COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS. Ensaio de Laboratório para Avaliação da Resistividade Elétrica em um Solo Tropical Arenoso Márcia Tiemi Yamasaki Universidade Estadual Paulista, Bauru, Brasil, [email protected] Anna Silvia P. Peixoto Universidade Estadual Paulista, Bauru, Brasil, [email protected] José Alfredo Covolan Ulson Universidade Estadual Paulista, Bauru, Brasil, [email protected] RESUMO: Nesse trabalho esyão sendo apresentadas as análises realizadas em ensaios de laboratório para a avaliação da resistividade elétrica em uma areia argilosa, sedimentar da Formação Marília, proveniente do aterro de resíduos sólidos da cidade de Bauru (SP). Os ensaios foram realizados em corpos de prova compactados na energia normal, propiciando a análise de fatores interveneintes como teor-de-umidade, compactação, porosidade e grau de saturação. Para tanto, os ensaios de resistividade em laboratório foram realizados de duas maneiras: inicialmente instalando-se duas placas de cobre nas extremidades do corpo-de-prova cilindrico e também cravando-se o dispositivo desenvolvido na mesma configuração do piezocone de resistividade mas em dimensões menores. Os fatores intervenientes foram analisados e uma tentativa da aplicação da Lei de Archie foi elaborada. Através do estudo chegou-se a conclusão que, de maneira geral, os resultados obtidos nos ensaios apresentaram o comportamento esperado e encontrado na literatura. Porém, foi observada uma discrepância na repetibilidade dos resultados obtidos no ramo seco da curva de compactação, necessitando-se de uma melhor avaliação da utilização de ensaios de resistividade elétrica na condição não saturada. Essa mesma dificuldade também foi observada em ensaios de campo realizados com o piezocone de resistividade. Por outro lado, no ramo saturado da curva, observou-se a boa correlação entre ρb/ρbsat e o grau de saturação inicial do corpo-de-prova indicando que estudos matemáticos podem levar a um modelo da Lei de Archie para esse tipo de solo. PALAVRAS-CHAVE: Instrumentação, Piezocone de Resistividade, Compactação, Resistividade Elétrica. 1 ambientes geológicos similares. Porém, aqueles encontrados na bibliografia referem-se a solos típicos de clima temperado, não refletindo o comportamento de solos de clima tropical. Sendo assim, o objetivo deste artigo é comparar as medidas obtidas através de duas maneiras: a primeira delas com placas de cobre instaladas nas duas extremidades de corpos-deprova cilíndricos, compactados na energia normal, permitindo a leitura direta da resistividade elétrica. Em seguida, depois de retiradas as placas das extremidades, um dispositivo com a mesma configuração do RCPTU, mas em dimensões menores, é cravado no solo, e a resistividade elétrica é então obtida INTRODUÇÃO O piezocone de resistividade (RCPTU) vem se tornando uma ferramenta muito util na avaliação de plumas de contaminação de solo. O equipamento contém um módulo de resistividade que é instalado atrás do piezocone padrão permitindo a leitura contínua da resistência a um fluxo de corrente elétrica aplicada ao solo. Em áreas onde valores de referência são excedidos, pode-se então efetuar uma avaliação complementar através da coleta de amostras da água subterrânea. Tais valores de referência são estabelecidos a partir da experiência de campo ou partir de 1 COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS. através de uma curva de calibração em função de V/I (voltagem e corrente elétricas). Os cilindros de compactação desenvolvidos para esse fim foram construídos com PVC de alta resistência e base de tecnil, de maneira a suportar os golpes da compactação e não comprometer as leituras de resistividade elétrica. Os resultados assim obtidos conduziram a avaliação de fatores intervenientes na resistividade elétrica tais como teor-deumidade, índice de vazios, porosidade e grau de saturação, além da frequencia de excitação do ensaio. dificuldade na obtenção de resultados adequados para essa finalidade. Contudo, o emprego de sondagem com o piezocone de resistividade (RCPTU) e amostradores especiais de água, solo e gás, juntamente com uma campanha de geofísica superficial, tem apresentado resultados promissores nos países da Europa e América do Norte (Bolinelli Jr. et al 2002). Uma maneira interessante de se avaliar os fatores interveneintes, relativos as propriedades dos solos, é de Archie (1942), através da eq. 1, para solos não saturados e eq. 2., para solos saturados. ρb = a ⋅ ρw ⋅ n -m ⋅ S-b 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ρb = a ⋅ ρw ⋅ n -m (1) (2) em que: ρb = resistividade do solo; ρw = resistividade do fluido; n = porosidade do solo; S = grau de saturação; a, b e m são constantes que dependem do tipo de solo. Os penetrômetros eletrônicos, conectados ao piezocone, possuem células de carga que registram a resistência de ponta (qc) e o atrito lateral (fs). Valores da poro-pressão (u) atrás do cone durante a penetração são determinados através de um transdutor de pressão. Alguns piezocones possuem múltiplos transdutores de pressão, permitindo determinar também a poropressão na ponta, na face do cone e atrás da luva de atrito. Pode-se ainda medir e registrar a temperatura e a inclinação do aparelho. Um acessório acoplado ao piezocone interessante para aplicação geo-ambiental é o sensor de condutividade elétrica, figura 1, que fornece a resistividade [C (µS/cm) = 10000/ R (Ω.m)]. Essa medida foi inicialmente aplicada para estimativa da densidade de areias e mais recentemente tem sido utilizada como um indicativo de contaminantes no solo. Outra formulação interessante para solos não saturados é encontrada em Keller e Frischknecht(1966) e McNeill (1990) apud Abu-Hassanein et al (1996), eq. 3: (3) em que: b é um parâmetro associado ao tipo de solo 3 METODOLOGIA 3.1 Caracterização do Solo O solo utilizado nesse estudo foi coletado em uma área de branco do aterro de resíduos sólidos de Bauru e foi caracterizado como sendo uma areia fina, argilosa, sedimentar, do Grupo Bauru e Formação Marília. Através de ensaios de laboratório, o material resultou em atividade de Skempton inativa. Porém, de comportamento não laterítico, NA’, segundo a Classificação MCT, e ativo, utilizando-se metodologia de Fabbri (1994) para ensaio da mancha de azul de metileno. O ensaio de compactação na energia normal, resultou em umidade ótima de 15,2% e massa específica seca máxima de 1,838 g/cm3. Figura 1. Esquema do Piezocone de Resistividade adaptado de Giacheti et al (2006) A técnica de resistividade elétrica que já é utilizada para caracterizar o ambiente geológico quanto ao fraturamento, à saturação e para a identificação litológica, também tem sido aplicada na detecção de áreas contaminadas. No entanto, não existe, ainda, uma padronização para a utilização desta ferramenta na área ambiental. Tem-se, como resultado disto, uma 2 COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS. 3.2 Equipamentos segundo o Arranjo de Wernner, em um cilindro de tecnil, com ponta cônica, de diâmetro de 20mm. (Figura 4) Os ensaios de resistividade elétrica foram realizados de duas maneiras: placas de cobre acondicionadas nas extremidades no corpo-deprova cilíndrico; dispositivo de resistividade cravado no corpo-de-prova cilíndrico. 3.2.1 Placas de Cobre Figura 4. Mini-Sensor de Resistividade Elétrica. Nos ensaios para a obtenção da resistividade elétrica através da Lei de Ohm foram realizados acoplando-se uma placa de cobre em cada extremidade elétrica do corpo-de-prova cilíndrico, cujas dimensões eram diâmetro de 10cm e espessura de 0,16cm. (Figura 2). Importante ressaltar também que foram construídos cilíndros específicos para a compactação dos corpos-de-prova, de PVC, em um diâmetro e alturas maiores do que aquele exigido para a compactação na energia normal, porém a compactação foi realizada com numero de camadas e golpes de maneira a respeitar a energia exigida na NBR 7182/1986. (Figura 3). 3.3 Metodologia dos ensaios Todos os ensaios foram realizados em corposde-prova cilíndricos e compactados utilizando energia normal. Devido as dimensões alteradas, a energia normal foi obtida mantendo-se o peso do soquete em 4,58 Kg, altura de queda de 0,459m, número de camadas igual a cinco e modificando-se o número de golpes para 21. 3.3.1 Ensaios com as Placas de Cobre Inicialmente foram realizadas leituras com placas instaladas nas extremidades dos corposde-prova. Na Figura 5a está apresentada a colocação da placa de cobre no corpo-de-prova Para cada teor-de-umidade da curva de compactação, primeiramenete foi realizada a leitura da temperatura e somente depois de retirado o sensor de temperatura que foram egetuadas as leituras de voltagem e corrente para a obtenção da resistividade elétrica, Figura 5b. Figura 2. Placas de Cobre. Figura 3. Cilindro de PVC. 3.2.2 Dispositivo para leitura da Resistividade O dispositivo de resistividade foi desenvolvido por Peixoto et al (2010), composto por quatro eletrodos, igualmente espaçados, dispostos (a) (b) Figura 5. Configuração do Ensaio com as Placas de Cobre. 3 COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS. Para cada teor-de-umidade estimado, foram compactados três corpos-de-prova de forma a possibilitar a análise da variabilidade dos resultados. Também foram realizadas medidas de resistividade elétrica nas frequências do gerador de funções de 60, 120, 240, 480, 960, 1000, 1920, 3840, 7680, 15360, 30720, 61440, 122880 e 245760. Esse estudo foi importante para a determinação da frequencia de excitação de 1000Hz para leitura da resistividade no minisensor. 3.3.2 Ensaios com o Dispositivo para leitura da Resistividade Figura 6. Variação da Freqüência no Intervalo de 0 a 2000Hz Para a leitura da resistividade com o minisensor, tanto na fase não-saturada, como na quasi-saturada, os corpos-de-prova foram compactados utilizando o mesmo procedimento dos ensaios com as placas, porém com a cravação imediata do dispositivo. Os resultados desses ensaios também permitiram, tanto a comparação dos dados obtidos em ambos os ensaios, como as análises realizadas a luz da lei de Archie e eq. 3 já apresentada: 4 / RESULTADOS E DISCUSSÕES Todos os dados aqui apresentados são referentes aos ensaios realizados com água destilada. 4.1 Figura 7. Umidade Versus Resistividade do Solo. 4.2 Ensaios com o Dispositivo para Leitura da Resistividade Ensaios com as Placas Os resultados de resistividade elétrica em função da frequência observados na Figura 6 permitiram consolidar a frequência de 1000Hz como a mais adequada para as leituras. Durante a realização do ensaio verificou-se que nos teores-de-umidade abaixo da ótima ocorreu uma grande dificuldade de cravação, provavelmente induzindo a um ajuste sensor solo não perfeito. Após a realização dos ensaios com odispositivo, todos os corpos-de-prova foram saturados seguindo o procedimento para a obtenção do ensaio CBR. Considerando-se que os cp na condição “quasi-saturada”, observouse que a ponteira foi cravada mais facilmente, gerando melhor contato entre o solo e o dispositivo, com menor variabilidade dos resultados. (Figura 8). Analisando-se a Figura 7 verifica-se que nos teores de umidade abaixo da ótima ocorreu grande variação nos valores de resistividade do solo. Porém, pode notar que a curva permanece descendente com tendência a um valor constante após o teor-de-umidade ótimo. 4 COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS. Por outro lado, no ramo seco da curva de compactação, ou seja, na condição não saturada, os valores sofrem grande variação. Nesse caso tendo de ser melhor estudada a aplicabilidade dos ensaios de resistividade nessas condições. Embora a Lei de Archie não tenha sido inicialmente formulada para solos contendo argila, foi construído um gráfico (Figura 10) com os dados obtidos com o mini-sensor na tentativa de se obter o valor para o parâmetro b da eq. 1. e em resposta chegou-se a uma relação exponencial cujo coeficiente de determinação foi 0,8381. Essa é uma indicação positiva de que a continuidade de pesquisa nessa linha pode trazer bons resultados. Figura 8. Umidade Versus Resistividade do Solo Após a Saturação. 4.3 Relação entre os Ensaios No gráfico da Figura 9 estão plotados os valores de resistividade elétrica, obtida por ambos os métodos, em função do teor-de-umidade de compactação do corpo-de-prova. Observa-se que, para as umidades correspondentes ao ramo úmido da curva de compactação, ou seja, superiores a 15,2%, os valores de resistividade elétrica para ambos os equipamentos são da mesma ordem de grandeza, sendo os obtidos pelo dispositivo superiores aqueles medidos pelas placas. Figura 9. Grau de Saturação Versus Relação entre Resistividade Não Saturada e Resistividade QuasiSaturada para Água Destilada. 4.4 Relação da Resistividade com os Índices Físicos Com a finalidade de estudar a relação entre a resistividade e os índices físicos foram plotados em gráficos relacionando os valores referentes ao: grau de saturação na Figura 10, o índice de vazios na Figura 11. O comportamento das curvas no ensaio com as placas apresentam-se em conformidade com os resultados obtidos por Mondelli et al(2008), em que há uma tendência de valores constantes ou mesmo crescentes da resistividade com a redução do grau de saturação. Figura 9. Comparação dos Resultados dos Dois Métodos Ensaiados com Água Destilada. 5 COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS. Figura 11. Índice de Vazios versus Resistividade do Solo. Figura 10. Grau de Saturação versus Resistividade do Solo. A variação da resistividade elétrica em função do grau de saturação e do índice de vazios foi mais sensivel nos ensaios com as placas. O posicionamento da placa na extremidade superior do cilindro era garantido colocando-se uma camada de solo apenas com a força imposta pelo operador, que pode ter afetado nos resultados. Para os ensaios com o mini-sensor, a variação das medidas de resistividade foram relativamente pequenas, sendo ainda menor quando o corpo de prova está quasi-saturado e Pode-se observar que no corpo de prova quase-saturado, a variação de valores encontrados foi muito menor que nos outros ensaios, ou seja, os valores tendem a ser praticamente constantes. Em todos os ensaios realizados a resistividade do solo aumenta conforme ampliase o índice de vazios no corpo de prova, conforme demonstrou Boszczowski (2008) em seus estudos. 6 COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS. pode-se inferir que o valor apresenta-se predominantemente constante. Esses valores mostram a boa resposta do equipamento e da instrumentação garantindo sua utilização em laboratório. 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Abu-Hassanein, Z. S., Benson, C. H., Blotz, L. R.– Eletrical Resistiviy of Compacted Clays. Journal of Geotechnical Engineereing, 122(5): 397- 406. 1996. Archie, G. Electrical-Resistivity log as an aid in determining some reservoir characteristics. Trans. Am. Inst. Of Min. Engrg.146, 318-319. 1942. Bolinelli Junior, H. L.; Peixoto, A. S. P.; Giacheti, H. L.; Elis, V. R.; Hamada, J.; Mio, G. de; Cavaguchi, N. (2002). Piezocone de Resistividade: Primeiros resultados de sua Aplicação para Investigação Geoambiental de um Aterro Sanitário, 10o. Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental, Ouro Preto (MG). Boszczowski, R. R.; Silva, J. M. (2008). Avaliação da Resistividade Elétrica de um Perfil de Solo Residual em Função do Intemperismo e Teor-de-umidade. In: COBRAMSEG 2008. Buzios (RJ). Mondelli, G.; Zuquete, L.V.; Giacheti, H. L.; Hamada, J.; Elis, W. (2006). Considerações sobre a Implantação de Sistemas de Monitoramento de Águas Subterrâneas em Aterros de Resíduos Sólidos Urbanos: Um Estudo de Caso. In: COBRAMSEG 2006. Curitiba (PR). Pacheco, A.O. (2004). Ensaios com Cone Resistivo em Solos Saturados. Dissertação de Mestrado em Ciências, COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, 151 p. Peixoto, A.S.P; Pregnolato, M.C.; Silva, A.A.C.L.; Yamasaki, M.T e Conte Junior, F. (2010). Development of an electrical resistivity measure for geotechnical and geoenvironmental characterization. In: Second International Symposium on Cone Penetration testing, CPT’10. USA. No prelo. CONCLUSÕES Os ensaios realizados com as placas permitiram a obtenção da resistividade baseada na Teoria de Ohm, possibilitando a comparação com os resultados obtidos através dos mini-sensores e também a avaliação da freqüência mais adequada para os ensaios, ou seja, 1000Hz conforme já descrito na literatura. As diferenças dos resultados obtidos através dos dois equipamentos no ramo seco da curva de compactação demonstraram que para solos não-saturados ambos os equipamentos não atendem a sua necessidade, assim deve ser mais bem estudada em pesquisas futuras com outro dispositivo. Por outro lado, de uma maneira geral, os resultados obtidos nos ensaios no ramo quasisaturado apresentaram o mesmo comportamento esperado e encontrado na literatura, dessa forma o mini-sensor responde adequadamente aos ensaios. As correlações com os índices físicos mostraram boa concordância com que já se era esperado. Em ensaios realizados no campo com o RCPTU foram observadas mesmas dificuldades aqui encontradas na camada não saturada. A boa relação entre ρb/ρbsat e o grau de saturação inicial do corpo-de-prova é um indicativo de que estudos matemáticos envolvendo mais solos argilosos podem levar a um modelo da Lei de Archie para esse material. AGRADECIMENTOS As autoras agradecem a FAPESP pela bolsa de Iniciação Científica e o Auxílio a Pesquisa que visbilizou a construção do dispositivo de resistividade elétrica. 7