QUARTA-FEIRA 6 MAIO 2015 www.imobiliario.publico.pt SUPLEMENTO COMERCIAL PUBLICIDADE SE PROCURA BOAS OPORTUNIDADES AQUI ESTÁ EM CASA Não basta ter acessibilidades: temos que ter produto e promoção” Obrigação de recibo de renda electrónico adiada para novembro As palavras são de Jorge Ponce de Leão, Presidente do Conselho de Administração da ANA Aeroportos, que falava num Almoço-Conferência organizado pela Vida Imobiliária a propósito da competitividade e desafios das infraestruturas aeroportuárias. p04 MARIA AROUCA Já está disponível desde 1 de maio o serviço de emissão de recibo de renda eletrónico no Portal das Finanças, mas o Governo anunciou que a sua obrigatoriedade foi adiada até novembro próximo. p03 Regresso à compra de casa estimula venda de terrenos para construção. p06 PUBLICIDADE Este suplemento é parte integrante do jornal PÚBLICO e não pode ser vendido separadamente 87c9b342-28ae-4427-badb-1b56a9b2ce17 02 Opinião IMOBILIÁRIO 6 MAIO 2015 Anunciam-se novos tempos para a afirmação das cidades F ernando Medina, o sucessor de António Costa na Presidência da Câmara de Lisboa, definiu como uma das prioridades para o final deste mandato a renovação dos Luís Lima programas de habitação da cidade, onde cabe, a curto prazo, uma oferta de casas para cerca de cinco mil famílias com rendas acessíveis. O objectivo expresso visa, até ao fim do presente mandato, cativar cinco mil famílias da classe média que possa, regressar à cidade e engrossar o movimento de retorno ao centro, invertendo tendências de fuga para as periferias que marcaram o passado não muito distante das nossas principais cidades. O novo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que tem estado a ouvir, sobre esta matéria, profissionais ligados ao sector, considera que o valor das rendas a praticar no âmbito deste programa deve ser inferior ao ordenado mí“...os incentivos ao nimo nacional. arrendamento a Como aliás tive preços controlados oportunidade de são fundamentais para referir num dos encontros proreanimar o mercado movidos pelo Dr de arrendamento Fernando Medina, os incentivos e para repovoar ao arrendameno centro da cidade to a preços concom gente jovem” trolados é fundamental para reanimar o mercado de arrendamento e para repovoar o centro da cidade com gente jovem. As boas reabilitações urbanas só se conseguem se as cidades reabilitadas souberem encontrar equilíbrios na oferta de modo a que a procura pelos espaços reabilitados não se esgote no turismo e nas classes sociais de maior poder de compra. Só assim as cidades são inclusivas. Num contexto como o que vivemos, este objectivo fulcral para a rea- nimacção das cidades não se alcança exclusivamente pelo comportamento do mercado. Impõe-se a adopção de políticas habitacionais adequadas que saibam encontrar o equilíbrio pelo recurso a incentivos fiscais, incentivos cuja justeza é mais do que justificável pelos benefícios que geram a médio e a longo prazo. Insistir na velha tentação de transformar a fiscalidade sobre o património na mais que explorada árvore das patacas pode, pontualmente, resultar num acréscimo de receitas mas, a médio e a longo prazo gera desertificações assustadoras e quebras irreversíveis das receitas bem como, o que é pior, quebra na qualidade de vida das cidades. Favorecer, a nível local ou, preferencialmente, em conjugação como o Poder Central, este retorno ao centro das cidades é uma aposta que pode beneficiar de forma mais evidente dos apoios comunitários que o novo quadro europeu de incentivos oferece a este sector e é o caminho que melhor pode chamar este desígnio também o investimento privado potencialmete interessado neste mercado. Neste ponto, tenho de aplaudir a expressa intenção da Câmara Municipal de Lisboa de construir novas praças em todos os bairros da cidade e de acoplar a este ambicioso projecto uma revisão do plano de drenagem tendo em vista a prevenção de cheias como as que, de quando em vez, marcam a cidade. Mais uma vez manifesto a minha esperança no sentido de ver replicar noutros municípios do país o bom exemplo da capital em matéria de Reabilitação Urbana. Só assim, por esta via, este novo tempo das cidades conseguirá afirmar-se como um dos pilares da própria recuperação económica que todos desejamos. Presidente da CIMLOP Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa [email protected] Portugal: o melhor destino para comprar casa? O contexto económico de Portugal dos últimos anos condicionou fortemente a evolução do mercado de compra e venda de habitação. No entanto, desde o final de 2013 e ao Patrícia Barão longo de 2014 começou a ser visível uma recuperação deste setor, em particular na Área Metropolitana de Lisboa. Esta evolução positiva, impulsionada principalmente pelo investimento estrangeiro, continuou a dar sinais de se ”O sentimento manter com um internacional é de que c r e s c i m e n t o da procura no estamos a atravessar mercado resiuma oportunidade de dencial no primeiro trimestre ouro para a aquisição de 2015. de imobiliário Não nos poem Portugal. As demos esquecer das medidas perspetivas para 2015 legislativas que são muito animadoras têm vindo a ser e a nossa missão introduzidas em Portugal nos úlpassa por reforçar a timos anos e que posição de Portugal contribuíram como um dos fortemente para esta dinâmimelhores destinos ca. Num primeide imobiliário ro momento, as residencial da alterações no Regime de ArEuropa um país com rendamento Urenormes vantagens bano abriram o competitivas, caminho para a liberalização do seguro, com um mercado de arclima fantástico, rendamento hauma gastronomia bitacional, o que permitiu tornar reconhecida o mercado ver internacionalmente, dadeiramente um destino turístico atrativo numa perspetiva de de excelência.” investimento. A entrada em vigor, no último trimestre de 2012, da legislação da Autorização de Residência para Efeitos de Investimento (ARI), também conhecida por Gol- den Visa, bem como a crescente adesão ao regime fiscal do Estatuto de Residente Não Habitual confirmaram um enquadramento legislativo igualmente decisivo para a consolidação da procura de imóveis por parte de cidadãos estrangeiros. Estas medidas permitem não só o acesso livre à circulação no Espaço Schengen por parte de cidadãos não europeus, no caso dos ARI, e incentivos fiscais extremamente interessantes, no caso do Estatuto de Residente não Habitual. Continuamos a assistir a uma preferência sobre a compra de imóveis com a perspetiva de utilização, rentabilização e valorização, quer de imóveis para habitação própria quer para imóveis de segunda residência. A cidade de Lisboa é hoje, sem dúvida, alvo de um enorme interesse a nível internacional. Este efeito foi visível num primeiro momento no mercado turístico mas ultimamente a cidade tem vindo a atrair também importantes fluxos de investimento estrangeiro no setor residencial. As recentes alterações na fiscalidade (taxa liberatória) e as novas regras para Estabelecimentos de Alojamento Local têm impulsionado também a aquisição de apartamentos, com vista à colocação no mercado de arrendamento para estadias de curta duração e/ou para serviced apartments (apartamentos para estadias mais prolongadas para profissionais e expatriados). O sentimeno internacional é de que estamos a atravessar uma oportunidade de ouro para a aquisição de imobiliário em Portugal. As perspetivas para 2015 são muito animadoras e a nossa missão passa por reforçar a posição de Portugal como um dos melhores destinos de imobiliário residencial da Europa, um país com enormes vantagens competitivas, seguro, com um clima fantástico, uma gastronomia reconhecida internacionalmente, um destino turístico de excelência. Head of Residential da JLL PUBLICIDADE Conheça já o novo site da Vida Imobiliária ASSINATURA DIGITAL: TRIMESTRAL Oferta Voucher 5€ ANUAL Oferta Voucher 10€ www.vidaimobiliaria.com €19,99 €49,99 Assine já em: loja.vidaimobiliaria.com *Oferta não acumulável com outras promoções IMOBILIÁRIO 6 MAIO 2015 Atualidade 03 Obrigação de recibo de renda electrónico adiada para novembro Já está disponível desde 1 de maio o serviço de emissão de recibo de renda eletrónico no Portal das Finanças, mas o Governo anunciou que a sua obrigatoriedade foi adiada até novembro próximo Fernanda Cerqueira e Ana Tavares Por despacho do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, os senhorios que, no total do ano, recebam rendas superiores a 838,44 euros, podem passar recibos electrónicos mensais aos seus inquilinos desde 1 de maio, mas não serão alvo de coima em caso do não cumprimento deste procedimento até final de outubro. O referido despacho adia para 1 de novembro a obrigatoriedade de emitir o recibo electrónico e o Secretário de Estado alegou, em declarações à Lusa, que o objetivo desta prorrogação é “permitir um tempo de adaptação dos contribuintes às novas funcionalidades”, já que “a aplicação já está operacional”. Aliás, de acordo com o despacho, os sistemas informáticos da Autoridade Tributária “já estão preparados para a receção da comunicação dos contratos de arrendamento e para a emissão de recibo de quitação electrónico de rendas”. Assim, só a partir da nova data de 1 de novembro os sujeitos passivos de IRS, titulares de rendimentos da categoria F, estão obrigados a emitir recibo electrónico, já que até à referida data os senhorios podem continuar a entregar aos seus inquilinos os recibos de quitação em papel, sem qualquer penalização. Continuam a não estar sujeitos a esta obrigação de comunicação eletrónica os contribuintes que tenham, a 31 de dezembro do ano anterior àquele a que respeitam tais rendimentos, idade igual ou supe- FREEIMAGES.COM Só a partir de 1 de novembro, os senhorios abrangidos serão obrigados ao recibo de renda eletrónico rior a 65 anos, assim como os contribuintes que aufiram rendas ao abrigo de contratos abrangidos pelo Regime do Arrendamento Rural. Os contribuintes que não possuam nem tenham obrigação de possuir caixa postal eletrónica e, cumulativamente, não tenham auferido, ou não prevejam vir a auferir, rendimentos prediais anuais superiores a duas vezes o Indexante dos Apoios Sociais (838,44 euros anuais) ficam também dispensados da emissão do recibo de renda eletrónico. Esta nova obrigação foi introduzida pela Portaria n.º 98-A/2015, publicada no final do mês de março, que aprovou o modelo 2, o modelo do recibo eletrónico de quitação de rendas e o modelo 44 de declaração de discriminação de rendimentos prediais, previstos, respetivamente, no Código do Imposto do Selo (CIS) e no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (CIRS). LOTE TERRENO AV. INDEPENDENCIA DAS COLÓNIAS SETÚBAL PRÉDIO PRAÇA ALMIRANTE REIS, nº 14 SETÚBAL PRÉDIO RUA DOS COMBATENTES DA GRANDE GUERRA Nº 52 SETÚBAL PRÉDIO RUA DA TEBAIDA, Nº9 SETÚBAL VENDE-SE VENDE-SE VENDE-SE VENDE-SE Localizado em zona habitacional na Freguesia de São Julião, Setúbal. Área do lote 990 m2 (aprox.) Localizado em zona habitacional, Freguesia São Julião, Setúbal. Área do lote 147 m2 (aprox.) Localizado em zona habitacional,Freguesia Nossa Senhora Anunciada, Setúbal. Área do lote 1.468 m2 (aprox.) Localizado em zona habitacional, Freguesia São Sebastião, Setúbal. Área do lote 3.560 M2 (aprox.) Certificação Energética: Isento Propostas em envelope fechado até 18 de Maio de 2015. Documentação/informações disponíveis: www.estamo.pt/ Telef.: 217 915 010 e 217 915 015. Certificação Energética: SCE82459129 Propostas em envelope fechado até 18 de Maio de 2015. Documentação/informações disponíveis: www.estamo.pt/ Telef.: 217 915 010 e 217 915 015. Certificação Energética: SCE102488427 Propostas em envelope fechado até 18 de Maio de 2015. Documentação/informações disponíveis: www.estamo.pt/ Telef.: 217 915 010 e 217 915 015. Certificação Energética: CE100691724/SCE100694424/SCE10069 5021 Propostas em envelope fechado até 18 de Maio de 2015. Documentação/informações disponíveis: www.estamo.pt/ Telef.: 217 915 010 e 217 915 015. EM VENDA A leitura deste anúncio não prescinde a consulta do nosso site relativo a este imóvel. A empresa reserva o direito de não vender a propriedade caso as condições oferecidas não correspondam aos seus interesses. É da exclusiva responsabilidade dos concorrentes a recolha de todos os elementos de informação que reputem necessários ou convenientes para a eventual apresentação de propostas designadamente, a efetivação de todas as diligências e a obtenção de todas as informações junto das entidades oficiais competentes, sobre o imóvel, não tendo a Estamo - Participações Imobiliárias, S.A nenhuma responsabilidade nesta matéria e não podendo ser invocada contra ela para nenhum efeito, a eventual insuficiência ou falta de diligencias ou informações disponíveis. Propostas em envelope fechado c/ protocolo ou correio registado com aviso receção até às 17h00 do próximo dia 18/05/2015 para: Av. Defensores de Chaves, 6 - 4.º andar, 1049-063 Lisboa. mais informações: [email protected] / [email protected] www.estamo.pt era.pt 04 Atualidade IMOBILIÁRIO 6 MAIO 2015 “Não basta ter acessibilidades: temos que ter produto e promoção” As palavras são de Jorge Ponce de Leão, Presidente do Conselho de Administração da ANA Aeroportos, que falava num Almoço-Conferência organizado pela Vida Imobiliária MARIA AROUCA Ana Tavares e Susana Correia Porque têm de passar por uma recruta exigente e uma formação contínua, porque trabalham a tempo inteiro, porque vivem e respiram exclusivamente na zona geográfica onde trabalham, o que lhes dá um profundo conhecimento do seu bairro, porque sabem os preços reais do mercado, porque possuem o apoio de uma estrutura à escala nacional – a máquina ERA, porque têm em cada Agência um consultor legal e financeiro que adora triturar papelada e acelerar processos, porque nunca se desligam dos seus objectivos, porque são incansáveis na procura da casa certa para cada família e da família certa para cada casa, por todas estas razões e mais algumas que lhe podemos dizer cara a cara e caso a caso, os Agentes ERA são uma autêntica máquina a vender casas. “Não basta ter acessibilidades reais” disse Jorge Ponce de Leão, frisando que “temos que ter produto e promoção do destino”, uma combinação considerada fulcral para aumentar o tráfego, um dos objetivos centrais para a ANA. Além disso, “se as companhias aéreas não puderem ganhar dinheiro, não vêm para Lisboa”. Na sua opinião, o Algarve é, contudo, “a região mais difícil nesta matéria” devido à sazonalidade. “A sazonalidade está a aumentar“ e, porque “se foi pelo caminho mais fácil”, “entrámos num ciclo vicioso”, defendeu o responsável, que falava durante o Almoço-Conferência organizado pela revista Vida Imobiliária na passada quarta-feira, em Lisboa. No turismo, “quem ganhava dinheiro no Verão para suportar as operações no Inverno já não ganha atualmente” e “muitas companhias cancelam as suas rotas” para este destino, comenta. Para combater esta tendência de aumento de sazonalidade no Algarve, Jorge Ponce de Leão defende que “tem de haver uma intervenção integrada dos operadores turísticos, das entidades de promoção turística e do aeroporto, no sentido de divulgar junto das companhias aéreas as acessibilidades, o produtos para oferecer e a promoção que consiga trazer mais pessoas durante o Inverno”. Em geral, e não apenas em referência ao Algarve, o presidente da ANA considera que “temos de criar condições, trabalhar com os nossos parceiros e conhecer os nossos indicadores macroeconómicos”, uma vez que “queremos que quem vem a Portugal, não deixe de vir por causa dos preços”. ANA focada em fazer crescer tráfego Para Jorge Ponce de Leão a competitividade das taxas aeroportuárias e das rotas são os dois fatores de base para fazer crescer o tráfego aéreo, um dos objetivos centrais da ANA. Além deste desafio, a gestão da capacidade dos aeroportos e a gestão da incerteza estão na lista de prioridades da empresa à qual Jorge Ponce de Leão chegou aquando da privatização. Anteriormente, a ANA regia-se por um modelo mais dedicado às infraestruturas, que “não promovia a eficiên- Jorge Ponce de Leão durante o Almoço-Conferência promovido pela Vida Imobiliária Maiores preocupações são tidas agora com a eficiência e com a diversificação de receita nos aeroportos portugueses, o que já permitiu ao Estado recuperar um investimento de €1.000 milhões cia, não havia incentivo à diversificação de receitas”, um contexto em que “a única forma de aumentar os lucros era investir mais, mesmo que não fosse preciso”. E acredita que ”só mudando este modelo era possível desenvolver valor”. Por isso, e com base numa visão de que os aeroportos “devem ser tratados também como negócios e não só como infraestruturas, porque são muito mais do que isso”, atualmente, o novo modelo baseiase numa atualização das taxas aeroportuárias, que variam “consoante a competitividade do destino”, explica. “É preciso reconduzir as taxas de cada aeroporto nos primeiros 10 anos e depois disso só em função da inflação”.Em jeito de exemplo, Jorge Ponce de Leão avançou que, atualmente, 32% do crescimento do Aeroporto da Portela se deve a novas rotas, 34% a novas operações e 34% a uma maior eficiência operacional. Contribui também para isto uma estrutura de marketing centralizada. Maiores preocupações são tidas agora com a eficiência e com a diversificação de receita nos aeroportos portugueses, o que já permitiu ao Estado recuperar um investimento de 1.000 milhões de euros que tinha feito aquando da privatização da empresa. Quanto a um novo aeroporto para Lisboa, para Jorge Ponce de Leão, uma maior eficiência dos aeroportos portugueses e sucesso da ANA não passará necessariamente pela construção de uma nova infraestrutura. Pelo contrário, acredita que “a construção de um novo aeroporto em Lisboa tiraria competitividade ao Aeroporto da Portela”. O responsável da ANA esteve presente no encontro promovido pela Vida Imobiliária no Hotel InterContinental Lisboa para dar nota dos desafios que a gestão de aeroportos coloca ao nosso país, e a influência que estes podem ter no imobiliário português, numa altura em que a procura dos residentes não habituais ou dos turistas continua a aumentar. Sob o título “Infraestruturas Aeroportuárias: Competitividade e Desafios”, o Almoço-Conferência reuniu cerca de 100 pessoas ligadas ao imobiliário e ao turismo, contando com os apoios da CBRE, Grupo SIL, Schmitt+Sohn, Uría Menéndez-Proença de Carvalho, ULI, Santos da Casa, Luz e Som, e InterContinental. 06 Oportunidades IMOBILIÁRIO 6 MAIO 2015 Regresso à compra de casa estimula venda de terrenos para construção Depois de uma acentuada retração na compra de habitação, os Portugueses parecem estar a voltar a este negócio, o que abre oportunidades para a venda de terrenos destinados à promoção de novos projetos ISTOCKPHOTO.COM/UNKAS_PHOTO Mercado Para Pedro André, do Marketing da Direção de Negócio Imobiliário do Millennium bcp “agora é o momento e a oportunidade para adquirir lotes de terreno para construção (em altura) ainda a preços muito competitivos”. É que, no atual momento, começa já a “haver falta de nova habitação”, e além disso, “há também uma maior apetência dos clientes particulares pela aquisição de casa”, impulsionado pelo “seu custo atual” e pela “evolução dos preços e spreads de crédito”, considera. Esta é, na sua opinião, uma “conjugação de fatores que potencia as oportunidades para a aquisição de lotes de terreno”. Por isso, e já a pensar no ciclo imobiliário, que pressupõe um tempo de desenvolvimento nunca inferior a dois anos entre a aquisição de um terreno, desenvolvimento do projeto e disponibilização do produto ao consumidor, o Millennium bcp acaba de colocar-se em campo para reforçar a venda de terrenos destinados à construção em altura, estando atualmente a apostar na comercialização de um lote de terrenos direcionados para o desenvolvimento de novos projetos imobiliários. “O objetivo é encontrar investidores, construtores ou promotores interessados em investirem para satisfazer as necessidades que se começam a verificar no mercado local, sendo este o momento em Portugal para adquirir este tipo de ativos”, reforça Pedro André. As mediadoras UON e Euro Estates são responsáveis pela comercialização desta carteira de 45 terrenos com potencial para construção em altura nos distritos de Lisboa, Porto, Aveiro e Faro, abrangendo valores que podem ir de €70.000 a €4.000.0000 e áreas de construção de 250 m2 a mais de 9.000 m2. Em termos de localizações, destacam-se em Lisboa a Alta de Lisboa no Lumiar, Loures/Camarate e a Venteira Amadora. Mais a Norte, o destaque vai para Gondomar e Vila Nova de Gaia, e no Centro, em Aveiro, mais concretamente Santa Maria da Feira. Já no Algarve os lotes situam-se em Silves/Algoz. De acordo com Ricardo Pereira da UON, “o mercado imobiliário nacional começa agora a dar sinais de Impulsionado pela retoma na compra de casas, o atual momento poderá ser uma boa oportunidade para iniciar novos projetos de promoção alguma retoma”, que é “mais evidente no mercado residencial”, até tendo em conta “a aposta clara por parte dos operadores da Banca em voltar progressiva e cautelosamente à concessão de financiamento”. Por isso, na sua opinião, e com base em dados da AECOPS, não será de estranhar a evolução positiva da atividade de construção. “Prevê-se que a evolução da construção de edifícios termine o ano de 2015 com um crescimento de 1,1%, após uma evolução negativa de -8% em 2014”, nota. E também Diogo Pitta Livério, diretor comercial da Euro Estates, nota que “nesta área (da venda de terrenos para promoção) tem-se sentido, desde início do ano, uma maior procura deste tipo de produto”, embora ressalve que a base de comparação é modesta, já que que “a construção estagnou nos últimos anos. Expetativas positivas As expectativas para colocação destes terrenos no mercado são positivas, quer por parte do Banco, proprietário dos mesmos, quer por parte das entidades encarregues da comercialização. Sobretudo dirigidos a promotores e construtores, estes ativos têm, desde logo, como vantagem o facto de “alguns estarem inseridos em urbanizações que já têm edifícios terminados e habitados”, diz Diogo Pitta Livério, comentando que “este fator é uma vantagem face os projetos que se iniciam a partir do zero e sem referências”. Por outro lado, “os valores são muito competitivos face ao mercado, existe financiamento bancário (para aquisição) e a credibilidade da entidade vendedora também ajuda”, diz este profissional. Ricardo Pereira, da UON, acrescenta ainda à lista de argumentos de venda destes lotes de terreno o facto de se localizarem “em concelhos de procura com elevada demografia, além do potencial de construção que apresentam”. Além disso, considera este representante da UON, “pode ser uma oportunidade para incrementar a exposição de algumas empresas, após um período particularmente contraído no mercado imobiliário”. Da parte do Banco, pretende-se “devolver estes ativos ao mercado a um preço justo e equilibrado”, permitindo por um lado “o regular funcionamento dos mercados” e também “o acesso aos mesmos a quem tem capacidade de desenvolver projetos e queira aproveitar o atual momento do mercado, o qual começa a dar sinais positivos nas localizações dos lotes selecionados”, afirma Pedro André. Estratégia de comercialização personalizada A carteira de terrenos detidos pelo Banco que estão atualmente em comercialização é marcada pela diversidade de “dimensões e capacidades construtivas”, o que se traduz na possibilidade de “investimentos bastante díspares”, comenta Pedro André. Assim, e a título de exemplo, “por 69 mil euros no Algarve pode adquirir um lote com possibilidade construtiva de 3 pisos acima do solo. Mas em Lisboa, está disponível um terreno por 3,9 milhões de euros num lote com 1.312 m2 cuja capacidade construtiva é de 4 pisos abaixo do solo para uma área bruta de 5.250 m2 e de 11 pisos acima do solo com área bruta de uso habitacional de 9.300 m2 e de comércio e serviços de 701 m2 de construção”. Para dar resposta a estas especificidades, o Banco criou uma estratégia comercial assente na personalização. Explicando tratar-se de uma ação business-to-business, Pedro André sublinha que o objetivo é ativar “planos comunicacionais e comerciais específicos ativo a ativo”. “Cada lote tem as suas especificidades, que devem ser conhecidas a fundo nos termos daquilo que estava programado para o lote, passando pelo que o mercado valoriza e necessita hoje, aliado ao que os Planos Diretores Municipais e Intermunicipais hoje permitem”, diz Pedro André. Da parte do Millennium bcp, “estamos em condições de analisar todas as propostas para a aquisição dos mesmos,”, esclarece Pedro André, acrescentando que “será sempre uma análise casuística face a cada ativo e adequando-se a melhor solução a cada cliente”. Da parte das duas mediadores responsáveis pela comercialização desta bolsa, o desafio é plenamente aceite. Na UON, que é responsável por um lote de 24 terrenos, “prepara-se um acompanhamento comercial forte, eficaz e segmentado focado no target mais provável”, uma postura complementada pela “aptidão para promover análises de investimento especializadas para cada um dos ativos entregues, com grande proximidade de cada entidade envolvida”, explica Ricardo Pereira. Já Diogo Pitta Livério, da Euro Estates (que está encarregue da comercialização de 21 terrenos), frisa que “iremos fazer um trabalho muito próximo dos potenciais players interessados neste tipo de produto, acompanhando-os até à colocação do produtos no mercado, estando sempre presentes em todas as fases do mercado”. IMOBILIÁRIO 6 MAIO 2015 Oportunidades 07 Oportunidades Mais Oportunidades Millennium na área de imobiliário de millenniumbcp.pt. Marque as suas visitas através da linha M Imóveis 707 91 20 20 (atendimento personalizado das 10h-22h). Custo máximo por minuto: 0,10€ para chamadas a partir da rede fixa e 0,25€ para chamadas a partir da rede móvel. Acresce IVA. Imobiliário Expetativas de preços cada vez mais positivas O RICS/Ci PHMS de Março de 2015 continua a apontar para uma suave recuperação dos preços, com os aumentos sustentados da procura e do volume de vendas a fortalecer as expetativas de subida dos preços no futuro. No sector de arrendamento, pela primeira vez em quase quatro anos, as rendas mantiveram-se estáveis em todas as regiões abrangidas pelo inquérito, sendo que as expetativas apontam para uma continuação desta tendência. O índice de confiança nacional (uma medida composta dos preços e expetativas de vendas) aumentou mais uma vez para um nível recorde atingindo +38, melhorando a leitura positiva de +36 observada no mês anterior. TERRENO Refª: 60233 Preço: € 3.478.000 Concelho: Lisboa Freguesia: Lumiar Localização: Alta do Lumiar Malha 34 - Lt 12 Área: 1.370 m² Portuguese Housing Market Survey Mercado de Compra e Venda Expectativas sobre preços 20 0 -20 -40 -60 -80 Set. 2010 Mar. 2015 TERRENO Refª: 63879 Preço: € 69.000 Concelho: Silves Freguesia: Algoz e Tunes Localização: Urbanização Horta do Algoz Palmeiral Lt 10 Área: 360 m² Mercado de Arrendamento Expectativas sobre rendas 10 0 -10 -20 -30 -40 -50 -60 Out. 2011 Mar. 2015 Expectativas no Mercado de Compra e Venda e no de Arrendamento Março de 2015 Nacional Grande Lisboa Grande Porto Algarve Compra e Venda Actividade 47 45 56 38 Preços 29 40 5 23 Arrendamento Actividade 4 2 17 -8 Preços 4 0 0 25 Nota: resultados em saldos de respostas extremas (ver mais no site da Ci A Confidencial Imobiliário (Ci) é uma revista de Market Intelligence, especializada na produção de estatísticas sobre imobiliário, orientadas para profissionais. Saiba mais em www.confidencialimobiliario.com Fonte: RICS/Confidencial Imobiliário TERRENO Refª: 62110 Preço: € 255.000 Concelho: Vila Nova de Gaia Freguesia: São Félix da Marinha Localização: Travessa do Fojo, Lugar Além do Rio (Artº3893) Área: 5.914 m² TERRENO Refª: 24504 Preço: € 351.000 Concelho: Aveiro Freguesia: Santa Maria da Feira, Travanca, Sanfins e Espargo Localização: Rua Dra Maria de Lourdes Portela, Lt 4 Área: 1.176 m² Pensa em Comprar Casa? Quando se trata de comprar uma propriedade, nenhuma decisão deve ser tomada de ânimo leve. &RPSUHFDVDGHIRUPDVHJXUD em 23257$/,02%,/,È5,2'(32578*$/ ASSOCIAÇÃO DOS PROFISSIONAIS E EMPRESAS DE MEDIAÇÃO IMOBILÁRIA DE PORTUGAL 87c9b342-28ae-4427-badb-1b56a9b2ce17