A História da Língua
Portuguesa
Dos romanos a Camões
Organograma da Língua
Indo - europeu
Grupo Itálico
Latim
Latim Arcaico
Latim Vulgar
Romance
Romance Ocidental
Português
Português Brasileiro
2000 a.C
O surgimento do Latim Arcaico ( séc. VII
a.C. até o fim do séc. II a.C.)
•
Deslocamento dos povos
indo – europeus para a
região do Lácio;
• LÁCIO: (do Latim
Latium), onde se
encontrava o povo
romano.
2000 a.C
O surgimento do Latim Arcaico ( séc. VII
a.C. até o fim do séc. II a.C.)
ROMANOS:
• Agricultores e criadores
de animais;
• Habitavam região
vizinha ao norte dos
etruscos e ao sul dos
gregos;
2000 a.C
O surgimento do Latim Arcaico ( séc. VII
a.C. até o fim do séc. II a.C.)
ROMANOS:
•Entre 700 a.C e 500 a.C.:
construção da cidade Roma;
•Os latinos falavam latim arcaico;
•Formaram um dos mais
formidáveis impérios do mundo.
500 a.C
O Latim domina a Península Itálica
• 500 a.C.: início da
expansão latina;
• 270 a.C.: domínio cultural e
lingüístico da Península
Itálica;
•Período da criação da escrita
padronizada;
500 a.C
O Latim domina a Península Itálica
•Registros de documentos;
•Textos literários, como os
de Cícero que se tornaram
imortais;
400 a.C
A língua da expansão – o latim vulgar
Em Roma, falava – se:
• O latim culto: utilizado na política, nos documentos do
império, no texto de ciências e artes;
• E o latim vulgar, falado nas ruas pela maior parte da
população, em geral analfabeta.
O latim vulgar
Latim vulgar (em latim, sermo vulgaris);
• É um termo empregado para designar os dialetos
vernáculos do latim falado principalmente nas províncias
ocidentais do Império Romano.
• Considera-se que tenha perdurado até o século IX
aproximadamente, ou seja, até a diferenciação das
línguas românicas.
O LATIM VULGAR
curiosidades
Comparação
Anfiteato em Pompéia
Arena em Cartago 300 a.C
Latim Vulgar - A Importância dos Grafitos
de Pompéia
• Comunicação pictográfica formal : sistema primitivo
de escrita em que se exprimiam as idéias por meio de
cenas figuradas ou simbólicas;
•
Comunicação para o público: escrita em qualquer
suporte (muro, pedra, madeira, etc.);
• Os grafitos de Pompéia não são as primeiras
manifestações de escrita alternativa.
Latim Vulgar - A Importância dos
Grafitos de Pompéia
Os graffiti (grafitos em
italiano) têm grande
importância para a história
da sociedade romana do
século I, mas para a
Filologia estas inscrições
foram importantes porque
contribuíram para o
conhecimento do latim
vulgar.
Latim Vulgar - A Importância dos Grafitos
de Pompéia
As paredes da parte nobre da cidade (Fórum) funcionavam
como jornais murais para informar a comunidade. Estavam
cobertas de grafitos com temas diversos.
Latim Vulgar - A Importância dos Grafitos
de Pompéia
• Foram encontrados cerca de 10.000 dessas
manifestações populares. Algumas de caráter
pornográfico, outras de provocação a desafetos, muitas
como propaganda política e tantas e tantas declarações
de amor.
• Vejamos alguns grafitos:
Propaganda Política
•“Peço seu voto para eleger Gaius Julius Polybius duúnviro
vereador. Ele tem bom pão”.
•“Os ladrõezinhos apóiam Vatia para vereador”.
•“ Os adoradores de Ísis unanimemente querem a eleição de
Guacus Helvius Sabinus vereador.”
Esportes
“Vinte pares de gladiadores de Decimus Lucretius Satrius
Valens, sacerdote vitalício de Nero filho de César Augusto,
e dez pares de gladiadores de Decimus Lucretius Valens,
seu filho lutarão em Pompéia nos dias 8,9,10,11 e 12 de
abril. Haverá um programa completo de lutas com feras e
toldos (para os espectadores) Aemilius Celer (pintou)
sozinho ao luar”.
Declarações de Amor
“Marcus ama Spendusa”.
Marcus ama Spendusa.
“Cornelia Hele amatur ab Rufus”.
Cornelia Hele é amada por Rufus.
“Quisquis amat valeat”.
Boa sorte a quem quer que ame!
Outros
“Lucrum gaudium”.
O lucro é felicidade.
“Pituita me tenet”.
Peguei um resfriado.
“Virgula Tertio suo: indecen es”.
Virgula ao seu Tertius: Você é um inconveniente.
“Suspirum puellarum Cedalus thraex”.
Cedalus, o trácio, faz as garotas suspirar.
“Oppi, emboliari, fur, furuncule”.
Oppius, palhaço, ladrão, ladrãozinho.
200 a.C
Latim, língua 0ficial do Império Romano
• Domínio das regiões em volta do Mar
Mediterrâneo.
• Em seguida, quase toda a Europa.
• O latim difundiu a escrita entre os povos que não a
conheciam e, por séculos, lhe impuseram o
domínio.
200 a.C
Latim, língua 0ficial do Império Romano
400 a.C – A Península Ibérica
A Ibéria era habitada por povos:
• Celtas ao Norte;
400 a.C – A Península Ibérica
A Ibéria era habitada por povos:
• Celtíberos na região central;
400 a.C – A Península Ibérica
A Ibéria era habitada por povos:
• Íberos no sul;
400 a.C – A Península Ibérica
A Ibéria era habitada por povos:
• Na costa mediterrânea os Gregos e os Fenícios.
Guerras Púnicas
• Na primeira guerra: Roma toma a Sicília;
Guerras Púnicas
•Obtém a hegemonia no mediterrâneo central;
Guerras Púnicas
•Os cartagineses passam a olhar a Península Ibérica;
• Buscam minerais e soldados;
Guerras Púnicas
• Fundam Cartago Nova;
A Invasão da Península Ibérica
• PERÍODO: século III a.C
• MOTIVO: a Hispania era
uma região abundante em
riquezas minerais.
• Os romanos passaram a
se interessar pela região.
• A invasão romana da
Península Ibérica iniciouse no contexto da
Segunda Guerra Púnica
(218-201 a.C.). Cartago X
Roma.
Mapa da Localização de Cartago
A Segunda Guerra Púnica
• Início: 218 a.C: os romanos e os cartagineses travam
duras batalhas para dominar o comércio da região da
Península Ibérica;
• Sobre os cartagineses:mais experiência naval;
Cartago já havia dominado as regiões que hoje são a
Espanha e Portugal;
• Sobre os romanos: melhores tropas de infantaria.
A Segunda Guerra Púnica
• Guerra: cartagineses invadem Sagunto;
• Os romanos tomam isso como desculpa para atacar;
• Tropas cartaginesas: General Aníbal; 50 mil soldados;
37 elefantes.
• Parte da tropa não resistiu, mas Aníbal entrou na
Península Itálica em 217 a.C.
• Percurso: caminharam 190 quilômetros cruzando os
Alpes no inverno.
A Segunda Guerra Púnica
• Roma: atraca sessenta e nova embarcações no porto
de Ampúrias, atual Tarragona e estabelecem seu centro
de operações. O s habitantes da Península dividem-se
entre Cartago e Roma;
• Roma não esperava por esse ataque;
• Os romanos perderam a batalha;
• Aníbal não conseguiu invadir Roma;
• A cidade teve condições de se reerguer e contra-atacar.
Mapa da 2 Guerra Púinica
A Segunda Guerra Púnica
• Em 212 a.C, o cônsul Marcelo toma Siracusa e expulsa
os cartagineses das terras de Cápua e Campânia;
• O General Públio Cipião, o Africano, passa a comandar
novas legiões em nova incursão;
• Em menos de dez anos derrota completamente os
cartagineses;
• Uma coisa era vencer a Cartago e outra bem distinta era
conquistar a Península, o que somente ocorreu após
quase dois séculos.
A Segunda Guerra Púnica
• Cartago não estava completamente exterminada e
recuperava-se aos poucos;
• Tornava-se novamente um incômodo para Roma.
A terceira Guerra Púnica
•
Ano de 149 a.C inicia-se a III Guerra Púnica;
•
Em cerca de três anos, os habitantes do norte - africano
foram massacrados pelas legiões comandadas por Cipião
Emiliano, filho adotivo do lendário Cipião, o Africano;
•
Com essa derrota Cartago passa a ser apenas mais
uma província da Península Ibérica;
•
Os romanos provam que não admitem derrota e são
implacáveis contra seus inimigos.
Guerras internas na Península
•Houve outras guerras internas, por exemplo, a resistência
Lusitânia (atuais Espanha e Portugal);
• Roma inicia uma guerra sangrenta para expandir seus
domínios na Península Ibérica;
• Queria consolidar seus territórios;
• A Lusitânia parecia ser um local estratégico para evitar
Invasões africanas à Europa;
• Os lusitanos contavam com o General Viriato,
homem decidido a barrar as legiões romanas;
Guerras internas na Península
• Viriato liderou os exércitos locais no período entre 147 a
139 a.C;
• Venceu muitas batalhas sobre Roma;
• Os nativos tinham um modo próprio de lutar;
• Preferia as guerrilhas e emboscadas às batalhas em
campo;
Guerras internas na Península
• Era um grande obstáculo para os generais romanos;
• Tornou-se uma lenda para seu povo;
• Os romanos derrotaram a Viriato, contratando um
assassino e traidor lusitano.
Guerras internas na Península
• Em 58 a.C a tentativa de ocupação do território de Gália
(atual França);
• Os hélvicos comandados por Vercingetórix principal
(líder das tribos celtas), e os romanos por o general Júlio
César (100 a.C a 44 a.C).
• Uma das mais sangrentas guerras;
• Derrotas célticas;
• Os romanos cercam e invadem a cidade de Avericum;
Guerras internas na Península
• Morreram mulheres, crianças e idosos;
•
De um povo de 40.000,00 restaram apenas 800.
• O General Vercingetórix, agrupou inúmeros rebeldes
celtas e fez para si um exército que tinha por objetivo
destruir Roma.
• Grandes combates seqüenciaram-se;
• O alimento da esquadra de Vercingentórix acabara;
• Ele entregara as armas e se rendera;
Guerras internas na Península
•Ele foi levado para Roma como troféu de guerra. Isso
ocorreu no período de 58 à 51 a.C.
• No ano de 56 a.C, as províncias estavam divididas
administrativamente assim:
HISPÂNIA CITERIOR E HISPANIA ULTERIOR
OBSERVAÇÃO: AINDA ERA ÉPOCA DA REPÚBLICA
ROMANA
Hispania
• Hispania: nome dado
pelos antigos romanos a
toda a Península Ibérica
e às duas provícias criadas
posteriormente durante a
República Romana:
Hispânia Citerior;e
Hispânia Ulterior.
Hispania – Primeira divisão provincial
HISPANIA ULTERIOR:
compreendia a atual
Andaluzia, Portugal,
a Extremadura, a
província de Leão,
grande parte da
antiga Castilla la
Vieja, a Galiza,
Astúrias, Catábria e
o País Basco.
•
HISPANIA
CITERIOR:
compreendia a
parte oriental da
antiga Castilla la
Vieja e as atuais
Aragão, Valência,
Catalunha e a maior
parte da antiga
Castilla la Nueva.
• Ano de 27 a.C:
• General Marcus Vipsanius:
reorganizou a Península em
três partes:
• Hispania Citerior
• Hispania Ulterior
• Tarraconense
• Essa reorganização foi
consagrada pelo Imperador
Cesar Augusto.
Hispania Ulterior
• Hispania Ulterior Baetica;
capital : Córdoba.
O rio Anas, ou Annas (atual Guadiana, de Wadi-Anas)
separavam a Hispânia Bética da Lusitânia;
• Hispania Ulterior Lusitania:
Capital:Emerita Augusta (atual Mérida);
Excluídas a Galécia e as Astúrias;
Hispania Citerior
•Hispania Citerior:
 Capital: Tarraco (atual Tarragona).
Com o tempo, a província ganharia importância e
seria conhecida apenas porTarraconensis
(Tarraconense);
 Compreendia a Galécia (atual Galisa);
 Compreendia norte de Portugal e Astúrias.
Segunda Divisão - Divisão provincial de
Augusto
• Províncias imperiais: governador
nomeado pelo Imperador;
 Províncias Tarraconense
e Lusitânia;
• Província senatorial: governador
nomeado pelo Senado;
 Bética: região menos conflituosa.
Terceira divisão - Divisão provincial de
Diocleciano
• A parte ocidental
da Tarraconense foi
desanexada:
 Primeiro como
Hispânia Nova;
Depois recebeu o nome de Gallaecia (ou
Galécia, hoje Galiza),durante a tetrarquia.
O processo de romanização
• Na península Ibérica, a Romanização iniciou-se no século
III a.C. e ocorreu concomitantemente com a conquista.
• Essa romanização dá-se mais fortemente em locais
acerca de Tarragonia do que no norte da Península.
• Não se deu de igual forma em todas as regiões.
• Para esse processo de aculturação foram determinantes a
fundação de inúmeras cidades e a expansão do latim.
Romanização - língua
PROCESSOS:
•O povo conquistado é obrigado a aceitar a língua de seus
conquistadores como oficial;
• Assim, o Latim expandiu junto com as conquistas das
legiões romanas;
• Mistura da língua local com o Latim;
• Após certo tempo o Latim do Lácio já não era igual ao do
Sul da Península Ibérica.
Fatores de diferenciação
Verificações de alguns fatores:
1. a cronologia da romanização: início no século III a.C;
2. o tipo de romanizador: soldados, mercadores,
empregados do Estado como membros e escravos
capturados em guerras;
•
Essas classes eram menos instruídas e por essa
razão foi o latim vulgar e não o literário a ser
expandido.
Fatores de diferenciação
Verificações de alguns fatores:
3. As línguas pré-românicas: em cada região conquistada
havia uma língua anterior:
•Celtas: falavam-se o idioma céltico;
o povo celta deixou uma grande contribuição
vocabular;
 ainda hoje usamos palavras de substrato céltico
como: “cabana (cappana ), cerveja (cervisia), etc.
Fatores de diferenciação
 Comentários: Francisco da Silveira Bueno, A
Formação Histórica da Língua Portuguesa, diz que:
“Em documentos antiqüíssimos encontra Leite de
Vasconcelos os antroponômios Cominius, Gallus,
Lobesa, (...)Lovesa, Cantius, Tonquios, Reburrus,
Adminius, Viriatus, Medamus, Rectygenus, embora
pareçam latinos pela terminação, encerram todos em
elementos celtas de formação.”(p.5)
Fatores de diferenciação
• Fenícios e cartagineses: quase há
contribuições fenícias ou cartaginesas, já que
ambas centravam-se na região da costa do
Atlântico de Espanha e não certamente não
mantinham comércio com Algarves. Poucas,
pois, são as palavras dessas origens que
contribuem para a comunicação cotidiana dos
falantes de português.
Fatores de diferenciação
• Gregos: o latim incorporou inúmeras palavras recebidas
da Magna Grécia.
 Esses empréstimos ocorreram em três fases:
Primeira: os latinos transcreviam algumas
consoantes gregas aspiradas como surdas simples;
 Segunda: o latim adequou às aspiradas gregas
segundo a roupagem da Grécia;
 Terceira: o triunfo do cristianismo; o grego atinge as
línguas românicas por meio do latim. Caracteriza-se: o
valor do i atribuído ai ditongo ei, oi às vogais ê, y.
A HISTÓRIA DE PORTUGAL
Formação de Portugal
• Portugal está situado na faixa ocidental da Península
Ibérica;
• Formação:
 conseqüência da Reconquista (processo de retomada
pelos cristãos das terras que foram conquistadas pelos
mouros na Península Ibérica no século VIII);
Mouros: nome genérico dado aos povos: sírios,
árabes,
mouros
(da
Mauritânia)
convertidos à Fé Islâmica;
e
turcos;
todos
Formação de Portugal
• Os povos que antes habitaram a Península Ibérica
deixaram suas marcas:
 Na cultura;
 No idioma;
 Na religião.
Por exemplo os romanos, como o idioma latino.
Latim como base do galaico-português,
falado nas regiões ao norte e ao sul do Rio
Minho.
Formação de Portugal
• Inicia-se um período de inúmeras batalhas da
guerra
de reconquista e assim inúmeros reinos
foram-se:
• Reinos:
Leão;
Castela;
Navarra;
 Aragão.
Formação de Portugal
•
Reino de Leão: pertencia o Condado
Portucalense, território que se estendia do Rio
Lima, ao norte, até a região de Coimbra, ao
sul, tendo ao centro as terras banhadas pelo
Rio Douro.
História de Portugal
• A origem de Portugal está ligada à história de dois
casamentos e ao condado Portucalense.
• Final do século XI: o norte da Península era
governado pelo rei Afonso VI;
História de Portugal
• As ações do Rei:
Luta pela expulsão dos muçulmanos;
 Cavaleiros para lutar contra os mouros:
 Dois nobres do ducado de Borgonha:
Raimundo e seu primo Henrique.
D. Afonso VI tinha duas filhas: Urraca, filha legítima
e única herdeira, e Teresa, filha bastarda.
Mapa da formação de Portugal
História de Portugal
Casamentos:
 Raimundo com Urraca: dote o governo da
Galiza (que incluía o Condado Portucalense)
 Teresa com Henrique: dote o governo do
Condado Portucalense. (após muitos fracassos
militares de D. Raimundo contra os mouros, Afonso
VI decidiu dar em 1096 ao primo deste, o Conde D.
Henrique, o governo das terras mais a sul do
Condado da Galiza, fundando assim o Condado
Portucalense).
História de Portugal
•
D. Henrique de Borgonha:
 Lutou contra os mouros;
 E anexou novos territórios a
seu condado.
 Morreu em 1112;
 A regência
passa
para
D.
Teresa, durante a menor idade de
seu filho D. Afonso Henriques.
História de Portugal
•
Independência do Condado Portucalense: em 1128,
Afonso Henriques;
•
Início de um longo período de lutas com as forças do
reino de Leão;
•
Em 1143, pelo convênio de Zamora, Afonso VII, filho
de D. Raimundo e Urraca, rei da Espanha, concedeu a
Afonso Henriques o título de rei de Portugal.
O primeiro rei de Portugal
• D. Afonso Henriques VII ( 1109- 1185):
• Filiação: D. Teresa e Conde D. Henrique;
• Nasceu em 1109;
•
1132 e 1135: invasão da terra galega;
•
Mandou na Galiza to castelo de Celmes,
• Afonso Henriques: defendeu o sul da
Leiria, cercada pelos Mouro.
O primeiro rei de Portugal
• Acordos de paz sob pesadas condições, pactuada com o
rei de Castela;
• Foi aclamado imperador em Leão.
• Morreu em 1185, aos 75 anos e foi sepultado em Santa
Cruz de Coimbra;
• No século XII, os muçulmanos dominavam somente o sul
de Portugal;
• Assume o trono, D. Sancho I, o seu segundo filho.
D. Sancho I
• D. Sancho I
História de Portugal
• Mapa das consquistas de Afonso Henriques e
sucessores:
História de Portugal
• O Reino de Portugal estabelece-se ao sul;
•1255: instalação do centro cultural em Lisboa e
Coimbra;
• 1290: Fundação da Universidade de Lisboa;
•1308: Transferência da Universidade para Coimbra.
História de Portugal
• D. Afonso VI e seus cinco sucessores
anexaram terras que juntas perfazem cerca
de 3 vezes o território inicial.
• Em 1249-1250, o domínio de Algarve;
• Conquista da área costeira que se estende
até o rio Minho:
obtenção das terras de Ribacoa e dos
castelos da margem esquerda da
Guadiana;
D.Dinis alcançou esse território em 12
de setembro de 1297 com a assinatura
do Tratado de Alcanices.
O SURGIMENTO E ETAPAS DA LÍNGUA
PORTUGUESA
Conforme a formação e contexto
histórico de Portugal.
O ROMANÇO
O período do Romance (600 – 1000)
• O romance loqui, expressão utilizada pelos romanos
para designar o latim vulgar;
• Romance: língua intermediária entre o Latim Vulgar e as
futuras línguas românicas;
• Não há conhecimentos detalhados sobre esse período,
sabe-se apenas que:
 Variava conforme a região;
 Não podia ser considerado Latim, já que era diferente
daquela língua falada em Roma;
O período do Romance (600 – 1000)
 Variava quanto ao tempo:
 Na França ficou até cerca de 800, data do
surgimento do primeiro documento francês;
 Na Ibéria, permaneceu até 1100, por razão não
sabida;

Romance da Alta Idade Média: divide-se em dois
grupos:
 România Oriental;
 România Ocidental;
O período do Romance (600 – 1000)
• Romance Oriental: desenvolvido na região da Itália,
Romeno e Sardo;
• Romance Ocidental: falado na região da França, (...) e
Portugal;
• Este está subdivido em:
 Galo-România: de onde provêm, por exemplo, o
Francês;
 Íbero-România: a que deu origem ao Português;
Castelhano e Galego;
O período do Romance (600 – 1000)
• Segundo Ataliba Teixeira de Castilho (lingüísta e
professor da Universidade de São Paulo:
O PERÍODO DO ROMANCE (600 – 1000)
“O século V marca o início do Romanço- período que
se estende até o começo do século IX, em que ocorre a
grande diferenciação do latim em uma
multidisciplinaridade de falares. Trata-se de uma fase
de transição, que resulta no aparecimento de textos
escritos nas diversas línguas românicas. Dentre esses
falares intermediários, é o romanço Lusitânico, bastante
inovador, o que nos interessa principalmente”.
(Mattoso Câmara)
O período do Romance (600 – 1000)
Final do Romance: movimento da Reconquista.
Objetivo: expulsão dos mouros, o que só ocorreu no
século XV.
O GALEGO-PORTUGUÊS
1000 d.C - O surgimento do
galego - português
• Segundo a autora Mattos e Silva o Português Arcaico
passa por duas fases:
 Primeira fase: o Galego Português – 1110 a 1350;
Segunda fase: Português Arcaico – 1350 a 1540.
1000 d.C - O surgimento do
galego - português
• No Reino Portucalense falava – se o galego –
português, que deu origem à língua portuguesa.
• O galego-português apareceu durante o século XII e
XV;
• Em documentos oficiais da região de Galiza como em
obras poéticas;
• Os primeiros documentos em galego datam do século
VIII, o testamento de Afonso II, em cerca de 1214.
Documentos do galego - português
• As primeiras obras literárias também datam do início
do século VIII, são cantigas e estão dividias em quatro
partes:
Cantigas de amor: eu-lírico masculino;
Cantiga de amigo: eu-lírico femino;
Cantiga de escárnio: sátirica e grosseira;
Cantiga de mal dizer: maledicente e grosseira.
D. Dinis
•Foi o sexto rei de Portugal;
•Filiação: D. Afonso III e da infanta
Beatriz de Castela;
•Em 1279: aclamação em Lisboa;
•Foi chamado:
O Lavrador ou O Rei-Agricultor;
O Rei-Poeta ou O Rei-Trovador;
 Compôs Cantigas de Amigo e
de Amor ;
 Desenvolveu a poesia
trovadoresca.
D. Dinis
• Distribuição de suas cantigas em:
• 73 cantigas de amor;
• 51 cantigas de Amigo;
•10 cantigas de escárnio e maldizer;
•Músicas.
Cantiga de amigo – D. Dinis
Ai flores, ai flores do verde
pinho
se sabedes novas do meu
amigo,
ai deus, e u é?
Ai flores, ai flores do verde
ramo,
se sabedes novas do meu
amado,
ai deus, e u é?
Se sabedes novas do meu
amigo,
aquele que mentiu do que
pôs comigo,
ai deus, e u é?
Se sabedes novas do meu
amado,
aquele que mentiu do que
me há juradoai deus,
e u é?
(...)
Música de D. Dinis
Praz-m' a mi, senhor, de
moirer
e praz-m' ende por vosso mal,
ca sei que sentiredes qual
míngua vos pois hei-de fazer;
ca nom perde pouco senhor
quando perde tal servidor
qual perdedes em me perder.
E, pero que hei-de sofrer
a morte mui descomunal,
com mia mort'oimais nom
m'em cha,
por quanto vos quero dizer:
ca meu serviç'e meu amor
será-vos d'escusar peior
que a mim d'escusar viver.
E com mia mort' hei eu prazer
porque sei que vos farei tal
míngua qual fez homem leal
o mais que podia seer
a quem ama, pois morto for;
e fostes vós mui sabedor
d'eu por vós a tal mort'haver.
E certo podedes saber
que, pero s‘ o meu tempo sal
per morte, nom há já i al
que me nom quer end'eu doer
porque a vós farei maior
míngua que fez Nostro Senhor
de vassal'a senhor prender
D. Afonso Sanches
• Trovador do final do século XIII e início do século XIV;
•Filho bastardo do rei D. Dinis com sua amante favorita, D.
Aldonça Rodrigues da Telha;
• Como trovador, deixou-nos 15 cantigas, em galegoportuguês;
• No século XV, dará origem a duas línguas distintas: o
galego e o português.
Documentos do galego - português
1214 Junho 27
Testamento de D. Afonso II.
Linha 1
En'o nome de Deus. Eu rei don Afonso pela gracia de Deus
rei de Portugal, seendo sano e saluo, temëte o dia de mia
morte, a saude de mia alma e a proe de mia molier raina
dona Orraca e de me(us) filios e de me(us) uassalos e de
todo meu reino fiz mia mãda p(er) q(ue) de
Documentos do galego - português
Linha 2
pos mia morte mia molier e me(us) filios e meu reino e
me(us) uassalos e todas aq(ue)las cousas q(ue) De(us) mi
deu en poder sten en paz e en folgãcia. P(ri)meiram(en)te
mãdo q(ue) meu filio infante don Sancho q(ue) ei da raina
dona Orraca agia meu reino enteg(ra)m(en)te e en paz.
E ssi este for
Documentos do galego - português
Linha 3
morto sen semmel, o maior filio q(ue) ouuer da raina dona
Orraca agia o reino entegram(en)te e en paz. E ssi filio
barõ nõ ouuermos, a maior filia q(ue) ouuuermos agia'o ...
Documentos do galego - português
Documentos do galego - português
Cantiga de Amor em galego
A dona que eu am’ e tenho por senhor
amostrade-mh-a, Deus, se vos em prazer for,
se non dade-mh-a morte.
A que tenh’ eu por lume d’ estes olhos meus
e por que choran sempr’ , amostrade-mh-a, Deus,
se non dade-mh-a morte.
Essa que vós fezestes melhor parecer
de quantas sey, ay Deus!, fazede-mh-a veer,
se non dade-mh-a morte.
Ai, Deus! qui mh-a fezestes mays ca mim amar,
mostrade-mh-a u possa com ela falar,
se nom dade-mi-a morte.
O cancioneiro da Ajuda
Foto tirada no museu da
Língua Portuguesa
Tradução
O declínio do galego-português
•A partir do século VXI, com o domínio de Castela,
introduz-se o castelhano como língua oficial;
•O galego tem sua importância relegada ao plano
secundário.
PORTUGUÊS MEDIEVAL
Origem da Língua Portuguesa o Português arcaico
• O português nasceu no noroeste da Península Ibérica;
• No século VIX separa-se do galego;
• Inicia-se com a independência de Portugal (1185) e
consolidar-se-á com a expulsão dos mouros em 1249 e
com a derrota em 1385 dos castelhanos que tentaram
anexar o país.
Origem da Língua Portuguesa o Português arcaico
A Demanda do
Santo Graal
•Um dos textos mais
antigos conhecidos
do português
medieval ou arcaico.
D. Duarte de Portugal
• Filiação: João I de Portugal e Filipa de Lencastre.;
•Sucedeu a seu pai em 1433;
•Foi chamado O Eloquente ou O Rei-Filósofo;
•Interessava-se por cultura e conhecimento;
•Escreveu vários livros de poemas e sobre caça e
também o tratado político O Leal Conselheiro.;
•Seu reinado durou apenas 5 anos;
• Convidou Fernão Lopes para se guarda mor da
Torre do Tombo.
D. Duarte de Portugal
• Fez dele cronista maior do Reino;
•Estava preparando uma revisão do código civil
português quando a doença o vitimou.
As crônicas de Fernão Lopes
• Em 1418, Fernão Lopes foi designado pelo Rei D.
Duarte para o cargo de guarda-mor da Torre do Tombo;
• Escreveria crônicas sobre os reis a primeira dinastia;
• Executou esse trabalho com afinco:
 Interrogou testemunhas;
 Levantou documentos, etc.
As crônicas de Fernão Lopes
• Tinha estilo espontâneo, quase coloquial;
• Apresenta-se como um historiador seguro;
• Da vasta obra que redigiu, restaram apenas três:
 Crônica d’El Rei D. Pedro;
 Crônica d’El Rei D. Fernando;
 Crônica d’El Rei D. João I.
As crônicas de Fernão Lopes
• Abaixo trecho da Crônica de D. João I;
“Em outro dia pela manhã partiu o mestre daquela aldeia
u dormira, e começou de andar seu caminho, sem
trigança alguma desacostumada; e no caminho dizem
que descobriu o Mestre esta cousa a alguns seus,
convém a saber: o Comendador de Jerumenha, e a
Fernando Álvares (...)” p.49 PINHEIRO, Everaldo José
de Campos – Literatura Portuguesa, das origens ao
Arcadismo.
Gil Vicente
• Nesse período surgem autores como Gil Vicente;
• Nasceu entre os anos de 1470 e 1475, em local
desconehcido;
•Trabalhou na Casa da Moeda, como mestre de
balança;
Gil Vicente
•
No ano de 1503, nasce o D. João III:
 Monólogo do Vaqueiro ou Auto da Visitação;
 visitação: idéia Teocentrica (a visita de Deus na
Terra trazendo o Rei);
 Primeira vez que o Teatro sai da Igreja;
 Auto Pastoril Castelhano:
Apresentação em castelhano em homenagem a
Rainha;
 Os reis passaram a ser seus mecenas;
Gil Vicente
• Faz o balanço de duas épocas:
 Sociedade regida por normas inflexíveis;
 Sociedade subversora da antiga norma;
 Faz críticas sociais por meio de sua obra.
Gil Vicente
• Sua obra divide-se em três fases:
 A primeira, 1502 a 1509: predominantemente religiosa e
com tendência para o lirísmo;
 A segunda: apresenta o teatro, crítica social, mas ainda
um pouco ligado à religiosidade;
 A terceira: maturidade e grandes definições de
qualidades artísticas do poeta, sendo que suas obras
mais representativas são:
Trecho da Farsa de Inês Pereira
Trecho do Auto da Barca do Inferno
Gil Vicente
 Principal autor anterior a
Camões;
Incorpora em sua escrita
elementos populares;
•Tinha prestígio na corte, que
manteve o teatro vicentino
durante 34 anos.
Gil Vicente como normalmente é
representado
Gil Vicente
• Deve-se levar em consideração que nessa época:
 A poesia torna-se popular graças à imporensa;
 A poesia perde a música, mas não a musicalidade;
 Acaba-se o distanciamento: NÃO se escreve mais
para a nobreza;
 O sentimento não tem seletividade social, ou seja, as
classes não interferem;
 A primeira vez que o Teatro sai da Igreja.
Fim do português arcaico
• No século XIV surge a prosa literária em português, com
a Crónica Geral de Espanha (1344) e o Livro de
Linhagens, de dom Pedro, conde de Barcelos.
Crónica Geral de Espanha (1344)
PORTUGUÊS MODERNO
As grandes navegações
1400 – As grandes Navegações
1400 – As grandes Navegações
• Portugal ascende com as grandes navegações;
• Expande a Língua Portuguesa.
1400 – As grandes Navegações
• Portugal investe nas
navegações;
• O mar já não o separa de
canto algum.
1400 – As grandes Navegações
• Carta de poder concedida
a Cabral como capitãomor da armada de 1500.
1400 – As grandes Navegações
• Descobrindo novas terras, palavras foram incorporadas
ao léxico;
O Português Moderno
•
Século XVI: aparecimento das primeiras gramáticas:
 Definem a morfologia e a sintaxe;
•
A língua entra na sua fase moderna:
•
Os Lusíadas, de Luis de Camões (1572):
 O português já é muito próximo do atual;
 Após isso, as mudanças serão menores.
O Português Moderno
•
1580-1640: Portugal foi governado pelo trono espanhol;
•
O português incorpora palavras castelhanas, como
bobo e granizo;
Sobre essa passagem do português arcaico para o
português moderno, assim escreve Clarinda de Azevedo
Maia:
O Português Moderno
• "... é costume tomar alguns acontecimentos de caráter
extralingüístico para assinalar o fim do período arcaico
da língua portuguesa: o aparecimento do livro impresso,
em finais do século XV, que teve profundas
conseqüências culturais e lingüísticas, ainda não
suficientemente avaliadas; a expansão ultramarina, que
converte o português em língua de outros territórios,
depois de superadas as situações de conflitos de
línguas que se criaram paralelamente a situações de
conflitos culturais; o início da reflexão lingüística sobre o
português, empreendida por gramáticos, a partir de
Fernão de Oliveira que, em 1536, publica a Grammatica
da lingoagem portuguesa".
Primeiras Gramáticas – Fernão de
Oliveira
•
Por ordem cronológica, foi Fernão de Oliveira, o
primeiro a publicar, em 1536, a Grammática da
língoagem portugueza;
•
Forrava-se com citações de Varrão, Cícero,
Quintiliano;
•
Observador da pronúncia, notando já várias
diferenças dentro do país.
Primeiras Gramáticas
•Foi publicada em 1536 por Fernão de Oliveira;
• A obra apresentava 50 capítulos:
 A história da linguagem;
Noções de sintaxe;
 Destaque para os aspectos sonoros.
O seu conceito de gramática era clássico: "a arte
de falar e escrever corretamente".
Primeiras Gramáticas – Fernão de
Oliveira
Primeiras Gramáticas
•
Há plágio;
•
Fernão de Oliveira cita o próprio João de Barros em
sua gramática: “vem o fidalgo, reproduz a doutrina do
antecessor ampliando-a, certamente, mas nem sequer faz
alusão ao trabalho dele. Ao contrário, diz que é o primeiro
a publicar uma gramática. Assim farão depois os que se
forem servindo do trabalho de seus antecessores, mas
calando-lhes os nomes.”
Primeiras Gramáticas – João de Barros
•
João de Barros publica a sua Grammatica da língua
Portugueza em 1540;
•
Trata da ortografia;
•
Capítulo especial dedicado à “declinação dos nomes”,
como em latim;
•
Está ligado ao passado.
Luís Vaz de Camões
•
Nasceu entre 1524 e 1525 (não se sabe ao certo) ,
na cidade de Lisboa (outros afirmam que pode ter
nascido em Alenquer, Coimbra ou Santarém);
•
Filho de um nobre decaído;
•
Hipoteticamente, um nobre;
•
Freqüentador da corte de D. João III;
•
Isso contribuiu para sua formação intelectual;
•
Leu Petrarca;
•
Aprendeu a fazer um tipo de composição poética
com Ariolso;
Luís Vaz de Camões
• Engajou-se no exército por nutrir um amor proibido
pela princesa D. Caterina;
•Em 1547 partiu como soldado raso para Ceuta;
• Alguns dizem que ele perdeu um olho:
 Em combate;
Em duelo defendendo a honra de uma dama;
Olhando uma dama pelo buraco da fechadura
e ela percebendo cutucou o olho dele com um
palito de cabelo.
Luís Vaz de Camões
• Fez o percurso de Vasco da Gama, chegando a
Macau (China);
• Conheceu Dinamene e por ela se apaixonou;
• Foi enviado para a Índia (Dinamene foi junto);
 Em Goah, cuidava dos atestados de óbito;
 Começou a escrever os Lusíadas;
Não queria voltar para Portugal;
Luís Vaz de Camões
O retorno para Portugal
• O navio naufragou;
• Morre Dinamene, sobre esse caso existem algumas
versões:
 Primeira (mais conhecida): Camões preferira salvar
Os Lusíadas a Dinamene;
 Segunda: Camões colocara a obra dentro de uma
bolsa de couro impermeável, pois a maresia poderia
estragar o livro. O navio naufragou e a bolsa com a
obra boiou. O autor agarrara-se á bolsa e assim
pudera se salvar.
Luís Vaz de Camões
• Ele escrevera um soneto para a amada: Alma minha
gentil que te partiste;
• Desertou à Marinha;
• Completou Os Lusíadas em Portugal;
• Dedicou a obra ao Rei D. Sebastião;
• Recebe mesada do Rei, a qual mal lhe sustentava.
• Foi o primeiro sonetista;
• Maior poeta épico da Língua Portuguesa;
Luís Vaz de Camões
A língua sob modificações
• Na época em que Os Lusíadas foi escrito a língua
portuguesa passava por grandes modificações.
•Tentava-se aproximar o português do latim literário;
• Mexeu-se me todos os vocábulos latinos que se
pode, “dando assim ao português literário um cunho
inteiramente artificial e desusado, ao ponto de não
se mais reconhecido como língua materna pelo povo
que o não compreendia.” (Francisco da Silveira
Bueno).
Luís Vaz de Camões
A língua sob modificações
• “Nem
era só vocabulário, mas toda a sintaxe, o estilo
com figuras, com seus recursos muito bem regulados
pelos tratados de retórica já então conhecidíssimos, tudo
fazia do português literário de quinhentos, uma língua
muito diversa daquela, por exemplo, em que Gil Vicente
havia composto todo seu teatro popular.” (Francisco da
Silveira Bueno).
• (...) lingoa, na qual quando imagina,
com pouca corrupção crê que he a Latina.
(Lus. I – 33)
Luís Vaz de Camões
A língua sob modificações
•Obediência ao princípio latino da luta contra a rusticidade do
povo;
• Aparecimento de dois tipos de português: o popular e o
literário.
O português antes e depois de Luís de
Camões
• O estudo camoniano é de suma importância
para a compreensão da língua portuguesa;
• Camões: um dos primeiros a escrever no
que
é
classificado
como
“português
moderno”;Ele é o divisor entre a época
arcaica e moderna;
• Em Os Lusíadas, estrofe 33 do Canto I,
destaca-se a íntima relação entre o português
que se estruturava e o latim;
• Comparação à Cantiga da Ribeirinha, de
Paio Soares de Taveirós.
O português antes e depois de Luís de
Camões
Os Lusíadas
Cantiga da Ribeirinha
• Escrito em 1572;
•
• Português moderno;
• Galego-português;
• Vocabulário muito
• Léxico completamente
parecido com o
contemporâneo;
Escrito em 1189 - 1198
diferente;
O português antes e depois de Luís de Camões
Os Lusíadas, estrofe 33 do
Canto I
Vênus bela,
Afeiçoada à gente Lusitana,
Por quantas qualidades via nela
Da antiga tão amada sua
Romana,
(...)
E na língua, na qual quando
imagina,
Com pouca corrupção crê que é
latina.
Cantiga da Ribeirinha, de
Paio Soares de Taveirós
"No mundo nom me sei parelha,
mentre me for' como me vai,
ca ja moiro por vos - e ai
mia senhor branca e vermelha,
queredes que vos retraia
quando vos eu vi em saia!
Mao dia que me levantei, que
vos enton nom vi fea! "
"E, mia senhor, des aquel di' , ai!
me foi a mim muin mal,
e vós, filha de don Paai
Moniz, e ben vos semelha
d'aver eu por vós guarvaia,
pois eu, mia senhor, d'alfaia
nunca de vós ouve nem ei
valia d'ua correa".
Nomes
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•
Berenice Medeiros;
Carolina Dzimidas Alvarenga;
Ilana Neves Gonçalves;
Janierk;
Priscila Piccirillo Leite;
Vanessa Lucatto da Silva;
Viviane Baroni Luttke.
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A História da Língua Portuguesa