UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CRYSTIANO DE SOUZA SANTOS PESQUISA DE SATISFAÇÃO DE CLIENTES DA EMPRESA BALSANTOS COMÉRCIO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA EM BALANÇAS LTDA. Biguaçu 2008 2 CRYSTIANO DE SOUZA SANTOS PESQUISA DE SATISFAÇÃO DE CLIENTES DA EMPRESA BALSANTOS COMÉRCIO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA EM BALANÇAS LTDA. Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso de Administração do Centro de Educação da UNIVALI – Biguaçu, como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Administração. Professor Orientador: Rosalbo Ferreira Biguaçu 2008 3 CRYSTIANO DE SOUZA SANTOS PESQUISA DE SATISFAÇÃO DE CLIENTES DA EMPRESA BALSANTOS COMÉRCIO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA EM BALANÇAS LTDA. Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção do título de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu. Área de Concentração: Marketing Biguaçu, 22 de outubro de 2008. Prof. Dr. Rosalbo Ferreira UNIVALI - CE de Biguaçu Orientador Prof. Dr. João Carlos Domingues Carneiro UNIVALI - CE de Biguaçu Membro Prof. Dra. Simone Regina Dias UNIVALI - CE de Biguaçu Membro 4 Dedico este Trabalho de Conclusão de Estágio aos meus pais, e a todas as pessoas que acreditam que podem fazer alguma coisa para melhorar esse mundo. 5 Agradeço ao meu orientador Rosalbo Ferreira, pelo conhecimento e ajuda que foi dado, a empresa Balsantos pela colaboração e disponibilidade de horário durante todo o desenvolvimento do trabalho. 6 “Mais do que temos... é o que somos... Mais do que conquistamos... é o que ousamos sonhar. A coragem se mede pelo simples ato de desejar, planejar e então construir. Faça de sua vida algo extraordinário, pois o homem tem o poder de escrever sua própria história”. (Lucinana B. C. A.) 7 RESUMO SANTOS, Crystiano de Souza. Pesquisa de satisfação dos clientes da empresa Balsantos Comercio e Assistência Técnica em Balanças Ltda. 2008. 60f. Trabalho de Conclusão de Curso Administração – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2008. Este trabalho teve por objetivo identificar a satisfação dos clientes da empresa Balsantos Comercio e Assistência Técnica em Balanças Ltda. e propor melhorias através de um planejamento de marketing, a empresa atua no ramo de vendas e assistência técnica para balanças comerciais e industriais, esta localizada no bairro do estreito em Florianópolis Santa Catarina. Nos tempos atuais é de grande importância que a organização conheça o nível de satisfação dos seus clientes, para conhecer este nível foi utilizado uma abordagem quantitativa na qual foram entrevistados minuciosamente os clientes externos da organização levantando seus pontos fortes e fracos, utilizou-se de pesquisa bibliográfica e documental, o pesquisador também utilizou observação direta e participante como forma de coleta de dados. Ao analisar os questionários respondidos pelos clientes foi constatado que de modo geral os clientes estão satisfeitos com os serviços oferecidos pela organização. Os fatores mais críticos da organização é o tempo de execução dos serviços prestados, forma de pagamento, e a divulgação da organização. Após a análise dos resultados, foi proposto um plano de ação visando apresentar melhorias nos indicadores da pesquisa. Palavras-chave: Satisfação, planejamento de marketing, Plano de ação. 8 ABSTRACT SANTOS, Crystiano de Souza. Pesquisa de satisfação dos clientes da empresa Balsantos Comercio e Assistência Técnica em Balanças Ltda. 2008. 60f. Trabalho de Conclusão de Curso Administração – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2008. This study aimed to identify the company's customer satisfaction Balsantos Trade and Technical Assistance in Balance Ltda. and propose improvements through a planned marketing, the company operates in the branch sales and technical assistance for commercial and industrial scales, is located in the neighborhood of the Strait in Florianopolis Santa Catarina. In the face of current times is important that the organization knows the level of satisfaction of their customers, to meet this level was used a quantitative approach in which they were thoroughly interviewed customers outside of the organization raising their strengths and weaknesses, using search and documentary literature, the researcher also used direct observation and participant as a means of collecting data. While reviewing the questionnaires answered by customers was found that in general customers are satisfied with the services offered by the organization, the organization's most critical factors is the time to perform the services provided, form of payment, and the disclosure of the organization. After analyzing the results, we proposed a plan of action to make improvements in indicators of the research. Key-words: Meeting, planning, marketing, plan of action. 9 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Três tipos de marketing em setores de serviço...................................18 Figura 2 - Brasil: uma economia de serviços.......................................................20 Figura 3 - As conseqüências de um valor superior para o cliente.......................27 Figura 4 - Fachada da organização......................................................................30 Figura 5 - Tipos de comércio?..............................................................................31 Figura 6 - Local da empresa?...............................................................................33 Figura 7 - Como você conheceu a empresa?......................................................34 Figura 8 - Cortesia do técnico?.............................................................................35 Figura 9 - Aparência dos funcionários?................................................................35 Figura 10 - Conhecimento técnico do funcionário?..............................................36 Figura 11 - Tempo de execução do serviço?.......................................................36 Figura 12 - Preço cobrado pelos serviços prestados?.........................................37 Figura 13 - Condições de pagamento?................................................................38 Figura 14 - Manutenção em garantia?..................................................................38 Figura 15 - Grau de satisfação: contexto geral....................................................39 Figura 16 - Já visitou a empresa?........................................................................39 Figura 17 - O que achou das instalações da empresa.........................................40 Figura 18 - Localização?.......................................................................................40 Figura 19 - Que melhorias devem ser feitas?......................................................41 Figura 20 - Pontos fortes e fracos........................................................................42 Figura 21 - Balança Prix IV...................................................................................55 Figura 22 - Balança Pluris.....................................................................................55 Figura 23 - Impressora térmica de código de barra.............................................56 Figura 24 - Balança CS-15...................................................................................56 Figura 25 - Balança de pesar pessoa...................................................................56 Figura 26 - Pesos padrão.....................................................................................57 Figura 27 - Teclados de balanças........................................................................57 Figura 28 - Células de carga................................................................................58 10 Quadro 1 - Equação da satisfação dos clientes...................................................24 Quadro 2 - Os três possíveis atendimentos percebidos pelo cliente...................26 Quadro 3 - Plano de ação. Legenda.................................................................46 SUMÁRIO ABSTRACT 8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES 9 SUMÁRIO 1 1 INTRODUÇÃO 2 1.1.1 OBJETIVO GERAL 2 1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 3 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4 2.1.1 Evolução do marketing 6 2.1.4 Marketing de serviço 17 3 METODOLOGIA 28 4 APRESENTAÇÃO DOS DADOS COLETADOS 30 4.3 ANÁLISE DE PONTOS FORTES E FRACOS 42 Fonte: Dados primários (2008) 42 5 PLANO DE AÇÃO 43 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 47 REFERÊNCIAS 48 APÊNDICE 51 ANÉXO 54 3 METODOLOGIA ......................ERROR: REFERENCE SOURCE NOT FOUND 3.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO ..................ERROR: REFERENCE SOURCE NOT FOUND 3.2 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ......................ERROR: REFERENCE SOURCE NOT FOUND 3.3 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS ERROR: REFERENCE SOURCE NOT FOUND 3.4 INSTRUMENTOS DE ANÁLISE DOS DASOS .....ERROR: REFERENCE SOURCE NOT FOUND 4 APRESENTAÇÃO DOS DADOS COLETADOS ERROR: REFERENCE SOURCE NOT FOUND 4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ..ERROR: REFERENCE SOURCE NOT FOUND 4.2 RESULTADOS DA PESQUISA ...................ERROR: REFERENCE SOURCE NOT FOUND 4.3 ANÁLISE DE PONTOS FORTES E FRACOS ERROR: REFERENCE SOURCE NOT FOUND 5 PLANO DE AÇÃO ...................ERROR: REFERENCE SOURCE NOT FOUND 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....ERROR: REFERENCE SOURCE NOT FOUND REFERÊNCIAS ..........................ERROR: REFERENCE SOURCE NOT FOUND APÊNDICE ..................................ERROR: REFERENCE SOURCE NOT FOUND ANÉXO ........................................ERROR: REFERENCE SOURCE NOT FOUND 2 1 INTRODUÇÃO Atualmente, boa parte das organizações desconhece o que os consumidores pensam a respeito da mesma, saber se estão satisfeitos com os serviços prestados. Muitas organizações só querem saber de vender seu produto, e não se importam com o fato de seu cliente estar satisfeito. Isto é um grande erro, pois um consumidor insatisfeito não será um cliente fiel. A Balsantos Comércio e Assistência Técnica em Balanças Ltda. é uma empresa familiar, de médio porte, que foi fundada em 2 de janeiro de 2001. A Balsantos atua no mercado de assistência técnica em balanças comerciais, industriais, e vendas de suprimentos para automação comercial. Está localizada em Florianópolis, Santa Catarina, mais precisamente na Rua Afonso Pena, em Capoeiras. Sua principal área de atuação é na grande Florianópolis. Disputa o mercado com seis concorrentes diretos, e é uma das mais novas empresas entre eles. Apesar de estar apenas há seis anos no mercado, a empresa Balsantos possui uma ampla clientela e não tem noção do que os clientes pensam a respeito dela, não sabe se estão satisfeitos com os serviços prestados ou se os produtos que estão vendendo está agradando. Acredita-se que, com isso, a empresa pode está perdendo alguns clientes. Visando suprir esta carência, coloca-se a seguinte pergunta: Será que a empresa Balsantos está prestando um bom serviço, e deixando seus clientes satisfeitos com os serviços prestados para os mesmos? 1.1 OBJETIVOS 1.1.1 Objetivo geral Verificar o grau de satisfação dos clientes da empresa Balsantos Comercio Assistência Técnica em Balanças Ltda., que atua na cidade de Florianópolis, no período de março a novembro de 2008. 3 1.1.2 Objetivos específicos • Descrever o perfil dos clientes da Balsantos comércio e assistência técnica. • Identificar os pontos fortes e fracos da empresa Balsantos. • Identificar as necessidades e desejos dos clientes da empresa Balsantos em relação a seus produtos e serviços. • Reconhecer o grau de satisfação dos clientes da empresa Balsantos em relação a seus produtos e serviços. • Sugerir propostas de marketing para a empresa Balsantos. 1.2 JUSTIFICATIVA Esta pesquisa é muito importante para a empresa, pois ela não tem uma noção exata do nível de satisfação dos seus clientes, e o que eles desejam que seja oferecido pela mesma. A sociedade só terá benefício após o resultado das pesquisas, quando a organização ver o que está errado e corrigir. O momento atual é oportuno, pois a empresa está crescendo e precisa saber que estratégias adotar para satisfazer seus clientes. A pesquisa é viável, pois o pesquisador trabalha na organização e tem acesso a todas as informações necessárias para a realização da pesquisa e ainda tem contato direto com os clientes. O autor tem o tempo disponível de um ano para elaboração deste trabalho, que terá baixos custos. 4 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Este capítulo apresentará conceitos e definições que são essenciais para a fundamentação deste trabalho, dentre eles, destacam-se: definições de Marketing, composto mercadológico, evolução do marketing, definições de pesquisa de marketing, satisfação dos clientes. 2.1 MARKETING Afirma Kotler (1992, p. 29) que seguir o conceito de marketing é o segredo para a realização dos objetivos da empresa, pois este consiste na realização das necessidades dos mercados apontados como alvo e proporcionar o alcance das metas com mais eficácia e eficiência que os concorrentes. De forma mais abrangente, Aaker, Kumar e Day (2004, p. 25) sustentam que: O conceito de marketing exige que a satisfação do cliente, mais que a maximização dos lucros, seja a meta de uma organização. Em outros termos, a organização deve estar voltada para o cliente, buscando entender as necessidades dele e sua satisfação rápida e eficaz, de maneira que seja benéfica tanto para o consumidor como para a empresa. Em perspectiva similar, Cobra (1992, p. 29) considera que marketing são diversas formas de perceber o mercado e adaptar produtos ou serviços; é um comprometimento da organização com a melhoria da qualidade de vida. A forte concorrência faz com que as organizações percebam a importância de se orientar pelas necessidades e exigência do mercado. Na mesma perspectiva, Limeira (2006, p. 2) enfatiza que marketing é a função empresarial para criar valor para o cliente, e também gera vantagens competitivas para a empresa por meios de estratégias das variáveis do marketing: produto, preço, comunicação, e distribuição. Em outras palavras, Vavra (1993, p. 41) menciona que marketing é conceber, produzir, colocar preço, criar e espalhar idéias, bens e serviços que tragam a satisfação de indivíduos e organizações. Atua também em todo processo de mudança para distribuir produtos e serviços. Envolve também previsão para adiantar 5 as mudanças e modificar as ofertas para competir num mercado mutante com mais eficácia. Na mesma linha, Kotabe e Helsen (2000, p. 30) afirmam que marketing é uma atividade corporativa criativa que envolve o planejamento e a execução de preço, promoção e distribuição de idéias, produtos e serviços que não só satisfaça as necessidades atuais dos consumidores, mas também estimula e antecipa suas necessidades futuras, visando determinado lucro. Nesse sentido, Semenik e Bamossy (1995, p. 6) revelam que: Marketing é o processo de planejamento e execução e execução do conceito, preço, comunicação e distribuição de idéias, bens e serviços, de modo a criar trocas que satisfaçam objetivos individuais e organizacionais. Em linha distinta, Westwood (1996, p. 6) comenta que marketing envolve ter o produto no lugar certo, a disposição certa na hora certa e garantir que o cliente saiba do produto. Na mesma concepção, Churchill e Peter (2005, p. 10) conceituam marketing como a idéia de que a organização deve agir para trazer satisfação das necessidades e desejos dos consumidores, enquanto procura atingir suas metas. Na mesma linha, Schewe e Smith (1982, p. 20) sugerem que marketing é garantir a satisfação da sociedade no momento da troca. E isto só pode ser alcançado através de uma boa campanha de marketing. Em outras palavras, McCarthy e Perreault (1997, p. 35-36) sublinham que o marketing instrui a organização a focar seus interesses na satisfação dos consumidores ou clientes, a certo lucro. Cides (1997, p. 10) por sua vez, comenta que marketing é o coletivo de atividades que levam a empresa a vender mais com maior lucratividade. Em perspectiva similar, Skacel (1992, p. 7) sugere que marketing é tudo o que fazemos para vender mais bens e serviços e realizar mais necessidades com maior freqüência. Em complemento a estas posições, a American Marketing Association (1985 apud BOONE e KURTZ, 1998, p. 6) relata que marketing é planejamento e execução de preço, promoção, e distribuição de idéias, bens e serviços, visando satisfazer objetivos individuais e organizacionais. 6 2.1.1 Evolução do marketing Nos tempos atuais, o marketing tornou-se uma área de fundamental importância dentro de uma organização, visto por todos os lados com uma grande freqüência, porem antigamente ele não era conhecido como marketing, mas já era utilizado, Barros (2003) identifica cinco momentos para a evolução do marketing: • 1° momento: as empresas eram orientadas para produção, onde se preocupavam em oferecer produtos com preços acessíveis para o cliente. • 2° momento: as empresas eram orientadas para o produto, onde as empresas tinham preocupação com a qualidade dos produtos oferecidos. • 3° momento: as empresas eram orientadas para a venda, onde a empresa preocupava-se apenas em vender. • 4° momento: as empresas eram orientadas para o marketing, onde se preocupavam na satisfação de seus clientes. • 5° momento: as empresas eram orientadas para o marketing social, e preocupavam-se com o bem estar social dos seus clientes em longo prazo. Em perspectiva similar, Fullerton (apud SEMENIK e BAMOSSY, 1995, p. 16-17) afirma que a evolução do marketing se divide em cinco etapas: • 1ª - a era dos antecedentes: um longo período de gestação do marketing iniciou na Bretanha no século XVI. A produção e o transporte eram primitivos e grande parte da população era auto-suficiente. Os primórdios do capitalismo eram eficientes e os mecanismos facilitadores começam a surgir bancos, bolsa de valores e papel moeda. • 2ª - a era das origens: iniciou na Bretanha em 1750, durante esta época deu início a revolução industrial. Houve enormes melhorias no transporte e na produção, que junto com a urbanização da população deram origem aos mercados de massa. 7 • 3ª – a era do desenvolvimento institucional: deu início em 1850 na Bretanha. Muitas das principais instituições e práticas modernas de marketing tiveram início nesta época. • 4ª - a era do refinamento e da formalização: esta era vai dos anos 30 até os tempos atuais. A técnica do marketing continuou desenvolvendo, e também foi nesse período que as atividades de marketing tornaram-se formalmente reconhecidas nas organizações, sendo o conceito de marketing formalmente articulado. A seguir, podem-se visualizar diferentes conceituações de marketing de diferentes autores em épocas distintas, segundo Cobra (1997): • Americam Marketing Association em 1960: o desenvolvimento das atividades de negócio que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor. • Ohio State University em 1965: o processo na sociedade pelo qual a estrutura de demanda para os bens econômicos e serviços é antecipada ou abrangida e satisfeita através da concepção, promoção troca e distribuição física de bens e serviços • Kotler e Sidney Levy em 1969: o conceito de marketing deveria abranger também as instituições não lucrativas. • William Lazer em 1969: o marketing deveria reconhecer as dimensões societais, isto é, levar em conta as mudanças verificadas nas relações sociais. • David Luck em 1969: O marketing deve limitar-se às atividades que resultam em transação de mercado. • Kotler e Gerald Zaltaman em 1969: a criação, implementação e controle de programas calculados para influenciar a aceitabilidade das idéias sociais e envolvendo considerações de planejamento de produto, preço, comunicação, distribuição e pesquisa de marketing. 8 • Robert Bartis em 1974: se o marketing é para ser olhado como abrangendo as atividades econômicas, talvez o marketing como foi originalmente concebido reapareça em breve com outro nome. • Robert Haas em 1978: é o processo de descoberta e interpretação das necessidades e desejos do consumidor para as especificações de produto e serviço, criar a demanda para esses produtos e serviços e continuar a expandir esta demanda. • Phillip Kotler em 1997: é o processo de planejamento e execução desde a concepção, preço, promoção e distribuição de idéias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos de pessoas e organizações. 2.1.2 Marketing de relacionamento Boone e Kurtz (1998, p.116) tratam marketing de relacionamento como a tentativa da instituição de criar elos duradouros com seus clientes, e que sejam efetivas em termos de custos, para que beneficie os dois lados. Corroborando com esta afirmação, Gordon (1998, p. 31) diz que marketing de relacionamento é um processo de identificação e criação de valores com os clientes e a utilização de seus benefícios Na mesma concepção, Lovelock e Wright (2006, p. 132) mencionam relações em longo prazo entre a organização e os seus clientes, visando que marketing de relacionamento são atitudes tomadas para desenvolver o beneficio de ambas as partes. De forma mais ampla, Kotler (1998, p. 30) define marketing de relacionamento como a pratica de relações satisfatórias a longo prazo entre clientes, fornecedores e distribuidores, as empresas inteligentes procuram desenvolver confiança e relacionamentos, tendo retorno a longo prazo para ambas as partes. Marketing de relacionamento resulta em fortes vínculos econômicos, técnicos e sociais entre as partes, reduzindo os custos de transações e o tempo. Obtendo no final a construção de um ativo exclusivo da organização chamado rede de marketing, uma rede de marketing é formada por todos os stakeholders que a apóiam. 9 Em perspectiva similar, Vavra (1993, p. 36) divide marketing de relacionamento em três partes na primeira a organização tem que focar no cliente para manter uma relação forte de duração com cada cliente, o segundo é cada vez mais aumentar a duração de cada cliente, e o terceiro é utilizar os lucros conseqüentes das duas primeiras partes para custear a conquista de mais clientes a um custo mais baixo. Na mesma linha, McKenna (1992, p.48) enfatiza que marketing de relacionamento é construir relações com fornecedores, distribuidores, investidores, clientes e outras pessoas e empresas do mercado, estas relações são mais importantes que qualquer tipo de promoção. Nesse tipo de relação o feedback é essencial pois os clientes que vão estimular as mudanças nos produtos e serviços. Com a mesma finalidade, Kotler e Armstrong (2003, p. 474) comentam que marketing de relacionamento se resume em criar manter e aprimorar fortes relacionamentos com os stakeholders. Kotler e Armstrong (2003, p. 431) ainda dizem que o marketing de relacionamento que foca a o cultivo de relacionamentos lucrativos e duradouros, oferecendo valores e satisfação para os clientes. Em alguns casos é muito mais caro conquistar um cliente do concorrente do que manter os clientes já existentes. De forma mais abrangente, Rabaça e Barbosa (1996, p. 228-229) revelam que: Marketing direto: conjunto de atividades de promoção de vendas e de comercialização em que se desenvolve um relacionamento direto entre a empresa (que oferece um produto ou serviço) e o consumidor. Suas principais modalidades são as vendas pelos sistemas de telemarketing e reembolso postal, por demonstradores (vendedores) de porta em porta, ou pela divulgação através de qualquer veiculo (mala direta, televisão, jornal, revista e etc.), condicionando-se a entrega do produto em domicílio, mediante pedido feito por telefone ou por via postal. Nesse sentido, Moreira (2000, p. 39) afirma que marketing direto ou marketing de relacionamento é a utilização da mídia para anunciar promoções interagindo diretamente com o consumidor, solicitando deles uma resposta direta. Em perspectiva similar, Kotler (1998, p. 498) relata que o marketing direto tem raízes ma venda pelo correio, porem nos tempos atuais utiliza de outras formas 10 de chegar ate o consumidor, como o telemarketing, marketing de resposta direta via televisão e compra eletrônica. Vavra (1993, p. 274) ainda revela que uma cultura organizacional terá diversas maneiras de como adotar estratégias de pós-marketing pra chegar a marketing de relacionamento, o pós-marketing tem uma cultura que cobiça clientes. Colaborando a afirmação anterior Kotler, (1998, p. 59) cita que a criação de clientes mais leais aumenta o faturamento da empresa, porém a organização precisa gastar mais para isso. Em linhas distintas, Gordon (1998, p. 32) comenta que o marketing de relacionamento provém dos mesmos princípios do marketing tradicional, apesar de serém bem diferentes, o marketing de relacionamento se desenvolve dos princípios do marketing tradicional, porém ele possui seis dimensões que se diferenciam do marketing tradicional, essas diferenças tem poder para mudar toda uma empresa, elas são: • Procura criar novo valor para os clientes e compartilhar esse valor entre o produto e o consumidor. • Reconhece o papel fundamental que os clientes individuais têm não apenas como compradores, mas na definição do valor que desejam. Anteriormente esperava-se que as empresas identificassem e fornecessem esse valor a partir daquilo que eles consideravam como produto. Com o marketing de relacionamento, o cliente ajuda a empresa a fornecer o pacote de benefícios que ele valoriza. O valor é assim criado com os clientes e não por eles. • Exige que uma empresa, conseqüência de sua estratégia de marketing, e de seu foco sobre o cliente, planeje e alinhe seus processos de negócios, suas comunicações sua tecnologia e seu pessoal para manter oi valor que o cliente individual deseja. • É um esforço continuo e colaborativo entre o comprador e o vendedor. Desse modo, funciona em tempo real. • Reconhece o valor dos clientes por seu período de vida de consumo e não como clientes ou organizações individuais que devem ser abordados a cada ocasião de compra. Ao reconhecer o valor do período de vida – ou 11 vitalício -, o marketing de relacionamento procura unir progressivamente a empresa aos clientes. • Procura construir uma cadeia de relacionamento dentro da organização para criar o valor desejado pelos clientes, assim como entre a organização e seus principais participantes, incluindo fornecedores, canais de distribuição intermediários e acionistas. Gordon (1998, p.35-38) ainda menciona o impacto do marketing de relacionamento sobre os 4P’s, ele desenvolve um canal direto entre a empresa e seus clientes prioritários, o produto se torna conseqüência de um processo de colaboração fortalecendo o elo entre a empresa e os clientes, o preço fica adequado as exigências dos clientes, a promoção é feita para agregar valores a empresa ou a marca e por fim a distribuição que é tratada pelo marketing de relacionamento a partir da perspectiva do cliente que decide onde, como e quando comprar, vendo por este lado a distribuição não é um canal mas um processo que disponibiliza ao cliente uma liberdade para escolher onde e de quem eles obterão os valores que desejam. 2.1.3 Composto de marketing Kotler (1998, p.97) afirma que o composto mercadológico é: “o conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingirem seus objetivos de marketing no mercado-alvo”. Para o autor, há dezenas de ferramentas no composto de marketing, sendo que o autor utiliza são as ferramentas popularizadas por McCcarthy, os 4p’s: produto, preço, praça e promoção. Afirma Kotler (1998) que produto, são as ofertas tangíveis da empresa para o mercado, definiram-se produto como algo que pode ser oferecido a um mercado para apreciação, aquisição ou consumo e para satisfazer um desejo ou uma necessidade, produtos são mais que bens tangíveis incluem-se bens físicos, serviços, eventos, pessoas, lugares e organizações. Preço é a quantidade de dinheiro que os clientes pagam pelo produto, ou seja, é a quantia em dinheiro que se cobra por um produto ou serviço de determinada empresa ou organização, em sentido amplo é a soma de todos os valores que os consumidores trocam pelos benefícios de obter ou utilizar um produto ou serviço, destacam-se: valor de 12 mercado, prazo de pagamentos e condições de credito, além de descontos fornecidos pela empresa. Praça ou Ponto, são as atividades assumidas pela empresa para tornar o produto acessível aos consumidores, são os locais onde se situam os empreendimentos e ainda sua área de cobertura ou abrangência, seus canais de distribuição e a logística englobam pelo controle de estoque e o transporte, tendo como exemplo o local, cobertura, canais e logística. Promoção, são todas as atividades utilizadas para comunicar e promover seus produtos no mercado é tudo e qualquer informação sobre o produto no mercado repassado para o cliente com o intuito de divulgar e comunicar suas qualidades ao público-alvo ou público consumidor. Na mesma linha, Boone e Kurtz (1998, p. 19) demonstram que composto de marketing é a junção dos quatro elementos de estratégias, (4P’s) para melhor atender o mercado alvo. Em perspectiva similar, Semenik e Bamossy (1995) tratam composto de marketing como quatro áreas primárias, que são, desenvolvimento de produtos, decisões de preço, decisões promocionais e decisões promocionais, que são chamados de 4P’s (descrição usada pela primeira vez por E. Jerome McCarthy no início dos anos 60). Na mesma concepção, Cobra (1997) afirma que o composto de marketing é definido em quatro funções chamadas por todos em sua maioria de 4P’s, que foram criadas originalmente para atender as necessidades dos clientes e do mercado, utilizados pela empresa para alcançar com sucesso os seus reais objetivos. Corroborando com estas informações, McCarthy e Perreault (1997) sustentam que composto de marketing são variáveis controláveis que as organizações reúnem para satisfazer os clientes, normalmente um composto de marketing inclui algum produto, oferecido a determinado preço, alguma promoção para comunicar aos consumidores e um meio de se chegar ao local de compra, ou seja, os 4P’s eles ainda afirmam que os clientes não fazem parte de composto de marketing. Em outras palavras, Churchill e Peter (2005, p. 20) afirmam que composto de marketing são formas estratégicas que as organizações utilizam para estimular seus clientes e com isto alcançar seus objetivos. Em perspectiva divergente Christensen e Rocha (1987, p. 37) mencionam que marketing é o coletivo de ferramentas manipuláveis pelo gerente de marketing 13 visando melhor ajustamento entre a oferta feita por sua empresa ao mercado e a demanda existente. 2.1.2.1 Produto McCarthy e Perreault (1997) afirmam que Produto é um Bem físico, serviço, características, nível de qualidade, acessórios, instalação, instruções, garantia, linhas de produtos, embalagem, marca. Corroborando com esta afirmação, Churchill e Peter (2005, p. 20) definem produto como algo criado por profissionais de marketing para consumidores com finalidade de troca. Nesse sentido, Boone e Kurtz (1998, p. 19) apontam que produto tem um vasto conceito, porem que leva em conta a satisfação das necessidades do consumidor a um bem, serviço ou idéia. Em perspectiva similar, Kotler (1992, p. 43) resume produto como oferta feita ao publico alvo da organização. Corroborando com esta afirmação Schewe e Hiam (2000, p. 290) classificam produto como um coletivo de atributos tangíveis e intangíveis, que são reunidos de formas identificáveis. Na mesma linha, Rabaça e Barbosa (1996, p. 247) tratam produto como um objeto físico, serviço, instituição, personalidade, lugar ou idéia, utilizados de maneira que agrega valor, para troca em determinados mercados. Em perspectiva divergente, Vavra (1993, p. 27) define “produto: qualidade, confiabilidade e características.” Em outra perspectiva, Christensen e Rocha (1987, p. 114) mencionam que produto é tudo que possa servi como objeto de troca entre indivíduos ou organizações. Em linha distinta, Lovelock e Wright (2006, p. 16) sustenta que produto é a fabricação central (serviço ou bem) feito por uma organização. Em outras palavras, Semenik e Bamossy (1995, p. 258-259) destacam “Produto é a combinação de matérias-primas, partes componentes, processos de produção e respectivos custos.” 14 Na mesma concepção, Moreira (2000, p. 32) enfatiza produto como algo que os profissionais de marketing oferecem aos seus clientes, também existe o serviço que é prestado em função de sua aquisição. 2.1.2.2 Preço McCarthy e Perreault (1997) destacam Preço, como Objetivos, flexibilidade, nível do ciclo de vida do produto, termos geográficos, descontos, condições especiais. Em outras palavras, Churchill e Peter (2005, p. 20) consideram preço como o valor que deve ser dado em troca de uma mercadoria ou um serviço. Na mesma linha Kotler (1992, p. 44) trata preço como o valor que o publico alvo terá que desembolsar. Em perspectiva similar, Lovelock e Wright (2006, p. 23) sustenta que preço são gastos em dinheiro, tempo e esforço que os clientes adquirem na compra ou consumo de algum serviço. Em linha distinta, Christensen e Rocha (1987, p. 134) definem preço como condições básicas onde o vendedor e o cliente estão dispostos e elaborar a troca. A empresa considera que o preço é a recompensa pelos bens e serviços que oferecem, e o consumidor compreende que preço é aquilo que ele esta disposto a pagar para obter o bem ou serviço em questão. Nesse sentido, Rabaça e Barbosa (1996, p. 246) definem preço como subconjuntos do mix de marketing que unem as variáveis relativas no valor do produto: preço básico, descontos, prazo de pagamento, etc. Em perspectiva similar, Vavra (1993, p. 33) “Preço cobrado, condições de preço e ofertas de preço.” Corroborando com esta afirmação, Moreira (2000, p. 35) conceitua preço como o valor monetário de um produto, o valor em dinheiro que o cliente tem que desembolsar para adquirir-lo, para o profissional de vendas o preço é a expressão do valor do produto e gera receita, e para o cliente o preço é um padrão de medida utilizado para julgar o valor, e o potencial de satisfação. 15 2.1.2.3 Praça McCarthy e Perreault (1997) definem Praça, como Objetivos, tipo de canal, exposição de mercado, tipos de intermediários, tipos de localizações de lojas, como lidar com o transporte e armazenagem, níveis de serviços, recrutamento de intermediários, administração de canais. Em perspectiva similar, Churchill e Peter (2005, p. 20) afirmam que praça são pontos de distribuição utilizados para levar bens e serviços ao mercado. Na mesma concepção, Kotler (1992, p. 44) considera praça como as formas utilizadas para levar o produto social até o publico alvo. Corroborando com esta afirmação, Boone e Kurtz (1998, p. 20) conceituam praça como profissionais de marketing trabalhando para fazer que os produtos sejam disponíveis, na quantidade certa e nos lugares e momentos apropriados. De forma mais abrangente, Christensen e Rocha (1987, p. 154) afirmam que com a complexidade das modernas economias de mercado exige na maioria dos casos que o produtor utilize de intermediários para que seus produtos cheguem ao mercado com o controle do bem ou serviço, passando do fabricante pelo intermediário ate chegar ao consumidor ou usuário. Em perspectiva similar Schewe e Hiam (2000, p. 396) mencionam que praça é algo que agrega valor ou satisfação as matérias primas por transportá-las ao fabricante, aos intermediários e aos consumidores, a distribuição ou praça trás diversas vantagens como a disponibilidade. Na mesma linha, Vavra (1993, p. 33) sustenta que praça é o fácil acesso aos bens e as instalações do fornecedor. Em perspectiva divergente, Rabaça e Barbosa (1996, p. 246) destacam que praça é o conjunto de comércios onde o produto pode ser ofertado ao consumidor. Nesse sentido, Moreira (2000, p. 36) trata praça como a melhor forma que o cliente posa ter acesso aos produtos ou serviços, e também a melhor maneira de movimentar o estoque e o transporte mais adequado para que minha mercadoria chegar ao deu destino. 16 2.1.2.4 Promoção McCarthy e Perreault (1997) mencionam que promoção, são Objetivos, compostos de promoção, vendedores, tipos, números, seleção, treinamento, motivação, propaganda, alvos, tipos de anúncios, tipo de mídia, definição de texto, promoção de vendas, publicidade. Em outras palavras, Churchill e Peter (2005, p. 20) tratam de promoção como formas utilizadas para estimular, apresentar e lembrar os consumidores sobre os produtos e serviços. Corroborando com esta afirmação, Christensen e Rocha (1987, p. 169) sustenta que promoções são diversas formas de marketing utilizadas para informar os consumidores sobre as ofertas da organização, lhe motivando a considerar as ofertas como alternativas de compra e persuadi-lo a adquirir os bens ou serviços oferecidos pela a organização acreditando que eles sejam a melhor alternativa para satisfazer seus desejos ou necessidades. Na mesma linha, Kotler (1992, p. 44) afirma que promoção são formas de promover os produtos sociais ao publico alvo. Em perspectiva similar, Semenik e Bamossy (1995, p. 467) mencionam que promoção é a utilização de técnicas de incentivo para construir um método especifico num mercado segmentoial, empresarial ou de consumo. Na mesma perspectiva, Lovelock e Wright (2006, p. 23) enfatizam que promoção é tudo aquilo que é destinado a estimular a aceitação do cliente a um serviço ou um fornecedor de serviço. Nesse sentido, Boone e Kurtz (1998, p. 20) tratam de promoção como a união entre compradores e vendedores. Em linha distinta, Vavra (1993, p. 33) resume “promoção: propaganda prévenda, publicidade e promoções de vendas.” Na mesma concepção, Rabaça e barbosa (1996, p. 248) conceituam promoção como coletivo de atividades destinadas a incrementar as vendas, ou para agregar valores a marcas, eventos ou instituições. Corroborando com esta afirmação, Moreira (2000, p. 37) define promoção como informar, persuadir e influenciar os consumidores na compra de produtos, conceitos ou idéias. 17 2.1.4 Marketing de serviço Lovelock e Wright (2006, p.56) conceituam marketing de serviço como parte de um sistema total de serviço onde a empresa sustenta alguma forma de contato com seus clientes “dês de a propaganda até a fatura”. Na mesma linha Cobra (1997, p. 221) afirma que marketing de serviço, é a utilização de todas as formas possíveis, para trazer satisfação ao consumidor por algo que ele adquiriu. Corroborando com esta afirmação Rabaça e Barbosa (1996, p.228) definem marketing de serviço como estilo de marketing voltado para serviço ou linha de serviços desde a sua concepção ate a realização da empresa com a finalidade de trazer a satisfação e a preferência do cliente. Focando o grande crescimento de mercado e automaticamente da concorrência, Cobra (1993, p.269) menciona que as organizações num futuro recente tenderão a customizar o atendimento a cada cliente, por meio de serviços cada vez mais especializados, este é o objetivo do marketing moderno, prestar bons serviços aos clientes. Num complemento Kotler (1994, p. 410) coloca que a empresa de serviços pode diferenciar-se utilizando os 3P’s do marketing de serviços (people, physical environment e process) que significa funcionários, ambiente físico e processo. Uma empresa que possui funcionários mais hábeis. Com um ambiente físico mais atraente, funcionários hábeis e um processo superior de prestação de serviço a organização terá um diferencial de seus concorrentes e maior aprovação de seus clientes. Kotler (1994, p. 410) ainda afirma que a melhor forma de uma empresa de serviços se diferenciar-se dos seus concorrentes é prestar serviços de alta qualidade, o segredo é superar as expectativas de qualidades de seus clientes alvos, e essas expectativas são formadas através de experiências passadas, divulgação boca a boca e propaganda da organização, os consumidores decidem qual prestadora de serviço usar com base nisso, e após serem atendidos comparam o serviço recebido com o serviço esperado. Em perspectiva divergente Simões (1985, p. 26) afirma “O marketing de bens de serviços é eminente de oferta de um bem intangível e apresenta uma gama de nuances bastante ampla, dificultando uma classificação sistemática.” 18 De forma mais abrangente Gronroos (1984 apud KOTLER, 1998, p. 417-418) argumenta que marketing de serviço exige marketing externo, marketing interno, e também o marketing interativo. Marketing externo destinado a função de preparar, fixar preço, distribuir e promover o serviço, marketing interno demonstra o trabalho realizado pela organização para treinar e motivar seus funcionários no bom atendimento aos consumidores. E por ultimo o marketing interativo que descreve as habilidades dos funcionários ao atender clientes, ele julga as qualidades técnica e funcional dos serviços. Figura 1 - Três tipos de marketing em setores de serviço. Fonte: Kotler, (1998, p. 418) Em perspectivas similares, Las Casas (1991, p. 11-27) aborda que marketing de serviço é colocar um serviço adequado no mercado, satisfazendo as expectativas dos clientes, ele ainda menciona que o administrador de marketing deve entender o consumidor conhecer suas expectativas antes durante e após a compra, identificar suas necessidades, desejos, satisfações e ate mesmo suas insatisfações após o serviço vendido, o prestador de serviços também deve saber quem decide a compra? Qual é o principal influenciador nas decisões? O conhecimento destas respostas orienta o esforço mercadológico para as pessoas certas, tem que se determinar quem compra o serviço, quem influencia, quem paga, e quem consome. Em outra linha, Boone e Kurtz (1998, p. 309) dizem que o marketing de serviço possibilita aos seus profissionais utilizarem segmentações geográficas, demográficas, psicográfica ou relacionada com bens, para conhecer seu alvo em 19 marketing, como ocorre no mercado de bens. A segmentação demográfica é a mais utilizada no marketing de serviço. De forma mais abrangente Churchill e Peter (2005, p. 292) relata que o marketing de serviço tem pontos em comum com o marketing produtos tangíveis ou bens. Para o marketing bens e serviços não tem muita diferença, pois ambos são produtos destinados a venda, ambos tendem a ser ofertados em locais apropriados com preços aceitáveis. Desse modo o primeiro passo dos profissionais de marketing é coletar e interpretar informações sobre o que os clientes em potencial valorizam, depois devem gerar um composto de marketing para criar valor a um grupo de clientes, fazendo isto corretamente os clientes se surpreenderão com os serviço oferecido. Las Casas (1991, p. 43) relata que a estratégia de marketing de serviços esta diretamente ligada com a posição que a empresa deseja alcançar no futuro e o que é necessário para conseguir, o pensamento estratégico auxilia os administradores a aperfeiçoarem o seu desempenho dando coerência e sentido as atividades da organização. Las Casas (1991, p. 45) menciona também sobre planejamento na área de serviços, que não há diferença entre o planejamento na área de serviços, como processo, e o planejamento de outras áreas. Segundo Kotler (1988 p. 62) “planejamento estratégico é o processo de desenvolver e manter uma direção estratégica que alinha as metas e os recursos da organização com as suas mutantes oportunidades de mercado.” Las Casas (1991, p. 56) foca o desenvolvimento de estratégia a parte do planejamento onde o administrador de marketing de serviços escolhe como alcançar as metas e os objetivos estabelecidos. Em outra linha, Bacon (1994, p. 516) enfatiza a importância de prestar um bom serviço aos clientes, e que não é muito difícil implementá-los. Um serviço bem sucedido requer um compromisso pessoal, não bastam apenas ações mecânicas tem que existir sinceridade, o cliente tem que ser tratado como um ser humano, fazendo desta forma você trará dividendos para a empresa de diversas maneiras. Finalizando, Churchill e Peter (2005, p. 290) afirmam que vivemos numa economia de serviços onde a prestação de serviços e o marketing de serviços se destacam cada vês mais em relação aos bens tangíveis. Como nos mostra a figura 20 2, que ilustra o valor do setor de serviços na economia brasileira, que é responsável por grande parte dos empregos no país. Figura 2 - Brasil: uma economia de serviços. Fonte: Churchill e Peter, (1991, p. 290) Churchill e Peter (2005, p. 291) ainda mencionam os motivos do crescimento do mercado de serviços que são dois, a demanda dos consumidores e compradores organizacionais aumento e as novas tecnologias deixaram os serviços mais acessíveis. 2.2 PESQUISA DE MARKETING Destaca Kotler (2000, p. 125) que pesquisa de marketing é a construção, recolhimento, interpretação e a edição de relatórios destacando os dados relevantes sobre o foco da pesquisa. 21 Corroborando com esta afirmação, Dias (2006, p. 368) comenta que pesquisa de marketing pode ser conceituada como o processo sistemático de coleta e análise de dados específicos ou problemas de marketing enfrentados pelas empresas. De forma mais abrangente, Mattar (1998, p. 206) enfatiza que pesquisa de mercado é a coleta sistemática com registro, classificação, análise e a apresentação objetiva de dados sobre comportamento, necessidades, atitudes, opiniões, motivações dos clientes e das organizações dentro das suas atividades econômicas, sociais, políticas e cotidianas. Dentro destes conceitos pesquisa de mercado envolve também pesquisa social, na medida em que esta ultima utiliza técnicas similares no estudo de questão e problemas não relacionados ao marketing de bens e serviços. Em outras palavras, Boone e Kurtz (1998, p. 142) comentam que pesquisa de marketing é a coleta e a utilização de informações para orientar na tomada de decisão em marketing, a pesquisa de marketing colabora com o administrador para soluções de problemas atuais e também para prevenção de problemas futuros. Na mesma concepção, Cobra (1992, p. 155) destaca que a “pesquisa de mercado é entendida por muitos autores de marketing como sendo qualquer esforço planejado e organizado para obter fatos e conhecimentos novos que facilitem o processo de decisão de mercado.” Entretanto, Kotler e Armstrong (2003, p. 94) definem pesquisa de marketing como a construção, coleta, análise e a edição de relatórios sistemáticos de dados importantes sobre situações de marketing na qual a organização passa por dificuldade. Em perspectiva similar, McCarthy e Perreault (1997, p. 101) afirmam que a pesquisa de marketing consiste em desenvolver e analisar novas informações para colaborar com os gerentes de marketing a tomar novas decisões. Na mesma linha, Schewe e Shimith (1982, p. 83) sustentam que “a pesquisa de marketing é uma abordagem objetiva e sistemática ao desenvolvimento e provisão de informação para decisão.” Em complemento a estas posições, a Americam Marketing Association (1987 apud MALHOTRA, 2006, p. 36) afirma que a pesquisa de marketing é a função que liga o consumidor ao profissional de marketing através de informações, usada para identificar oportunidades e problemas, para gerar, refinar e avaliar ações de marketing, para inspecionar o desempenho e para melhorar o entendimento do marketing como processo. 22 Nesse sentido, Malhotra (2006, p. 36) salienta que a pesquisa de marketing é composta por identificação, coleta, análise, e disseminação de informações de forma sistemática e objetiva, utilizando as informações coletadas para orientar o individuo na tomada de decisões relacionadas à identificação e solução de problemas e oportunidades de marketing. Na mesma concepção, Rabaça e Barbosa (1996, p. 242) destacam que pesquisa de marketing é voltada para instruir na elaboração de uma estratégia de marketing, tanto na comercialização de um produto ou serviço, como também na divulgação de uma marca. 2.2.1 Processos da pesquisa de marketing Menciona Malhotra (2006, p. 39) que a pesquisa de marketing se resume em seis etapas: definição do problema, desenvolvimento de uma abordagem, formulação da concepção de pesquisa, trabalho de campo ou coleta de dados, preparação e análise dos dados, preparação e apresentação do relatório. Em perspectiva similar, Kotler (1998) afirma que uma pesquisa de marketing eficaz envolve cinco etapas: definição do problema e objetivos de pesquisa, desenvolvimento do projeto de pesquisa, coleta de informações, análise das informações e apresentação dos resultados. Ele ainda descreve as etapas da seguinte forma: definição do problema e objetivos de pesquisa, nesta etapa o pesquisador tem que definir cuidadosamente o problema e os objetivos da pesquisa. Um antigo adágio afirma “um problema bem definido é metade da solução.” Desenvolvimento do plano de pesquisa, o pesquisador precisa desenvolver o plano de pesquisa mais eficiente para reunir as informações necessárias, ele também necessita saber o valor do plano de pesquisa antes de aprová-lo. Este procedimento exige decisões como, fonte de dados, abordagens, instrumentos de pesquisa, plano de amostragem, e métodos de contato. Coleta de informações é a parte mais cara e mais sujeita a erro da pesquisa. No caso de levantamento surgem quatro problemas, alguns respondentes não estão em casa, outros recusarão a cooperar, alguns darão respostas desonestas e finalmente alguns entrevistadores podem não ser confiáveis. Análise das informações, o pesquisador extrai resultados a partir dos dados coletados, ele tabula os dados e desenvolve distribuições de freqüência, se aplica técnicas estatísticas e modelos de decisões em busca de resultados adicionais. E 23 por fim, a apresentação dos resultados aos maiores interessados de forma especifica. Na mesma linha, Churchill e Peter (2005, p. 125) sustentam que a realização de uma pesquisa de marketing envolve várias etapas: primeiro formular o problema a ser resolvido, em seguida, desenhar um projeto de pesquisa apropriado para resolver o problema, utilizando as ferramentas especificadas no projeto de pesquisa começa a coleta de dados, e por fim, se analisa e interpreta-se os dados comunicando os resultados apresentando um relatório de pesquisa. Mattar (1997, p. 54) diz que o processo de pesquisa de marketing envolve quatro etapas, com diversas fases e passos. Para obter o sucesso na pesquisa, é necessário o planejamento das etapas antes do seu início. As etapas são: • Reconhecimento e formulação de um problema de pesquisa. • Planejamento da pesquisa. • Execução da pesquisa. • Comunicação dos resultados. Na mesma perspectiva, Kotler e Armstrong (2003, p. 95) afirmam que: O processo de pesquisa de marketing possui quatro etapas: definição do problema e dos objetivos da pesquisa, desenvolvimento do plano de pesquisa, implementação do plano de pesquisa e interpretação e apresentação dos resultados. 2.3 SATISFAÇÃO DE CLIENTES Segundo Almeida (2001), a satisfação dos clientes nada mais é do que uma relação entre a expectativa do consumidor em relação ao serviço que será prestado, onde expectativa significa: o que o cliente espera de algo. E a percepção, que significa como o cliente percebe o serviço prestado pela empresa. Esta percepção é individual e difere de pessoa para pessoa. Ainda de acordo com o autor, quanto maior for à expectativa do cliente, maior será o risco de o mesmo ficar insatisfeito ou frustrado com o serviço prestado pela empresa, caso suas expectativas não tenham sido supridas. Por isto as empresas devem ter muito cuidado e atenção quando forem verificar as expectativas dos 24 clientes, pois muitas vezes estas podem não cumprir com o anunciado, causando assim um descrédito e afetando a imagem da empresa negativamente, e por conseqüência ocorrer o que toda a empresa teme, que é a perda de clientes para a concorrência. PERCEPÇÃO (P) SATISFAÇÃO DOS CLIENTES = EXPECTATIVA (E) Quadro 1 - Equação da satisfação dos clientes. Fonte: Almeida (2001, p. 41) Segundo Gianesi e Correa (1994), existem quatro fatores que influenciam a expectativa dos clientes: comunicação boca-boca, conhecimento prévio do serviço, necessidades pessoais e comunicações externas. • Comunicação boca-boca: são as comunicações que os clientes recebem de terceiros ou de funcionários contratados para fazer a divulgação dos produtos ou serviços oferecidos pela empresa. • Conhecimento prévio do serviço: dá-se através de experiência anterior que o cliente obteve da empresa, se anteriormente ele teve uma boa impressão sobre o serviço, na próxima vez irá esperar o mesmo atendimento ou quem sabe até melhor. • Necessidades pessoais: este é o principal fator que influencia diretamente na formação da expectativa dos clientes, haja vista que os mesmos procuram um determinado serviço para atender suas próprias necessidades pessoais, que são individuais e mudam de pessoa para pessoa. • Comunicação externa: o mercado possui também uma grande participação na formação das expectativas dos clientes, pois os 25 fornecedores concorrentes podem influenciar diretamente através da comunicação (propaganda). Na mesma linha, Albrecht (1992) afirma que existe um momento ou uma hora muito importante e de muita relevância em toda prestação de serviços que são as chamadas: horas da verdade, que nada mais é do que qualquer episódio em que o cliente se depara com algumas situações ou aspectos da organização e forma uma opinião a respeito da qualidade dos serviços prestados pela empresa. Corroborando com esta afirmação, Almeida (2001) destaca que quando a expectativa do cliente em relação ao serviço for muito grande, maior será o risco de o mesmo ficar altamente frustrado caso não ocorra o esperado por ele. Desatnik e Detzel (1995, p. 8), afirmam que: Satisfação do cliente é o grau de felicidade experimentada por ele. Ela é produzida por toda uma organização – por todo um departamento, todas as funções e todas as pessoas. Entre os clientes se incluem os compradores externos de bens e serviços da organização, fornecedores, a comunidade local, funcionários, gerentes e superiores. Para Las Casas (2000), deve-se medir o grau de satisfação dos clientes periodicamente, e uma das maneiras mais eficientes é a realização de um questionário com perguntas claras e objetivas de acordo com as suas necessidades para não haver falhas na hora de mensurar a satisfação. Para medir a satisfação dos clientes de uma empresa, Kotler (2000) utiliza algumas ferramentas citadas a seguir: • Sistemas de Reclamações e Sugestões: facilita ao cliente apresentações de queixas e sugestões para melhoria do serviço. Este sistema não apenas ajuda a empresa a agir mais rapidamente na solução de problemas, mas também permitem que recebam muitas idéias aproveitáveis para aperfeiçoamento de seus produtos e serviços. • Pesquisa sobre a Satisfação do Cliente: questionário para medir a satisfação dos clientes é muito importante e apura as opiniões sobre vários aspectos do desempenho da empresa.As empresas responsivas 26 apuram o nível de satisfação dos clientes através de medidas diretas, realizando pesquisas regularmente. Enviam questionários ou fazem ligações telefônicas, a fim de apurar as opiniões dos compradores. • Compra - fantasma: outro meio de apurar a satisfação dos clientes é contratar pessoas para se fazerem passar por compradores e relatarem depois suas experiências de compra dos produtos da própria empresa e dos concorrentes, estes compradores “fantasmas”, podem inclusive levantar problemas para testar como o pessoal da empresa atua diante de certos momentos de dificuldade. • Análise do Cliente perdido: podem entrar em contato com clientes que pararam de comprar ou mudaram para outro fornecedor, para saber o que ocorreu. A elevação da taxa de perda de cliente significa que a empresa não está satisfazendo seus clientes. • Na concepção de Almeida (2001), o cliente pode perceber três tipos de atendimento realizados por uma empresa. Esta descrição dos atendimentos definidos pelo autor podem ser abservados no quadro a seguir: Tipo de atendimento Situação P<E A percepção do cliente (P) é menor ou pior do que o esperado ( E ). O cliente é mal atendido. Experimenta uma situação pior do que ele imaginava encontrar. Este fica frustrado, aborrecido e muitas vezes revoltado. P=E Percepção do cliente (P) é igual ao esperado (E). Não se criam problemas para o cliente, tudo ocorre normalmente. Entretanto a pessoa que atende o cliente perde a oportunidade de prestar um atendimento diferente e se destacar dos concorrentes. P>E A percepção do cliente 9 P ) é maior, ou melhor, do que o esperado ( E ). O cliente recebe um excelente atendimento; maior do que o normalmente dado por outras empresas ou pessoas. O cliente fica satisfeito encantado e admirado. Resultado DESENCANTADO NORMAL ENCANTADO Quadro 2 - Os três possíveis atendimentos percebidos pelo cliente. Fonte: Almeida (2001, p.44). Segundo Churchill e Peter (2005), quando o cliente fica encantado com o atendimento prestado pela empresa, a mesma pode ganhar a chamada fidelidade e 27 relações duradouras e lucrativas com os clientes, tendo em vista que manter os clientes atuais é de muita importância para a empresa. Conforme os autores, antes de conquistar novos clientes para a empresa, importante que volte seus esforços para os clientes já existentes. Valor superior para o cliente Satisfação e prazer do cliente Fidelidade do cliente Figura 3 - As conseqüências de um valor superior para o cliente. Fonte: Churchill e Peter (2005, p.18). Relações duradouras e lucrativas 28 3 METODOLOGIA 3.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO Este trabalho utilizou-se de uma pesquisa predominantemente quantitativa, já que foi uma pesquisa com os clientes e os dados foram levantados a partir da aplicação de um questionário. A pesquisa é descritiva. Segundo Gil (1999, p. 44): As pesquisas deste tipo têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados. 3.2 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO A pesquisa foi realizada com os clientes da empresa Balsantos Comércio e Assistência Técnica em Balanças Ltda., Localizada no bairro de Capoeiras, que fica em Florianópolis, na Rua: Afonso Pena, nº1125. A pesquisa foi realizada durante os meses de março a novembro do ano de 2008. Considerando-se que a população deste estudo é composta por todos os clientes que estão cadastrados no sistema da empresa, que compreende 1316 clientes, a amostra calculada no programa Sample ficou em 90 entrevistados, considerando-se um índice de confiabilidade de 95% e uma margem de erro de 10%. 3.3 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS A pesquisa foi realizada através de questionários estruturados em amostras dos clientes. 29 Segundo Parente (2006, p. 380) o questionário é o método de pesquisa que coleta dados diretamente da população apropriada, buscando informações sobre o perfil e o comportamento de compra dos clientes. Outro instrumento a ser utilizado é a pesquisa bibliográfica, que de acordo com Fachin (1993, p. 102), representa o conjunto dos conhecimentos humanos reunidos em obras e tem como meta orientar o leitor sobre determinados assuntos e a construção, coleção, armazenamento, reconstrução, utilização, e comunicação das informações obtidas para o desempenho da pesquisa da pesquisa. 3.4 INSTRUMENTOS DE ANÁLISE DOS DASOS Os dados foram analisados de forma descritiva e estatística, onde transformados em gráficos no Excel. A seguir foi elaborado um plano de estratégias para a empresa. 30 4 APRESENTAÇÃO DOS DADOS COLETADOS 4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO A organização escolhida pelo autor é a Balsantos Comércio e Assistência Técnica em Balanças Ltda. que atua na área de vendas e assistência técnica em balanças, localizada na região de Florianópolis atende toda a região metropolitana. Figura 4 - Fachada da organização Fonte: Organização A Balsantos foi fundada em 02 de janeiro de 2001, com três funcionários, sendo um técnico e administrador, um auxiliar técnico e uma secretária, atualmente possuem cinco colaboradores que se dividem em três técnicos, um administrador e um entregador. A organização tem foco no serviço, por isso priorizou a expansão da área técnica. A empresa está crescendo e sabe da necessidade de investir para melhor satisfazer os seus clientes, então, quer saber o que os clientes acham do atendimento fornecido para planejar seus investimentos. As principais concorrentes trabalham com automação e balanças, enquanto a organização em questão trabalha exclusivamente com balanças o que para o administrador, pode ser considerado um ponto forte, pois tem mais agilidade no atendimento e maior conhecimento possibilitando um serviço mais qualificado. 31 Desde o seu primeiro dia de atuação até a data atual a empresa, apesar de não ter aumentado significativamente o número de funcionários, ampliou em mais de 400% a sua carta de clientes, e considera ter 40% dos seus clientes fidelizados. Segue no anexo imagens de alguns equipamentos que a empresa presta assistência técnica, e peças utilizadas na manutenção dos mesmos, da figura 20 à 28. 4.2 RESULTADOS DA PESQUISA Neste tópico constam os resultados da pesquisa feita no estabelecimento. A pesquisa foi aplicada no período de: Agosto de 2008 a Setembro de 2008. Foram consultados 90 clientes da organização, com finalidade de verificar sobre os serviços prestados pela empresa. Os clientes foram convidados a participar da pesquisa, no anonimato. A empresa Balsantos tem como principais clientes micros, pequenas empresas e profissionais autônomos que representam em torno de 90% da carta de clientes, os outros 10% representam medias e grandes empresas. A empresa reconhece que cada ramo de atividade tem suas necessidades especificas, com isto a figura 5 vai expor o ramo de atividade dos clientes e o seu percentual perante o total de clientes entrevistados. Figura 5 - Tipos de comércio? Fonte: Dados primários (2008) 32 Percebe-se que o ramo de atividade verdureiro (quitandas e feirantes) representa 23% dos clientes entrevistados. Esses clientes normalmente possuem dois equipamentos que são indispensáveis ao atendimento de balcão e necessitam que a empresa prestadora de serviços ofereça um equipamento de backup, equipamento reserva, quando estes necessitam de manutenção. Além disto, os clientes deste ramo de atividade são pessoas simples que ao encontrarem uma empresa que lhes passem credibilidade costumam fidelizar-se. Outro ponto que pode ser ressaltado é que estes clientes também exigem a confiança da empresa para com eles, pois normalmente não trabalham com cheque e boleto, seus compromissos são liquidados normalmente por cobrança em carteira com prazo de uma semana. O segundo ramo de atividade em percentual de clientes é o de peixarias que corresponde a 18%; estes têm comportamento semelhante aos mercados e açougues que representam 8% e 5% respectivamente, porém é importante ressaltar que peixarias e açougues tem uma freqüência maior de chamados para manutenção, pois os locais onde ficam os equipamentos são considerados agressivos devido a umidade. Estes clientes têm como principais características a exigência por preço e prazo, pois normalmente possuem equipamento de backup e tem menor pressa na execução do serviço. Também tem-se os restaurantes que representam uma parcela significativa entre os clientes entrevistados que é de 16% e tem a mesmas exigências das peixarias, mas não possui equipamento reserva e o prazo para atendimento é muito curto, em torno de uma hora. Por fim, apresentam-se dois ramos, padarias e supermercados, que correspondem a 16% e 14% respectivamente. Não são os maiores índices, porém são representativos, além disto cabe ressaltar que estima-se que as padarias possuam em média 3 equipamentos e os supermercados 6 equipamentos em média. Sendo assim, vê-se que as padarias e os supermercados tem maior participação na receita da empresa. Outro fator interessante quanto ao perfil dos clientes é a localização, pois conhecendo a localização dos clientes pode-se observar dentro da região pretendida quais áreas a empresa não possui um bom número de clientes, permitindo, desta forma, desenvolver estratégias para ampliar a carta de clientes. A figura 6 exibe os municípios onde estão localizados os clientes. 33 Figura 6 - Local da empresa? Fonte: Dados primários (2008) Nota-se que 61% dos clientes encontran-se em São José e Florianópolis, que estão mais próximos da empresa. Isto porque a empresa está situada em Florianópolis, mas bem perto da divisa com São Jose. Nestas cidades existe um maior número de empresas e a organização pode prestar um atendimento mais rápido devido a proximidade. Nas cidades periféricas, como Biguaçu e Palhoça, percebe-se um índice de 32% de clientes, estas são mais afastadas porem tem acesso rápido e representam áreas com potencial de crescimento fazendo com que a empresa objetive um aumento no índice de clientes nesta área. O baixo índice de 7% para os municípios de Antonio Carlos e Gov. Celso Ramos são justificados por significarem maiores custos e menor agilidade no atendimento, por serem áreas mais afastadas que resultam em maiores custos de deslocamento e um prazo maior para atendimento. Quando se pensa em pesquisa de marketing, é fundamental conhecer qual mídia é mais eficaz na divulgação da empresa a seu publico alvo, para tanto a figura 5 foi elaborada com intuito de revelar como os atuais clientes tomaram conhecimento da organização. Tais índices podem ser utilizados para orientar a divulgação ou promoção da empresa junto dos clientes potenciais, utilizando-se dos meios aos quais os atuais clientes foram conquistados para atrair novos clientes. 34 Figura 7 - Como você conheceu a empresa? Fonte: Dados primários (2008) Na figura 7 percebe-se que a grande maioria dos clientes atuais teve seu primeiro contato com a empresa por indicação. Isso demonstra que a conquista e a manutenção da credibilidade e satisfação dos clientes, garante um aumento na carta de clientes, pois eles só irão indicar a organização para outros se ficarem satisfeitos com os serviços prestados e confiarem na empresa prestadora de serviços. Outro ponto que pode ser ressaltado é a conquista de clientes através de visitas realizadas por técnicos. Os técnicos tem uma maior facilidade em persuadir o cliente devido ao conhecimento técnico dos equipamentos, que torna mais simples a comunicação e elucidação de alguns aspectos deixando o cliente com uma boa imagem da organização. Um fator muito relevante na satisfação de clientes é a cortesia e a aparência dos funcionários, já que a empresa em estudo tem poucos clientes que conhecem sua estrutura física (figura 16). Ela tem que ser bem representada em campo, pois são os funcionários que passam a imagem da organização. A partir do momento em que um funcionário atende um cliente, o cliente traça uma imagem da empresa simultaneamente e a partir do atendimento ele vai moldando esta imagem. Como se pode ver na figura 8 e 9, os clientes estão satisfeitos com estes itens, já que o resultado da pesquisa nestes quesitos foi positivo. 35 Figura 8 - Cortesia do técnico? Fonte: Dados primários (2008) Figura 9 - Aparência dos funcionários? Fonte: Dados primários (2008) Colaborando para a satisfação dos clientes, outro fator essencial em serviços é o conhecimento técnico. Esse é o fator de maior importância, pois o carro chefe da empresa é a prestação de serviço, portanto, a presença de técnicos altamente qualificados passa confiança aos clientes, pois se o técnico demonstra ao cliente convicção de que sabe o que está fazendo e finaliza as manutenções dentro do prazo, ele irá superar as expectativas do cliente deixando-o satisfeito. Segundo Kotler (1994), a melhor forma de diferenciação de uma empresa de serviços é prestar serviços de alta qualidade, quebrando as expectativas dos seus clientes. A figura 10 foi elaborada para se ter noção de que os clientes acham sobre o conhecimento técnico dos funcionários da organização. 36 Figura 10 - Conhecimento técnico do funcionário? Fonte: Dados primários (2008) Nota-se que os indicadores foram positivos com possibilidade de melhorias nesse fator a empresa sempre terá que ter uma devida preocupação, pois este pode até ser um diferencial ela. Estes dados se justificam, pois ao contrário da concorrência, que explora diversos segmentos de mercado, a Balsantos só atua na assistência técnica de balanças podendo ter maior especialização no ramo. Tendo em vista que a empresa possui técnicos bem capacitados se elaborou a figura 11 para demonstrar a agilidade nos serviços executados pela organização. Figura 11 - Tempo de execução do serviço? Fonte: Dados primários (2008) Analisando os dados da figura 11, nota-se que 88% dos entrevistados estão satisfeitos com o tempo de execução dos serviços, resultado positivo, pois se eles 37 estão satisfeitos provavelmente a empresa superou as expectativas deles, porém 3% dos entrevistados estão insatisfeitos. É um índice baixo se considerarmos que muitos dos clientes exigem agilidade na execução do serviço, porém pode ser melhorado. Figura 12 - Preço cobrado pelos serviços prestados? Fonte: Dados primários (2008) A figura 12 demonstra o índice de satisfação dos clientes pelo valor cobrado pelos serviços, neste caso, a organização pode se orgulhar, pois a pergunta aborda um fator muito crítico e teve um resultado positivo com apenas 1% de insatisfação dos entrevistados. Tendo em vista que os serviços prestados são de qualidade (figura 10), as manutenções são executadas com agilidade (figura 11) e sabendo que os preços cobrados pela empresa são competitivos em relação aos concorrentes, pode-se justificar os bons indicadores desta figura. Dando continuidade, a figura 13 foi elaborada para demonstrar se as condições de pagamentos oferecidas pela organização estão suprindo as necessidades dos clientes. 38 Figura 13 - Condições de pagamento? Fonte: Dados primários (2008) Percebe-se que os clientes entrevistados estão satisfeitos com as condições de pagamentos oferecidas pela empresa, dados já esperados pois a empresa é muito flexível e aberta a negociações. Figura 14 - Manutenção em garantia? Fonte: Dados primários (2008) Observando a figura percebe-se que 53% dos clientes estão muito satisfeitos com as manutenções realizadas no período de garantia do equipamento enquanto os outros 47% estão satisfeitos. O bom atendimento nas manutenções em garantia demonstram a seriedade da empresa e o respeito pelo cliente, pois a empresa está fazendo aquilo visando o longo prazo, conquistando o cliente e quando o produto sair da garantia ele continuará comprando os serviços da empresa. 39 Como visto nas figuras anteriores percebe-se que a empresa tem um bom índice de satisfação de seus clientes entrevistados e para comprovar isto, a figura 15 apresenta a satisfação dos entrevistados em um contexto geral. Figura 15 - Grau de satisfação: contexto geral. Fonte: Dados primários (2008) Nessa figura percebe-se que dos entrevistados 26% encontram-se muito satisfeitos e 74% satisfeitos com o grau de satisfação. Este fator teve um resultado positivo, pois engloba toda a organização. Pode ser melhorado após a implantação das melhorias sugeridas pelo pesquisador. Buscando saber se os clientes entrevistados costumam freqüentar a empresa conhecendo suas instalações, a figura 16 foi elaborada. Figura 16 - Já visitou a empresa? Fonte: Dados primários (2008) 40 Nota-se que 79% dos clientes não conhecem a empresa, pois a maioria dos clientes liga para a empresa quando necessita dos serviços, e a mesma desloca um técnico que vai até o local dando maior comodidade e agilidade aos clientes. Dos 21% que já conhecem a empresa foi elaborada a figura 13, procurando saber o que eles acharam das instalações da organização. Figura 17 - O que achou das instalações da empresa Fonte: Dados primários (2008) Por ter um número baixo de clientes que freqüenta a organização, este resultado não é muito preocupante, porém a empresa está com planos para se mudar, adquirindo uma loja mais moderna e adequada. Um ponto crucial para a empresa ser freqüentada pelos clientes é a sua boa localização, com isso foi elaborado a figura 18. Figura 18 - Localização? Fonte: Dados primários (2008) 41 Analisando a figura 18 percebe-se que dos 21% dos clientes que já visitaram a empresa 16,59% estão satisfeitos com as instalações da empresa e outros 4,41% consideram regular. Por ter um baixo número de clientes que freqüentam a empresa isto não é muito preocupante, porém como já mencionado, a empresa está com planos de mudança e o novo ponto escolhido é bem localizado. A fonte de renda da empresa são seus clientes, por isso nada mais justo que consultar-los sobre alguma melhoria que a empresa esteja necessitando. Por isso pode-se identificar seus desejos e necessidades (figura 19). Figura 19 - Que melhorias devem ser feitas? Fonte: Dados primários (2008) A agilidade no serviço, por mais rápida que seja, os clientes que precisam sempre vão querer que melhorem, porém podemos melhorá-la um pouco padronizando alguns processos e até mesmo com a contratação de um novo funcionário. Comparando os preços com os dos concorrentes, a organização possui preços atraentes. 42 4.3 ANÁLISE DE PONTOS FORTES E FRACOS • • • • Pontos Fortes Atendimento dos funcionários; Profissionais experientes; Credibilidade; Localização para deslocamento. • • • • Pontos Fracos Tempo de execução do serviço; Preço cobrado pelos serviços; Localização para os clientes; Instalações. Figura 20 - Pontos fortes e fracos Fonte: Dados primários (2008) Com a análise dos resultados da pesquisa, foi constatado que a empresa possui um bom atendimento aos clientes, com funcionários corteses e de boa aparência. Além disso, os técnicos, no ponto de vista dos clientes, estão capacitados a realizarem manutenções nos seus equipamentos. Pode-se perceber também que a empresa tem credibilidade com os clientes entrevistados, dando a eles razão para indicar a organização para outros. A localização é ponto forte e ponto fraco, pois a empresa está localizada próxima de seus clientes, agilizando os atendimentos por parte dos técnicos, por outro lado, ela não tem um ponto muito fácil para que os clientes a encontrem. Em relação ao tempo de execução dos serviços, na figura 11, não houve uma rejeição muito grande dos clientes, porém na figura 19, onde o cliente sugere alguma melhoria, foi citada a agilidade. Outro caso semelhante é o preço cobrado pelos serviços, que na figura 12, teve apenas 1% de clientes insatisfeitos e na figura 19 teve sugestões para melhorias. Já no que se refere as instalações, a empresa reconhece que está deixando a desejar, por isto tem planos de mudanças, melhorando as instalações e a sua localização. 43 5 PLANO DE AÇÃO Nesse capítulo, vai ser apresentado o plano de ação, visando ações de marketing ao estabelecimento com o intuito de melhorias para a organização. Com os dados levantados junto à organização, utilizando as bases teóricas presentes nesse trabalho e analisando a pesquisa realizada com os clientes, realizou-se o confronto dessas informações, chegando a algumas considerações, que contribuirão para o aumento e fidelização dos clientes da empresa, essa parte do trabalho tem por objetivo finalizar o estudo propondo sugestões para a empresa Balsantos Comercio e Assistência Técnica em Balanças Ltda., propostas estas que tem por objetivo aperfeiçoar a relação da empresa com seus clientes. Estratégia 1 – Divulgação da organização Como pode-se notar na pesquisa, são poucos os clientes que conhecem a organização por meio de propaganda porem a organização teve um baixo investimento em propagandas nos meios de comunicação nos últimos anos. Isto pode ser justificado pelo fato de que a propaganda nos meios de comunicação comuns (jornais, rádios, televisão, etc.) tem um custo alto que não resulta em aumento significativo de clientes. A sugestão que faz-se à organização é a de explorar meios onde atinja seus clientes alvo, ou seja, revistas e jornais de associações e sindicatos patrocínio a eventos dos mesmos. Por exemplo, divulgar a empresa no Jornal da Associação dos Supermercadistas, ou ainda apoiar palestras ou qualquer outro evento realizados pela mesma. Isto reduzira os custos de publicidade e trará um retorno maior pois a propaganda atingirá somente o público alvo, ou seja, empresas que necessitem ou possam vir a necessitar dos produtos e serviços oferecidos. Estratégia 2 – Capacitação técnica dos funcionários Para que se mantenha ou ainda seja possível a otimização da qualidade dos atendimentos e o aperfeiçoamento técnico, pode-se estabelecer uma estratégia 44 simples de treinamento aos funcionários. Aproveitando a pequena quantidade de funcionários sugere-se alem dos treinamentos comuns, que são normalmente de conteúdos da área técnica, pode-se possibilitar aos técnicos a participação em palestras e cursos de pequena duração com enfoque na área de vendas e relacionamento com o consumidor. Mesmo com estes novos cursos não é possível descuidar-se da área técnica, ou seja, os cursos técnicos tem que ser constantes e rotineiros, e os cursos citados anteriormente terão a finalidade de proporcionar ao técnico e a organização possibilidade de oferecer algo amais para o cliente. Pode-se assim obter um diferencial e um instrumento de aumento de receita, pois como os técnicos fazem visitas constantes a clientes e criam um forte relacionamento com os mesmos, podem vender vários produtos aos quais tem conhecimento técnico e habilidade de venda. Estratégia 3 – Aquisição de equipamentos para reposição Um dos pontos fracos da organização está na agilidade da execução do serviço, quanto a isto, em conversa com o responsável pela assistência técnica, ele informou que na grande maioria das vezes o que ocasiona a demora nos serviços é a espera por peças, pois os fornecedores se localizam em São Paulo, demorando dois dias para receber as peças. Tendo em vista o grande número de marcas e modelos de balanças, não há possibilidade de ter todas as peças em estoque, então, a sugestão é a compra de quatro balanças novas para emprestar aos clientes quando a manutenção do equipamento deles demorar. Esta é a única solução viável à organização, onde o cliente ficará com um equipamento de reposição e não terá pressa dando tempo para o técnico solucionar o defeito do equipamento sem muita pressão. Estratégia 4 – Gerenciamento das entregas Grande parte do atraso no atendimento esta relacionado a busca ou entrega dos equipamentos, pois não a nenhum gerenciamento de logística. Propõe-se à organização uma estratégia simples e prática onde o cliente ficará ciente do tempo que irá levar para receber a visita do técnico. Em atendimentos com até 20 km de distancia atender em no máximo 12 horas e atendimentos superior a 20 km atender 45 no máximo em 48 horas dando tempo para acumular voltas no atendimento aos clientes mais longes já que a empresa não cobra nenhuma taxa de visita. Estratégia 5 – Melhores condições de pagamentos Por ter algumas reclamações dos preços e das condições de pagamentos, sugere-se a organização promover descontos de 10% nos pagamentos à vista, prazo de 30 dias nas manutenções ate R$ 200,00 reais e parcelar as manutenções acima de R$ 200,00 em até três vezes, fornecendo melhores condições aos clientes. Atualmente nas manutenções a organização cobra a vista ou da no máximo 15 dias de prazo. Estratégia 6 – Padronização de procedimentos Apesar dos bons resultados da pesquisa, a organização se torna carente de métodos científicos como, por exemplo, um formulário de entrada de equipamentos, um fluxo de caixa, um controle de estoque, dentre outros e o mais trágico é que a organização possui um sistema de informação bem completo, porém é muito pouco utilizado. Propõe-se a utilização do sistema de informação obtendo melhor controle de entrada dos equipamentos do estoque, entre outros, tornando mais práticas as funções exercidas pelos funcionários, poupando tempo e otimizando os processos. Estratégia 7 – Continuidade da pesquisa de satisfação. Após a implantação das propostas sugere-se que seja aplicada uma nova pesquisa para ter conhecimento da percepção dos clientes sobre as melhorias proposta. E para dar continuidade aos serviços é aconselhável que se aplique uma nova pesquisa todos os anos para que sempre a organização esteja ciente do que seus clientes estão achando das atividades praticadas e para eles poderem constatar seus pontos fracos e poderem repará-los a tempo de não terem grandes perdas 46 P 1 - PLANO DE AÇÃO PROPOSTA/PROJETO: Estratégias de melhorias para empresa Balsantos Balanças. MEDIDA (o que) Quando Onde 1 Divulgação da organização. De imediato 2 Capacitação técnica dos funcionários. A decidir Empresa 3 Aquisição de equipamentos para reposição. Jan./2009 4 Gerenciamento de logística. Proprietário Razão, Porque, P/ quem Como (procedimento) Quanto (R$) Trazer maior números de clientes para a organização Propaganda em rádios e a contratação de um vendedor. Funcionário Dar continuidade aos serviços prestados. Por meio de cursos, palestras e treinamentos. 300,00 Empresa Departamento de compras. Para o cliente não esperar o conserto de seu equipamento sem um substituto. Comprando dos fornecedores. 1120,00 De imediato Empresa Funcionários. Para diminuir custos com Com um planejamento das rotas. atendimentos em campo e agilizar o atendimento. Sem custos 5 Melhores condições de pagamento. A decidir Empresa Vendas Para aumentar a satisfação dos clientes.e incentivar pagamentos a vista. Através de descontos nos pagamentos a vista e possibilidade de parcelamento em ate três vezes Sem custos 6 Padronização de procedimentos. De imediato Empresa Funcionário Para poupar tempo dos funcionários. Melhor utilização do sistema de informação que a empresa já tem. Sem custos 7 Continuidade da pesquisa A decidir Empresa Crystiano de Souza Santos Necessidade de saber qual a percepção dos clientes em relação a empresa. Aplicando pesquisas anuais, Quadro 3 - Plano de ação. Fonte: Dados primários (2008) Empresa Quem INDICADOR Legenda EM ANDAMENTO REALIZADO A SER FEITO 600,00 + comissão do vendedor A definir Posição __ /__ /__ 47 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS O objetivo central deste trabalho foi deixar claro o nível de satisfação dos clientes da empresa com o intuito de propor melhorias onde houver maior carência. Esta pesquisa foi desenvolvida pela necessidade da empresa de conhecer seu potencial, pois ela atua a oito anos no mercado e jamais tinha realizado uma pesquisa de satisfação, por esta razão a empresa não tem nenhum conhecimento de mercado. Durante a realização da pesquisa a empresa colaborou significativamente com as informações de dados para a realização do trabalho e os gestores se mostraram muito atenciosos por perceberem a importância do trabalho perante a organização, também observou se a dedicação dos funcionários da empresa para realização da pesquisa. Com base na pesquisa realizada e algumas informações fornecidas pela organização, foi possível a identificação de algumas dificuldades que a empresa possui. Assim com o pesquisador ciente dessas dificuldades foi possível sugerir algumas melhorias a empresa visando a satisfação dos seus clientes. As ferramentas utilizadas no sistema atenderam aos objetivos específicos do trabalho possibilitando alcançar o objetivo geral. Os exemplos demonstrados neste trabalho puderam mostrar de forma clara, os passos a serem seguidos para que a empresa alcance melhor desempenho na sua gestão. Com a implantação do plano de ação espera-se que a organização ira superar a expectativa dos clientes aumentando sua satisfação, adquirindo mais clientes, melhorando seu lucro e fortalecendo o nome da empresa. 48 REFERÊNCIAS AAKER, David; KUMAR, V.; DAY, George. Pesquisa de marketing. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2004. ALBRECHT, A. Revolução nos serviços. São Paulo: Pioneira,1992. ALMEIDA, Léo G. Gerência de processo: mais um passo para excelência. Rio de Janeiro: Qualitimark, 2001. BARROS, Regina M. Pães. A prática de ações sociais para obtenção de um diferencial competitivo: o caso da Ford. 178 f. Dissertação (Mestrado em engenharia da produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2003. BOONE, Louis E.; KURTZ, David L. Marketing conteporânio. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1998. CHRISTENSEN, Carl; ROCHA, Ângela. Marketing: teoria e pratica no Brasil. São Paulo: Atlas, 1987. CHURCHIL, Gilbert A; PETER, J Paul. Marketing: criando valor para os clientes. 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Celso Ramos ) Palhoça ( ) Biguaçu ( ) São Jose 3- Como você ficou conhecendo a Balsantos Comercio e Assistência Técnica em Balanças Ltda.? ( ) Visitas do nosso Técnico ( ) Propaganda ( ( ) Indicações ( ) Lista telefônica ) Outros _________________ 4- Sobre a cortesia do técnico? ( ) Muito Satisfeito ( ) Satisfeito ( ) Regular ( ) Insatisfeito ( ) Muito Insatisfeito 5- A respeito da aparência dos funcionários: uniforme, barba, etc? ( ) Muito Satisfeito ( ) Satisfeito ( ) Regular ( ) Insatisfeito ( ) Muito Insatisfeito ) Insatisfeito ( ) Muito Insatisfeito ) Insatisfeito ( ) Muito Insatisfeito 6- O conhecimento técnico dos funcionários? ( ) Muito Satisfeito ( ) Satisfeito ( ) Regular ( 7- Tempo para a execução dos serviços? ( ) Muito Satisfeito ( ) Satisfeito ( ) Regular ( 8- Valor cobrado pela a execução dos serviços? ( ) Muito Satisfeito ( ) Satisfeito ( ) Regular ( ) Insatisfeito ( ) Muito Insatisfeito 53 9- Condições de pagamentos? ( ) Muito Satisfeito ( ) Satisfeito ( ) Regular ( ) Insatisfeito ( ) Muito Insatisfeito 10- Serviços prestados sobre equipamentos em garantia? ( ) Muito Satisfeito ( ) Satisfeito ( ) Regular ( ) Insatisfeito ( ) Muito Insatisfeito 11- Em um contexto geral, qual seria o seu grau de satisfação com a empresa Balsantos Comercio e Assistência Técnica em Balanças Ltda.? ( ) Muito Satisfeito ( ) Satisfeito ( ) Regular ( ) Insatisfeito ( ) Muito Insatisfeito 12- Você já visitou nossa empresa? ( ) Sim ( ) Não (caso não, passe para questão 15) 13- O que você achou de nossas instalações? ( ) Muito Satisfeito ( ) Satisfeito ( ) Regular ( ) Insatisfeito ( ) Muito Insatisfeito 14- Sobre a localização? ( ) Muito fácil ( ) Fácil ( ) Normal ( ) Difícil ( ) Muito difícil 15- Do seu ponto de vista que tipos de melhorias podem ser feitas para melhorar nossa organização? ( ) Preços ( ) Agilidade do serviço ( ) Outros _____________ ( ) Localização ( ) Atendimento Muito obrigada por sua colaboração! 54 ANÉXO 55 Figura 21 - Balança Prix IV Fonte: Organização Figura 22 - Balança Pluris Fonte: Organização 56 Figura 23 - Impressora térmica de código de barra Fonte: Organização Figura 24 - Balança CS-15 Fonte: Organização Figura 25 - Balança de pesar pessoa Fonte: Organização 57 Figura 26 - Pesos padrão Fonte: Organização Figura 27 - Teclados de balanças Fonte: Organização 58 Figura 28 - Células de carga Fonte: Organização Figura 29 - Fonte 12v Fonte: Organização