UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIR DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA APLICAÇÃO DE MÉTODOS NUMÉRICOS NA MODELAGEM E INVERSÃO GEOFÍSICA Adeilton Fernandes da Costa ([email protected]) Porto Velho – RO 2008 INTRODUÇÃO • Matemática pura e aplicada; • Métodos Numéricos; • Modelagem matemática; • Geociências; e • Geofísica pura e aplicada. • Método dos mínimos quadrados , • Método elementos finitos Os pontos Nj são interpolados a partir de uma função polinomial do tipo: ij ( x, y) j ( x, y) a j b j x c j y • Método das diferenças finitas O polinômio interpolador dos pontos é dado por: n n ( x) (ui )i y0 i 0 Métodos de otimização • quasi - Newton: requer menos memória computacional no armazenamento dos dados, pois evita recálculos da matriz Jacobiana. É rápido, eficiente e robusto em cálculos com grande número de dados; • Gauss - Newton: faz inúmeros recálculos da matriz Jacobiana, melhor que o quasi-Newton, para áreas com grandes discrepâncias de resistividades, maiores que 10:1, dá resultados levemente melhores. • Método de krigagem Permite estimar o valor desconhecido associado a um ponto, área ou volume, a partir de um conjunto de n dados {Z(xi), i=1,n} disponíveis. Geofísica Aplicada Resistividade dos materiais; RS L Injeção de corrente elétrica na superfície de um meio homogêneo e isotrópico. V I 2 r Método da eletro-resitividade Resistividade em um meio homogêneo Resistividade aparente a KV I Técnicas de ensaios de campo (1) Sondagem elétrica - SEV; (2) Imageamento elétrico - IE; (3) Perfilagem elétrica – PERF. Arranjos de campo Arranjo Schlumberger para SEV Profundidade de investigação: h = AB/5 = 0.2 AB Arranjos de campo Arranjo dipolo-dipolo para IE Profundidade de investigação: teoricamente corresponde a h = R/2 Plotagem dos dados Equipamento utilizado Transmissor: Corrente: 1 a 1000 mA Voltagem máxima: 400 volts Potência máxima: 100 watts INTERPRETAÇÃO DOS DADOS GEOELÉTRICOS Sondagem elétrica vertical Representação gráfica dos dados de resistividade aparente, obtidos no campo; Operação de “embreagem”; Suavização dos dados; Esquema da embreagem e curva suavizada em uma SEV (BRAGA, 2001) Uso do método de Ebert para modelo inicial; Feito o ajuste pelo método direto, o modelo é refinado por inversão utilizando o método dos mínimos quadrados no programa IX1D Imageamento Elétrico Métodos dos mínimos quadrados, diferenças finitas e/ou elementos finitos Modelo matemático utilizado pelo programa RES2DINV ( J T J uF) J T g em que: F f x f x f z f z : filtro de nivelamento; f x : filtro de nivelamento horizontal; T T f z : filtro de nivelamento vertical; J : matriz das derivadas parciais (matriz Jacobiana); u : fator de ajuste; : vetor de perturbação do modelo; e g : vetor de discrepância. O Caso da lixeira de Porto Velho Ensaios geofísicos realizados na lixeira As SEVs com arranjo Schlumberger e distância máxima AB = 300 m; Grupo I - SEV1, SEV2, SEV3, SEV4 e SEV5 (dentro do aterro); Grupo II - SEV6, SEV7, SEV8 e SEV9 (fora dos limites do aterro); Os imageamentos com arranjo dipolo-dipolo e espaçamento 20 m entre dipolos: IE1 com 720m, alinhada na direção SE-NW e 37 estações de medidas; IE2 com 1000m, alinhada na direção SE-NW e 51 estações de medidas. Execução da SEV1 sobre uma célula de resíduos Linha de imageamento IE2 executada fora da lixeira Interpretação das SEVs Seções de sondagens elétricas verticais Seções de sondagens elétricas verticais SEV1, curva do tipo QHK SEV4, curva tipo HKH SEV5, curva tipo HKH SEV7, curva tipo HK Modelos propostos para as SEVs Mapa Potenciométrico (por krigagem) Interpretação dos Imageamentos elétricos Refinamento no RES2DINV Método de otimização foi o Gauss-Newton; No refinamento da malha foi utilizado o método das diferenças finitas; Objetivando uma imagem mais “focada”, com maiores pertubações nos valores de resistividade, foi utilizado o fator de ajuste de valor inicial 0.15 e mínimo de 0.03; O valor para filtro de nivelamento foi 2.0; O efeito de blocos foi reduzido severamente; e A inversão usada foi à robusta. Seção obtida na inversão Seção obtida na inversão Aplicação do método de krigagem CONCLUSÕES Comprovar a contaminação local; Identificar o topo da zona saturada; Delimitar o horizonte de resíduos soterrados; Traçar o perfil geológico vertical do solo; Traçar o mapa potenciométrico com direção do fluxo; Mostrar a direção da pluma de contaminação; Identificar anomalias de baixa resistividade, nos imageamentos elétricos; Mostrar que a lixeira não está em conformidade com os critérios da Legislação Ambiental Federal. RECOMENDAÇÕES Isolamento imediato da lixeira; Financiamento para a recuperação da área degradada; Perfuração de poços de monitoramento; Construção de uma trincheira impermeável; Fazer monitoramento das águas dos poços locais; Para instalação de um novo aterro, que sejam incluídos ensaios geofísicos na identificação do fluxo subterrâneo e zonas de fraturas; Sugere-se para a área onde esta localizada a Comunidade Vila Princesa, periodicamente, análises físico – químicos e bacteriológicos da água e solo em conjunto com ensaios geofísicos, objetivando identificar a influencia das fossas sépticas e/ou lixeira na contaminação local. OBRIGADO a todos!!!!