ANÁLISE LITERÁRIA
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LIRA DOS VINTE ANOS
O FILME
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TÍTULO: Don Juan DeMarco
GÊNERO:Romance
ANO:1995
DIREÇÃO:Jeremy Leven
A LENDA
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A maioria dos estudiosos afirmam que o primeiro conto a
registrar a história de Don Juan foi “O conquistador de Sevilha
e o convidado de pedra“, em torno de 1620 a 1635.
Segundo este conto, Don Juan é um mulherengo inveterado,
que seduzia as mulheres disfarçando-se de seus amantes, ou
lhes prometendo o matrimônio.
As visões acerca da lenda variam de acordo com as opiniões
sobre o caráter de Don Juan. São duas perspectivas básicas.
De acordo com uns, era um mulherengo barato, cruel sedutor
que buscava apenas a conquista e o sexo. Para outros, ele
efetivamente amava as mulheres que conquistava, e era
verdadeiramente capaz de encontrar a beleza interior da
mulher.
PERSONAGENS
Don Juan
Dr. Jack Mickler
Marilyn Mickler
Donna Ana
Dona Inez
Dona Julia
ENREDO
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Um homem de 21 anos, dizendo ser o
famoso amante Don Juan, vai até Nova York
para encontrar seu amor perdido, mas,
sentindo que não alcançará seu objetivo,
tenta se matar. Porém, um psiquiatra
consegue convencê-lo a mudar de idéia e
começa a tratá-lo. Entretanto, o paciente
possui um romantismo irrecuperável e
contagioso, que começa a influenciar o
comportamento do médico.
TEMÁTICA
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Romantismo(sentimentalismo);
Idealização do amor;
Razão vs. Sensibilidades;
Mundo Real vs. Mundo Irreal
(Neoplatonismo);
Mundo subjetivo vs. Mundo objetivo.
A OBRA
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TÍTULO: Lira dos Vinte Anos
AUTOR: Álvares de Azevedo
PUBLICAÇÃO: 1842 (Edição Final)
ESCOLA LITERÁRIA: Romantismo
O AUTOR
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Manuel Antônio Álvares de Azevedo (1831—
1852) foi um escritor da segunda geração
romântica (Ultra-Romântica, Byroniana ou
Mal-do-século), contista, dramaturgo, poeta
e ensaísta brasileiro, autor de Noite na
Taverna.
Obras Importantes: Lira dos Vinte Anos e
Noite na Taverna
CARACTERÍSITICAS DO AUTOR
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Álvares de Azevedo é considerado o mais
significativo representante da segunda fase
do Romantismo brasileiro “Geração do mal
do Século”;
Sofreu grande influência dos escritores Lord
Byron e Alfred Musset (sentimentalismo,
idealização do amor, fuga na morte);
O poeta Manuel Antônio Álvares de Azevedo
produziu intensamente em sua curta vida,
porém quase toda a sua obra foi publicada
postumamente, a partir de 1853.
ESCOLA LITERÁRIA
ROMANTISMO (2ª GERAÇÃO):
 Sentimento levado ao extremo
(ultrarromantismo);
 A idealização do amor e da mulher;
 O Mal do Século (Geração Byroniana –
Lord Byron);
ANÁLISE DA OBRA
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LIRA: é um instrumento de cordas
conhecido pela sua vasta utilização
durante a antiguidade. As récitas
poéticas dos antigos gregos eram
acompanhados pelo seu som, suave e
melancólico.
PERSONAGENS MÍTICOS
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As poesias são escritas sob o signo das entidades
místicas Ariel e Caliban, que foram tomadas
emprestadas da peça A Tempestade, de William
Shakespeare.
Ariel (A Face do Bem): representa os temas caros
ao Romantismo, como o amor, a mulher e Deus. A
mulher assume caráter sobre-humano de virgem
angelical, objeto amoroso de um encontro que
nunca se realiza.
Caliban (A Face do Mal): é a face sarcástica, irônica
e autocrítica do fazer poético. Sobressaem os temas
da melancolia, da tristeza, da morbidez e de Satã.
A PRIMEIRA PARTE
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O primeiro prefácio é um importante elemento de
compreensão dessa seção do livro. Neste, o poeta
introduz uma perspectiva daquilo que o leitor
encontrará nos poemas. São lamentos de um eulírico tímido e inexperiente, que se apresenta ao
público: “São os primeiros cantos de um pobre
poeta. Percebe-se, nessas linhas iniciais do
prefácio, a configuração de um eu-lírico que se
apresenta num conjunto de antíteses sobre o fazer
poético. É algo muito característico do romantismo
esse dilaceramento do eu diante do mundo, que se
traduz em contradições:
Exemplo
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Era uma noite – eu dormia
E nos meus sonhos revia
As ilusões que sonhei!
E no meu lado senti...
Meu Deus! por que não morri?
Por que do sono acordei?
No meu leito – adormecida
Palpitante e abatida,
A amante de meu amor! (...)
Nesse trecho, estão bem representados os temas principais da
primeira parte do livro. Diante da impossibilidade de realizar
seus impulsos, o eu-lírico sublima os desejos, refugiando- se
em um mundo imaginário de virgens idealizadas, de anjos e
de espuma.
SEGUNDA PARTE
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No segundo momento de Lira dos Vinte Anos, há
uma inversão das diretrizes poéticas. Em vez do
céu, há a Terra; no lugar da alma, o corpo;
substituindo o anjo, a lavadeira, cujo corpo atrai
para o pecado. Passa-se do lamento choroso para a
ironia sarcástica.
A reiterada afirmação do corpo, que se opõe ao
espírito, indica uma mudança poética substancial. O
poeta vai agora tentar descer ao mundo das coisas
e tratar com humor – e não tristeza – de sua
inadequação em relação a elas.
EXEMPLO
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“O poeta acorda na terra. Demais, o
poeta é homem. Homo sum, como dizia
o célebre Romano. Vê, ouve, sente e, o
que é mais, sonha de noite as belas
visões palpáveis de acordado. Tem
nervos, tem fibra e tem artérias – isto
é, antes e depois de ser um ente
idealista, é um ente que tem corpo.”
A TERCEIRA PARTE
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A terceira parte, com textos que vão
de Meu Desejo a Página Rota, está
tematicamente ligada à primeira. A
análise dos poemas iniciais se aplica
também a essa seção final da obra.
TEMÁTICA
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A Idealização da mulher e do amor;
O sentimento levado ao extremo;
O Mal do Século (fuga na morte);
Mundo Espiritual vs. Mundo Carnal.
INTERTEXTUALIDADE
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Romantismo;
Mundo Idealizado vs. Mundo Real;
Sentimento levado ao extremo;
Idealização da Mulher e do Amor.
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lira dos vinte anos