Aging, “normal” vision and minimum requirements in visually demanding occupations John Barbur, PhD City University of London, (UK) Brief Curriculum Vitae Envelhecimento, visão "normal" e requisitos mínimos em ocupações visualmente exigentes Breve Curriculum Vitae John Barbur is Professor of Optics & Visual Science and Director of the Applied Vision Research Centre at City University London. John trained at Imperial College where he studied Physics, Applied Optics and Vision Science. As a Fulbright Scholar he spent time at the Center for Visual Science in Rochester (NY) where he worked on colour vision and visual performance in the mesopic range. His research interests cover both fundamental studies of visual mechanisms as well as applied and clinical research. John Barbur é Professor de Óptica e Ciências da Visão e Diretor do Centro de Investigação de Visão Aplicada na City University em Londres. Estudou no Imperial College, onde estudou Física, Óptica Aplicada e Ciências da Visão. Como bolsista da Fulbright esteve Centro de Ciência Visual em Rochester (NY), onde trabalhou na visão de cor e desempenho visual na gama mesópica. Os seus interesses de pesquisa abrangem os estudos fundamentais dos mecanismos visuais, bem como a investigação aplicada e clínica. Abstract Our vision changes gradually as we grow older, but we often remain unaware of normal, age-related changes until we reach our fifth decade. These changes affect mostly the optics of the eye and the retina and we find that we can no longer carry out many occupational vision tasks at lighting levels that were fully adequate when we were young. The effects of lighting on vision become more apparent above 50 years of age when we also start losing our near vision, as we are no longer able to focus our eyes to see close objects clearly. The way aging affects our visual performance is by no means homogeneous. At optimum light levels normal aging can often be described as a very gradual, almost linear worsening of acuity, functional contrast sensitivity and colour vision. At lower light levels, that are still completely adequate for young subjects, older subjects are in general more affected with very large inter subject variability. It is not uncommon for a sixty year old subject to require a tenfold increase in light level to achieve adequate functional vision when compared to a twenty year old. Diseases of the retina are also more common in old age and almost invariably lead to rapid worsening of vision, with very early, subclinical losses in colour sensitivity. Colour assessment has become of great interest in recent years because of the need to quantify severity of loss in congenital deficiency with relevance to occupational environments, and also for its increased use in the very early detection and monitoring of retinal disease. Data that describe variability in relation to the key parameters involved in the very early stages of chromatic processing in the retina will be presented. The effects or normal aging on colour vision will also be described together with observed monocular / binocular differences. Resumo A visão muda gradualmente à medida que envelhecemos, mas muitas vezes continuamos inconscientes destas alterações relacionadas com a idade até chegarmos à nossa quinta década. Essas alterações afetam principalmente o sistema ótico do olho e a retina, e percebemos que já não podemos realizar muitas tarefas visuais ocupacionais em níveis de iluminação que eram totalmente adequados quando éramos jovens. Os efeitos de iluminação na visão tornam-se mais visíveis acima dos 50 anos de idade, quando começamos a perder a visão de perto e já não somos capazes de focar para ver nitidamente objetos próximos. A forma como o envelhecimento afeta o nosso desempenho visual não é homogénea. Em níveis de iluminação ideais o envelhecimento normal pode ser descrito muitas vezes como um agravamento muito gradual, quase linear, da acuidade visual, sensibilidade ao contraste e visão das cores. Em níveis de iluminação baixos, que ainda são completamente adequados para indivíduos jovens, os indivíduos mais velhos são, em geral, mais afetados existindo uma grande intervariabilidade entre sujeitos. Não é incomum um indivíduo de 60 anos de idade necessitar de um nível de iluminação 10 vezes superior para alcançar uma visão funcional adequada quando comparado com um jovem de 20 anos. Doenças da retina também são mais comuns na velhice e quase invariavelmente levam à rápida detioração da visão e desde muito cedo a perdas subclínicas da sensibilidade cromática. A avaliação da cor tornou-se de grande interesse nos últimos anos devido à necessidade de quantificar a severidade da perda em deficiências congénitas com relevância nos ambientes de trabalho e também a maior utilização na detecção precoce e acompanhamento de doenças de retina. Serão apresentados dados que descrevem a variabilidade em relação a parâmetros chave envolvidos na fase inicial de Results of clinical studies that illustrate the usefulness of age-corrected, normal limits of chromatic sensitivity will also be presented. processamento cromático na retina. Também serão descritos os efeitos do envelhecimento normal da visão de cores juntamente com diferenças observadas de visão binocular/monocular. Serão também apresentados resultados de estudos clínicos que ilustram a utilidade de limites normais de sensibilidade cromática, corrigidos para a idade.