zoonoses
1. Trichuris trichiura - tricuríase
2. Enterobius vermicularis - oxiuríase
3. Ascaris lumbricoides - ascaridíase
4. Anisakis sp.- anisaquíase
5. Toxocara spp. – larva migrans
visceral
6. Trichinella spp. – triquinose
Trichuris trichiura
CLADO I
Ovos embrionados são ingeridos
Clivagem
avançada
Ciclo de vida
de Trichuris trichiura
Lavas eclodem
no intestino delgado
Embrião de
2 células
Ovos não embrionados
nas fezes
Adultos no ceco
Adultos de Trichuris trichiura
Cauda do macho de T. trichiura
Macho
Fêmea
S = espícula
H = bainha da espícula com minúsculos
espinhos
Ovos não embrionados
Estrutura interna da parte anterior do corpo
de T. trichiura
S = esticócito; B = faixa bacilar da parte ventral
Corte transversal da parte anterior de
T. trichiura
B = faixa bacilar; C = cutícula; E =
cavidade esofágica; M = camada
muscular; N = núcleo; S = esticócito; *
= pseudoceloma
Microscopia de varredura de T. muris
Dorsal
Poros ventrais
Ventral
Tilney e cols., J. Exp. Zool. 303A:927-945, 2005
Trichuris trichiura
Adultos na mucosa cecal; parte posterior
do corpo livre
Macho e fêmea com a
parte anterior inserida
na mucosa
Ceco de camundongo infectado com T. muris
Tilney e cols., J. Exp. Zool. 303A:927-945, 2005
T. muris intracelular!
Enterócito
Leucócito
Parte dorsal
de T. muris
Tilney e cols., J. Exp. Zool. 303A:927-945, 2005
Relação entre as células bacilares e o enterócito
T. muris
Células bacilares (B)
Enterócito
cutícula
Tilney e cols., J. Exp. Zool. 303A:927-945, 2005
Prevalência de Trichuris trichiura e Ascaris lumbricoides
no mundo
Cooper & Bundy, Parasitol. Today 4:301-306, 1988
Áreas e países com casos de tricuríase
Cooper & Bundy, Parasitol. Today 4:301-306, 1988
Efeito da tricuríase sobre o crescimento
Infectada
saudável
Tratada saudável
12 mêses após
o tratamento
Cooper & Bundy, Parasitol. Today 4:301-306, 1988
Enterobius vermicularis
CLADO III
Enterobius vermicularis
♀
♂
♀
♀
♂
♂
♂
♀
♀
♀
♀
♂
Enterobius vermicularis
Vista lateral da
parte anterior
Fêmea
Macho
Ovos
Ciclo de vida e rota
de infecção de E.
vermicularis
Ovos coletados pelo “método da fita adesiva”
Ascaris lumbricoides
CLADO III
Ciclo de vida de Ascaris
lumbricoides
Pneumonite de Löfler
Microscopia de varredura da parte anterior e
posterior do macho de Ascaris lumbricoides
Ovos de
Ascaris
FERTILIZADO
A= Cobertura protéica
Ponta de flecha=casca
Fertilizado, normal,
cor castanho
amarelado
Fertilizado, sem
cobertura de
proteína e incolor
NÃO FERTILIZADO
Não fertilizado, de
Não fertilizado
amarelo claro
cor escura
Microscopia de varredura de um ovo de Ascaris
suum fertilizado
Ponto por onde a
larva parece eclodir
Ishii & Habe, Igaku no Ayumi, 88 (9), 1974
Ovo de Ascaris lumbricoides com larva no interior
Anisakis sp.
CLADO III
Anisaquíase acidental
Ciclo de vida de Anisakis simplex
Anisakis simplex
Larvas de Anisakis simplex encistadas no
lado externo dos órgãos de um peixe
As mesmas larvas em água; pontas de flechas
indicam o ventrículo
Adultos de A. simplex inserindo suas cabeças no
estômago de um golfinho
Uma suspeita de tumor (1 e 2) foi confirmado com
anisaquíase (semelhante a 3)
Secção transversal de uma larva de Anisakis num granuloma
Linha lateral em forma de
cotilédone
Na parede espessada do íleo estirpado de um homem de
46 anos
Num tumor gástrico de um homem de
30 anos operado com suspeita de
úlcera
L3 avançada de A. simplex penetrando na mucosa
gástrica (a esquerda) e na parede do íleo (a direita)
Hiperemia ou sangramento
Retirada de uma larva de A. simplex da parede gástrica
de um paciente, fotografada por endoscopia.
Toxocara sp.
CLADO III
Larva migrans visceral
Animais ingerem ovos embrionados
e desenvolvem adultos
Adultos vivem no intestino
delgado do cão e do gato
Ovos saem nas fezes e
Embrionam no solo
SNC
FÍGADO
Ovos são
ingeridos
OLHO
PATOLOGIA
Larvas eclodem no
Intestino delgado e
atravessam a parede
Larvas migram
Para todos os órgãos
via circulação
Despommier, Clin. Microbiol. Rev., 16:265-272, 2003
Toxocara canis
Adultos
Ovo fertilizado
Microscopia de varredura da parte anterior de
Toxocara canis
Alas cervicais de Toxocarídeos
Toxocara canis
T. cati
Toxascaris leonina
Ovo fertilizado de T. canis
Porção do intestino delgado de um cão com T. canis adultos
Despommier, Clin. Microbiol. Rev., 16:265-272, 2003
238 Adultos de Toxocara canis de um único filhote
L3
Cobertura protéica de ovos de
Toxocara canis
Toxocara cati
Patologia e sintomatologia
A doença mais grave causada por T. canis no homem é chamada de “larva
migrans ocular” (LMO)
A LMO foi documentada pela primeira vez nos EEUU em 1950 quando
Nicols mostrou que 24 de 46 globos oculares enucleados em crianças de 3
a 13 anos de idade continham nematóides.
Desde essa época cerca de 2000 casos de LMO foram descritos em todo
o mundo.
O agente que causa a LMO em seres humanos é a larva de terceiro
estágio com 500 mm de comprimento.
O sinal mais importante é o aumento persistente de eosinófilos (resposta
tipo Th2), ocasionalmente chegando a 90%!!
Diagnóstico e tratamento
No caso de seres humanos, o diganóstico é fácil e definido se larvas são
encontradas em tecidos retirados por biópsia ou cirurgia.
Diagnóstico sorológico também é útil.
Geralmente o tratamento não é simples.
Albendazol é o quimioterápico utilizado para larva migrans visceral.
O tratamento é feito por cinco dias: 10 mg/kg de peso corporal/dia em
duas doses diárias.
LMO é tratada por cirurgia (vitrectomia), quimioterapia antihelmíntica,
e/ou corticosteróides.
Porção da retina de uma criança com LMO
Despommier, Clin. Microbiol. Rev., 16:265-272, 2003
Lesão num olho de menina de 8 anos enucleado
por suspeita de retinoblastoma
Cristalino
Lesão
Larva de Toxocara
Em corte transversala
Trichinella spp.
CLADO I
Triquinose, triquinelose
Página Web sobre Trichinella
http://www.trichinella.org/
HISTÓRIA DA TRICHINELLA
1835
James Paget, estudante
de medicina descobre
cistos de T. spiralis em
músculos de cadáver e
mostra para seu
professor, Richard
Owen, que os descreve.
25 anos
1860
Determina-se que esses
vermes causam uma
doença.
Características biológicas e distribuição de Trichinella spp.
Espécie
Distribuição
Características Biológicas
Trichinella spiralis,
sensu stricto
Cosmopolita
•Alto ICR* em ratos e porcos
•produção de larvas vivas/72h in vitro>90 (outros <60)
•sem resistência ao congelamento
T. nativa
Regiões Ártica e
subártica, Região
Holártica
•baixo ICR em ratos e porcos
•alta resistência ao congelamento
T. pseudospiralis
Cosmopolita
•célula acessória ausente
•infecciosa para pássaros
•ICR muito baixo em porcos, alto em ratos
•sem resistência ao congelamento
T. nelsoni
África tropical
•baixo ICR em porcos e ratos
•sem resistência a congelamento
T. britovi
Zona temperada,
Região paleártica
•baixo ICR em ratos e porcos
•baixa resistência a congelamento
*ICR = índice de capacidade reprodutiva
Ciclo de vida
Vários ciclos de Trichinella spp.
HUMANO
PORCO
DOMÉSTICO
CARNÍVOROS E
CARNICEIROS
HUMANO
ingestão
ingestão
T. spiralis
morte
CICLO DOMÉSTICO
ingestão
CARNÍVOROS E
CARNICEIROS
T. nelsoni
morte
CADÁVER E
PRESA VIVA
CARCAÇA DE
PORCO INFECTADO
HUMANO
T. spiralis e
T. britovi
CICLO SILVESTRE –
Zona Temperada
HUMANO
morte
CARCAÇA DE
ANIMAL
INFECTADO
CICLO SILVESTRE –
Zona Tórrida
ingestão
CARNÍVOROS E
CARNICEIROS
T. nativa
morte
CARCAÇA DE
ANIMAL
INFECTADO
CICLO SILVESTRE –
Zona Frígida
Tivelose – um açúcar de T. spiralis
HO
HO
HO
OH
3,6-dideoxy-d-arabino-hexose
Capó & Despommier, Cl. Microbiol. Rev. 9:47-54, 1996
BIOLOGIA:
01. Este nematóide é pouco usual, pois o mesmo indivíduo funciona
tanto como hospedeiro definitivo como intermediário, com as larvas
e os adultos localizados em órgãos diferentes
02. Além disso é o maior parasita intracelular do mundo!
03. Os adultos são parasitas intramulticelulares no epitélio intestinal, e
as larvas residem em células acessórias (nurse cells), cuja
formação eles mesmos induzem, no músculo esquelético.
04. Quando as larvas infectantes são ingeridas e atingem o intestino
delgado do hospedeiro, elas são liberadas das células acessórias e
entram na mucosa intestinal.
05. Quatro mudas, crescimento e cópula ocorrem dentro do epitélio da
mucosa dentro de 30 a 32 horas após a infecção.
06. Os vermes ficam dentro do citoplasma e ocupam uma fileira de
células intestinais.
07. Em 4 a 16 semanas a fêmea dá a luz centenas a milhares de
larvas e então morre e é expelida do hospedeiro. Machos copulam
diversas vezes mas morrem logo depois.
08. As larvas são carregadas pelo sistema porta-hepático através do
fígado e então para o coração, pulmões, e sistema arterial que os
distribui por todo o corpo.
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Trichuris trichiura