A Patente na Universidade: Contexto e Perspectivas de uma Política de Geração de Patentes na Universidade Federal Fluminense OBJETO DE ESTUDO A Universidade Federal Fluminense, tendo como eixo a produção, a transferência e o uso da informação no processo de geração de patentes no ambiente em questão. O PROBLEMA • O processo que leva à geração da patente, objeto de conhecimento, envolve questões ligadas à produção, disseminação e uso da informação tanto em relação às atividades de ensino, quanto às de pesquisa e as de extensão; • A possibilidade de predomínio da lógica acadêmica sobre a dos processos tecnológicos; – Maior valorização da publicização do conhecimento e menor valorização do patenteamento e dos desdobramentos com a comercialização; – As implicações das contradições no ambiente acadêmico: publicização x sigilo. PRESSUPOSTOS • 1) a pesquisa desenvolvida na universidade subordina-se a uma lógica acadêmica que confronta-se com as exigências dos processos tecnológicos. Enquanto aquela pressupõe a ampla divulgação de seus resultados, principalmente na forma de comunicações apresentadas em congressos e de artigos publicados em revistas científicas, os processos tecnológicos e seus produtos implicam no sigilo até à publicação do pedido de depósito da patente. PRESSUPOSTOS • 2) enquanto o sistema acadêmico valoriza a publicação de artigos, considerando esta atividade como critério de excelência, registra a patente, mas ainda não considera a sua produção nos mesmos moldes, ou seja, não lhe atribui importância equivalente. OBJETIVOS GERAIS • Estudar o processo de produção de patentes no ambiente acadêmico, com ênfase na Universidade Federal Fluminense; • Contribuir para o debate teórico na área da Ciência da Informação sobre a produção de patentes no ambiente acadêmico. ESPECÍFICOS • Discutir as contradições, no seio da Universidade, entre a publicização requerida e valorizada pela pesquisa acadêmica e o sigilo inerente à requisição da patente; • Verificar o teor informacional dos documentos de patente com vistas à sua utilização em atividades de ensino na graduação e na pós-graduação; • Apresentar as atividades de comunicação científica entre pares durante o transcorrer da pesquisa que gera ou pode gerar patentes; ESPECÍFICOS • Evidenciar as operações de busca de informação e as fontes utilizadas durante a atividade de pesquisa que gera ou pode gerar patentes; • Contribuir para o ensino e a pesquisa em Ciência da Informação, apontando as dimensões que o estudo sobre a geração de patentes propicia para a área; • Colaborar especificamente com o desenvolvimento de uma política de patentes na UFF e com seus projetos futuros. QUADRO TEÓRICO CONCEITUAL A Patente (definição, histórico) e outros conceitos ligados como: Inovação, Invenção e Transferência de Tecnologia; A Patente como fonte de informação. Fontes: FRANÇA (2000), LONGO (2004), ARAÚJO (1981) e GARCIA (2004) Transferência de informação, sigilo, transparência, direito à informação e comunicação científica. Fontes: LOBATO (2000), MEADOWS (1999), WERSIG; NEVELING (1975), BARRETO (1998), FONSECA (1999), JARDIM (1999) e SANTOS (1996) MÉTODOS E CAMPO EMPÍRICO • Levantamento e análise bibliográfica e documental; • Entrevistas: – 5 pesquisadores-doutores geradores de produtos tecnológicos (áreas de Física, Química, Farmácia e Geociências); – 2 professores candidatos a reitor envolvidos no recente processo eleitoral da Universidade; – Direção do Etco; – Direção do Núcleo de Documentação – NDC; – professor da universidade (assessor da presidência do INPI); – professor/assessor para políticas de inovação da UFF; INTERPRETAÇÃO DOS DADOS COLETADOS • Produto tecnológico não visado pela pesquisa; • A consulta às bases de patentes se dá para a busca de anterioridade; • A redação do pedido de patente é dificultada devido à linguagem; • A patente como fonte de informação: Fator positivo: a descrição do estado da arte. Fator negativo: difícil interpretação (contém lacunas de informação). INTERPRETAÇÃO DOS DADOS COLETADOS • A baixa produção de publicação em patentes está relacionada com: – A ausência de uma política institucional interna de propriedade intelectual; – Às agências de fomento à pesquisa que tradicionalmente valorizam mais as publicações de artigos e teses. INTERPRETAÇÃO DOS DADOS COLETADOS • falta dinamismo à UFF devido às barreiras de ordem cultural, como também, da falta de informação que compromete o conhecimento acerca dos procedimentos para publicar uma patente, transferir conhecimento, licenciar. CONSIDERAÇÕES FINAIS • Publicar X Patentear: aparente conflito Quando além da produção do conhecimento surge a necessidade de pensar também na apropriação da riqueza, através da patente, que esse conhecimento produz; O procedimento do sigilo é comum em vários países. O ideal é que o pesquisador primeiro deposite o seu pedido de patente no INPI para depois publicar; CONSIDERAÇÕES FINAIS • A patente é fonte para o ensino e a pesquisa na universidade Todas as áreas onde se produz conhecimento de fronteira estão aptas a introduzir a patente como fonte (na área tecnológica é muito comum o uso do documento de patente, mas também na área jurídica, na questão da regulação e na área de saúde). • Atividades de comunicação científica entre pares durante o transcorrer da pesquisa que leva à patente A conversa entre os pares com a participação em bancas de teses, conferências e seminários. CONSIDERAÇÕES FINAIS • Operações de busca de informação e as fontes utilizadas durante a atividade de pesquisa Artigos de periódicos, Portal de Periódicos da CAPES, Biblioteca. • Contribuir para o ensino e a pesquisa em Ciência da Informação, apontando as dimensões que o estudo sobre a geração de patentes propicia para a área; CONSIDERAÇÕES FINAIS • Contribuição para a UFF – Importância do papel do NDC: o sistema de bibliotecas passe a incorporar em sua rotina, no treinamento dos usuários, a orientação quanto ao uso das bases de patentes; – Ampliação da orientação aos pesquisadores através do Etco quanto à redação do pedido de patente; – A questão da propriedade intelectual deve ser disseminada para os estudantes tanto de graduação como de pós-graduação, como por exemplo, mediante a inclusão de disciplinas na área de propriedade intelectual na grade curricular dos cursos; CONSIDERAÇÕES FINAIS – Maior divulgação do Etco junto à comunidade universitária; – A UFF necessita definir uma política de inovação que integre a questão da patente, valorizando os mecanismos já existentes: o Etco, a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica, os núcleos de pesquisa e de estudos, os grupos de pesquisa e outros; CONSIDERAÇÕES FINAIS • O estabelecimento de parcerias da UFF com empresas públicas e privadas, contribuindo com quadros altamente qualificados que têm competência para atuar em novas linhas de pesquisa de grande impacto tecnológico e de inovação; • A organização de um sistema interno de propriedade intelectual com a aprovação pelo Conselho Universitário de uma regulamentação interna no âmbito da UFF que discipline as atividades e as formas de atuação do Núcleo de Inovação Tecnológica com o propósito de gerir a sua política de inovação; • A retomada do programa UFF – Inovação previsto no PDI. 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ATENÇÃO Parte deste material foi coletado na internet e não foi possível identificar a autoria. Este material se destina para fins de estudo e não se encontra completamente atualizado. FIM • _________________Obrigado pela atenção!! • Acimarney C. S. Freitas – Advogado – OAB-BA Nº 30.553 • Professor de Direito do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA – campus de Vitória da Conquista • Diretor do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA – campus de Brumado. • Bacharel em Teologia • Especialista em Direito Educacional - FTC • Especialista em Educação Profissional e de Jovens e Adultos - IFBA • Mestrando em Filosofia - UFSC Email: [email protected] Facebook: Ney Maximus