Curso de Sustentabilidade em Projetos Culturais.
Articulação, Organização e Estratégias de Trabalho em Rede:
O Caso do Mercado Cultural.1
Diogo Reyes da Costa Silva. 2
Patrícia Barreto Santos.3
Esse artigo tem o objetivo de refletir sobre algumas possibilidades de
articulação em rede em paralelo com experiências, desafios, dificuldades,
soluções, métodos e outros exemplos de organização do trabalho em rede na
gestão de porjetos culturais. Dentre as nossas trajetórias disponíveis,
partiremos aqui da experiência de articulação, planejamento e execução do
projeto de congresso/festival chamado de Mercado Cultural, uma iniciativa
antiga e conhecida do Instituto Via Magia, cuja abrangência inclui diversos
1
- Texto elaborado como material didático de apoio para o módulo III do curso
Sustentabilidade em Projetos Culturais: Criação e Dinamização de Redes e Mobilização de
Recursos para a Cultura.
2
- Gestor de projetos no Instituto Cultural Casa Via Magia. Sociólogo, especialista em
sociologias cultural, da educação e urbana. Doutorando em Sociologia pela Universidade
Federal da Bahia e Mestre em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal
do Rio de Janeiro.
3
- Produtora e gestora de projetos culturais. Administradora, Mestra pelo Programa
Multidisciplinar em Cultura e Sociedade, da Universidade Federal da Bahia.
trabalhos em rede. Mas uma característica ainda mais importante para esse
tema é que o projeto, bem com as outras iniciativas do IVM, tem entre seus
objetivos a articulação e fortalecimento das redes dos participantes, gestores,
produtores ou artistas. Ou seja, sempre tem em sua estrutura o objetivo de
prover um ambiente de troca e contato, possibilitando renovação e ampliação
das redes, é o juntar para espalhar, em uma frase fortuita de Hermeto
Pascoal em uma das mesas redondas dos seminários do Mercado Cultural.
Assim, serão apresentados diversos aspectos desse modus operandi
desenvolvidos. Mas a idéia aqui é usar essa experiência em diálogo com a
outras trajetórias para refletir coletivamente.
Articulação em rede: identidade, discurso e objetivo.
Aqui voltamos um pouco a questões levantadas nos textos anteriores,
para pontuar que essas questões são importantes também nesse campo. A
articulação em rede é muitas vezes baseada, ou pelo menos beneficiada, da
conjunção de alguns desses fatores. De alguma forma, os laços se
beneficiam de certa afinidade, ideológica, intelecual, etc. Principalmente as
redes mais formalizadas, que acabam por caracterizar organizações com
esses aspectos bem definidos.
Então, esse seria mais um bom motivo para elaborar bem a identidade,
o discuso e o objetivo dos projetos culturais, para ter uma base mais sólida
para dialogar e firmar parcerias com outros projetos, organizações ou redes.
Podemos dizer que a reflexão desse encontro parte de uma questão:
Por que, e como, pode ser interessante trabalhar em rede? Ou seja, quais
são os benefícios de se adotar estratégias que incluam a articulação com
outros atores e instituições.
Dentro da proposta da casa e do curso, não temos aqui o objetivo de
chegar a receitas prontas ou soluções universais, mas sim de elaborar
diversas respostas possíveis a essa pergunta. De compartilhar e refletir sobre
os
desafios
e
soluções
encontradas
nos
diversos
projetos
aqui
representados, para que tenhamos fortalecido nosso arcabouço instrumental
e criativo.
Ao refletirmos sobre as razões de por que se articular em rede,
podemos
,
como
apontar
obter
suporte
algumas
financeiro,
possibilidades
técnico,
interessantes
institucional,
operacional,
estratégico, comunicacional, dentre outros. Também encontrar meios de
realizar/dar continuidade a um projeto. Ou ainda para que o projeto não
dependa parcial ou totalmente de investimento direto de recurso privado ou
público e assim contribuir com a sua sustentabilidade.
Alguns tipos de rede:
Contatando sua diversidade, podemos dizer que as redes têm infinitos
formatos e possibilidades, dessa forma não temos a menor intenção de
esgotar essa questão. Apesar disso, temos aqui duas macro-classificações
que englobam boa parte delas, acho que são interessantes para pensarmos
as estratégias de articulação para projetos e entidades culturais. Ficando de
fora, dessa forma, as redes totalmente informais, como amizade ou contato
cotidiano, mas que também podem ser úteis.
Redes
organizacionais
ou
organizações
de
cooperação
multilateral: Essa são organizações que Representam as articulações
realizadas em um âmbito formal, geralmente com objetivos e atuação bem
delimitada. Nesse contexto, as partes envolvidas geralmente têm um perfil
semelhante e certa igualdade em termos de conhecimento técnico, capital
financeiro, capacidade de articulação, dentre outros.
Rede de articulações ou parcerias estratégicas: De caráter
normalmente mais transitório que a anterior, aqui cabe toda ação que envolva
a articulação com um ou mais atores e que visem à realização/continuidade
de um projeto, e podem ou não ser formalizadas. Ainda, a participação em
organizações de cooperação multilateral pode ser considerada uma parceria
estratégica de longo prazo.
Assim, temos aqui um pequeno organograma desenvolvido para esse
artigo e que esquematiza essas formas de atuação em rede. É um trabalho
em progresso, com algumas possibilidades, mas que não encerra a questão ,
de forma alguma um esquema desse pode resumir todos os aspectos do
trabalho em rede. Sendo apenas algumas percepções que podem ser úteis
para se planejar a articulação em rede de um projeto.
Mercado Cultural: juntar para espalhar.
Ao analisarmos esse estudo de caso, é importante apontar que o
Mercado Cultural não é apenas um evento ou um festival. É um projeto que
tem como propósito a promoção do desenvolvimento com base na cultura,
atraves da articulação em rede, criação de mercados paralelos e contra
hegemônicos. Um momento de encontro e diálogo, que se materializa com a
realização de mostras de música, teatro e dança, exposições, lançamento de
livros, palestras, workshops, conferências, dentre outras atividades que estão
prioritariamente articuladas às ideias que o fundamentam.
O aspecto transformador da proposta está no conceito que o norteia. A
atuação sob as lógicas das redes de promotores culturais, sistema
associativista com base no apoio mútuo entre agentes e setor, dando vez à
arte banida da grande mídia, propõe uma nova forma de consumo de cultura.
Dessa forma, além do aspecto de feira e seminário, relacionado à
oportunidade para venda de produtos culturais, especialmente de produção
autoral e independente, o Mercado Cultural ainda apresenta o aspecto
festival, relativo às apresentações artísticas das diversas modalidades e o
aspecto encontro, estimulado pelas feiras e formação de parcerias. Bem
como espaço para atividades de lançamento de livros ou divulgação de
iniciativas na área da cultura.
Envolve
variados
aspectos
da
cultura,
que
não
apenas
as
manifestações artísticas e, de outro, por estar sempre se atualizando. Isto é,
renovando seu conteúdo e adaptando sua forma às ideias com as quais
dialoga edição após edição. Onde a prioridade é para projetos autorais e
independentes. Ou seja, não é um projeto que tem o foco nos artistas já
consagrados ou naqueles que estão em evidência.
Histórico.
A trajetória inicial do projeto se imbrica com a história da criação de uma
das iniciativas pioneiras de “rede de cultura” na América Latina. Em um
movimento que estava fortemente relacionado à busca por uma identidade
latino-americana, contra a hegemonia de países centrais, pautada nos recém
surgidos ideais de cooperação multilateral e que mantinha como principal
estratégia o agenciamento da circulação da produção artística entre os
países membros.
Inicialmente, por essa articulação internacional e portifólio de outros
festivais menores, o projeto recebe o suporte financeiro da Ford Foundation,
o que permitiu que, durante algum tempo, fosse realizado anualmente, com
grande mobilização de grupos artísticos e organizações relacionadas à
cultura, reunindo representantes de vários países. A primeira edição do
projeto é na verdade uma junção de alguns projetos e festivais que já
aconteciam em Salvador e em outras partes do mundo. Encabeçados pelo
Via Bahia Festival e pela Celebração da Herança Africana, que já aconteciam
em Salvador desde 1993 e 1997 respectivamente, somaram-se ainda ao
Mercado Cultural, o Bahia World Jazz Festival e o Festival de Cinema
Africano, todos imbuídos da proposta de promover o intercâmbio cultural
entre as nações.
O Mercado Cultural apresentou de formas diferentes em cada edição:
dança, teatro, música, artes plásticas e artes visuais. Ao longo dos seus 12
anos de existência, o projeto foi responsável por trazer ao Brasil centenas de
artistas das mais distintas localidades no âmbito internacional, nacional e
local. Países de todos os continentes são contemplados, desde a América
Latina e África, que marcaram forte presença nos primeiros anos do projeto,
passando pela Europa, América do Norte, América Central, Austrália e nos
últimos anos, incluindo mais incisivamente uma série de grupos tradicionais
de países como Marrocos, Mali e Coréia.
Essa diversidade territorial também se apresenta no âmbito nacional,
que tem quase todos os estados brasileiros contemplados, desde o
sul/sudeste, a exemplo do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo,
passando por uma variedade de estados do nordeste brasileiro, como
Alagoas, Pernambuco, Sergipe, e abrangendo ainda estados de outras
regiões do país como o Pará, Goiás e Rio Grande do Norte. No âmbito local,
por sua vez, são contemplados diversos grupos, principalmente da capital
baiana, mas também de municípios adjacentes, tal como o recôncavo baiano.
Os últimos anos dessa primeira fase retratam algumas mudanças
estruturais que aparentemente conduziram o projeto ao perfil ainda mais
voltado para a “periferia”.Assim, mais recentemente, o Mercado Cultural
estende suas ações para interior da Bahia. Não só levando atrações
nacionais e internacionais para se apresentar, como também promovendo a
apresentação e circulação de uma série de grupos e artistas do interior.
Assim, no ano de 2009, o Mercado passa a circular com a Caravana
Cultural pelo interior do estado da Bahia, que consiste na circulação de
artistas internacionais, nacionais e locais em alguns municípios do território
de identidade que compreende a região do Médio Rio das Contas.
A passagem da Caravana Cultural pelos municípios está atrelada a uma
série de outras ações que não apenas as mostras artísticas. E essas ações
estão intimamente relacionadas com o contexto no qual o projeto se insere.
As ações promovidas pelo Mercado Cultural estão diretamente associadas às
reflexões que são feitas e estimuladas pelo projeto, através da realização das
atividades como seminários, workshops e conferências. Essas atividades
também serão realizadas durante a passagem da Caravana Cultural e
funcionarão como ponte entre projeto e comunidade. A partir dessa relação
transversal é que serão definidas as ações que ocuparão a programação da
Caravana.
Nesse sentido, também os modos de fazer desses locais compõem a
programação da Caravana Cultural. A comunidade torna-se parte da
programação da Caravana. Quem era expectador virá atração e quem era
atração vira expectador. Nas edições realizadas seguiram, pelo menos, três
ônibus por ano com a presença de artistas, produtores e convidados do Brasil
e de outras regiões do planeta. Locais onde não existem teatros, ou espaços
culturais, e os palcos têm que ser improvisados em auditórios de escolas,
galpões comerciais ou mesmo na rua. Além das mostras são realizadas
ainda outras atividades tais como, trilhas ecológicas, visitas às feiras e
empreendimentos locais.
Parcerias estratégicas ou rede de articulações do Mercado Cultural.
Para possibilitar suas ações, o Mercado Cultural trabalha de forma
articulada com outras organizações, indivíduos e projetos nos âmbitos
internacional, nacional e local. Embora opere muito centrado no propósito de
promoção do desenvolvimento com base na cultura a passagem conceitual
para o interior resulta no estabelecimento de uma nova rede de articulações
para o projeto. Serão novos parceiros, novos apoiadores e um novo discurso.
Serão também novas atividades, nova programação e um novo contexto.
Apresenta a formação de parcerias sob as mais diversas condições,
que podem resultar em suporte financeiro, técnico, institucional, estratégico,
comunicacional, dentre outros. E se estabelecem tanto de forma continuada
como de forma pontual. Por outro lado, é do interesse do festival, de acordo
com seus parâmetros curatoriais, trazer grupos que nunca estiveram antes
no Brasil. E que talvez não fosse possível apresentá-los não fosse essa
parceria. Percebe-se, portanto que de estabelece uma relação de troca,
favorável a vários “atores”, que atuam na trama da produção cultural. Isto é,
de um lado, considera-se a redução de custos operacionais tanto para o
projeto que recebe os grupos/artistas apoiados pelos programas, como
também para os programas de incentivo ao intercâmbio e/ou circulação
cultural.
Rede
de
Articulações
no
âmbito
internacional.
Participação em organizações de cooperação multilateral: Para o
Mercado Cultural, a participação em organizações de cooperação multilateral
sempre teve grande proeminência. Ao longo da primeira década de
existência, o projeto participou e ajudou a criar e incentivou a criação de
outras tantas organizações de cooperação multilateral, através, por exemplo,
da realização de seminários e conferências voltados para o tema. E embora
tenha encontrado outras formas de articulação que não institucionalizadas o
projeto continua a integrar estas também chamadas “redes de cultura”. Ou
seja, a participação em organizações de cooperação multilateral está aqui
compreendida como uma das formas que encontrou de manter-se articulado.
Parceria com instituições e escritórios de cultura: Para possibilitar
as mostras artísticas, o Instituto Via Magia firma parcerias com diversas
organizações, escritórios, instituições de fomento e outros. Por exemplo, ao
incluir em algumas edições grupos da Coréia do Sul em sua programação, foi
necessário contar com o suporte deste país aos seus grupos artísticos para a
sua promoção, circulação e divulgação. Assim foi firmada uma parceria com
um escritório estatal, o programa da Korean Arts Managent Service, que
pôde cobrir alguns custos, como deslocamento internacional e cachê
artístico.
Rede de Articulações no âmbito nacional.
Parceria com instituições: Outra forma de parceria no âmbito nacional
é a articulação direta com outras organizações (ONGs, associações, centros
culturais). Nas duas últimas edições do Mercado Cultural, o projeto firmou
uma parceria com a Aliança Francesa de Salvador para a apresentação de
grupos artísticos. Uma das políticas dessa instituição é fazer circular as
manifestações artísticas pertencentes ao território francês nos países onde
tem sede. Assim, foram apresentados os artistas Komanti, Papa Zom e Chris
Combette, da Guiana Francesa na programação do Mercado Cultural dos
anos de 2010 e 2011.
Também é comum articular outras apresentações no Brasil para os
artistas que vem de fora, como uma contrapartida das parcerias.
Parceria com grupos e artistas: Outro exemplo de parceria firmada
pelo Mercado Cultural é diretamente com os grupos e artistas. Por exemplo,
a articulação com grupos/artistas que recebem o incentivo de programas
públicos de circulação e/ou intercâmbio cultural é uma das formas que o
Mercado Cultural encontrou para realizar suas ações.
No ano de 2011, com o grupo cênico Contadores de Estórias. O grupo é
um dos mais premiados por manipulação de bonecos e já se apresentou em
diversas partes do mundo antes de se estabelecer em Paraty, no Rio de
Janeiro. Nesse ano, o grupo contou com o apoio da Secretaria de Cultura do
Rio de Janeiro e dos Correios para realizar o espetáculo Flutuações.
Contudo, o recurso recebido não cobria totalmente os custos para circulação
em outras cidades. O grupo que já havia se apresentado em outras edições
do Mercado Cultural buscou o apoio institucional do projeto para obter
suporte para sua ida a Salvador. O acordo feito incluiu a partilha de
despesas, dentre as quais as de alimentação, hospedagem, deslocamento,
produção e transporte local, divulgação, etc.
Parcerias governamentais: Alguns dos mecanismos já utilizados pelo
festival incluem a Lei Rouanet de Incentivo à Cultura e o Fundo de Cultura do
Estado da Bahia, através da política de editais, em ambos casos, são
mecanismos relacionados ao poder público.
No âmbito regional, também já foram firmadas algumas parcerias que
contribuíram para a realização das suas mostras artísticas. Normalmente
baseadas em uma relação de troca entre as partes envolvidas. E que,
geralmente, se estabelecem, através do rateamento de custos operacionais,
para a concretização dos objetivos individuais. No ano de 2010, dois artistas
mineiros, Titane e Kristoff Silva integraram a programação musical do festival,
e a participação destes artistas contou com o apoio do programa Música
Minas.
Rede de Articulações no âmbito local: Atualmente, com a caravana
cultural, as articulações locais tem sido de extrema importância para a
realização do projeto. Em realidade, devido à falta de estrutura e dificuldade
em conseguir alguns serviços, essas parcerias se tornam essenciais.
Nesse sentido, o trabalho em rede se sustenta muito pelo trabalho dos
projetos de longo prazo da Casa, possibilitando um enraizamento e
fortalecimento das redes locais. Como por exemplo, com as prefeituras
municipais, que podem contribuir tanto para a circulação das manifestações
culturais locais em outros municípios da região ou mesmo na capital, como
para o recebimento de grupos/artistas nacionais e internacionais nos
municípios. O acordo com as prefeituras municipais e demais órgãos públicos
pode incluir a divisão de despesas como montagem de palco, alimentação e
transporte dos grupos/artistas locais (muitos moram na zona rural desses
municípios), aluguel de equipamentos de som ou de gerador elétrico.
Algumas vezes, as parcerias não envolvem a injeção de recursos, mas
reduzem os custos do projeto. Como, por exemplo, através do trabalho
voluntário ou do consentimento de uso de algum espaço público sem ônus
para o projeto. No município de Boa Nova, o espaço da câmara de
vereadores é cedido gratuitamente para o Mercado Cultural realizar suas
conferências e até mesmo algumas apresentações teatrais. Nesse sentido, a
atuação do Mercado Cultural no interior do estado é muito mais dependente
da formação de parceria.
Outro exemplo interessante é o da acolhida comunitária, um sistema de
hospedagem familiar desenvolvido pelo IVM, que possibilita levar os eventos
do festival para comunidades que tem pouca, ou nenhuma, infra-estrutura
nesse sentido. Uma parceria que possibilita não apenas a realização de
evento, mas também a geração de renda e proporciona encontros e
intercâmbios.
Finalizando esse pequeno trabalho que reflete sobre as possibilidades
do trabalho em rede para a gestão de projetos culturais, entendemos que
podemos nos articular de diversas maneiras, obtendo o fortalecimento de
nossas redes, bem como as de nossos parceiros. Cabe ao gestor examinar
seu projeto na tentativa de encontrar aqueles que mais se enquadram na
suas necessidades e possibilidades.
Referências:
SANTOS, Patricia Barreto. Do Ordenamento das Redes de Produção
Cultural: Uma Leitura
Possível.Dissertação (Mestrado) - Programa
Multidisciplinar em Cultura e Sociedade, Instituto de Humanidades, Artes e
Ciências Prof. Milton Santos. Universidade Federal da Bahia, Salvador: 2012.
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