HOSPITALIDADE DOMÉSTICA A vida privada e a política das relações O acolhimento em ambientes particulares Como alojar? Hospitalidade e questões de gênero A hospitalidade doméstica é uma performance e há diferentes padrões de performance – Visitas convidadas residenciais Visitas convidadas não-residenciais Visitas não-convidadas residenciais Visitas não-convidadas não-residenciais Cada gênero tem um papel e a mulher (ainda) é a grande responsável pela construção do cenário da hospitalidade doméstica Os tabus, as tensões e a etiqueta na visita – as expectativas e as regras existem tanto para visitantes como para visitados O lar é, em geral, uma região reservada, protegida O aparecimento do visitante pode, eventualmente, ameaçar o duramente conquistado sentido do lar como refúgio “Quando um homem começa por tocar-nos com palavras, chega longe com as mãos.” TIA BEATRICE Hospitalidade doméstica X comercial Hospitalidade doméstica e com caráter comercial Hospitalidade comercializada dentro de uma casa particular, onde os donos residem e o espaço público é compartilhado entre visitantes e a família anfitriã Hospitalidade comercializada onde os donos residem, mas em que o espaço público para o visitante é separado do espaço familiar Hospitalidade em acomodação onde os donos não vivem no local – residências secundárias para aluguel, unidades de acomodação para aluguel O conceito de “lar” é uma construção social “Anfitriões genuinamente hospitaleiros, mas ineptos, podem embaraçar seus convidados por excesso de solicitude a respeito do seu bem estar ( podem ser igualmente ruins)” Como não ser um convidado trapalhão NÃO APAREÇA SEM AVISAR. Pode pegar o dono da casa desprevenido. Imagina se ele está com dor de cabeça, se acabou de passar creme no cabelo ou se não tem nada na geladeira além de um limão cortado ao meio e um punhado de azeitonas? SE VOCÊ RECEBEU UM CONVITE, RESPONDA O MAIS PRONTAMENTE POSSÍVEL. Assim os anfitriões terão tempo de se preparar sem maiores sustos e atropelos. Não entre naquela de pensar será que ele quer mesmo que eu vá ou só me convidou por educação?. Se você não fosse bem-vindo, o dono da casa não o teria chamado. SE O ENCONTRO É SÓ PARA ADULTOS, NÃO LEVE AS CRIANÇAS. Só carregue os pequenos com você se o dono da casa disse, com todas as letras, que eles estão convidados. Não insista com um o Júnior ia adorar. Por mais que seu filho seja um anjo, ele simplesmente não estava nos planos de quem convidou. NÃO FIQUE GRUDADA NO MARIDO OU NAS PESSOAS QUE VOCÊ JÁ CONHECE. Em reuniões maiores, é legal mostrar-se aberto para conhecer as pessoas, sem fazer panelinha. NÃO CUSTA RETRIBUIR AO ANFITRIÃO COM UMA LEMBRANÇA SIMPÁTICA. Não é obrigação, mas levar um vinho honesto ou um vasinho de flores, por exemplo, pode ser bem bacana. Enviar flores com antecedência também é uma boa. Assim o anfitrião pode usá-las para decorar a casa. LIGUE NO DIA SEGUINTE PARA AGRADECER E COMENTAR O ENCONTRO. Apesar de esse hábito estar desaparecendo, é uma boa forma de reconhecer o esforço do anfitrião. Mas não critique ninguém que estava presente, sob o risco de virar o rei da gafe. Lembre-se: de alguma forma aquela pessoa tem ligação com o dono da casa. ENVIAR FLORES COMO PEDIDO DE DESCULPA POR NÃO PODER COMPARECER É MUITO GENTIL. Mas não se esqueça de que é imprescindível avisar com antecedência sobre sua falta. ABRA SUA CASA PARA AS PESSOAS TAMBÉM. Não existe melhor maneira de retribuir a dedicação de um anfitrião do que mostrando que, para você, ele também é bem-vindo. Para saber mais DARKE, Jane e GURNEY, Craig. “Como alojar? Gênero, hospitalidade e performance”. In: LASHLEY, Conrad e MORRISSON, Alison. Em busca da hospitalidade. Barueri: Manole, 2004. p. 111-144. LYNCH, Paul e MacWHANNELL, Doreen. “Hospitalidade doméstica e comercial”. In: LASHLEY, Conrad e MORRISSON, Alison. Em busca da hospitalidade. Barueri: Manole, 2004. p. 145-168.