MF-611.R-4 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DE CLORETOS EM SUSPENSÃO NO AR POR TURBIDIMETRIA 1. OBJETIVO Definir o método de determinação de cloretos em suspensão no ar, por turbidimetria, utilizando, nitrato de prata. 2. DOCUMENTO DE REFERÊNCIA MF-606 - MÉTODO DO AMOSTRADOR DE GRANDES VOLUMES (HI-VOL DETERMINAÇÃO DE PARTÍCULAS EM SUSPENSÃO NO AR AMBIENTE) 3. PRINCÍPIO Baseia-se na reação dos cloretos presentes na amostra, após extração em meio aquoso, com nitrato de prata em meio ácido. 4. RESUMO DA TÉCNICA Consiste na extração a quente com água deionizada das partículas retidas no filtro do amostrador de grandes volumes, seguida da determinação turbidimétrica dos cloretos presentes na amostra após a reação com nitrato de prata. 5. APLICABILIDADE O método é aplicável à determinação de cloretos em suspensão no ar, coletados em amostrador de grandes volumes. 6. INTERFERÊNCIA A cor e a turbidez na amostra obtida após a extração a quente com água deionizada interferem no resultado devendo ser eliminadas na etapa de filtração. Caso a interferência persista, corrige-se analisando-se uma nova alíquota da mesma amostra acidificada na qual não tenha sido adicionada o nitrato de prata. 7. PRECISÃO O método apresenta um desvio padrão relativo de 5%. 8. ALCANCE DO MÉTODO ANALÍTICO Sensibilidade: 0,3 g Cl - /m3 Limite de detecção: 0,3 g Cl - /m3 Faixa ótima de trabalho: 0,6 a 7,0 g Cl - /m3 9. APARELHAGEM E MATERIAL 9.1 Espectrofotômetro capaz de realizar leituras a 500 nm, provido de cubetas de 1 cm de caminho ótico. 9.2 Placa de aquecimento 9.3 Erlenmeyer de 50 mL 9.4 Pipetas volumétricas 9.5 Becher de 100 mL 9.6 Balão volumétrico de 1000 mL 9.7 Funil de Buchner 9.8 Kitazato 9.9 Vidro de relógio 9.10 Papel de filtro Whatmann nº 2 ou equivalente 10. PRODUTOS QUÍMICOS E SOLUÇÕES 10.1 SOLUÇÃO DE ÁCIDO NÍTRICO (HNO3 ), 2 + L Diluir duas partes de ácido nítrico (HNO3) p.a. em uma parte de água deionizada. 10.2 SOLUÇÃO DE NITRATO DE PRATA (AgNO3 ) 0,1 N Dissolver 17 g de nitrato de prata (AgNO3) p.a. em água deionizada e completar a 1000 mL em balão volumétrico. 10.3 SOLUÇÃO PADRÃO ESTOQUE DE CLORETO DE SÓDIO (NaCl) Pesar 0,1649 g de cloreto de sódio (NaCl) p.a. seco em estufa a 140 ºC por uma hora, dissolver em água deionizada e completar a 1000 mL em balão volumétrico. Desta forma 1 mL da solução conterá 100 μg de cloreto. 11. PROCEDIMENTO 11.1 PREPARO DA CURVA DE CALIBRAÇÃO 11.1.1 Preparar numa série de seis erlenmeyers de 50 mL, soluções padrão de 0,0 a 120,0 μg de cloreto, com os seguintes volumes da solução estoque (10.3): 0,0; 0,1; 0,3; 0,7; 0,9 e 1,2 mL. 11.1.2 Adicionar água deionizada de forma que em cada erlenmeyer tenha um volume final de 5 mL. 11.1.3 Adicionar a cada erlenmeyer 3 mL da solução de ácido nítrico (10.1), e 2 mL da solução de nitrato de prata (10.2). Misturar bem. 11.1.4 Deixar repousar por cinco minutos e ler a absorbância de cada padrão no comprimento de onda de 500 nm, usando cubetas de 1 cm de caminho ótico. 11.1.5 Construir uma curva de calibração em eixos cartesianos, tendo por abcissa a massa de cloreto em μg e por ordenada a absorbância. Deve-se preparar uma curva de calibração para cada série de amostras. 11.2 ANÁLISE DAS AMOSTRAS 11.2.1 Cortar tiras correspondentes a 1/12 do filtro do amostrador de grandes volumes, contendo o material articulado e de filtro idêntico ainda não utilizado (branco). NOTA: O procedimento descrito a seguir deverá ser adotado tanto para o papel de filtro contendo a amostra quanto para o branco. 11.2.2 Colocar em béquer de 100 mL a(s) tira(s) de papel de filtro dobrado(s) e adicionar 30 mL de água deionizada de maneira a cobrir completamente as amostras. 11.2.3 Cobrir cada béquer com vidro de relógio e proceder a extração aquecendo em chapa elétrica por uma hora e meia, contada a partir do momento em que a amostra entre em ebulição, branda, controlando para que a amostra não seque. Acrescentar mais água deionizada, se necessário. 11.2.4 Esfriar e filtrar à vácuo através de papel de filtro Whatman nº 2 ou equivalente, lavando bem o filtro com água deionizada até completar 50 mL do filtrado. 11.2.5 Pipetar 5 mL de cada amostra e transferir para um erlenmeyer de 50 mL. Seguir o mesmo procedimento de 11.1.3 e 11.1.4. 12. CÁLCULOS C= ABCa Vc onde: C - concentração de cloretos em suspensão no ar, em μg Cl - / m3 A - relação entre área total do papel de filtro e a área da fração do papel utilizado B - relação entre o volume total da amostra aquosa e a alíquota tomada para análise Ca - massa de cloreto lida na curva de calibração em μg Vc - volume de ar correspondente, em m3 (vazão do amostrador m3/min. multiplicado pelo tempo de amostragem em minutos) 13. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA JACOBS, Morris B. The chemical analysis of air pollutants. New York, Interscience, 1960. 430 p. (Chemical analysis, a series of monographs on analytical chemistry and its applications, 10).