Uso de água ozonizada e de óleos essenciais no controle in vitro de Candida albicans Laís Gonzales¹,Dora Inés Kozusny-Andreani²,Renato Amaro Zangaro3, Roberto Andreani Junior3 1 Discente do Curso de Medicina Universidade Camilo Castelo Branco (UNICASTELO), 2 Docente do Programa de Pós graduação Stricto Senso e do Curso de Medicina Universidade Camilo Castelo Branco (UNICASTELO) 3 Docentes do Programa de Pós graduação Stricto Senso Universidade Camilo Castelo Branco (UNICASTELO) Fone / Fax: 17 – 3465 – 4200 [email protected], [email protected], [email protected]; [email protected] Palavras-chave: Candida albicans, óleos essenciais; ozônio, controle in vitro. Tema: Uso de água ozonizada e de óleos essenciais no controle in vitro de Candida albicans INTRODUÇÃO: Candida albicans é uma levedura considerada comensal da microbiota de humanos saudáveis, podendo tornar-se patogênicas quando houver alterações nos mecanismos de defesa do hospedeiro, utilizando como principais fatores de patogenicidade e virulência a sua capacidade de aderência a diferentes mucosas e epitélios. .Infecções por Candida envolvem um espectro amplo de doenças superficiais e invasivas, como infecções de pele e mucosas e infecções sistêmicas. Com o surgimento de cepas resistentes a antifúngicos, nos últimos anos houve aumento na procura de terapêuticas alternativas para o controle dessas micoses. Pesquisas mostraram que os óleos essenciais e o ozônio exercem papel fundamental no controle de micro-organismos, sendo menos agressivos e não promovem resistência. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a eficácia da água ozonizada e de óleos essências no controle in vitro de Candida albicans MATERIAL E MÉTODOS: A pesquisa foi realizada no laboratório de Microbiologia da Unicastelo/campus Fernandópolis, foi utilizada a linhagens padrão de Candida albicans ATCC 25923 e os óleos essenciais de canela, copaíba, cravo da India, capim limão, laranja doce, manjericão, pequi, pinho, tangerina e malaleuca. A linhagem foi inoculada, previamente, em Brain Heart 6 Infusion (BHI) e incubadas a 35ºC/24 horas, após este período foram padronizadas para valores de 10 Unidades -1 Formadoras de Colônias (UFC) mL e em seguida utilizadas para os testes de suscetibilidade. Os óleos essenciais foram diluídos em solução salina (NaCl 0,5%) e 0,05 mL de Tween20, obtendo-se as concentrações (%) 0,8, 1,7; 3,1; 6,25; 12,25; 25; 50;100. A sensibilidade bacteriana aos óleos essências foi, avaliada pela concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração mínima bactericida (CMF). Na determinação da CIM empregou-se a técnica de microdiluição em placa, de acordo com a metodologia preconizada pelo National Committee for Clinical Laboratory Standards (NCCLS). Para determinar a CMF foram retirados 100µL da solução dos poços das placas empregados na CIM e transferidos para placas de Petri contendo meio ágar sabouraud dextrose, o sendo incubadas a 37 C por 24 horas, quando foram avaliadas quanto ao crescimento. A CIM foi considerada como a menor concentração de óleo capaz de inibir o desenvolvimento fungico e a CMF, a menor concentração de óleo que apresentou 0,01% de células viáveis. Para avaliar a atividade antifúngica do ozônio, uma cultura de 24 horas em meio BHI foi diluída em solução salina (NaCl 0,5%), resultando uma 6 -1, concentração de 1,5x 10 UFC mL esta solução foi submetida a ozonização em tempos diferentes, utilizando um gerador de ozônio (Ozon Life) Alíquotas de 0,1mL foram retiradas e inoculadas em ágar Sabouraud, e incubadas a 35ºC/24 horas, quando foram avaliadas quanto à presença de colônias. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Verificou-se atividade antifúngica dos óleos essenciais de canela, copaíba, cravo da India, capim limão, laranja doce, manjericão, pequi, pinho, tangerina e malaleuca, e baixa eficiência dos de laranja doce, pinho e tangerina. A ozonização por quinze minutos teve efeito fungicida sobre C. albicans. CONCLUSÃO: A atividade fungicida verificada dos óleos essenciais e do ozônio, abrem possibilidade de uso para controle de micoses. Encontro de Pós-Graduação e Iniciação Científica – Universidade Camilo Castelo Branco 64