Avaliação reprodutiva da ictiofauna de ambientes expostos e não expostos a óleo combustível Patricia Ramos de Vargas Orientador: Antonio Ostrensky Neto Co-orientador: Aline Horodesky Colaboradores: Thayzi de Oliveira Zeni, Thiago Brobio Massanti Introdução e Objetivos O rompimento do Oleoduto Araucária - Paranaguá em 2001, causou o vazamento de 52 mil litros de óleo diesel em riachos da Serra do Mar paranaense. O objetivo deste trabalho foi avaliar parâmetros reprodutivos de espécies de peixes coletados em rios expostos ao óleo e compará-los a dinâmica reprodutiva de peixes de rios não expostos ao óleo diesel após dez anos do acidente. Material e Métodos Foram realizadas cinco coletas entre abril de 2010 e janeiro de 2011, em três bases amostrais nos rios do Meio, Sagrado, Pinto, Passa Sete e Marumbi. As espécies coletadas (Scleromystax barbatus, Mimagoniates microlepis e Rineloricaria sp.) foram submetidas à secção medular, fixação em Solução de Davidsom e processamento histológico. Foram realizados testes de proporção de Qui-Quadrado para avaliação final. Resultados e discussão 1.303 exemplares foram coletados; A proporção sexual dos peixes diferiu entre as bases amostrais para as espécies Rineloricaria sp. e S. barbatus Espécie M. microlepis Rineloricaria sp. S. barbatus Fêmeas Machos Indeterminados 187 218 243 156 113 134 40 48 12 Total analisado 383 379 389 Foram encontrados os seguintes estádios de maturação: Fêmeas (imaturo (A), em maturação inicial (B) e final (C) e maturo (D) e para os machos: imaturo (E), em maturação (F), maturo (G) e espermiado (H). A B E F C D G H Conclusão: Os parâmetros reprodutivos das três espécies avaliadas foram semelhantes entre os ambientes expostos e não expostos ao óleo diesel, portanto, sob o ponto de vista reprodutivo, não há mais evidências de impactos ambientais gerados pelo acidente em questão. Referências: Beçak W, Paulete J (1976) Técnicas de citologia e histologia. Livros Técnicos e Científicos. Editora S.A, 574 p Vazzoler A E A M (1996) Biologia da reprodução de peixes teleósteos: teoria e prática. Maringá: EDUEM, 196p