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DO AGU
IA R
mostra
FURNAS
Mudança Radical
• janeiro 2003 • Linha Direta nº 293
roupas de cores alegres. Para você ter uma
idéia, o meu guarda-chuva é vermelho”.
Quem olha para Coelho, com suas camisas de cores berrantes e estampas nada
discretas, não consegue imaginá-lo metido em um terno, com o pescoço apertado por uma gravata, em funções totalmente diferentes das que exerce
hoje na APA.G. “Eu sou contador, engenheiro civil, trabalhei como auditor
no BankBoston e 13 anos na Fundação Real Grandeza. Tinha que me
vestir como um executivo. Hoje, quando venho mais ‘comportado’, todos
estranham”, finaliza.
Norma
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“Trabalho em FURNAS há 27 anos e um
belo dia resolvi radicalizar: coloquei um
tamanco Dr. Sholl e uma camisa do exército cheia de emblemas. Daí em diante,
nunca mais andei arrumadinho”, conta
Sérgio Coelho Pinheiro, assessor técnico
da Assessoria de Programas Assistenciais
(APA.G). Coelho diz que não segue tendências e que é capaz de entrar em um shopping
e não comprar nada. Tem fascinação por
brechós e destaca que “as roupas têm
história: em 81, estava em Paris e comprei
uma calça caríssima em uma loja. Ao atravessar a rua, vi um brechó, entrei e comprei
outra calça seis vezes mais barata. A caríssima foi para ‘o espaço’ há muito tempo. A do
brechó uso até hoje, acreditem”. Indagado sobre como escolhe a roupa para vir trabalhar, ele
surpreende ao revelar o ritual que precede a sua
opção: “não faço nada de véspera. Eu acordo,
escuto uma música, tomo meu banho e o café e só
depois abro o armário. Em dias de chuva prefiro
22
Coelho
Sylvinha
A primeira edição da Linha Direta deste ano ficou
atenta ao movimento no pátio do Escritório Central na
hora do almoço. De olho na maneira de se vestir de seus
empregados, descobriu que há quem prefira um estilo
mais conservador. Outros, encarados por muitos como
“um tanto ou quanto arrojados demais para o meu
gosto”, optam pelo despojamento, que varia conforme
o estado de espírito como amanhecem o dia. E que há
ainda aqueles que se mantêm conservadores durante
o dia em função de seus cargos na Empresa, mas que,
lá fora, não abdicam do conforto de um jeans e um
par de tênis. Revelamos aqui algumas dessas
personalidades.
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TalentosHumanos
Humanos
Estilo Próprio
Quem também detesta seguir a
moda é a assistente administrativa do
Gabinete da Presidência (GP.P), Cátia
Marins França. “Misturo vários estilos,
crio a minha moda, porque não gosto
seu
Mansur
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estilo
FOTO RICARDO CÂNFORA
Cátia
Uma Certa Formalidade
de ficar parecendo com todo mundo”. Ela
acrescenta que sua maneira de vestir
independe do local onde trabalha, mas que
detesta “tudo que é mini: mini-saia, miniblusa, short etc”. Cátia é uma mulher que
chama muito a atenção. Do alto do seu 1,80m,
diz que detesta rotinas e que isso se aplica a
sua maneira de trajar.
Sylvia Maria de Souza Paes Taveiros, assessora técnica da Assessoria de Comunicação Social (ACO.P), partilha da mesma opinião ao afirmar que “estilo é o próprio estilo de
vida. Sou um mix de estilos”. Bastante exuberante com sua cabeleira loura, Sylvinha, como
é tratada pelos colegas, fala que o “conservadorismo de FURNAS não influi nas minhas
roupas”. E que as roupas que usa na Empresa
são as mesmas das horas de lazer, variando
apenas os complementos. “Se venho trabalhar com um terninho, um sapato em estilo
Chanel é bem-vindo. Fora daqui, um tênis cai
bem”, completa.
“Tive que me adaptar à situação.
Lá fora uso jeans, tênis e raramente
visto um terno”, declara Roberto Mendonça Mansur, assistente da Superintendência de Recursos Humanos (RH.G)
e chefe interino da Assessoria de Relações Sindicais (ARS.G). Estou em
FURNAS há quase 25 anos e, depois
que passei a usar paletó e gravata, as
pessoas estranhavam essa mudança.
Muitos me gozavam, me paravam e me
cumprimentavam”, relembra Mansur,
que faz um paralelo com esses novos
tempos. “É exatamente o que está acontecendo agora com a entrada dos novos gerentes, que já chegam primando
pela elegância”. Ao ser perguntado
sobre os muitos estilos que desfilam
por pátios e corredores, ele admite que
acha “interessante toda essa mistura
para quebrar um pouco da formalidade
da Empresa”.
Norma Pinto Villela, gerente do
Departamento de Meio Ambiente
(DMA.G), também faz algumas adaptações na sua maneira de trajar para
se adequar ao estilo FURNAS. “Lá
fora sou bem mais despojada. As
reuniões com gerentes que estão
sempre de terno e gravata, me exigem uma roupa mais formal”. Norma
conta que muitas vezes é solicitada
por diretores, o que a faz estar “100%
preparada para os imprevistos”. Ao
contrário dos outros entrevistados,
ela conta que escolhe a roupa na
véspera. “Nado diariamente às seis
horas da manhã. Às vezes a minha
previsão falha: coloco alcinha e está
o maior frio ou vice-versa. Mas eu
prefiro isso a acordar mais cedo ainda”, conclui.
Como podem observar, os empregados de FURNAS não se inibem
em exibir seus mais variados estilos.
Basta dar uma espiadinha no pátio e
ver qual deles mais se identifica com
o de vocês.
Linha Direta nº 293 • janeiro 2003 • 23
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FURNAS mostra seu estilo