Protocolo de NPT – Hospital Samaritano Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional Enfa Daniele Soares Tórtora O enf er meir o é r esponsável pelo r ecebiment o; pr epar o par a administ r ação da NP; administração da NP e prescrição dos cuidados de enfermagem. A NP é uma “solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídios vitaminas e minerais, estéril, apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou plástico, destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas” (Portaria No 272/98, parágrafo 3.4).“O enfermeiro é responsável pela administração da NP e prescrição dos cuidados de enfermagem em nível hospitalar, ambulatorial e domiciliar” (Portaria. No 272/98, parágrafo 5.6.1). Ao enfermeiro cabe: Recebimento da NP: É de r esponsabilidade da super visor a ou sua subst it ut a o r ecebiment o da NP vinda da Pronep No recebimento deve ser checado: a) Temperatura b) Integridade da embalagem c) Presença de partículas d) Precipitações e) Alteração de cor e separação de fases f ) Rót ulo com: nome do pacient e, leit o e pr ont uár io; dat a e hor a da manipulação da NP; composição (se est á de acor do com a pr escr it a); volume t ot al; velocidade de inf usão, pr azo de validade (48h); nome e registro do farmacêutico responsável. Caso sej a encont r ada alguma anor malidade a NP não deve ser administ r ada e deve-se entr ar em contato com farmacêutico responsável e devolver a solução Conservação da NP Toda NP deve ser mant ida sob r ef r iger ação em geladeir a exclusiva par a medicamentos, mantendo-se a temperatura entre 2ºC e 8ºC. A geladeir a ut ilizada par a conser vação da NP deve ser exclusiva par a medicação. Cuidados de Enfermagem na Nutrição Parenteral: 1) Acesso periférico: Puncionar uma veia calibrosa, localizada no braço e antebraço. Trocar o cateter em caso de sinais de flebite e no mínimo a cada 24 horas. O cat et er deve ser exclusivo par a NP. Conect ar o equipo dir et ament e ao cat et er ou ut ilizar um int er mediár io de uma via. Disposit ivos par a conexão em Y (torneirinhas ou polifixR) são inadequados. OBS: Existem soluções específicas para administração periférica 2) Acesso Venoso Central Os cat et er es venosos cent r ais devem ser inser idos e manuseados de acor do com as normas de assepsia. Podem ser ut ilizados: Cat et er pr of undo de lúmen único ou mult ilúmen; cat et er t ot alment e implant áveis ou semi-implant áveis e cat et er venoso cent r al de inserção periférica (PICC) Para a manutenção destes acessos: A localização do cat et er deve ser conf ir mada por RX ant es do início da administ r ação da NP e mant er o acesso com solução salina no at o da punção até o início da NPT. Lavar as mãos antes de manipular o cateter. O cateter deve ser utilizado exclusivamente para a infusão de NP. - Cateter multilúmen: designar o lúmen distal exclusivamente para a NP. Realizar desinfecção das conexões do cateter com álcool a 70o antes da manipulação. Manipulação da NP Ret ir ar a NP da geladeir a com ant ecedência necessár ia par a que a mesma at inj a a t emper at ur a ambient e, r ecomendada par a a sua administ r ação. Ret ir ar em torno de duas horas antes do horário estipulado. Obser var a int egr idade da embalagem, pr esença de par t ículas, pr ecipit ações, alteração de cor e separação de fases da NP. Conf er ir no r ót ulo: o nome do pacient e, númer o do leit o e r egist r o hospit alar , dat a e hor a da manipulação, composição, osmolar idade e volume t ot al, velocidade de inf usão e pr azo de validade (48h se não f or aberta). Pr oceder à cor r et a lavagem das mãos, r et ir ando j óias e r elógio, ant es de prosseguir na operacionalização da administração da NP. A via de acesso ut ilizada par a a administ r ação da NP deve ser exclusiva. É vedada a sua ut ilização par a out r os pr ocediment os. Casos exepcionais devem ser submetidos à avaliação do Médico Assistente e da EMTN Administ r ar a NP de modo cont ínuo, cumpr indo r igor osament e o pr azo estabelecido para infusão Gar ant ir que a via de acesso sej a mant ida caso ocor r a descont inuidade da administ r ação da NP. I st alar SG10% na mesma velocidade de inf usão da NP (OBS- Ut ilizar as mesmas r egr as par a inst alação) ou segundo pr escr ição médica. A Bolsa de NP deve ser manipulada sempr e pelo enf er meir o do set or de f or ma asséptica Limpar o local com álcool 70% Utilizar luva estéril Abrir 01 pacote de gaze estéril e o equipo “compact air R ” Colocar a bolsa; limpar a conecção com álcool à 70% Instalar e preencher o equipo. Preparar um seringa com 10 mL de SF 0,9% Levar a bolsa até o leito do paciente Desconect ar a NP ant iga ( mant er sempr e uma gaze est ér il no local par a não haver contaminação do cateter) Limpar a conexão do cateter da NP com álcool à 70%. Lavar o acesso com 10mL de solução salina. Instalar a nova bolsa de NP Coloca-la na Bomba de infusão e programar conforme prescrição médica. Anotar horário e volume na prescrição médica Infusão da NP A NP é infundida em bomba de infusão (BI), de forma contínua, em 24 horas. Alterações da velocidade de infusão devem ser evitadas e o volume infundido rigorosamente controlado. A bolsa de NP não deve permanecer em infusão por mais de 24 horas. A NP é inviolável at é o f inal de sua administ r ação (Por t ar ia SVS/ MS. No 272/98) O equipo deve ser trocado a cada solução (24h) Evitar interrupções da infusão da NP, inclusive para encaminhar o paciente para procedimentos e exames. - Encaminhar o paciente com a bomba de infusão em bateria. - Em caso de cir ur gia, caso venha suspender a NP, inst alar SG10% e ident if icar a via da NP, para evitar que a equipe de anestesia a utilize para outros fins. Monitorização do paciente: Obser var sinais e sint omas de inf ecção: f ebr e, hiper emia no ost io da via de acesso, secr eção; anot ar e comunicar à Equipe de Ter apia Nut r icional e ao médico assistente. Avaliar glicemia do cliente de acordo com prescrição médica Pesar paciente diariamente preferencialmente no mesmo horário. Controlar diurese e Balanço hídrico do paciente. Realizar o cur at ivo da via de acesso pr ef er encialment e com cober t ur a t r anspar ent e par a melhor visualização do óst io, t r ocar conf or me CCI H ou quando necessár io. No caso de impossibilidade da ut ilização dest a cober t ur a trocar diariamente a outra. Utilizar para anti-sepsia PVPI tópico ou Clorhexdina Alcoólica conforme orientação da CCIH. No caso de suspeita de bacteremia: Comunicar ao médico assistente e à Equipe de Terapia Nutricional. Anotar na evolução de enfermagem. Tomar medidas solicitadas pelos médicos. Rio de Janeiro 12 de março de 2007 Enfa Valéria Damico