COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS. Estudo das Propriedades Físicas e Mecânicas de Solos Não Coesivos Usados em Aterros de Dutovias Thaise da Silva Oliveira Morais Universidade Federal de Alagoas, Maceió, Brasil, [email protected] João Manoel Sampaio Mathias dos Santos Filho Universidade Federal de Alagoas, Maceió, Brasil, [email protected] Viviane Carrilho Leão Ramos Universidade Federal de Alagoas, Maceió, Brasil, [email protected] RESUMO: Neste trabalho é avaliado a influência da adição de fibras poliméricas de polipropileno no comportamento mecânico de uma areia utilizada como material de aterro na instalação de dutos subterrâneos. Para tanto foi elaborada uma campanha de ensaios de cisalhamento direto com e sem material de reforço, além dos ensaios convencionais de caracterização realizados em laboratório. Os resultados indicam um aumento na resistência ao cisalhamneto com adição de fibras. PALAVRAS CHAVES: Dutovias, Areia, Solos Não Coesivos, Aterros Reforçados. 1 INTRODUÇÃO estes executados por processo destrutivo que consiste na escavação de vala ou trinxeira no solo para sua instalação. Dutos subterrâneos são aqueles que foram enterrados para evitar a sua vulnerabilidade à acidentes diversos, curiosidade da população e vandalismo, ou seja, são tubos que são envolvidos pelo solo, que no contexto participa como meio protetor do sistema, consequentemente, as linhas de dutos enterrados são estruturas que trabalham em meio ambientes de grande complexidade. Entre as características vantagens e desvantagens que o mecanismo de dutos subterrâneos proporcionam, existe um ponto negativo que é incontestavelmente cruscial para a definição dos estudos e no desenvolvimento de pesquisas com o propósito de identificar, prevenir e principalmente evitar possíveis acidentes devido a vazamentos destas vias, os quais causam riscos de incêndio e explosões, bem como desconforto respiratório à população, e as ocorrências que causam impacto ambiental como por exemplo a contaminação de mananciais, solos e de áreas litorâneas. Desta forma, esta pesquisa se desenvolve tomando como principal objetivo a preservação e garantia da integridade física e mecânica dos dutos, e na busca do melhor aproveitamento das Com o desenvolvimento industrial no Brasil, incluindo especialmente às indústrias petroquímica e petrolífera, tornou-se rotineiro o uso de sistema de dutos enterrados os quais devido à grande relevância destes setores no cenário econômico mundial e ambiental, vêm a cada dia promovendo a necessidade do desenvolvimento de pesquisas e trabalhos diversos nesta área, buscando principalmente um melhor entendimento do comportamento das linhas de tubos. De acordo com Colussi et al. (2009), um sistema estrutural composto por dutos é constituído basicamente por tubos desenvolvidos e construídos de acordo com os procedimentos normativos em vigor para: transportar petróleo e seus derivados, álcool, gás, produtos químicos diversos e entre outros, por distâncias consideravelmente longas, sendo então denominados de acordo com o tipo de material que transporta, ou seja, oleodutos, gasodutos, polidutos, minerodutos, adutoras e etc. Tal mecanismo de condução, é dividido em três tipos principais: subterrâneos, submarinos, e aparentes ou aéreos. Neste trabalho serão abordadados apenas os subterrâneos, tendo sido 1 COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS. funcionalidades deste mecanismo de condução indispensável para o desenvolvimento. O trabalho estuda e avalia o comportamento mecânico de solo não-coesivo com e sem reforço, corriqueiramente utilizado como meio circundante dos sitemas de tubos enterrados. A principal função deste meio é garantir o decréscimo das solicitações aos tubos, pois este age como dissipador dos esforços que solicitam o sistema. Para tanto, o presente trabalho foi desenvolvido em três etapas: uma preliminar de obtenção e escolha do solo, incluindo ensaios laboratoriais para a determinação das suas propriedades físicas; em seguida, foram realizados ensaios de cisalhamento direto com o objetivo de obter os parâmetros de resistência do solo com e sem reforço. Por fim, comparouse os resultados dos ensaios de resistência nestas duas condições, buscando assim, avaliar a eficiência do reforço. Todos os ensaios de caracterização física e de resistência mecânica foram executados no Laboratório de Geotecnia da Universidade Federal de Alagoas. 3 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA Para a determinação das propriedades do solo foram realizados ensaios de granulometria, determinação da massa específica dos grãos, índice de vazios máximo e mínimo. 3.1 Análise Granulométrica A granulométrica do solo em questão foi realizada de acordo com os procedimentos propostos pela ABNT/NBR 7181 (1984). A partir do ensaio, foi gerada a curva apresentada na figura 1, onde é possível verificar que o solo possui aproximadamente 7% de areia fina, 82% de areia média e 11% de areia grossa; de acordo com o resultado granulométrico obtido, foi classificado como uma areia média à grossa, de granulometria uniforme e mal graduada, sem pedregulhos e isenta de finos, tendo sido enquadrada segundo os critérios do Sistema Unificado de Classificação de Solos (SUCS), no grupo dos solos grossos, recebendo as siglas SP . Curva Granulométrica 100 SOLO ESTUDADO Percentual passando ou em suspensão (%) 2 Para o início dos estudos, foram coletadas amostras de solos não coesivos de quatro regiões diferentes do Estado de Alagoas. Estes locais foram selecionados devido à constante utilização dos solos destas regiões como material na construção civil. Dentre estes solos, o critério de escolha consistiu na mineralogia, buscando o material que fosse composto em sua maioria por quartzo. Este critério foi adotado visando a posterior utilização do mesmo nos ensaios em uma caixa de teste para simulação do comportamento de dutos enterrados. O solo utilizado no estudo é uma areia, da cidade de Capela-AL, obtida por processo de dragagem de um rio da região. Todas as amostras foram coletadas e preparadas segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT/NBR 6457 (1986) para os ensaios de caracterização física. 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 0,01 0,1 1 10 100 Diâmetro das partículas (mm) Figura 1. Curva garnulométrica do solo. Segundo Das (2007), a forma das partículas presentes em um solo é igualmete importante quanto a distribuição granulométrica, pois tem influência significativa nas propriedades do mesmo. Pinto (2006), afirma que o formato dos grãos de uma areia influi diretamente no seu comportamento mecânico, por determinar como eles se encaixam e se entrosam, e, em contrapartida, como eles deslizam entre sí 2 COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS. 12051 (1991) respectivamente. Para a realização dos ensaios, a areia se encontrava totalmente seca. Após os procedimentos de ensaio, chegou-se aos seguintes resultados: emáx = 0,89 e emín = 0,60. quando solicitados por forças externas. Através da observação do solo por meio de lupa binocular, foi possível avaliar a forma das partículas do mesmo. Utilizando esta metodologia, concluiu-se que o solo é basicamente composto por grãos angulares e subangulares, Das (2007). As imagens dos grãos são mostradas na figura 2. 4 ENSAIOS DE RESISTÊNCIA Os esforços compressivos nos solos geram interiormente no maciço, tensões desviadoras de compressão e cisalhamento. O normal é que, no caso de ruptura, nessas circunstâncias, ela se dê por cisalhamento, dependendo no estágio atingido pelas tensões cisalhantes geradas. Tudo dependendo do nível atingido pelas tensões cisalhantes geradas e da resistência do solo ao cisalhamento (BARATA, 1984). Os parâmetros de resistência mecânica do solo foram determinados através de ensaios de cisalhamento direto, utilizando diferentes níveis de tensões normais, e realizados inicialmente com o material natural e em seguida com aditivo de reforço. 4.1 A metodologia empregada na realização dos ensaios de cisalhamento direto foi a descrita por LAMBE (1967). As envoltórias de tensões são obtidas sempre com os mesmos valores de tensões confinantes efetivas (50, 100 e 150 kPa), uma vez que este trabalho estuda a resistência mecânica de um solo granular utilizado em estruturas compactas rasas, como em aterros nos sistemas de dutos subterrâneos. Além dos baixos valores de tensões, o ensaio foi executado sob deformações (deslocamentos) controladas. Para a moldagem dos corpos de prova, foi determinado o peso específico aparente seco correspondente a uma Dr de 70%, pois segundo PINTO (2006), a partir desta o solo em questão é considerado compacto. Para a confecção dos copos de prova, optou-se pela densificação por vibração. Figura 2. Fotografias das partículas de solo, escala da foto para 1mm. 3.2 Massa Específica dos Grãos de Solo Para a determinação da massa específica dos grãos foi seguido o método descrito na norma ABNT/NBR 6508 (1984); a partir daí, chegouse ao valor de 2,64 g/cm³. 3.3 Cisalhamento Direto Convencional Índice de Vazios Máximo e Mínimo A determinação do valor dos índices de vazios máximos e mínimos de solo (areia) foi de acordo com os procedimentos mencionados na ABNT/NBR 12004 (1990) e ABNT/NBR 5 3 REFORÇO À RESISTÊNCIA COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS. MECÂNICA DO SOLO serem quimicamente inertes e por estarem disponíveis abundantemente no mercado. Os filamentos poliméricos possuem espessura de 100 dtex equivalente a 0,10 mm, e comprimento de 12 mm. As propriedades mecânicas das fibras usadas nos ensaios estão apresentadas na tabela 1. Devido à sua complexidade, o solo nem sempre atende as necesidades de projeto. Técnicas de melhoramento destas características são conhecidas pelo homem e cresce a utilização das mesmas. Neste contexto, a técnica do reforço em solos surge como alternativa de solução, tornando viável o uso deste solo através da adição de algum elemento de reforço. O conceito de melhoria das características mecânicas dos solos através da inclusão de elementos de reforço não é recente, pelo contrário, desde antes de Cristo o homem já utilizava este método para proporcionar maior resistência a tijolos de argila através da inclusão materiais vegetais. (MACCAFERRI, 2008). Segundo CASAGRANDE (2005), a técnica de melhoria e reforço de solos é o uso de processos físicos e/ou químicos que almejam o aperfeiçoamento de caracterísiticas mecânicas dos mesmos. O termo melhoria, está associado ao tratamento por meio de procesos químicos, enquanto que o termo reforço, à utilização de inclusões em aterros ou taludes. CASAGRANDE (2001) ainda afirma que a busca pela melhoria no desempenho de materiais sujeitos a problemas devido o surgimento de tensões e deformações de cisalhamento, vem sendo utilizada, como alternativa, a técnica de reforço de solos pela adição de fibras, que passam a exercer função de elementos de ancoragem que não impedem a formação de fissuras, mas atuam diretamente no controle da propagação destas, melhorando as características mecânicas do mesmo. GOIVINHO (2009) afirma que a técnica de reforço de solos com fibras poliméricas, faz parte da atual tecnologia dos materiais compósitos, que a cada dia desperta grande interesse no meio científico. 5.1 Tabela 1. Resumo das propriedades das fibras. Propriedades Mecânicas Fibra Comprimento (mm) Diâmetro (mm) Densidade Relativa Módulo de Elasticidade (GPa) Resistência à Tração Última (MPa) Deformação na Ruptura (80%) 12 0,10 0,91 3 120 80 A proporção de fibra adicionada à mistura foi determinada em relação à massa de solo seco (0,5% em massa). A escolha deste teor de fibras é devida à necessidade em delimitar os objetivos de pesquisa e, também, com base na literatura (FEUERHARMEL 2000; e.g. CASAGRANDE 2001 e 2005; FESTUGATO, 2008; GOIVINHO, 2009) Após ser determinada a quantidade de cada material, os componentes foram adicionados em um recipiente, passando em seguida por um processo manual de mistura, garantindo desta forma uma melhor homogeneização da mistura. O exame visual do material final comprovou a que a mistura encontrava-se devidamente uniforme. 6 RESULTADOS E ANÁLISES A Figura 3 apresenta os resultados dos ensaios de cisalhamento direto realizados com as amostras de areia sem reforço, onde, para cada tensão confinante efetiva, é determinada uma curva de resistência em função da deformação distorcional e de deformação volumétrica versos a distorcional do material. Fibras Para este trabalho foram utilizadas fibras poliméricas de polipropileno produzidas pela indústria Fitesa Fibras e Filamentos S/A. Tais fibras são freqüentemente utilizadas na indústria têxtil, tendo sido escolhidas por apresentarem características uniformes e bem definidas, 4 COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS. Figura 4. Gráficos tensão–deformação distorcional de 10% e deslocamento vertical-distorcional do solo com reforço submetido a diferentes tensões confinantes. Para o solo não coesivo em questão, estando o mesmo reforçado com fibras, foram observados os valores para o parâmetro φ listados na tabela 3. Tabela 3. Ângulos de Atrito encontrados para o solo com 0,5% de fibras. Ângulo de Atrito - φ C/Fibra Pico C/Fibra Pós-Pico Figura 3. Gráficos tensão–deformação distorcional de 10% e deslocamento vertical-distorcional do solo sem reforço submetido a diferentes tensões confinantes. O solo reforçado apresentou um aumento no ângulo de atrito de 10,11% na tensão de ruptura, enquanto que no pós-pico de 2,07%. Então a adição de fibras proporcionou ao material granular estudado, considerável acréscimo de resistência ao aumentar φ. As envoltórias de resistência dos ensaios execultados são apresentadas nas Figuras 5 e 6, sendo, respectivamente de resistência de pico e pós-pico. Através dos resultados do cisalhamento, chegou-se ao parâmetro φ (ângulo de atrito) correspondente à resistência de pico e residual respectivamente. A tabela 2 resume os valeres encontrados para φ da areia ensaiada. Tabela 2. Ângulos de Atrito encontrados para o solo com 0% de fibras. Ângulo de Atrito - φ S/Fibra Pico S/Fibra Pós-Pico 42,49° 35,51° 38,59° 31,85° São apresentados na figura 4 os resultados dos ensaios de cisalhamento direto nas amostras reforçadas com 0,5% (em massa) de filamentos poliméricos de polipropileno. Figura 5. Envoltória de resistência de pico do solo sem e com adição de fibras. 5 COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS. Figura 6. Envoltória de resistência de residual do solo sem e com adição de fibras. Com base na literatura (PINTO, 2006) onde são apresentados valores típicos para φ de solos granulares, o solo em questão trata-se de uma areia mal graduada, composta por grãos angulares e no estado compacto, já que ângulo de atrito de pico estão no intervalo de 35° a 43°, o que justifica a classificação. As curvas de deslocamento vertical versus deformação distorcional das amostras com e sem reforço, apresentam valores inesperados de deformação volumétrica, atribuídos à variabilidade inerente ao ensaio (FESTUGATO, 2008). Porém, observa-se que todas as amostras comportaram-se volumetricamente (no ensaio de cisalhamento) como areias compactas, havendo inicialmente pequenas ou quase nulas compressões seguidas de maiores expansões (PINTO, 2006). Na Figura 5 é apresentado por meio de gráfico comparativo o incremento de resistência com a inclusão de fibras. Figura 5. Gráfico tensão–deformação distorcional de 10% e deslocamento vertical-distorcional do solo com e sem reforço. As Tabelas 4 e 5 resumem os resultados do comportamento tensão-deformação do solo com e sem reforço. Tabela 4. Resultados de resistência mecânica do solo. Tensão de adensamento (kPa) 50 100 150 Ensaio sem fibra Tensão Tensão Normal Tensão Residual na Ruptura Ruptura (kPa) (kPa) (kPa) 51,3 40,9 31,6 102,2 88,8 69,4 154,2 118,3 104,3 Tens. Normal Res. 55,6 111,1 166,7 Tabela 5. Resultados de resistência solo-fibra. Tensão de adensamento (kPa) 50 100 150 Ensaio com fibra Tensão normal Tensão Tensão na ruptura Residual Ruptura (kPa) (kPa) (kPa) 50,9 50,0 40,2 102,4 92,6 69,8 154,1 140,8 105,3 Tens. Normal Res. Residual (kPa) 55,6 111,1 166,7 Em vista dos resultados encontrados observa-se que com a utilização das fibras ocorreu um aumento na resistência de pico e pós-pico, sendo mais significativo na ruptura. 7 6 CONCLUSÕES COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS. Casagrande, M. D. T. Estudo do comportamento de um solo reforçado com fibras de polipropileno visando o uso como base de fundações superficiais. 2001. Dissertação de Mestrado, Programa de PósGraduação em Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre. 95p. Casagrande, M. D. T. Comportamento de solos reforçados com fibras submetidos a grandes deformações. 2005. Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre. 219p. Das, Braja M. Fundamentos de Engenharia Geotécnica / Braja M. Das; tradução All Tasks; revisão técnica Pérsio Leister de Almeida Barros. – São Paulo: Thomson Learning, 2007, 561p. Título original: Principles of geotechnical engineering. Tradução da 6. ed. americana. Festugato, L. Análise do Comportamento Mecânico de um Solo Micro-reforçado com Fibras de Distintos Índices Aspecto. 2008. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre. 145 p. Feuerharmel, R. M. Comportamento de Solos Reforçados com Fibras de Polipropileno. 2000. 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Apartir dos resultados obtidos observou-se que a adição do material de reforço proporcionou significativo aumento nos parâmetros de reisistência do solo em questão. Os ensaios demostraram que a resistência do solo aumenta com o aumento da tensão confinante efetiva, confirmando desta forma a correlação entre tensão normal e tensão de pico do solo. Contudo vale salientar que o estudo se desenvolveu pressupondo que os processos de instalação de dutovias foram execultados de forma adequada, incluindo uma correta compactação do solo de aterro, o que resulta na maior capacidade de suporte dos esforços solicitantes. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem ao Laboratório de Geotecnia da Universidade Federal de Alagoas e ao CNPq pela concessão da bolsa de estudo. À doutouranda Taíse Monique Carvalho da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro pelo apoio na realização deste trabalho. REFERÊNCIAS ASTM D2487 de 1985: Standard Classification of Soils for Engineering Purposes (Unified Soil Classification System). Associação Brasileira de Normas Técnicas. Solo - Análise granulométrica : NBR 7181. Rio de Janeiro: ABNT, 1984. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Solo Determinação da massa específica aparente: NBR 6508. Rio de Janeiro: ABNT, 1984. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Amostra de solo – Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização: NBR 6457. Rio de Janeiro: ABNT, 1986. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Solo – Determinação do índice de vazios máximo de solos não coesivos: NBR 12004. Rio de Janeiro: ABNT, 1990. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Solo – Determinação do índice de vazios mínimo de solos não coesivos: NBR 12051. Rio de Janeiro: ABNT, 1991. Barata, F. E. Propriedades mecânicas dos solos: uma introdução ao projeto de fundações. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos S.A. 1984. 7