ANO IX N° 1 JANEIRO / FEVEREIRO 2009 Editor Mauro Kleiman Publicação On-line Bimestral Comitê Editorial • Mauro Kleiman • Márcia Oliveira Kauffmann • Maria Alice Chaves Nunes Costa • Viviani de Moraes Freitas Ribeiro IPPUR / UFRJ LABORATÓRIO REDES URBANAS LABORATÓRIO DAS REGIÕES METROPOLITANAS Coordenador Mauro Kleiman Equipe Aline Alves Barbosa da Silva, Ca ro l i n a Rezen d e Kro f f , Fernanda Comenero Melo de Moura, Priscylla Conceição Guerreiro dos Santos, Carolina Thibau Teixeira Araujo Pesquisadores associados Au d rey S eo n , H u mb erto Fe rrei ra d a S i l v a Márcia Oliveira Kauffmann, Maria Alice Chaves Nunes Costa, Viviani de Moraes Freitas Ribeiro, Vi n í ci u s Fe rn a n d es d a S i l v a Índice Política viária e mobilidade nas metrópoles brasileiras Mauro Kleiman...........................................................................................Pág. 2 O Território das Vans: uma análise da mobilidade através do transporte informal no bairro de Santa Izabel, em São Gonçalo – RJ Aline Alves Barbosa da Silva...................................................................Pág. 7 Política viária e mobilidade nas metrópoles brasileiras Mauro Kleiman A política territorial de automotivo. O automóvel por sua mobilidade espacial nas metrópoles flexibilidade, brasileiras, com foco na questão da velocidade política viária, ilustrado pelo caso do padrão para os deslocamentos no Rio capitalismo, de Janeiro, traz alguns autonomia e capacitou-se com como um papel elementos para uma reflexão sobre fundamental no modelo racional - o funcionalista – como articulador de tema, relacionando-o com a partes questão do planejamento. estanques da urbe Orientamos nossa reflexão fragmentada - que tem impactos, com base em dois escopos de com a acentuação de seu uso na interpretações. O Principal deles concepção insere-se no corpo do debate sobre estratégico e sua expressão na transportes metrópole. na cidade, que do Quando acentuasse no marco atual do novo modelo aborda-se os avanço do capital, incorporando transportes automotivos no âmbito novos elementos que visam romper urbano ressalta-se sua relação para a estanqueidade de sua análise além de seu papel funcional na como técnica, e a dicotomia de sua economia na questão de mobilidade referencia como condicionante do causa ou populacional espacial tomada como processo de um recurso social importante. urbanização buscando estabelecer Assim, o que está em jogo na a relação direta entre seu papel na metrópole são as possibilidades e mobilidade e interconexões que restrições de mobilidade por classe propiciam social. a estruturação do Por esta ótica, entende-se território. a como constituinte desta mobilidade interpretações a combinação entre o acesso ao sobre a relação entre os modelos de veículo automotor, e a existência planejamento urbano e o transporte qualitativa O segundo interlocução com refere-se de rede viária 2 compreendida como infra-estrutura motorização. que permite a ligação física, mas seja por automóveis particulares, principalmente a ligação social entre seja por uso do ônibus, vans, os elementos do território, sendo, kombis, assim, ligada à opção rodoviarista, aos um equipamento de Estas táxis e motorização, mototaxis está interesses da sentido, existiria um nexo entre a automobilística, ao possibilidade de deslocamentos e a organização renda mais alta, e constrangimentos método de produção e ao modo de à mobilidade da camada de renda vida. As metrópoles tem cada vez baixa com restrições ao acesso ao mais veículos nas ruas, sobrepõem- emprego, maiores tempos e custos se, justapõem-se, ziguezagueiam e de conflitam-se seus fluxos em várias solidariazação urbana. viagem, Neste e mesmo das indústria modelo de cidades, ao direções e horários. impossibilidade de movimentos. Neste artigo vamos abordar a De 1970 a 2000 a frota de questão da mobilidade cotidiana na automóveis particulares cresce seis metrópole Janeiro, vezes (passa de 350.000 veículos fortemente vinculada ao automóvel para mais de 2.000.000) com índice – de motorização na cidade do Rio de do particular Rio e de coletivo. Nossa a Janeiro de 3,56 habitantes/veículo existência de diferentes graus de (GEIPOT, Detran), sendo em 1960 mobilidade entre as classes sociais de 23,4 hb./veículo. Os ônibus conforme na passam, por sua vez, de 10.000 território veículos para 15.000, mais 1.200 metropolitano, sua dependência ao microônibus, compondo 411 linhas automóvel e à tipologia de rede intermunicipais viária municípios metropolitanos, e 1.005 hipótese central sua estruturação prende-se localização do que possibilita os e 1.268 linhas ligando a metrópole a municípios deslocamentos. No caso brasileiro, e mais suprametropolitanos. (PDTU 2003). especificamente no Rio de Janeiro, O aumento por número de viagens os deslocamentos para atividades por obrigatórias municípios supra-metropolitanos na e não-obrigatórias ônibus e automóveis para do Região Serrana (mais 30% no modal automotivo, observando-se período de 1985-2005 em relação a uma década anterior); Região dos Lagos dependem majoritariamente intensa e crescente 3 (orla oceânica a leste do Rio de urbano e metropolitano e o número Janeiro, com mais 48% no mesmo de período); mostra a extrapolação da intermunicipais por ônibus e, na metrópole (dados das última década também por veículos concessionárias de estradas de coletivos de pequeno porte (vans, viagens intramunicipais e kombis, peruas), impôs um conjunto rodagens pedagiadas – 2005). A partir de 1996 inicia-se o de obras de readequação da rede transporte coletivo de passageiros viária, com vias expressas, túneis através comerciais extensos, viadutos, elevados. Para leves de pequeno porte (vans e a Região Serrana foi fundamental: kombis). A frota deste tipo de (a) o alargamento das pistas da BR- veículo 040 (Rodovia Washington Luís) no de veículos apresenta crescimento muito forte (já são 11.000 veículos trecho na Região Metropolitana do Rio de aumentando a velocidade máxima Janeiro, sendo que destes a metade permitida são clandestinas, e atingem 40.000 reduzindo-se, por efeito, o tempo de veículos no Estado do Rio – dados viagem com as cidades serranas; da de (b) a construção (no início dos anos Transportes Urbanos 2005 e Plano 90) da via-expressa Linha Vermelha Diretos de Transportes Urbanos que permite articulá-las em menor PDTU 2005). Este tipo de veículo já tempo com o Centro da Metrópole e é responsável pelo deslocamento Zona Sul, através de vias elevadas de um número muito expressivo de e túneis. Secretaria Municipal passageiros da Baixada (para Fluminense, 110 km/h), (1.600.000 Esta acentuação do uso do passageiro/dia na metrópole do Rio automóvel estará dada pelos novos de Janeiro representando entre 18% métodos de produção, pelo modo e 24% do total – dados PDTU 2005 de e Federação dos Transportes – espalhada em novos pontos difusos Fetranspor RJ 2003), já contando com fragmentação de atividades e com 353 linhas com viagens no horários para além dos limites da sentido periferia distante – Centro, Região periferia crescimento de áreas de renda imediata – Centro e interbairros. A escala vida e pela configuração Metropolitana e o baixa em enclaves no seu núcleo da frota de (que intensifica o uso de veículos automóveis particulares no âmbito comerciais leves, o que determina 4 movimentos simultâneos, reconhecimento sobrepostos, justapostos, diferenciadas macro e micro; ziguezagueantes, mobilidade com de novo escalas b) re-hierarquizando as vias uma caráter de mais importantes, e o que suprapendular). Em contrapartida predetermina seus fluxos, e os eixos não verifica-se a formulação de uma metropolitanos política viária, à qual deveria estar rápido sem cruzamentos na direção associada dos a uma política de vetores de deslocamento densificados expansão, um plano geral das vias de trafego, expressas exclusivas para ônibus; conjugado a inovações quanto ao vias uso dos veículos automotores. No longitudinais; momento atual, o que temos no Rio penetração da estrutura urbanística de Janeiro restringe-se a ações existente (exemplo: conclusão da pontuais e parciais baseadas na Radial Oeste até a Zona Oeste); tentativa de restrições ao uso e a rehierarquização/reorganização das deslocamentos vias modal de de transportes que trataria de pensar pelo criação e transversais nos vias distribuidoras vias eixos radiais internas de aos características bairros eliminando cruzamentos que regressivas, ou seja, tem mobilidade bloqueiam o trafego, e devolvendo quem pode pagar por ela, e por às ruas sua função residencial; e oposto à um Plano de viadutos, elevados e mobilidade aqueles de menor renda. mergulhões na metrópole. Tudo isto automotivo com tem constrangimentos de teria como objetivo propiciar maior Transporte mas não temos um mobilidade para camadas de menor Plano de Rede Viária para dar renda e desbloquear o fluxo de suporte a estes transportes. O que veículos para cortar o custo social necessitamos é dos congestionamentos. entendimento que Tem-se até Planos de a um A mobilidade modo de conclusão, espacial depende de um Plano poderíamos pensar que a política Viário e planejamento a longo prazo viária deve sofrer uma inversão do do sistema viário: seu caráter atual regressivo para a) em âmbito metropolitano: o que leva consórcios a negociações intermunicipais e um caráter progressivo. A força de e trabalho – a camada de menor o renda, está submetida a um prolongamento de sua jornada de 5 trabalho pelo aumento dos tempos essencial de sua urbana nos seus vários sentidos, localização no território mas pelos pois a metrópole e a mobilidade não entraves podem viagem não e só pela constrangimentos a ser qualidade de vida compreendidas de gerados pelos automóveis e por um maneira dissociada. Aumentar as sistema viário seccionado (como possibilidades de deslocamentos, que) cortado em vários pontos, e ao invés de pensar em limitá-los é o tendo um conjunto de limitadores desafio penalizadores ao uso do automóvel. principalmente No outro extremo a camada de camada de baixa renda. Torna-se maior renda por conta do mesmo necessário inverter o pensamento atual sistema viário tem cada vez sobre a questão da mobilidade: mais entraves ao seus fluxos de diante da dificuldade de reverter os deslocamentos, o que incide na deslocamentos rede como um todo aumentando os automotivo impõe-se a reflexão por bloqueios à camada de menor planejamento renda. espacial Um Plano Viário seria a do Rio de Janeiro, no que toca por da baseado a modal mobilidade numa característica progressiva tendo em base conta uma política viária que articule anterior a um plano de transportes. a rede e aquilo que nela circule, Como a maioria dos deslocamentos buscando introduzir inovações. necessária e obrigatória é feita pelo modal automotivo e este veículo não tende a desaparecer, pelo contrário, tem acentuado seu uso diante da fragmentação da produção e do modo de vida (e como os investimentos em outros modais tem maior custo e fazem face aos interesses da indústria do automóvel) temos que parar de “vilanizar” o automóvel e tratar de repensar sua base de fluxo – a rede viária – para pensar a questão da mobilidade espacial como fenômeno social, já que, acessibilidade é 6 O Território das Vans: uma análise da mobilidade através do transporte informal no bairro de Santa Izabel, em São Gonçalo – RJ Aline Alves Barbosa da Silva Para este artigo escolhemos serviços de necessidades básicas, um estudo de caso fundamentado como o serviço de saúde, por na importância que tem o transporte exemplo, que por sua vez, se para a população residente no relacionam aos meios através dos bairro de Santa Izabel em São quais essa população se desloca, Gonçalo - RJ. Por se tratar de uma pois se trata de um bairro distante, região aproximadamente, 10 km do centro pouco privilegiada em relação aos serviços básicos, que prioritariamente deveriam comercial mais próximo. ser 2- Mobilidade da população garantidos pelo Estado, o meio na área de estudo através do qual essa população Como encaramos a acessa esses tais serviços se ligam mobilidade em sua relação com a diretamente capacidade às opções de de deslocamento e transposição de fronteiras, através deslocamento. 1- Caracterização da área das diversas opções de modais, levando em conta ainda, o tempo e de estudo O bairro de Santa Izabel se os custos no processo localiza no 2° distrito do município deslocamento, de São Gonçalo, distrito este, que mobilidade desta população. As apresenta opções de deslocamentos são: um dos piores caracterizamos de a 1- ônibus e vans que partem indicadores de qualidade de vida, quando comparado com os outros do quatro distritos restantes, conforme metrópole aponta Azevedo (2006) em sua Estácio), custam respectivamente análise comparativa dos mesmos. R$ 4,80 e R$ 5,00. Em relação aos Essa característica se relaciona tempos gastos são, em média, diretamente 1h40min de ônibus e 50 min de van. com o acesso da bairro para o (Centro, núcleo da Castelo e população, residente no bairro, aos 7 2- ônibus e vans que partem (que viajarão sentados ou em pé), do bairro para o município de proporcionando um desconforto Niterói, custam R$ 2,10. Em Niterói geral, as vans saem da Praça Santa existem outras opções de modais, Izabel, com o número máximo de como as Barcas, por exemplo, que passageiros, o que proporciona a permitirão a conclusão do trajeto até realização do trajeto sem paradas. o núcleo da metrópole. Os ônibus Além disso, outro fator que chegam a levar 1h para chegarem contribui para com a rapidez dos neste município, enquanto as vans motoristas de vans são os atalhos levam 35 min. tomados por eles. Com isso, as 3- ônibus e vans que partem infrações de trânsito cometidas pelo do bairro para o centro do município grupo e observadas durante as de viagens, São Gonçalo, onde os tornam-se práticas passageiros também terão outras comuns. Observamos, por exemplo, opções para atingir o núcleo da alguns metrópole. acostamento como via principal em Custam R$ 1,90 e demoram, geralmente, 15 min e 25 como tomarem o engarrafamentos. min respectivamente. Tendo motoristas 3- O território das vans foco Segundo Souza (1995), os os deslocamentos diretos entre o bairro territórios e (1), estabelecidos por e a partir das preferenciais para quem se dirige relações de poder. Em nossa área aos e de estudo pudemos verificar e Estácio, observamos que muitos delimitar esses territórios e ainda passageiros optam pelas vans e o identificar, ainda que de maneira preço, um pouco mais caro, não não profunda, as relações de poder chega a se configurar como um existentes ali. o núcleo bairros metropolitano Centro, Castelo são espaços Observamos que as ruas em fator relevante para esta escolha. os torno da Praça Santa Izabel foram passageiros preferem as vans pelo tomadas como espaços onde se conforto e rapidez não oferecidos desenvolvem pelos ônibus. No horário de pico, relacionadas ao pelas manhãs, enquanto os ônibus passageiros pelas atingem a capacidade máxima de calçadas destas ruas se formam as passageiros, ao longo do caminho, filas Segundo relatos, de as atividades transporte vans. passageiros, de Nas mais 8 expressivas no horário de pico, pela o trajeto, como o fato desses não manhã. O esquema, a seguir, nos poderem sair de outros pontos, a aponta esses espaços: onde as não ser da própria Praça Santa circunferências Izabel. coloridas reproduzem as vans e as ruas onde (c) estas estão, reproduzem os seus cobrador territórios. Neste caso, cada cor motorista em suas viagens. em vermelho presença de um acompanhando cada Essas imposições e regras indica um destino diferente. As circunferências A são fiscalizadas pelo que representam as vans que se dirigem motoristas ao município de Niterói, as em azul prancheteiro, representam as vans que se dirigem responsável para o Município do Rio de Janeiro referentes aos horários de saída e e as em amarelo representam as chegadas dessas vans. É esta vans que se deslocam apenas figura que também organiza a fila de dentro município de São Gonçalo. passageiros e os acomoda nas Em algumas observações de campo vans. verificamos que os motoristas denominam os uma pelas de pessoa anotações Ainda sobre os relatos dos dessas vans, independentes de sua motoristas, modalidade, no que diz respeito ao figura, o despachante, cuja principal destino final, não ocupam espaços atribuição é cuidar do acesso de de outras vans. Mesmo que a rua novos motoristas na “organização”. esteja vazia, outra van não ocupa Não verificamos a presença deste aquele território. nas observações de campo. As relações de poder são O identificamos não outra cumprimento das das regras ou a realização do trajeto imposições feitas aos motoristas sem a devida autorização pode pela “organização” que toma conta causar conseqüências graves para das linhas operadas por vans no os motoristas. Mesmo sem que os bairro. Dentre essas imposições, entrevistados pudemos identificar as seguintes: detalhes sobre o descumprimento estabelecidas (a) através Pagamento de taxa semanal; dessem muitos dessas regras, observamos vários casos de morte noticiados ao longo (b) Regras relativas ao modo dos anos, em que grupos disputam como os motoristas devem realizar o monopólio das linhas no bairro, 9 grupos estes, compostos, inclusive, caráter bastante instável. São os por esfera territórios formados quando as vans pública. Um vereador foi acusado disputam os passageiros com os de ser o mandante do assassinato ônibus ao longo do trajeto. Muitas do homem que controlava as linhas vezes observamos os motoristas no bairro. das vans saírem na frente dos representantes da Desta forma, identificamos os ônibus para terem acesso aos territórios e as relações de poder passageiros que se passam nestes. Souza espaços que naquele determinado (1997) emprega, ainda, o termo momento os ônibus não podem “territorialidade para ocupar e formando assim seus do territórios, que se mantêm apenas que enquanto os passageiros embarcam se no veículo, pois assim que o fazem, designar o território, isto determinado flexível” caráter quer território volátil dizer pode formar e se diluir de maneira primeiro, ocupando o motorista desocupa o mesmo. relativamente rápida. São territórios Devemos, ainda, atentar para com tendência à instabilidade ou o fato de que a característica determinada temporalidade. instável destes territórios também momento, se relaciona com o cunho ilegal observamos territórios com caráter desta atividade. Se houver qualquer temporal. O início da formação problema que coloque em risco o desses territórios se dá por volta de funcionamento da atividade nesses 4h30min, quando já começam a se espaços, como por exemplo, uma formar a fila de passageiros. Até às fiscalização 10h essas vans saem de 10 em 10 esses territórios serão desfeitos e minutos, posteriormente as saídas refeitos em outros espaços. Num primeiro por órgãos oficiais, passam a acontecer de 20 em 20 4- Considerações Finais minutos até o momento em que Na área de estudo há uma estas não saem mais, ou seja, até a competição desleal entre vans e diluição total deste território. Neste empresas de ônibus. As taxas momento apenas os ônibus operam pagas pelos motoristas à referida o trajeto. “organização” nada tem haver com momento, a arrecadação de impostos do observamos a formação e diluição governo ao sistema regular de de outros territórios, desta vez, com transportes. Num segundo 10 BRAGA, Luana Menezes (2007): Isso pode contribuir de forma significativa para causar prejuízos bastantes expressivos e, inclusive, a falência das empresas de ônibus, como foi o caso da Empresa Viação Mover-se trechos já citados. Outras empresas assumiram a realização desses trechos (Fagundes, Rio Ita e Alcântara) porém, durante Brasília: análises e perspectivas pela ótica da mobilidade espacial urbana acerca do Programa Cicloviário do Distrito Federal. Rio de Janeiro, UFRJ. LOURENÇO, Alice (2006): Quem Santa Izabel, em 2006, que operava os em tem direito á cidade? Lutas pelo direito de ir e vir na metrópole do Rio de Janeiro (19802005). Rio de Janeiro, UFRJ. MAMANI, Hernán Armando (2004): um Transporte informal e vida metropolitana: período específico, a população estudo do Rio de Janeiro nos anos 90. Rio tinha apenas as vans como opção de Janeiro, UFRJ. _______________________(2004): para se deslocarem. Isso nos atenta Alternativo, informal, irregular, ou para o fato de que os passageiros ilegal? O campo de lutas dos transportes podem ficar a mercê do transporte públicos In: RIBEIRO, Ana Clara Torres informal, (Compiladora): El rostro urbano de América que não atua com Latina. Buenos Aires, CLACSO. freqüência regular ao longo do dia. Assim, evidenciar realizado estudada, conseguimos que pelas o transporte vans, contribui na de SOUTHERN, (2007): Bárbara Transporte Candice inter-urbano e conseqüências na estruturação recente do área município de Petrópolis: o caso da rodovia forma Washington Luiz – BR040. Rio de Janeiro, incompleta para os deslocamentos da população, sendo as relações de poder envolvidas na construção UFRJ. SOUZA, Marcelo Lopes de (1995): O território: autonomia sobre e espaço e poder, desenvolvimento. In: destes territórios, um entrave para CASTRO, Iná Elias de. (Org.) et al: um Geografia: conceitos e temas. Rio de melhor deslocamento da Janeiro: Bertrand Brasil. mesma. 5- Referências Bibliográficas AZEVEDO, Jéferson (2006): Comparação dos índices de qualidade de vida de 1991 e 2000, dos distritos do VASCONCELLOS, Alcântara (1996): Transporte Eduardo Urbano, espaço e equidade: análise das políticas públicas. São Paulo. município de São Gonçalo/RJ. II Encontro Nacional de Produtores e Usuários de Informações Sociais, Econômicas e Territoriais, IBGE 2006. 11