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Centro Hospitalar de Coimbra
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01.03.2011 - 10:28 Por Graça Barbosa Ribeiro
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Só o Centro Hospital de Coimbra optou por adoptar o genérico (Paulo
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Em causa, de acordo com o cirurgião Emanuel Furtado, está, em última análise, a possibilidade
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medicamentos em que a margem terapêutica - entre a dose eficaz e a dose tóxica - é muito
ESTATÍSTICAS
modo de preparação ou os excipientes sejam diferentes", exemplifica.
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É aquela condicionante que explica que seja desaconselhável a simples troca de medicamentos
de rejeição mais frequente e mais grave do órgão por parte dos doentes. "Estamos a falar de
estreita, o que faz com que o controlo do equilíbrio do doente seja muito complicado e exigente",
descreve. Para que aquele equilíbrio se desfaça, explica, é preciso muito pouco. "Basta que o
semelhantes do mesmo laboratório, mas com diferentes formulações; e que torna
"especialmente perigosa a sua substituição por um genérico que, para além do mais, nunca foi,
sequer, testado em crianças", avisa o médico. A situação é agravada, na sua perspectiva, pelo
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facto de os doentes que recebem o medicamento não estarem a ser sujeitos à monitorização
apertada que a mudança exigiria.
Emanuel Furtado, responsável pelos mais de 200 transplantes pediátricos feitos em Portugal,
http://www.publico.pt/Sociedade/troca-de-medicamento-por-generico-poe-em-risco-cri... 01-03-2011
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abandonou os Hospitais da Universidade de Coimbra há cerca de mês e meio, em ruptura com
a administração. Isto por, alegadamente, não estarem garantidas as condições necessárias à
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prossecução, com segurança e sucesso, do programa de transplantes pediátricos, no âmbito de
um acordo entre os HUC e o Hospital Pediátrico (que pertence ao CHC). Desde então, apenas
assegura as intervenções de emergência.
FUNCIONALIDADES
Ontem, em declarações ao PÚBLICO, o cirurgião - que ao pedir a exoneração do cargo deixou
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de coordenar o programa pediátrico de transplantação hepática - justificou a sua intervenção
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neste caso afirmando que, como médico, está ciente de que a sua "função é defender o melhor
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para os doentes e não equilibrar orçamentos". Sublinhou, no entanto, que "não é, sequer,
evidente, que da troca pelo genérico resulte uma redução de custos, por terem de ser
contabilizados os gastos com testes laboratoriais de controlo, a perda de produtividade dos pais
devido às deslocações mais frequentes aos hospitais e, em última análise, o aumento da
URL DESTA NOTÍCIA
http://publico.pt/1482688
frequência e da gravidade da rejeição do órgão".
Margarida Castelão, dirigente da Associação Nacional das Crianças e Jovens Transplantados
ou com Doenças Hepáticas (Hepaturix), não tem dúvidas de que esse foi o critério para a
COMENTÁRIO +
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substituição do medicamento. "Perante mim e outra pessoa da direcção, o director clínico do
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CHC, Carlos Mendonça, assumiu que a troca resulta da necessidade de poupar 15 por cento,
este ano, do montante gasto na aquisição de medicamentos", relatou.
Através do gabinete de imprensa, os administradores do Centro Hospitalar de Coimbra
escusaram-se a fazer qualquer comentário sobre o assunto, por considerarem que "o momento
não é oportuno". Também não revelaram quantas crianças receberam, já o genérico, e quantas
poderão vir a recebê-lo nos próximos dias. Apesar de todas as crianças terem feito a
intervenção cirúrgica em Coimbra, cada uma delas levanta os medicamentos nos hospitais da
sua área de residência. De entre todos esses, assegura Margarida Castelão, só o CHC optou
por passar a fornecer o genérico.
Ordem dos Médicos investiga queixa de má prática clínica
&
Fernando Gomes, do conselho nacional executivo da Ordem dos Médicos, confirmou ontem ter
recebido uma queixa por má prática clínica relacionada com a troca de um medicamento de
CONTINUA CA
(
referência por um genérico, no Centro Hospitalar de Coimbra.
"A investigação está em curso - é um caso que nos preocupa seriamente", disse Fernando
A PARTIR DAS
Gomes, quando contactado pelo PÚBLICO.
-
A denúncia terá partido do próprio Hospital Pediátrico, que integra o Centro Hospitalar de
DIA 1 DE MARÇ
!
Coimbra. Nenhum dos médicos contactados pelo PÚBLICO quis falar sobre o assunto. Mas
vários tomaram iniciativas mostrando a sua preocupação pela forma como a decisão de trocar
um medicamento pelo genérico foi tomada, ignorando pareceres clínicos e os riscos para a
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&
+
saúde das crianças que receberam transplantes de fígado e necessitam do imunossupressor
para não rejeitar o órgão.Margarida Castelão, da Associação Nacional das Crianças e Jovens
Transplantados ou com Doenças Hepáticas, assegura que nenhum centro europeu de
referência introduziu ainda o medicamento genérico adquirido pelo CHC e que este nunca foi
testado em crianças, nem em transplantados.
Margarida Castelão sublinha ainda que em Portugal o medicamento é de distribuição exclusiva
nas farmácias hospitalares, pelo que os pais não têm alternativa.
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