Entrevista feita pela Pg1 com nossa associada Sonia Maria Petri, enóloga e
professora no Centro Europeu no curso de sommelier.
- Como você iniciou sua carreira? Como foi feita a escolha por ela?
O início de minha carreira foi meio por acaso. Primeiro me interessei pela gastronomia, e
fui fazer cursos para aprender a cozinhar (não sabia fazer nada na cozinha), em Milão, até
chegar a ser chef de cozinha. Depois vi a necessidade de conhecer sobre vinhos para poder
escolher e harmonizar os pratos. E a profissão de vinhos tomou a frente da cozinha.
- Como foi essa trajetória?
Conheci meu marido 34 anos atrás, um italiano de Roma, que gosta muito de comer bem, e
já era um grande enófilo, foi ele quem me conduziu a provar e conhecer. E eu, para estar ao
nível dele, fui estudar.
Como surgiu a paixão por vinhos?
A paixão pela gastronomia, o meu marido que sabia e colecionava já muitos vinhos. A
surpresa foi o talento que descobri ter dentro de mim e nem sabia.
- Quais os maiores desafios enfrentados?
Essa profissão é um desafio cotidiano, pois deve-se estar sempre bem atualizado. Não tem
que ter preguiça de estudar e nem ter a pretensão de dizer que já se sabe tudo. É um
mundo onde a cultura é fundamental, e que está sempre em transformações, além de
chegarem novidades a cada dia. Então, cada dia é um desafio
- Atualmente, qual a sua relação e ligação com a Itália e mercado italiano?
Com a Itália, presto serviço para algumas empresas que querem abrir mercados no Brasil
no âmbito da gastronomia e vinhos. Com a experiência que tenho do mercado brasileiro,
paladar , cultura etc., posso conduzir a empresa interessada com os produtos que mais vão
se adaptar e ter uma aceitação melhor pelo público, e assim ganhar mercado. Sou também
formada em Marketing e Publicidade, e fiz uma especialização em gestão do mercado do
luxo.
- Para você, qual a importância da origem italiana?
Para mim, mais que importância é orgulho, é a terra dos meus avós. Cresci escutando
histórias de como se vivia na Itália, tanto é que quando fui viver lá, me senti
completamente em casa. Olha que vivi 27 anos...
- O que acha da relação Brasil-Itália para o setor no qual a empresa atua?
O Brasil neste momento é a bola da vez, para vários mercados. Em relação ao vinho,há
muito a ser explorado. Temos no Brasil um consumo muito baixo de vinhos, dois litros per
capita mais ou menos, contra 54 litros per capita na Itália. Então, para o vinho tem tudo a
ser feito. Para os produtos italianos, então, uma bênção! A gastronomia italiana é
incomparável na excelência dos produtos. Não existe lugar no mundo onde se come melhor
e mais saudável.
- Como começou o envolvimento com a Italocam?
Conheci o Sr. Gianluca Cantoni, secretário da Câmara, que me pediu conselhos sobre
vinhos, fizemos uma parceria com uma empresa italiana para um evento, juntamente com
Roberto Colliva, o então presidente. Gostei muito do envolvimento, para a gastronomia
italiana e vinhos. Sou professora do Centro Europeu no curso de sommelier, e acho que
como italianos podemos contribuir muito para que a gastronomia e produtos italianos
sejam bem valorizados. A cultura italiana deve ser preservada sempre. Por meio da
Câmara, isso é possível, além de ajudar o comércio da nossa Itália melhorar.
- Para você, qual a importância da Câmara para o estado e para o Brasil?
A Câmara é um referencial, no mundo. Quando alguém quer vender algo do próprio país,
procura a Câmara de comércio no lugar. É um ponto importantíssimo de início.
Nesta gestão principalmente estamos interagindo bastante, fazendo parcerias,
comunicando de maneira que possamos ajudar todos os italianos que queiram fazer
negócio no Brasil.
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Entrevista feita pela Pg1 com nossa associada Sonia Maria Petri