1 UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ ENGENHARIA ELÉTRICA Curso: CÁLCULO II Componente Curricular: GRAZIELLI VASSOLER RUTZ Professor(a): APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA 1. Comprimento do Arco de uma Curva Plana usando a sua equação cartesiana Arco: Porção da curva y f (x) do ponto A até o ponto B. Queremos determinar um número S que entendemos ser o comprimento de tal arco. Figura 1 Caso 1: Se o arco é um segmento de reta: Figura 2 S d ( A, B) (b a) 2 ( f (b) f (a)) 2 Caso 2: Se o arco é uma curva qualquer: Figura 3 2 Para calcularmos o perímetro de uma circunferência, calculamos o limite dos perímetros regulares dela inscritos. Para outras curvas, podemos proceder de forma análoga. Figura 4 E o comprimento do polígono denotado por I n , é dado por: n I n ( xi xi 1 ) 2 ( f ( xi ) f ( xi 1 )) 2 i 1 Como f é derivável em [a, b] , podemos aplicar o Teorema do Valor Médio em cada intervalo [ xi 1 , xi ] , de onde obtemos: n I n ( xi xi 1 ) 2 [ f ´(ci )]2 ( xi xi 1 ) 2 i 1 n ( xi xi 1 ) 2 [1 [ f ´(ci )]2 i 1 n [ f ´(ci )]2 ( xi ) xi 1 ) 2 . ( xi xi 1 ) 2 i 1 n [ f ´(ci )]2 ( xi ) xi 1 ) 2 xi i 1 À medida que n cresce muito e cada xi torna-se muito pequeno, I n se aproxima do comprimento do arco da curva C, de A até B. Definição: Seja C uma curva de equação y f (x) , onde f é uma função contínua e derivável em [a, b] . O comprimento da curva C é dada por: b S 1 [ f ' ( x)]2 dx a Podem ocorrer situações em que a curva C é dada por x g ( y) . Então, o comprimento de C é dada por: d S 1 [ g ' ( y )]2 dy c 3 Figura 5 Exemplos: i ) Calcular o comprimento do arco da curva dada por y x 3 2 4 de A(1,-3) até B(4,4). ii ) Obter a integral definida que nos dá o comprimento da curva y cos 2 x para 0 x . iii ) Calcular o comprimento do arco dado por x 1 3 1 y 1, 1 y 3 . 2 6y 2. Volume de um sólido de revolução Fazendo uma região plana girar em torno de uma reta no plano, obtemos um sólido, que é chamado sólido de revolução. Exemplos: i ) Fazendo a região limitada pelas curvas y 0 , y x e x 4 girar em torno do eixo dos x , o sólido de revolução é um cone. Figura 6 (a) Figura 6 (b) ii ) Se o retângulo delimitado pelas retas x 0 , x 1, y 0 e y 3 girar em torno do eixo dos y , obtemos um cilindro. 4 Figura 7 (a) Figura 7 (b) Cálculo do Volume de um sólido T Figura 8 (a) Figura 8 (b) b V [ f ( x)]2 dx a A fórmula V pode ser generalizada para alguns casos, que seguem. Caso 1: A região R está entre os gráficos de duas funções f (x) e g (x) de a até b . Figura 9 b V [( f ( x)) 2 ( g ( x)) 2 ] dx a 5 Caso 2: Ao invés de girar ao redor do eixo dos x , a região R gira em torno do eixo dos y . Figura 10 b V [ g ( y )]2 dy a Caso 3: A rotação se efetua ao redor de uma reta paralela a um dos eixos coordenados. Figura 11 (a) yL Figura 11 (b) xM b b V [ f ( x) L] dx 2 a V [ g ( y ) M ]2 dy a Exemplos: 1 2 x , e o eixo dos x e as retas x 1 e x 4 , gira 4 em torno do eixo dos x . Encontrar o volume do sólido de revolução gerado. i ) A região R, limitada pela curva y 6 Figura 12 (a) Figura 12 (b) ii ) Calcular o volume do sólido gerado pela rotação em torno do eixo dos x , da região 1 1 limitada pela parábola y (13 x 2 ) e pela curva y ( x 5) . 4 2 iii ) Calcular o volume do sólido gerado pela rotação, em torno do eixo dos x , da região 3 entre o gráfico das funções y sen x e o eixo dos x , de até . 2 2 iv ) A região limitada pela parábola cúbica y x 3 , pelo eixo dos y e pela reta y 8 , gira em torno do eixo dos y. Determinar o volume do sólido de revolução obtido. v ) Determinar o volume do sólido gerado pela rotação em torno da reta y 4 , da região 1 limitada por y , y 4 e x 4 . x 1 2 y 1 e pelas retas x=-1; y=-2 e y=2 gira 2 em torno da reta x=-1. Determinar o volume do sólido de revolução obtido. vi) A região R, delimitada pela parábola x 4. Área de uma superfície de revolução Quando uma curva plana gira em torno de uma reta no plano, obtemos uma superfície de revolução. 7 Vamos calcular a área da superfície de revolução S obtida quando uma curva C, de equação y f (x) , x [a, b] , gira em torno do eixo dos x . Figura 13 (a) Figura 13 (b) b A 2 f ( x) 1 [ f ' ( x)]2 dx a Considerando x g ( y) , y [c, d ] girando em torno do eixo dos y: d A 2 g ( y ) 1 [ g ' ( y )]2 dy c Exemplos: i ) Calcular a área da superfície de revolução obtida pela rotação, em torno do eixo dos x , 1 da curva dada por y 4 x , x 4 . 4 ii ) Calcular a área da superfície de revolução obtida pela rotação, em torno do eixo dos y, da curva dada por x y 3 , 0 y 1.