Ação Antifungica De Extratos De Plantas Medicinais E Óleos Essenciais Sobre Microsporum gypseum Tauana Larissa Teixeira de Aguilar1;,Nayara Maria Furquim1, Luiz Flavio Franqueiro 2 Dora Inês Kozusny-Andreani 3, Roberto Andreani Junior4 1 Discentes do Curso de Medicina Universidade Camilo Castelo Branco (UNICASTELO), 2 Discente do Programa de Pós-Graduação Stricto Senso em Engenharia Biomédica Universidade Camilo Castelo Branco (UNICASTELO) 3 Docente do Programa de Pós-Graduação Stricto Senso e do Curso de Medicina Universidade Camilo Castelo Branco (UNICASTELO) 4 Docente do curso de Medicina e do Programa de Pós-Graduação Stricto Senso Universidade Camilo Castelo Branco (UNICASTELO) Fone / Fax: +55 17 3465 4200 [email protected], [email protected] Palavras-chave: Microsporum gypseum; dermatofitose, plantas medicinais. Tema: Ação antifungica de extratos de plantas medicinais e óleos essenciais sobre Microsporum gypseum INTRODUÇÃO:As dermatofitoses são infecções superficiais cutâneas produzidas por fungos queratinofílicos denominados dermatófitos, que compreendem os gêneros Trichophyton, Microsporum e Epidermophyton. Estes agentes invadem o extrato córneo da pele e de outros tecidos queratinizados dos homens e animais produzindo as chamadas “tinhas”. As infecções fúngicas tiveram um aumento, elevado nas últimas décadas, o que estimulou a produção de pesquisas com o intuito de tratamentos alternativos para estas dermatofitoses. A busca por antifúngicos mais seguros e mais eficientes é constante, e há muito tempo se utilizam plantas medicinais, no entanto é necessário que exista conhecimento dos benefícios desses agentes medicinais e os riscos quando consumidos de forma exagerada. Muitas dessas plantas são demasiadamente utilizadas, de forma cultural/regional, em diversas populações brasileiras para tratamento de finitas patologias, dentre elas, as dermatofitoses. Objetivou-se neste trabalho avaliar a eficiência de óleos essências e extratos de plantas medicinais no controle de Microsporum gypseum. MATERIAL E MÉTODOS: O trabalho foi realizado no laboratório de Microbiologia da Unicastelo-Fernandópolis, foi utilizada uma linhagem Microsporum gypseum ATCC 24102, que foi inoculada, previamente, em Brain Heart Infusion 6 (BHI) incubadas a 35ºC por 72 horas, após este período foram padronizadas para valores de 10 Unidades -1 . Formadoras de Colônias (UFC) mL , em seguida utilizadas para os testes de susceptibilidade. Os óleos essenciais de alho, alecrim, camomila, copaíba, cravo da Índia, capim limão, eucalipto staigeriana, eucalipto globulus, eucalipto citriodora, lavanda, laranja doce, laranja azeda, pinho, tangerina e os extratos hidraalcoólicos de alecrim, hortelã, pitanga limãio e laranja foram diluídos em solução salina (NaCl 0,5%) e 0,05 mL de Tween20, obtendo-se as concentrações (%) 0,8, 1,7; 3,1; 6,25; 12,25; 25; 50;100. A eficácia dos óleos essências foi, avaliada pela concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração mínima fungicida (CMF). Na determinação da CIM empregou-se a técnica de microdiluição em placa, de acordo com a metodologia preconizada pelo National Committee for Clinical Laboratory Standards (NCCLS). Para determinar a CMF foram retirados 100µL da solução dos poços das placas empregados na CIM e o transferidos para placas de Petri contendo meio ágar s, sendo incubabourauddas a 37 C por 72 horas, quando foram avaliadas quanto ao crescimento de colônias. A CIM foi considerada como a menor concentração de óleo capaz de inibir o desenvolvimento do fungo e a CMF, a menor concentração de óleo que apresentou 0,01% do fungo viável. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Verificou-se que os óleos de capim limão, eucalipto, alecrim, tangerina, laranja doce, laranja azeda, citronela e pinho apresentaram características fungicidas, enquanto que os de copaíba, camomila, e lavanda foram fungistáticos. Os óleos de alho e cravo da Ïndia foram ineficientes no controle de M. gypseum, Observou-se atividade fungicida nos extratos hidralaalcólicos de alecrim e hortelã, fungistático no de pitanga e nenhum efeito em extratos de limão e laranja CONCLUSÃO: Com os resultados obtidos verifica-se que existe uma ampla gama de plantas com atividade fungicida, podendo ser empregadas no tratamento alternativo do dermatifito Microsporum gypseum. Encontro de Pós-Graduação e Iniciação Científica – Universidade Camilo Castelo Branco 43