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10 de julho de 2014
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PwC aponta cinco pontos de atenção para setor de energia em 2014
Líderes globais de empresas discutiram na CEO’s Survey temas relevantes e que
poderão ajudar a melhorar o desempenho do mercado energético
O setor de Energia e Serviços de Utilidade Pública (Power & Utilities - P&U) passa por
um período de intensa transformação, principalmente devido às implicações
relacionadas à escassez de recursos e às alterações climáticas. Porém, questões de
gestão como investimento em inovação, capacidade tecnológica, pesquisa e
desenvolvimento, aumento e retenção da base de clientes, além da construção de
relacionamento de confiança com o mercado são os alicerces ajudar a alavancar o
crescimento de qualquer setor em atividade, mas são pontos ainda mais emblemáticos
para a área de P&U, de acordo com os executivos consultados na 17th Annual Global
CEO Survey. A pesquisa realizada pela PwC aponta um extrato do que os líderes
globais da área indicaram como fatores determinantes para a evolução do setor.
1. Os níveis de confiança estão subjugados
Os CEO´s globais da indústria de P&U estão menos confiantes no crescimento de
receita de seus negócios em relação aos seus pares consultados nas demais indústrias,
tanto se tratando de suas próprias organizações, quanto do mercado. “O fato é que
47% das empresas do setor não esperam crescimento em suas receitas num horizonte
de 12 meses”, afirma Guilherme Valle, sócio da PwC Brasil e líder Setor Elétrico e
Serviços de Utilidade Pública.
2. Alterações climáticas e escassez de recursos
“O setor está passando por um período de intensa transformação, em parte
impulsionada pelas implicações da escassez de recursos e por alterações climáticas”,
explica Valle. Ele diz que o estudo endossa a afirmação: 76% dos CEOs do setor
afirmaram que seu negócio passará por mudanças radicais ao longo dos próximos
cinco anos. “Esse resultado muito mais significativo se comparado com a amostra
total”, compara.
3. Regulamentação
Regulação é outra fonte de mudança de impacto no setor e para muitos CEOs, a
questão ainda está longe de se apresentar de maneira clara e definitiva. Mais da
metade dos CEOs dos globais de P&U estão extremamente preocupados com o
excesso de regulamentação, que poderia retardar o crescimento.
4. Confiança dos clientes
O papel do cliente está mudando radicalmente enquanto players do setor privado
competem com empresas estatais tradicionais. Ainda assim, surpreendentemente,
poucos CEOs do setor de energia dizem estar preocupados com o fato de que
mudanças no comportamento e nos gastos do consumidor poderiam desacelerar o
crescimento de suas atividades. E, apesar do compromisso de operar suas atividades
de forma sócio responsável, somente 59 % CEOs globais do setor concordam que
medir e informar os seus impactos (não financeiros) contribuem para o seu sucesso a
longo prazo.
Apenas 35% diz que consumidores e clientes ganharam mais confiança em sua
indústria, resultado abaixo da média em relação ao observado na amostra total. Será
preciso fazer melhor - e isso pode significar adaptar suas estratégias para lidar com a
transformação energética.
A maioria (80%) dos CEOs de energia concorda que as estratégias de crescimento e
retenção de clientes terá que mudar, mas apenas 29% já tem este processo em
andamento. Será preciso investir - o que eventualmente significa mudar de curso em
transações e investimentos em tecnologia. “A grande maioria dos CEOs vê a
necessidade de ação, mas relativamente poucos começaram o processo”, alerta Valle.
5. Tecnologia
Mais de 80% dos CEOs do setor entendem que os avanços tecnológicos vão
transformar os seus negócios ao longo dos próximos cinco anos. Eles estão otimistas
em relação a sua capacidade de lidar com a mudança tecnológica. Poucos enxergam
com preocupação a velocidade com que atualmente lidam com o tema preocupação.
Apesar disso, apenas 20% dos CEOs do setor começaram a mudar seus processos de
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P&D e de capacidade de inovação. Apenas uma minoria acredita que suas áreas de
P&D, RH e seu departamento de TI estão preparados para executar as mudanças
necessárias. “Com esse extrato da pesquisa, fica claro que existe uma dificuldade em
começar essa mudança, mas os CEOs estão com essas questões nos seus
planejamentos. Aqueles que endereçá-las sairão na frente”, diz o líder de energia da
PwC.
Notas:
Metodologia:
Para a 17th Annual Global CEO Survey da PwC, foram realizadas 1.344 entrevistas em
68 países durante o último trimestre de 2013. Por região foram 445 entrevistas na
Ásia-Pacífico, 442 na Europa, 212 na América do Norte, 165 na América Latina, 45 na
África e 35 no Oriente Médio. Para o recorte de energia, foram consideradas as
respostas de cerca de 60 CEOs do setor.
O relatório final com gráficos e recortes de outros setores podem ser baixados no site
da firma: http://www.pwc.com/gx/en/ceo-survey/
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