Trabalho Submetido para Avaliação - 17/09/2012 23:27:38 PRESENÇA DE SINTOMA DE CONSTIPAÇÃO INTESTINAL EM ESCOLARES. JULIANA GUSMAN DE SOUZA ([email protected]) / NUTRIÇÃO - CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO, SANTA MARIA - RIO GRANDE DO SUL ORIENTADOR: TEREZA CRISTINA BLASI ([email protected]) / NUTRIÇÃO - CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO, SANTA MARIA - RIO GRANDE DO SUL PRISCILA DA TRINDADE FLÔRES ([email protected]) / NUTRIÇÃO - CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO, SANTA MARIA - RIO GRANDE DO SUL VANESSA RODRIGUES PUCCI ([email protected]) / NUTRIÇÃO - CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO, SANTA MARIA - RIO GRANDE DO SUL ELLEN SANARA AITA FAGUNDES ([email protected]) / NUTRIÇÃO - CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO, SANTA MARIA - RIO GRANDE DO SUL Palavras-Chave: Constipação intestinal; Fibra alimentar; Relações mãe-filho. A constipação intestinal pode, assim, ser definida por uma frequência fecal menor que três vezes por semana, mas é melhor definida como a ocorrência de evacuações dolorosas e eliminadas com esforço. Em algumas crianças a constipação se desenvolve gradualmente como resultado de uma progressiva diminuição da freqüência das evacuações e um aumento progressivo da dificuldade na passagem de fezes excessivamente endurecidas. A motilidade colônica lenta intrínseca e o comportamento da criança em reter fezes, devido às evacuações dolorosas de fezes calibrosas, são fatores que contribuem para o estabelecimento da constipação (LOENING-BAUCKE VA, 1993) A constipação intestinal é manifestação freqüente em pediatria, sendo comumente de baixa morbidade, no início. De modo geral, pouco chama a atenção dos pais, o que pode levar ao diagnóstico tardio, atraso no início do tratamento e ao agravamento do quadro (MAFFEI et. al., 1994). O fator alimentar é importante na gênese da constipação e a dieta pobre em fibra alimentar, que constitui o foco de maior interesse, especialmente, por sua importância na prevenção e no tratamento da constipação (MORAIS; MAFFEI, 2000). O objetivo deste estudo foi verificar a presença de dor no processo de evacuar como sintoma de constipação intestinal em escolares. O presente trabalho possui delineamento transversal e foi realizado em duas turmas de 2° ano de escola pública do município de Santa Maria (RS). As atividades foram autorizadas pelos responsáveis da escola, no período de junho de 2012, obtiveram a aprovação das professoras e escolares envolvidos. A coleta dos dados foi realizada em um único dia, as crianças da amostra são de ambos os sexos e regularmente matriculadas, perfazendo um total de 18 escolares. Para a análise estatística, todos os alunos responderam a um questionário contendo quatro perguntas, com respostas direcionadas de multipla escolha de acordo com a metodologia de Maffei, et. al., 1997. Após a coleta de dados, foi realizada a tabulação dos dados na planilha eletrônica, os resultados são apresentados em freqüência relativa simples Excel. Dos 18 participantes, 8 são do sexo masculino e 10 são do sexo feminino, com média de idade 7,6±0,9 anos. Os resultados evidenciam que, n2(20%) das meninas e n1(12,5%) dos meninos referem sempre sentir dor ao evacuar, seguidos de n2(20%) das meninas e n2(20%) dos meninos referem às vezes sentir dor ao evacuar e n6(60%) das meninas e n5(62,5%) dos meninos referem nunca terem sentido dor ao evacuar. Verificou-se alta prevalência de dor ao evacuar entre os ecolares avaliados, onde em 3 dos 8 meninos e 4 da 10 das meninas relataram sentir desconforto ao evacuar. Em estudo realizado por Maffei, et. al.,1997, foi alta a prevalência de constipação intestinal detectada em escolares de Botucatu, através dos critérios avaliados. Onde encontraram mínimo 1/4 dos meninos e 1/3 das meninas apresentavam constipação pelos critérios de pesquisa adotados, sendo a diferença entre os gêneros significante. De acordo com os resultados obtidos pode-se concluir que a prevalência de dor ao evacuar como sintoma de constipação foi alta entre os ecolares avaliados. Pode-se observar que a prevalência é maior entre as meninas, diante do exposto há uma relevante preocupação em relação ao desconhecimento dos pais em relação à esse sintoma apresentado pela criança, o que pode levar ao diagnóstico tardio e ao agravamentodo quadro. Isso evidencia que é de fundamental importância que haja no ambiente escolar conscientização sobre os diversos assuntos, inclusive o tratado neste estudo e também intervenções nutricionais, visando a promoção de conhecimento e a adoção de hábitos saudáveis, como o consumo de frutas e hortaliças que comprovadamente auxiliam na prevenção e tratamento da constipação intestinal. REFERÊNCIAS: LOENING-BAUCKE VA; Chronic constipation in children; Gastroenterology; 105; 1557-1564; 1993. MAFFEI, HVL; MOREIRA, FL; OLIVEIRA JR, WM; SANINI, V; Constipação intestinal em escolares; Jornal de Pediatria; 73; 340-4; 1997. MAFFEI, HVL; MOREIRA, FL; KISSIMOTO, M; CHAVES, SM; EL FARO, S; ALEIXO, AM; História clínica e alimentar de crianças atendidas em Ambulatório de Gastroenterologia Pediátrica (GEP) com constipação intestinal crônica funcional (CICF) e suas possíveis complicações; Jornal de Pediatria; 70; 280-6; 1994. MORAIS, MB; MAFFEI, HVL.; Constipação intestinal; Jornal de Pediatria; 76; s147-s156; 2000.