Atividades humanas e a variação sazonal
da qualidade física, química e microbiológica da
água do trecho médio do rio Doce (MG):
REGO, B.A.S.1; CAMPOS, M. O. 1, MIRANDA, F. S., MOTA, T.G., MARQUES, M.M.S.1;
BARBOSA, F.A.R.2; MAIA-BARBOSA, P.M.3 , PINTO-COELHO, R.M.1
1 – Laboratório de Gestão Ambiental, Instituto de Ciências Biológicas / Biologia Geral, Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG)
2 – Laboratório de Limnologia, Instituto de Ciências Biológicas / Biologia Geral, Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG)
3 – Laboratório de Ecologia do Zooplâncton, Instituto de Ciências Biológicas / Biologia Geral, Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG)
CONDUTIVIDADE DOCE
COLIFORMES FECAIS DOCE
100
25.000
20.000
50
15.000
INTRODUÇÃO
10.000
0
5.000
CONDUTIVIDADE IPANEMA
SECA/ 04
CHUVA/ 05
SECA/ 05
0
CHUV A / 05
SE CA / 05
CONDUT IVIDADE DOCE
200
A região do trecho médio do rio Doce
atravessa uma importante região
econômica do estado de Minas Gerais,
onde predominam três atividades
interligadas: mineração, siderurgia e
reflorestamento com Eucaliptus sp.
Some-se a isso a existência de
agricultura e pecuária e a presença de
cidades de médio porte. O objetivo do
presente estudo foi o de avaliar a
qualidade das águas dos principais
tributários e do corpo central do médio
Rio Doce na tentativa de associar os
possíveis impactos que diferentes tipos
de atividades humanas causam na
qualidade das águas.
COLIFORMES FECAIS DOCE
100
0
Mapa 1
SECA/ 04
CHUVA/ 05
SECA/ 05
CONDUTIVIDADE IPANEMA
SÓLIDOS TOTAIS IPANEMA
40
CONDUTIVIDADE PIRACICABA
20
100
0
SE CA / 04
50
CHUV A / 05
SÓLIDOS TOTAIS SEVERO
0
SÓLIDOS TOTAIS IPANEMA
SECA/ 04
CHUVA/ 05
SECA/ 05
30
CONDUTIVIDADE PIRACICABA
20
COLIFORMES FECAIS IPANEMA
10
4000
0
SECA/ 04
CHUVA/ 05
2000
COLIFORMES FECAIS PIRACICABA
SÓLIDOS TOTAIS SEVERO
0
CHUVA/ 05
100.000
METODOLOGIA
50.000
SECA/ 05
COLIFORMES FECAIS IPANEMA
0
CHUV A / 05
CONDUTIVIDADE PEIXE
SE CA / 05
CONDUTIVIDADE SEVERO
COLIFORMES FECAIS PIRACICABA
As coletas de amostras de água foram
realizadas em julho/04 (seca/04),
fevereiro/05 (chuvas/05) e julho/05
(seca/05), representando os períodos de
seca e chuva da região, respectivamente.
Foram analisados oito tipos de ambientes
riparios: rio Doce, rio Piracicaba, ribeirão
Ipanema, ribeirão Severo, rio do Peixe, rio
Santa Bárbara, ribeirão Barão de Cocais e
ribeirão Caraça. Foram mensuradas as
seguintes variáveis: temperatura, pH,
oxigênio, condutividade, turbidez, sólidos
totais (queima em mufla), DBO, clorofila-a
(acetona a frio) e coliformes fecais (tubos
múltiplos). No presente trabalho mostramos
apenas os dados de sólidos totais,
condutividade e coliformes fecais.
60
100
Gráfico 1 – Riqueza de espécies em lagoas da bacia do
médio rio Doce.
40
50
20
0
SECA/ 04
CHUVA/ 05
SECA/ 05 0
SE CA / 04
CHUV A / 05
SÓLIDOS TOTAIS DOCE
120
70
SE CA / 05
20
CONDUTIVIDADE PEIXE
CONDUTIVIDADE SEVERO
-30
• A diversidade foi maior na lagoa Malba (H’= 2,03), que não contêm espécies exóticas.
• A espécie mais abundante foi a exótica, Pygocentrus nattereri.
SÓLIDOS TOTAIS PEIXE
30
• As lagoas com espécies exóticas de peixes, apresentaram riqueza de
espécies nativas inferiores às sem exóticas.
COLIFORMES FECAIS SEVERO
20
10
3.000
0
SE CA / 04
CHUV A / 05
2.000
1.000
SÓLIDOS TOTAIS PIRACICABA
SÓLIDOS TOTAIS PEIXE
0
CHUV A / 05
SE CA / 05
60
COLIFORMES FECAIS SEVERO
40
20
COLIFORMES FECAIS PEIXE
0
SECA/ 04
4.000
3.000
2.000
1.000
0
COLIFORMES FECAIS BARÃO DE
COCAIS
2.000
CHUVA/ 05
1.000
CHUVA/ 05
SÓLIDOS TOTAIS PIRACICABA
SECA/ 05
COLIFORMES FECAIS PEIXE
0
Espécies
Nativas
CHUVA/ 05
SECA/ 05
COLIFORMES FECAIS BARÃO DE COCAIS
CONDUTIVIDADE SANTA BÁRBARA
60
40
SÓLIDOS TOTAIS BARÃO DE COCAIS
20
0
SE CA / 04
5
CHUV A / 05
SE CA / 05
CONDUT I V I DA DE SA NT A B Á RB A RA
0
SECA/ 04
RIBEIRÃO BARÃO DE COCAIS
CHUVA/ 05
SÓLIDOS TOTAIS BARÃO DE COCAIS
SÓLIDOS TOTAIS SANTA BÁRBARA
30
20
10
0
SECA/ 04
CONDUTIVIDADE BARÃO DE COCAIS
CHUVA/ 05
SÓLIDOS TOTAIS SANTA BÁRBARA
100
50
COLIFORMES FECAIS SANTA
BÁRBARA
0
SE CA / 04
CHUV A / 05
SE CA / 05
20.000
CONDUT I V I DA DE B A RÃ O DE COCA I S
10.000
0
CHUV A / 05
RIBEIRÃO CARAÇA
SE CA / 05
COLIFORMES FECAIS SANTA BÁRBARA
CONDUTIVIDADE CARAÇA
15
10
5
0
SE CA / 04
CHUV A / 05
SE CA / 05
CONDUTIVIDADE CARAÇA
COLIFORMES FECAIS CARAÇA
SÓLIDOS TOTAIS CARAÇA
1000
Tabela 1 – Lista das espécies de peixes coletadas em lagoas da750
bacia do
500
250
médio rio Doce / 2005.
6
5
4
3
RIBEIRÃO
IPANEMA
0
2
1
CHUVA/ 05
SECA/ 05
0
SE CA / 04
CHUV A / 05
COLIFORMES FECAIS CARAÇA
SÓLIDOS TOTAIS CARAÇA
s
Mapa 2
RIO PIRACICABA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foi constatado que os ribeirões Ipanema e Barão de Cocais bem como os rios Doce e Piracicaba são tidos como os mais prejudicados pela ação antrópica (mapa 2) uma vez que esses pontos
mostraram sistematicamente os valores mais elevados de condutividade, sólidos e também os valores mais elevados para os coliformes fecais (exceção feita ao córrego Ipanema). O ribeirão Caraça,
que percorre boa parte do seu curso dentro de uma unidade de conservação, foi o ambiente que mostrou a melhor qualidade de água, com baixa concentração de sólidos totais e uma das mais
baixas concentrações de coliformes fecais e totais. Do ponto de vista microbiológico, o rio Piracicaba destacou-se de modo nítido em relação aos demais pelos seus elevados níveis de coliformes
fecais. Como conclusão preliminar da pesquisa, nota-se que a maioria dos ambientes estudados apresenta fortes indícios de contaminação por águas servidas de origem urbana. Apoio: projeto
FAPEMIG/FUNDEP “Rio Doce” - 5734 (EDT 1541/03).
RIO DOCE
RIBEIRÃO SEVERO
SE CA / 04
CHUV A / 05
SÓLIDOS TOTAIS DOCE
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Slide 1 - Ecologia e Gestão Ambiental - UFMG