Tema central : SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: Situação atual – novos rumos com a pactuação Processo em andamento : - 8ª Conf. Nac. Saúde (1986); CF 1988 Lei Orgânica da Saúde (1990); 10ª Conf. Nac. Saúde (1996); 11ª Conf. Nac. Saúde (2000); Processo em andamento : - Conselho Nacional de Saúde (dez/2003): Aplicação da NOB-RH/SUS como Política Nacional para a Gestão do Trabalho e na Educação na Saúde. - 12ª Conf. Nac. Saúde (2003): Imediata adoção desta política. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE Consensos pré-Constituição Federal 1988: Insuficiência e desperdício de recursos alocados para a saúde (estimativa: 30%); Baixa cobertura assistencial (exclusão social); Fragmentação do processo decisório, descompromisso com as ações e falta de responsabilidade com os resultados; SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE Consensos pré-Constituição Federal 1988: Desordenamento do mix público/provado: conflito, superposição de ações, desperdício de recursos e baixa qualidade do atendimento à população; Insatisfação dos profissionais de saúde e da população; Falta de mecanismos de acompanhamento, controle e avaliação dos serviços. VIII Conferência Nacional de Saúde (1986) Aspectos constitucionais: Saúde como conceito ampliado (fatores determinantes e condicionantes); Saúde como direito do cidadão e dever do Estado: única condição para se ter acesso aos serviços e ações de saúde é necessitá-los; Sistema Único de Saúde (serviços privados complementares e sob diretrizes do mesmo). Sistema Único de Saúde - SUS Deve ser entendido como uma nova formulação política e organizacional para o reordenamento dos serviços e ações de saúde (MS, 1990). Conjuntura – Esgotamento de Processos : - Redefinição de papéis das instâncias administrativas do SUS MS – planejamento, financiamento SES – regulação, cooperação técnica Municípios – prestação dos serviços Conjuntura – Esgotamento de Processos : - Regionalização pactuada Equidade e Integralidade - Redefinição do modelo tecnoassistencial Programa Saúde da Família - PSF Sistema Único de Saúde Situação atual Sistema Único de Saúde - SUS Princípios doutrinários: - - Universalidade: garantia de atenção à saúde a todo e qualquer cidadão - acesso; Integralidade; Equidade: atendimento conforme necessidade até o limite que o sistema puder oferecer. (MS, 1990). Sistema Único de Saúde - SUS Princípios operacionais: - - - Regionalização e hierarquização; Descentralização político-administrativa (município = maior responsabilidade na promoção das ações de saúde); Participação dos cidadãos (no processo de formulação das políticas de saúde e do controle de sua execução); Complementaridade do setor privado. (MS, 1990). Brasil: características 8,5 milhões de Km2; 183 milhões de habitantes; 5 regiões geopolíticas; 26 estados e DF; 5561 municípios. Brasil: características da descentralização 73% dos municípios com menos de 20.000 hab.; IDH variando de 0,265 a 0,834; 23 estados em Gestão Plena no Sistema; 100% municípios em Gestão Plena da Atenção Básica Ampliada; + 600 municípios em Gestão Plena do Sistema (julho/04) SUS: assistência ambulatorial 63.650 unidades ambulatoriais = média de 153 milhões de consultas/ano.; 1,3 bilhão de procedimentos de atenção básica; 251 milhões exames laboratoriais; 8,1 milhões de exames de ultrassonografia; 132,5 milhões de atendimentos de alta complexidade. Base: julho/04. SUS: assistência hospitalar 5.794 unidades hospitalares = 441.045 leitos = 900 mil internações/mês = 11,7 milhões internações/ano; 2,6 milhões de partos; 83 mil cirurgias cardíacas; 92,9 mil cirurgias de varizes; 23,4 mil transplantes de órgãos. Base: julho/04. Setor Saúde: geração de empregos 1980 Setor Privado – 307.673 Setor Público - 265.956 2003 997.115 1.193.482 Fonte: AMS/IBGE, 1980-2003 Setor Saúde: geração de empregos 1980 2003 Municipal – 43.086 791.377 Estadual - 109.573 306.042 Federal - 113.297 96.064 Fonte: AMS/IBGE, 1980-2003 Força de Trabalho em Saúde Feminilização Incremento da escolaridade (exceção: agentes comunitários de saúde) Rejuvenescimento - profissões de reconhecimento recente (fisioterapia, terapia ocupacional, nutrição, etc.) Bimodalidade de rendimentos e de jornada de trabalho Múltiplos vínculos empregatícios Institucionalização do trabalho Trabalho coletivo em saúde (= equipe) Gestão do Trabalho em Saúde Processos de gestão em curso Configuração atual do setor Mecanismos de regulação por parte do Estado Setor Saúde: problemas na gestão do trabalho inexistência de carreira expansão do SUS com base na precarização das relações de trabalho (PSF) diferenças salariais marcantes multiplicidade de vínculos regulação profissional centrada nas profissões, sem considerar o trabalho em equipe Municípios com ausência total de serviços de saúde. Brasil, 2004. 53% SADT Pronto-Socorro geral 85% Pronto-Socorro especializado 92% Hospital geral 37% Hospital especializado 79% Clínicas especializadas Unidades básicas 63% 1% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Coeficiente de Vínculos Médicos por Cem Mil Habitantes: PEDIATRIA Coeficiente de Vínculos Médicos por Cem Mil Habitantes: PEDIATRIA [6,6 % das microrregiões com coef < 1 vínculo/cem mil hab] Coeficiente de Vínculos Médicos por Cem Mil Habitantes: CARDIOLOGIA Coeficiente de Vínculos Médicos por Cem Mil Habitantes: ACUPUNTURA Coeficiente de Vínculos Médicos por Cem Mil Habitantes: CARDIOLOGIA [20,9 % das microrregiões com coef < 1 vínculo/cem mil hab] Coeficiente de Vínculos Médicos por Cem Mil Habitantes: ACUPUNTURA Coeficiente de Vínculos Médicos por Cem Mil Habitantes: OTORRINOLARINGOLOGIA Coeficiente de Vínculos Médicos por Cem Mil Habitantes: ACUPUNTURA Coeficiente de Vínculos Médicos por Cem Mil Habitantes: OTORRINOLARINGOLOGIA [52,6 % das microrregiões com coef < 1 vínculo/cem mil hab] Coeficiente de Vínculos Médicos por Cem Mil Habitantes: ACUPUNTURA Setor Saúde: problemas na gestão da educação inadequação da formação profissional, em todos os níveis, às necessidades do SUS má distribuição das instituições formadoras e das oportunidades de formação profusão de iniciativas de capacitação dos trabalhadores do SUS: pontuais, desarticuladas, fragmentadas. NÚMERO DE VAGAS EM CURSOS DE MEDICINA POR REGIÃO BRASILEIRA, 2004 Evolução do Número de Cursos de Medicina segundo Ano de Início 160 140 136 120 100 80 60 37 40 20 0 08 8 1 80 75 68 10 2 89 8 -1 90 8 1 30 9 -1 31 9 1 64 9 -1 65 9 1 70 9 -1 71 9 1 85 9 -1 86 9 1 94 9 -1 95 9 1 04 0 -2 Obs.: Não consta o curso em Colatina/ES, cujo início estava para fev. 2005 Cursos de Medicina por período e natureza jurídica 38 60 PRIVADA 50 PÚBLICA 40 19 6 30 20 8 10 21 2 5 12 2 2 3 1971 1985 1986 1994 18 0 1808 1889 1890 1930 1931 1964 1965 1970 1995 2004 Crescimento do número de vagas públicas e privadas nos cursos de Medicina (a partir de 1965) 11538 12000 10000 6691 Nº vagas 8000 6000 5767 5771 138% 1924 50% 4000 2000 4767 477% 4847 3847 1000 0 Pública Privada Total Novas vagas a partir de 1965 Vagas até 1964 Número de vagas em cursos de Medicina em instituições públicas e privadas por região 5771 6000 5767 PÚBLICA PRIVADA 3873 4000 2160 2000 1516 1051 632 310 764 540 412 280 0 NORTE NORDESTE SUDESTE SUL CENTROOESTE TOTAL Pontos para discussão Desprecarização do trabalho no SUS Plano de carreira, cargos e salários Mesas de negociação do trabalho Regulação do trabalho em saúde Incremento da capacidade de gestão local Remuneração adequada Gestão da Educação na Saúde Pontos para discussão Público / Privado Concurso / Emprego Público Fontes de financiamento / Lei Resp. Fiscal Controle social (deliberativo ou consultivo ?) Regionalização / Acesso aos serviços Remuneração / Produtividade Educação / Assistência / Produção de conhecimentos GRATO PELA ATENÇÃO BOM CURSO ! Prof. Ronaldo Bordin Depto. Medicina Social / UFRGS Fone: (51) 3316 5245 Fax: (51) 3316 5327 E-mail: [email protected]