Sistema de projeção UTM • É um sistema que utiliza a projeção cilíndrica transversa conhecida como Universal Transversa de Mercator em homenagem a Gerardus Mercator. • É um sistema universal, isto é, utilizado internacionalmente para representação da superfície da Terra. 1 Qual a característica do sistema UTM? • O sistema UTM tem como objetivo minimizar todas as deformações de um mapa a níveis toleráveis, representando-os em um sistema ortogonal. • A projeção cilíndrica tem deformação mínima na área próxima ao círculo de tangência/secância. • O sistema UTM estende esta precisão ao longo da superfície da Terra, combinando diversas posições do cilindro de projeção. 2 Esquema do Sistema UTM 3 Qual a importância do Estudo do Sistema UTM para a Engenharia? • Em projetos de Engenharia, é fundamental que se adote um sistema de coordenadas ortogonal. 4 Qual a importância do Estudo do Sistema UTM para a Engenharia? • Quando realizamos levantamentos topográficos (pequena porção da superfície da Terra), usamos sistemas de coordenadas ortogonais. • No caso de um levantamento cartográfico (distâncias superiores a ≅ 25 km), por exemplo, grandes cidades, municípios, é impossível utilizar um sistema ortogonal sem deformação, devido à curvatura da superfície da Terra. • A projeção UTM permite abranger uma área extensa em um sistema ortogonal com significativo controle de deformações. 5 Qual a importância do Estudo do Sistema UTM para a Engenharia? • Por suas características particulares, é o que mais se emprega em mapeamento, em trabalhos científicos, no planejamento, no projeto básico e no projeto executivo de um empreendimento de Engenharia. • Atualmente, a falta de familiaridade dos engenheiros com o sistema têm prejudicado o andamento de muitos projetos. 6 Legenda de uma carta em UTM “GRID” ORTOGONAL Você sabe interpretar essas informações? SISTEMA UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR Datum vertical:Imbituba – SC Datum horizontal: SAD-69 Origem das coordenadas do UTM: equador e meridiano central do fuso Meridiano Central: -45º. Convergência meridiana do centro da folha: 53’50’’ Fator escala: 0,9996 7 Sistema UTM: Breve Histórico • Mercator foi o introdutor das projeções cilíndricas, e um dos pioneiros na confecção de Mapas de Navegação e Atlas. Gerardus Mercator (1512 – 1594) 8 Sistema UTM: Breve Histórico • J. H. Lambert, notável pelo desenvolvimento das projeções cônicas conformes, desenvolveu matematicamente o Sistema Universal Transverso de Mercator como se conhece atualmente. • Este sistema foi utilizado sob a denominação de Projeção de Gauss desde 1866, quando foi feito o cálculo da triangulação de Hanover (Alemanha). J. H. Lambert (1728-1777) 9 Sistema UTM: Breve Histórico • Em 1912 surge o sistema Gauss-Kruger, em que os cálculos são logarítmicos e necessitam da obtenção de outros termos através de tabelas complexas. • Entre as duas grandes guerras mundiais diversos países da Europa e a ex-URSS adotaram essa projeção para a confecção de seus mapas militares. 10 Sistema UTM: Breve Histórico • O sistema em sua forma atual surgiu em 1947, em cartas militares do exército norte-americano. • Em 1950, os EUA propuseram uma combinação para abranger a totalidade das longitudes, e o sistema, anteriormente chamado de MercatorGauss, recebeu a denominação atual: Sistema de Projeção Universal Transverso de Mercator (UTM). 11 Especificações do Sistema UTM • O sistema proposto prevê a adoção de 60 cilindros de eixo transverso, obtidos através da rotação do mesmo no plano do equador, de maneira que cada um cubra a longitude de 6º, a partir do anti-meridiano (180º) de Greenwich. Cada fuso de 6º do Elipsóide terrestre corresponde a um dos 60 cilindros. 12 Especificações do Sistema UTM • Projeção cilíndrica secante, conforme (conserva os ângulos), de acordo com os princípios de Mercator-Gauss, com uma rotação de 90º do eixo do cilindro, de maneira a ficar contido no plano do equador. • Adota-se um elipsóide de referência para representar a Terra. 13 Esquema do Sistema UTM 14 Fator de redução de Escala Ko •Ko = 1 - 1/2500 = 0,9996 –Deformação nula (K = 1) nos meridianos de secância; –Redução entre os meridianos de secância (K<1); –Ampliação na área exterior aos meridianos de secância (K>1). k=1 k=0,9996 k=1 K<1 K>1 K< 1 15 A precisão do Sistema UTM • Por que a projeção UTM é secante? Cilindro Tangente k=1 k1>1 k2>k1 Cilindro Tangente k1<1 k=1 k2>1 Elipsóide Elipsóide Cilindro tangente: fator k aumenta na medida em que se afasta do ponto de tangência. Cilindro secante: considerando o mesmo arco na superfície do elipsóide, temos valores de k maiores e menores que 1. fator k tem margem de aumento menor. 16 Fator de redução de Escala Ko Cilindro Tangente Ko=0,9996 K=1,000977 K=1,000977 K=1 Elipsóide 1°37’ 6° Obs: dimensões exageradas 17 Características do Sistema UTM • O Sistema UTM é limitado em latitude (de 80° N a 84° S); • Meridianos Centrais: Múltiplos de 6°; • Origem das coordenadas plano-retangulares: Na interseção do Plano do Equador com o meridiano central (MC) do fuso N = 0 m para o Hemisfério Norte N = 10.000.000 m para o Hemisfério Sul E = 500.000 m 18 Características do Sistema UTM 80º MC 8.000 km 6.000 km 4.000 km 2.000 km 8.000 km 6.000 km 800 500 350 200 10.000 km 650 Equador 0 60º GRID UTM 40º Meridianos e palalelos 20º Meridianos de secância 0º -20º -40º 4.000 km -60º 2.000 km -80º Obs: croquis sem escala 19 Características do UTM Fuso MS MC = - 45º N=0 E=500.000 MS Fuso Equador 320.000 N = 10.000.000 1º 37' 1º 23' 154.000 m 180. 000 m 20 Território brasileiro dividido em fusos do Sistema UTM • Meridiano Central: -51º com Greenwich 21 Território 8° brasileiro 4° 0° dividido em -4° fusos e -8° zonas -12° -78° -72° -66° -60° -54° -48° -42° -36° -30° Zona s NB NA SA 16° -20° • SF 23: região da Cidade de de São Paulo SB SB 21 SF 23 -24° -28° -32° S C S D S E S F S G SH SI -36° Meridiano Central Número do Fuso -75° -69° -63° -57° -51° -45° -39° -33° 18 19 20 21 22 23 24 25 Fonte: Adaptado de Ferreira, 1997 22 Superfícies a serem consideradas Plano UTM Superfície Física Materializada por levantamentos topográficos, aerofotogrametria e GPS Fuso UTM Geóide Materializado por marégrafos e gravímetros Elipsóide Definido matematicamente 23 Esquema de projeção entre superfícies HB PTL - Plano Topográfico Local DH (na altitude média) HA Transformações Geométricas Superfície Física DG (geóide) DE (elipsóide) Transformação Analítica (função biunívoca) DP (plano UTM) 24 Cálculo da distância sobre a Superfície de Raio Médio (≈ ≈ geóide) Transformação Geométrica DH.∆H DH.∆H 2 DG = DH − + R R2 DH DG DE DP Onde: • DG = distância sobre a superfície de raio médio ( geóide) • DH = distância horizontal (na altitude média) • ∆H = altitude média • R = raio médio terrestre (≈ 6.378.000 m) 25 Transformação Geométrica Cálculo da distância sobre o Elipsóide DH 3 DG DE = DG + 2 24.R DG DE DP Onde: • DE = distância sobre o elipsóide • DG = distância sobre a superfície de raio médio (geóide) • R = raio médio terrestre (≈ 6.378.000 m) 26 Cálculo da distância sobre o plano UTM Transformação Analítica DH SP = k .SE DG DE DP Onde: • SP = distância sobre o plano UTM • SE = distância sobre elipsóide • k = fator de escala na região considerada (UTM) 27 Deformação Linear K = K0 / √1−[cos φm sen (λm - λo)]2 Onde: •K0 = 0,9996 (Fator de escala no meridiano central) •K = Fator de escala no ponto de interesse • Φm, λm = Latitude e Longitude Médias do Segmento 28 Deformação Angular Diferença entre o ângulo projetado β e o ângulo geodésico α : 3 Transformadas entre o plano UTM e o elipsóide 1 α ψ21 2 ψ23 Meridiano Central β α = β + ψ 21 - ψ 23 β = α + ψ 23 - ψ 21 Fonte: Ferreira, 1997 29 Diferença entre o Norte de Quadrícula - NQ - e o Norte Verdadeiro – NV (ou, Norte Geodésico – NG). NQ - paralelo à direção das ordenadas do quadriculado NV ou NG - direção da tangente à transformada do meridiano γ γ<0 O N NV Meridiano Central NQ NO γ=0 NV γ>0 NQ NV NQ γ NE γ=0 NQ Paralelo Origem γ γ SO SE S γ>0 NV E γ<0 30 Fonte: Ferreira, 1997 Projeção UTM NQ Transformada da Linha Geodésica NV γ NQ AzG AzG AzP AzP P1 Ψ12 P1 Ψ12 AzP = AzG + γ - Ψ12 AzP = AzG - γ + Ψ12 AzP = AzG - γ + Ψ12 AzP = AzG + γ - Ψ12 NV NQ P2 AzG γ AzP Ψ12 P1 NQ NV γ Meridiano Central P2 γ NV P2 Equador P2 AzG AzP P1 Ψ12 31 RTM Regional Transverso de Mercator • Amplitude do Fuso: 2° em longitude (180 fusos) • Meridiano Central: Nas longitudes de grau ímpar • Coeficiente de deformação de meridiano central k = 0,999995 escala no • Origem das coordenadas plano-retangulares: Na interseção do Plano do Equador com o meridiano central (MC) do fuso N = 0 m para o Hemisfério Norte e, N = 5.000.000 m para o Hemisfério Sul E = 400.000 m 32 LTM Local Transverso de Mercator • Amplitude do Fuso: 1° em longitude (360 fusos) • Meridiano Central: a cada 30‘ • Coeficiente de deformação de meridiano central k = 0,999995 escala no • Origem das coordenadas plano-retangulares: Na interseção do Plano do Equador com o meridiano central (MC) do fuso N = 0 m para o Hemisfério Norte e, N = 5.000.000 m para o Hemisfério Sul E = 200.000 m 33 LTM / UTM / RTM Local Transversa de mercator UTM Ko=0,9996 Ko=0,999995 Ko=0,999995 1° Regional Transversa de Mercator 2° 1°37 ’ 6° Obs: dimensões exageradas 34 Ampliação de Distâncias ELIPSÓIDE Características das TMs Plano TM Redução de Distâncias Fuso TM TM Arco de Fuso (1) Origem Falso Norte (2) Falso Este K0 (3) K máximo (4) UTM 6º MC e Equador 10.000 km 500 km 0,999 6 1,000 97 RTM 2º MC e Equador 5.000 km 400 km 0,999 995 1,000 152 LTM 1º MC e Equador 5.000 km 200 km 0,999 995 1,000 037 (1): borda do primeiro fuso no anti-meridiano de Greenwich; (2): para o hemisfério Sul; (3): no meridiano central (4): borda do fuso 35