A1 ID: 34915930 08-04-2011 Tiragem: 49454 Pág: 27 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 23,06 x 12,18 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Investigadores do Instituto Superior Técnico lançam inquérito sobre hábitos de mobilidade Marisa Soares Questões destinam-se a quem mora na Área Metropolitana de Lisboa. Dados vão ser utilizados em projecto sobre novos sistemas de transportes a Que meios de transporte utiliza para se deslocar diariamente? Estaria disposto a deixar o carro em casa e partilhar um táxi? Ou a dar boleia a desconhecidos? Uma equipa de investigadores do Instituto Superior Técnico lançou um inquérito online para conhecer os hábitos e preferências dos habitantes da Área Metropolitana de Lisboa (AML). As respostas vão permitir traçar o perfil dos potenciais utilizadores de novos sistemas de transporte urbano. O inquérito, disponível até ao final de Abril no site http://inquerito.scusse.sotur-mitportugal.org, está a ser feito ao abrigo do projecto SCUSSE, do programa MIT-Portugal. Através de questões sobre os percursos e os meios de transporte utilizados por quem mora na região de Lisboa, os investigadores querem perceber quantas pessoas estão dispostas a deixar o carro em casa e a utilizar transportes colectivos alternativos. O projecto, coordenado pelo professor e especialista em Transportes José Viegas, tem como objectivo a criação de um “clube da mobilidade”, com “sócios” que se desloquem na AML. A entidade gestora do clube reúne informações sobre quatro opções de mobilidade – carsharing (aluguer de carros Procura-se alternativa aos carros à hora), carpooling (partilha de carros entre pessoas que fazem o mesmo percurso), táxis partilhados e minibusexpresso. Quem estiver inscrito pode aceder, por telemóvel, à informação sobre estes quatro sistemas, escolhendo aquele que mais se adequa às suas necessidades e agenda. Os primeiros resultados da investigação são “prometedores”, diz José Viegas. Por exemplo, 16 minibus-expresso com oito lugares que circulem na área de influência da linha de Cascais da CP (onde se movimentam em hora de ponta 73 mil carros), podem substituir 1448 automóveis, com tarifas entre 0,75 e 1,10 euros. O passo seguinte é apresentar os resultados às autarquias e ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, para tentar concretizar o projecto.