BRUCE THARP’S DIRETRIZES PARA FORMULAÇÃO DE SORVETE LÁCTEO SORVETES & CASQUINHAS Introdução 22 As diretrizes para a formulação de sorvete lácteo a serem discutidos neste artigo são apresentadas globalmente, na tabela “Diretrizes para Formulação de Sorvete”, sob a forma de faixas de composição do sorvete. Devido ao fato das composições de sorvete serem geralmente dependentes do nível de gordura, a referida tabela é organizada de forma a mostrar as respectivas faixas para cada componente/ingrediente em níveis crescentes de gordura, divididos em produtos com baixo teor de gordura e produtos integrais (full fat), entendendo-se por isto produtos com menos de 10% e mais de 10% de gordura, respectivamente. As faixas para cada ingrediente representam a variação que ocorre entre o menor e o maior nível de gordura. Por exemplo, no caso de MSNF (Milk Solid No Fat), ou seja, dos sólidos não gordurosos do leite (SNGL), o intervalo de 14% a 10% indicado para o sorvete de baixo teor de gordura significa que o nível de SNGL poderia ser tão alto quanto 14% em um produto de 0% de gordura, e tão baixo quanto 10% em um produto com 8% de gordura. É claro que os intervalos na tabela representam valores típicos e não devem ser considerados como limitantes. É provável que existam produtos ou que possam ser desenvolvidos produtos com um ou mais componentes em níveis fora dos intervalos apresentados. No entanto, os valores mostrados são orientações úteis para as relações de composição envolvidas na formulação. As informações a seguir consideram os fatores que afetam a variabilidade de cada um dos componentes mostrados na referida tabela. Gordura do leite Os intervalos mostrados refletem os requisitos regulamentares nos Estados Unidos, onde os produtos com 10% de gordura ou mais podem ser designados simplesmente como “sorvete” e são conhecidos como sorvetes integrais (full fat). Em outros lugares, os regulamentos podem ser diferentes. Maiores níveis de gordura produzem aumento da percepção de riqueza, cremosidade e suavidade. No entanto, também estão associados com um maior grau de aglomeração de gordura que, se não controlado, pode ser responsável por defeitos, tais como textura gordurosa, corpo fraco e tendência ao encolhimento/contração. Na faixa com menor teor de gordura, as percepções de sabor mudam significativamente à medida que diminui a gordura e desempenham um papel menor na liberação de componentes aromáticos solúveis em gordura. Produtos com teor de gordura superior a 20% são raros, mas existem. No entanto, esses produtos são geralmente considerados enjoativos e possuem atrativo limitado para os consumidores. MSNF ou SNGL (Sólidos do leite não gordurosos) O nível de SNGL geralmente aumenta conforme diminui o nível de gordura. O uso de níveis mais elevados do que a faixa mostrada é limitado pelos efeitos no sabor e a possibilidade de aparecimento de textura arenosa, devido aos altos níveis de lactose (em particular quando são usados níveis elevados de soro). Na prática, o teor de BRUCE THARP’S DIRETRIZES PARA FORMULAÇÃO DE SORVETE Sorvete de baixo teor de gordura Ingredientes Sorvete integral i.e. com alto teor de gordura Ingredientes lácteos Gordura do leite MSNF ou SNGL*/Soro 0% a 8% 10% a 20% 14% a 10% 12% a 6% Outros materiais lácteos (concentrados/isolados protéicos de soro/ concentrados/isolados protéicos do leite) Variável Adoçantes/Agentes de carga Doçura total 14% a 18% (independente do nível de gordura) Sacarose 10% a 18% (independente do nível de gordura) % Sólidos de glicose* (36 ou 42 DE) (também conhecidos como sólidos de glicose) 10% a 6% 6% a 0% HFCS* 0% a 5% Dextrose e açúcar invertido 0% a 5% HIS* Variável Agentes de carga/volume 6% a 0% Geralmente não usados Estabilizantes/Emulsificantes Estabilizante (gomas convencionais) 0,35% a 0,20% 0,15% a 0,0% Estabilizante (sistemas com MCC*) 1,20% a 0,60% 0,80% a 0,50% Emulsificante (monoglicerídeos e mono-diglicerídeos) 0.30% a 0,15% 0,30% a 0,0% Emulsificante (polissorbatos) 0,00% a 0,08% Emulsificante (blends de mono-diglicerídeos polissorbatos) 0,30% a 0,15% Estabilizante/mistura de emulsificantes Sólidos totais Overrun 0,25% a 0,00% Recomendações do fornecedor 30% a 38% 35% a 44% 80% a ±140% ±100% a 10% *Siglas: MSNF - Milk Solids Not fat (sólidos do leite sem gordura); HFCS - High Fructose Corn Sweetener (adoçante de milho de alta fructose); HIS - High Intensity Sweetener (adoçante de alta intensidade); MCC - Microcrystalline Cellulose (celulose microcristalina). Outros materiais lácteos Há uma crescente utilização de vários ingredientes lácteos modificados, tais como concentrados e isolados do sistema global de proteínas lácteas e proteína de soro de leite. Estes são usados como fontes mais econômicas de sólidos de leite ou devido a uma funcionalidade específica relacionada à imobilização da água. O nível de utilização de tais materiais abrange um vasto leque, que geralmente é afetado pelos parâmetros de custo e pelos efeitos técnicos pretendidos para o ingrediente específico envolvido. Como muitos desses materiais têm funcionalidades específicas, a orientação para sua utilização deve ser procurada junto ao fornecedor. Nível de doçura O nível de doçura do sorvete é expresso em termos de equivalência de doçura a sacarose. O nível-alvo de doçura do sorvete varia de acordo com as preferências locais e com as exigências de um sabor em particular. Por exemplo, chocolate e alguns sabores de frutas requerem uma maior suavidade do que a baunilha, enquanto altos níveis de inclusões podem exigir menos. Sacarose A funcionalidade da sacarose no sorvete se limita a fornecer doçura e contribuir nos sólidos totais. O seu nível depende se é usada como a única fonte de doçura ou, então, do grau em que é parte de um sistema multi-ingrediente de doçura com outros edulcorantes, geralmente sólidos de glicose e, quando usado, xarope de milho de alta frutose (HFCS). As proporções em tais sistemas variam de acordo com restrições de custo e com parâmetros relativos à relação custo vs. qualidade, como sabor e sensação na boca (mouthfeel). SORVETES & CASQUINHAS sólidos do soro de leite usado também é limitado pelo aparecimento potencial de um aroma de soro, com as características peculiares da fonte de onde foi extraído. 23 BRUCE THARP’S Sólidos de glicose Os sólidos de glicose propiciam uma doçura de baixo custo e propriedades úteis de imobilização da água. O tipo DE 36 (Dextrose Equivalente) é geralmente preferido. O nível de utilização dos sólidos de glicose está relacionado a custos e parâmetros de qualidade. Com relação aos efeitos de qualidade, um maior nível de sólidos de glicose gera um efeito de mascaramento do sabor e, em níveis mais elevados, contribui com um sabor próprio. O aumento gradativo dos níveis de sólidos de glicose também produz um corpo grudento. Proporções típicas de sólidos de açúcar/glicose em sorvetes comuns podem variar de 12% / 4% a 10% / 8%. O teor de sólidos de glicose é geralmente menor à medida que aumenta o nível de gordura, a tal ponto que raramente é utilizado em produtos premium e quase nunca em sorvetes super-premium. No entanto, a sua ausência em tais produtos está mais relacionada com a percepção negativa dos consumidores, associada à sua presença; tecnologicamente poderiam ter uma contribuição útil em nível de utilização judiciosa. SORVETES & CASQUINHAS Adoçante de milho de alta frutose (HFCS) 24 A doçura do HFCS é equivalente a da sacarose. Nos Estados Unidos, onde está disponível a um custo menor do que a sacarose, é freqüentemente usado como uma alternativa de redução de custos com relação a sacarose. No entanto, o seu nível é limitado pelo seu efeito de depressão do ponto de congelamento (cerca de duas vezes superior ao da sacarose). Isso tem um efeito potencialmente negativo sobre a rigidez do sorvete no freezer e firmeza na temperatura de consumo, bem como sobre a vida útil da textura do sorvete. Esses efeitos negativos podem ser gerenciados usando o HFCS em conjunto com sólidos de glicose 36 DE, para que o nível de sólidos de glicose seja, no mínimo, o dobro do HFCS. Por outro lado, o efeito de depressão do ponto de congelamento de HFCS faz dele um ingrediente útil na fabricação de sorvetes do tipo soft, ou seja, aqueles que se destinam a ter uma consistência mais macia em temperaturas convencionais de servir. O nível de HFCS usado em tais produtos depende do grau de depressão do ponto de congelamento que se deseja obter. A dextrose também é usada para fornecer essa funcionalidade (veja abaixo). Dextrose e açúcar invertido O uso de dextrose, um monossacarídeo, como ingrediente de rotina em sorvete convencional é limitado pelo seu efeito na depressão do ponto de congelamento e pelo fato de que a dextrose é menos doce do que a sacarose. O açúcar invertido, também um sistema monossacarídeo, é semelhante em sua composição ao HFCS. Portanto, fornecerá efeitos tecnológicos similares. No entanto, muitas vezes, seu custo o torna totalmente inatrativo como fonte alternativa de doçura para sorvete. A inclusão de dextrose e açúcar invertido, nas guias de formulação, é baseada na sua utilidade para aplicações específicas. Seu efeito de depressão do ponto de congelamento os torna úteis em produtos onde um baixo ponto de congelamento é desejável, mais particularmente nos sorvetes tipo soft. Nos Estados Unidos, a dextrose é muitas vezes usada nesse aplicativo. Adoçantes de alta intensidade Os níveis de uso dessas fontes de doçura variam de acordo com o tipo e necessidade de se aumentar os níveis de doçura existentes. Geralmente, seu uso é limitado a fabricação de sorvetes do tipo “sem adição de açúcar” ou “sem açúcar”. No entanto, alguns deles, por possuírem custo por unidade de doçura inferior aos adoçantes convencionais, podem ajudar a reduzir custos na fabricação de sorvetes convencionais. Esse uso também pode proporcionar melhorias na vida útil da textura através da gestão do ponto de congelamento. Agentes de volume/carga São utilizados para proporcionar baixo custo de adição de sólidos em produtos com menor teor de gordura, ou em qualquer outro produto onde se deseja, por um baixo custo, aumentar o teor de sólidos totais para um nível-alvo maior. Os agentes de volume mais comumente usados em sorvetes são as maltodextrinas. O nível de utilização varia de acordo com o teor de sólidos convencionais e com os parâmetros qualidade/custo. Estabilizante (convencional) Os intervalos indicados na tabela referem-se à maioria dos ingredientes de estabilização comumente usados, tais como a goma de alfarroba, goma guar, goma de celulose, e assim por diante. Geralmente, estes são utilizados na forma de blends de dois tipos, aqueles que contêm apenas materiais ativos e aqueles em que os ingredientes passivos, como o açúcar e o sal, são usados para padronizar a funcionalidade e/ou melhorar a dispersibilidade. Os blends totalmente ativos são utilizados nas porções inferiores dos intervalos mostrados, enquanto os níveis daqueles com ingredientes passivos caem na parte superior dos intervalos, dependendo do nível das gomas ativas que a mistura possui. Em ambos os casos, os níveis de utilização variam de acordo com os parâmetros de qualidade/custo. A não utilização de estabilizante BRUCE THARP’S Estabilizante (sistemas com celulose microcristalina) As maiores faixas de utilização indicadas para sistemas com celulose microcristalina (MCC) é baseada no fato de que para ser funcional a MCC exige níveis de uso mais elevados do que os estabilizantes convencionais. Na formulação de sistemas com celulose microcristalina, deve-se lembrar que nos sistemas em que a MCC fornece a funcionalidade dominante, pode ser usada em níveis mais elevados, sem produzir efeitos de estabilização excessiva. Emulsificantes (comentários gerais) A principal funcionalidade de ingredientes emulsificantes está focada no controle do grau de aglomeração de gordura desejado, desempenhando papel complementar no chicoteamento/agitabilidade e na força das células de ar. Seu nível de utilização varia de acordo com o nível de gordura e com o grau de aglomeração de gordura desejado. Geralmente, nos sorvetes com alto teor de gordura, níveis menores de emulsificantes são necessários a medida que o teor de gordura aumenta. Normalmente, não é necessária nenhuma funcionalidade emulsi- ficante em sorvetes com nível de gordura acima de aproximadamente 15%. Os fatores que afetam os níveis de utilização de emulsionantes específicos são discutidos adiante. Emulsificante (monoglicerídeos e monodiglicerídeos) O nível de utilização eficaz de monoglicerídeos e mono-diglicerídeos, independentemente do grau de saturação, varia de acordo com seu conteúdo de monoglicerídeo. Os intervalos apresentados referem-se ao nível de monoglicerídeo. Emulsificante (polissorbato) Nos Estados Unidos, dois tipos de polissorbatos são aceitos como aditivos alimentares em sorvetes: o polissorbato 80 e o polissorbato 65. Eles podem ou não ser aceitos em outros países. A funcionalidade maior do polissorbato 80 o torna mais comumente usado nos Estados Unidos. Seu nível de utilização é limitado ao máximo de 0,06%, devido a sua contribuição potencial para um off-flavor parecido ao oxidado e seu efeito intenso. O polissorbato 65, com menor potencial de contribuição para um sabor estranho, e uma menor funcionalidade do que o polissorbato 80, poderia ser utilizado em níveis superiores. Emulsificante (misturas de monodiglicerídeos/ polissorbatos) A forma física dos polissorbatos 80 e 65 (líquido viscoso e pastoso, respectivamente) torna difícil a manipulação, particularmente no que diz respeita à medição das pequenas quantidades necessárias. Portanto, eles são mais comumente acrescentados ao sorvete junto com mono-diglicerídeos (20% no caso do polissorbato 80, e 30% no caso do polissorbato 65) formando assim misturas de fluxo livre. O polissorbato 80 também é disponível, em algumas áreas, em concentração de 70%, misturado em propilenoglicol. Blends de estabilizante/ emulsificante Estabilizantes e emulsificantes são freqüentemente adicionados como misturas, contendo ambos os tipos de ingredientes. Como cada um desses sistemas possui uma funcionalidade específica, a orientação sobre o nível de utilização de um determinado blend deve partir do seu fornecedor. Sólidos totais A evolução do sorvete foi tal que a qualidade palatável aceitável geralmente está associada a produtos em que o nível de sólidos totais (soma de todos os componentes, exceto água) está na faixa mostrada na tabela, para cada categoria de nível de gordura. Além dos fatores que afetam os níveis de ingredientes individuais dentro da faixa mostrada para cada um, um aspecto fundamental na formulação envolve manter os sólidos totais dentro dos limites indicados para cada categoria de nível de gordura. O teor de sólidos totais incide diretamente na percepção das características afetadas pela natureza da infra-estrutura e pelo tamanho dos cristais de gelo. No que diz respeito ao corpo, na parte inferior da faixa dos sólidos totais, a tendência é do sorvete tornase progressivamente mais fraco e quebradiço e mais propenso à retração/encolhimento. Por outro SORVETES & CASQUINHAS produz uma textura mais grossa, com cristais de gelo, e apresenta corpo fraco e quebradiço, porém com boa liberação aromática. Níveis elevados demais podem produzir efeitos de estabilização excessiva, como mascarar o sabor e gerar um corpo gomoso, dependendo da goma utilizada e da presença de outros fatores de imobilização da água. Para misturas, as orientações de uso mais confiáveis são dadas pelo fornecedor de produtos específicos. 25 BRUCE THARP’S lado, a medida que o nível de sólidos totais aumenta, a percepção do corpo melhora, para chegar a um ponto de mastigabilidade mais desejável. Nos extremos da faixa mostrada (e além dela), o produto torna-se pesado e enjoativo. Os teores totais de sólidos afetam diretamente o tamanho dos cristais de gelo. Em níveis mais baixos de sólidos totais, os cristais de gelo tornam-se maiores devido à maior quantidade de água presente. Como resultado, o produto será mais propenso a grandes cristais de gelo, sendo percebido como frio e gelado. A probabilidade da presença de tais características diminui à medida que o total de sólidos aumenta. Isso ocorre porque a concentração de sólidos congelados na parte descongelada do sorvete proporciona um maior grau de imobilização da água, o que facilita o controle do crescimento dos cristais de gelo. SORVETES & CASQUINHAS Overrun (quantidade de ar incorporada) 26 A seleção do nível de overrun dentro dos limites legais é afetada pelo objetivo em termo de qualidade de palatividade que se deseja alcançar para o produto em questão. Para sorvetes, nos Estados Unidos, o overrun máximo em cada categoria de nível de gordura é baseado nas limitações de peso dos requisitos de identidade padrão, ou seja, 4,0 libras por galão na faixa inferior de gordura, e 4,5 libras por galão em produtos com alto teor de gordura. Em outros países, as limitações de overrun raramente existem. Níveis de até 130% podem ser alcançados sem efeitos negativos sobre a qualidade da palatividade, manipulando as condições de congelamento e os tipos e quantidades de estabilizantes/emulsificantes. Em níveis mais elevados de overrun, existe um potencial crescente para o encolhimento e para a percepção de um corpo leve, fofo ou aerado. Comentários gerais sobre a formulação Como foi mostrado pela apresentação dos vários elementos mencionados, a formulação da composição de um sorvete envolve o balanceamento simultâneo dos efeitos de todos os Dr. Bruce W.Tharp B.SS., M.SS., Ph.D. em Ciências Alimentares, com especialização em Produtos Lácteos, palestrante do curso de sorvetes da Penn State University. componentes, de modo que as influências negativas de um componente sejam compensadas pela gestão do nível de algum outro componente ou grupo de componentes. Por exemplo, os efeitos negativos de um baixo nível de sólidos totais podem ser minimizados aumentando a funcionalidade do sistema estabilizante, gerenciando o seu tipo e nível. Bruce Tharp tem toda uma vida de envolvimento com as indústrias de laticínios e sorvetes. Desde suas primeiras experiências no negócio de sorvetes de sua família - a Tharp’s Ice Cream, em Shamokin, PA -, Bruce partiu para completar três diplomas acadêmicos em Ciências Alimentares, com especialização em Produtos Lácteos. Após exercer cargos letivos e de pesquisa na Universidade de Wyoming e na Universidade Estadual de Ohio, Bruce passou 35 anos gerenciando os aspectos técnicos das duas maiores e mais modernas fornecedoras de ingredientes para sorvetes e laticínios do mundo. Foi Diretor Técnico Internacional da Germantown International Limited. Forneceu serviços técnicos para uma vasta gama de empresas de sorvetes e laticínios ao redor do mundo, incluindo desenvolvimento de produtos, garantia de qualidade, solução de problemas, avaliação sensorial e programas educacionais concentrados em empresas específicas. Desenvolveu métodos sofisticados de geração e interpretação de dados objetivos a respeito da estrutura de sobremesas geladas, assim como seu comportamento no freezer e durante seu endurecimento, distribuição e derretimento. Concebeu e desenvolveu programas de computador para o cálculo da quantidade de água congelada em sobremesas geladas em várias temperaturas, e a aplicação e análise de dados gerados para auxiliar o desenvolvimento de produtos, solução de problemas e avaliação dos efeitos de mudanças em composição. Apresentou numerosos ensaios em encontros técnicos e científicos nos seis continentes. Contribuiu com mais de 150 artigos técnicos para publicações do ramo, incluindo uma coluna técnica sobre sorvetes para o Dairy Foods. Através destas realizações, Bruce obteve reconhecimento internacional de seu conhecimento técnico e consolidou sua reputação de palestrante entusiasmado e talentoso em uma variedade de cursos, seminários, workshops e conferências técnicas ao redor do mundo. Hoje, Bruce Tharp tem presença obrigatória em todo e qualquer evento de porte ligado ao mundo sorveteiro. Há 25 anos é palestrante do curso de sorvetes da Penn State University, ministra cursos nas universidades de Wisconsin, de Maryland, da Califórnia e na Politécnica da Califórnia, em Rudgers, no Utah, etc. Finalmente, é co-organizador e apresentador do curso comercial “Tharp & Young: On Ice Cream”, junto com o Dr. Steven Young, da Steven Young Worldwide. O Dr. Bruce Tharp é presidente da Tharp’s Food Technology.