Cenários e Tendências da Economia Brasileira Prof. Dr. Tharcisio Bierrenbach de Souza Santos Um período decisivo: 2015/2025 Produção Projeção Prestígio Conta Corrente do BP Conta Corrente BP mar/15 fev/15 jan/15 dez/14 nov/14 out/14 set/14 ago/14 jul/14 jun/14 mai/14 abr/14 mar/14 fev/14 jan/14 -62,00 -64,00 -66,00 -68,00 -68,00 -70,00 -72,00 -70,60 -72,00 -74,00 -75,60 -76,00 -78,00 -75,60 -75,00 -75,00 -75,95 -75,00 -75,00 -76,00 -77,79 -78,40 -78,00 -80,00 -79,50 -82,00 Fonte: BACEN - Focus Balança Comercial 2015 – US$ bi 14,00 12,00 12,00 11,50 10,00 10,00 10,00 10,00 9,40 10,00 8,00 9,00 8,00 7,65 6,50 6,00 5,00 4,40 5,00 4,00 3,00 2,00 0,00 mar/15 fev/15 jan/15 dez/14 Fonte: BACEN - Focus nov/14 out/14 set/14 ago/14 jul/14 jun/14 mai/14 abr/14 mar/14 fev/14 jan/14 Balança comercial - US$ bi IED 2015 – US$ bi 61 60 60,00 60,00 60,00 59 58,20 58,20 58 57,70 57,30 57 56 55,00 55 58,00 57,50 56,00 55,00 55,00 55,00 55,00 54 53 52 mar/15 fev/15 jan/15 dez/14 nov/14 Fonte: BACEN - Focus out/14 set/14 ago/14 jul/14 jun/14 mai/14 abr/14 mar/14 fev/14 jan/14 IED - US$ bi Produção Industrial 2015 - % 4,0 3,0 2,89 2,89 3,00 2,95 2,37 2,25 1,80 2,0 1,70 1,50 1,46 1,31 1,13 0,71 1,0 0,0 -0,35 -1,0 -2,19 -2,0 -3,0 mar/15 fev/15 jan/15 dez/14 nov/14 Fonte: BACEN - Focus out/14 set/14 ago/14 jul/14 jun/14 mai/14 abr/14 mar/14 fev/14 jan/14 Produção Industrial % Taxa de Câmbio – média 2015 3,40 3,20 3,03 3,00 2,84 2,80 2,72 2,65 2,58 2,45 2,50 2,50 2,49 2,47 2,47 2,50 2,45 2,44 2,41 jan/14 fev/14 2,60 2,40 2,20 2,00 mar/15 fev/15 jan/15 dez/14 nov/14 Fonte: BACEN - Focus out/14 set/14 ago/14 jul/14 jun/14 mai/14 abr/14 mar/14 taxa de cambio* IPCA – 2015 8,5 7,93 8,0 7,33 7,5 7,0 6,67 jun/14 jul/14 6,30 out/14 6,10 6,29 set/14 6,08 mai/14 5,70 6,00 abr/14 5,70 mar/14 5,60 fev/14 6,0 6,00 6,25 ago/14 6,5 6,40 6,50 5,5 5,0 mar/15 fev/15 jan/15 dez/14 Fonte: BACEN - Focus nov/14 jan/14 IPCA Taxa de Crescimento PIB 2015 - % mar/15 fev/15 jan/15 dez/14 nov/14 out/14 set/14 ago/14 jul/14 jun/14 mai/14 abr/14 mar/14 fev/14 jan/14 3,0 2,50 2,5 2,10 2,0 2,00 2,00 2,00 1,73 1,50 1,5 1,20 1,0 1,04 1,00 0,80 0,69 0,38 0,5 0,0 -0,50 -0,5 -0,78 -1,0 PIB % Fonte: BACEN - Focus Relação Dívida Líquida/PIB - 2015 38,5 38,0 37,5 37,0 37,0 37,0 36,5 36,0 36,0 35,8 35,3 35,0 35,0 35,0 35,0 35,1 35,0 35,0 35,0 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 35,5 38,0 37,9 35,0 34,5 34,0 33,5 mar/15 fev/15 jan/15 dez/14 nov/14 Fonte: BACEN - Focus out/14 set/14 Dívida Líquida/PIB Taxa Média SELIC - 2015 mar/15 fev/15 jan/15 dez/14 nov/14 out/14 set/14 ago/14 jul/14 jun/14 mai/14 abr/14 mar/14 fev/14 jan/14 14,0 13,5 12,84 12,88 13,0 12,47 12,5 12,01 12,00 11,96 12,0 11,5 11,79 11,80 11,88 11,88 11,67 11,97 11,42 11,36 11,0 SELIC* Fonte: BACEN - Focus 12,47 A Segunda Etapa da Crise 1. Redução do Consumo nos EUA – 20% 2. Redução no Consumo da UE – 25 a 30% 3. Emergentes – Mercado Interno como elemento de sustentação As ineficiências microeconômicas – 1 • Ao mesmo tempo em que os avanços macroeconômicos foram ocorrendo, as ineficiências microeconômicas foram sendo explicitadas. • As ineficiências sempre existiram, mas acabam ficando ocultas em razão dos desequilíbrios macroeconômicos, que por muitos anos favoreceram grupos em detrimento da modernização da economia brasileira. • À medida em que vêm ocorrendo avanços macroeconômicos, essas ineficiências têm sua negatividade aumentada e cresce a necessidade de eliminá-las. As ineficiências microeconômicas – 2 • Ou seja, é necessária a adoção de um processo de reformas microeconômicas para impulsionar o crescimento, através da melhora do ambiente de negócios e geração de incentivos para que os agentes busquem maiores patamares de produtividade. • Temas como a informalidade, a burocracia excessiva e a incerteza regulatória e jurisdicional devem ser prontamente enfocados e equacionadas soluções. • O objetivo é obter ganhos de produtividade e alcançar um maior patamar de crescimento potencial. As ineficiências microeconômicas – 3 • Ao mesmo tempo em que figura como entre as melhores opções para IED’s, o Brasil se destaca por ocupar a últimas posições quando se avaliam rankings internacionais de competitividade e ambiente de negócios. • Da mesma forma em que temos empresas globais altamente competitivas, o grau de informalidade da economia continua elevado, embora em queda. • Atualmente, fazemos parte do seleto grupo de credores do FMI, mas o crédito doméstico é baixo para os padrões internacionais. • Deve-se, portanto, elaborar uma agenda microeconômica que enfoque e discuta temas como a informalidade, a burocracia excessiva e a incerteza regulatória e jurisdicional, entre outros. Os Gargalos a Superar Educação • Ensino Fundamental, Médio e Superior • Inovação e Tecnologia Infraestrutura • Transportes e Logística • Energia Brasil 2015: Um Cenário Incerto Redução do Crescimento Ganhos sociais ameaçados •Geração de emprego e renda mais lenta. •Recuperação dos EUA, mas problemas na economia européia . •Economia brasileira perdendo o ritmo. Déc. 80 2014 54% 43,58 Idade mediana 19 31* Mulheres trabalhando 19% 48,3% População idade ativa Evolução do PIB (%) 9 7,8 7 5 2,7 3 0,9 1 -1 -3 2,3 -0,6 0,1 -0,8 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015e + Classe Média ? + Educação ? + Saúde ? Fontes: BACEN, Relatório Focus – BACEN – 16/mar/15 , IPEA, * IBGE – Censo de 2010 17 Salários Mínimos = Carro Zero (Gol City) 180 167,27 160 140 120 100 142,58 126,31 107,09 97,22 80 60 85,92 72,98 66,12 60,2 53,45 48,29 45,26 40 20 0 Preço Carro/ Salário Mínimo (Média Anual) Fonte: Dieese Obs: A data de reajuste do salário foi julho/2014 39,6 36,33 34,02 31,62 Menor Velocidade de Crescimento: 2012/13 Educação e Inovação = ação inadequada Carga tributária elevada e muita burocracia dificuldade para negócios Infraestrutura carente em transportes e energia investimentos privados requeridos Apreciação cambial do Real, por conta das políticas monetárias de UE e EUA Perda de competitividade tanto no mercado externo, como também internamente Inflação x Superávits Primários Desde 1999, a implantação do sistema de metas de inflação, trouxe superávits primários e a redução do risco de aceleração de preços. Mas, o ritmo de crescimento ficou prejudicado: questões estruturais limitam as respostas do sistema econômico. Produção Industrial - índice 1.400 1159,3 1.200 1036,6 1.000 956,7 956,8 2002 2003 1065,7 1223,3 1228,3 1206,0 1224,9 1185,0 1195,0 1109,9 1094,5 800 600 400 200 - Fonte: Bacen 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 21 A Dura Realidade: 2012/2014 • A despeito das excelentes perspectivas, a economia brasileira realizou, de maneira lenta, mas continuada, um descenso entre 2012 e 2014. • No setor externo, esses problemas podem ser resumidos nos seguintes pontos: • Perda da competitividade do real frente ao dólar americano, em virtude da manutenção da moeda nacional em um patamar irreal; • Competitividade muito afetada por problemas no sistema educacional e de inovação: reforço do problema criado pelo câmbio. • Infraestrutura econômica paralisada em termos de grandes obras e manutenção de custos de serviços excessivamente elevados. • Expansão acelerada das importações frente a uma redução leve, mas continuada das exportações 22 Evolução das Contas Externas – US$ bi 300 Aumento das commodities Crise internacional 250 200 150 100 50 0 -50 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Exportações Importações Saldo Comercial Fonte: Bacen 23 O descompasso do setor externo – 1 • Depois de atingirem um pico de US$ 256 bilhões em 2011, as exportações decresceram em 2012 e 2013 para um patamar de US$ 242 bilhões e caíram novamente em 2014, chegando a US$ 225 bilhões. A queda foi, respectivamente de 5,47% e de 7,02%. A comparação entre o pico de 2011 e o resultado alcançado em 2014 evidencia uma redução de 12,11% nas exportações brasileiras. • Quanto às importações, passaram de US$ 226 bilhões em 2011, para US$ 223 bilhões no ano seguinte (redução de 1,33%), para subirem em 2013 para a cifra de US$ 239 bilhões (acréscimo superior a 7%), para caírem ao nível de US$ 229 bilhões em 2014 (queda de 4,18%). 24 O descompasso do setor externo – 2 • O saldo da balança comercial, depois de atingir um recorde de US$ 46 bilhões em 2006, caiu nos quatro anos subsequentes, para atingir um novo bom resultado (US$ 29 bilhões) em 2011. A partir desse ponto as contas pioraram e o resultado de 2014, com um déficit comercial de quase US$ 4 bilhões, é o pior verificado desde a década de 1990. • Essa piora do desempenho comercial ainda pode ser compensada pelo elevado nível das reservas internacionais, mas também estas se ressentem do baixo desempenho do setor externo da economia brasileira, mostrando uma contração de pouco mais de US$ 10 bilhões, atingindo um patamar de US$ 363 bilhões no final de 2014. 25 Balança Comercial – US$ bilhões Ano Exportações Importações 2000 55.085,6 55.783,3 -697,7 2001 58.222,6 55.572,2 2.650,5 2002 60.361,8 47.240,5 13.121,3 2003 73.084,1 48.290,2 24.793,9 2004 96.475,2 62.834,7 33.640,5 2005 118.308,4 73.605,5 44.702,9 2006 137.807,5 91.350,8 46.456,6 2007 160.649,1 120.614,4 40.031,6 2008 197.942,4 173.106,7 24.835,8 2009 152.994,7 127.704,9 25.289,8 2010 201.915,3 181.768,4 20.146,9 2011 256.039,6 226.246,8 29.792,8 2012 242.578,0 223.183,5 19.394,5 2013 242.033,6 239.747,5 2.286,1 2014 225.100,9 229.060,1 -3.959,2 Fonte: Bacen Saldo Comercial 26 Reservas Internacionais – US$ bilhões 400 373,14 352,01 350 358,80 363,55 300 288,57 250 238,52 193,78 200 180,33 150 85,83 100 50 33,01 35,86 37,82 49,29 52,93 53,79 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Fonte: Bacen 27 Outras observações • Pode-se observar que, tendo registado saldo positivos em conta corrente no período 2003/2007, que decorreram em parte do ajuste cambial de 1999 e, por outro lado, do ambiente favorável às commodities no mercado mundial, o saldo em conta corrente voltou a sofrer deterioração depois da crise mundial, atingindo um nível equivalente a 4,19% do PIB, que corresponde ao nível alcançado no auge da crise energética do início da década passada. • As exportações brasileiras se acham fortemente concentradas em produtos primários e matérias primas, o que implica em gerar empregos de baixo valor adicionado no mercado interno. 28 Importações e Exportações FOB - US$ (bilhões) 300 256,03 242,57 250 200 226,24 242,03 239,63 223,18 225,1 229,03 201,91 197,94 181,76 173,1 152,95 150 127,7 100 50 0 2008 2009 2010 exportações Fonte: IPEA 2011 2012 2013 importações 2014 Saldo Conta-Corrente/PIB - % 3 1,76 2 1,58 1,25 1 0,75 0,11 0 -1 -1,51 -2 -1,71 -1,49 -2,20 -2,12 -3 -4 -2,41 -3,62 -3,76 -4,19 -4,19 -5 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Fonte: Bacen 30 Exportações por Categoria - 2014 Manufaturados 35,6% Operações Especiais 2,8% Commodities 48,7% Semimanufaturados 12,9 Fonte: MDIC 31 Exportações e Tecnologia Utilizada • Pode-se verificar que, no período compreendido entre 2005 e 2014, ocorreu uma continuada elevação das exportações de produtos primários, até atingirem quase 50% das exportações brasileiras no final do período. • Ao mesmo tempo, essa expansão corresponde a um encolhimento substancial das exportações de produtos industrializados, que passaram de quase 60% em 2005 para algo em torno de 40% do total em 2014. • A análise dos dados relativos ao grau de tecnologia empregado nos diferentes produtos, mostra uma expansão discreta nos volumes exportados de alta e de baixa densidade tecnológica e uma estagnação nos produtos que se utilizam de tecnologia intermediária. Exportações – Valor Agregado 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 2005 2006 Primários Fonte: MDIC 2007 2008 Semi 2009 2010 2011 Manufaturados 2012 2013 Op. Especiais 2014 Exportações por Densidade Tecnológica 45 41,1 38,7 38,5 40 35 30 27,2 26,4 25 27,4 28,7 27,0 24,9 20 15 10 6,7 6,4 7,0 5 0 Alta Média Alta 2012 Fonte: MDIC Dados em % das exportações totais Média Baixa 2013 Baixa 2014 Produtos, Mercados e Compradores • Na sequência são apresentados os principais produtos de exportação, os mercados e os seus compradores. • Pode-se verificar que, como já mencionado, os produtos primários predominam como os mais exportados, em termos de valor total. • A Ásia, predominantemente a China, a América Latina, a União Européia e os Estados Unidos se constituem nos maiores mercados para os produtos brasileiros. • Considerando o valor das transações, a China, os Estados Unidos, a Argentina e os Países Baixos (em sua qualidade de portão comercial da União Europeia) são os maiores parceiros individuais. No entanto, em todos os principais parceiros se pode observar um contração das operações entre 2013 e 2014. Principais Produtos de Exportação Discriminação Complexo Soja Minérios Petróleo e Combustíveis Material de Transporte Carnes Químicos Produtos Metalúrgicos Açúcar e Alcool Máquinas e Equipamentos Papel e Celulose Café Couro e Calçados Equipamentos Elétricos Metais e Pedras Preciosos Têxteis * Em US$ bilhões Fonte: MDIC Valor Total* Participação % 31,4 28,4 25,1 20,3 16,8 15,0 14,4 10,3 8,6 7,2 6,6 4,2 3,9 2,8 2,5 14,0 12,6 11,2 9,1 7,5 6,7 6,4 4,6 3,9 3,2 2,9 1,9 1,8 1,3 1,1 Principais Mercados Externos Continente Valor * Participação % Asia 73,5 32,7 América Latina e Caribe 46,0 20,5 - Mercosul 25,6 11,1 - Demais países 20,9 9,4 União Europeia 42,0 18,7 Estados Unidos 27,1 12,1 Oriente Médio 10,4 4,6 Africa 9,7 4,3 Europa Oriental 4,5 2,0 * Em US$ bilhões Fonte: MDIC 37 Principais Compradores – Exportações País China Estados Unidos Argentina Países Baixos Japão Alemanha Chile Índia Venezuela Itália * valor em US$ bilhões Valor* Participação Variação** 40,6 27,0 14,2 13,0 6,7 6,6 4,9 4,7 4,6 4,0 18,0 12,0 6,3 5,8 3,0 2,9 2,2 2,1 2,1 1,8 -11,8 9,6 -27,2 -24,8 -15,6 1,2 11,2 53,0 -4,5 -1,9 ** variação porcentual 2013 ==> 2014 Fonte: MDIC 38 Exportações – porte da empresa Média Empresa 3,3% Micro e Pequena Empresa - 0,7% Pessoa Física 0,1% Grande Empresa 95,9% Fonte: MDIC 39 Participação - PIB e Comércio Mundial • Os gráficos que se seguem mostram a participação das exportações brasileiras no PIB e no Mercado Mundial, bem com sua evolução mais recente. • No período 2004/2013 verifica-se uma contração do comercio exterior relativamente ao produto bruto. Assim, de uma participação equivalente a pouco mais de 14,5% em 2004, as exportações decresceram em termos relativos para 10,8% em 2013. Ainda não estavam disponíveis as estatísticas finais de 2014 para o PIB, razão pela qual não são apresentadas. • Em termos de mercado mundial, as exportações cresceram de 1,08% do comercio global em 2004, para atingirem 1,33% em 2013. O ponto máximo corresponde a 2011, que provavelmente confirma a boa posição brasileira no mercado mundial naquela ocasião. 40 Participação das Exportações no PIB 16 14,56 14 13,43 12,66 11,76 12 11,99 9,57 10 9,86 10,34 10,77 10,80 2012 2013 8 6 4 2 0 2004 2005 2006 2006 2008 2009 2010 2011 Fonte: MDIC 41 Brasil no Mercado Mundial 1,6 1,43 1,4 1,35 1,2 1,16 1,16 1,17 2005 2006 2006 1,25 1,25 2008 2009 1,35 1,33 2012 2013 1,08 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 2004 2010 2011 Fonte: MDIC 42 Evolução Comparativa das Exportações 40 32,1 32,0 30 26,8 23,2 22,6 21,6 16,3 20 14,0 15,6 21,8 16,6 15,7 19,9 15,4 10 0,3 0 2,1 -0,2 -5,3 -10 -20 -22,6 -22,7 -30 2004 2005 2006 2007 Mundo 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Brasil Fonte: MDIC 43 Evolução das Importações • Os gráficos subsequentes mostram a evolução das importações no período mais recente. • A maior parte dessas importações refere-se a bens intermediários e de capital, sendo necessário destacar o item petróleo e derivados em virtude das refinarias da Petrobras processarem basicamente petróleo leve e doce, enquanto a produção maior é de óleo pesado e ácido. • Entre os principais fornecedores destacam-se China e Estados Unidos, mas deve-se notar que ocorreu uma retração de compras em 2014. • Em termos de participação porcentual no PIB e no mercado mundial, ocorre o inverso do que se verifica com as exportações: expansão das participações. 44 Importações por Categoria Petróleo e Combustíveis 17,3 Bens de Consumo 17,0 Bens de Capital 20,8 Fonte: MDIC Bens Intermediários 44,9 45 Principais Fornecedores País China Estados Unidos Argentina Alemanha Nigéria Coreia do Sul India Itália Japão França Valor* 37,3 35,0 14,1 13,8 9,5 8,5 6,6 6,3 5,9 5,7 Participação 16,3 15,3 6,2 6,0 4,1 3,7 2,9 2,8 2,6 2,5 Variação** 0,1 -2,8 -14,1 -8,9 -1,6 -10,2 4,4 -6,1 -16,7 -12,3 * valor em US$ bilhões ** variação porcentual 2013 ==> 2014 Fonte: MDIC 46 Participação das Importações no PIB 12 10,68 10,48 10 9,91 9,47 9,14 8,83 8,34 8,39 2005 2006 8,70 7,99 8 6 4 2 0 2004 Fonte: MDIC 2006 2008 2009 2010 2011 2012 2013 47 Participação nas Importações Mundiais 1,4 1,28 1,23 1,33 1,25 1,2 1,10 1,05 1,0 0,88 0,77 0,8 0,69 0,71 2004 2005 0,6 0,4 0,2 0,0 Fonte: MDIC 2006 2006 2008 2009 2010 2011 2012 2013 48 Reformas necessárias TRIBUTÁRIA R E F O R M A S PREVIDENCIÁRIA JUDICIÁRIA TRABALHISTA POLÍTICA 49 Carga Tributária do Brasil - % do PIB Natureza do Tributo 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Federal 23,4 23,3 23,9 24,1 23,4 23,1 24,7 24,7 24,8 Estadual 8,7 8,6 8,5 8,8 8,6 8,5 8,6 9,0 9,1 Municipal 1,3 1,4 1,6 1,5 1,5 1,8 1,9 2,1 2,1 Total 33,4 33,3 34,0 34,4 33,5 33,4 35,2 35,8 36,0 FONTE: RECEITA FEDERAL 50 Carga Tributária – Distribuição % Natureza do Tributo 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Federal 70,2 70,0 70,5 70,1 69,8 69,0 70,0 69,0 68,9 Estadual 26,0 25,7 24,9 25,4 25,6 25,5 24,5 25,2 25,3 Municipal 3,8 4,3 4,6 4,5 4,6 5,5 5,5 5,8 5,8 FONTE: RECEITA FEDERAL 51 Tributos – Base de Incidência - 2013 Transações Financeiras 1,67% Outros - 0,04% Renda - 18,10% Folha de Salários 24,98% Bens e Serviços 51,28% Propriedade 3,93% FONTE: RECEITA FEDERAL 52 Orçamento Executado – 2013 amortização da dívida 30% pessoal e encargos sociais 12% juros e encargos da dívida 7% inversões financeiras 4% investimentos 3% outras despesas correntes 44% FONTE: SOF 53 Orçamento Executado - 2014 amortização da dívida 35% pessoal e encargos sociais 10% juros e encargos da dívida 7% inversões financeiras 3% investimentos 3% FONTE: SOF outras despesas correntes 42% 54 Orçamento Projetado - 2015 amortização da dívida 40% inversões financeirasinvestimentos 2% 4% pessoal e encargos sociais 9% juros e encargos da dívida 8% outras despesas correntes 37% 55 Carga Tributária x Maduros – 2014 Brasil 37,6% Suécia 55,3% Estados Unidos 15,7% Japão 33,8% França 52,0% Austrália 33,5% Canadá 38,4% Reino Unido 40,9% FONTE: WORLD BANK 56 Carga Tributária x BRICS – 2014 África do Sul 24,4% Brasil 37,6% Rússia 20,6% Índia 8,8% China 22,6% FONTE: WORLD BANK 57 A reforma tributária • Atual sistema tributário contém uma série de desvios, distorções e equívocos. • Reforma tributária constitui verdadeiro desafio. • Embora haja consenso sobre sua necessidade, as propostas são muito divergentes. • Proposta é reestruturar completamente o padrão de cobrança de tributos na economia brasileira. 58 A reforma tributária – 2 • Ainda no âmbito constitucional, buscar a simplificação significativa do sistema tributário. • Isso exige: • reduzir o número de tributos, agrupando em um único imposto todos os que atualmente incidem sobre a mesma base; • mudar a sistemática de repartição da receita entre fundos de participação; • No âmbito da legislação infraconstitucional a regulamentação resultará num novo Código Tributário Nacional. 59 Requisitos da Reforma: • criação e implantação de cadastro único de contribuintes (nacional); • emissão eletrônica de notas fiscais (procedimento nacional único); • sistema integrado de informações fiscais (todos os níveis federativos); • contribuinte deverá ser informado do montante de tributos incidentes sobre bens e serviços. 60 A Questão da Dívida Pública Peso Excessivo da Dívida Sobre o Orçamento Quase 50% dos recursos destinados a juros e amortizações Redução dos Encargos Menor custo de rolagem da dívida já realizado pelo BACEN Alongamento da Dívida Redução do esforço de pagamento das parcelas pelo Tesouro A Questão Previdenciária 1. 2. 3. 4. 5. 6. • Mudanças Demográficas • Trabalhadores rurais na Constituição de 88 • Previdência na folha de pagamento • Déficits crescentes no sistema previdenciário • Mudança do regime dos funcionários públicos • Necessário sistema complementar individual A reforma previdenciária – 1 • A reforma do sistema previdenciário tem sido uma agenda comum em muitos países. Despesa com benefícios aumentou 2,6% do PIB entre 1994 e 2008. • O presidente FHC promoveu um primeiro ajuste quando da implantação do Plano Real (1994), adotando o “fator previdenciário” • No governo Lula (2003), mudaram as regras para a aposentadoria: • idade mínima de 60 anos para os homens; • idade mínima de 55 anos para as mulheres; • adoção da taxação dos servidores inativos (11% da parcela excedente ao teto do INSS). 63 A reforma previdenciária – 2 • Incremento do dispêndio pode ser apontado como a grande causa do aumento do peso da Previdência. • Há elevada proporção de aposentadorias precoces. • Em 2007: 62% das pessoas que se aposentaram no meio urbano por tempo de contribuição tinham menos de 55 anos, sendo que entre as mulheres esse percentual foi de 77%. 64 A reforma previdenciária – 3 • No meio rural, em que as pessoas tem direito ao benefício cinco anos antes que no urbano o problema se agrava, pois o tempo de gozo do benefício é maior. Comparativamente: Média de 110 países Período da aposentadoria até o falecimento Brasil Anos Período da aposentadoria até o falecimento Anos Homens 16/17 Homens 19/23 Mulheres 21 Mulheres 26/29 Fonte: Previdência Social 65 Arrecadação da Previdência – R$ bi 400 341,5 350 309,7 300 278,0 248,6 250 214,8 177,3 183,5 200 153,1 150 100 58,4 66,0 76,6 86,9 101,9 114,9 130,4 50 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Fonte: IPEA 66 Despesas com benefícios - R$ bi 400 380,7 350,5 350 322,9 286,6 300 253,5 250 222,0 200 178,2 184,2 162,2 143,3 150 100 124,4 66,8 75,4 90,7 107,9 50 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Fonte: IPEA 67 Déficit Previdenciário 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 0 -5 -10 -6,84 -8,37 -15 -9,43 -14,07 -20 -25 -22,52 -21,09 -25,01 -30 -35 -40 -28,35 -31,80 -37,99 -40,83 -38,47 -38,66 -39,22 -45 -44,88 -50 Fonte: IPEA 68 Causas do desequilíbrio – 1 • Além das aposentadorias precoces, que fazem com que o período de recebimento do benefício seja mais extenso, uma terceira fonte de desequilíbrio é o benefício concedido às mulheres de poder se aposentarem cinco anos antes que os homens. • Como a mulher vem participando, cada vez mais das atividades produtivas isso tem afetado a composição do estoque de aposentadorias. • Em 1994 as mulheres somavam 309 mil. • Em 2007, eram 964 mil, ou seja, três vezes mais (9% ao ano, em média). • Com isso, as mulheres que representavam 16% do total, passaram para 25% e são a maioria em aposentadorias por idade. 69 Causas do desequilíbrio – 2 • Uma quarta causa tem sido a política de aumentos reais de salários. • Entre 1994 e o final de 2009, o aumento acumulado (real) foi superior a 120% (deflacionado). • Previsão é de que isso venha a representar um aumento de cerca de 5% no gasto anual com os aposentados. • A relevância em buscar uma mudança, também está relacionada ao aumento da sobrevida. No início da década de 1990 a expectativa de vida do brasileiro era de 67 anos e em 2009 passou para 73 anos, sendo que para 2050 a estimativa é de 81 anos. 70 O Problema do Judiciário Respeito aos contratos : instrumento de avaliação do desenvolvimento Economia Globalizada opera em tempo real, enquanto que o Judiciário atua cronologicamente Atrasos em decisões. Súmula Vinculante e Arbitragem A Questão Trabalhista Financiamento da Previdência – fora da folha de pagamento Flexibilidade maior nas relações trabalhistas Aperfeiçoamento do sistema sindical: fim da unicidade A reforma trabalhista – 1 • O mercado de trabalho características básicas: brasileiro apresenta três • Taxas de desemprego elevadas; • Alta informalidade; • Elevada rotatividade. • O tema pode ser discutido considerando-se: • Peculiaridades do mercado de trabalho brasileiro; • Causas do desemprego; • Informalidade e rotatividade; • Propostas de reformas. 73 Peculiaridades do mercado de trabalho • De um lado o conjunto legislativo que regula seu funcionamento é extenso, complexo e detalhista. • Isso faz com que haja pouca flexibilidade e dificuldades de negociação. • Portanto, o mercado de trabalho brasileiro pode ser definido como rígido e com pouco espaço para negociação das relações de trabalho entre empregadores e trabalhadores. • Entretanto, apesar da extensa e complexa legislação, com raríssimas exceções, todos os direitos dos trabalhadores alí expressos são passíveis de avaliação monetária, quando o contrato é rescindido. • Assim, se do ponto de vista da legislação o mercado de trabalho brasileiro é bastante rígido, do ponto de vista financeiro, dependendo da taxa de desemprego (oferta e procura de mão-de-obra) pode ser considerado bastante flexível. 74 Salário Mínimo Real (R$) 800 748,72 750 759,57 732,42 700 641,02 650 600 582,69 550 675,75 604,75 555,15 488,30 500 434,33 450 442,87 452,51 440,53 400 350 671,65 390,12 300 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Fonte: IPEA 75 Taxa de Desemprego * - % 12% 10,6% 10,5% 10,9% 9,6% 10% 8,4% 8,4% 8% 7,5% 6,8% 6,8% 6% 5,3% 4,7% 4,6% 2011 2012 4,3% 4,3% 2013 2014 4% 2% 0% 2001 Fonte: IBGE 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 * Regiões Metropolitanas Taxa de Desemprego - (%) 12% 10,5% 10,0% 10% 9,9% 10,2% 9,7% 9,2% 9,0% 8,9% 7,8% 8% 7,3% 7,1% 6,7% 6% 4% 2% 0% 2001 Fonte: Ipea 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 Causas do desemprego • Elevada assimetria de informações, que faz com que a taxa seja maior entre os jovens; • Salário de reserva, isto é, o menor salário que o trabalhador está disposto a aceitar. • Quanto maior for o salário de reserva maior tenderá a ser a taxa de desemprego. 78 Informalidade e rotatividade • Causas da informalidade: • Possibilidade de remuneração maior; • Mais chances de conseguir emprego; • Dispositivo da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), que concede aposentadoria de 1 salário mínimo a todos os brasileiros aos 65 anos, mesmo que não tenham contribuído para a previdência. • Causa da rotatividade: Trabalhadores são “incentivados” à demissão, que em muitos casos acaba sendo um prêmio (indenização, fgts, etc.). 79 Os Problemas Políticos Vantagem: Estabilidade Institucional Desvantagem: Corrupção Endêmica O Sistema Financeiro Brasileiro Bancos Universais Fortes Mercado de Capitais Incipiente Relativamente pequena participação estrangeira: autossuficiência Governança e Mercado de Capitais Transparência e Sustentabilidade Instrumentos Auxiliares: Venture Capital e Private Equity Fortalecimento da Empresa Nacional e Redução dos Custos de Investimento Os Desafios da Década Distribuição de Renda Reforma Tributária Manutenção e Regulação do Sistema Financeiro Crescimento e Consolidação do Setor Imobiliário Consolidação do Mercado de Capitais Os Objetivos Permanentes do País Manutenção do Crescimento Distribuição da Renda