A TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL APÓS SUA INSERÇÃO NO SISTEMA INTERNACIONAL Orlando José Guterres Costa Júnior 1 Resumo: Partindo dos problemas da conceituação de “sociedade civil” e da divergência de significados mediante projetos políticos opostos, o texto avalia a transformação da sociedade civil após sua inserção no sistema internacional, transformação em larga escala motivada pelos organismos internacionais, que, sob orientação neoliberal, pretendem modificar a imagem da sociedade civil de “espaço para a discussão política da sociedade” para “espaço para a aplicação de políticas publicas em conjunto com o Estado”, visando solapar a responsabilidade do Estado com seus indivíduos, cortando seus custos, e eliminando o debate político na sociedade. Palavras-chaves: sociedade civil, organizações não-governamentais, neoliberalismo, sistema internacional. Abstract: Beginning with the problems of conceptualization of “civil society” and the divergence of meanings due to political opposing projects, this article evaluates the transformation of the civil society after its insertion in the international system, transformation on a large scale motivated by international organisms, that, under a neoliberal orientation, intend to modify the image of the civil society of “arena for the society’s political debate” to a “space for the application of social programs in collaboration with the State”, aiming at a decrease of the State’s accountability with its citizens, decreasing its costs, and eliminating the society’s political debate. Keywords: civil society, non-governmental organizations, neoliberalism, international system. 1 Graduando. Universidade Federal do Maranhão. E-mail: [email protected] I. INTRODUÇÃO Presenciamos um novo momento na política internacional. As discussões sobre “soberania” e “interesse nacional” não correspondem mais ao cerne dos debates. A idéia de uma sociedade civil mundial já se tornou o principal tema deste começo de século, entretanto, o contexto em que a discussão surge já não é mais o Estado, mas a governança global e a Nova Ordem Mundial. O Estado nacional aparenta não ser mais a fonte legitima e exclusiva de importantes decisões políticas, o vinculo entre soberania territorial e a político-jurídica demonstra ter se dissolvido, enquanto a própria soberania apresenta-se fragmentada e mais complexa. As estruturas detentoras do poder efetivo criam leis, impõem decisões, estipulam regras, e fazem tudo isso sem serem necessariamente democráticas, transparentes ou responsabilizáveis (COHEN, 2003).As decisões são tomadas no âmbito internacional, aumentando a distância entre a população e os verdadeiros centros decisórios. O individuo, agora um “cidadão internacional”, não é um sujeito de direito internacional, entretanto, seu ativismo político criou a necessidade de interação entre forças governamentais e não-governamentais na discussão de novos desafios econômicos, sociais e políticos (RIGGIOROZZI & TUSSIE, 2003). Nesse ponto, é necessário observar o papel da sociedade civil na arena internacional, partindo de sua difícil conceituação até as conseqüências da ação conjunta com os organismos internacionais no seio da própria sociedade civil. II. A SOCIEDADE CIVIL Atualmente, seu conceito é de difícil definição. Com um significado bem amplo, Céli Regina Jardim Pinto (2006) classifica a sociedade civil como ”a forma de organização da própria sociedade, na qual cada indivíduo encontra sua pertença como cidadão de direito”. Para a maioria dos autores, assim como a sociedade civil pode ser invocada para fazer oposição ao capitalismo, para propor programas democráticos radicais, questionar o Estado, o neoliberalismo, e propor uma outra globalização, é também em seu nome que se elogia a atual fase histórica e se minimizam os efeitos das políticas neoliberais, chamando a sociedade para compartilhar encargos até então de responsabilidade do Estado 2 (DAGNINO, 2004; NOGUEIRA, 2003, PINTO, 2006). Admiti-se que o problema da conceituação de “sociedade civil” é oriundo da fragmentação, diferenciação e complexidade da própria sociedade contemporânea, que se reflete na abrangência de temas abordados pelas entidades civis. Entretanto, este problema terminológico não significa uma sociedade desorganizada, esta denominação cabe aos excluídos, aqueles que estão à margem da sociedade em geral (NOGUEIRA, 2003; PINTO, 2006). Na evolução histórica do conceito de “sociedade civil” durante o século XX, observa-se que até meados da década de 1980, sua definição era mais unitária. Fortemente associada à elaboração marxista de Antonio Gramsci, representava um espaço de lutas políticas e empenhos hegemônicos. Após os anos 80, as transformações causadas na sociedade pelo neoliberalismo acabaram por repercutir na sociedade civil (NOGUEIRA, 2003; BARROS-PLATIAU, 2001; DAGNINO, 2004). Alem da fragmentação e diferenciação da sociedade, já citadas, Marco Aurélio Nogueira (2003) levanta três outras causas para a fragmentação e diferenciação da própria sociedade civil. Primeiro, o processo de integração econômica através da formação de mercados transnacionais relativizou o poder dos Estados, criando maior autonomia da esfera privada perante a pública. Segundo, as transformações socioculturais associadas à globalização modificaram o funcionamento da mídia, criando um modo de formação de consenso, travando a formação e o desenvolvimento de formas politizadas de consciência, fazendo-se sentir os efeitos principalmente sobre os movimentos políticos de esquerda. Terceiro, a crise do Estado de democracia representativa, demonstrada pela ineficiência dos governos e pelo esvaziamento dos partidos políticos, resultou no crescimento do ativismo comunitário. Os variados setores sociais têm seus próprios interesses a defender. A ineficiência dos Estados em atender as suas reivindicações criou a descrença no governo e nos partidos políticos, resultando na busca de uma via alternativa. Esta via foi encontrada na esfera privada através de novos movimentos sociais de determinados setores. Para cada interesse em que o Estado se mostrava ineficiente em proteger, surgia um novo movimento social, e assim, vimos surgir uma nova leva de movimentos, principalmente na América Latina. Somando-se aos movimentos feministas, ambientalistas, pacifistas e trabalhistas, 2 Vide a quantidade de “escolhinhas” mantidas no interior de associações de moradores de comunidades carentes. apareceu o movimento dos favelados, dos homossexuais, movimentos em prol da proteção do menor, o movimento dos sem-terra, dos moradores de rua, etc. Surgiu então uma arena não mais regulada pelo Estado, não institucionalizada, apartidária, “uma terra de liberdade, ativismo e generosidade social” (NOGUEIRA, 2003), impulsionando a idéia de que se havia formado uma “terceira esfera”, ou “Terceiro Setor”, em separado do Estado e do mercado (AVRITZER apud NOGUEIRA, 2003). Para Maria Riggiorozzi e Diana Tussie (2003), a contribuição da sociedade civil no cenário internacional, através de mobilizações e campanhas para a promoção do cumprimento de normas internacionais pelos Estados, não pode ser subestimada. O ativismo global foi bem sucedido na incorporação de condições de proteção do trabalho, considerações sobre meio ambiente e consumidores nos acordos internacionais, na mesma medida em que muitas ONGs têm demandado maior participação em procedimentos e decisões, e maior liberação pública de informações. Sob constante pressão, os organismos internacionais iniciaram um processo de abertura em relação às organizações não-governamentais,variando a forma e o ritmo dessa abertura de acordo com a natureza burocrático-administrativa de cada instituição. Organizações como o Fundo Monetário Nacional (FMI), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial, encontraram-se sob forte cerco no inicio da década de 1990, na campanha “50 Anos Bastam”. As entidades civis participantes reclamavam por maior transparência e maior participação nas ações dos organismos internacionais (RIGGIOROZZI & TUSSIE, 2003). Essas organizações, chamadas de “organizações de serviços” (COX & JACOBSON apud RIGGIOROZZI & TUSSIE, 2003), caracterizadas pelo provimento de serviços internos e liberação de fundos aos Estados, tiveram que incorporar as entidades da sociedade civil no seu modus operandi. Durante a década de 70, o amadurecimento do ativismo de entidades feministas, pacifistas e ambientalistas, proporcionou à ONU a necessidade de uma abertura adicional em sua agenda para a inclusão de temas lançados em pauta pelas ONGs, A partir desse momento, as agências especializadas das Nações Unidas passaram a admitir as ONGs como consultoras e implementadoras de programas. É notável o papel das ONGs na Conferência sobre o Meio Ambiente Humano, de 1972, em Estocolmo (Suécia), onde as 250 ONGs participantes tiveram suas preocupações sobre o desenvolvimento humano incluídas na pauta, assim como muitas organizações nãogovernamentais receberam o status de observador para futuras conferencias das Nações Unidas. Essa conferencia não só lançou as bases da extensão da participação da sociedade civil em arenas da política global, como também redefiniu as relações entre as próprias ONGs, inaugurando a organização das ONGs em redes. Nos anos 80, o ressurgimento das hostilidades à sociedade civil, causado pelo avanço neoliberal, desacelerou as iniciativas do período anterior. As ONGs mudaram o foco de suas demandas para a natureza fechada dos procedimentos de debate e à tomada de decisão dentro da Assembléia Geral e do Conselho de Segurança, mas, não tiveram o mesmo êxito em relação à influência que as entidades não-governamentais exerciam nas agências especializadas (RIGGIOROZZI & TUSSIE, 2003). Com o fim da Guerra Fria, mudanças sensíveis na sociedade civil revelaram que esta também sofreu influências neoliberais. Por trás da participação de entidades civis nas organizações internacionais, observou-se um movimento contrário, pelo qual os organismos internacionais também alteram a estrutura dessas entidades. Em meio a essas transformações, as ONGs expandiram o seu espaço a ponto de quase todos os órgãos do sistema ONU ampliarem o escopo dos Departamentos de Relações Exteriores e Oficiais de Contatos com as organizações não-governamentais. Na década de 1990, muitas ONGs dirigiram seus esforços para a abertura e reforma das instituições financeiras internacionais, resultando em movimentos como o já mencionado “50 Anos Bastam” e seus respectivos resultados. A exceção foi as Nações Unidas, que por sua ampla agenda, e pela própria transformação da sociedade civil, as incorporou com maior facilidade (RIGGIOROZZI & TUSSIE, 2003). Atualmente, ONGs e outras entidades funcionam como mediadoras entre os bancos de desenvolvimento e as populações locais. Essa atitude beneficia tanto a organização financiadora, que tem o risco de seus portfólios de empréstimo reduzido e o impacto de seus projetos maximizados, quanto à sociedade local, que recebe a oportunidade de fazer considerações sobre os aspectos sociais de tais projetos (RIGGIOROZZI & TUSSIE, 2003). III. A REPRESENTATIVIDADE DAS ONGs É preciso lembrar que a sociedade civil não é constituída somente por ONGs, mas quase todo espaço possível para a reivindicação popular, assim, como foi permitido que tanto o Estado quanto os organismos internacionais reconhecessem somente as organizações não-governamentais como as verdadeiras representantes da sociedade? Há varias diferenças entres as ONGs e as outras entidades da sociedade civil, como os movimentos sociais, por exemplo. É certo que várias ONGs surgiram de movimentos sociais, entretanto, elas não os substituem e nem são sua evolução, mas se relacionam profundamente com eles. As ONGs são formalizadas, uma organização só existe por projetos que a sustentam, possuem metas a cumprir, e programas pré-estabelecidos e financiados, enquanto os movimentos sociais são menos estruturados, não prestam contas e não possuem grupos profissionais o sustentando. Observa-se que os movimentos sociais não são sua única origem. A origem da entidade não-governamental define suas relações com a causa defendida: Esta não é a sua única origem, também surgiram de grupos de profissionais envolvidos com causas específicas, de ex-militantes políticos, tanto os que tiveram carreira interrompida pelo golpe militar, como os que se desiludiram e deixaram os partidos políticos por outras razões [...] A ONG pode tanto representar interesses próprios (uma ONG formada por homossexuais destinada a aumentar a participação social dos homossexuais) quanto interesses de terceiros (uma ONG formada para proteger menores de rua). (PINTO, 2006, pag) Segundo Silvio Caccia Bava (2001), ex-diretor da Associação Brasileira de ONGs (ABONG), a importância das organizações não-governamentais deve-se ao poder que tais entidades possuem em mobilizar a opinião pública, e o impressionante prestigio que detêm junto à mesma. A confiança conquistada pelas ONGs pode ser atribuída ao fato de difundirem suas mensagens diretamente ao publico, de serem capazes de formar coalizões, pela clareza de seus pleitos, por agirem com a velocidade da internet e por saberem falar para a mídia. Destaca-se ainda a flexibilização de suas estruturas, sua capacidade para mobilizar recursos privados e o seu pessoal extremamente dedicado (DEL’OLMO, 2006). Para Céli Regina Jardim Pinto (2006), a legitimidade das ONGs são frutos de dois fatores, elas apontam um conjunto de temas que não são geralmente abordados pelos tradicionais partidos políticos, ou que ainda não participam dos “tradicionais grandes temas da política brasileira”, assim como pelo modo que interagem entre si e com outros membros da sociedade civil. Evelina Dagnino (2004) afirma que o Estado vê a representatividade das ONGs na medida em que elas detêm um conhecimento especifico sobre o interesse defendido, originado no vinculo existente (passado ou presente) entre a organização e o setor social correspondente, mas, contrapõe que essa representatividade advém mais de uma coincidência entre os interesses dos dirigentes das organizações e da sociedade, do que de uma articulação entre as ONGs e o setor social “representado”. Para Dagnino (2004), o deslocamento da representatividade da sociedade civil para as organizações nãogovernamentais não é inocente, mas é interessado em diminuir a imagem da sociedade civil de “espaço para a discussão política da sociedade”, para a manutenção de uma imagem de “arena para a aplicação de políticas públicas por parte do setor privado em parceria do Estado”. Segundo Dagnino (2004), o papel das agências internacionais tem sido constantemente apontado na raiz desse deslocamento. A vinculação das ONGs aos órgãos internacionais, que as financiam, modifica o funcionamento das organizações nãogovernamentais, satisfazendo as exigências de ajustes estruturais impostas pelos organismos internacionais, sob orientação neoliberal. Na agenda dos organismos internacionais, a participação da sociedade civil aparece reduzida a uma cooperação solidaria entre os cidadãos, mediada pelo Estado, ausente de sentido político (BARBOZA & FREIRE, 2006). As ONGs ficam então responsáveis perante suas agências financiadoras, não mais perante os movimentos sociais. V. CONCLUSÃO A sociedade civil organizou-se internacionalmente, e teve que arcar com os custos desse processo. Supõe-se que à medida que ela se integrava no sistema dos organismos internacionais, tanto estes organismos como as entidades da sociedade civil tiveram que se adaptar para o trabalho em conjunto. As organizações internacionais abriram a pauta para temas propostos pelo ativismo global, enquanto este se modificou em resposta à agenda dos organismos internacionais. Entretanto, a sociedade civil pagou mais caro. A transformação neoliberal presenciada no seu interior criou um setor sem responsabilidade perante os movimentos sociais, reais detentores dos interesses ditos representados pelas ONGs, o pivô desse processo. Entidades da sociedade civil ficaram responsáveis perante as agências internacionais, suas financiadoras, e agora contribuem para a manutenção da imagem de “arena para a aplicação de políticas públicas da parte do setor privado em parceria com o Estado” da sociedade civil, reduzindo o seu papel de “palco para a discussão política da sociedade” (NOGUEIRA, 2003). Poder-se-ia dizer que as agencias internacionais – ao lado de determinados setores políticos dos Estados nacionais - foram responsáveis pela proliferação do projeto neoliberal de sociedade civil, a “sociedade civil liberista”, base ideológica do “Terceiro Setor”, responsável por reduzir as ações sociais de entidades civis a um simples assistencialismo, eliminando os debates, quando não a implementação de programas de políticas públicas de responsabilidade originaria do Estado. Cabe agora ressaltar, com que finalidade tem-se tentado modificar a imagem da sociedade civil? Há duas finalidades visíveis, estreitamente ligadas. Primeiro, diminuir os encargos do Estado, passar para a sociedade civil todas aquelas responsabilidades sociais estatais, como se a sociedade civil tivesse condições de substituir o Estado na aplicação de políticas públicas. Segundo, acabar com a discussão política no seio da sociedade civil, na medida em que esta se torna somente a aplicadora de programas sociais. O projeto neoliberal para a sociedade civil visa reduzir a responsabilidade social à mera caridade, representada pela filantropia e pela total ausência de qualquer referência a direitos universais ou ao debate político sobre as causas da pobreza e da desigualdade, trocando as ações públicas permanentes e gerais por iniciativas ou locais não necessariamente coordenadas, eliminando gradualmente a responsabilidade estatal para com a questão social, negando as demandas por direitos sociais das décadas passadas (DAGNINO, 2004; NOGUEIRA, 2003). Devido à escassez de recursos e a urgência da situação a ser enfrentada, setores da sociedade civil se rendem a essa responsabilidade social “caridosa” na esperança de atenderem um reduzido número de desvalidos. Essa substituição do Estado pela sociedade civil é possível? Não. Por sua própria natureza, as entidades civis, principalmente as ONGs, são incapazes de tomarem para si as responsabilidades do Estado. Não há duvida sobre a importância da atividade de determinadas ONGs, responsáveis por grandes demandas sociais, como a transparência na política, respeito aos direitos humanos, e a participação igualitária de variados setores sociais, entretanto, os resultados alcançados pelas entidades civis em diminuir a desigualdade social e melhorar as condições de vida dos setores excluídos são fragmentados, limitados e provisórios. BIBLIOGRAFIA BARROS-PLATIAU, Ana Flavia. Novos Atores, Governança Global e Direito Ambiental Internacional. In: CUREAU, Sandra. (Org.). Meio Ambiente. 1 ed. Belo Horizonte: Lastro, 2004, v. 1. Disponível em: www3.esmpu.gov.br/serie-grandes-eventos-meioambiente/AnaFlaviaBarrosPlatiau_Novos_atores.pdf>. Acesso em: 07 fev. 2009. BAVA, Silvio Caccia. As ONGs e a Opinião Pública. Disponível em: <http://www.pfilosofia.xpg.com.br/04_miscelanea/04_14_outros/outros_06.htm> acesso em 06 jan. 2009. COHEN, Jean L.. Civil society and globalization: rethinking the categories. 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