioridade, o compromisso de trazer a SAEN para o sindicato. Para este fim os participantes precisam de compreender claramente, e consequentemente discutir o assunto em conferência, quais as metas e objetivos da SAEN, como uma aliança. Os participantes, como representates da SAEN nos seus sindicatos, devem saber responder claramente á pergunta: “ o que é a SAEN, qual a razao de ser ?” e eventualmente isto vai-se tornar do conhecimento geral dos sindicatos tambem. Enquanto que somos diferentes como sindicatos, a SAEN deve ter uma estrutura comum, uma afirmação sobre o que é a SAEN, quais os seus valores e como funciona. Então todos os participantes terão algo com que se relacionar e algo a que se referir. A secretaria pode preparar um esboço a ser circulado para discussão e acordo. O pamfleto final pode então ser distribuido para todos os sindicatos membros. Esta atividade deve ser prioritária. Trabalho a fazer : organisar e representar mais trabalhadores, especialmente em regime de contrato e terceirização. endereçar o assunto dos Serviços Essenciais em todos os paízes. É um facto que cada paíz tem as suas leis e processos, as empresas envolvidas são muito diferentes tal como são os sindicatos. Cada sindicato terá que lutar para a revisitação deste assunto no seu próprio paíz, mas uma campanha comum , debate e partilha de informação, ações de solidariedade e publicidade podem ser o início de uma rede mais unida para servir as necessidades nacionais de cada um dos sindicatos. para fortalecer e apoiar os sindicatos mais fracos e vitimizados com vista a um objetivo maior e uma rede mais bem organizada que tenha impacto no SAPP e na SADEC. Se houver um problema num dos sindicatos que não possa ser resolvido por eles próprios, então a SAEN tem que lá estar. deve ser comissionado um papel para fornecer uma análise das politicas energéticas da SADEC, tomadores de decisões e necessidades estabelecerão as bases para o desenvolvimento regional das políticas sindicais regionais sobre a estrutura energética. Um “workshop” será convocado para debater os resultados e preparar um novo debate. O resultado das deliberações vai contribuir para os termos de referencia para um documento de estratégia a ser submetido á SADEC. 16 para reforçar a SAEN Comunicação entre os membros da SAEN, incluindo o comité diretivo, IndustriALL Global Union regional e globalmente é essencial para o sucesso de qualquer rede . São muitas as barreiras para enfrentar os desafios da comunicação. Há barreiras linguísticas, tecnológicas, dificuldade de recursos e questões de tempo que precisam de ser endereçadas. A comunicaçao necessita ser uma prioridade para o comité diretivo. Foi sugerido enviar regularmente mais comunicações para os sindicatos membros de modo a incutir o processo nos outros membros. A SAEN nao deve ser uma estrutura paralela ao sindicato mas sim um reforço do trabalho dos próprios sindicatos e é importante compreender que ao fazermos isto estamos a certificar-nos que o nosso trabalho vai alimentar a estrutura organisacional que apoia a estrutura organisacional. Sem sindicatos organisados dentro da SAEN não há pressão a exercer nas empresas de energia. A SAEN vai precisar sindicatos muito bem organisados para contemplar uma função genuína e eficaz no sindicato. A SAEN através de solidariedade, apoio a sindicatos mais fracos, partilha de informação e organisação de campanhas, deve ajudar os sindicatos a tornarem-se nacionalmente mais fortes. Isto só é possível se os próprios sindicatos se empenharem nos compromissos com a SAEN e seus processos. A SAEN deve tambem desempenhar um papel político na política energética do paíz e da região. O que fará a SAEN para encorajar o desenvolvimento das políticas energéticas do um ponto de vista sindical? Ambas estas estratégias são importantes para o sucesso da SAEN. A SAEN não é importante só para si. Os membros da SAEN sabem que como a única rede sectoral a SAEN está a enfrentar desafios e arranjar estratégias que podem ajudar outras redes sindicalistas idênticas em África e para alem, a encontrar soluções para os desafios específicos que enfrentam na sua luta por trabalho digno para além das fronteiras nacionais, agendas nacionais e resistência política. 17 IndustriALL Global Union A IndustriALL Global Union representa 50 milhões de trabalhadores em 140 paízes nos sectores de mineração, energético e industrial e é uma força na solidariedade global unindo-se á luta para melhores condições laborais e direitos sindicalistas em redor do mundo. A IndustriALL desafia o poder das empresas multinacionais e negoceia com eles a um nível global. A IndustriALL luta por um modelo diferente de globalisação e um novo modelo económico e social que põe as pessoas em primeiro lugar, baseando-se na demcracia e justiça social. A IndustriALL esforça-se para: Construir sindicatos mais fortes Organizar e alargar a filiação sindical Lutar pelos direitos dos sindicatos Lutar contra o trabalho precário (incluindo contratos e agências) Construir poder sindical para confrontar o capital global Promover políticas industriais e sustentabilidade Promover justiça social e globalização Assegurar igualdade de direitos e a participação da mulher Criar locais de trabalho seguros Melhorar a democracia e a inclusividade Fundada a 19 de Junho de 2012, a organisação reúne afiliados de anteriores federações sindicais globais: International Metalworkers' Federation (IMF), International Federation of Chemical, Energy, Mine and General Workers' Unions (ICEM) e International Textiles Garment e Leather Workers' Federation (ITGLWF). A IndustriALL Global Union representa trabalhadores de sectores variados desde extração de gás e petróleo, mineração, produção e distribuição de energia elétrica, fabrico de metais e produtos metálicos, construção naval, automóvei, aeroespacial, engenharia mecânica, eletrónica, química, borracha, polpa e papel, materiais de construção, texteis, vestuário, couro e calçado e serviços ambientais. Contactos da IndustriALL Global Union : Kenny Mogane IndustriALL Global Union [email protected] Jim Catterson Energy Director IndustriALL Global Union tel. +41 22 304 1847 [email protected] Contactos do comité diretivo da SAEN : Churchboy Dlamini – Swaziland / SESMAWU [email protected] Ndlela Radebe – South Africa / NUM [email protected] Mbonisi Sibanda – Zimbabwe / ZEWU [email protected] Bohithetswe Lentswe – Botswana / BPCWU [email protected] Peles Jonathan – Tanzania / TUICO [email protected] 18 Labour Research Service Serviços de Pesquisa Laboral Antecedentes O Labour Research Service (LRS) foi fundado em 1986 como uma organisação sem fins lucrativos. O LRS é especialisado em pesquisa, desenvolvimento de diálogo e projetos de desenvolvimento com o objetivo geral de fortalecer a sociedade civil com especial incidência no mundo laboral. Visão A visão do LRS é de trabalhar em prol de uma sociedade egalitária, em que todas as pessoas sejam tratadas com dignidade e respeito. Todos terão acesso a recursos políticos, legislativos e económicos e actividades sociais. Missão Promover e reforçar a participação activa e total da mulher que trabalha e dos homens em actividades politicas e sócio-económicas na África do Sul. Conseguimos isso através do desenvolvimento organisacional e capacidade de liderança dos sindicatos e organisações sociais centradas no trabalho para permitir negociações coletivas sobre rendimentos e meios de subsistência. Contactos do Labour Research Service: Trenton Elsley Executive Director tel: +27 (0)21 486 1100 [email protected] Michelle Taal Company Research Project Leader tel: +27 (0)21 486 1100 [email protected] www.lrs.org.za www.lrs.org.za/award para informação salarial www.lrs.org.za/mnc para informação sobre empresas www.lrs.org.za/agreed para acordos de negociação coletiva 19