Anais do VII Seminário de Iniciação Científica SóLetras – CLCA – UENP/CJ - ISSN 18089216 A IDENTIDADE CULTURAL DO PORTUGUÊS BRASILEIRO NA MÚSICA POPULAR Maria da Graça de Souza ( CLCA - UENP/CJ) ([email protected]) Este trabalho tem por tema o resgate da identidade cultural do português brasileiro em músicas brasileiras contemporâneas. Nesse sentido, tem por objetivo mostrar através de clichês (provérbio, máxima e aforismo) a presença do discurso fundador que pode de ser eclesiástico ou não ainda que, em alguns casos, modificado. Os clichês, de modo geral, são classificados como vício de linguagem. Contudo, de acordo com os estudos da Estilística, os clichês reelaborados ou não podem ser um produtivo recurso expressivo para poetas/ escritores em geral Sabe-se que os iberos expandiram-se pelos mares, lançando-se em guerras de conquista, de saqueio e de evangelização sobre os povos da África, da Ásia e, principalmente, das Américas. Estabeleceram, assim, os fundamentos do primeiro sistema econômico mundial, interrompendo o desenvolvimento autônomo, tanto de civilizações tribais na África como na América, exterminando milhares de povos. A colonização escravista e o despotismo salvacionista criaram condições superopressivas de compulsão aculturativa, o que culminou com a destruição de milhões de etnias, o desgaste de milhões de trabalhadores e a desqualificação dos setores técnicos e profissionais dos povos conquistados. Segundo Ribeiro (1968), o poder aculturador desse processo de atualização histórica foi maior que o de romanização e de islamização, haja vista a uniformidade lingüística e cultural dos povos americanos, especificamente os da América do Sul. A Igreja, em toda Ibero-América, revive a função e o papel que exercera na Idade Média Européia, tornando-se a maior monopolizadora de terras, de índios encomendados e de capitais financeiros aplicados em hipotecas. Para justificar a dominação, os portugueses vão usar o discurso religioso, instaurado a partir da catequese. Esse discurso eclesiástico, segundo Silveira (1988 ) é o discurso fundador do português brasileiro e se faz presente em enunciados clichês em diferentes tipologias textuais, visto que faz parte do marco de cognição social do brasileiro. É importante ressaltar que segundo Silveira " 59 marco de cognição social compreende um Anais do VII Seminário de Iniciação Científica SóLetras – CLCA – UENP/CJ - ISSN 18089216 conjunto de crenças vistas como forma de representar o mundo, construindo o conhecimento a partir de um foco (objetivos, interesses e propósitos), de forma a identificarem um grupo social. "( c.f. aula ministrada no Curso de Pós-Graduação da PUC/SP: 2005). Como já foi explicitado, objetiva-se analisar, em músicas brasileiras, as marcas desses enunciados clichês; antes, porém, é necessário explicitar o que é intertextualidade e os tipos de intertextualidade, visto que os enunciados clichês são textos que dialogam com outros textos. A intertextualidade e a construção de novos saberes Segundo Beaugrande e Dressler (1981), para que um texto seja um texto, precisa ter textualidade, ou seja, aquilo que permite que um texto não seja um pseudotexto. Assim, a textualidade se ancora em sete fatores, a saber : a coesão e a coerência - centrados no produtor - a situacionalidade, a intencionalidade, a informatividade, a aceitabilidade, a intertextualidade - centrados na interação comunicativa. Tais fatores são essenciais para a construção da tessitura textual; mas, por uma questão metodológica, esta pesquisa tratará, apenas, da intertextualidade, pois objetiva mostrar que nenhum texto tem sua origem no nada ou se produz no vazio. Sabe-se que as diferentes vertentes da Lingüística Textual têm dado tratamentos diversificados à noção de intertextualidade, nesse sentido, essa noção é bastante complexa, acarretando diferentes visões sobre tal referente. Contudo, esta pesquisa privilegiará os estudos de Koch (1991). Segundo a autora, há dois tipos de intertextualidade: a intertextualidade em sentido amplo e em sentido estrito. A intertextualidade em seu sentido amplo corresponde à condição de existência do próprio discurso, ou seja, todo discurso parte sempre de um e/ou outro (s) discurso (s). Já a intertextualidade em sentido estrito, segundo Koch, é a relação de um texto com outros textos efetivamente produzidos. Assim, de acordo com Koch, os seguintes tipos de intertextualidade são os mais importantes: • Intertextualidade de conteúdo x intertextualidade de forma e de conteúdo A autora designa de intertextualidade de conteúdo, quando o diálogo ocorre entre textos de uma mesma área ou tendência de conhecimento, que se utilizam de conceitos ou de termos comuns, já definidos em outros textos daquela área ou tendência. Já, a intertextualidade de forma e de conteúdo ocorre quando o autor de um texto imita ou parodia outros textos visando a obter outros efeitos de sentido. • Intertextualidade explícita x Intertextualidade implícita. 60 Anais do VII Seminário de Iniciação Científica SóLetras – CLCA – UENP/CJ - ISSN 18089216 A intertextualidade é explícita quando se encontra em um texto a citação expressa da fonte do intertexto. Contudo, será implícita quando o interlocutor não encontra a citação expressa da fonte e tem de recuperá-la para construir o sentido do texto. • Intertextualidade pelo intertexto alheio x intertextualidade pelo intertexto próprio x intertextualidade pelo intertexto atribuído a um enunciador genérico. O chamado intertexto alheio ocorre quando o sujeito-produtor utiliza-se de um intertexto que pertence a outro autor; contudo, quando o autor utiliza-se para a construção de seu texto, de um intertexto que lhe pertence, tem-se nesse caso o chamado intertexto próprio. Porém, quando o autor faz uso de intertexto, cujo enunciador é indeterminado, tem-se o intertexto de um enunciador genérico. Pode-se observar, conforme mencionado, que na construção dos sentidos, todo texto se remete a outros textos, e, por conseguinte, para que o interlocutor/leitor compreenda e/ou interprete textos com eficiência, é necessário que ele tenha acesso aos mais diferentes tipos de leitura, pois os conhecimentos prévios, possibilitarão a esse leitor entender/compreender pela intertextualidade a que intertextos o sujeito-produtor está se remetendo para ancorar ou refutar os argumentos defendidos por ele. Nesse sentido, acreditase que trabalhar com a "intertextualização" seja um bom procedimento para o ensino da leitura/escritura, visto que possibilita a inserção do homem em sociedade, na medida em que expande seu universo de referência e amplia a sua própria leitura do mundo. Conforme já foi mencionado, tem-se por objetivo analisar, em músicas contemporâneas, a presença dos enunciados clichês, antes, porém, é necessário que se explicite o que está sendo entendido por clichê, provérbio, máxima e aforismo. De acordo com o "Aurélio", clichê, em uma de suas acepções, é o mesmo que chavão que é sentença ou provérbio muito batido pelo uso. Já provérbio [Do lat. proverbiu.], de acordo com o "Aurélio" é 1. Máxima ou sentença de caráter prático e popular, comum a todo um grupo social, expressa em forma sucinta e geralmente rica em imagens; adágio, ditado, anexim, exemplo, refrão, rifão. Ex.: "Casa de ferreiro, espeto de pau"; "Quanto maior a nau, maior a tormenta". Silveira, precisando o sentido do vocábulo provérbio, postula que ele é um dito popular e que traz lição de moral. Já a máxima não traz lição de moral e sim uma avaliação pública que é do marco das cognições sociais. Por sua vez, o aforismo se espelha no marco da cognição social, mas se opõe a ele, pois o modifica. É de caráter individual. É importante ressaltar que o uso de clichês, de modo geral, é condenado. Os gramáticos, numa atitude normativa, classificam-nos como vício de linguagem, uma fraqueza 61 Anais do VII Seminário de Iniciação Científica SóLetras – CLCA – UENP/CJ - ISSN 18089216 de estilo, um pensamento sem originalidade. Segundo Riffaterre (1973) até os estilicistas, na sua maioria, negam-lhe qualquer valor expressivo e só estudam o clichê renovado. Contudo, para o referido autor, o clichê, renovado ou não, apresenta uma expressividade forte e estável, uma vez que a percepção de sua banalidade permite desempenhar um papel ativo de contraste criador de expressividade. Além disso, segundo o autor, em qualquer processo estilístico o valor e o sentido são determinados pelo contexto, porém no caso do clichê é a sua estrutura que o predestina a determinadas funções, independentemente do contexto em que apareça. Já foi dito que o discurso fundador eclesiástico ou não está presente em diferentes discursos do português brasileiro, em forma de enunciados clichês. Entretanto, esse trabalho analisará a presença do referido discurso apenas em algumas letras de música brasileira contemporânea, verificando se esse discurso fundador se mantém em sua forma original ou se modificou em forma de provérbios, aforismos ou máximas mostrando a criatividade e a irreverência do brasileiro. Convém salientar que a seleção do cantor/compositor foi feita de forma aleatória, contudo procurou-se selecionar cantores/compositores não só de gêneros musicais diferentes tais como Samba, Rock, MPB mas também de épocas diferentes (alguns) . Os cantores/compositores selecionados foram: Martinho da Vila, Ataulpho Alves/Carlos Imperial, Adoniran Barbosa, Caetano Veloso, Raul Seixas, Beto Guedes, Zeca Baleiro. Ressalta-se, porém, que esse trabalho não analisará o contexto histórico e as condições de produção dos discursos selecionados. A intertextualidade e os clichês em "Martinho da Vila" Clichê nas músicas Discurso fundador eclesiástico ou não Discurso modificado (clichê) que faz parte do marco da cognição social 1. Devagar, devagarinho ⇒devagar se chega ao ⇒ A pressa é inimiga da "Devagarinho é que a gente longe perfeição. chega lá". ⇒quem vai devagar vai seguro, quem vai seguro vai longe. 2.Canta Canta, minha ⇒ Quem canta seus males gente. espanta. " Quem canta seus males espanta ". 3. Quem é do mar não enjoa. " Homem que é homem não ⇒ Homem não chora. chora, não, não chora " 62 Anais do VII Seminário de Iniciação Científica SóLetras – CLCA – UENP/CJ - ISSN 18089216 Pode-se observar que os clichês usados pelo cantor/compositor Martinho da Vila , com ligeiras variações, são os mesmos do discurso fundador , ou seja, o sujeitoprodutor faz uso de uma intertextualidade das semelhanças , uma vez que parte de um intertexto alheio para legitimar seus argumentos , conforme pode ser observado. Mesmo utilizando os discursos modificados, não foge ao marco das cognições sociais. Nesse sentido, pode-se afirmar que os clichês em análise são provérbios. A intertextualidade e os clichês em "Caetano Veloso". 4. Desde que o samba é samba. "Cantando eu mando a tristeza embora " 5. Os argonautas " Navegar é preciso, viver não é preciso " " Quem canta seus males espanta ". " Navegar é preciso, viver não é preciso " Observa-se que, no texto 4, Caetano Veloso parte de um clichê já modificado e o parafraseia. Nesse sentido, há uma intertextualidade implícita , uma vez que o interlocutor tem de recuperar o texto original. Já o verso " Navegar é preciso, viver não é preciso " do texto 5, não era um clichê, mas tornou-se um, após passar a ser repetido pelas pessoas, fazendo parte do marco de cognição dessas pessoas. Ocorre nesse texto uma intertextualidade de conteúdo, visto que Caetano Veloso faz uso de um intertexto do poeta Fernando Pessoa que se refere ao período das Grandes Navegações. • A intertextualidade e os clichês em "Raul Seixas". 6. Quem não tem colírio usa óculos escuros. ⇒ Quem não tem cão caça ⇒ Quem pode pode, quem " Quem não tem colírio usa com gato. não pode se sacode. óculos escuros". 7. Não fosse o Cabral. " Por fora é só filó/ Dentro é molambo só". 8. Anos 80 " Varrendo lixo pra debaixo do tapete..." 9. Rock das Aranha "Aranha com aranha sempre deu jacaré". ⇒ Sepulcros caiados por ⇒ Por fora bela viola, por fora e sujos por dentro. dentro; pão bolorento. ⇒ Que a mão esquerda não ⇒ Fazer as coisas por saiba o que faz a direita. debaixo do pano. ⇒ Aranha com aranha dá jacaré. 63 Anais do VII Seminário de Iniciação Científica SóLetras – CLCA – UENP/CJ - ISSN 18089216 Observa-se a criatividade do autor ao criar aforismos para os provérbios "Quem não tem cão caça com gato", “Por fora bela viola, por dentro; pão bolorento” , “Fazer as coisas por debaixo do pano. Ao transformar os provérbios em aforismos, o autor faz uso da intertextualidade de forma e de conteúdo, pois parodia os mencionados provérbios visando obter outros efeitos de sentido. A intertextualidade e os clichês em "Zeca Baleiro" 10. O hacker. " quem teme o tapa não põe a ⇒"Não Julgueis para não ⇒Quem tem telhado de cara na tela ". serdes julgados". vidro não atira pedras. ⇒ "Quem não tem pecados, atire a primeira pedra". " ladrão que rouba ladrão tem ⇒ "Não roubarás". cem anos de perdão " "quem só chora não mama " ⇒ ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão. ⇒ "Pede e receberás, bate à ⇒ Quem não chora, não mama. porta e ela se abrirá"... " quem sabe cyber ,quem não ⇒Quem sabe, sabe. sabe sobra " ⇒ Quem sabe, sabe; quem não sabe se sacode. 11. Minha tribo sou eu. ⇒ Quem nasceu para " Pobre de quem não é vintém nunca chega a cacique/ Nem nunca vai ser tostão. pajé " 12. Blues do elevador. " quem dá aos pobres e empresta , adeus " 13. Babylon "... gozar sem se preocupar com amanhã..." ⇒ "Quem dá aos pobres, empresta a Deus" ⇒ O pão de amanhã a Deus ⇒ Mais vale um hoje que pertence. dois amanhãs. ⇒ Deus ajuda a quem se "...nada vem de graça nem o ajuda. ⇒tudo tem um preço pão, nem a cachaça..." ⇒ Um dia é da caça, outro " quero ser o caçador, ando é do caçador cansado de ser caça " É interessante observar como o cantor/compositor Zeca Baleiro modifica os provérbios, ou seja, ele nega o discurso fundador e também rejeita o marco de cognição: "quem só chora não mama ", " quem teme o tapa não põe a cara na tela ", " quem sabe cyber ,quem não sabe sobra ", " Pobre de quem não é cacique/ Nem nunca vai ser pajé ", " quem dá aos pobres e empresta , adeus ". Nesse sentido, pode-se observar que o sujeito-produtor faz 64 Anais do VII Seminário de Iniciação Científica SóLetras – CLCA – UENP/CJ - ISSN 18089216 uso de intertextualidade de forma e de conteúdo, visto que parodia o discurso fundador, modificando-o, obtendo outros efeitos de sentido. Contudo, adere ao marco da cognição, quando reproduz o provérbio "ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão" e também quando usa os clichês (apesar de parafraseados)... gozar sem se preocupar com amanhã... "...nada vem de graça nem o pão, nem a cachaça..." " quero ser o caçador, ando cansado de ser caça ". Nesses contextos, faz uso de intertextos atribuídos a um enunciador genérico. A intertextualidade e os clichês em "Ataulpho Alves/Carlos Imperial". 14. Você passa, eu acho graça. " Nessa vida tudo passa " ⇒ Tudo é nada. ⇒ Tudo é passageiro. A vida terrena é efêmera, o ⇒ Tudo é passageiro, menos que importa é a vida o cobrador e o motorista. espiritual. O texto 14 - dos compositores Ataulpho Alves e Carlos Imperial - também adere ao marco das cognições sociais de grupos que acreditam em que tudo é transitório. Pode-se observar, desse modo, a presença da intertextualidade implícita, pois o interlocutor precisa recuperar o discurso fundador no caso o religioso para reconstruir o sentido do intertexto. A intertextualidade e os clichês em "Beto Guedes/Ronaldo Bastos". 15. O sal da terra. " Vamos precisar de todo ⇒ A união faz a força. mundo / Um mais um é ⇒ um e um são dois. sempre mais que dois ". " O sal da terra " ⇒ A União faz o açúcar. ⇒ "Vós sois o sal da terra; ...". (Mat.5:13) Apesar de o texto 15 inovar o discurso fundador -“A união faz a força” e “um e um são dois” - ao postular que “um mais um é sempre mais que dois” , apresenta marcas de conservadorismo, pois adere ao marco das cognições sociais dos que acreditam que é necessário a união para se atingir um objetivo e que o cristão é o "sal da terra". Observa-se nos versos “Vamos precisar de todo mundo / um mais um é sempre mais que dois ”um intertexto atribuído a um enunciador genérico. O verso “O sal da 65 Anais do VII Seminário de Iniciação Científica SóLetras – CLCA – UENP/CJ - ISSN 18089216 terra” marca uma intertextualidade implícita, uma vez que não aparece citação expressa da fonte e o interlocutor tem de recuperá-la para construir os sentidos do texto. A intertextualidade e os clichês em "Adoniran Barbosa". 16. Saudosa maloca "Deus dá o frio conforme o ⇒ Deus não dá o fardo maior ⇒"Deus dá o frio conforme cobertô " do que se possa carregar. o cobertor ". O texto de Adoniran Barbosa parte do discurso fundador modificado. Percebe-se, nesse sentido, a intertextualidade pelo intertexto atribuído a enunciador genérico marco das cognições sociais – mas não rompe com o discurso institucionalizado, pois está muito próximo do discurso fundador. A partir do exposto, observa-se que o português brasileiro tem como discurso fundador principal o eclesiástico, e nesse sentido, predomina, de acordo com as análises, a intertextualidade pelo intertexto alheio e na maioria dos exemplos analisados a intertextualidade é implícita, ou seja, o discurso institucionalizado pelo marco das cognições sociais parte do discurso fundador, que na maioria dos exemplos estudados, é o discurso eclesiástico. Contudo, esse discurso modificado pelo povo brasileiro mostra a criatividade, a irreverência desse povo, conforme se pode observar no quadro intitulado discurso modificado e na maioria dos intertextos presentes nas músicas. É interessante observar que alguns autores – como, por exemplo, Martinho da Vila – aderem aos discursos institucionalizados, sem questionar o valor de verdade imposto para o grupo, outros, como Zeca Baleiro, complementam esses discursos "...nada vem de graça nem o pão, nem a cachaça...", ou rompem se opondo ao fundador instaurando outro ponto de vista, " quem dá aos pobres e empresta , adeus ". Finalizando, concordamos com Riffaterre que postula ser o clichê uma unidade lingüística expressiva, uma vez que provoca reações estéticas, morais ou afetivas, e apesar de batido não é desgastado, pois se o fosse, perderia tanto sua clientela como seus inimigos. 66 Anais do VII Seminário de Iniciação Científica SóLetras – CLCA – UENP/CJ - ISSN 18089216 Referências BEAUGRANDE, R. A e DRESSLER, W.V. Introduzione alla linguistica Bologna: Il Molino. 1981 textuale. KOCH, I. G. V. A intertextualidade como fator de textualidade. Série: Cadernos PUC/SP nº 22, São Paulo: Educ. 1986 PINTO, C. 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