HISTÓRIA SOCIAL MULHERES X HOMENS: AS DIFERENÇAS EDUCACIONAIS NO BRASIL DO SÉCULO XVIII Virgínia Neusa Lima Cardoso1, Marize Campos2 (Orientadora), [email protected] 1, 2 – Departamento de História, UFMA, São Luís/MA. (INTRODUÇÃO) A educação feminina do Brasil colonial no séc. XVIII ainda está impregnada de princípios dos séculos anteriores. Isso significa que era muito reduzida se em relação àquela destinada aos meninos. A instrução feminina não exigia mais do que o conhecimento precário de leitura e escrita; as quatro operações e ensino religioso, contudo era de extrema importância as habilidades com a agulha e com aquelas já inerentes à condição feminina. Já os meninos tinham acesso até o estudo em latim dos autores clássicos. Dessa forma, essa pesquisa ao traçar um paralelo entre a educação feminina e a masculina do Brasil Colonial (Séc. XVIII), vem demonstrar como a educação, entendida como forma de tratamento de gênero, vai influenciar profundamente a cultura brasileira de modo a verificarmos ainda hoje fortes permanências daquela estrutura educacional. (METODOLOGIA) A pesquisa tem por base o estudo de teorias sobre a educação feminina como de Juan Luís Vives, de Fleury, Fénelon e dos estudo do regimento dos conventos e recolhimentos e seminários, como o recolhimento de Nossa Senhora da Glória e do Seminário Episcopal de Olinda. (CONCLUSÕES) O estudo comparado da educação feminina e masculina do Brasil Colonial (Séc. XVIII) comprova que a condição feminina de inferioridade no meio social está sobretudo integrada à educação, vista como forma de tratamento de gênero. É a educação que vem moldar os papéis sociais. Ao se pregar uma educação voltada ao casamento, verifica-se que o papel feminino está intimamente ligado à família e sob uma conotação de inferioridade. Esta idéia ainda contamina a sociedade atual. A mulher ainda permanece com papel secundário, ligado sobretudo à responsabilidade familiar. 54a Reunião Anual da SBPC - Goiânia, GO - Julho/2002