ANÁLISE LITERÁRIA LIRA DOS VINTE ANOS TRISTÃO E ISOLDA O FILME TÍTULO: Tristão e Isolda GÊNERO:Romance ANO: 2006 DIREÇÃO: Kevin Reynolds A LENDA A maioria dos estudiosos afirmam que a história de Tristão e Isolda faz uma referência à Lenda do rei Arthur, considerando Tristão um cavaleiro da Távola Redonda; Na verdade há muitas semelhanças entre uma obra e outro, principalmente o dilema amoroso entre os personagens protagonistas, mas as semelhanças param por aí, uma vez que a história do rei Marko é bem diferente do contexto vivido por rei Arthur. No entanto, muitos críticos e estudiosos literários acreditam que Tristão e Isolda teria inspirado a mais famosa história criada por Shakespeare, Romeu e Julieta, pois fora escrita dois séculos antes da peça do bardo inglês, mas tudo isso é, por enquanto, lenda. PERSONAGENS Tristão Isolda Lord Marke (rei da Inglaterra) Donnchadh (rei da Irlanda) ENREDO Na Europa da Idade Média as tribos lutam pelo poder, logo após a queda do império romano. Tristão teve toda sua família assassinada por conspiradores, que tinham o objetivo de impedir os planos de seu pai para unificar a Inglaterra. Adotado pelo tio, Lorde Marke, Tristão cresce e se torna seu maior guerreiro. Imbuído do desejo em seguir os planos do pai, ele é ferido em combate e considerado morto, sendo jogado ao mar em um enterro viking. Porém é resgatado por Isolda, por quem se apaixona. O casal troca juras de amor, mas não revela seus nomes. Após se recuperar ele retorna à sua terra, sem saber que seu amor é a filha de Donnchadh, o rei da Irlanda e também seu principal inimigo. Mas o destino fará com que se encontrem novamente. TEMÁTICA Romantismo(sentimentalismo); Idealização do amor; Razão vs. Sensibilidades; Mundo subjetivo vs. Mundo objetivo. A OBRA TÍTULO: Lira dos Vinte Anos AUTOR: Álvares de Azevedo PUBLICAÇÃO: 1942 (Edição Final) ESCOLA LITERÁRIA: Romantismo O AUTOR Manuel Antônio Álvares de Azevedo (1831— 1852) foi um escritor da segunda geração romântica (Ultra-Romântica, Byroniana ou Mal-do-século), contista, dramaturgo, poeta e ensaísta brasileiro, autor de Noite na Taverna. Obras Importantes: Lira dos Vinte Anos e Noite na Taverna CARACTERÍSITICAS DO AUTOR Álvares de Azevedo é considerado o mais significativo representante da segunda fase do Romantismo brasileiro “Geração do mal do Século”; Sofreu grande influência dos escritores Lord Byron e Alfred Musset (sentimentalismo, idealização do amor, fuga na morte); O poeta Manuel Antônio Álvares de Azevedo produziu intensamente em sua curta vida, porém quase toda a sua obra foi publicada postumamente, a partir de 1853. ESCOLA LITERÁRIA ROMANTISMO (2ª GERAÇÃO): Sentimento levado ao extremo (ultrarromantismo); A idealização do amor e da mulher; O Mal do Século (Geração Byroniana – Lord Byron); ANÁLISE DA OBRA LIRA: é um instrumento de cordas conhecido pela sua vasta utilização durante a antiguidade. As récitas poéticas dos antigos gregos eram acompanhados pelo seu som, suave e melancólico. PERSONAGENS MÍTICOS As poesias são escritas sob o signo das entidades místicas Ariel e Caliban, que foram tomadas emprestadas da peça A Tempestade, de William Shakespeare. Ariel (A Face do Bem): representa os temas caros ao Romantismo, como o amor, a mulher e Deus. A mulher assume caráter sobre-humano de virgem angelical, objeto amoroso de um encontro que nunca se realiza. Caliban (A Face do Mal): é a face sarcástica, irônica e autocrítica do fazer poético. Sobressaem os temas da melancolia, da tristeza, da morbidez e de Satã. A PRIMEIRA PARTE O primeiro prefácio é um importante elemento de compreensão dessa seção do livro. Neste, o poeta introduz uma perspectiva daquilo que o leitor encontrará nos poemas. São lamentos de um eulírico tímido e inexperiente, que se apresenta ao público: “São os primeiros cantos de um pobre poeta. Percebe-se, nessas linhas iniciais do prefácio, a configuração de um eu-lírico que se apresenta num conjunto de antíteses sobre o fazer poético. É algo muito característico do romantismo esse dilaceramento do eu diante do mundo, que se traduz em contradições: Exemplo Era uma noite – eu dormia E nos meus sonhos revia As ilusões que sonhei! E no meu lado senti... Meu Deus! por que não morri? Por que do sono acordei? No meu leito – adormecida Palpitante e abatida, A amante de meu amor! (...) Nesse trecho, estão bem representados os temas principais da primeira parte do livro. Diante da impossibilidade de realizar seus impulsos, o eu-lírico sublima os desejos, refugiando- se em um mundo imaginário de virgens idealizadas, de anjos e de espuma. SEGUNDA PARTE No segundo momento de Lira dos Vinte Anos, há uma inversão das diretrizes poéticas. Em vez do céu, há a Terra; no lugar da alma, o espírito; substituindo o anjo, a lavadeira, cujo corpo atrai para o pecado. Passa-se do lamento choroso para a ironia sarcástica. A reiterada afirmação do corpo, que se opõe ao espírito, indica uma mudança poética substancial. O poeta vai agora tentar descer ao mundo das coisas e tratar com humor – e não tristeza – de sua inadequação em relação a elas. EXEMPLO “O poeta acorda na terra. Demais, o poeta é homem. Homo sum, como dizia o célebre Romano. Vê, ouve, sente e, o que é mais, sonha de noite as belas visões palpáveis de acordado. Tem nervos, tem fibra e tem artérias – isto é, antes e depois de ser um ente idealista, é um ente que tem corpo.” A TERCEIRA PARTE A terceira parte, com textos que vão de Meu Desejo a Página Rota, está tematicamente ligada à primeira. A análise dos poemas iniciais se aplica também a essa seção final da obra. TEMÁTICA A Idealização da mulher e do amor; O sentimento levado ao extremo; O Mal do Século (fuga na morte); Mundo Espiritual vs. Mundo Carnal. INTERTEXTUALIDADE Romantismo; Mundo Idealizado vs. Mundo Real; Sentimento levado ao extremo; Idealização da Mulher e do Amor.