A DIVERSIDADE DA GEOGRAFIA BRASILEIRA: ESCALAS E DIMENSÕES DA ANÁLISE E DA AÇÃO
DE 9 A 12 DE OUTUBRO
UTILIZAÇÃO DE TÉCNICAS DE SENSORIAMENTO REMOTO EM
ESTUDOS URBANOS: A IDENTIFICAÇÃO DE VAZIOS URBANOS EM
LONDRINA (PR) E PRESIDENTE PRUDENTE (SP)1
AGNALDO DA SILVA NASCIMENTO2
Resumo: O texto tem como objetivo demonstrar a metodologia aplicada na
identificação dos vazios urbanos nas cidades de Londrina (PR) e Presidente
Prudente (SP). Para elaboração do banco de dados e posteriormente os mapas
cartográficos foram utilizadas técnicas de sensoriamento remoto através do software
ArGis®, com o auxílio de imagens de satélite WorldView datadas de 2011. Essa
metodologia possibilitou a obtenção da localização espacial e os dados quantitativos
sobre os vazios urbanos dentro da área limitada pelo perímetro urbano em ambas as
cidades. O mapeamento permitiu constatar que Londrina apresenta 42,95% de sua
área total do perímetro com a presença de vazios urbanos. A cidade de Presidente
Prudente apresenta 46,95% da área total do perímetro composta por vazios
urbanos.
Palavras-chave: Vazios urbanos; sensoriamento remoto; Londrina; Presidente Prudente.
Abstract: The text aims to demonstrate the methodology applied to identification the
urban voids in the Londrina (PR) and Presidente Prudente (SP) cities. To elaborate
the database and subsequently the cartographic maps was used the remote sensing
techniques from ArcGis® software supported by satellite images WorldView dated
2011. This process permitted to obtain the spatial location and the quantitative data
about the urban voids within the area bounded by urban perimeter in both cities.
Through the mapping was concluded that Londrina city presents 43% of its total area
with the urban voids. The Presidente Prudente city presents 47% of the total area
composed by urban voids.
Key-words: urban voids; remote sensing; Londrina; Presidente Prudente.
1
- O texto visa o debate sobre a metodologia empregada na localização dos vazios urbanos, no qual
teve início no trabalho de mestrado realizado por Nascimento (2014) com o título, „No vazio, caberiam
casas, parques, fábricas...caberia muita cidade‟, sob a orientação do Prof. Dr. Nécio Turra Neto.
2
- Doutorando em Geografia pela Unesp, campus de Presidente Prudente. Membro do grupo de
Produção do Espaço e Redefinições Regionais (Gasperr). E-mail: [email protected].
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1 – Introdução
Os vazios urbanos são elementos estruturais inscritos na paisagem urbana e
são inseridos na produção do espaço urbano que ocorre de forma subordinada à
lógica de reprodução do capital imobiliário. Os vazios urbanos, cada vez mais
presentes no espaço urbano, surgem como mais um resultado a ser estudado pela
Geografia Urbana, mas ainda não suficientemente explorado como tema de
pesquisa.
Deste modo, o trabalho visa contribuir e ampliar o debate sobre a temática em
termos teórico metodológicos. O eixo que vai direcionar essa discussão baseia-se
em oferecer instrumentos e metodologias apropriadas e específicas para obtenção
de dados quantitativos e qualitativos para análise deste objeto, no que tange ao
mapeamento e ao contexto de duas cidades: Londrina, estado do Paraná e
Presidente Prudente, estado de São Paulo.
Através do mapeamento dos vazios urbanos das duas cidades foi possível
realizar uma análise comparativa da espacialização desses elementos, uma vez que
mesmo tratando de cidades médias em contextos espaciais diferenciados, possuem
semelhanças e singularidades. O processo de comparação proporciona a
visualização do papel dos vazios na estruturação da forma urbana.
O trabalho apresenta-se em cinco partes: a introdução, com o panorama
geral; a compreensão adotada sobre vazios urbanos, com base em concepções
teórico metodológicas de diferentes autores; as metodologias e a aplicação da
técnica de sensoriamento remoto em áreas urbanas, no qual descrevemos
detalhadamente como foi utilizada as técnicas para obtenção dos produtos finais; as
análises da configuração espacial dos vazios urbanos, sendo que, com base nos
dados obtidos fez-se uma comparação das duas cidades analisadas; e algumas
considerações finais.
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2 – A compreensão e a concepção adotada sobre vazios urbanos
Ao percorrer as cidades contemporâneas, deparamo-nos com os diversos
elementos que compõem a forma urbana, entre estes elementos estão: o seu
traçado viário, seus diferentes e conectados usos do solo, edifícios de diferentes
tempos, espaços públicos e áreas verdes, além de vazios urbanos (em número e
dimensões variadas). Esses elementos, cujo sentido vem de suas interrelações,
possuem diversas características e são resultado de processos variados, mas, cada
vez mais submetidos às mesmas lógicas macroeconômicas de produção do espaço
urbano. Estamos diante do resultado de processos de produção do espaço urbano
que, com suas diferentes temporalidades, marcaram as características da paisagem,
entendida aqui, tal como Milton Santos (2008), como acúmulo desigual de tempos,
ou como tempo materializado. Para esta perspectiva, a ideia da forma urbana como
um palimpsesto não é estranha, assim como também, permite agregar ao estudo da
forma urbana a ideia de rugosidade, do próprio Milton Santos.
Essa ideia de rugosidade está relacionada ao que fica no passado como
forma, como espaço construído, paisagem, o que resta nos processos de supressão,
acumulação, superposição, que ocorrem como substituição e acumulação em
lugares. Essas rugosidades se apresentam como formas isoladas, mas também
como arranjos e influenciam nas novas formas, direcionando as tendências a serem
seguidas (SANTOS, 2008).
Nesse contexto, os vazios urbanos têm se feito crescentemente mais
presentes, sobretudo com a ampliação da produção capitalista do espaço urbano,
quando o negócio com a terra urbana passa a ser a nova fronteira de acumulação
do capital, com rebatimentos no processo de produção das cidades e na constituição
da forma urbana.
A cidade é composta por um conjunto de processos e formas urbanas, o que
lhes dá características complexas e ao mesmo tempo dinâmicas. Os "vazios
urbanos" são elementos que a compõem e pode-se considerar que estes, dentro do
histórico das cidades, são elementos urbanos contemporâneos. Nesse sentido, as
discussões acerca da existência desses elementos são "recentes".
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Ao aprofundarmo-nos na leitura sobre a temática, nos encontramos com
diferentes conceitos, definições e noções sobre os vazios urbanos, assim sendo,
ressalta-se algumas inquietações e a necessidade de melhor compreendê-los: lotes
vazios, vazios urbanos, terrenos baldios, terrenos vagos, áreas vagas, áreas
ociosas, terrenos inutilizados, lotes baldios etc. No sentido que estamos tentando
atribuir ao termo, pensamos que vazio urbano não pode ser tomado como sinônimo
de todos estes outros termos. Pensamos que podemos estar diante de uma
diversidade de formas de não-usos urbanos, dos quais o vazio é uma delas.
No contexto brasileiro, segundo Santos (1990, p. 26), o fenômeno dos vazios
urbanos já era uma realidade em São Paulo, no ano de 1976. Data em que a cidade
apresentava 43,85% de vazios urbanos, ou seja, quase a metade da malha urbana
era "vazia". Conforme o autor, baseado em Fadley (1984), a relação entre espaços
vazios e o processo de especulação imobiliária está presente em outras capitais de
países de “terceiro mundo”, onde mesmo havendo um esforço para planificação dos
espaços vazios, estes ainda são encontrados em importantes zonas construídas.
De acordo com Alvarez (1994, p. 11), os vazios urbanos fazem "[...] referência
a um processo, diante da dinâmica produção/reprodução das parcelas da cidade
que, num dado momento, não estão sendo utilizadas".
Na pesquisa de Alvarez (1994, 10 e 11), é reconhecida a diversidade de
definições como terrenos vagos, vazios urbanos, terrenos baldios, áreas vagas,
áreas ociosas etc., e que isso refere-se as diferentes técnicas de coleta de dados,
gerando um problema de conceituação. . O autor faz a opção por dois, o conceito de
terrenos vagos e o conceito de vazios urbanos. Para ele, os terrenos vagos são
entendidos como referência da existência do fenômeno com relação a sua
individualidade, como totalidade numérica e somatória dos mesmos, ou seja, a
forma como se apresentam na paisagem urbana. E os vazios urbanos que são, para
o autor, decorrentes dos terrenos vagos possuem um papel enquanto categoria de
análise, não representando uma simples quantificação, mas sim o movimento, uma
referência ao processo, no contexto da dinâmica de produção/reprodução das partes
da cidade.
Isso significa que o autor ao considerar os terrenos vagos com referência a
forma urbana, e adotar os vazios urbanos como processo busca ir para além dessa
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análise de fenômeno aparente e aprofundar-se no processo que produz este
elemento urbano. Ou seja, há uma diferenciação dos dois termos, os terrenos vagos
e os vazios urbanos conforme sua necessidade metodológica.
Nesta nossa pesquisa, diferente de Alvarez, os terrenos vagos e áreas
loteadas sem construção foram incorporadas como vazios urbanos, a argumentação
para tal opção metodológica é que encontramos a presença significativa de terrenos
vagos, de modo que não era interessante desconsiderá-los, visto que em algumas
das áreas, temos a quantidade de terrenos vagos que se somados representariam
áreas semelhantes as áreas de vazios urbanos de grandes extensões, como as
áreas vazias ainda não loteadas.
Segundo Brito (2008), para entender os “vazios urbanos” é necessário partir
do pressuposto que a terra não está “vazia”, mas traz consigo processos e relações
que influenciam na produção do espaço urbano. Este fato faz com que exista certa
ambiguidade na definição de vazios urbanos. Nesse sentido, podemos entender os
vazios urbanos como espaços não propriamente vazios, visto que são preenchidos
pelas imposições da propriedade privada do solo urbano. São formas cujo conteúdo
é a natureza privada da propriedade da terra urbana e cujo uso é especulativo,
conforme já elaboramos.
Brito (2008, p. 205) tem como recorte territorial a cidade de Dourados-MS, e
afirma que vazios urbanos são os "[...] lotes sem construções (sem edificações), os
considerados terrenos baldios no interior da cidade". Nessa colocação do autor
temos visões aproximadas sobre os vazios urbanos, uma vez que consideramos
como vazios lotes sem construções ou edificações, todavia, para além dos terrenos
baldios, consideramos outras áreas no interior da cidade não construídas.
Dittmar (2006, p. 12) afirma que a relação espaço e tempo faz com que
alguns locais permaneçam vazios ou se esvaziem. Para ela, os chamados vazios
urbanos são áreas ociosas, remanescentes urbanos e residuais, produtos da maior
parte das cidades e que são estudados em vários níveis de abrangência e em
diferentes localidades. Estudando a cidade de Curitiba-PR, a autora realiza uma
classificação tipológica de vazios urbanos e chega a definir três tipos: o vazio de
uso, o vazio físico e o vazio físico e de uso.
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A partir das perspectivas apresentadas e diante das possibilidades
metodológicas disponíveis adotamos a compreensão de vazios urbanos como áreas
não construídas, privadas ou públicas dentro perímetro urbano.
3 – Metodologias e a aplicação da técnica de sensoriamento remoto
em áreas urbanas
O desenvolvimento teórico metodológico foi organizado e sistematizado por
três frentes: a) levantamento de bibliografias acerca da temática; b) levantamento de
bases cartográficas em instituições públicas e privadas que auxiliou na vetorização
dos vazios urbanos; c) espacialização dos vazios urbanos e d) a análise dos dados
cartográficos produzidos.
O levantamento bibliográfico acerca do tema permitiu verificar quais eram as
metodologias adotadas, mais especificamente, sobre o sensoriamento remoto, mais
adequada para o objetivo proposto.
A partir disso, com o interesse de verificar os padrões locacionais e espaciais
dos vazios urbanos nas cidades de Londrina e Presidente Prudente coletamos e
elaboramos bases cartográficas que expressam um grau significativo de
detalhamento.
Em Londrina obtivemos no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de
Londrina (IPPUL) as bases cartográficas do perímetro urbano, do eixo viário, de
áreas públicas e dos lotes urbanos. Com estas bases e com auxílio das imagens de
satélites3 WorldView no ambiente do ArcGis® foi possível vetorizar polígono por
polígono, de áreas onde não havia construções, representando os vazios urbanos
nesta cidade de forma coerente e visível. Esse processo foi desenvolvido a partir da
seleção e eliminação das categorias não relevantes para a pesquisa (áreas públicas,
praças e áreas verdes), que não correspondiam ao conceito de vazios urbanos que
foi considerado na pesquisa.
3
As imagens de satélites estão disponíveis no ArGis® pelo servidor de imagens Bing Maps; são
produtos da Digital Globe do satélite WordView com resolução 0,5 metros. A usada para Londrina
tem a data de abril de 2011 e a de Presidente Prudente agosto de 2011.
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Em Presidente Prudente, realizamos o mesmo processo, contudo, sem o
mesmo detalhamento, pois não foi possível obter as mesmas bases cartográficas.
Tínhamos a disposição, por meio do site da Prefeitura Municipal de Presidente
Prudente as bases cartográficas4 do perímetro urbano, do eixo viário e a feição do
tipo das quadras. Este fato dificultou, em certa medida, a verificação em alta
resolução e para resolver este problema e ampliar as possibilidades de análise
comparativa, confrontamos a base cartográfica com as imagens de satélite,
realizando uma vetorização manual dos vazios urbanos.
Nesse caso, além de exigir atenção e tempo de trabalho, não tivemos o
mesmo grau de refinamento, já que não tínhamos a informações dos locais de áreas
públicas e praças. Através da imagem de satélite, foi possível tão somente identificar
as áreas verdes – reconhecidas como áreas de cobertura arbórea, que foram
desconsideradas enquanto vazios urbanos. Assim, os produtos finais em Presidente
Prudente, ou seja, os mapas com a distribuição dos vazios urbanos nesta cidade
são resultados da vetorização no interior da quadra, em conjunto com a feição dos
vazios pela imagem de satélite.
A partir da elaboração da base de dados dos vazios urbanos das duas
cidades, foi possível calcular a área total do perímetro urbano e a área ocupada
pelos vazios urbanos. Estes produtos cartográficos permitiram ter o padrão espacial
e de distribuição dos vazios urbanos em ambas as cidades.
4 – As análises da configuração espacial dos vazios urbanos
Para reiterar, é importante dizer que algumas áreas públicas não construídas
não foram consideradas como vazios urbanos no Mapa 1, pois, através de uma base
de dados já existente, eliminamos as praças e áreas verdes de Londrina. Contudo,
não foram eliminados os vazios urbanos de áreas públicas como, por exemplo,
áreas que estão abandonadas, comumente chamadas de terrenos baldios.
4
Essas bases foram adquiridas na extensão de .dwg (está extensão é de arquivos de desenho em
2D e 3D do AutoCad) que para manuseio e elaboração dos mapas foi exportado para o formato
shapefile.
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Vemos que, no mapa 01, são apresentados os seguintes itens cartográficos:
os vazios urbanos desenhados com base numa imagem de satélites de 2011, o
perímetro urbano atual e os eixos viários.
Numa primeira apreensão geral, já é possível ficarmos impressionados com a
quantidade de vazios urbanos representados pela cor laranja. E quando
consideramos os resultados em números, ficamos ainda mais surpresos. Além
disso, o mapa 01 revela através de imagens a localização de alguns vazios urbanos
de grande extensão territorial em algumas zonas da cidade.
O mapa 01 permite, também, identificar mesmo que em menor quantidade,
um número representativo de vazios urbanos salpicados em áreas próximas ao
centro principal, demonstrando uma incompatibilidade com relação à ocupação
uniforme e contínua do urbano. Ainda que a maior parte dos vazios e aqueles de
maiores dimensões encontrem-se nas extremidades norte e sul do perímetro
urbano, existe uma faixa central, sentido Nordeste e Oeste, bastante representativa,
em que ocorre o processo de conurbação de Londrina com as cidades de Cambé e
Ibiporã, respectivamente.
No caso de Presidente Prudente o processo de elaboração de dados sobre os
vazios urbanos foi diferente de Londrina. Como não dispúnhamos de uma base de
dados que permitisse identificar as áreas de praças e áreas públicas, tivemos que
lançar mão apenas de levantamento dessa informação em imagens de satélites.
Do mesmo modo que o Mapa de Londrina, são apresentados no Mapa 02 os
vazios urbanos desenhados com base em imagem de satélite de 2011, o perímetro
urbano atual e os eixos das ruas viários.
Há uma forte presença/permanência dos vazios urbanos em Presidente
Prudente, conforme demonstra o mapa 02. Podemos visualizar que existe uma
distribuição de menores áreas nas proximidades do centro principal e de áreas
maiores localizadas nas adjacências do perímetro.
Baseados nos dados que o mapa 02 nos fornece, temos que a área total do
perímetro é de 122,78 km², enquanto a área total dos vazios urbanos (em 2011) é de
57,13 km².
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Mapa 01 – Londrina (PR): Vazios Urbanos.
Fonte dos dados: Imagem de Satélite Digital Globe (2011)
– Acessado em julho de 2013.
Elaboração: NASCIMENTO (2014).
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Mapa 02 – Presidente Prudente (SP): Vazios Urbanos.
Fonte dos dados: Imagem de Satélite Digital Globe (2011)
– Acessado em agosto de 2013.
Elaboração: NASCIMENTO (2014).
Através do mapeamento, constatamos que os vazios estão presentes em
proporções expressivas. Londrina apresenta 42,95% e Presidente Prudente
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apresenta 46,53% de sua área total do perímetro urbano com a presença dos vazios
urbanos.
5 – Considerações finais
O mapeamento permitiu a atualização das informações sobre os vazios
urbanos nas duas cidades, sendo que a divulgação dos mesmos possibilitará o seu
acesso para diversos setores do conhecimento, podendo ser útil para ações de
gestão e de planejamento urbano.
Com base nos dados quantitativos no que se refere aos vazios urbanos em
Londrina (42,95%) e Presidente Prudente (46,53%) podemos constatar que
aproximadamente 50% da área do perímetro apresenta a presença dos vazios
urbanos.
A técnica de sensoriamento remoto via imagens de satélite demonstrou-se
eficiente no estudo urbano, permitindo alcançar o objetivo proposto e a partir dos
resultados indicar novas possibilidades de análises espaciais tanto da estrutura
física da cidade quanto de seus processos.
6 – Referências Bibliográficas
ALVAREZ, Ricardo. Os "vazios urbanos" e o processo de produção da cidade.
1994. 146 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1994.
BRITO, Márcia Aparecida de. Os vazios urbanos e o processo de redefinição
socioespacial em Dourados-MS. In: O espaço em redefinição: cortes e recortes
para a análise dos entremeios da cidade. (Orgs.). CALIXTO, Maria J. M. S.
Dourados, MS: Editora da UFGD, 2008. p. 193-237.
DITTMAR, Adriana Cristina C. Paisagem e morfologia dos vazios urbanos:
análise da transformação dos espaços residuais e remanescentes urbanos
ferroviários em Curitiba/PR. 2006. Dissertação (mestrado)? Pontifícia Universidade
Católica do Paraná, Curitiba, 2006. 230 f.
NASCIMENTO, Agnaldo da Silva. No vazio, caberiam casas, parques, fábricas...
caberia muita cidade. 2014. 142f. Dissertação (Mestrado em Geografia), Programa
de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Estadual Paulista, Presidente
Prudente.
SANTOS, Milton. Tamanho da cidade, especulação, vazios urbanos. In: ______.
Metrópole corporativa fragmentada São Paulo, Nobel, 1990. p. 17-35.
______. Técnica, Espaço, Tempo. 5. ed. São Paulo: Editora da Universidade de
São Paulo, 2008.
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