't ,I EQUAÇÕES DE PREDiÇÃO DA PERCE~TAGEM DE CARNE MAGRA EM CARCAÇAS SUINAS FELíCIO, Pedro E. de*; CORTE, Odair 0.**; FAVERO, Jerônimo A.*** e FREITAS, Alfredo R. de*** *Faculdade de Engenharia de AI imentos (FEA)-UNICAMP, C.P. 6121, Campinas, SP. CEP 13·100 **Refinações de Mi lho, Brasi 1 Ltda, C.P. 8151, são Paulo, SP. CEP 01045 ***EMBRAPA-Centro Concórdia-SC. Nacional de Pesquisa de Suínos e Aves (CNPSA), C.P. 0-3, CEP 89.700 Com o objetivo de avaliar o grau de associação do peso (PC), comprime~ to (CC), área do olho de lombo (AOL) e várias medidas de toucinho, com as per cent.aqene de carne magra e gordura, e desenvolver equações de predição da per cent aqem da caJ'T'lCmagra, uma amostra de 92 carcaças euinae , se lecionadas de modo a representar wna ampla variação de peso (55 a 89kg) e espessura de toucinho (2,0 a 4,5cm), foi obtida em um abatedouro de grande porte. Após o resfriamento, pesagem e mensuração, as meias carcaças esquerdas foram espostejadas segundo um método baseado em procedimentos comerciais. Os pesos dos .::O~ tes pernil, carré, paleta e copa e os r~talhos de carne foram somados. A sua percentagem em relação ao peso da meia car aça foi denominada de carne magra. A pe rcent aqem de t oueinho e aparas de gordura foi denominada gordura. Das espessuras medidas no plano mediano, as mais corre Lacionadas com carne magra e gordura foram ET4 (soma das medidas na pr-imei.ra vértebra tio raci ca e última vértebra lombar; r=-0,72 e 0,77), ET3 (última vértebra lombar; r=-O, 71 e 0,76), EML (máxima espessura lombar; r=-0,70 e 0,75), EMT (média da primeira e última vértebras toraci cas e última vértebra lombar; r=-0,68 e 0,73), mas a Pl'Ofundidade do toucinho (PT) e a AOL apresentaram as maiores corral.açoee com carne magra, r=-0,76 e 0,75, respectivamente. Dentre as várias equações testa das, as seguintes podem ser recomendadas para aplicação em escala comercial em programas de melhoramento ou pesquisa, respectivamente na ordem apresentada a seguir, para hierarquizar carcaças segundo a percenta~em de carne magra (~%): a) ~% 68,353 + 0,216 (PC,kg) - 3,139 (ET4,cm), R~=71,9 e EPR=2,59 ; b) ~% ~ 57,376 - 3,765 (PT,em) + 0,405 (AOL, em2), R~=83,5 e EPR=1,99. e = 1- INTRODUÇÃO ° tras esp~cies interesse por m~todos eficientes de avaliaçio da carcaça suína,ou de ou de corte, aumenta na medida em que se desenv~lvem produçio e a industrialização, tecnologicamente e em que evoluem os sistemas de comerc~~zação --_--:- ...•••... r. a da \ PROCI-1986.00012 FEL 1986 SP-1986.0001.2 C-i.ênc.. Tec.noL Aliment. 6(1):17-30,1986 17 equaçao apresentou um coeficiente Outros autores tam nas melhores olho de lombo, também equações ambas de determinaçio concluiram de prediçio as medidas sio a profundidade feitas et ai ii, 1984). terísticas quando a 10~ e ll~ costelas, abatedouros após de suinos. l iação da composição cadores faci lmente Assim, Entretanto, se faz o corte o resfriamento Daí a constante da carcaça das mesmas, em escala et alii (1975) utilizaram e demonstraram que é possível tagem livre e gordura, usando-se (1968), mento de ossos como variáveis isto é, a espessura da carcaça. participação transversal suína e et alii, a EDWARDS carac- carcaças, entre na rotina alternativos que do duas o que não ocorre comercial, area 1975; das meias de métodos resul- tenham dos de ava- por base indi- mensuráveis. CROSS de carne (CROSS que a rnen su raç ao dessas investigação ros comerciais 84,6%, independentes do toucinho na 10~ costela et ai ii, 1980 e GRISDALE só é possível de 92%. que as variáveis os do toucinho, a atribuição de elementos obter-se altamente o escore treinados, em ab a t e dou de predição da perce~ de determinação indicadores do escore amostradas equações com coeficientes dependentes média Contudo, 403 carcaças de 82,5 preconizados pelo de musculosidade visual e o compri- de musculosidade em virtude a USDA exige da subjetividade dos a crité rios. POWELL dia de toucinho centagem et alii (1983) relataram e o peso da carcaça de carne com teor como padronizado que uma equaçao variáveis que combine independentes, de gordura, a espessura pode estimar com um coeficiente de me a pe~ determina- ção de 73%· Na Austrália, quantidade de carne de regressão das quais linear três, na altura da última "vendas Vale dizer em termos Neste área vértebra magra percentagem tuações, trabalho e gordura de carne variáveis procurou-se: independentes e praticidade. de 70%, usando foram da o peso carcaça "Intrascope" da 1 inha dorsal uti 1 izados apresen- da com o aparelho já eram obtidas Essa equaçao apenas feita à época de predição de 61 ,4 ~ 4,4 kg. Equações a 6,5 cm de distância indicadores no no plano sistema de Meridional. (1) estudar de lombo e várias da carcaça suína, nas condições 2- MATERIAL torácica equaçoes suínas de toucinho na Austrália magra, desenvolveram de precisão de cerca que esses do olho ou seis e uma medida por especificação" primento, (1983) de 209 carcaças cinco de determinação o sexo do animal, mediano. carne com et alii a partir uma se destacou tou coeficiente quente, GILES magra medidas o grau e (2) desenvolver com possibi lidades de ~ssociaçio de toucinf , e~uações de apl icaçio do peso, com as percentagens prática de predição em diferentes comde da si brasileiras. E METODOS As 92 carcaças usadas nas análises estatísticas deste experimento c~êne. Teenol. Aliment. 6(1):17-30, represe~ 1986 19 Retalhos - as porções musculares obtidas da preparação dos cortes (pernil, paleta, carré e copa) foram separadas em retalhos magros e retalhos gordos, de subjetivo. modo Anál ises químicas de algumas amostras desses retalhos revelaram teores de gordura de cerca de 10% e 35%, respectivamente. 1 ises de gordura em amostras Como não foi possível efetuar-se individuais de todas as carcaças, para posterior nização do teor de gordura dos retalhos, optou-se talhos na definição da variável dependente, pela soma de ambos os tipos de denominada ficientes de correlação re "carne magra". Gordura - toda a gordura resultante da preparação dos cortes, toucinho com pele, foi considerada an~ padro- apenas para fins de apresentação inclusive o de médias e coe- simples. A porção da carcaça que serve de matéria-prima con foi separada das costelas cortando-se rado conforme procedimento para o processamento de b~ rente ao gradi 1 torácico. O corte foi apa- regular da indústria e pesado com pele, porém não foi con siderado nem como carne nem como gordura, tendo em vista a variabilidade da sua com- posição em termos de músculo e gordura. An á 1ise Estat íst ica O cálculo dos coeficientes múltipla, de correlação incluindo os testes de significância te de Durbin-Watson, dos coeficientes que verifica se há correlação normais foram processados em computador, simples, as análises de regressao e da regressão,o te~ entre os resíduos, e os gráficos com base em DRAPER & SMITH (1981) e DANIEL & WOOD (1980). Variáveis independentes. ça foram tratadas como variáveis Peso da carcaça independente. As seguintes características (PC) - o peso da carcaça resfriada foi usado como variável Porém, para o cálculo das percentagens todos os cortes da meia-carcaça Comprimento ou medidas de carca- independentes: util izou-se a soma dos pesos de esquerda. de carcaça (CC) - medida feita entre a extremidade cranial do púbis e o bordo cranial da lª costela. Espessura do toucinho-l (ET1) - medida na altura da lª vértebra Espessura do toucinho-2 (ET2) torácica medida na altura da última vértebra toráci ca. Espessura do toucinho-3 (ET3) - medida na altura J última vértebra lom- bar. Espessura média do toucinho (EMT) - média aritmética das medidas ETl, ET2 e ET3. Espessura máxima sura da região lombar. lombar (EML) - medida do toucinho no ponto de maior espe~ Ciêne. Teenot. Atiment. 6(1):17-30, 1986 21 Tabela 1- Médias, Desvios Padrão (D.P.) e Coeficiente de Variação (C.V.) das carac- terísticas de carcaça e dos rendimentos em gordura e carne magra. Medidas Média D.P. C.V. Peso de carcaça fria (PC), kg 68,34 10,20 14,92 77,70 4,63 5,96 4,96 0,78 15,73 Comprimento (CC), cm Esp.do t ou c i nho Esp.do t ouc i nho+Z (ET2), cm 3,39 0,54 15,93 Esp.do toucinho-3 (ET3), cm 3,54 0,68 19,21 Esp.média do toucinho (EMT), cm 3,97 0,58 14,61 Esp.máxima r l (ETl), cm lombar (EML), cm 4,25 0,64 15,06 Esp. do touci nho-4 (ET4), cm 8,50 1,30 15,29 Profundidade do toucinho (PT), cm Area do olho de lombo (AOL), cm2 3,15 0,71 22,54 26,96 6,57 24,37 Gordura, % 27,90 5,10 18,28 Carne magra, % 56,43 4,84 8,58 olho de lombo também apresentou grande variabil idade, o que está de acordo com os va lores obtidos neste estudo. As médias dos rendimentos em gordura e carne magra deste trabalho nao são comparáveis em valor absoluto aos obtidos por outros autores face aos diferentes metodos adotados, de corte ou dissecção de tecidos, entretanto, devem ser suficientes para diferenciar carcaças quanto ao valor real izável das mesmas nas condições brasi- leiras de comercialização 3.2 - da carne suína. Coeficientes de correlação Os coeficientes de correlação entre as características de carcaça e as pe~ centagens de carne magra e gordura (Tabela 2) foram significativos (P<O,OI e P<0,05), com exceção do coeficiente entre o peso da carcaça fria (PC) e a percentagem de gordura (P>O ,05). Dentre as espessuras de toucinho medidas no plano sagital mediano, as mais correlacionadas com as percentagens de,..c a rne magra e gordura foram, em ordem decrescente de importância, as seguintes: ET4 (soma das medidas feitas na primeira vértebra torácica e última vértebra lombar), ET3 (medida na última vértebra lombar) , EML (medida no ponto de máxima espessura na região lombar) e EMT (média das medidas feitas na primeira e última vértebras torácicas e última vértebra lombar). Os coeficien tes de correlação entre essas medidas de toucinho e a percentagem de carne magra foram: -0,72, -0,71, -0,70 e -0,68, respectivamente; C.{.êl'lc.. e entre as mesmas medidas Te.c.l'loL AUme.I'IL 6(1) :17-30, e 1986 pe r- 23 quer outra medida alii (1975), de toucinho, FAHEY A área percentagem dura et alii do olho de carne (r=-O,68). tivamente, entre (1977), (AOL) (r=O,75) et alii (1975) a AOL e a percentagem de 0,46 e 0,66, cárneos, e entre carcaça para deste 3.3 - Equações cárneos fato cuja estaria de predição de predição equações do grupo do-se a possibil peso da carcaça melhores A e B foram idade feitas com apenas equações com as medidas de toucinho com a variável dependente. mente, coeficientes as medidas ximadamente veis EML, magra (1983) (Tabela para este ee EMT (média caça suína dá-se incrementos No grupo Pequenos pc e o ganhos de determinação (EMT); ec, ao um escore C, testou-se grupos de 3. independentes, As visan- A uti 1 izou-se (CC), e o procurou-se os maiores 2), verifica-se que, 1 ineares as coeficien- individual(R2) de apr~ de determinação aos 73% verificados de duas variá- da percentagem por POWELL et de alii e a espessura subjetivo A e B, verifica-se dos grupos a segunda que no sistema variável americano independente de tipificação de toucinho uti lizada de musculosidade é usado idade independentes cada de melhorar faci lmente uma das medidas de as equaçoes mensuráveis. toucinho foram obtidos, como se verifica pelo leve aumento dos (R2) e diminuição dos erros-padrão residuais (EPR). do grupo é para que foi a de cara média compen- (USDA,1968). a possibil e acrescentou-se As equações de na Tabela No grupo da variabilidade residuais na EMT três variáveis ee Uma possi de quatro variáveis coeficientes o PC quando Note-se de até 2,54mm e B, combinando-se o sobre preferência sar então, os erros-padrão de três medidas). três espessuras residuais que apresentaram a 71,9% de gordura. de de equação. vantagens das de 63,5 3), o que é comparável tipo só apresentou tiveram e entre et alii (1977) magra de carcaça (Tabela com osso, das características com o PC ou CC em equações representaram Comparando-se o ET3, e ET4, 50%, mas combinadas independentes carne de correlação respec- E FAHEY livre indústria. B o comprimento e 0,69, são apresentados duas na a comuns. de carne prática com de gor- a AOL e a percentagem variabilidade e erros-padrão tes de correlação Pelos de músculo et (1984). correlação aparados, entre magra et alii de 0,64 respectivamente de carne de uti 1 ização (PC), e no grupo cárneos CROSS com a percentagem e aparados. da percentagem da percentagem uma alta menor porcos de e GRISDALE desossados incluia Coe f i c i en t e s de determinação equaçoes (1980) correlações na maior amostra as conclusões apresentou a AOL e a percentagem esse trabalho, também de cortes relataram vel explicação et alii encontraram de cortes cortes com e uma correlação a AOL e a percentagem correlações de acordo EOWARDS de lombo magra CROSS o que está O foram feitas com objetivo de atender dos grupos A Utilizou-se, separadamente. coeficientes as necessida- Ciênc. Tecnoi. Aliment. 6(1):17-30, 1986 25 sideradas como igualmente acuradas. Elas representam aproximadamente bilidade total da percentagem de carne e deixam um erro-padrão qualquer uma das equações anteriores 83,5% da varia- residual menor do que (EPR=2,OO). Este resultado está de acordo com os trabalhos anteriores da literatura estrangeira. As equações apresentadas na Tabela 4 foram escolhidas comparando-se os EPR de cada grupo (Tabela 3) e escolhendo-se aquelas com menor EPR. No caso do grupo D , como as quatro equações apresentaram praticamente o mesmo EPR, optou-se pela aprese,!2. tação das equações com duas e três variáveis independentes. Assim a Equação I é a melhor do grupo A e as Equações 2 e 3 sao res dos grupos B e C, respectivamente. Nessas três equações uti liza-se as melhoa variável ET4, que é a soma das medidas de toucinho feitas na primeira vértebra torácica e últ ima vértebra lombar, combinada com o peso (PC) ou o comprimento pectivamente. (CC), ou ambos, res Qualquer uma delas pode ser usada em escala comercial ou até mesmo em trabalhos técnicos, onde o que se pretende é ordenar carcaças segundo uma estimativa do rendimento em carne magra sob o ponto de vista comercial. Entretanto, o coeficie,!2. te de regressão do comprimento de carcaça na Equação 3 não apresentou significância (P>O,05) e a redução no EPR, pela entrada dessa variável na equação foi muito pequena para justificar o seu uso. Outros autores (POWELL et alii, 1983; GILES et alii , 1983 e CROSS et aI ii, 1975) chegaram a mesma concl us ao . As Equações 4,5 e 6 são igualmente boas, mas muito melhores que as Equa- çoes I, 2 e 3, pois fazem uso das medidas de profundidade de toucinho (PT) e área do olho de lombo (AOL) feitas na secção transversal da carcaça na altura da 10~ Ia, recomendadas por vários autores para trabalhos de pesquisa e programas ção. As Equações 5 e 6 apresentaram R2=83,4% e 83,5%, respectivamente, CROSS et aI ii (1975) recomendaram uma de suas equaçÕes faz uso das mesmas variáveis 89,5% da variabilidade independentes da nossa e coste- de sele- EPR= 2,00. (Equação 45, Tabela 8) , que Equação 5 ,e que representou da percentagem de tecido muscular da carcaça. Os coeficientes de regressão dessa equação são muito semelhantes aos da nossa Equação 5. E FAHEY et alii (1977) recomendaram uma de suas equações (Equação I, Tabela 5), que faz uso das mesmas variáveis da nossa Equação 6, e que represeptou 83,0% da quantidade de tecido muscular Counc i livre de gordura. Tal equação foi adotada pelo NPPC-National Pork Producer's I (1976) nas provas zootécnicas de suínos nos EUA. EquaçÕes semelhantes número 5 e 6 deste trabalho também foram recomendadas por POWELL et alii às de (1983) e GRISDALE et alii (1984). No entanto, a entrada das variáveis CC, na Equação 5, e PC, na equação 6, não contribuiu em nada para melhorar a Equação 4, além do que, os coeficientes de regressão dessas variáveis não apresentaram significância (P>O,05), de modo que se pode recomendar o uso da Equação 4, que faz uso somente das variáveis profundidade de toucinho e área do olho de lombo. FAHEY et aI ii (1977) e POWELL et Ciênc. Tecnoi. Aliment. 6(11:17-30, 1986 27 PC=70,0 kg; CC=77,9 em; ET1=5,0 em; E13=3,5 em; ET4=ETl + AOL=28,0 em2. Os resultados em; PT=3,2 em e seriam os seguintes: 1 CM% 68,353 + 0,216 Equação 4 CM% 57,376 Equação ET3=8,5 3,139 (8,5) 56,79 3,765 (3,2) + 0,405 (28,0) 56,67 (l0,0) - 4- SUMMARY EQUATIONS FOR PREDICTION OF LEAN YIELD IN PORK CARCASSES In o~de~ to dete~mine the ~elationships among ca~cass weight (PC),ca~ cass length (CC), loin eye a~a(AOL) and seve~al backfat thickness measu~es, with pe~centages of lean euts yield and fat yield, and to develop p~edietion equations of lean euts yield, a sample of 92 po~k ea~easses, ehosen to ~ep~~ sent a wide va~ation in weight (55 to 89 kg) and baekfat thiekness (2,0 to 4,5 em), was seleeted f~om a la~ge slaughte~house. Afte~ being ehilled, weighed and meas~ed, the left sides we~e eut and t~mmed aeeo~ding to p~oee d~es simila~ to those used by indust~es. Weights of t~immed, bone-in ham~ bone-in loin, boneless pie-nie and shoulde~, and lean t~mmings we~e added. Its pe~centage of ea~eass side was labeled as lean euts yield. And pe~eentage of baekfat and all fat t~mmings was labeled as'fat yield. Among meas~es of baekfat taken in the medium plane,the most assoeiated with lean euts yield we~e: ET4 (fi~st ~ib plus last ~b; ~=-0,72 and O, 77),ET3(last lumba~; ~=-0,71 and 0,76), EML (max. lumba~ thiek.; ~=-0,70 and 0,75), EMT (ave~age baekfat thiek.; ~=-0,68 and 0,73). But, fat depth (PT) and AOL, 10th ~b,had the highest association with lean euts yield, ~=-0,76 and 0,75,~espeetively. Among seve~al predietion equations that we~e tested, the following two ean be ~eommended to be applied on a eommereial basis and in ~easearch o~ seleetion p~og~ams, ~espeetively in the order p~esented, to p~ediet lean yield pe roentiaqe (CM%): a) eM% = 68;353 + 0,216 (PC,kg) - 3,139 (ET4,em), R2=71,9 e EPF.=2,59;b) CM% 57,376 - 3,765 (PT,em) + 0,405 (AOL, em2); R2=83,5 e EPR=1,99. = 5- REFERtNCIAS BIBLIOGRAFICAS 1- CROSS, H.R., SMITH, G.C., CARPENTER, Z.L.& KOTULA, A.W. Relationship of earcass scores and measurements to five endpoints for lean cutyields in barrow and gilt carcasses. J.Anim. Sei .41: 1318-26, 1975. 2- DANIEL, C.& WOOD, F.S. Fitting Equation to data: computer analysis of multifactor data. New York, John Wiley & Sons, Inc. 1980. 3- DRAPER, N.R.& SMITH, H. Inc. 1981. Appl ied Regression Analysis. 4- EDWARDS, R.L., SMITH, G.C., CROSS, H.R.& CARPENTER, pork earcasses. J.Anim. Sci .51: 1321-9, 1980. New York, John Wiley & Sons, Z.L.Musele to bone ratios in 5- FAHEY, T.J., SCHAEFER, D.M., KAUFFMAN, R.G., EPLEY, R.J., GOULD, P.F., ROMAN,J.R., SMITH, G.C.& TOPEL, D.G. A comparison of pratical methods to estimate carcass eomposition. J.Anim. Sci .44: 8-17, 1977. 6- FORTIN, A., JONES, S.D.M.& HAWORTH, C.R. Pork carcass grading: a eomparison of the New Zealand Hennessy grading probe and the Danish Fat-O-Meter. Meat Sci .10 (2): 131-44, 1984. 7- GILES, L.R., RYAN, P.J., WATCHMAN, D.K.& BELINDA DETTMANN, E. Prediction of the Ciên~. Te~nol. 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