I Simpósio de Linguística, Literatura e Ensino do Tocantins & IX Semana Acadêmica de Letras 11 a 13 de Novembro de 2013 – UFT/Araguaína – TO Organização Flávio Pereira Camargo Miliane Moreira Cardoso Vieira Vilma Nunes da Silva Fonseca Copyright © 2013 – Universidade Federal do Tocantins – Todos os direitos reservados www.uft.edu.br Câmpus Universitário de Araguaína Curso de Pós-Graduação em Letras: Ensino de Língua e Literatura Rua Paraguai S/N, esquina com Uxiramas CEP 77838-824 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Tocantins – SISBIB S 612 Simpósio de Linguística, Literatura e Ensino do Tocantins SILLETO (1.: 2013: Araguaína, TO) Perspectivas Críticas e Epistemológicas para o Ensino de Língua e Literatura na Contemporaneidade, 11 a 13 de novembro de 2013 / Coordenadores: Flávio Pereira Camargo, Miliane Moreira Cardoso Vieira, Vilma Nunes da Silva Fonseca, Valéria da Silva Medeiros. – Araguaína: 2013. Evento realizado pela Universidade Federal do Tocantins ISBN 978-85-63526-36-6 Modo de acesso: <http://isilletouft.webnode.com> 1. Linguística. 2. Literatura. 3. Educação. I.Título CDD 410 Bibliotecária: Gracelynne O. S. Miranda CRB-2/1233 UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS Reitor Márcio Antônio da Silveira Vice-Reitora Isabel Cristina Auler Pereira Pró-Reitor de Graduação – PROGRAD Berenice Feitosa da Costa Aires Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação – PROPESQ Waldecy Rodrigues Pró-Reitor de Extensão – PROEX George França Diretor do Câmpus de Araguaína Luís Eduardo Bovolato Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Letras: Ensino de Língua e Literatura Flávio Pereira Camargo Vice-Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Letras: Ensino de Língua e Literatura Karylleila dos Santos Andrade Coordenador do Curso de Letras/Araguaína José Manoel Sanches da Cruz Vice-Coordenadora do Curso de Letras/Araguaína Selma Maria Abdalla Dias Barbosa ORGANIZAÇÃO EDITORIAL Aliny Mendes – Bolsista CAPES/PPGL Bruno Gomes Pereira – Bolsista CAPES/PPGL Flávio Pereira Camargo – Docente/UFT Miliane Moreira Cardoso Vieira – Docente/UFT Valéria da Silva Medeiros – Docente/UFT Vilma Nunes da Silva Fonseca – Docente/UFT REVISÃO Miliane Moreira Cardoso Vieira – Docente/UFT Vilma Nunes da Silva Fonseca – Docente/UFT PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Aliny Sousa Mendes – Bolsista CAPES/PPGL Bruno Gomes Pereira – Bolsista CAPES/PPGL Miliane Moreira Cardoso Vieira – Docente/UFT Vilma Nunes da Silva Fonseca – Docente/UFT COMISSÕES Comissão Organizadora Flávio Pereira Camargo Miliane Moreira Cardoso Vieira Vilma Nunes da Silva Fonseca Comissão Científica Valéria da Silva Medeiros (Coordenadora) Vilma Nunes da Silva Fonseca Flávio Pereira Camargo Francisco Edviges Albuquerque Janete da Silva Santos Alessandra Mara de Assis Dieysa Kanyella Fossile Naiana Siqueira Galvão Ana Cláudia Castiglione Márcia Rejany Mendonça Eliane Cristina Testa Comissão de Divulgação Naiana Siqueira Galvão (Coordenadora) Jane Guimarães Sousa Plínio Sabino Sélis Ana Paula Aoki Cristiane Almeida Selma Maria Abdalla Dias Barbosa Comissão de Logística e Infraestrutura José Manoel Sanches da Cruz (Coordenador) Wallace Rodrigues Wandercy Carvalho Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira Rogério Fernandes Santos Comissão de Monitoria Vilma Nunes da Silva Fonseca (Coordenadora) Alessandra Mara de Assis Comissão Cultural Eliane Cristina Testa (Coordenadora) ProfMara Cleusa Peixoto Assis Rister Bolsistas-Monitores (Secretaria do I SILLETO) Aliny Sousa Mendes (Mestrado/CAPES) Aurílio Soares da Silva (PIBIC/CNPq) Bárbara de Freitas Farah(PIBIC/CNPq) Bruno Gomes Pereira (Mestrado/CAPES) Kellen Lucy Santos Silva (PIBEX/UFT) Letícia Carvalho Martins (PIBIC/UFT) Meiry Raquel de Queiroz (PIBIC/UFT) Patrícia Sousa da Silva Cunha (PIVIC/UFT) Rodrigo Gomes de Sousa (PIVIC/UFT) Samaritana de Moura Barbosa (PIBIC/UFT) SUMÁRIO Apresentação ..................................................................................................08 Programação Geral .......................................................................................09 Programação – Sessões de Comunicação Oral .........................................13 Conferências ..................................................................................................31 Palestras ..........................................................................................................32 Minicursos ......................................................................................................34 Mesas Redondas ............................................................................................36 Comunicações ................................................................................................44 APRESENTAÇÃO O I Simpósio de Linguística, Literatura e Ensino do Tocantins – I SILLETO, primeiro evento de âmbito nacional da Área de Letras realizado na Universidade Federal do Tocantins (UFT/Araguaína), possibilita aos seus participantes o acesso ao conhecimento que vem sendo produzido nos últimos anos no campo dos Estudos Linguísticos e Literários, com interesse particular na formação do professor de Língua (Materna e Estrangeira) e Literatura, como também nas novas tendências ou perspectivas epistemológicas na contemporaneidade. Através de atividades científicas dessa natureza, é possível perceber que o efetivo contato entre alunos da Graduação (Curso Regular e PARFOR) e Pós-Graduação (Especialização, Mestrado – Profissional e Acadêmico – e Doutorado) com professores da UFT e de outras IES, assim como com professores da Educação Básica, pode resultar em futuros convênios e parcerias institucionais para o fortalecimento e intercâmbio de pesquisas, bem como na realização de projetos nos eixos temáticos: Língua, Literatura e Ensino. A programação deste I SILLETO é composta por: Conferências, Palestras, Mesas Redondas, Minicursos e Sessões de Comunicações Orais. Neste Caderno, estão publicados, além da Programação Geral, todos os resumos das modalidades de participação mencionadas. A Comissão Organizadora do I SILLETO tem a satisfação de recebêlos e desejar-lhes um excelente evento. Comissão Organizadora 8 PROGRAMAÇÃO GERAL 11-11-2013 (Segunda-feira) 7:30 – 11:00 – CREDENCIAMENTO E ENTRADA - ANFITEATRO) INSCRIÇÃO (HALL DE 8:00 – 8:30.MOMENTO..CULTURAL (SALA 17 - ANFITEATRO) 8:30 – ABERTURA OFICIAL (SALA 17 - ANFITEATRO) Prof. Dr. Luís Eduardo Bovolato (UFT) – Diretor do Câmpus de Araguaína Prof. Dr. Flávio Pereira Camargo (UFT) – Coordenador do PPGL Prof. Dr. José Manoel Sanches da Cruz (UFT) – Coordenador do Curso de Letras/Coordenador do Curso de Letras-PARFOR Profa. Ms. Miliane Moreira Cardoso Vieira (UFT) – Representante da Comissão Organizadora do I SILLETO Profa. Ms. Vilma Nunes da Silva Fonseca (UFT) – Representante da Comissão Organizadora do I SILLETO 9:00 – 10:30 – 1ª CONFERÊNCIA DE ABERTURA (SALA 17 ANFITEATRO) Título: “De olhos bem abertos: pensando as relações entre linguística, Letramento e Ficção no ensino da Literatura” Profa. Dra. Eliana Lúcia Madureira Yunes (PUC-Rio/Cátedra UNESCO de Leitura PUC-Rio/II Ler PUC-Rio) Mediadora: Profa. Dra. Valéria da Silva Medeiros (UFT/Coordenadora ETA Capes-Fulbright/ PPGL/ pesquisadora Cátedra UNESCO de Leitura PUCRio) 9 10:30 – EXPOSIÇÃO E LANÇAMENTO DE LIVROS (HALL DE ENTRADA - ANFITEATRO) 14:00 – 18:00 – SESSÕES DE COMUNICAÇÕES (SALAS DE AULA/3P) 14:00 – 18:00 – WORKSHOP PARA PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA DA EDUCAÇÃO BÁSICA (SALAS DE AULA/3P) (Danielle Shelton e Francesca Schley - Bolsistas Programa ETA Capes/Fulbright/UFT) 19:00 – 19:30 - MOMENTO CULTURAL (SALA 17 - ANFITEATRO) 20:00 – 21:30 – 2ª CONFERÊNCIA DE ABERTURA (SALA 17 ANFITEATRO) Título: “Cidadania, Ensino de Línguas e Linguística SistêmicoFuncional.” Prof. Dr. Orlando Vian Jr. (UFRN) Mediadora: Profa. Ms. Vilma Nunes da Silva Fonseca (UFT/CIMES) 21:30 – EXPOSIÇÃO E LANÇAMENTO DE LIVROS (HALL DE ENTRADA - ANFITEATRO) 12-11-2013 (Terça-feira) 8:00 – 9:15 – PALESTRA (SALA 17 - ANFITEATRO) Título: “Ensino de Inglês como Língua Franca na Escola Pública: por uma crença no seu (bom) funcionamento.” Prof. Dr. Domingos Sávio Pimentel Siqueira (UFBA) Mediadora: Profa. Ms. Miliane Moreira Cardoso Vieira (UFT/PLES) 9:15 – 9:30 – INTERVALO 9:30-11:00..–..MESA..REDONDA (SALA 17 - ANFITEATRO) Tema: “Ensino e Formação de Professores de Língua Inglesa” Profa. Ms. Daniella Corcioli Azevedo Rocha (UFT/Câmpus Porto Nacional) Profa. Ms. Selma Maria Abdalla Dias Barbosa (UFT) Profa. Ms. Elisa Borges de Alcântara Alencar (UFT) Mediadora: Profa. Esp. Naiana Siqueira Galvão (UFT) 10 14:00 - 18:00 – MINICURSOS (SALAS DE AULA/3P) Minicurso 1 – “O que é Gramática Sistêmico-Funcional?: Noções teórico-metodológicas introdutórias.” Prof. Dr. Orlando Vian Jr. (UFRN) Minicurso 2 – “Deconstructing the „plastic world‟ of ELT textbooks.” Prof. Dr. Domingos Sávio Pimentel Siqueira (UFBA) Obs: Pré-requisito: Trazer livros didáticos de Língua Inglesa. Minicurso 3 – “O Trabalho com o poema na sala de aula.” Prof. Dr. José Hélder Pinheiro Alves (UFCG/PB) 19:00 – 20:15 –PALESTRA (SALA 17 - ANFITEATRO) Título: “A (re)escrita mediada pela web: um experimento utilizando a wiki” Prof. Dr. Adair Vieira Gonçalves (UFGD/ PPGL) Mediadora: Profa. Dra. Janete Silva dos Santos (UFT/PPGL) 20:15 – 20:30 – APRESENTAÇÃO CULTURAL: GRUPO DE VIOLINOS 20:30-22:00..–..MESA..REDONDA (SALA 17 - ANFITEATRO) Tema: “Fonética e Fonologia Aplicadas ao Ensino de Línguas.” Profa. Dra. Carine Haupt (UFT/ PPGL/Câmpus Porto Nacional) Prof. Dr. Francisco Edviges Albuquerque (UFT/ PPGL) Profa. Ms. Alessandra Mara de Assis (UFT) Mediadora: Profa. Ms. Selma Maria Abdalla Dias Barbosa (UFT) 13-11-2013 (Quarta-feira) 8:00 – 9:15 – PALESTRA (SALA 17 - ANFITEATRO) Título: “Literatura: Ensino e Pesquisa.” Prof. Dr. José Hélder Pinheiro Alves (UFCG/PB) Mediadora: Profa. Ms. Vilma Nunes da Silva Fonseca (UFT/CIMES) 9:15 – 9:30 – INTERVALO 9:30–11:00..–..MESA..REDONDA (SALA 17 - ANFITEATRO) 11 Tema: “Ciências do Léxico e Linguística Aplicada ao Ensino de Língua Materna.” Profa. Dra. Karylleila dos Santos Andrade (UFT/PPGL/Câmpus Palmas) Profa. Dra. Janete Silva dos Santos (UFT/PPGL) Mediador: Prof. Dr. Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira (UFT/ PPGL) 14:00 – 18:00 – SESSÕES DE COMUNICAÇÕES (SALAS DE AULA/3P) 14:00 – 18:00 – WORKSHOP PARA PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA DA EDUCAÇÃO BÁSICA (SALAS DE AULA/3P) (Danielle Shelton e Francesca Schley - Bolsistas Programa ETA Capes/Fulbright/UFT). 14:00 – 18:00 – Minicurso 4 – “Gêneros textuais/ discursivos e ensino de língua portuguesa” (SALAS DE AULA/3P) Prof. Dr. Adair Vieira Gonçalves (UFDG/PPGL) 19:00–20:30..–..MESA..REDONDA (SALA 17 - ANFITEATRO) Tema: “Desafios e Perspectivas Contemporâneas para os Estudos Literários.” Profa. Dra. Hilda Gomes Dutra Magalhães (UFT/PPGL) Profa. Dra. Eliane Testa (UFT) Profa. Dra. Valéria da Silva Medeiros (UFT/Coordenadora ETA CapesFulbright/ PPGL/ pesquisadora Cátedra UNESCO de Leitura PUC-Rio) Mediador: Prof. Dr. Flávio Pereira Camargo (UFT/ PPGL) 20:45 – 22:00 CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO (SALA 17 ANFITEATRO) Título: “Por Que se Preocupar com a Linguagem nos Dias de Hoje?” Prof. Dr. Kanavillil Rajagopalan (UNICAMP) Mediadora: Profa. Dra. Karylleila dos Santos Andrade (UFT/PPGL/Câmpus Palmas) 22:00 – COQUETEL DE ENCERRAMENTO (SALA DE AULA DO PPGL) 12 PROGRAMAÇÃO SESSÕES DE COMUNICAÇÃO ORAL DIA 11/11/2013 SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 1 SALA: 01 PRÉDIO: P3 – DIA: 11/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00 ENSINO/FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUAS COORDENADOR(A): Profª Selma Abdalla Nº 01 02 03 04 05 TÍTULO REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA EM QUATRO ESCOLAS PÚBLICAS DE PORTO NACIONAL – TO FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO CURSO DE LETRAS/INGLÊS DA UFPA: UM DIÁLOGO ENTRE A POLÍTICA CIENTÍFICO EDUCACIONAL DO CURSO E A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DOCENTE NO CAMPUS DE MARABÁ FORMAÇÃO DE PROFESSORES/AS DE LÍNGUA INGLESA NO NORDESTE DE GOIÁS: UM OLHAR PARA A DIVERSIDADE ÉTNICO-RACIAL CRENÇAS E AÇÕES DE UMA PROFESSORA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA (INGLÊS) SOBRE O PLANEJAMENTO DE CURSO A IMPORTÂNCIA DO WARM UP NAS AULAS DO CECCLA 13 AUTOR Aline Clemente Pereira da Silva Bárbara Letícia Pereira Leite - UFPA Marília Fernanda Pereira Leite - UFT Cristiane Rosa Lopes Giuliana Brossi Castro Jailson Chagas Miranda Thaynara Gomes Suiane Francisca da Silva SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 2 SALA: 02 PRÉDIO: P3 – DIA: 11/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00 LÍNGUA, ENSINO E CULTURA COORDENADOR(A): Profª Miliane Vieira Nº 01 TÍTULO CONSUMO CONSCIENTE – UMA EXPERIÊNCIA DA PERSPECTIVA CRÍTICA NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NOS ANOS FINAIS CONCEPÇÕES DE LÍNGUA, CULTURA E IDEOLOGIA DE DOCENTES DE LÍNGUA INGLESA NO PARFOR AUTOR Giuliana Castro Brossi 03 CONSTRUINDO SABERES LÍNGUA INGLESA E CULTURA 04 CULTURA E INTERCULTURALIDADE EM SALA DE AULA 05 ESTUDO ACERCA DAS REPRESENTAÇÕES SOBRE O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA CONSTRUÍDAS POR PROFESSORES DA REDE PÚBLICA DE PORTO NACIONAL E CIRCUNVIZINHANÇA A SOCIOLINGUÍSTICA NA SALA DE AULA: O QUE REVELA A ESCRITA DE ALUNOS DO QUINTO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL Kellen Lucy Miliane Moreira Cardoso Vieira Luciana Souza de Almeida Mayara Manuelle Sousa Alves Escobar Miliane Moreira Cardoso Vieira Márcia Letícia Gomes Barbosa Ana Emília Fajardo Turbin 02 06 14 ENTRE Glaucileia Fontoura Nabarro Luiza Helena de Oliveira da Silva Maria da Taveiro Silva Guia SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 3 SALA: 03 PRÉDIO: P3 – DIA: 11/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00 EDUCAÇÃO BILÍNGUE, ESCOLAR INDÍGENA E INCLUSÃO ESCOLAR COORDENADOR(A): Profº Francisco Edviges e Profa. Jane Sousa Nº 01 TÍTULO EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA: AQUISIÇÃO DA LÍNGUA INGLESA PELOS ALUNOS APINAYÉ DE SÃO JOSÉ E MARIAZINHA MEMÓRIAS NO PÁTIO: SABERES TRADICIONAIS KRAHÔ COMO CONTRIBUIÇÃO PARA A EDUCAÇÃO DO SUJEITO INDÍGENA AUTOR Ana Paula Piza Aoki 03 RELATOS E EXPERIÊNCIAS DO PROGRAMA DO OBSERVATÓRIO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA KRAHÔ/CAPES/INEP/UFT 04 O PERCURSO DO ALUNO INDÍGENA NO CURSO DE LETRAS – O PAPEL DA MONITORIA Bruna Michelle Alves dos Santos Thais de Souza Carvalho Tatiane Pereira de Oliveira Francisco Edviges Albuquerque Francisca Martim Cavalcante Alessandra Mara de Assis 05 UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS: POLÍTICAS DE INCLUSÃO INDÍGENAE SEUS REFLEXOS NAS EXPERIÊNCIAS ACADÊMICAS 06 O PROCESSO DE RETEXTUALIZAÇÃO DO MITO DE TYRKRẼ NA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA KRAHÔ DA ALDEIA MANOEL ALVES 02 15 Aurinete Silva Macedo Francisco Edviges Albuquerque Iracy Martins de Amorim Carlos Alberto Moreira de Araújo Junior Carlos Wiennery da Rocha Moraes Jane Guimarães Sousa SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 4 SALA: 04 PRÉDIO: P3 – DIA: 11/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00 TÓPICOS DE LINGUÍSTICA DESCRITIVA E PRESCRITIVA COORDENADOR(A): Profª Karylleila Andrade Nº 01 TÍTULO NEOLOGIA POR EMPRÉSTIMO NOS LIVROS DIDÁTICOS DE PORTUGÊS: UMA ANÁLISE PRELIMINAR ENSINO DA LÍNGUA MATERNA ATRAVÉS DO USO DO DICIONÁRIO EM SALA DE AULA A NEOLOGIA POR EMPRÉSTIMO NA VISÃO DOS PROFESSORES DE LINGUA PORTGUESA DE UM CENTRO DE ENSINO MÉDIO EM MIRANORTE-TO AUTOR Adriano Bezerra de Andrade 04 ESTUDO DOS NOMES DE LUGARES E SUA RELAÇÃO COM O ENSINO DE HISTÓRIA EM LIVROS DIDÁTICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL Anna Inez Alexandre Reis Karylleila dos Santos Andrade 05 O USO DO DICIONÁRIO RECURSO DIDÁTICO 06 PARA QUE SERVE O ESTUDO DO LÉXICO DE UMA LÍNGUA? Dayane Carneiro Rocha Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira Karylleila Andrade 02 03 16 COMO Leane Araujo Oliveira de Adriano Bezerra de Andrade SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 5 SALA: 05 PRÉDIO: P3 – DIA: 11/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00 TEORIA E ANÁLISE LINGUÍSTICA COORDENADOR(A): Profª Janete Silva dos Santos Nº 01 02 TÍTULO OS ESTUDOS LINGUÍSTICOS APLICADOS AO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA: A PRODUÇÃO ESCRITA NA ERA DOS GÊNEROS TEXTUAIS NO ENSINO MÉDIO A BUSCA DA SUPERAÇÃO TRADICIONAL DE ENSINO: COMPARANDO (2) DUAS GRAMÁTICAS DOS AUTORES ERNANI TERRA E JOSÉ DE NICOLA 03 ANÁLISE LINGUÍSTICA NA VOZ DE ESTUDANTES DE LETRAS 04 ANTIGUIDADE GREGA E CONTEMPORANEIDADE BRASILEIRA: O PROCESSO DE DIDATIZAÇÃO DOS CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS REFLEXÕES ACERCA DO ENSINO DE LÍNGUA MATERNA: MATERIAL DIDÁTICO E ABORDAGEM GRAMATICAL ANÁLISE LINGUÍSTICA: COMO O PROFESSOR DE LÍNGUA MATERNA (RE) ELABORA ISSO EM SEU DISCURSO E EM SUA PRÁTICA DE SALA DE AULA? ANÁLISE DE HISTÓRIA EM QUADRINHOS POR MEIO DA GRAMÁTICA REFLEXIVA 05 06 07 08 A ANÁLISE LINGUÍSTICA COMO PROPOSTA DE RESSIGNIFICAÇÃO DO ENSINO DE LÍNGUA MATERNA 17 AUTOR Antônio Cilírio da Silva Neto Carlos Wiennery da Rocha Moraes Jônatas Gomes Duarte Luis Roberto Peel Furtado de Oliveira Danielle dos Santos Guedes Janete Silva dos Santos Gilmar Ramos da Silva Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira Layssa de Jesus Alves Duarte Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira Oziel Pereira da Silva Schaony Sindy de Sousa Aurea Maria Sampaio Teles Oziel Pereira da Silva Janete Silva dos Santos SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 6 SALA: 06 PRÉDIO: P3 – DIA: 11/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00 LITERATURA COMPARADA & LITERATURA INFANTO-JUVENIL COORDENADOR(A): Profa. Eliane Testa Nº TÍTULO AUTOR 01 ENTRE A ORDEM DO REAL E A Débora Maria dos AFIRMAÇÃO DE SEU AVESSO: UMA Santos Castro Silva LEITURA COMPARADA ENTRE JOÃO CABRAL DE MELO NETO E EDGAR ALLAN POE 02 MACABÉA: O FEMININO Eliene Rodrigues SUBALTERNO E AS Sousa Silva REPRESENTAÇÕES VISUAIS NA André Teixeira GRANDE CIDADE Cordeiro 03 UM PASSEIO PELAS Gislãne Gonçalves INTERMEDIAÇÕES ENTRE Silva LITERATURA E ARTES VISUAIS 04 O LETRAMENTO LITERÁRIO NO Isaquia dos Santos ENSINO MÉDIO ATRAVÉS DA Barros Franco RELAÇÃO ENTRE LITERATURA E André Cordeiro PINTURA EM CONTOS DE MACHADO DE ASSIS 05 DO TEXTO À IMAGEM: REFLEXÕES Kátia Carvalho da SOBRE O NARRADOR EM “O Silva ENFERMEIRO” 06 RESISTÊNCIA NEGRA ATRAVÉS DAS Eronilde dos PERSONAGENS INFANTIS NAS Santos Cunha OBRAS: AS TRANÇAS DE BINTOU E OS CABELOS DE LELÊ 07 “BONECA DE PANO É GENTE/ SABUGO DE MILHO É GENTE [...]”; E TIA NASTÁCIA, SERIA GENTE? 18 Gihane Scaravonatti SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 7 SALA: 07 PRÉDIO: P3 – DIA: 11/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00 ENSINO DE LITERATURA E FORMAÇÃO DE LEITORES COORDENADOR(A): Profª Márcia Rejany e Profa. Vilma Fonseca Nº 01 02 03 04 TÍTULO O ENSINO DE LITERATURA E AS OUTRAS LINGUAGENS NO ENSINO MÉDIO: UM OLHAR SOBRE OS DOCUMENTOS OFICIAIS CINE LER: O CINEMA EM SALA DE AULA COMO RECURSO ESTIMULADOR PARA NOVOS LEITORES PERSPECTIVAS TEMÁTICAS E IMAGÉTICAS DE USO DA LITERATURA TOCANTINENSE PARA A FORMAÇÃO DE LEITORES O ENSINO DE LITERATURA RELACIONADO ÀS OUTRAS LINGUAGENS NO ENSINO MÉDIO: UM OLHAR SOBRE O LIVRO DIDÁTICO 19 AUTOR Bonfim Queiroz Lima Pereira Cristiano Barros Alves Rubens Martins da Silva Bonfim Queiroz Lima Pereira SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 8 SALA: 08 PRÉDIO: P3 – DIA: 11/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00 LITERATURA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA: PRODUÇÃO CRÍTICA E RECEPÇÃO LITERATURA E ESTUDOS DE GÊNERO COORDENADOR (A): Profº Flávio Camargo Nº 01 TÍTULO AS PEDRAS NA OBRA POÉTICA DE CORA CORALINA PROPEDÊUTICA ÀS POÉTICAS DA (PÓS) MODERNIDADE: BREVE CONSIDERAÇÃO DOS FENÔMENOS POÉTICOS DA POESIA BRASILEIRA DOS ANOS 2010 A REPRESENTAÇÃO DE IDENTIDADES DE GÊNERO E DE DIVERSIDADE SEXUAL NA PRODUÇÃO LITERÁRIA PARA JOVENS LEITORES AUTOR Walace Rodrigues 04 REPRESENTAÇÕES DA HOMOAFETIVA NA INFANTIL CONTEMPORÂNEA 05 O CAMINHO DAS PEDRAS DO PERSONAGEM TIQUINHO, NA OBRA EM NOME DO DESEJO, DE JOÃO SILVÉRIO TREVISAN MAMONAS ASSASSINAS - DA UTOPIA ÀS SÁTIRAS: UMA PROPOSTA DE PRODUÇÃO ERÓTICA NA ESCOLA A FORÇA DO DESEJO HOMOERÓTICO NA OBRA O BOM CRIOULO, DE ADOLFO CAMINHA Letícia Carvalho Martins Rodrigo Gomes de Sousa Flávio Pereira Camargo Maria de Fátima Lopes Vieira Falcão Flávio Pereira Camargo Rosielson Soares de Sousa 02 03 06 07 08 TEMÁTICA LITERATURA BRASILEIRA OS TEMAS TRANSVERSAIS, A TEORIA DO TERCEIRO EXCLUÍDO E A TEORIA DO TERCEIRO INCLUÍDO: NECESSIDADE DE UM NOVO OLHAR 20 Raphael Ferreira Bessa Aurílio Soares da Silva Flávio Pereira Camargo Rubenilson de Araujo Flávio Camargo Pereira Pereira Vanessa Rita de Jesus Cruz Flávio Pereira Camargo SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 9 SALA: 09 PRÉDIO: P3 – DIA: 11/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00 LITERATURA AFRICANA DE LÍNGUA PORTUGUESA POÉTICAS DA (PÓS) MODERNIDADE COORDENADOR(A): Profª Maria Perla Morais e Luiz Roberto Peel Nº 01 TÍTULO ÁFRICA: A RELAÇÃO DO HOMEM COM O DIVINO EM OS FLAGELADOS DO AUTOR Hélio Márcio Nunes Lacerda 02 HISTÓRIA E LITERATURA EM MIA COUTO 03 RELIGIÃO E COLONIZAÇÃO EM MIA COUTO A CONSTRUÇÃO POÉTICA MULTIFACETADA EM FILINTO ELÍSIO A ESCRITA SOCIAL NAS POESIAS PORTUGUESAS Márcia Oliveira de França Maria Perla Araújo de Morais Maria Perla Araújo Morais Rute Maria Chaves Pires Lucília Paula de Azevedo Ferreira Maria Perla Araújo Morais Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira VENTO LESTE 04 05 06 07 A MEMÓRIA ENQUANTO EXTENSÃO TEMPORAL DO CORPO FENOMENOLÓGICO DA BOCA DE CRONOS À PENA DE GREGÓRIO: O TEXTO EFÊMERO SE ETERNIZA 21 Mario Ribeiro Morais DIA 13/11/2013 SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 1 SALA: 01 PRÉDIO: P3 – DIA: 13/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00 ENSINO/FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUAS COORDENADOR(A): Profª Cristiane Almeida e Prof. Wallace Rodrigues Nº 01 02 03 04 05 06 07 08 TÍTULO CONCEPÇÕES DE TEXTO E PRÁTICAS ESCOLARES DE PRODUÇÃO TEXTUAL PERSUASÃO E SEDUÇÃO: AS ESTRATÉGIAS INTERTEXTUAIS E INTERDISCURSIVAS NOS ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS IDENTIDADE E REPRESENTAÇÃO DOCENTE EM HISTÓRIAS DE VIDA DE PROFESSORES DE INGLÊS ABORDAGEM DO GÊNERO HISTÓRIA EM QUADRINHOS NA PROVA BRASIL DE LÍNGUA PORTUGUESA O INTERTEXTO E SUA APLICAÇÃO NO ENSINO MÉDIO A PARTIR DE TEXTOS PUBLICITÁRIOS E PROPAGANDÍSTICOS FORMAÇÃO CONTINUADA: PERCURSOS ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA DE LEITURA LAPTOP EDUCACIONAL NA SALA DE AULA: EXPECTATIVAS, PERSPECTIVAS E PRÁTICAS EM DUAS ESCOLAS TOCANTINENSES A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA NA PRÁTICA DOCENTE 22 AUTOR Luzinete Silva Macedo Márcia Suany Dias Cavalcante Maria Elaine Mendes Dernival Venâncio Ramos Junior Núbia Régia de Almeida Reginaldo Lima Silva Marcilene de Assis Alves Araújo Tânia do Socorro Ferreira da Silva Maria José de Pinho Tânia Maria de Oliveira Rosa Luiza Helena Oliveira da Silva Genilva Bezerra Santos Marcilene de Assis Alves Araújo SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 2 SALA: 02 PRÉDIO: P3 – DIA: 13/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00 ENSINO DE LÍNGUAS ADICIONAIS COORDENADOR(A): Profª Naiana Galvão e Profª Mara Cleusa Nº 01 TÍTULO ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA: LEGISLAÇÃO E PRÁTICA DOCENTE AUTOR Dálete da Costa Câmara de Oliveira 02 A LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS SURDAS Dayanne Dias 03 ENGLISH TEACHING PRACTICE: UMA PROPOSTA REFLEXIVA (IN) SUCESSO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA EM UMA ESCOLA RURAL EM PORTO NACIONAL - TO Hélio Márcio Nunes Lacerda Jailson Chagas Miranda Suiane Francisca da Silva O CECLLA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA FORMAÇÃO INICIAL E AQUISIÇÃO DA PROFICIÊNCIA DE DUAS ACADÊMICAS DO CURSO DE LETRAS DA UFT: UM ESTUDO DE CASO O ENSINO DO PORTUGUÊS NA MODALIDADE ESCRITA PARA ALUNOS SURDOS USUÁRIOS DA LÍNGUA DE SINAIS LANGUAGE LEARNING PROJECT: IMPROVING LISTENING PROFICIENCY Ketlly Rayanne Gomes da Silva PRÁTICAS DE LETRAMENTO ALUNOS COM SURDEZ Francisca Maria Cerqueira da Silva 04 05 06 07 08 23 DE Barbosa Thawana Pires Silva Ketlly Rayanne Gomes da Silva SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 3 SALA: 03 PRÉDIO: P3 – DIA: 13/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00 PRÁTICAS DE LETRAMENTO ENSINO DE LITERATURA E FORMAÇÃO DE LEITORES COORDENADOR(A): Profª Valéria Medeiros Nº 01 TÍTULO DO LETRAMENTO: OU ENFOQUE DE PRÁTICAS SOCIAIS EM TEXTOS ESCRITOS 02 POLÍTICAS PÚBLICAS PARA LEITURA NO BRASIL: A EDUCAÇÃO INDÍGENA POLÍTICAS PÚBLICAS DE LEITURA NO BRASIL NO PERÍODO DE 1964 - 1985 BREVE PANORAMA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A LEITURA NO BRASIL A FORMAÇÃO DO LEITOR DE LITERATURA NA PROPOSTA CURRICULAR DO ESTADO DO TOCANTINS: LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA A POESIA COMO INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DO ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA A LEITURA LITERÁRIA NO ENSINO MÉDIO: ENCANTOS E DESENCANTOS A FORMAÇÃO DO LEITOR DE LITERATURA NOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO MÉDIO 03 04 05 06 07 08 24 AUTOR Carlos Wiennery da Rocha Moraes Carlos Alberto Moreira de Araújo Júnior Luiza Helena Oliveira da Silva Haywmmy Priscilha Silva Paladim Sampaio Laylla Gabriella Alencar de Sá Luciana Souza de Almeida Francisco Neto Pereira Pinto Josefina Maria Batista Neta Maria da Conceição de Jesus Ranke Francisco Neto Pereira Pinto SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 4 SALA: 04 PRÉDIO: P3 – DIA: 13/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00 ESTUDOS/PESQUISAS DE LSF E TEORIAS AFINS COORDENADOR(A): Profª Miliane Vieira e Profª Vilma Nunes Nº TÍTULO AUTOR 01 CONTRIBUIÇÕES DA REESCRITA Aliny Sousa PARA O LETRAMENTO DO Mendes PROFESSOR EM FORMAÇÃO Wagner Rodrigues INICIAL Silva 02 REPRESENTAÇÕES DE Bárbara de Freitas PROFESSORES DA ESCOLA BÁSICA Farah FEITAS EM RELATÓRIOS DE Wagner Rodrigues ESTÁGIO SUPERVISIONADO Silva 03 ESCRITA REFLEXIVA Bruno Gomes PROFISSIONAL EM RELATÓRIOS Pereira DE ESTÁGIO EM LICENCIATURAS PARAENSES: UM PANORAMA INTRODUTÓRIO 04 RELATO REFLEXIVO COMO Meiry Raquel de PRÁTICA DE DESENVOLVIMENTO Queiroz DE LETRAMENTO EM LÍNGUA Miliane Moreira INGLESA Cardoso Vieira 05 CONTEXTO DE CULTURA NA Miliane Moreira LINGUÍSTICA SISTÊMICO Cardoso Vieira FUNCIONAL 06 A AVALIATIVIDADE EM Patrícia Sousa da RELATÓRIOS DE ESTÁGIO Silva Cunha SUPERVISIONADO Vilma Nunes da Silva Fonseca 07 RELATÓRIOS DE ESTÁGIO Samaritana de SUPERVISIONADO: GÊNERO E Moura Barbosa REGISTRO NA LSF Vilma Nunes da Silva Fonseca 25 SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 5 SALA: 05 PRÉDIO: P3 – DIA: 13/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00 LÍNGUA, ENSINO E CULTURA COORDENADOR(A): Profª Alessandra Mara de Assis Nº 01 02 03 04 05 TÍTULO INFLUÊNCIA DA CULTURA NAS ESPECIFICIDADES LINGUÍSTICAS FONÉTICO/FONOLÓGICAS E LEXICAIS NA CIDADE DE MONTE DO CARMO (TO) ALGUMAS QUESTÕES ACERCA DO ERRO INTERLINGUAL E DE SUAS IMPLICAÇÕES NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA ENQUANTO LÍNGUA FRANCA FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA DA EDUCAÇÃO BÁSICA EM TERRAS AMERICANAS: UMA REALIDADE CADA VEZ MAIS PALPÁVEL CRENÇAS SOBRE O PROFESSOR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA: UM ESTUDO A PARTIR DAS METÁFORAS NO DISCURSO DE PROFESSORES EM FORMAÇÃO A LÍNGUA DOS “FILHOS ERRANTES DA SOCIEDADE”: DISCURSO, PODER E DISCRIMINAÇÃO NAS GÍRIAS DO SISTEMA PENITENCIÁRIO DO INTERIOR DO TOCANTINS 26 AUTOR Maria Cícera Fernandes Celedonio Meiriane Machado Lima Rosana Maria Martins Fernandes Morales Rosemeire Parada Granada Milhomens da Costa Solange Cavalcante de Matos SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 6 SALA: 06 PRÉDIO: P3 – DIA: 13/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00 EDUCAÇÃO BILÍNGUE, ESCOLAR INDÍGENA E INCLUSÃO ESCOLAR COORDENADOR(A): Profº Francisco Edviges Nº 01 TÍTULO EXPERIÊNCIAS DO PROGRAMA DO OBSERVATÓRIO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA KRAHÔ/CAPES/INEP/UFT 02 HOXWA: UMA ANÁLISE SEMÂNTICA DISCURSIVA DO RITO KRAHÔ ENSINO BILÍNGUE E INTERCULTURAL: REFLEXÕES SOBRE A RELAÇÃO ENTRE A LÍNGUA KRAHÔ E A PORTUGUESA NA ESCOLA 19 DE ABRIL EVENTOS DE FALAS FORMAIS NOS RITOS KRAHÔ (JÊ): IMPLICAÇÕES PARA O ENSINO DE LINGUA MATERNA 03 04 05 06 EMPRÉSTIMOS LINGUÍSTICOS: BREVES CONSIDERAÇÕES A SITUAÇÃO SOCIOLINGUÍSTICA DOS APINAYÉ: USOS E FUNÇÕES DAS LÍNGUAS EM SITUAÇÃO DE USO DE ACORDO COM OS DOMÍNIOS SOCIAIS DAS ALDEIAS SÃO JOSÉ E MARIAZINHA 27 AUTOR Joilda Bezerra dos Santos Raylon da Frota Lopes Rosiane Silva Pereira Marcilene de Assis Alves Araújo Marília Fernanda Pereira Leite Francisco Edviges Albuquerque Marcilene de Assis Alves Araújo Francisco Edviges Albuquerque Mydhian Araújo Severina Almeida Alves de SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 7 SALA: 07 PRÉDIO: P3 – DIA: 13/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00 TÓPICOS DE LINGUÍSTICA DESCRITIVA E PRESCRITIVA ESTUDOS VOLTADOS AO SIGNIFICADO (Semântica e Pragmática) COORDENADOR(A): Profª Karylleila Andrade Nº 01 02 03 04 05 06 07 TÍTULO SENTIDO(S) METAFÓRICO(S): UM DESAFIO PARA ALUNOS E PROFESSORES NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA? O ASPECTO NAS METÁFORAS VERBAIS: (RE)CONHECENDO UM MUNDO CONHECIDO PRONÚNCIA EM SALA DE AULA: ANÁLISE DE ATIVIDADES COM BASE EM FONÉTICA E FONOLOGIA DE LÍNGUA INGLESA NOMES DE LUGARES (ACIDENTES HUMANOS) EM LIVROS DIDÁTICOS DE GEOGRAFIA DO ENSINO FUNDAMENTAL: UM ESTUDO COM FOCO NO CONTEXTO DA INTERDISCIPLINARIDADE TOPONÍMIA E ENSINO: OS NOMES DE LUGARES DE ORIGEM INDÍGENA NOS LIVROS DIDÁTICOS DE GEOGRAFIA DO ENSINO FUNDAMENTAL, CONSIDERAÇÕES INICIAIS MEMÓRIA ORAL E TOPONÍMIA DAS COMUNIDADES REMANESCENTES DE QUILOMBOS DO TOCANTINS AUTOR Dieysa Kanyela Fossile CRIAÇÃO DE MATEMÁTICA Misleine Ferreira VOCABULÁRIO 28 DE Thabyson Sousa Dias Neliane Raquel Macedo Aquino Rodrigo Viera do Nascimento Karylleila dos Santos Andrade Verônica Ramalho Nunes Karylleila dos Santos Andrade Lucília Paula de Azevedo Ferreira Karylleila dos Santos Andrade Andrade SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 8 SALA: 08 PRÉDIO: P3 – DIA: 13/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00 ESTUDOS DISCURSIVOS COORDENADOR(A): Profº Luiz Roberto Peel Nº 01 02 03 04 05 06 07 08 TÍTULO PROFESSORA SIM, MAS DE INGLÊS! A PAIXÃO PELA LÍNGUA ESTRANGEIRA COMO CONDICIONANTE PARA O INGRESSO NO MAGISTÉRIO A EMERGÊNCIA DO PASSIONAL EM DISCUSSÕES NO MOODLE DIÁLOGOS IN ABSENTIA: SIMULACROS DA PRESENÇA DO OUTRO NEGRINHA: UM DESABROCHAR DE ALMA PELA (SEMI)ÓTICA DO SENSÍVEL MEMÓRIAS DE PROFESSORES EM RELATOS AUTOBIOGRÁFICOS – FIGURAS DA VIDA ESCOLAR PAPÉIS ACTANCIAIS EM NARRATIVAS AUTOBIOGRÁFICAS DE DOCENTES EM FORMAÇÃO NO PARFOR: ANÁLISE SEMIÓTICA DE RELATOS DE HISTÓRIAS DE VIDA E FORMAÇÃO PROVA BRASIL: NOVAS PERPECTIVAS DE ENSINONO CONTEXTO DE VELHAS PRÁTICAS A CONTRIBUIÇÃO DE ACADÊMICAS ESTAGIÁRIAS DO CURSO DE LETRASUFT PARA O PROCESSO DE LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL EM UMA TURMA DE 8º ANO 29 AUTOR Edna Sousa Cruz Eduardo Amorim Francisco de Assis Neto Luiza Helena Oliveira da Silva Gihane Scaravonatti Leane Araujo de Oliveira Luiza Helena O. da Silva Marinalva Dias de Lima Luiza Helena Oliveira da Silva Leicijane da Silva Barros Uagne Coelho Pereira Leomar Alves de Sousa Todos os resumos deste caderno foram elaborados por seus autores, portanto, não constituem uma responsabilidade da Comissão Organizadora do I SILLETO. 30 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 CONFERÊNCIAS DE OLHOS BEM ABERTOS: PENSANDO AS RELAÇÕES ENTRE LINGUÍSTICA, LETRAMENTO E FICÇÃO NO ENSINO DA LITERATURA Eliana Lúcia Madureira Yunes Garcia PUC-RJ Considerando que o Ensino da Literatura teve uma considerável mudança de rumo em fins da década de 60, com a escola alemã de Konstanz, é necessário repensar não só a metodologia para os níveis fundamental e médio, mas os conceitos e teorias envolvidos no jogo aprender/ensinar do campo interdisciplinar da linguagem, que aporta saberes diversos à questão da leitura e da interpretação. Que sentido faz ensinar Literatura hoje? O que se ensina ao se ensinar literatura? O que tem o ensino da literatura com a formação de leitores? Ou com a formação de mediadores? Leitura/narrativas/mundo: Freire tinha razão? CIDADANIA, ENSINO DE LÍNGUAS E LINGUÍSTICA SISTÊMICO-FUNCIONAL Orlando Vian Jr. UFRN Quem é o sujeito que utiliza a linguagem no contexto atual? A que funções a linguagem serve? Qual o papel da cidadania na era das tecnologias da informação e da comunicação? A partir da concepção de linguagem da linguística sistêmico-funcional, temos por objetivo discutir o papel da linguagem e da cidadania no contexto atual de ensino de línguas no Brasil com base em documentos oficiais (PCNs, PCN+, OCEM, LDB) e em teorias que se propõem a discutir o sujeito e sua identidade em uma modernidade dita líquida (Bauman, 2001). PORQUE SE PREOCUPAR A LINGUAGEM NOS DIAS DE HOJE? Kanavillil Rajagopalan UNICAMP É sabido que os estudos de linguagem vêm sofrendo descaso e relativo desprestígio diante do apego a ciências ditas “duras”. Nessa época da informática e alta tecnologia, é comum encontrar quem ache que já não há 31 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 mais nenhum sentido investir nos estudos das línguas ou da literatura. Procurarei, ao longo da minha exposição, levantar uma série de questões pertinentes a esse tema, procurando sustentar que os esforços empenhados nas disciplinas humanas são imprescindíveis, sobretudo nos dias de hoje quando há uma necessidade premente no sentido de redescobrirmos quem realmente somos. As nossas necessidades são, afinal, moldadas na e pela linguagem. E a nossa própria linguagem também, que abriga uma série de preconceitos, que precisam ser combatidos para nos livrarmos de certos males, que afligem a nossa sociedade. PALESTRAS A (RE)ESCRITA MEDIADA PELA WEB: UM EXPERIMENTO UTILIZANDO A WIKI Adair Vieira Gonçalves UFGD/PPGL-UFT As novas tecnologias digitais, em especial a internet, possibilitaram inúmeras inovações em diversos setores da atividade humana, pressionando o sistema educacional a acoplar os recursos tecnológicos ao ensino. Neste trabalho, analisamos a contribuição da ferramenta wiki e sua utilização para o ensino da escrita/reescrita de textos do gênero artigo de opinião. Com esta ferramenta, há uma ruptura acerca da linearidade da escrita convencional por possibilitar a construção colaborativa de (hiper)textos na Web, favorecendo a mixagem de múltiplas linguagens (verbal, imagética, sonora, gráfica etc.), além da inserção de hiperlinks, propiciares de várias possibilidades de caminhos de leitura. Nesta pesquisa, discutimos resultados dessa experiência colaborativa de produção hipertextual utilizando a tecnologia wiki, com uma turma de 27 alunos (divididos em 6 grupos) da educação básica (2º ano Ensino Médio) em uma escola pública do município de Bataiporã/MS. ENSINO DE INGLÊS COMO LÍNGUA FRANCA NA ESCOLA PÚBLICA: POR UMA CRENÇA NO SEU (BOM) FUNCIONAMENTO Domingos Sávio Pimentel Siqueira UFBA A proposta da palestra é discutir brevemente a verdadeira finalidade do ensino da língua inglesa (ELI) na escola pública regular, chamando atenção para o fato 32 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 de que é preciso romper com crenças e posturas que vêm se perpetuando ao redor do discurso de fracasso historicamente construído nesse contexto educacional. Toma-se como pano de fundo a condição do inglês como língua do atual processo de globalização que, dentre outras coisas, dá vazão a modelos alternativos ao tradicional modelo de ensino Inglês como Língua Estrangeira (ILE/EFL) e começa a demandar ações, principalmente políticas, no sentido de garantir o acesso a este poderoso bem cultural a todos os cidadãos e não apenas a grupos privilegiados. A conclusão é que, apesar dos inúmeros problemas e obstáculos enfrentados por professores e alunos na escola pública em todo o país, este ambiente de inquietação e instabilidade emerge como o lugar mais propício para que “pequenas revoluções” aconteçam na nossa área, uma vez que as mudanças ali gestadas podem promover o resgate do prestígio e respeito da disciplina Língua Estrangeira (LE) na escola, assim como abrir caminhos para o seu (bom) funcionamento. LITERATURA: ENSINO E PESQUISA José Hélder Pinheiro Alves UFCG Nos últimos anos o ensino da literatura vem sendo discutido por diferentes instâncias, como a Universidade, a escola pública e órgãos governamentais. Questiona-se, sobretudo no nível médio, o modelo de ensino que prioriza a memorização de características de estilo de época, afastando-se de experiência concreta de leitura dos textos. Outra questão colocada em discussão é a metodologia utilizada, quase sempre voltada para a exposição oral, impossibilitando um diálogo efetivo entre texto e leitor. Por outro lado, pesquisas realizadas em diferentes Universidades têm revelado que quando o ensino prioriza a vivência com os textos lançando mão de uma metodologia mais dialógica, a possibilidade de formar leitores se efetiva. Documentos oficiais, como as OCEM (2006) abrem várias janelas para as escolas interessadas em experimentar novas possibilidades de trabalho com o texto literário visando a formação do leitor. Apresentaremos nesta palestra alguns caminhos da pesquisa no âmbito da literatura e de seu ensino, sobretudo aquelas que, inspiradas em alguns pressupostos da Estética da Recepção, apontam para a possibilidade de uma mudança efetiva na prática de ensino de literatura na escola básica. Mais especificamente, abordaremos os trabalhos que lançam mão do ensino da poesia, gênero literário que quase sempre fica à margem do ensino. 33 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 MINICURSOS GÊNEROS TEXTUAIS/ DISCURSIVOS E ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA Adair Vieira Gonçalves UFGD/PPGL-UFT Este minicurso objetiva implementar práticas de ensino de gêneros textuais/discursivos a partir da vertente do Interacionismo Sociodiscursivo. Nesta abordagem de pesquisa, antes de fazer uma intervenção didática em sala de aula, faz-se necessário elaborar um modelo didático que deve compreender as capacidades ensináveis de determinado gênero: capacidades acionais, discursivas e linguístico-discursivas. Depois de mapeadas as dimensões estáveis do gênero a ser ensinado, elabora-se uma sequência de atividades didáticas de uma determinada prática de linguagem. Desse modo, serão construídas ferramentas semióticas de didatização de gêneros e discutidas as dimensões ensináveis de um gênero textual/discursivo em contextos diversos de aplicação. ENGAGING ACTIVITIES FOR EFFECTIVE LANGUAGE LEARNING Danielle Shelton Francesca Schley ETA/UFT The presentation will begin with a discussion about what helps and what hinders language learning. The purpose of this will be to conclude together ways that we can assist our students, simply through adjusting our manner of teaching. For most of the presentation we will engage the participants in a variety of speaking activities that they can use in their classrooms. All of these fun activities will involve the active participation of all participants. During the class, we will also introduce ways to help students and teachers improve pronunciation. We hope this brings about a greater confidence in speaking for both teachers and students, which we believe will lead to greater improvement in communicating clearly in English. We will present some simple ways to integrate American culture into the classroom and show how these cultural activities can bring a greater depth of learning into the classroom. In addition, we will provide access to some cultural resources for teachers to use during their lessons. As a reference tool, we will also provide the participants with a 34 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 list of the activities we presented during the workshop. There will be plenty of time during and at the end of the presentation for questions. DESCONSTRUCTING THE “PLATIC WORLD” OF ELT TEXTBOOKS Domingos Sávio Pimentel Siqueira UFBA The globality of the English language is a fact and is well-documented. It is the language that, unquestionably, has been contributing to melt borders. This tells us that several political and pedagogical implications are to be seriously investigated in such a context, especially when it comes to ELT materials. Often accused of trying to depict and reproduce a “plastic world” for potential standardized classrooms all over the world, ELT course books have constantly been under scrutiny. The aim of this mini-course is to bring this awareness to pre-service and in service English teachers and, through practical activities, briefly investigate, evaluate, and reflect on actions teachers can take when it comes to “localizing” their ELT pedagogy and really act upon the materials that come to their hands. O TRABALHO COM O POEMA NA SALA DE AULA José Hélder Pinheiro Alves UFCG/UFPB Este minicurso abordará o tratamento do poema no contexto da aula de Língua Portuguesa e Literatura, partindo do estudo da relação entre poesia e oralidade, da realização oral do poema. Serão abordadas sugestões metodológicas para o trabalho com o poema no Ensino Fundamental e Médio. O QUE É GRAMÁTICA SISTÊMICO-FUNCIONAL? NOÇÕES TEÓRICO-METODOLÓGICAS INTRODUTÓRIAS Orlando Vian Jr. UFRN/Natal O objetivo deste minicurso é apresentar, de modo panorâmico, bem como analisar e discutir junto aos participantes, as noções introdutórias tanto teóricas quanto metodológicas da gramática sistêmico-funcional. Partiremos de uma visão macro de linguagem e dos conceitos de estratitificação, instanciação e contexto para que, a partir deles, possam ser discutidos, em nível micro, as 35 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 funções e as aplicações das três metafunções: ideacional, interpessoal e textual, bem como dos sistemas subjacentes a cada uma delas: transitividade, modalidade, tema. Serão abordados, ainda, outros conceitos relacionados que possam propiciar uma iniciação à visão da gramática sistêmico-funcional e sua aplicação a contextos de ensino e pesquisa. MESAS REDONDAS CONCEITOS DE FONÉTICA E FONOLOGIA COMO PARTE DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE INGLÊS COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA Alessandra Mara de Assis UFT/Araguaína No curso de Letras encontramos alunos que apresentam dificuldade na aquisição fonológica do Inglês e esta é acentuada quando se trata de vogais, pois elas não são classificadas de maneira homogênea na literatura como as consoantes por não sofrerem nenhuma interrupção na passagem de ar, não marcando assim um ponto de articulação exato para facilitar sua classificação. Esta dificuldade é também compartilhada por alguns professores já em exercício nas escolas públicas estaduais de nossa cidade. Dentro deste contexto, replicamos uma pesquisa (iniciada com alunos em um instituto de idiomas na cidade de Uberlândia/MG) na qual investigamos o papel da fonética e da fonologia na formação desses profissionais (professores em formação e regentes) e uma de nossas hipóteses de pesquisa é que pouca ênfase, ou em alguns casos, nenhuma tem sido dada a tal formação. O objetivo geral é contribuir com a formação destes professores que buscam mais informações sobre o idioma que ensinam e oferecer mais uma ferramenta para que possam desenvolver um estudo contínuo e autônomo. Foram entrevistados vinte professores regentes e vinte alunos da graduação e esses professores nos receberam em suas aulas durante a regência no estágio supervisionado nos anos de 2011 e 2012. Ao longo do estudo confirmamos que pouco é explorado desses conceitos. Elaboramos um workshop de pronúncia para professores da rede pública e para os alunos do curso de Letras com o objetivo de dirimir algumas dúvidas desses professores de forma imediata, incentivá-los a buscar novos cursos de formação a médio prazo e, finalmente contribuir com a melhoria da educação básica em Araguaína, TO. Para a classificação das vogais do Português Brasileiro utilizamos a classificação de Câmara Jr. (1970), para as vogais do Inglês a de Chomsky e Hally (1968), no entanto, na explicação e classificação dos fonemas do Português Brasileiro nos pautamos nas definições 36 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 de Cristófaro Silva (2005). No que concerne o embasamento teórico da preparação dos workshops, usamos a Teoria de Traços Distintivos de Chomsky e Halle (1968), o modelo de tratamento de sílaba proposto por Selkirk (1982) e a análise de Bisol (1999). FONÉTICA E FONOLOGIA E O ENSINO DA LÍNGUA MATERNA Carine Haupt Universidade Federal do Tocantins Nessa apresentação, pretende-se estabelecer a relação entre a teoria discutida na disciplina de Fonética e Fonologia nos cursos de Letras e a prática, direcionada ao ensino da língua materna. Uma das principais contribuições que essa disciplina pode dar é em relação ao ensino da ortografia, que se relaciona com a consciência fonológica e com a oralidade (fonética). Partirei de duas abordagens teóricas para discutir essa relação: a) abordagem tradicional (estruturalismo e gerativismo) – partindo do conceito de fonema e alofone, percebe-se que a escrita anula, em grande parte, as variações. Daí, muitos trabalhos discutirem a correspondência entre fonema e grafema (e não fone e grafema). Para dar conta dessa relação de forma adequada, é preciso que o professor conheça bem a variedade do aluno para identificar os alofones de cada fonema. O problema dessa abordagem reside justamente no fato de estabelecer, de forma arbitrária, uma lista de fonemas para o português, sem considerar a experiência do falante. Além disso, desconsidera-se a relação de outros fatores referentes ao léxico, que é visto como módulo separado da gramática. b) abordagem multi-representacional: a experiência do falante é central, pois vai determinar as representações mentais. A partir dessas experiências, configuram-se redes (e não listas, como no estruturalismo), conectadas por similaridades fonéticas e semânticas, das quais emergem generalizações de diferentes níveis. Além disso, num modelo de redes, também não se entende o léxico e a gramática como módulos separados, uma vez que as regularidades e irregularidades do sistema emergem das relações do léxico. Embora esses modelos discutam a língua falada, entendemos que seus princípios teóricos podem ajudar a compreender o processo de aprendizagem da escrita, uma vez que o aprendiz, ao aprender a ortografia, cria categorias, decorrentes de diferentes redes, que podem se tornar instáveis e serem substituídas por novas, reorganizando o sistema (no caso, o sistema referente às normas ortográficas). 37 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 PARA ALÉM DA PREOCUPAÇÃO LINGUÍSTICOMETODOLÓGICA: A PARTICIPAÇÃO EM UMA COMUNIDADE DE PRÁTICA E AS CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE LÍNGUAS Daniella Corcioli Azevedo Rocha UFT/Porto Nacional Há muito pesquisadores de diversas áreas do conhecimento vêm relatando as limitações do alcance, em termos de preparação do professor para o campo de trabalho, das disciplinas de estágio nos cursos de graduação. Cristóvão (2005) considera como um dos fatores determinantes desta pouca eficiência o desenvolvimento do que ela chama de „práticas episódicas‟ durante as aulas, que são normalmente descontextualizadas e sem um senso de envolvimento com as turmas regidas pelos nossos graduandos em formação. Considerando que as ditas práticas episódicas em pouco contribuem com a formação integral do professor, visto que esta profissão abarca questões bem mais complexas que o simples reger de aulas, esta apresentação tem por objetivos discutir e repensar os alcances das disciplinas de estágio nos cursos de formação de professores e apresentar um modelo baseado no envolvimento dos graduandos em „comunidades de prática‟ (GIMENEZ, 2012) que vem sendo desenvolvido no CECLLA há algum tempo. Segundo Wenger (1998, apud GIMENEZ, 2012), “comunidades de prática são grupos de pessoas que compartilham uma preocupação ou paixão por algo e que aprendem a fazê-lo melhor por meio de interações regulares.” Segundo ela, o sentido de identificação e pertencimento a uma determinada comunidade com os mesmos objetivos é fundamental na formação profissional, sendo que, o repertório compartilhado por indivíduos com diferentes graus de experiência nessas comunidades seria a base para a construção ou transformação da identidade profissional e o desenvolvimento do amor pela profissão. Esta nova tendência, a nosso ver, é uma alternativa que promete amenizar a dita „solidão pedagógica‟ (PESSOA, 2002), que os professores normalmente enfrentam, a partir da proposta da formação e desenvolvimento de um profissional que considera a aprendizagem como prática social e preocupa-se em dotar o indivíduo de capacidades de construção e desenvolvimento de conhecimento por meio da participação em comunidades com objetivos em comum (GIMENEZ, 2012). Para além das questões práticas e metodológicas, pretendemos também pontuar alguns aspectos relacionados à construção da autonomia profissional (PRABHU, 1991) e do engajamento social com vistas à emancipação do profissional (FREIRE, 1970) e, por conseguinte dos seus discentes, que também temos fomentado no projeto em questão. 38 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 HILDA MAGALHÃES: FICÇÃO E MEMÓRIA Eliane Cristina Testa UFT/Araguaína O presente estudo propõe a partir das obras Corina (2007), Estranhos na noite (1986), Herança (1990) e Último verão em Paris (2000) uma leitura sob o viés da memória, da ficção e do universo representado pela escritora e crítica Hilda Magalhães. Como fundamentação teórica utilizaremos alguns conceitos de memória, postulados por Iúri Lotman e, para discutir alguns aspectos da ficção contemporânea, Linda Hutcheon. Alguns elementos do existencialismo, da teoria da complexidade, e ainda, o desejo por uma certa apreensão da passagem do tempo ou do milênio percorrem também os fios narrativos da referida autora. O ENSINO E APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA SOB UMA PERSPECTIVA CRÍTICA Elisa Alencar UFT/Araguaína Esta apresentação tem como objetivo refletir e discutir sobre a formação de alunos e professores sob uma perspectiva crítica. Nesta perspectiva buscamos construir caminhos que levem em consideração questões relacionadas ao ensino de Língua Inglesa como uma ação includente, respeitando a diversidade de contextos, as identidades, a questão da hegemonia, e, sobretudo, os mecanismos que nos deixam acríticos quando ensinamos e aprendemos Inglês. O ensino crítico considera novas formas de pensar, novas formas de conhecimento e a mudança de paradigmas quanto ao ensino de língua inglesa. A língua que deveria incluir, na maioria das vezes exclui, dado a elitização e a crença de que ela não pode ser efetiva nas escolas. As classes minoritárias continuam a ter a disciplina no currículo sem ter acesso ao saber. As salas de aula são lotadas e ainda temos a visão de que aprender inglês é apenas aprender a língua, a gramática ou a oralidade. O livro, tão sonhado, e agora em cima da mesa, parece não ter sentido. Em busca de um ensino e aprendizagem de Língua Inglesa, sob o ponto de vista libertador e não opressor, o ensino crítico visa transformar a sociedade em que vivemos por meio da conscientização e formação de seres mais conscientes que compreendam a diversidade, o respeito e o papel da Língua Inglesa em nosso contexto local e global. 39 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 ASPECTOS FONÉTICOS E FONOLÓGICOS DA LÍNGUA (JÊ) APINAYÉ Francisco Edviges Albuquerque UFT/Araguaína Os estudos sobre o inventário fonológico Apinayé assumem características peculiares desse povo. Podemos perceber alguns aspectos gerais da fonologia, facilmente observáveis mesmo numa leitura superficial de textos voltados para a literatura desses indígenas. O foco principal deste estudo, grosso modo, atinge os trabalhos publicados por Ham, até fim dos anos de 1970 e Albuquerque (2007). Assim, em a oposição fonológica no Apinayé entre [] e [], quando ocorrem no início ou final de uma palavra como em: ma [mba] (fígado) e pa [pa] (eu). Porém, quando ocorrem entre vogais orais não há oposição, como podemos observar em palavras como: ja pumu [ja mbumbu] (veja isto), em que tanto /m/ quanto /p/ se realizam como a pré-nasal [mb]. Neste caso, em que um som pode ser atribuído ora a um fonema ora a outro, ocorre um fenômeno conhecido como overlapping fonológico. Isto é, embora /m/ e /p/ sejam fonemas distintos em Apinayé, em posição intervocálica, ocorre somente [mb], como realização dos dois fonemas que, nesse contexto, neutralizam-se, observando-se uma sobreposição alofônica. Nessa língua, o ambiente fonológico é construído por um ou mais elementos que precedem ou seguem um determinado segmento da fala. Assim, o som [v] da palavra wakõ (quati) encontra-se no ambiente de início de palavra, depois de pausa e antes da seqüência [-akõ] ou antes da vogal [a]. O som [k] está no ambiente de início de sílaba e na posição intervocálica, entre [a] _ [õ]. A sílaba [kõ] encontra-se em contexto de final de palavra, diante de pausa. TEORIA DA COMPLEXIDADE E LITERATURA: DIÁLOGOS POSSÍVEIS Hilda Gomes Dutra Magalhães UFT/Araguaína O nosso objetivo consiste em verificar em que aspectos a teoria da complexidade dialoga com a literatura e em que medida pode contribuir para o avanço dos estudos literários. Aspectos como subjetividade e ausência de centro, eixos da complexidade, já são bastante conhecidos pela teoria e pela crítica literária. Outros, entretanto, como o conceito de interdisciplinaridade, embora tenham direcionado os estudos literários em vários momentos, merecem, à luz da teoria da complexidade, ser revisitados, abrindo novos campos de reflexão do literário, como, por exemplo, a formação do leitor. 40 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 LINGUÍSTICA APLICADA AO ENSINO: LÉXICO, GRAMÁTICA E DISCURSO Janete Silva dos Santos UFT/Araguaína Nossa proposta de reflexão para a presente mesa faz uma breve problematização acerca dos propósitos da Linguística Aplicada em relação ao ensino de língua materna. Para tanto, pontua pautas que sintetizam perspectivas do que seja língua e gramática, na visão de pesquisadores, estudantes de Letras e falante em geral, mediante recortes de definições inquietantes sobre língua e gramática, bem como através de análise de expressões cotidianas que, a nosso ver, corroboram a crença em concepções de língua como desvinculada da realidade concreta de uso. Nossa reflexão traz, como aparato teórico, perspectivas heterogêneas e até conflitantes, como a análise do discurso de linha francesa (AD), proposta pelo filósofo francês Michel Pêcheux, e a teoria de atos de fala (TAF), proposta pelo filósofo britânico John Austin. Nossa análise, qualitativa interpretativista, trabalha com a noção de sujeito ideológico, pois construído socialmente, mas um sujeito com possibilidades reais de subjetivação pelas escolhas linguísticas que faz nos discursos de que participa. Ademais, nesta reflexão, mobilizam-se também questões como preconceito linguístico e social e formação de professor de língua, visto que tais questões não caminham separadamente, uma vez que o imaginário sobre língua(gem) é construído socialmente e a linguagem categoriza o lugar social do sujeito, vendo-se, assim, a universidade e a escola como instituições que atuam diretamente na cristalização ou na desestabilização das crenças que sustentam tal imaginário. OS NOMES DE LUGARES NOS LIVROS DIDÁTICOS DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA: PRIMEIRAS CONSIDERAÇÕES Karylleila dos Santos Andrade PPGL/UFT A Onomástica, vinculada à lexicologia, apresenta-se como estudo dos nomes próprios, subdividindo-se em Toponímia (estudo dos nomes de lugares) e Antropotoponímia (estudo dos nomes de pessoas). A Toponímia, que é por natureza uma disciplina interdisciplinar, é capaz de “evidenciar marcas na história social (formação étnica, processos migratórios, sistema de povoamento de uma região administrativa) e perpetuar características do ambiente físico (vegetação, hidrografia, geomorfologia, fauna...) de uma região” (ISQUERDO; SEABRA, 2010, p. 79). É fundamental compreender os topônimos a partir dos 41 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 diferentes significados, olhares e áreas de atuação, pois, por se organizarem de maneira dinâmica, constantemente (re)inventam-se no tempo e no espaço, sobrepondo-se valores socioculturais, econômicos, políticos e religiosos. A proposta deste trabalho consiste em identificar de que forma os nomes de lugares estão apresentados e dispostos nos livros didáticos de Geografia e História e, em seguida, discutir propostas pedagógicas, ainda que preliminarmente, com o intuito de compreender os acidentes humanos, pelo viés da toponímia, numa perspectiva interdisciplinar, voltada às disciplinas de Geografia e História. As perguntas norteadoras do estudo em andamento são: a) Como os nomes de lugares/topônimos (acidentes humanos) estão apresentados nos livros didáticos de História e Geografia do ensino fundamental? b) De que maneira é possível descrever/relacionar/analisar os nomes de lugares, dispostos nos livros didáticos de História e Geografia, 7°, 8° e 9° anos do ensino fundamental, a partir de informações sobre a origem/etimologia da palavra, saberes socioculturais, geohistóricos e antropológicos com foco no contexto interdisciplinar e pedagógico? Partimos do pressuposto de que certos dados informativos do topônimo podem ser considerados significativos e fundamentais no processo ensino-aprendizagem do aluno nas disciplinas de História e Geografia. Para realizar essa discussão, servirão de suporte teórico-metodológicos os trabalhos de Dick (2006, 2004, 1999, 1992, 1990) e Andrade (2012, 2011, 2010) no campo da toponímia, e os estudos de Fazenda (2009, 2008, 2001) e Morin (1990) no campo da interdisciplinaridade. A FORMAÇÃO PRÉ-SERVIÇO DE PROFESSORES DE INGLÊS COMO ESPAÇO PARA A (RE)CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES Selma Maria Abdalla Dias Barbosa UFT/Araguaína Este estudo de caso de base etnográfica e longitudinal teve como objetivo investigar e analisar o complexo processo de (re)construção das identidades culturais, profissionais e sociais de alunos do curso de Letras de uma Universidade Federal do extremo norte do Brasil. A investigação é realizada por meio da análise qualitativa dos relatos reflexivos realizados pelos professores em formação inicial ao longo de quatro semestres da disciplina de estágio supervisionado de ensino de língua estrangeira (Inglês), como também de relatos e interações postados numa Comunidade de Prática-CdP (WENGER, 1998; CLARKE, 2008) e nas sessões temáticas realizadas durante o processo de investigação. O gênero narrativo denominado relato-reflexivo, são estórias de vida e experiências desses alunos-professores com a regência, que em momentos pontuais são dialogadas com o leitor-pesquisador. No 42 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 intuito de compreender como se dá a (re)construção de suas identidades profissionais, sociais e culturais, nos propusemos a analisar, concomitantemente, os aspectos cognitivos (BORG, 2006; ZEICHNER, 2005; ZEMBYLAS, 2005) como também as emoções e a afetividade (VIEIRA ABRAHÃO,1992, 1996, 2004, 2006; BARCELOS, 2007, 2010; ARAGÃO, 2005; COELHO, 2011) que perpassam o processo de negociação de identidades na formação inicial de professores de língua estrangeira numa perspectiva sociocultural de educação. Os resultados da análise evidenciam uma interligação dos fatores sociais, cognitivos e emocionais de (re)construção identitária recorrentes tanto no contexto virtual como presencial. Além disso, nas narrativas pudemos visualizar sincronicamente o complexo processo de (re)construção e o fluxo e transitoriedade dessas identidades. E, observou-se ainda, maior recorrência de co-construção de identidade profissional nas interações da Comunidade de Prática (Moodle), mostrando-se preferencialmente como um espaço de compartilhamento de frustrações, emoções, realizações, paixões, ansiedades, desejos e outros. Em adição, evidenciou-se também, a relevância da disciplina de Estágio Supervisionado para a (re)construção identitária dos professores participantes. O estudo ressalta também a relevância de se engajar os professores em formação inicial em discursos de fronteira (ALSUP, 2006). Enfatizamos que o termo identidade (MOITA LOPES, 2003, 2006, 2010) proposto neste estudo assume uma natureza multifacetada, provisória, fragmentada e mestiça, o qual será analisado dentro dos construtos vigentes da Linguística Aplicada. UM OLHO NO ENSINO DE LITERATURA, OUTRO NA FORMAÇÃO DO LEITOR: O PAPEL DA UNIVERSIDADE NA REORIENTAÇÃO DOS ESTUDOS LITERÁRIOS PARA A CIDADANIA Valéria da Silva Medeiros UFT/Cátedra UNESCO de Leitura PUC-Rio Esta reflexão resume os objetivos de meu projeto em execução - Políticas Públicas de Leitura no Tocantins - que, a exemplo do Plano Nacional para o Livro e a Leitura (PNLL), transcendem a imediatez. Os títulos de duas obras recentes e já canônicas nos estudos da literatura, A Literatura em Perigo e Literatura para quê?, publicados respectivamente por Tzvetan Todorov e Antoine Compagnon em 2009 (no Brasil), são auto-explicativos diante da inquietação, neste campo, acerca da perda do estatuto do literário, em meio a uma cultura contemporânea predominantemente visual. Assim, resta dar sentido ao ensino da literatura em um momento em que a leitura do texto literário parece fazer pouco ou nenhum sentido para muitos. Nesta busca, 43 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 orientaremo-nos, por um lado, pela fala do secretário executivo do PNLL, José Castillo Marques Neto, em Passo Fundo – RS, para a abertura da 15ª. Jornada Nacional de Literatura em 28/8/2013. Para o MinC, além do reconhecimento do desequilíbrio entre orçamento para aquisição de livros e formação de leitores, “é preciso que as universidades se engajem na formação de mediadores de leitura”, já que os professores da educação básica são egressos da universidade. Por outro, nos ilumina a reflexão de Elias Torres Feijó que propõe a reorientação dos estudos literários para além do seu objeto diante da perda de interesse gerada por novas produções artístico-culturais e epistemologias que buscam afirmação no ensino fundamental. Em síntese, refletiremos sobre a concepção da leitura que transcende o ato solitário e o texto literário, visando à transformação da vida social - em consonância com a visão e a missão da Cátedra UNESCO de Leitura PUC-Rio. Afinal, como lemos em O nome da rosa, de Umberto Eco (1983), o mundo nos fala mesmo em “uma expressão ou um gesto, (...) sinais de muda, mas eloquente linguagem” (p.25). COMUNICAÇÕES NEOLOGIA POR EMPRÉSTIMO NOS LIVROS DIDÁTICOS DE PORTUGÊS: UMA ANÁLISE PRELIMINAR Adriano Bezerra de Andrade Universidade Federal do Tocantins - UFT Este estudo apresenta os resultados preliminares da análise do material didático, adotado pelos professores de língua portuguesa do Centro de Ensino Médio Rui Brasil Cavalcante em Miranorte-To. Baseados nos estudos de Alves (1984), Bidermman (2001) e Guilbert (1975), buscamos identificar de que forma o conteúdo ensino de neologia por empréstimo está apresentado nos três volumes do material didático. A análise compreende três fases: pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados. O estudo compreende pesquisa do tipo documental, ou seja, estudos de documentos oficiais no que se refere ao ensino de língua portuguesa, a saber: OCEM de Língua Portuguesa – Linguagens, códigos e suas tecnologias, Propostas Curriculares para o Ensino Médio do Estado do Tocantins, bem como as novas Diretrizes Curriculares para o ensino de Língua Portuguesa. Os resultados preliminares vêm mostrando que o material didático em análise aborda esta questão ainda de forma incipiente e insatisfatória, pois não propõe uma análise crítica desses conteúdos. As informações a respeito de conceitos sobre língua, léxico, neologia e empréstimo estão restringidas às significações destes termos. Na 44 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 maioria das vezes, a abordagem se da através de notas introdutórias de outros conteúdos. Como quando conceitua os neologismos para discutir os processos de formação de palavras, ou quando aborda o caráter aberto e dinâmico das línguas para tratar da ortografia na construção do texto, remetendo a uma informação a mais sobre estes conteúdos. Observamos que o livro didático em análise, ao abordar temas como neologia, estrangeirismos e empréstimos, proporciona um passo importante no panorama do ensino do léxico aos estudantes do Ensino Médio, mesmo que de forma elementar. A NEOLOGIA POR EMPRÉSTIMO NA VISÃO DOS PROFESSORES DE LINGUA PORTGUESA DE UM CENTRO DE ENSINO MÉDIO EM MIRANORTE-TO Adriano Bezerra de Andrade Universidade Federal do Tocantins - UFT O presente estudo objetiva analisar a visão dos professores de língua portuguesa a respeito do trabalho com a neologia por empréstimo/ estrangeirismo em sala de aula de língua materna em um Centro de Ensino Médio de Miranorte, To. Trata-se de um estudo de caso, de cunho fenomenológico, ainda em andamento. A amostra foi composta apenas por duas das quatro professoras licenciadas em língua portuguesa que lecionam nesta instituição devido às outras duas professoras serem servidoras com vinculo de contrato temporário e terem começado a lecionar nesta unidade de ensino depois que as observações para esta pesquisa já haviam se iniciado. O instrumento de geração de dados utilizados são questionários abertos e fechados. Bem como entrevistas do tipo semiestruturadas. A coleta de dados tem sido realizada pelo próprio pesquisador, diretamente no ambiente escolar; em sala de aula, nos momentos reservados à atividade extraclasse e também junto a servidores técnicos como coordenadores, bibliotecária e secretária. No decorrer de nossas observações temos percebido que os conteúdos objetos de nossa pesquisa, tais como: neologismo, estrangeirismo e empréstimo, embora sejam compreendidos pelos professores como essenciais para a manutenção e evolução da língua, quando trabalhados por estes professores em sala de aula, são apresentados apenas como pontos da variação linguística. Em muitos casos, a abordagem se da através de comentários introdutórios de outros conteúdos como: formação de palavras, ortografia ou regionalismo, por exemplo. Remetendo a uma informação a mais sobre estes conteúdos. O que temos compreendido até aqui é que, neologismo, estrangeirismo, e empréstimo embora já sejam trabalhados por estes professores em sala de aula, não o são ainda com a devida atenção, apontada por estudiosos como Alves (1984), 45 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 Bidermman (2001) e Guilbert (1975), como sendo essencial para que os educandos alcancem uma competência linguística mais satisfatória. REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA EM QUATRO ESCOLAS PÚBLICAS DE PORTO NACIONAL – TO Aline Clemente Pereira da Silva Colégio COC e CNA Idiomas O presente trabalho objetivou analisar alguns dos aspectos referentes ao ensino de língua inglesa em algumas escolas públicas de Porto Nacional - TO. Mais especificamente, foi meta deste estudo avaliar o papel do professor de línguas e como este desenvolve sua prática. Para isso, analisamos questões relativas à sua formação, expectativas, contexto de trabalho e aspectos de cunho social, financeiro e emocional que, acreditamos, influenciam o processo de ensino e aprendizagem da língua inglesa. Com base em pesquisas de dados iniciais, buscamos ainda avaliar a importância da formação inicial de qualidade dos professores enquanto um fator importante para que o ensino/aprendizagem da língua inglesa chegue aos alunos das escolas públicas com maior qualidade e, assim, possa apresentar melhores resultados. Buscamos saber se temos nas salas de aula professores capacitados para o ensino da língua inglesa. Os professores têm o domínio das quatro habilidades linguísticas e estão linguística e metodologicamente aptos a ensinar língua inglesa a seus alunos? Queremos saber se nossos alunos estão recebendo em suas escolas um ensino de língua inglesa de qualidade e, além disso, buscamos elucidar os problemas enfrentados pelos professores, para assim, podermos dar o passo inicial para que mudanças e melhorias no ensino das escolas pesquisadas, e também de outras escolas, possam ser alcançados. CONTRIBUIÇÕES DA REESCRITA PARA O LETRAMENTO DO PROFESSOR EM FORMAÇÃO INICIAL Aliny Sousa Mendes Wagner Rodrigues Silva Universidade Federal do Tocantins - UFT Neste trabalho, objetivamos identificar como o processo de reescrita, bem como a mediação do professor-orientador nesse processo, interferem na produção do gênero relatório de estágio supervisionado de Língua Portuguesa elaborado por alunos-mestre em uma turma do curso de Licenciatura em Letras da Universidade Federal do Tocantins, campus de Araguaína. Para realizar a análise, consideraremos o referido gênero como um objeto 46 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 multidimensional, ou seja, não o isolaremos de seu contexto de realização, pois, a natureza do relatório de estágio nos permite analisá-lo por vários ângulos tendo em vista que sua produção é envolta por relações sociais (MORIN 2003). Nessa perspectiva, além de utilizarmos a Linguística SistêmicoFuncional (LSF) como principal pressuposto teórico-metodológico, também utilizaremos noções de outras áreas do conhecimento na tentativa de entender as relações sociais que constituem o processo de escrita e reescrita do relatório de estágio supervisionado. A LSF nos auxiliará no momento da análise dos relatórios de estágio para identificarmos as marcas linguísticas que estejam relacionadas ao posicionamento do aluno-mestre ante a indicação de correção. Dessa forma, como observado nos dados gerados para essa pesquisa e, até então, analisados, apostamos no processo de reescrita como desencadeador da criticidade do professor em formação inicial e, consequentemente, na sua significativa contribuição para o letramento do professor. Assim, esperamos mostrar como o processo de reescrita pode ser essencial para se alcançar tal objetivo se praticada desde a formação inicial. Ressaltamos que o presente trabalho é recorte da pesquisa de mestrado ainda em desenvolvimento. A mesma está inserida no grupo de pesquisa denominado PLES (Práticas de Linguagem em Estágio Supervisionado). EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA: AQUISIÇÃO DA LÍNGUA INGLESA PELOS ALUNOS APINAYÉ DE SÃO JOSÉ E MARIAZINHA Ana Paula Piza Aoki Universidade Federal do Tocantins - UFT Esta pesquisa foi realizada a partir de observações das práticas de ensino de professores não indígenas, ao ministrarem aulas de língua inglesa nas escolas Mãtyk e Tekator das aldeias Apinayé, em especial as aldeias São José e Mariazinha. O povo Apinayé, habitantes no norte do Estado do Tocantins, região conhecida como Bico do Papagaio, falantes da Língua Apinayé, pertencem ao Tronco Macro Jê e à Família Linguística Jê. (RODRIGUES, 1986). Para a efetivação das observações foi elaborado um roteiro norteador de um bloco de aulas de inglês ministradas pelos professores não indígenas. Esse roteiro de observações foi posteriormente analisado, para sugerirmos recursos didático-pedagógicos e estratégias que auxiliassem na compreensão da língua inglesa pelos alunos indígenas. Os objetivos da pesquisa foram analisar o processo de ensino do inglês como terceira língua adquirida pelos alunos indígenas do Ensino Fundamental II e Médio nas escolas Mãtyk da aldeia São José e Tekator da aldeia Mariazinha, observando as práticas pedagógicas usadas pelos professores não indígenas, o desenvolvimento das habilidades de leitura e 47 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 escrita em língua inglesa pelos alunos Apinayé e verificando se o ensino da língua inglesa está voltado para o inglês intercultural, de acordo com a realidade sociolinguística dos alunos indígenas das aldeias São José e Mariazinha. Nosso trabalho justifica-se pela necessidade da inserção dos alunos indígenas numa sociedade onde a língua inglesa é fundamental para uma comunicação mais ampla e irrestrita, devido à inclusão social, bem como à globalização atual existente. Ainda, há o fato de que a língua inglesa faz parte do currículo da educação básica das escolas e, consequentemente, está sendo usada nas escolas indígenas. Os resultados permitem concluir que os alunos nas escolas Apinayé sentem dificuldades em assimilar os conteúdos de língua inglesa, uma vez que vivenciam uma situação trilíngue, estudando as línguas Apinayé, Portuguesa e Inglesa. ESTUDO DOS NOMES DE LUGARES E SUA RELAÇÃO COM O ENSINO DE HISTÓRIA EM LIVROS DIDÁTICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL Anna Inez Alexandre Reis Karylleila dos Santos Andrade Universidade Federal do Tocantins - UFT O estudo toponímico não poder ser pensado desvinculado de outras ciências: “é uma disciplina que se volta para a História, a Geografia, a Linguística, a Antropologia, a Psicologia Social e, até mesmo, à Zoologia, à Botânica, à Arqueologia, de acordo com a formação intelectual do pesquisador” (DICK, 1992: II). Deve ser pensada como um complexo línguo-cultural: um fato do sistema das línguas humanas. Faz parte de uma ciência maior que se subdivide em toponímia, estudo do nome de lugar, e antroponímia, estudo do nome de pessoas. É fundamental compreender os topônimos a partir dos diferentes significados, olhares e áreas de atuação, pois, por se organizarem de maneira dinâmica, constantemente (re)inventam-se no tempo e no espaço, sobrepondo-se valores socioculturais, econômicos, políticos e religiosos. O estudo toponímico apenas pode ser compreendido e apreendido a partir dos fios tecidos sob os olhares de diversos saberes. A proposta deste trabalho vincula-se ao estudo dos nomes de /lugares (acidentes humanos) e sua relação com o ensino de História no Ensino Fundamental a partir dos livros didáticos tendo em vista o foco da interdisciplinaridade. Os objetivos do projeto são: identificar de que forma os nomes de lugares (acidentes humanos) estão dispostos nos livros didáticos de História e descrever o estudo dos nomes de lugares (acidentes humanos) e sua relação com o ensino de História no Ensino Fundamental nos livros didáticos. E ainda discutir, ainda que preliminar, uma proposta pedagógica utilizando os topônimos numa perspectiva interdisciplinar 48 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 para o ensino fundamental. A proposta deste trabalho vincula-se ao estudo da toponímia no contexto do ensino considerando a teoria da interdisciplinaridade. Para realizar essa discussão, utilizaremos como abordagem teórico metodológica, no campo da toponímia, os trabalhos de Dick (1990), e os estudos de Fazenda (2001) e (2009) e Morin (1990) no campo da interdisciplinaridade. OS ESTUDOS LINGUÍSTICOS APLICADOS AO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA: A PRODUÇÃO ESCRITA NA ERA DOS GÊNEROS TEXTUAIS NO ENSINO MÉDIO Antônio Cilírio da Silva Neto Centro de Ensino Urbano Rocha (SEDUC-MA) O objetivo deste trabalho é refletir o ensino de língua portuguesa na produção escrita à era dos gêneros textuais com enfoque dos estudos linguísticos aplicados. Considerando a escrita um fenômeno de interesse de algumas ciências, mas especialmente da Linguística Aplicada, assistimos que o desenvolvimento da habilidade de produção de textos escritos com enfoque em letramentos múltiplos, e a era dos gêneros textuais na disciplina de língua portuguesa no ensino médio (EM) em algumas escolas acontecem somente nas “aulas de redação”. Segundo Kleiman em vez de favorecer a trans [inter] disciplinaridade, isso fragmenta as próprias disciplinas escolares em blocos monolíticos, além disso, na escrita, não havia um sujeito que diz, mas um aluno que devolvia a palavra que lhe foi dita pela escola. Conforme Geraldi o que não considera a natureza dialógica e interativa da própria linguagem chega a anular a subjetividade de quem a escreve. Nas atuais práticas de desenvolvimento da habilidade escrita seguindo a linha de Rojo, ao tomarmos os gêneros como objetos de ensino estamos apostando em um processo de ensino e aprendizagem de língua materna que permita ao sujeito aluno utilizar atividades de linguagem que envolva tanto capacidades propriamente discursivas, relacionadas à apreciação valorativa da situação comunicativa como também capacidades de ação em contexto. Nessa perspectiva, as práticas de leitura e produção de textos em gêneros diversos que fazem parte do cotidiano dos alunos nos diversos espaços de socialização, como família, igreja, mídia, amigos, trabalho, etc. podem ser legitimados na escola, e assim o aluno não se sentirá um sujeito incapaz de escrever. 49 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 A REPRESENTAÇÃO DE IDENTIDADES DE GÊNERO E DE DIVERSIDADE SEXUAL NA PRODUÇÃO LITERÁRIA PARA JOVENS LEITORES Aurílio Soares da Silva Flávio Pereira Camargo Universidade Federal do Tocantins - UFT Atualmente, observamos uma demanda crescente nas pesquisas e nas abordagens que tendem a tratar de forma mais crítica questões sobre a sexualidade de modo a enfatizar as diversidades existentes em nossa sociedade. Tais discussões e debates sobre sexo, gênero e sexualidade buscam não somente compreender seus mecanismos de atuação, mas, também, formular críticas aos processos de representações que atuam em uma lógica tendenciosa de supremacia das identidades tradicionais em detrimento das diversidades, tidas como “inferiores”. Todo esse alvoroço se deve, em sua maioria, pela reivindicação dos direitos por aqueles que, há muito tempo, vem sendo postos às margens da sociedade por uma identidade que se quer “superior” às demais. Sem dúvida, a partir da segunda metade do século XX temos um recrudescimento nas reflexões e teorizações sobre as questões das mulheres, dos negros, dos homossexuais, entre outros grupos que vêm sendo ignorados e silenciados por aqueles mencionados por Rick Santos (1997), como, por exemplo, os homens cristãos, brancos e heterossexuais – CBH. Partindo destes pressupostos, temos como objetivo, neste trabalho, fazer uma análise sobre os processos de representação de identidades de gênero, dando ênfase especialmente à diversidade sexual, particularmente na produção literária para jovens leitores. Para alcançar nossos objetivos, delimitamos como corpus de análise os livros infanto-juvenis O gato que gostava de cenouras, de Rubem Alves, e O menino que brincava de ser, de Georgina da Costa Martins. Estes livros nos chamam a atenção pela maneira como representam de forma crítica um momento novo na vida de jovens que estão entrando em um período de descobrimento de sua personalidade, de sua(s) identidade(s), e de sua sexualidade. Além disso, explicita como essas revelações e mudanças pelas quais a criança passa, muitas vezes, se dão de forma angustiante, conflituosas e, em alguns casos, traumáticas. 50 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 MEMÓRIAS NO PÁTIO: SABERES TRADICIONAIS KRAHÔ COMO CONTRIBUIÇÃO PARA A EDUCAÇÃO DO SUJEITO INDÍGENA Aurinete Silva Macedo Francisco Edviges Albuquerque Universidade Federal do Tocantins – UFT O presente trabalho objetiva apresentar uma pesquisa, intitulada Memórias no Pátio: Saberes Tradicionais Krahô como contribuição para a educação do sujeito indígena, que está em andamento na aldeia Krahô de Manoel Alves. A referida pesquisa propõe investigar como os Saberes Tradicionais Krahô que se manifestam no cotidiano desse povo e a sua contribuição para o fortalecimento da língua oral e escrita na escola, bem como para manutenção da língua e da cultura. É nossa meta também investigar como se dá a relação entre os saberes tradicionais indígenas e os saberes escolares, relação comunidade/escola indígena, escola indígena/comunidade. Por ser esta uma pesquisa de cunho sociolinguístico, valeremo-nos dos estudos de Labov (2008) autor que insistiu na relação entre língua e sociedade; Em Guy e Zalles (2007), Molica e Braga(2010), Tarallo(2007) e Albuquerque (1999, 2007), Abreu (2012) e Sousa (2013), dentre outros, utilizaremos, portanto, o método de entrevista de base sociolinguística de experiências pessoais. Ouviremos, portanto, os indígenas mais velhos da aldeia, para entendermos os aspectos socioculturais e linguísticos, suas crenças, hábitos e saberes desse povo. Observamos também as práticas pedagógicas dos professores indígenas, coordenadora pedagógica e Diretor da escola 19 de Abril, para então descrevermos e analisarmos os aspectos dos saberes tradicionais Krahô e a sua contribuição para a educação do sujeito indígena. REPRESENTAÇÕES DE PROFESSORES DA ESCOLA BÁSICA FEITAS EM RELATÓRIOS DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO Bárbara de Freitas Farah Wagner Rodrigues Silva Universidade Federal do Tocantins - UFT Este trabalho está inserido no grupo de pesquisa “Práticas de Linguagens em Estágios Supervisionados” – PLES (UFT/CNPQ). Apresenta resultados de uma investigação, na qual identificamos representações de professores da educação 51 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 básica (PEB) construídas por alunos-mestre na escrita dos relatórios de estágio supervisionado, numa Licenciatura em Letras na Universidade Federal do Tocantins Campus de Araguaína. Dentro dessas representações, buscamos padrões de realização gramatical dentro dos enunciados onde há referências ao professor da educação básica. Descrevemos, portanto, o sistema de transitividade das orações onde os PEB exercem a função de participante dos processos verbais. A investigação apresentada tem como corpus relatórios da disciplina Investigação da Prática Pedagógica e Estágio Supervisionado em Língua Portuguesa: Língua e Literatura, produzidos por professores em formação inicial, denominados de alunos-mestre. Esta pesquisa de iniciação científica está orientada pela abordagem transdisciplinar da Linguística Aplicada, tendo como principal referencial teórico a abordagem textualdiscursiva da Linguística Sistêmico Funcional (LSF). FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO CURSO DE LETRAS/INGLÊS DA UFPA: UM DIÁLOGO ENTRE A POLÍTICA CIENTÍFICO EDUCACIONAL DO CURSO E A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DOCENTE NO CAMPUS DE MARABÁ Bárbara Letícia Pereira Leite - UFPA Marília Fernanda Pereira Leite - UFT O curso de Licenciatura em Letras com habilitação em Língua Inglesa da Universidade Federal do Pará – Campus Marabá teve sua primeira turma no ano de 2009. Os dados apresentados nesta comunicação fazem parte de uma pesquisa em fase de desenvolvimento, portanto, objetivamos nesta comunicação expor os resultados prévios de uma análise de cunho documental que tem como objetivo realizar uma análise interpretativo-comparativa dos documentos que regem o referido curso e do discurso dos discentes egressos e ingressos. Aplicamos questionários (GÜNTHER, 2003) com alunos da turma de 2009 (turma egressa) e da turma de 2013 (turma ingressa) sobre as disciplinas e o processo de aprendizado com o intuito de fazer um diálogo entre o Projeto Político Pedagógico do Curso de Letras/Inglês, a proposta científico-pedagógica e as expectativas dos alunos evidenciadas nos questionários, para então refletir sobre o processo de construção da identidade docente. Consideramos que a formação do professor de língua inglesa é de responsabilidade dos cursos de Letras, cuja proposta científico-pedagógica deve fazer com os discentes construam competências que os permitam atuar no ensino e aprendizagem de língua inglesa a priori na educação básica visto que os Projetos Políticos Pedagógicos estão em consonância com a LBD (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional). O curso de Letras/Inglês é um curso novo no Campus de Marabá, consideramos, portanto que a presente 52 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 pesquisa poderá contribuir de forma reflexiva no processo de construção da identidade do professor de língua inglesa, bem como sua prática perante a comunidade a que se destina. O ENSINO DE LITERATURA E AS OUTRAS LINGUAGENS NO ENSINO MÉDIO: UM OLHAR SOBRE OS DOCUMENTOS OFICIAIS Bonfim Queiroz Lima Pereira Universidade Federal do Tocantins - UFT Este trabalho procura analisar, na perspectiva dos estudos interartes, quais são as orientações oficiais para o ensino aprendizagem de Literatura relacionado às outras linguagens artísticas. Para tanto procura, a princípio, definir o viés de estudo dessas relações a partir de pressupostos teóricos relacionados à intermidialidade, um campo de pesquisa que faz parte dos estudos interartes; logo depois, busca identificar qual é o tratamento dado ao ensino de literatura e as relações que ela estabelece com as “outras linguagens”, ou seja, com as outras manifestações artísticas, analisando os documentos oficiais que norteiam o ensino de Literatura no Brasil: Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio (PCEM), Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN+ Ensino Médio) e Orientações Curriculares para o Ensino Médio (OCEM). Como se pode observar, pelos documentos examinados, essa pesquisa privilegia as orientações direcionadas ao ensino médio, que após a publicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) passa a integrar a educação básica e tem como um de seus objetivos a formação do educando para o exercício da cidadania, além de fornece-lhe meios para se desenvolver no trabalho e em estudos futuros. Os documentos analisados foram publicados pelo Ministério da Educação com o intuito de orientar a nova configuração deste nível de ensino escolar e propõem que o ensino privilegie uma perspectiva interdisciplinar. O ENSINO DE LITERATURA RELACIONADO ÀS OUTRAS LINGUAGENS NO ENSINO MÉDIO: UM OLHAR SOBRE O LIVRO DIDÁTICO. Bonfim Queiroz Lima Pereira Universidade Federal do Tocantins - UFT Este trabalho procura analisar, na perspectiva dos estudos interartes, quais relações são estabelecidas entre literatura e as outras linguagens artísticas no 53 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 âmbito do ensino escolar, realizando a análise de capítulos que abordam os conteúdos de literatura que compõem os livros didáticos de língua portuguesa. Para tanto procura, a princípio, definir o viés de estudo dessas relações a partir de pressupostos teóricos relacionados à intermidialidade, um campo de pesquisa, relativamente novo, que faz parte dos estudos interartes; logo depois realiza a análise de amostras de capítulos de dois manuais didáticos de ensino médio, tentando identificar nestas obras quais são as relações estabelecidas entre as ocorrências de linguagens verbais e não verbais e as outras mídias. Os manuais analisados foram adquiridos pelo Governo Federal por intermédio do Ministério da Educação, através do Programa Nacional do Livro Didático – PNLD – e distribuídos para escolas públicas de todo país. Portanto seguem uma série de normas técnicas e didáticas, que estão listadas no edital de convocação para inscrição no processo de avaliação deste programa; entre essas normas didáticas encontrasse a orientação para o favorecimento da convivência do estudante com diferentes representações de linguagem e para uma abordagem interdisciplinar e global dos conteúdos e das habilidades abrangidas pelos manuais. RELATOS E EXPERIÊNCIAS DO PROGRAMA DO OBSERVATÓRIO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA KRAHÔ/CAPES/INEP/UFT Bruna Michelle Alves dos Santos Thais de Souza Carvalho Tatiane Pereira de Oliveira Francisco Edviges Albuquerque Universidade Federal do Tocantins - UFT O Programa do Observatório da Educação tem como objetivo principal colaborar com a educação escolar dos povos indígenas, nesse momento em especial com os povos Krahô. O projeto conta com bolsistas de graduação, professores da Educação Básica, mestrado e doutorado, sob a coordenação do Prof. Dr. Francisco Edviges Albuquerque. Conta ainda com a participação do corpo docente colaboradores da escola 19 de Abril da aldeia Manoel Alves, próxima à cidade de Itacajá-To. O corpo docente da aldeia trabalha juntamente com a comunidade local desenvolvendo o projeto, agregando conhecimentos para a educação escolar Krahô. Portanto O Programa do Observatório auxilia na produção e organização de materiais didáticos produzidos passo a passo pelos próprios professores indígenas da comunidade, para minimizar a dificuldade que os professores vinham/vêm enfrentando em relação à escrita ortográfica, tendo agora seus próprios matérias didáticos, pois antes tinham acesso apenas a matérias que não estavam de acordo com suas realidades, 54 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 materiais estes de escrita e leitura em português. Objetivando dessa forma a manutenção da língua e da cultura Krahô. Enquanto bolsistas deste Projeto, adquirimos inúmeras experiências, desde as rodas de leitura às visitas de campo. Pudemos conhecer a realidade do povo Krahô, a cultura, o contato com a língua e ainda temos o privilégio de participar do processo de produção dos livros didáticos. Com essas experiências adquiridas, estamos ampliando nosso currículo acadêmico, desenvolvendo competências, habilidades e responsabilidade, além de nos oferecer essa bagagem cultural, bem como novos horizontes sobre o que realmente conhecíamos sobre os povos indígenas. ESCRITA REFLEXIVA PROFISSIONAL EM RELATÓRIOS DE ESTÁGIO EM LICENCIATURAS PARAENSES: UM PANORAMA INTRODUTÓRIO Bruno Gomes Pereira Universidade Federal do Tocantins No presente artigo, tentamos apresentar algumas considerações a respeito da abordagem metodológica de uma pesquisa em andamento, a qual está sendo desenvolvida a nível de mestrado. Trata-se de um panorama sobre as principais teorias mobilizadas nesta investigação, as quais, a nosso ver, problematizam nosso objeto de análise, aqui se tratando dos relatórios de estágio supervisionado produzidos por alunos-mestre de diferentes licenciaturas paraenses. O termo “alunos-mestre”, nesta abordagem, faz referência ao professor em formação inicial. Para tanto, justificaremos a preferência por utilizarmos os preceitos teórico-metodológicos da Linguística SistêmicoFuncional (LSF), bem como da Análise Crítica do Discurso (ACD), principais teorias fundamentadoras da investigação. Partimos do princípio de que a LSF é uma teoria sócio semiótica, uma vez que entende o texto enquanto um processo social, tendo, pois, sua significação diretamente associada ao contexto de cultura e de situação em que é produzido. Além disso, também entendemos que a ACD seja pertinente ao andamento desta investigação, levando em conta a visão política e problematizadora com a qual concebe os atores e suas relações em um dado contexto. Por fim, apresentaremos também uma breve explanação a respeito da abordagem quantiqualitativa de pesquisa, bem como da técnica documental de análise dos dados gerados, tendo em vista que analisaremos relatórios de estágio supervisionado, produções comumente solicitadas ao final da disciplina de Estágio Supervisionado nos cursos de licenciatura. Comungamos da ideia de que uma reflexão a respeito do caráter discursivo dos relatórios de estágio pode agir a favor do processo de letramento do aluno-mestre. É importante considerarmos também que os 55 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 apontamentos contemplados aqui são frutos de discussões ocorridas no grupo de pesquisa Práticas de Linguagens nos Estágios Supervisionados PLES (UFT/CNPq) no campus de Araguaína. A BUSCA DA SUPERAÇÃO TRADICIONAL DE ENSINO: COMPARANDO (2) DUAS GRAMÁTICAS DOS AUTORES ERNANI TERRA E JOSÉ DE NICOLA Carlos Wiennery da Rocha Moraes Jônatas Gomes Duarte Luis Roberto Peel Furtado de Oliveira Universidade Federal do Tocantins – UFT Superar o ensino tradicional de gramática de caráter fragmentado e abarcar uma didática na perspectiva do paradigma educacional emergente, que visa a aprendizagem numa perspectiva de totalidade, tem sido o grande desafio de autores da língua materna, ou seja, a busca por um ensino atualizado que promova as mudanças no modo de ensinar do mundo atual, cheio de ideologias dominantes e por isso as escolas precisam de abordagens mais contextualizadas. Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo analisar as diferenças paradigmáticas entres (2) duas gramáticas dos autores Ernani Terra e José de Nicola. Mais precisamente, trata-se de comparar a edição de 1993 com a edição reformulada em 2002. Para isso, a priori citamos teorias que negam o ensino tradicional, assim como, aquelas que afirmam o emergente. A seguir abordamos o corpus, no caso, as duas páginas introdutórias do capítulo categorias gramaticais invariáveis, situadas nas duas edições supracitadas, a fim de analisar em que aspecto as diferenças no trato com o conteúdo se evidenciam entre elas. Segundo os autores a gramática reformulada, em 2002, visa atender às novas mudanças educacionais no sentido de criar condições para formar leitores no Ensino Médio. DO LETRAMENTO: OU ENFOQUE DE PRÁTICAS SOCIAIS EM TEXTOS ESCRITOS Carlos Wiennery da Rocha Moraes Carlos Alberto Moreira de Araújo Júnior Luiza Helena Oliveira da Silva Universidade Federal do Tocantins - UFT Segundo Kleiman (2007, p. 1) „O letramento tem como objeto de reflexão, de ensino, ou de aprendizagem os aspectos sociais da língua escrita‟. Assim, essa 56 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 teoria se sustenta pela visão crítica em que o professor promove o ensino de forma que os alunos reflitam, com base em seus conhecimentos prévios, nas práticas sociais, concretas e contextualizadas diante de um texto. Essa visão é diferente da didática tradicional, sem interação e, com forte enfoque em análise sintática ou morfológica de textos fragmentados, descontextualizados, além disso, idealizados, no sentido de mostrarem uma sociedade, maquiada, sem conflito, ou seja, fora da realidade. A escola deixava o aluno alienado por não promover verdadeiros leitores com senso crítico. Para Kleiman (1998) estudos sobre letramento ganharam força nos anos 70, porém, a didática tradicional ainda transparece nas escolas. Em razão disso, este trabalho, em fase inicial, objetiva analisar, no colégio Santa Rita de Cássia, as práticas pedagógicas de professores de língua portuguesa no Ensino Médio, a fim de compreender como se efetiva o enfoque das práticas sociais diante de textos escritos. A metodologia consiste, primeiramente, em assistir três aulas, no 1º, 2º e 3º ano e fazer anotações do assunto abordado. A seguir, faremos entrevistas com os três professores, dessas turmas. Essas terão caráter semi-estruturado. Por fim, cruzaremos os dados, relacionando o que os professores responderam no questionário, com o que foi registrado em suas aulas. Assim, podemos encontrar os sentidos que inibem as práticas letradas e com isso buscar escutas de novos rumos que possam otimizar a formação escolar a luz do letramento. FORMAÇÃO DE PROFESSORES/AS DE LÍNGUA INGLESA NO NORDESTE DE GOIÁS: UM OLHAR PARA A DIVERSIDADE ÉTNICO-RACIAL Cristiane Rosa Lopes Universidade Estadual de Goiás Apesar de vários documentos oficiais, como, por exemplo, os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998, 2000) e a Lei Federal nº 10.639/03 (BRASIL, 2003), tornarem obrigatória a educação das relações étnico-raciais nas escolas públicas e privadas de ensino fundamental e médio, pesquisas indicam que muitos cursos de formação de professores/as ainda não integraram a diversidade étnico-racial às suas pautas (FERREIRA, 2006, 2008, 2009, 2011, 2012); GONÇALVES, MENEZES & TEODORO, 2011; MOITA LOPES, 2002; SILVA, 2011). Diante disso, as universidades estão sendo formalmente instruídas para a inclusão de discussões sobre diversidade em seus currículos (BRASIL, 2002, 2005). Esta comunicação visa discutir resultados iniciais de uma pesquisa, que visa analisar a abordagem da educação das relações étnico-raciais na formação inicial e continuada de professores/as de língua inglesa numa universidade pública no nordeste de Goiás. Esta pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso, de cunho qualitativo, que tem como 57 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 embasamento teórico para suas discussões: a Linguística Aplicada Crítica (MOITA LOPES, 1999, 2002, 2006; PENNYCOOK, 2001, 2006, 2012, 2013); a formação crítica de professores/as (FERREIRA, 2006, 2009; GIROUX, 1997, PESSOA & BORELLI, 2011); racismo e educação (CAVALLEIRO, 2001, FERREIRA, 2011). CINE LER: O CINEMA EM SALA DE AULA COMO RECURSO ESTIMULADOR PARA NOVOS LEITORES Cristiano Alves Barros Universidade Federal do Tocantins Este trabalho busca refletir sobre o uso do cinema em sala de aula enquanto estratégia de ensino em literatura e como recurso estimulador para novos leitores. Para tanto, utilizaremos os textos dos teóricos Carmen Bolognini (2011) e Marcos Napolitano (2003) que discutem a abordagem do cinema em sala de aula. Por isso, uma das expectativas almejadas por este trabalho é o estímulo a leitura, utilizando os recursos multimídia, no caso o cinema, como contraponto à linguagem literária. Para desenvolver a referida reflexão, contextualizamos a inserção do cinema na educação escolar e sua articulação com o conteúdo, as habilidades e os conceitos nas aulas de Língua Portuguesa, alguns pontos devem ser observados, tais como: as possibilidades técnicas e organizativas da escola para o uso de filmes em sala de aula; o papel do professor como mediador das interpretações e do senso crítico despertado nos alunos através da obra literária e da adaptação cinematográfica; e, quais cuidados devem ser tomados pelo professor ao incrementar sua didática com o uso do cinema. Afinal, tudo isso deve ser pensado conforme a faixa etária e a etapa de aprendizagem. Tais ações estipuladas até aqui remetem ao processo de desenvolvimento da leitura por meio da relação entre literatura e cinema na sala de aula. Nesse sentido, acreditamos que as práticas pedagógicas embasadas no uso de filmes, podem instigar tanto alunos quanto professores a abordarem as obras literárias presentes no currículo escolar sob uma nova perspectiva, contribuindo inclusive para o diálogo com outras disciplinas curriculares através de temáticas transversais. 58 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA: LEGISLAÇÃO E PRÁTICA DOCENTE Dálete da Costa Câmara de Oliveira Professora de Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Tocantins Pesquisas apontam que a Língua Espanhola vem despontando no cenário mundial devido aos aspectos econômicos e culturais, sendo considerada a segunda língua mais utilizada no mundo dos negócios, da ciência, da pesquisa, do comércio, da internet, do entretenimento, entre outros, perdendo apenas para o inglês; em quantitativo populacional é a terceira língua mais falada no mundo. Dessa forma, a inserção do Ensino de Língua Espanhola no sistema educacional brasileiro tornou-se de grande importância, como uma maneira de se conhecer novas culturas e ter acesso a um novo idioma, oportunizando o conhecimento e a aprendizagem da língua espanhola, que facilitará o acesso ao mercado de trabalho já que o Brasil tem realizado muitas negociações comerciais com países hispânicos. A esse respeito, a LDB nº 9394/96, determina a implantação obrigatória de uma língua estrangeira a partir do 6º ano do Ensino Fundamental, em relação ao Ensino Médio determina a adoção de uma segunda de forma optativa, posteriormente a Lei 11.161/2005, torna obrigatório a inserção do Espanhol nas turmas de Ensino Médio. Em relação à formação de professores, ainda acredita-se que, devido a aproximação entre o português e o espanhol, basta conhecer o vocabulário e algumas expressões que se está apto para ministrar a disciplina, no entanto, não basta somente ler, escrever, compreender ou estabelecer uma conversação, é necessário o domínio do funcionamento e da forma, sem deixar de considerar os aspectos culturais e históricos. Considerando os dados acima e tendo como base teórica os autores: Sedycias, Fernández, Brito e Martínez-Cachero Laseca, o objetivo desse trabalho é analisar como está acontecendo o processo de implantação do ensino de Língua Espanhola, considerando: a capacitação de professores, a utilização de livros didáticos e dos recursos em sala de aula. ANÁLISE LINGUÍSTICA NA VOZ DE ESTUDANTES DE LETRAS Danielle dos Santos Guedes Janete Silva dos Santos Universidade Federal do Tocantins Esta comunicação resulta de nosso projeto de iniciação científica Referências de estudantes de Letras sobre análise linguística, desenvolvido com apoio do CNPQ e inserido no projeto de pesquisa Gramática contextualizada: relação discurso e prática no imaginário de professores do Parfor, de professores da rede pública de ensino de 59 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 Araguaína, e de estudantes do curso regular de Letras da UFT. Considerando as várias discussões em torno do ensino de língua materna e as dificuldades encontradas nas salas de aula referentes ao estudo de gramática e à prática de análise linguística, urge a necessidade de compreendermos a visão dos estudantes do curso de Letras da Universidade Federal do Tocantins, campus de Araguaína, em relação a esse tipo de trabalho. Nosso objetivo foi analisar a visão desses acadêmicos sobre o referido tema a fim de que pudéssemos detectar quais perspectivas os orientam e como elas são mobilizadas no estágio, problematizando aspectos recorrentes e inerentes à gramática normativa quando trabalhada nas aulas de maneira descontextualizada. Nossos dados, analisados qualitativamente, foram gerados através de questionários e de entrevistas semiestruturadas em áudio, com estudantes dos três últimos períodos do curso. Em nosso referencial teórico predominam autores que fazem estudos aplicados à língua materna. O cotejo dos discursos aponta que os acadêmicos ainda parecem consideravelmente confusos em relação a esse tipo de análise, o que, por sua vez, torna-se também um complicador para a efetivação dessa abordagem na sua prática durante o estágio em regência. Este estudo contribui com pesquisas realizadas no Grupo de Estudos do SentidoTocantins/GESTO. O USO DO DICIONÁRIO COMO RECURSO DIDÁTICO Dayane Carneiro Rocha Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira Universidade Federal do Tocantins - UFT Este trabalho é esboço inicial do projeto de pesquisa (PIBIC) que tem como preocupação o aprendizado da norma padrão da língua portuguesa. Tem como objetivo o estudo dos dicionários já existentes e a criação de um novo dicionário de verbos como recurso didático para a criação e a recepção de textos em língua materna. O estudo será pancrônico, ou seja, o levantamento de conceitos do verbo, durante o século XX até início do século XXI utilizando conceitos de gramáticas e livros didáticos de Língua Portuguesa. Será observado o advento de palavras novas “neologismos verbais”, suas causas e atuação no vernáculo. Este estudo tem como pauta um diálogo constante com gramáticos e filólogos tais como Rocha Lima (2005), Luft (2002), Bechara, Celso Cunha e Said Ali. O principal uso do dicionário de verbos é auxiliar o aluno no aprendizado e no reconhecimento dos verbos, principalmente dos irregulares e depoentes. Esse posicionamento metodológico facilita o processo de aprendizagem, pois o próprio aluno pode fazer a sua pesquisa particular, o que facilitará a identificação e a criação de textos. 60 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 A LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS SURDAS Dayanne Barbosa Dias Educação Especial Inclusiva - CENSUPEG O presente trabalho apresenta a relevância da ludicidade no processo de ensino-aprendizagem de crianças surdas. Objetivando, propiciar a construção do conhecimento das mesmas. Pretende-se com este, esclarecer o desenvolvimento do aluno não ouvinte, suas dificuldades e limitações na aquisição da língua portuguesa na modalidade escrita como segunda língua, questionando como desenvolver as habilidades dessas crianças com brincadeiras e exercícios diferenciados, ainda que elas sejam resistentes á participação na sala de aula. Onde o docente possa intermediar a comunicação e interação da criança surda com o meio, favorecendo a acessibilidade. Preocupando-se em realizar atividades, partindo do meio cultural desta criança, sua língua materna (libras), e os contribuintes para a formação da sua identidade, sendo os seus responsáveis, em que passa a maior parte do tempo. Mostrando o trabalho de cultivar a personalidade destes alunos, elevando a sua autoestima e realizando estímulos para que estes, possam se conhecer e visualizar as suas potencialidades. Sendo uma pesquisa bibliográfica, expondo os desafios da educação bilíngue e o papel do docente no desenvolvimento da língua do indivíduo surdo, que está ou não inserido na comunidade surda, Tornando compreensível que a surdez não implica na cognição do surdo e compreensão dos conteúdos. Utilizando o lúdico como ferramenta principal no processo de ensino-aprendizagem. ENTRE A ORDEM DO REAL E A AFIRMAÇÃO DE SEU AVESSO: UMA LEITURA COMPARADA ENTRE JOÃO CABRAL DE MELO NETO E EDGAR ALLAN POE Débora Maria dos Santos Castro Silva IFTO/Palmas/UFT Este artigo procura discutir as relações homológicas existentes entre os poemas O corvo, de Edgar Allan Poe e Psicologia da Composição, de João Cabral de Melo Neto. No presente estudo, procuraremos demonstrar que o ato de criação dos poetas em tela é um trabalho meticuloso, que requer cautelosas seleções e rejeições, num ir e vir de imaginações algumas plenamente amadurecidas, outras repelidas como inaproveitáveis, num labor que exige do “construtor” precisão e rigor. É, portanto, a razão como motor da criação o ponto de convergência em que parecem situar-se Poe e João Cabral de Melo Neto. Poe não é um pintor da vida, mas um construtor, assim como o é Cabral. 61 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 Tal operação impõe à ordem e ao ritmo da natureza uma inversão, revelando o projeto de uma construção particularíssima, um debruçar-se metódico sobre o real, de que retira as sugestões mais fortes de equivalência, diferença e oposição. Com embasamento teórico relacionado aos estudos das equivalências homológicas entre os dois poemas e com a leitura de pesquisadores da área, o texto explora os aspectos comuns entre os dois poemas, em especial a composição poética racional e a elaborada construção da linguagem. O eixo principal é a análise e o comentário dos dois poemas dos autores estudados. SENTIDO(S) METAFÓRICO(S): UM DESAFIO PARA ALUNOS E PROFESSORES NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA? Dieysa Kanyela Fossile Universidade Federal do Tocantins Nesta comunicação, tem-se como objetivo apresentar o projeto de pesquisa intitulado “Metáforas: a leitura de textos metafóricos nas séries do ensino fundamental”, o qual foi desenvolvido em parceria com alunos do curso de Letras da UFT (campus de Araguaína), tal como, os resultados finais deste estudo. Por meio dessa pesquisa, buscaram-se respostas para as seguintes questões: (i) A metáfora e/ou sentido metafórico presente na maioria dos textos pode ser apontado e/ou considerado como um dos principais fatores que faz com que os alunos do ensino fundamental apresentem dificuldades na leitura? (ii) Quais critérios um professor deve seguir e/ou adotar ao planejar aulas relacionadas à metáfora e/ou à leitura de textos metafóricos para turmas do ensino fundamental? Desse modo, através desse projeto de pesquisa, pretendeu-se (i) levar o aluno do curso de Letras a observar e analisar como os alunos do ensino fundamental da Escola “X” (escola em que esta pesquisa foi realizada) interpretam textos metafóricos; (ii) conduzir o aluno de Letras e futuro docente a refletir sobre a metáfora e a compreendê-la; (iii) levar o alunoprofessor a buscar estratégias de ensino-aprendizagem que contribuam para a formação do aluno-leitor. As leituras que contribuíram para o desenvolvimento desta pesquisa estão centradas nos estudos de Kittay, na Teoria da Interação de Max Black, nos estudos de Mara Zanotto e nos textos de Geraldi, Koch, Marcuschi, Foucambert, Cagneti, Freire, Kleiman, entre outros. Portanto, com base nos resultados finais, os quais foram alcançados a partir do projeto de pesquisa mencionado, objetiva-se, nesta comunicação, abordar e discutir como a metáfora é trabalhada nas aulas de Língua Portuguesa em turmas do ensino fundamental e como esses alunos interpretam os textos metafóricos que são a eles apresentados. 62 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 PROFESSORA SIM, MAS DE INGLÊS! A PAIXÃO PELA LÍNGUA ESTRANGEIRA COMO CONDICIONANTE PARA O INGRESSO NO MAGISTÉRIO Edna Sousa Cruz UFT/UEMA Este trabalho intenta analisar os processos de significação da docência, da língua inglesa, e de ser professor desse idioma. Tendo como espaço a cidade de Imperatriz – MA, o corpus da pesquisa é constituído das narrativas de três professoras de Inglês que atuam nas escolas públicas dos Ensinos Fundamental e Médio. Utilizando a metodologia da história oral, a qual favorece o estudo da memória através da oralidade, buscou-se por meio do resgate dessas rememorações, refletir as experiências constitutivas do processo pelo qual as professoras negociaram suas escolhas, suas lutas e seus conflitos para concluírem o curso de Letras e se tornarem professoras de Inglês. Os depoimentos orais das docentes, os quais evidenciam a relação entre projetos de vida e experiência profissional, serão analisados à luz de alguns pressupostos teóricos da semiótica greimasiana, especificamente a duas de suas dimensões discursivas: a dimensão narrativa e a dimensão passional. Os resultados sinalizam que, não obstante a docência configurar-se opção por falta de opção, as docentes vão se constituindo professoras de inglês mediante as ações empreendidas em busca do saber e poder ensinar este idioma. A EMERGÊNCIA DO PASSIONAL EM DISCUSSÕES NO MOODLE Eduardo Amorim Universidade Federal do Tocantins - UFT No trabalho que aqui propomos, um recorte de nossa pesquisa de mestrado, pretendemos apresentar uma análise semiótica acerca das discussões realizadas por estudantes do curso de Letras em um fórum do Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle. No fórum, propomos aos alunos matriculados na disciplina de Investigação da Prática Pedagógica e Estágio Supervisionado I: Língua Portuguesa, que relatassem suas primeiras impressões que obtiveram a partir dos primeiros contatos com a sala de aula na educação básica na posição de professores em formação. Nos utilizaremos especialmente das categorias de análise desenvolvidas dentro do quadro teórico da Semiótica das Paixões, que se dedica a construir uma semântica da dimensão passional dos discursos, isto é, considerar a paixão não naquilo em que ela afeta o ser efetivo do sujeitos “reais”, mas enquanto efeito de sentido inscrito e codificado na linguagem. A semiótica postula que os efeitos de sentido passionais derivam de organizações 63 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 provisórias de modalidades, de intersecções e combinações entre modalidades diferentes, as quais buscaremos explicitar em nossas análises. Tendo em vista que a academia é concebida como espaço de “racionalidade”, em que a subjetividade é negligenciada em função de uma busca por pontos de vista “objetivos”, “neutros”, acreditamos ser bastante pertinente analisarmos o lugar da afetividade no direcionamento do olhar do professor em formação inicial, determinante para os modos como se posiciona em relação ao que observa e nos modos como apreende e problematiza os conhecimentos teóricometodológicos aos quais teve acesso no decorrer de sua graduação. Nos interessa especialmente perceber de que modo os alunos discursivizam seus “estados de alma” ao compartilharem suas experiências com colegas. MACABÉA: O FEMININO SUBALTERNO E AS REPRESENTAÇÕES VISUAIS NA GRANDE CIDADE Eliene Rodrigues Sousa Silva André Teixeira Cordeiro Universidade Federal do Tocantins – UFT O presente trabalho propõe-se a estudar a linguagem figurativa de Clarice Lispector na obra A Hora da Estrela publicada em 1998. O objetivo é verificar, mais precisamente na personagem Macabéa, os sentidos visuais das representações de gênero (a condição feminina como subalterna) e identidade. Atenção especial será dada ao uso do aspecto figurativo, visando a compreender as várias interpretações e significações que ele imprime ao texto e a verificar de que forma as referências visuais colaboram para a construção da personagem em destaque. Assim, nos deteremos, largamente, no olhar quase fotográfico da narrativa. A escrita de Clarice Lispector apresenta relações diretas com a pintura, a música e outras artes, estes aspectos também serão aqui levantados. Com a finalidade de investigar inter-relações entre literatura e outras artes na obra da escritora, o corpus foi elucidado no recorte da condição que Macabéa é representada na obra, sempre sujeitada. Além disso, a cultura visual dá grande importância não apenas à compreensão, mas também, à interpretação crítica da arte e da imagem no texto literário como artefatos culturais. Na discussão, serão utilizados teóricos que discutem a relação literatura e pintura em Clarice, dentre eles, HERNANDEZ (2007); IANNACE, (2009); NUNES (1995) e SOUSA (2013). 64 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 RESISTÊNCIA NEGRA ATRAVÉS DAS PERSONAGENS INFANTIS NAS OBRAS: AS TRANÇAS DE BINTOU E OS CABELOS DE LELÊ Eronilde dos Santos Cunha CE Edison Lobão- Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz-CEIRI Este trabalho tem o intuito de analisar as obras, “Os Cabelos de Lelê e As tranças de Bintou”, das escritoras Valéria Belém e Sylviane A. Diouf, respectivamente, traçando um paralelo entre as personagens Lelê e Bintou, duas crianças negras (ambas protagonistas), em processo de construção de suas respectivas identidades, onde a condição de sujeito negro, é reforçado pela marcante presença do cabelo pixaim, que causa dores e ao mesmo tempo uma enorme necessidade de pertencimento e autoaceitação. As obras, em estudo, dialogam entre si, no que concerne à condição da criança negra e afro, no processo de desconstrução e reconstrução identitária, citando aqui Lewis R. Gorson no prefácio “Pele negra, máscaras brancas” de Franz Fanon “Este racismo dos negros contra o negro é um exemplo da forma de narcisismo no qual os negros buscam a ilusão dos espelhos que oferecem um reflexo branco” (FANON, 2008. P.15), além de propor uma reflexão acerca da importância da estética negra, ressaltando a cabeleira do(a) negro(a), como fator preponderante na edificação do respeito à diversidade, identidade étnica e cultural da população negra, de olhares plurais e posturas antirracistas. PRÁTICAS DE LETRAMENTO DE ALUNOS COM SURDEZ Francisca Maria Cerqueira da Silva Universidade Federal do Tocantins-PPG (MESTRADO PROFLETRAS Este trabalho pretende apresentar um projeto de pesquisa-formação, especificamente relacionado às práticas de letramento de alunos com surdez, a ser executado no município de Marabá, estado do Pará, nas Salas de Recursos Multifuncionais-SRMs, espaço onde acontece o Atendimento Educacional Especializado-AEE, serviço da Educação Especial. A pesquisa-formação consiste no tipo de pesquisa que oferece um suporte de formação continuada e esta pretende ter um caráter de pesquisa-ação colaborativa em que pesquisadores e pesquisados tornam-se colaboradores para a construção de novas realidades. O projeto consiste na elaboração de um plano de ensino específico para o ensino da Língua Portuguesa como segunda língua para surdos a ser aplicado nas SRMs, através de formação continuada com os professores e da Consultoria colaborativa, e terá como passos principais a 65 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 elaboração de planejamentos com sequência didática, incluindo a elaboração de material didático pedagógico, que neste caso específico deve ser imagético, pois o aprendizado do surdo é visual, e ainda a intervenção com a Língua Brasileira de Sinais-LIBRAS, levando-se em consideração que esta é a primeira língua da pessoa surda e que é através do desenvolvimento dela que o indivíduo surdo terá a possibilidade de aprender uma segunda língua. Desse modo, esta será uma pesquisa de intervenção para implementar o ensino de surdos no município, que deve ser bilíngue de acordo com a Lei Federal 10.436/2002 e, para tanto, contará com a parceria já firmada com o Departamento de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação que já tem um programa de formação continuada em LIBRAS, possibilitando o trabalho conjunto necessário para a formação em rede com o objetivo de efetivar o letramento de alunos com surdez. O PERCURSO DO ALUNO INDÍGENA NO CURSO DE LETRAS – O PAPEL DA MONITORIA Francisca Martim Cavalcante Alessandra Mara de Assis Universidade Federal Do Tocantins - UFT O presente trabalho tem como objetivo apresentar os resultados de um estudo de caso realizado ao longo de três semestres de monitoria indígena no curso de Letras na Universidade Federal do Tocantins (UFT), campus de Araguaína. O Programa Institucional de Monitoria Indígena (PIMI), regulamentado pela resolução do Conselho de ensino, pesquisa e extensão (CONSEPE) Nº 20 /2007, busca construir elo entre professores e alunos, identificar as dificuldades enfrentadas pelo aluno indígena e estabelecer estratégias e ações didáticopedagógicas para esclarecimento das dúvidas sobre os conteúdos das disciplinas. O presente estudo de caso teve como participante uma acadêmica indígena matriculada no sexto período do curso com um histórico de trancamentos, abandonos e insucessos nas disciplinas de Língua e Literatura Inglesa. Nesse contexto a monitoria teve o papel de auxiliar a aluna na realização de trabalhos contribuindo para a melhoria da capacidade de leitura e interpretação de textos buscando melhores resultados a cada semestre. O método utilizado envolveu a observação da aluna em sala de aula, a elaboração de relatórios mensal e semestral além de questionário fechado e do próprio histórico acadêmico utilizado na análise. Segundo Patrícia Duff (2007, p.41),“o fato do estudo de caso ter um alto grau de integridade, profundidade de análise, legibilidade e os processos poderem gerar novas hipóteses torna-o mais vantajoso que qualquer outro método”. O resultado propicia conhecimento sobre a atuação do PIMI na evolução da acadêmica nas disciplinas de Língua e 66 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 Literatura Inglesa. Com o conhecimento gerado pelo estudo de caso é possível perceber a importância da monitoria e como tem refletido na vida acadêmica do aluno indígena. DIÁLOGOS IN ABSENTIA: SIMULACROS DA PRESENÇA DO OUTRO Francisco de Assis Neto Luiza Helena Oliveira da Silva Universidade Federal do Tocantins - UFT Há, hoje, uma discussão sólida referente à Educação do Campo, como consequência das mudanças de perspectivas pelas quais o campo vem passando, proporcionando práticas pedagógicas adequadas ao mundo rural e às exigências da atualidade. Nesse contexto, nosso trabalho privilegia uma unidade escolar situada em um assentamento rural no norte do Estado do Tocantins. Numa educação de cunho pragmático, investigamos o lugar da literatura na formação dos adolescentes nessa escola. Dentro dessa conjuntura, tomamos inicialmente, como referencial teórico, a semiótica discursiva, principalmente a partir dos trabalhos suscitados pela publicação de Da imperfeição, por Greimas (2002). Nessa obra, o semioticista discute a relação que se estabelece entre sujeito e objeto em situações que caracterizam o evento estético. Analisamos a maneira como o livro didático, do Telecurso 2000, utilizado naquela escola, encaminha e desenvolve o ensino de literatura, tendo em vista o aluno-leitor que se pretende formar e cuja presença vai sendo simulada no interior dos textos, considerando que esse diálogo não se faz senão por uma relação de presença virtual. Nesse sentido, tomamos, também, dentro da semiótica, contribuições da teoria da enunciação, que nos permitem pensar nas marcas textuais que nos encaminham para os possíveis sujeitos construídos pelo texto. A partir dessas análises, entendemos que o material didático pressupõe um estudante qualquer, dentre os diversos perfis de estudantes que existem, que deverá participar do diálogo construído no interior do livro didático, e, portanto, constrói o efeito de sentido de que o propósito do estudo de literatura, nesse material, é o contato com conteúdos de teorias literárias nos limites do livro, marcados pela temporalidade e espacialidade, como processo que se inicia e termina, mas não estabelece uma continuidade ou uma ligação com a exterioridade. 67 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 A FORMAÇÃO DO LEITOR DE LITERATURA NA PROPOSTA CURRICULAR DO ESTADO DO TOCANTINS: LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA Francisco Neto Pereira Pinto Universidade Federal do Tocantins - UFT Trata-se de uma análise da Proposta Curricular do Estado do Tocantins: Língua Portuguesa e Literatura, cujo objetivo estabelecido é visualizar qual imagem de leitor literário esse documento oficial constrói: se leitor ideal ou real. Em adição, procuramos evidenciar a influência que esse documento exerce na prática docente em sala de aula e na escolha do livro didático, isso em conformidade com nossa observação etnográfica. Para tanto, recorremos aos postulados do letramento literário e do paradigma da complexidade e, aqui, utilizaremos a expressão leitor ideal para nos referir à figura do leitor de literatura que frequenta as páginas de trabalhos teóricos e orientações oficiais que versam sobre o que se espera que a escola forme como leitor literário e, como contraponto, ao leitor de literatura real atribuímos o estatuto de qualquer indivíduo encontrável quer na escola ou em qualquer outro espaço lendo literatura que, por sua vez, tenha como suporte físico quer folhas de papel, como em livros, quer a tela de um aparelho eletrônico, como o computador. As conclusões indicam que a Proposta firma, em seu horizonte, a figura de um leitor ideal, abstrato que, ao fim da escola média, seria capaz de dialogar com uma vasta tradição literária nacional, portuguesa e com uma pequena dose da afro-brasileira, o que se daria em termos de história literária, uma vez que o objeto literário é contemplado como ilustrativo de épocas, períodos, estilos e autores. Mesmo quando privilegia o contato efetivo com texto literário, a Proposta reafirma posicionamento em favor do leitor ideal, que mais deve ler o texto com olhar de especialista que de estudante para quem o ensino da literatura deveria propiciar um contato, sobretudo, humanizador. A FORMAÇÃO DO LEITOR DE LITERATURA NOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO MÉDIO Francisco Neto Pereira Pinto Universidade Federal do Tocantins – UFT O objetivo deste texto é fazer uma incursão pelos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, PCNEM (2000), com o fito de vislumbrar qual imagem de leitor literário esse documento oficial constrói: se leitor ideal ou real e, à medida que o fazemos, intentamos relacioná-la aos postulados do 68 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 letramento literário e do paradigma da complexidade. Utilizamos a expressão leitor ideal para nos referir à figura do leitor de literatura que frequenta as páginas de trabalhos teóricos e orientações oficiais que versam sobre o que se espera que a escola forme como leitor literário e, como contraponto, ao leitor de literatura real atribuímos o estatuto de qualquer indivíduo encontrável quer na escola ou em qualquer outro espaço lendo literatura que, por sua vez, tenha como suporte físico quer folhas de papel, como em livros, quer a tela de um aparelho eletrônico, como o computador. As conclusões da análise se inclinam no sentido de que os PCNEM (2000), do ponto de vista do ensino da literatura, não avançam ao nível da complexidade no que toca à abordagem do texto literário e, quanto à visão de leitor, figura em seu horizonte o leitor ideal, dado que a historiografia literária faz parte do escopo de conhecimentos necessários para a formação desse tipo de leitor. Permanece, no entanto, invisibilizado nas diretrizes o leitor real, considerado na perspectiva da complexidade, que precisa ser visto como um ser que não se divide por ocasião da leitura, que dele demanda o investimento em sua multidimensionalidade e dos diversos níveis de realidade que o constitui. A formação literária empreendida somente com base na história da literatura não pode, pois, formar esse tipo de leitor. A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA NA PRÁTICA DOCENTE Genilva Bezerra Santos Marcilene de Assis Alves Araújo Centro Universitário UNIRG Propõe-se o presente trabalho a discutir a importância da pesquisa na prática docente, desmitificando-a como algo sofisticado, inacessível ao professor, na tentativa de transpor um ensino rotineiro e experimentar a criatividade. Nessa perspectiva, pretende-se desmistificar a teoria, principalmente aquelas que fogem ao entendimento do professor, por estarem distantes da realidade da sua sala de aula, levando-o a pensar na teoria em função da sua prática, ou seja, a ação e reflexão como fatores primordiais neste processo. Nesse sentido, buscase frisar uma abordagem sobre o professor leitor e pesquisador que se envolve e toma sua própria ação como objeto de pesquisa, buscando melhoria e qualidade para o ensino aprendizagem. Ressalta-se a importância do professor que amplia seus conhecimentos, visando uma prática transformadora no sistema educacional por meio de sua atuação em sala de aula. Nesse sentido, este trabalho desenvolve-se de acordo com os estudos de Silva (1990), Perrenoud (2000), e Thurler (1990). Cabe ressaltar que o professor deve conhecer e pesquisar não somente o conteúdo didático, mas também o perfil de cada um de seus alunos, nos âmbitos biológicos, sociológico e psicológico, a 69 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 fim de compreender suas dificuldades, limitações e comportamento. Com práticas reflexivas, o docente propiciará o desenvolvimento de competências em seus alunos. Sendo assim, busca-se apresentar novas concepções de ensino, tendo a pesquisa como principal caminho nesse processo, com a intencionalidade de contribuir na prática docente. “BONECA DE PANO É GENTE/ SABUGO DE MILHO É GENTE [...]”; E TIA NASTÁCIA, SERIA GENTE? Gihane Scaravonatti Universidade Federal do Tocantins – UFT Em 2010, um dos livros da série do Sítio do Pica-Pau Amarelo – Caçadas de Pedrinho – foi apontado, em parecer do Conselho Nacional de Educação, como possuidor de traços preconceituosos, pelas aparições estereotipadas de Tia Nastácia em meio à narrativa. Em 2012, outra obra de Lobato, Negrinha, foi indicada como tendo teor racista, em denúncia protocolada junto à Controladoria Geral da União. O que polemiza – e mesmo agrava - ainda mais a questão em torno do possível conteúdo racista das obras é o fato de ambas estarem inseridas nos acervos do Programa Nacional Biblioteca da Escola – o PNBE. Estabelecido em 1997, o Programa tem, por objetivo maior, “[...] promover o acesso à cultura e o incentivo à leitura nos alunos e professores por meio da distribuição de acervos de obras de literatura, de pesquisa e de referência” (MEC, 2013). Anualmente, milhares de livros são distribuídos às escolas públicas brasileiras, cujos acervos são escolhidos e formados por intermédio de editais. Entre os critérios do PNBE para a seleção e compra das obras a serem enviadas às escolas, frisa-se o da “ausência de preconceitos, estereótipos ou doutrinações” (FNDE, 2013). Deixa evidente, pois, a posição do Ministério da Educação em não distribuir, dentro das ações do Programa, livros com conteúdo discriminatório a crianças e jovens, leitores em processo de formação. Quer-se, para o presente debate, indagar de forma semelhante outra obra da série do Sítio - coincidentemente, também incluída no PNBE, ainda na seleção de seu primeiro edital. Trata-se de Histórias de Tia Nastácia (LOBATO, 1937), em que, pelo próprio título do livro, se esperaria ver Tia Nastácia em posição de destaque, valorizada em seu saber, ouvida, respeitada quanto a sua cultura. Não é o que ocorre, por fim. Texto e imagem, fundindose e cristalizando-se na personagem, fornecem as pistas do porquê. 70 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 NEGRINHA: UM DESABROCHAR DE ALMA PELA (SEMI)ÓTICA DO SENSÍVEL Gihane Scaravonatti Universidade Federal do Tocantins - UFT Negrinha foi conto originalmente publicado por Monteiro Lobato no ano de 1920; cerca de três décadas, portanto, depois da abolição da escravidão no Brasil. A mentalidade escravocrata, contudo, não galgara significativa distância à época: teimava soberba, soturna – bem que até hoje pontilham seus resquícios rasteiros, querendo-se silenciosos, certeiros conquanto. O texto, inserido em obra de mesmo nome, que reúne, no total, 22 contos, foi adotado, junto de seu conjunto, pelo Programa Nacional Biblioteca da Escola – PNBE – em 2009. Depois da polêmica, em 2010, em torno de Caçadas de Pedrinho também de autoria de Lobato - foi a vez de Negrinha, em 2012, suscitar indagues acerca do cunho racista contido em sua narrativa, bem como novamente ferventar as suspeitas sobre as ideologias racistas apregoadas pelo próprio autor – em suas linhas/entrelinhas literárias e fora delas. Monteiro Lobato era racista? Ou o ethos racista, presente em seu discurso literário, evocaria apenas estilo e ecoaria o contexto de seu tempo? Embora a discussão acerca da relação entre as possíveis ideologias do autor e de seu ethos narrativo figurem debate interessante e necessário a um país que se quer – ou assim o finge - por uma democracia racial, almeja-se, no entanto, na breve análise semiótica que se fará deste conto, abandonar-se maiores delongas em relação à temática racista contida em Negrinha. Deseja-se, em meio a uma narrativa, quase que toda ela, inundada por cenários de violência, repressão, reificação, coisificação do negro, colher o único momento de ternura vivido pela personagem. Seu desabrochar como gente. A eclosão do sentir. O exato instante em que ela se percebe também possuidora de uma alma. A leitura, portanto, se dará por uma semiótica do sensível, sob amparo, em especial, de lupa greimasiana, em que sua obra Da Imperfeição (1987) será o guia maior para esta reflexão ligeira. 71 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 ANTIGUIDADE GREGA E CONTEMPORANEIDADE BRASILEIRA: O PROCESSO DE DIDATIZAÇÃO DOS CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS Gilmar Ramos da Silva Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira Universidade Federal do Tocantins – UFT Este artigo se propõe a apresentar um breve histórico sobre a formação da gramática visando auxiliar a compreensão sobre a situação atual dos conhecimentos linguísticos em nosso país. Para isto, com base principalmente em Neves (1987) e em Silva (1996) é realizado um breve percurso sobre a formação do conhecimento linguístico na história do Ocidente, desde as primeiras e fragmentárias reflexões sobre a linguagem entre os gregos até a sistematização dos conhecimentos gramaticais iniciada pelos filósofos clássicos e sistematizada de forma mais cabal pelos estóicos. Na sequência é apresentado, em linhas gerais, o processo de constituição da disciplina língua portuguesa no Brasil, enquanto componente curricular, a partir principalmente dos estudos de Soares (2002) e Razzini (2000); e são apontadas, ainda, as principais formas de didatização dos objetos de ensino originários do trivium exercido no latim medieval. Por fim, através do cotejamento da história da formação do conhecimento gramatical no ocidente e da história da disciplinarização da língua portuguesa no Brasil são evidenciados alguns problemas relacionados ao complexo e transdisciplinar processo de didatização (SIGNORINI, 1998; ROJO, 2008) do conhecimento gramatical ao ensino de língua materna na atualidade, o que constitui, na visão do autor deste artigo, um primeiro passo (ainda que não suficiente) para a superação do problema do ensino de língua materna, ainda hoje em grande medida calcado no modelo na perspectiva clássica da tradição gramatical. UM PASSEIO PELAS INTERMEDIAÇÕES ENTRE LITERATURA E ARTES VISUAIS Gislãne Gonçalves Silva Universidade Federal do Tocantins - UFT A relação, o contato entre literatura e pintura é antigo, porém seu estudo não tem feito jus a atenção que essa relação merece. As influências da literatura na pintura e vice e versa associam-se ao recurso retórico clássico da ekphrasis. Nem sempre a relação entre esses dois campos foi amistosa. Por exemplo, na França, do século XVII ao XIX, a literatura tinha um status superior ao da pintura, porém há momentos em que a pintura serviu de base para a literatura. 72 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 Estabelecer relações homológicas entre a literatura e outros campos do saberes nem sempre foi bem interpretado pelos estudos literários. O Formalismo Russo, o New Criticism, o Estruturalismo etc. empregavam abordagens intrínsecas ao texto, ou seja, o texto literário era tratado como autônomo e auto-suficiente. Logo, os estudos que buscavam relacionar a literatura com a psicologia, sociologia, politica, pintura entre outros possuíam valor questionável, pois buscavam explicações extrínsecas ao texto. Estes estudos eram tidos como formas de erudição e não de interpretação. Por outro lado, nos estudos interarte desenvolvidos por Claus Clüver e outros, contemporaneamente, estabelecer a relação entre a literatura e as artes visuais enriquece o texto, mas, sobretudo o conhecimento do leitor. Pois este começa a lidar com sistemas de linguagens distintos. O estudioso, nesta aproximação, encontraria o que José Aguinaldo Gonçalves chama de equivalências homológicas e através delas é possível destacar as “diferenças de operacionalização”. Diante do exposto, essa comunicação pretende relatar como acontecia e acontece a relação entre literatura e artes visuais, bem como a contribuição de tal relação para o conhecimento de mundo do leitor. CONSUMO CONSCIENTE – UMA EXPERIÊNCIA DA PERSPECTIVA CRÍTICA NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NOS ANOS FINAIS Giuliana Castro Brossi UEG – UnU Inhumas Este trabalho visa relatar uma experiência de ensino com base na perspectiva crítica de ensino de língua estrangeira, especificamente, na proposta de letramento crítico de línguas (MENEZES DE SOUZA, 2011; JORDÃO; FOGAÇA, 2007), realizada em turmas de 7º ano de uma escola municipal em Anápolis, GO, em setembro/2013. Realizei uma oficina temática (consumo consciente) no decorrer de três aulas, com o objetivo de exercitar a criticidade dos alunos, promovendo uma reflexão acerca do tema e conscientização a respeito das consequências do consumismo para o indivíduo e a sociedade. Foram apresentados vídeos, propagandas e textos em inglês no decorrer das aulas, além de atividades e discussões para debate do assunto. Os instrumentos de coleta dos dados foram a gravação das aulas, notas de campo da professorapesquisadora, questionário e entrevistas semiestruturadas com os alunos. Nesse artigo apresento a forma como a oficina temática foi trabalhada e as percepções dos alunos a respeito do tema e das aulas. 73 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 CRENÇAS E AÇÕES DE UMA PROFESSORA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA (INGLÊS) SOBRE O PLANEJAMENTO DE CURSO Giuliana Castro Brossi UEG – UnU Inhumas O presente artigo apresenta os resultados de um estudo de caso realizado em uma cidade de médio porte no interior de Goiás a respeito das crenças de uma professora de 7º ano, de escola pública, a respeito do planejamento de curso. A pesquisa fundamenta-se nos estudos sobre crenças de Barcelos (1995, 2000, 2007), Vieira Abrahão ( 2004), Almeida Filho (2003, 2005, 2008) e Woods (1996), além de Ur (1991), Harmer (1991) e Watson-Gegeo (2004), que embasam o construto de planejamento, reflexão e ação. Os objetivos da pesquisa foram levantar as crenças da professora sobre o planejamento de curso, analisando possíveis relações entre suas crenças e ações, e caracterizar o planejamento de curso da professora. A coleta dos dados foi realizada por meio de observação e gravação das aulas, notas de campo, questionário, entrevistas semiestruturadas, narrativa, sessões de visionamento e análise do planejamento de curso da professora. Os resultados demonstraram a influencia das crenças no planejamento de curso e nas ações da professora, revelando um planejamento tradicional, cíclico e gramatical, com foco no vocabulário. CONCEPÇÕES DE LÍNGUA, CULTURA E IDEOLOGIA DE DOCENTES DE LÍNGUA INGLESA NO PARFOR Glauciléia Fontoura Nabarro Luiza Helena de Oliveira da Silva Universidade Federal do Tocantins Considerando a complexidade que envolve o ensino de línguas estrangeiras em um contexto regional carente de docentes habilitados para exercer tal papel, iremos apresentar uma pesquisa voltada para a análise de relatos orais da história de vida e formação de docentes de Língua Inglesa. Privilegiamos professores da rede pública que ingressaram em regime semipresencial no PARFOR (Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica) ofertado pela Universidade Federal do Tocantins, mais especificamente integrantes da turma C, matriculados em 2010, com habilitação em LetrasInglês. A pesquisa teve como objetivo analisar relatos autobiográficos oriundos de entrevistas produzidas com quatro docentes da referida turma. Tomando como subsídio teórico categorias da semiótica discursiva, tais como: concepção de ideologia, formações discursivas e ideológicas e processos de tematização e figurativização, aliadas à metodologia da produção de dados fornecidos pela 74 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 História Oral, analisamos as recorrências e reiterações no dizer dos docentes em formação destacando aspectos concernentes à escolha da profissão, analisando as particularidades e regularidades dos dizeres, procuramos compreender concepções de língua, cultura, interculturalidade e filiações ideológicas, que dizem respeito a relação de poder, conceitos e preconceitos de ensinar e aprender uma língua estrangeira. Este trabalho vincula-se às pesquisas desenvolvidas junto ao GESTO – Grupo de Estudos do Sentido – Tocantins, e conta com o apoio da CAPES. POLÍTICAS PÚBLICAS PARA LEITURA NO BRASIL: A EDUCAÇÃO INDÍGENA Haywmmy Priscilha Silva Paladim Sampaio Universidade Federal do Tocantins As políticas públicas buscam atender a demandas, principalmente dos setores marginalizados da sociedade, considerados como vulneráveis. A educação indígena é um direito assegurado.aos povos.indígenas pela Constituição Brasileira de 1988, que estabelece no caput do artigo 210 que: "Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais." Com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em 1996, a legislação brasileira reconhece em definitivo os saberes indígenas e preconiza sua inclusão nos currículos das escolas públicas e privadas buscando valorizar sua diversidade cultural, reconhecendo ao mesmo tempo que os processos próprios de aprendizagem dos indígenas precisam ser considerados pela escola e propondo a elaboração de currículos diferenciados. Deste modo, este trabalho pretende passar em revista, brevemente, as políticas públicas nacionais para a educação indígena, desde a Constituição e o lançamento do Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas (1998) até hoje, recuperando seus antecedentes, evidenciando os desafios e avaliando a situação atual da educação indígena e suas perspectivas a partir dos documentos oficiais, pesquisas e dados estatísticos. Apresentaremos resultados parciais do subprojeto vinculado ao projeto de pesquisa em andamento Mapeamento de Políticas Públicas no Tocantins (sob coordenação da professora Valéria da Silva Medeiros - UFT) que tem como objetivo investigar, sistematizar e dar visibilidade às políticas públicas de leitura no estado. 75 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 ÁFRICA: A RELAÇÃO DO HOMEM COM O DIVINO EM OS FLAGELADOS DO VENTO LESTE Hélio Márcio Nunes Lacerda Universidade Federal do Tocantins - UFT O presente trabalho objetiva socializar uma experiência de leitura numa perspectiva comparativista entre um romance africano e o Livro de Jó. A produção literária africana experimenta um momento de florescimento considerável em que muitos autores tem galgado vultoso espaço no cenário internacional, mais especificamente entre os países lusófonos, mostrando a diversidade e a riqueza africanas no que diz respeito à cultura, aos costumes e a produção literária de modo geral, consagrando autores como Pepetela, Chimamanda Adichie, Mia Couto, dentre outros. A nossa proposta de análise da obra Os Flagelados do Vento Leste (1979), de Manuel Lopes, escritor caboverdeano, nascido em São Vicente no início do século XX, discute a relação de alteridade do homem com o Divino, mediada pela crença/superstição/fé, tendo esse elemento como o epicentro norteador da nossa análise. Pelo caráter interdisciplinar do presente trabalho, mobilizamos o discurso interbíblico para ponderar comparativamente o Livro de Jó, e o livro de Hebreus, mais especificamente o capítulo 11, conhecido como “A galeria dos Heróis da Fé” com o romance africano, o que não nos impediu, quando preciso, de buscar outros textos para subsidiar o nosso dizer. Ressaltamos, ainda, que a nossa análise procurou relacionar o estudo da literatura africana neorrealista ao contexto do ensino de literatura numa perspectiva interdisciplinar. ENGLISH TEACHING PRACTICE: UMA PROPOSTA REFLEXIVA Hélio Márcio Nunes Lacerda Universidade Federal do Tocantins - UFT O presente trabalho objetiva compartilhar relatos auto-reflexivos promovidos em aulas para alunos do ensino médio de uma escola particular na cidade de Araguaína-TO, correspondendo à prática pedagógica do professor na disciplina de Língua Inglesa. Esta comunicação consiste na apresentação dos dados coletados por meio de um questionário dialogado estabelecido entre os alunos e o professor da referida disciplina, a fim de avaliar sua prática pedagógica em sala de aula, bem como estabelecer um momento auto-reflexivo em relação ao papel do aluno e do professor no processo de ensino/aprendizagem. É durante esse momento que as trocas de experiências serão evidenciadas e socializadas por meio da interação aluno/professor. Medina e Domingues (1989 apud 76 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 García, 1999) acrescentam à formação a função de desenvolver no professor um estilo crítico e reflexivo de ensinar, um estilo que o torne capaz de avaliar continuamente a sua prática pedagógica e os resultados obtidos por ela. Além disso, espera-se que esse professor seja capaz de operar mudanças no percurso traçado, sempre que necessário, a fim de promover uma “aprendizagem significativa” para os alunos, uma aprendizagem que constitua-se em resposta para os questionamentos, interesses e necessidades reais do aluno. Os resultados apontam uma considerável produtividade em relação à prática através de atividades como a descrita a cima. UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS: POLÍTICAS DE INCLUSÃO INDÍGENAE SEUS REFLEXOS NAS EXPERIÊNCIAS ACADÊMICAS Iracy Martins de Amorim Carlos Alberto Moreira de Araújo Junior Carlos Wiennery da Rocha Moraes Universidade Federal do Tocantins - UFT Este estudo, em fase inicial, busca problematizar as políticas de inclusão indígenas e seus reflexos nas experiências desses sujeitos, na Universidade Federal do Tocantins (UFT). Objetivamos analisar como as políticas de inclusão indígena se materializam nas experiências desses acadêmicos, vivenciadas no processo de formação. Nesse sentido, daremos voz aos discentes a fim de emergir escutas que contribuam para uma melhor receptividade e adequação, desses sujeitos, nesse processo, uma vez que essa comunidade indígena, historicamente, foi injustiçada e ficou excluída da civilização urbana. A metodologia consiste, primeiramente, na pesquisa de campo na UFT, pelo período de 3 (três) meses para observarmos os movimentos acadêmicos no que toca a essa temática. Após, partiremos para observação participante, em sala de aula. Na oportunidade, faremos uso de ficha-roteiro para registrarmos a relação entre professores, alunos indígenas e não indígenas e, assim, delinearmos o questionário semi-estruturado a ser aplicado aos sujeitos da pesquisa. As indagações serão abertas e fechadas. De posse do questionário aplicaremos perguntas a 20 (vinte) acadêmicos indígenas. Para complementar, entrevistaremos os professores para compreendermos como esses profissionais contribuem nessa temática, nas aulas expositivas. Os dados terão como finalidade buscarmos resultados que nos façam conhecer as dificuldades enfrentadas, por acadêmicos indígenas, no processo de formação, assim como, os desafios provocados, em razão do impacto e contraste da cultura indígena e a vida que esses sujeitos experienciam na capital de palmas. 77 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 O LETRAMENTO LITERÁRIO NO ENSINO MÉDIO ATRAVÉS DA RELAÇÃO ENTRE LITERATURA E PINTURA EM CONTOS DE MACHADO DE ASSIS Isaquia dos Santos Barros Franco André Cordeiro Universidade Federal do Tocantins - UFT A partir do pressuposto que o letramento literário torna se cada vez mais indispensável para a formação dos alunos de um modo geral, é necessário que se incorporem ao ensino de literatura nas escolas, outras formas de ler que possam embasar esse processo. Nessa perspectiva, a presente pesquisa tem por finalidade propor uma reflexão acerca das possibilidades de se promover o letramento literário por meio de vivências e práticas de interação do leitor com o texto literário, intermediadas pela relação entre literatura e pintura. Por serem dois tipos de linguagens que aliadas proporcionam aos alunos adquirir uma visão crítica em relação às outras linguagens nosso enfoque será sob a Teoria da Complexidade. Inicialmente problematizamos o ensino atual de literatura, considerando o fato de que a escola não tem conseguido formar leitores literários. A partir daí pretendemos construir uma ponte entre Literatura e Pintura procurando evidenciar a importância dessa relação para a promoção do letramento literário. Por fim, apresentamos uma proposta de letramento literário para o ensino de literatura no nível médio, tendo como foco a relação entre literatura e pintura. Par tanto, utilizaremos como corpus literário, contos do escritor Machado de Assis. Isto, posto, entendemos que por meio de um trabalho interdisciplinar uma arte enriquece a outra, já que associadas a literatura e a pintura proporcionam a informação criando conceitos a partir do que visualizamos. Por isso mesmo essa relação pode ser uma ferramenta bastante eficaz para a promoção do letramento literário no ensino médio. (IN) SUCESSO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA EM UMA ESCOLA RURAL EM PORTO NACIONAL - TO Jailson Chagas Miranda Suiane Francisca da Silva Universidade Federal do Tocantins - UFT Este trabalho é um estudo de caso feito em uma escola da zona rural da cidade de Porto Nacional – TO, onde os alunos do 9º ano do ensino fundamental foram os autores pesquisados desse projeto. Para melhor entender o processo de ensino-aprendizagem no que tange o sucesso desses escolares, fizemos uma pesquisa de campo, onde com o suporte de um questionário aplicado e logo 78 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 recolhido as narrativas dos alunos, analisamos os dados e confrontamos com teorias que abordam as perspectivas do ensino do campo, aquisição de uma segunda língua e motivação de aprendizagem. Uma das principais temáticas aborda o sucesso quando se diz respeito ao processo de ensino-aprendizagem destes alunos da série mencionada. Este trabalho será apresentado como artigo final do meu curso de graduação – Letras em habilidade dupla: LI e Língua Portuguesa e suas respectivas Literaturas da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Campos de Porto Nacional. Dessa forma, apresentaremos através do ato de pesquisa, o falso estereótipo de que o aluno da escola rural só aprende aquilo que está diretamente ligado ao campo, sendo o foco principal desta pesquisa, o desenvolvimento da aprendizagem de língua inglesa em um ambiente pouco favorável, visto que os alunos encontram barreiras maiores do que os alunos da zona urbana. Embora as dificuldades nas escolas de zona rural são encontradas com mais ênfase do que as demais escolas da cidade, é possível trabalhar com qualidade e obter dos alunos, o resultado esperado. Resultado que por sua vez, motiva e engrandece o conhecimento de todos os atores do processo ensino-aprendizagem. De acordo com Arroyo (2006), a dialética da igualdade e da diversidade evidencia elementos básicos e comuns a todos os sujeitos sociais: a unidade na diversidade. Mas também indica as diferenças entre o campo e a cidade. E, neste contexto, o sujeito social do campo, unido pela utopia, é capaz de mudar ou assegurar o direito para o conjunto de seus pares. Além disso, os sujeitos sociais do campo possuem uma base sócio histórica e uma matriz cultural diferente, o que os faz demandantes de políticas públicas específicas. A IMPORTÂNCIA DO WARM UP NAS AULAS DO CECCLA Jailson Chagas Miranda Thaynara Gomes Suiane Francisca da Silva Universidade Federal do Tocantins - UFT Este trabalho tem como tema central A importância do Warm Up nas aulas do Centro de Estudos Continuados em Letras, Linguística e Artes, (CECLLA).O trabalho trará relatos das experiências com a utilização desta técnica pelos palestrantes, assim como será feita uma amostra teóricas da sua utilização com os participantes que estiverem inscritos. O Warm Up é uma técnica que visa prender a atenção do aluno e instigá-lo de forma rápida a respeito do tema que será abordado na aula. Tal técnica desperta a curiosidade e o interesse do aluno pelo assunto a ser estudado, pois liga-o com o conhecimento que ele já tem registrado na memória profunda. Segundo Kleiman (1989, p.15-17) temos três tipos de memória: imediata, rasa ou intermediária e profunda ou de longo 79 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 prazo. A internalização de conteúdos novos se daria com mais eficácia quando se recupera o conhecimento anterior que está armazenado na memória profunda, tornando-o disponível na memória rasa ou intermediária, facilitando sua ligação com a informação nova. Infelizmente poucos são os professores que se utilizam dessa técnica em suas aulas, tentando apresentar o novo conteúdo prematuramente, sem que os alunos estejam prontos para recebê-lo. Dessa forma o Warm Up, além de ser uma ótima técnica para fazer com que as aulas fiquem mais interessantes para o aluno, faz com que o conteúdo seja aprendido de forma mais interativa, visto que o aluno não será apenas um sujeito passivo, mas estará participando ativamente próprio processo de ensino-aprendizagem. O PROCESSO DE RETEXTUALIZAÇÃO DO MITO DE TYRKRẼ NA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA KRAHÔ DA ALDEIA MANOEL ALVES Jane Guimarães Sousa Universidade Federal do Tocantins - UFT Os Krahô vivem numa área de aproximadamente 320 mil hectares, situada entre os municípios de Itacajá e Goiatins. Esse povo fala a língua Krahô e faz parte da Família Linguística Jê e do tronco Macro- Jê (RODRIGUES, 1986). Nesta comunicação, apresentaremos alguns resultados da nossa pesquisa de mestrado destacando como a Educação Escolar Indígena Krahô da aldeia Manoel Alves está contribuindo para o processo de registro e manutenção do mito de Tyrkrẽ. Para a análise do resultado, apresentamos uma análise preliminar do processo de retextualização dos textos produzidos pelos alunos sobre o mito de Tyrkrẽ. Para a elaboração deste estudo, apoiamo-nos nas bases teóricas dos mitos, retextualização e educação escolar indígena. A abordagem metodológica se pautou na pesquisa qualitativa de cunho etnográfico com observação participante. Os resultados de nossa pesquisa apontam que, nos domínios escolares Krahô, a língua predominante é a língua materna e que o português é adquirido como segunda língua e que a Educação Escolar deste povo está levando os velhos conhecedores dos saberes tradicionais para narrarem os mitos Krahô em sala de aula e, assim, os professores, por meio de suas práticas pedagógicas, solicitam aos alunos Krahô que produzam textos referentes a esses mitos. Com base nessas práticas pedagógicas, os alunos Krahô estão registrando o mito de Tyrkrẽ sob diferentes óticas textuais: oral, visual e escrita. 80 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 EXPERIÊNCIAS DO PROGRAMA DO OBSERVATÓRIO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA KRAHÔ/CAPES/INEP/UFT Joilda Bezerra dos Santos Raylon da Frota Lopes Rosiane Silva Pereira Universidade Federal do Tocantins - UFT O Programa do Observatório da Educação tem como objetivo apoiar a realização de projetos de pesquisa em ensino e educação escolar dos povos indígenas. No momento o foco da pesquisa esta direcionado ao povo Krahô, mas especificamente o povo Krahô da Aldeia Manuel Alves Pequeno, próxima à cidade de Itacajá–TO. O projeto é coordenado pelo Prof. Dr. Francisco Edviges Albuquerque que conta com a colaboração de bolsistas de doutorado, mestrado e graduação e principalmente com o corpo docente da aldeia, assim como toda a comunidade local. O programa está voltado para a produção e organização de materiais didáticos linguísticos produzidos pelos professores indígenas da comunidade Krahô, com o intuito de contribuir para a revitalização da língua e cultura. Nosso foco volta-se para a produção de materiais didáticos nas áreas sociais e geográficas com objetivo de compreender como se dar à organização social e espacial do povo Krahô, além de contribuir com o fortalecimento dessa rica cultura que a cada dia vêm sendo enfraquecida pelas mudanças advindas da sociedade não indígenas. Como bolsistas deste Projeto, absorvermos muitos conhecimentos e experiências, tanto teóricas como praticas, desde o inicio dos estudos até as visitas em campo. Portanto as rodas de estudos juntamente com as duas visitas técnicas contribuíram para evolução da equipe como pesquisadores e abriu as portas para vivenciamos outra cultura diferente dos povos civilizados. A POESIA COMO INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DO ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA Josefina Maria Batista Neta Simone Cristina Bonatto Poetizar é uma atividade fascinante, expressa os mais lindos sentimentos, enxerga além da realidade, enfim, é a voz da alma. Um princípio de vida que acompanha o homem por décadas registrando e revigorando o poder das palavras, daí a importância de se preservar a literatura e a poesia, pois se corre o risco de perder a própria identidade cultural. Desconhecem-se as possibilidades da exploração da poesia e do próprio papel da arte, uma vez que o universo poético é extremamente significativo para a aprendizagem, pois 81 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 auxilia no desenvolvimento da sensibilidade, da imaginação e da criatividade do aluno. Neste âmbito educacional, vale ressaltar as dificuldades do ensino fundamental referente à temática leitura e a escrita. Desta maneira, a poesia vem de encontro aos anseios de ensino-aprendizagem como um instrumento relevante a prática escolar, o que se faz necessário refletir sobre sua pouca atuação nas escolas, não recebendo o valor merecido, além da forma como vem sendo explorada. É imprescindível assim, destacar que não se vê mais o ensino da poesia na escola, esquece-se que através deste tipo de atividade em sala de aula pode-se estar alimentando o prazer para a leitura e possibilitando a fruição da sensibilidade para a construção de um mundo diferente, mais humanizado. Faz-se necessário assim, que o professor assuma esse desafio de trabalhar o novo, desafiando a própria razão, levando o aluno a mergulhar nesse mundo maravilhoso do texto poético, como forma de se expressar, reivindicar, ler o mundo e dar sentido a ele. PARA QUE SERVE O ESTUDO DO LÉXICO DE UMA LÍNGUA? Karylleila Andrade Universidade Federal do Tocantins - UFT Esta comunicação tem como objetivo difundir e divulgar para que serve os estudos do léxico de uma dada língua. Pretendemos alcançar com esta apresentação os alunos da graduação dos Cursos de Letras. Além disso, intencionamos também divulgar os estudos e pesquisas na área do léxico na Universidade Federal do Tocantins. O léxico, como repositório de unidades lexicais e reflexo da cosmovisão de uma dada realidade, é o que mais nitidamente, na leitura de Sapir (1984), reflete o ambiente físico e social dos falantes. São três as disciplinas que têm o léxico como objeto de estudo, com abordagens diferentes: a Lexicologia, a Lexicografia e a Terminologia. A primeira pode ser compreendida como o estudo científico do léxico. Tem como uma de suas tarefas examinar as relações do léxico de uma dada língua com o universo natural, social e cultural, a transposição de uma realidade infinita e contínua a um número de lexias. Procura abordar a palavra como instrumento de construção e detecção de uma cosmovisão, de um sistema de valores, como geradora e reflexo de recortes culturais. A segunda tem na linguagem sua ciência de base e sua finalidade é a denominação dos objetos criados no universo que se utiliza da linguagem científica, ou linguagem de especialidade. A terceira se encarrega dos problemas teóricos e práticos da produção de dicionários. A toponímia é uma disciplina que vem despontando na área do estudo do léxico no país. Os estudos toponímicos, dentro do alcance pluridisciplinar de seu objeto de estudo, constituem um caminho possível para o conhecimento do modus vivendi das comunidades linguísticas, 82 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 que ocupam ou ocuparam um determinado espaço. Quando um indivíduo ou comunidade linguística atribui um nome a um acidente humano ou físico, revelam-se aí tendências sociais, políticas, religiosas, culturais. DO TEXTO À IMAGEM: REFLEXÕES SOBRE O NARRADOR EM “O ENFERMEIRO” Kátia Carvalho da Silva CESI/UEMA –GELITI Em “O enfermeiro”, de Machado de Assis, o protagonista e também narrador relata sua experiência e percalços por assumir a função de enfermeiro de um idoso. Centrando no mundo psicológico deste protagonista, o conto disseca a alma humana, revelando suas asperezas: o pessimismo, os conflitos e a ambição. Partindo desta narrativa, o objetivo desta proposição de estudo é analisar como o narrador deste texto vem a ser transportado para a linguagem cinematográfica, tendo em vista a adaptação de Maurício Farias. Sabendo-se que este narrador é marcado pela ironia, dissimulação e esperteza, o desejo é investigar como os dispositivos da construção cinematográfica leem estas características, além disso, a intenção é também perceber de que forma o mundo interior desta personagem vem a ser contemplado na tela. Para tanto, este trabalho se pauta nos estudos contemporâneos sobre a adaptação cinematográfica, sobretudo aqueles que a entendem como uma possibilidade de leitura da obra literária, buscando ressignificá-la, tendo em vista os exercícios dialógicos do cineasta e também do leitor. São referências para esta proposta os estudos de Bakthin, Robert Stam, Linda Hutcheon, José Avellar , Randal Johnson, entre outros. CONSTRUINDO SABERES ENTRE LÍNGUA INGLESA E CULTURA Kellen Lucy Miliane Moreira Cardoso Vieira Universidade Federal do Tocantins Esta pesquisa está ligada a projeto Brasil-Estados Unidos: construção de saberes interculturais, e pretende analisar as oficinas apresentadas pelas ETA, que se encontram na UFT campus de Araguaína. Como objeto de pesquisa principal está o blog Brazil and the United States: An Intercultural Exchange in Araguaína, onde são publicadas todas as oficinas que as ETAs oferecem para os alunos do campus. Tendo como foco as oficinas que abordam assuntos relacionados à cultura, estamos coletando dados através dos comentários 83 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 respondidos pelos alunos que assistem estas oficinas e das reações dos mesmos ao assistirem as oficinas sobre cultura. Logo após o recolhimento dos dados serão produzidos trabalhos que abordarão estes dados e análises, que contribuirão para desmistificações de vários estereótipos relacionados à cultura. Estereótipos estes que são muito comuns nas aulas de inglês, principalmente quando o assunto é cultura. Estes dados assim como as oficinas serão apresentados aos professores da língua inglesa das escolas estaduais e municipais de Araguaína, pois esse programa de extensão envolve a comunidade acadêmica (que está adquirindo conhecimento com as oficinas) e o público externo (professores da LE de Araguaína) fazendo com que dificuldades sejam superadas pelos alunos de Letras e para que haja uma maior qualificação dos professores atuais. Este trabalho dará continuidade às demais pesquisa que já estavam em vigência. A pesquisa se estenderá até dia 01 de agosto de 2014, quando os dados gerados juntamente com o trabalho de conclusão serão apresentados. O CECLLA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA FORMAÇÃO INICIAL E AQUISIÇÃO DA PROFICIÊNCIA DE DUAS ACADÊMICAS DO CURSO DE LETRAS DA UFT: UM ESTUDO DE CASO Ketlly Rayanne Gomes da Silva Universidade Federal do Tocantins Este trabalho tem o objetivo de pontuar as contribuições do projeto de extensão, CECLLA - Centro de Estudos Continuados em Letras, Linguística e Artes, na formação inicial e na aquisição da Língua Inglesa de duas alunas da UFT de Porto Nacional. Criado pelo corpo docente da UFT de Porto Nacional, o CECLLA é um projeto que permite que os acadêmicos de Letras trabalhem como monitores de Língua Inglesa e/ou Francesa e Espanhola, ensinando estes idiomas para os acadêmicos em geral e também para as pessoas da comunidade de Porto Nacional e cidades circunvizinhas. O referido projeto possibilita aos envolvidos, além do desenvolvimento de suas competências linguística, pedagógica e metodológica, conhecerem a realidade da sala de aula, através da reflexão sobre suas próprias práticas. E, de acordo com a pesquisa realizada, isso é primordial na formação docente e na preparação do professor para que este esteja mais apto a assumir seu lugar e contribuir com a melhoria da qualidade da Educação Básica no nosso país. Para a coleta das informações durante o estudo, foram aplicados questionários às participantes, e realizadas observações em loco, sendo que depois os dados foram analisados à luz das teorias de grandes teóricos, como Wallace (1991), Moita Lopes (1996), Dewey (1959) e Schön (1987). Esta pesquisa qualitativa tem ainda como finalidade divulgar e socializar nossas experiências com outros 84 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 profissionais da educação e/ou entidades que estiverem enfrentando problemas com a formação docente para que estes também tenham a possibilidade de transformar estas respectivas realidades e, ainda, discutir novas possibilidades de ação e novos meios para a solução dos nossos problemas relacionados à formação do professor de línguas. LANGUAGE LEARNING PROJECT: IMPROVING LISTENING PROFICIENCY Ketlly Rayanne Gomes da Silva Universidade Federal do Tocantins This project aims at presenting the results of a survey developed about my difficulty with the listening ability. This project was proposed by our Professor of English Language in order to make us reflect on our learning and the potential of development in the English language if the apprentice develops a more autonomous learner behavior. During the beginning of the research I realized that, among the four skills, listening was the one that I needed to improve more, because I must have a good knowledge of the sounds and be able to understand the native speaker better. Thus, my goal was to understand a bit of the listening skill, as well as present my conceptions about this skill and its importance for students and English language teachers in general. To corroborate my opinions I have used theories from authors of the Applied Linguistic area such as Byrnes (1984), Brown (2007) and Richards (1990). Data collection was through audio-lingual activities in which I set out several listening activities to improve this skill and also to understand what is my real progress on this issue. The analysis was performed based on reflections on my difficulties and on what I have learned when developing these activities. POLÍTICAS PÚBLICAS DE LEITURA NO BRASIL NO PERÍODO DE 1964 - 1985 Laylla Gabriella Alencar de Sá Universidade Federal do Tocantins Esta comunicação pretende apresentar o projeto aprovado pelo Comitê PIBIC – UFT em 2013, cujo objetivo geral pode ser definido como analisar, problematizar e contextualizar historicamente o conjunto de políticas públicas para o livro e a leitura implementados no Brasil no período de 1964 – 1985. Mais especificamente, o projeto prevê a leitura, análise e problematização das fontes ( decretos e outros documentos ) produzidos no período em questão acerca das políticas públicas no Brasil e pesquisas sobre o assunto. A natureza 85 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 interdisciplinar da pesquisa demanda, além da apreensão dos conceitos e reflexões sobre as políticas públicas para a leitura no Brasil a partir de 1964, a leitura e análise de textos referentes ao quadro político, econômico e social do período histórico em questão, bem como alguma leitura daquele que lhe é anterior (particularmente a criação do Instituto Nacional do Livro na Era Vargas, de 1937-1954, primeira iniciativa neste âmbito no Brasil) de forma a permitir a desejada problematização e comparação do alcance dessas iniciativas dentro do quadro geral das PPL no Brasil – como projeto vinculado ao projeto da orientadora, profa. Valéria Medeiros/UFT, a saber, “Mapeamento das Políticas Públicas de Leituras no Tocantins”, cadastrado na Pró-Reitoria de Pesquisa desta instituição. REFLEXÕES ACERCA DO ENSINO DE LÍNGUA MATERNA: MATERIAL DIDÁTICO E ABORDAGEM GRAMATICAL Layssa de Jesus Alves Duarte Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira Universidade Federal do Tocantins - UFT Os questionamentos surgidos nos últimos tempos acerca do ensino de gramática são úteis para as reflexões a respeito do ensino de língua materna. A questão principal que rodeia discussões nesse sentido se vincula à validade e utilidade da abordagem gramatical para propiciar aos estudantes um melhor desempenho no uso de suas potencialidades linguísticas. O problema principal, é imprescindível destacar, não se refere ao uso da gramática como um dos meios de ensinar língua materna, mas sim a como a abordagem gramatical se tem dado no ensino básico. O ensino da disciplina gramatical não deve ser descartado, como muito se tem defendido ultimamente, porém, é inconcebível que o ensino de língua portuguesa tenha como motivação a mera classificação ou apreensão de termos em frases soltas e isoladas de contexto. O ensino de língua materna deve considerar a perspectiva textual como meio de propiciar ao aprendiz a apreensão de sentidos e o gosto pela leitura, levando-o a aperfeiçoar suas habilidades de escrita e de compreensão e interpretação textuais. Paralelamente a isso, faz-se necessário o estudo da disciplina gramatical, visto que é essencial ao estudante ter conhecimento acerca de todas as modalidades linguísticas, inclusive e principalmente a padrão. Nesse sentido, não há como negar a necessidade de mudanças na abordagem gramatical que vêm sendo utilizada. Evidencia-se, assim, a necessidade da produção de materiais didáticos que auxiliem professor e aluno, objetivando e viabilizando o ensino de gramática. É importante ressaltar que a produção de materiais didáticos por si só não é o bastante para tornar o ensino de língua materna 86 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 mais produtivo, visto que a abordagem da língua é um conjunto de elementos dos quais o material didático faz parte, mas não significa o todo. MEMÓRIAS DE PROFESSORES EM RELATOS AUTOBIOGRÁFICOS – FIGURAS DA VIDA ESCOLAR Leane Araujo de Oliveira Luiza Helena Oliveira da Silva Universidade Federal do Tocantins - UFT Este trabalho consiste na apresentação de resultados finais da pesquisa voltada para a análise de relatos orais que envolvem a história de vida e de formação de professores matriculados em um curso de licenciatura em Letras, em regime semipresencial, ofertado pela Universidade Federal do Tocantins, em atendimento ao PARFOR (Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica). De acordo com suas diretrizes, esse plano busca enfrentar o desafio da qualificação docente pela oferta de cursos de graduação a professores que atuam na Educação Básica sem terem obtido diploma de curso superior ou ainda que necessitem de uma segunda licenciatura. Inserido num projeto maior relacionado à memória dos docentes na perspectiva do discurso, vinculado ao GESTO (Grupo de Estudos do Sentido – Tocantins), este trabalho apresenta como recorte a análise da representação da escola e da própria formação na fala de quatro professoras da rede pública da cidade de Aragominas, norte do Estado. Tomando como subsídio teórico a semiótica discursiva aliada à metodologia da produção de dados fornecida pela História Oral, consideramos que essa representação pode ser encontrada na reiteração de percursos temáticos e figurativos que apontam para o modo como a escola e a formação são “vistas” pelos docentes em seus depoimentos e, desse modo, significam a própria formação em processo, suas expectativas, ao mesmo tempo em que materializam visões sobre a escolarização social e historicamente partilhadas. Assim, ao recuperar aspectos individuais que remetem à esfera da subjetividade, levamos em conta simultânea e dialeticamente a historicidade que atravessa e constitui o dizer. Nesse sentido, os depoimentos traduzem as dificuldades que incidem sobre processos de escolarização descontínua, a esperança relacionada à nova etapa de formação e a experiência da profissão vivenciada como conflito. Como objetivo geral, a pesquisa visa a contribuir para a compreensão de aspectos inerentes à formação de professores em serviço apontando para as singularidades que podem caracterizar o ensino no Norte do país. (Apoio CNPq). 87 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 ENSINO DA LÍNGUA MATERNA ATRAVÉS DO USO DO DICIONÁRIO EM SALA DE AULA Leane Araujo de Oliveira Universidade Federal do Tocantins - UFT Este trabalho consiste na apresentação das experiências vivenciadas dentro da sala de aula de uma escola da rede estadual de ensino da cidade de Araguaína, norte do Estado do Tocantins. O mesmo ocorreu durante as observações e regências da disciplina de Língua Portuguesa, onde foram analisados os resultados obtidos com a regência das aulas em que o principal instrumento de trabalho foi o dicionário de língua portuguesa. Considerando que o período que passamos dentro da sala de aula não é suficiente para a implantação de novos métodos de ensino, enfatizamos o trabalho com análises de textos onde os alunos obtivessem mais necessidades de consultar o dicionário. O sentido do texto faz com que o pensamento do aluno varie de acordo com o seu vocabulário, trabalhar com o dicionário pode vim a contribuir para que essa variação seja ainda mais ampla, estendendo ainda mais sua competência de adquirir novos conhecimentos. Ao final do trabalho comprovamos que o dicionário deve ser usado como uma ferramenta altamente didática, adequada a proporcionar subsídios essenciais sobre o léxico da língua portuguesa e de desenvolver a capacidade lexical dos alunos. PROVA BRASIL: NOVAS PERPECTIVAS DE ENSINONO CONTEXTO DE VELHAS PRÁTICAS Leicijane da Silva Barros Uagne Coelho Pereira Universidade Federal do Tocantins - UFT Neste trabalho serão apresentados aspectos do ensino de Língua Portuguesa em turmas de 5° e 9° anos do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio regular, tendo como foco a análise dos conteúdos e habilidades presentes nas Matrizes de Referência de Língua Portuguesa da Prova Brasil, sob a ótica das teorias linguísticas. Ao longo desse texto, contrastaremos a prática educacional, pautada nos referenciais pedagógicos, documentos oficiais do Ministério da Educação e na abordagem tradicional do ensino, com as habilidades a serem aferidas pela avaliação nacional nos seus diversos descritores. Apontaremos ainda como tem sido realizado o trabalho de algumas unidades escolares na preparação dos alunos para a realização dessa avaliação, que ocorre a cada dois anos, em anos ímpares, além de destacar o perfil dos profissionais da educação envolvidos nesse processo. O presente trabalho se valeu de entrevistas com 88 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 alunos e professores das escolas observadas, assim como também de investigações prévias em provas de anos anteriores e nos manuais disponibilizados pelo MEC. A relevância desse estudo residiu em analisar as competências de alunos e professores diante de questões que fogem da abordagem tradicional da gramática normativa ensinada nas escolas, permitindo-nos refletir sobre as teorias que embasam o ensino de língua na atualidade. A CONTRIBUIÇÃO DE ACADÊMICAS ESTAGIÁRIAS DO CURSO DE LETRAS- UFT PARA O PROCESSO DE LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL EM UMA TURMA DE 8º ANO Leomar Alves de Sousa Escola Estadual Vila Nova O processo de ensino e aprendizagem da prática de leitura e produção textual tem sido um debate constante entre professores atuantes nas redes de ensino e também entre acadêmicos nos cursos de licenciatura. Assim, no contexto universitário tocantinense, mais precisamente araguainense, as universidades encaminham semestralmente seus acadêmicos às escolas da rede pública de ensino para fazerem a investigação da prática pedagógica e estágio supervisionado na disciplina de língua portuguesa, entre outras. O objetivo principal desse processo é propiciar aos acadêmicos estagiários o contato com a realidade educacional e a prática pedagógica dos professores das unidades escolares para que este contato dê suporte à formação dos estagiários e futuros professores. Mediante este processo, realizou-se no início de 2012, a análise da atuação de uma dupla de estagiárias do curso de Letras da Universidade Federal do Tocantins, UFT, campus Araguaína, em turmas de 8º ano na Escola Estadual Vila Nova; evidenciando e discutindo as dificuldades e contribuições que estas deram à aprendizagem dos alunos no que se refere à leitura e produção textual. Durante o período de estágio, dando continuidade às aulas já ministradas pelo professor regente, as estagiárias orientaram os alunos na escrita e reescrita de crônicas, possibilitando a edição e publicação de uma coletânea de textos produzidos naquela turma; contribuindo significativamente à aquisição da escrita. A análise do trabalho realizado pela dupla de estagiárias, fundamenta-se em acompanhamento in loco às aulas ministradas pelas estagiárias no decorrer de sua atuação na referida escola e realização de pesquisa bibliográfica sobre autores cujas teorias se aplicam à formação de professores, ensino de leitura e produção textual. 89 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 REPRESENTAÇÕES DA TEMÁTICA HOMOAFETIVA NA LITERATURA INFANTIL BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA Letícia Carvalho Martins Rodrigo Gomes de Sousa Flávio Pereira Camargo Universidade Federal do Tocantins - UFT Nesta comunicação, temos como objetivo apresentar nossa proposta de pesquisa de Iniciação Científica, que tem como foco analisar questões diversas relacionadas ao gênero, à sexualidade e às identidades sexuais na literatura infantil e juvenil brasileira contemporânea, com o intuito de demonstrar: que as representações de gênero e de identidades sexuais, em nossa sociedade, geralmente são balizadas por uma concepção essencialista ou fixa da identidade; que as identidades sexuais não são fixas e estáveis, pelo contrário, elas são cambiantes e estão em constante processo de construção, pois “a identidade torna-se uma „celebração móvel‟: formada e transformada continuamente em relação às formas pelas quais somos representados ou interpelados nos sistemas culturais que nos rodeiam” (HALL, 2006, p. 12-13). Dito isto, esta pesquisa se justifica justamente em decorrência de uma necessidade de analisarmos, na literatura infantil e juvenil brasileira produzida nas últimas décadas, como ocorrem essas representações de gênero, de identidade e de diversidade sexual, e como elas têm ou não sido abordadas na e pela escola, assim como a implicação das práticas discursivas de subjetivação no ambiente escolar. Para tanto alcançar nossos objetivos, delimitamos como corpus de nossa pesquisa O gato que gostava de cenoura, de Rubem Alves, e Faca sem ponta, galinha sem pé, de Ruth Rocha. CULTURA E INTERCULTURALIDADE EM SALA DE AULA Luciana Souza de Almeida Mayara Manuelle Sousa Alves Escobar Miliane Moreira Cardoso Vieira Universidade Federal do Tocantins - UFT O trabalho objetiva discutir questões sobre os aspectos culturais envolvendo o ensino de língua inglesa em nossa sociedade. O ensino de uma língua estrangeira é composto por vários fatores, dentre eles, o contexto social e a cultura da língua-alvo. Pensando nisso, o foco no trabalho é a cultura e interculturalidade, e como as mesmas podem proporcionar ao aluno/aprendiz uma motivação a mais pelo aprendizado de língua inglesa. Os termos aqui empregados se dividirão em algumas partes, primeiramente, destacaremos 90 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 sobre os aspectos de cultura e interculturalidade. Em seguida, ressaltaremos a linguagem como identificação do sujeito. Logo depois, mostraremos um método simples, do qual possamos envolver todos esses aspectos já mencionados, trabalhados com um público escolar juvenil durante nossa prática de estágios. E mostrando, por fim, os resultados desta metodologia empregada. São muitas as formas que de se entender o que condiz interculturalidade e cultura, pensando nesta vertente, elaboramos um trabalho que nos ajude a solidificar estes dois termos que nos auxiliou e continuará auxiliando-nos nesta constatação. Todo o projeto foi elaborado com um público juvenil para identificarmos se conheciam ou trabalhavam sobre cultura da língua inglesa no colégio. Ao final, pudemos identificar o conhecimento dos alunos pesquisados sobre esses termos. BREVE PANORAMA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A LEITURA NO BRASIL Luciana Souza de Almeida Universidade Federal do Tocantins Esta comunicação pretende apresentar os resultados parciais do subprojeto vinculado ao projeto de pesquisa em andamento Mapeamento de Políticas Públicas no Tocantins (sob coordenação da professora Valéria da Silva Medeiros - UFT) que tem como objetivo investigar, sistematizar e dar visibilidade às políticas públicas de leitura no estado. Os objetivos que norteiam esta reflexão podem ser assim definidos: o que se entende por políticas públicas? Qual sua definição, finalidade e características? Em relação às políticas públicas de leitura no Brasil, quando começaram e como se caracterizavam? Como se desenvolveram até o momento? Qual é o cenário atual do livro, da biblioteca e da leitura neste âmbito? Ou seja, para que possamos nos situar em relação ao estado atual da questão das políticas públicas de incentivo à leitura e formação do leitor no Brasil, é necessário voltar às suas origens e inserir seus desdobramentos dentro do quadro dos processos históricos desde o século XIX até o século XXI. Mais ainda, é preciso lembrar que a política pública reflete a orientação política dentro da qual é elaborada. Sobretudo, devemos ter em mente que a leitura não se faz isoladamente – livro, biblioteca e leitor formam uma rede indissociável que deve promover, para além das leis e decretos, a transformação individual e coletiva a partir do espaço de convivência dos atores sociais que são objeto destas políticas. 91 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 A ESCRITA SOCIAL NAS POESIAS PORTUGUESAS Lucília Paula de Azevedo Ferreira Maria Perla Araújo Morais Universidade Federal do Tocantins - UFT Neste trabalho, analisaremos o contexto histórico que propiciou o movimento neorrealista português e estudaremos algumas de suas produções poéticas. O Neorrealismo apresenta uma literatura engajada e busca, por meio dos seus textos, denunciar a exploração do poder dominante em relação ao proletariado e aos trabalhadores do campo. Corrobora principalmente para conscientizar as classes dominadas da alienação em que vivem. Assim, o desconhecimento da estrutura econômica e do poder político de Salazar são temáticas constantes em suas obras. Em detrimento à crítica literária que entende o Neorrealismo como um movimento que apresenta uma preocupação excessiva com a denúncia, deixando em segundo plano o trabalho artístico de suas obras, estudaremos algumas poesias cujo potencial de linguagem é muito interessante para propiciar a conscientização. De acordo com Abdala Júnior e Paschoalin (1990, p. 159), o Neorrealismo, entendido na perspectiva de uma atitude do artista diante do mundo e como abordagem da realidade, vai de tal modo adaptandose, transformando-se e ganhando uma dimensão estética superior ao longo dos anos. Para exemplificar o trabalho de linguagem da literatura Neorrealista na tentativa de fazer denúncia social, convocar o povo a sair do estado alienado e rebelar-se contra a estrutura política ditatorial, trabalharemos com algumas poesias da metade do século XX em Portugal, “Caim”, “Segador” e “Prometeu”, de Joaquim Namorado, um dos mais ativos organizadores e impulsionadores do Neorrealismo. Durante o processo de leitura e análise de textos, foi possível realizar um estudo do trabalho de linguagem presente nessas poesias, sobretudo no que diz respeito à utilização do imaginário judaico-cristão e de metáforas relacionadas ao campo como instrumental para o questionamento do status quo e a conscientização. MEMÓRIA ORAL E TOPONÍMIA DAS COMUNIDADES REMANESCENTES DE QUILOMBOS DO TOCANTINS Lucília Paula de Azevedo Ferreira Karylleila dos Santos Andrade Universidade Federal do Tocantins - UFT Este estudo é um recorte do macro projeto ATT – Atlas Toponímico do Tocantins, vinculado ao Atlas Toponímico do Brasil – ATB, e objetiva realizar um estudo dos nomes (topônimos) das comunidades remanescentes de 92 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 quilombos do estado do Tocantins, com foco nos estudos linguísticos e nas práticas culturais e históricas. São 9 (nove) as comunidades, a saber: Malhadinha e Córrego Fundo, município de Brejinho de Nazaré; Morro de São João, município de Santa Rosa do Tocantins; Lagoa da Pedra, município de Arraias; Redenção, município de Natividade; Ambrósia, Formiga, Mumbuca e Carrapato, município de Mateiros. Todo grupo tem um saber cumulativo de si proveniente da memória, e a cultura é determinada pelo uso que esse grupo faz de sua própria memória. O percurso metodológico utilizado no estudo, apresentado por Dick (1990), é o plano onomasiológico de investigação. Por meio de um conceito genérico se identificam as variáveis possíveis das fontes consultadas. É uma pesquisa de cunho qualitativo, durante o processo de análise dos topônimos, optaremos pelo método indutivo para que, ao longo das descrições onomásticas, se construam hipóteses de trabalho. Para analisar a origem/etimologia dos nomes das comunidades em estudo, quanto à sua motivação toponímica, nos pautaremos na memória oral dos moradores. Para o estudo da toponímia foram utilizados os autores Dick (1990); Andrade (2010); Sousa (2008); Seemann (2005) e Carvalhinhos (2002-2003/2008/2009). Para análise da memória oral, os autores Meihy (2000); Frochtengarten (2005); Fonseca (2006) e Sá Júnior (2010). A MEMÓRIA ENQUANTO EXTENSÃO TEMPORAL DO CORPO FENOMENOLÓGICO Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira Universidade Federal do Tocantins A memória é aqui apresentada como deiscência do corpo perceptivo, sendo o conceito de deiscência arquitetado em sua dimensão fenomenológica, ou seja, como abertura ou encontro criativo que possibilita a existência do duplo. E é essa memória, concebida inseparável do modo de existência de cada formação textual, que, dependendo de cada dimensão discursiva que a tenha gerado e/ou gerido, apresentará repertórios, ou conjuntos harmônicos de interpretantes, diferentes (repertório homonímico – fundado na metáfora; repertório paronímico – fundado no dêitico; e repertório sinonímico – fundado no símbolo ou na alegoria). Apresentamos, dessa forma, três regimes para a memória, que podem ser chamados, também, de modos de “mais-significar”; de fato, o corpo (“moi-chair”) só se constitui simbolicamente no entrelaçar do discurso com a Natureza. O corpo (“moi-chair”) é compreendido como o desenvolvimento, numa deiscência fenomenológica, de dupla referência: a figura imobilizada da existência (“moi-chair” propriamente dito – a instância de referência) e a potência impessoal e anônima (“soi-corps” – a instância que se refere). Dessa forma, por meio dessa dupla instância, o sujeito elabora seus 93 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 discursos, estabelecendo seus modos de pertença ou suas verdades. O corpus para análise foi composto por textos de Hilda Hilst, principalmente os encontrados em Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão; e o exame teve como substrato epistemológico a Semiótica de Fontanille. O norte teórico deste trabalho é composto, ainda, pela Fenomenologia – Bergson e Merleau-Ponty; no quadro teórico-metodológico predomina a abordagem qualitativa. CONCEPÇÕES DE TEXTO E PRÁTICAS ESCOLARES DE PRODUÇÃO TEXTUAL Luzinete Silva Macedo Universidade Federal do Tocantins - UFT Este trabalho consiste em uma discussão sobre concepções de texto em meio as práticas escolares de produção textual. A partir da articulação, de teorias que tratam dessa questão (Geraldi, 1997, 2006; Koch 2006; Possenti 2006) e, de dados coletados em aulas de língua materna, acompanhadas em uma turma de 8º ano, de uma escola pública de Marabá –PA, buscamos observar a, ou antes, as concepções de textos que perpassam essa prática em sala de aula. Verificamos como se reflete a concepção de texto do professor (se não do sistema educacional) nas produções textuais dos sujeitos escreventes. Tendo em vista que uma perspectiva que considere o texto escrito enquanto um espaço de interação, (re)construção dos sujeitos (escritor e leitor), seja mais satisfatório, por que não, mais indicado no espaço de sala de aula, já que se busca desenvolver a competência escritora do sujeito aprendiz, competência esta que viabiliza uma formação de sujeitos escreventes autônomos, participativos, uma formação emancipatória. Apresentamos resultados de uma das análises feitos com os dados coletados, enfatizando o contexto de produção: as orientações, e a resposta do aluno, isto é, o texto escrito resultante de tal contexto. HISTÓRIA E LITERATURA EM MIA COUTO Márcia Oliveira de França Maria Perla Araújo de Morais Universidade Federal Do Tocantins – UFT A presente pesquisa teve o objetivo de analisar, as três obras estudadas, do autor moçambicano Mia couto: Terra Sonâmbula; Venenos de Deus Remédios do diabo e o Outro pé da Sereia. No presente estudo foi feito uma analise sempre comparando as três obras, para melhor entendimento do contexto histórico encontrados nas leituras feitas no decorrer do estudo. Um dos fatos 94 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 mais curiosos foi a mudança de tempo cronológico que ocorria as historias. Mostrando o tempo real do acontecimento, levando o leitor a penetrar no que estar sendo contado. Trabalhando com referencial em dados históricos, para comprovar os fatos. Foi estudado o que estar na historia, real e a visão do moçambicano Mia Couto mostrando uma versão que pode ter acontecido, e no decorrer das obras isso e provado, com relatos de quem viveu todos os sofrimentos que são os próprios moçambicanos. Mostrando as tribos povos correndo da guerra, pessoas definhando numa cama, sem sonhos de voltar a viver ou pessoas com a crença acima de tudo o acreditar no não real. O mais poderoso que tudo os sofrimentos. Outro fato muito visto nos três livros foi à fuga da realidade. Indo para os sonhos, que e um lugar que tudo pode, onde todos têm a mesma possibilidade de ser feliz. Tentado fugir do pesadelo da guerra e dos massacres. E a invenção de muitas palavras de ramo tribais, forma de mostrar a oralidade da fala quase não entendida pelos colonizadores, como se os moçambicanos quisessem se proteger de algo que nem eles sabiam o real o que eram. A história de Moçambique nunca acabara enquanto todas as versões forem postar em real. ESTUDO ACERCA DAS REPRESENTAÇÕES SOBRE O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA CONSTRUÍDAS POR PROFESSORES DA REDE PÚBLICA DE PORTO NACIONAL E CIRCUNVIZINHANÇA Marcia Letícia Gomes Barbosa Universidade Federal do Tocantins Ana Emília Fajardo Turbin UnB O ensino de línguas estrangeiras na escola pública tem valor educacional formativo reconhecido pela sociedade brasileira, tendo em vista que esta inclui nos currículos a obrigatoriedade da disciplina. No entanto, sabemos das dificuldades enfrentadas; conforme pontua Almeida Filho (1998:07) apesar da ampliação da oferta do ensino de línguas, esse não tem sido cuidado no seu aspecto qualitativo. De maneira que, a qualidade do ensino de línguas tem sido motivo de preocupação para diversos teóricos. Uma das indagações mais correntes gira em torno da prática docente, as práticas em sala de aula, abordagens metodológicas, ou seja, tudo que envolve a atuação do professor. Assim sendo, a comunicação tem por objetivo apresentar resultados de pesquisa realizada durante o ano de 2012, através do Programa de Iniciação Científica – PIVIC/CNPq. A pesquisa tem por objetivo investigar as representações que professores de Língua Inglesa (LI) possuem sobre o ensino e aprendizagem desta disciplina. Delimitamos a pesquisa à cidade de Porto 95 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 Nacional – TO, e, circunvizinhança. Analisar tais representações torna possível pensar perspectivas e possibilidades de se propor novas propostas metodológicas para o ensino de Língua Inglesa. PERSUASÃO E SEDUÇÃO: AS ESTRATÉGIAS INTERTEXTUAIS E INTERDISCURSIVAS NOS ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS Márcia Suany Dias Cavalcante (UEMA / UFT) A partir das teorias da linguística textual e da análise do discurso, especialmente das orientações bakhtinianas, este trabalho tem por objeto de estudo o processo de produção e recepção do anúncio publicitário impresso, investigando a intertextualidade e a interdiscursividade como forma de associação de informações que se encontram no repertório cultural da sociedade. Analisa, portanto, os efeitos de tais textos no interlocutor, que é seduzido pela mensagem que lhe é exposta, considerando que a linguagem publicitária está impregnada de discursos sócio-históricos e valores ideológicos que refletem o cotidiano das pessoas, sendo comum a aparição de anúncios que se destacam diante do leitor/consumidor por revelarem situações vividas por ele ou que se identifiquem com seus anseios mais íntimos. Com a análise de um corpus formado por anúncios, retirados de revistas de grande circulação nacional, que mobilizam uma série de estratégias criativas para o seu processamento, assim como o conhecimento de mundo do leitor, buscou-se evidenciar o modo pelo qual o intertexto e o interdiscurso constroem o sentido das peças publicitárias, construindo textos persuasivos e sedutores. Com isso, o presente estudo se volta para uma reflexão da língua, podendo ser utilizado com finalidade didática, para que o olhar do aluno/leitor seja aguçado para as estratégias persuasivas propositadamente presentes nesse gênero textual. Assim, o sujeito-receptor de anúncios publicitários se instrumentaliza para a leitura, em sentido amplo, e se torna capaz de perceber todo o jogo arquitetado por uma linguagem híbrida. HOXWA: UMA ANÁLISE SEMÂNTICA DISCURSIVA DO RITO KRAHÔ Marcilene de Assis Alves Araújo UFT/ UnirG Esse trabalho é resultado dos meus estudos como bolsista do Programa do Observatório da Educação Obeduc/Capes/UFT. Faz parte dos estudos realizados na disciplina Texto e sentido: abordagem semiótica dos processos de 96 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 significação, ministrada pela professora Drª Luiza Helena Oliveira da Silva. Aborda uma análise semiótica sobre o rito de Hoxwa, mantido pelos Krahô da Aldeia Indígena Manoel Alves Pequeno, localizada nas terras indígenas Kraolândia, Goiatins-To, visando refletir sobre as representações sociais dos actantes que o encenam. Nessas encenações os Hoxwase gesticulam de várias formas cômicas, invertem a moral e transgridem tabus, tornando esses momentos práticas de transmissão conhecimentos diversos, a fim de demonstrar para os Krahô o respeito e preservação de hábitos milenares da cultura. Pretende-se registrar, nesse trabalho, a interação dos sujeitos presentes no ritual, tendo em vista as condições sociais circunscrita nas cenas, quanto à forma como são conduzidas e às funções que têm no mundo social, por meio de um diálogo entre os saberes repassados e a história desse povo, como um processo dinâmico de transformações permanentes. O corpus do trabalho é constituído pela transcrição do rito de Hoxwa, o qual foi gerado pela retextualização, a partir das entrevistas semiestruturadas aplicadas ao indígena Ismael Krahô, o “Aprac” (guia) dos Hoxwa da aldeia, produzidas no primeiro semestre e meados do segundo semestre de 2013, durante as aulas campo realizadas. Como metodologia de análise dos dados, consideram-se os aspectos semânticos discursivos figurativizados e tematizados nesse rito, buscando apresentar as condições de representações sociais de todos os sujeitos envolvidos nas encenações. Buscamos contribuir para a manutenção e fortalecimento da língua Krahô, por meio de ritos. Espera-se que a análise desse rito se transforme em material didático de uso efetivo pelos professores indígenas da escola 19 de abril, possibilitando uma metodologia de ensino e prática exequíveis em sala de aula. EVENTOS DE FALAS FORMAIS NOS RITOS KRAHÔ (JÊ): IMPLICAÇÕES PARA O ENSINO DE LINGUA MATERNA Marcilene de Assis Alves Araújo UFT/ UnirG Francisco Edviges Albuquerque Universidade Federal do Tocantins - UFT Esse trabalho integra as ações do Programa Observatório da Educação – Obeduc, em parceria com a Universidade Federal do Tocantins – UFT, por meio do Projeto nº 11395 “A Educação Escolar Indígena Krahô Bilíngue e Intercultural”. Faz parte de nossa pesquisa de doutoramento em Letras: Ensino de Língua e Literatura, UFT Campus Araguaína. Propomos realizar investigações no âmbito da educação escolar Krahô, atendo-nos para discussões sobre quando, onde e como os rituais indígenas Krahô são usados na transmissão dos saberes e conhecimentos tradicionais desse povo. Desse 97 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 modo, buscamos investigar como e quando os professores da escola Krahô fazem uso dos conhecimentos advindos das tradições culturais manifestadas nos ritos Krahô? Qual o papel dos anciãos na transmissão desses conhecimentos? Para isso consideramos os diversos domínios sociais de usos linguísticos, bem como as relações sociodiscursivas configuradas nos contextos histórico, cultural, linguístico, social, político, econômico, cosmológico e onomástico do povo Krahô da Aldeia Manoel Alves Pequeno. Durante as aulas de campo realizadas nos períodos de abril a agosto de 2013, realizamos entrevistas com os anciãos dessa aldeia, elucidando em suas falas atitudes cotidianas inquietantes quanto aos aspetos de preservar e manter os rituais e festas Krahô. Para analisar e descrevermos os eventos de falas manifestados nos ritos Krahô, consideramos os procedimentos da pesquisa etnometodológica, com base nos estudos de Hymes (1986) ao considerar, como unidade de análise, eventos de fala situados no tempo e no espaço. Focalizamos os processos sociais materializados nas relações interativas, intragrupo, como mecanismos de constituição sociocultural e de preservação e manutenção da língua e da cultura Krahô. Por meio da pesquisa, realizamos uma investigação junto a esse povo, com propostas de oficinas, com ênfase na manifestação da linguagem, buscando a estruturação de propostas pedagógicas, que visem à organização de materiais didáticos que contribuam o processo de ensino aprendizagem da língua Krahô. INFLUÊNCIA DA CULTURA NAS ESPECIFICIDADES LINGUÍSTICAS FONÉTICO/FONOLÓGICAS E LEXICAIS NA CIDADE DE MONTE DO CARMO (TO) Maria Cícera Fernandes Celedonio Centro Universitário UnirG Este trabalho é o projeto de doutoramento em Ciências da Linguagem, cujo tema é: O Falar de Monte do Carmo TO: A Influência da Cultura nas Especificidades Linguísticas Fonético/Fonológicas e Lexicais. Propomos analisar a Linguagem e a Cultura dos falantes dessa cidade dada à existência de um processo multicultural de diversas origens remotas impregnadas nos falantes, resultante da interação de uma miscigenação multicultural com o ambiente físico-social a fim de obtermos um corpus elaborado cientificamente para os estudiosos da língua, visto que não há registros que nos possibilite o entendimento dos fatores históricos, linguísticos e culturais desta cidade. Este Projeto terá como base teórica os princípios, métodos e técnicas da Dialetologia / Geolinguística, por ir trabalhar com um corpus de falares regionais, da Sociolinguística, por terem os informantes às características linguísticas de variantes sociais; da Etnolinguística, uma vez que as formas 98 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 linguísticas por eles utilizadas estão diretamente relacionadas à sua cultura local e regional. A escolha do tema desta pesquisa provém de uma necessidade de analisar e de refletir intensamente sobre este vasto campo, no sentido de questionar até que ponto a cultura influencia no domínio lexical do indivíduo. Quanto à distinção entre dialeto ou subdialeto e falar local, optamos pela designação dialeto ou subdialeto e iremos tentar observar se a linguagem dos falantes da cidade de Monte do Carmo e por extensão ao Estado do Tocantins ou parte dele, corresponderá a um subdialeto do dialeto baiano ou outros aspectos dialetais da zona indefinida. A LEITURA LITERÁRIA NO ENSINO MÉDIO: ENCANTOS E DESENCANTOS Maria da Conceição de Jesus Ranke Universidade Federal do Tocantins - UFT Nossa proposta é discutir o trabalho com a literatura na escola, sobretudo no Ensino Médio. Sendo que nesta etapa da escolarização, principalmente o ensino da Literatura se limita, na maior parte das vezes, a traçar panoramas de tendências e escolas literárias, de modo esquemático e desconectado do trabalho analítico-interpretativo. Nesse cenário verifica-se que muitas das propostas não têm contribuído para a formação de leitores e a concretização do letramento literário na escola, pois, a literatura é apresentada como conteúdo necessário e obrigatório do currículo escolar, recebendo um tratamento pragmático e como estratégia para o ensino da língua portuguesa ou como cronologia de escolas literárias, estilos e autores, não levando em conta as relações que se estabelecem entre o sujeito que lê e seu aspecto humano, completo. Apesar desse panorama que provoca desencantos frente a uma questão que deveria ser vista como prioritária, apresentamos, no âmbito escolar, algumas possibilidades que podem apontar para o encantamento com a leitura, mais especificamente a literária. Desse modo, nossas considerações serão norteadas por meio de recorte de nossa Dissertação de Mestrado cujo objetivo consistiu em analisar aulas de literatura, identificando como três professores de Ensino Médio buscavam condições favoráveis à leitura do texto literário em um Centro de Ensino Médio de Araguaína, Tocantins. Assim, consideramos que a literatura, inclusive no contexto escolar, pode se caracterizar como uma ponte que se projeta em direção ao outro (ao leitor), cremos que é nessa confluência, isto é, no encontro do leitor com o texto literário, que a escola e o trabalho, tendo em vista a formação literária do leitor, devem se focar, visto que é esta a instância na qual existem possibilidades diversas para que a literária ocorra de modo significativo, crítico e emacipatório. 99 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 A SOCIOLINGUÍSTICA NA SALA DE AULA: O QUE REVELA A ESCRITA DE ALUNOS DO QUINTO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL Maria da Guia Taveiro Silva Universidade Estadual do Maranhão – UEMA O objetivo deste trabalho é verificara importância das práticas de letramento, nos contextos de inserção dos alunos, para a aprendizagem escolar. Em decorrência, identificar dificuldades de aprendizagem de alunos do ensino fundamental que cursam a mesma etapa e o mesmo ano, mas encontram-se em contextos socioculturais distintos – na zona urbana e na zona rural. Argumenta-se em favor de uma educação de qualidade independente da localização geográfica do aprendiz. Examina-se sobre as práticas de letramento dos alunos e analisa-se a escrita de alunos do quinto ano do Ensino Fundamental. Na análise dos textos, serão observadas as marcas de oralidade, as regras de variação e mudança produtivas em cada grupo social analisado e, os problemas considerados como de caráter arbitrário de convenções ortográficas. Os pressupostos teóricos provêm da sociolinguística (BortoniRicardo, Bagno, Labov, inter alia), das discussões sobre o letramento: a leitura e a escrita (Kato; Soares, inter alia) e, as considerações sobre o contexto escolar (Silva, Morais e Bof, inter alia). Os resultados apontam disparidade de aprendizagem entre os grupos comparados. Com esse trabalho, intenciona-se contribuir para uma educação mais igualitária para os desiguais, mesmo que não provoque mudanças amplas, que alcancem as políticas públicas, há possibilidade de se alcançar o professor, com a disponibilização de orientações básicas aplicáveis na docência na sala de aula e/ou na comunidade. O CAMINHO DAS PEDRAS DO PERSONAGEM TIQUINHO, NA OBRA EM NOME DO DESEJO, DE JOÃO SILVÉRIO TREVISAN Maria de Fátima Lopes Vieira Falcão Flávio Pereira Camargo Universidade Federal do Tocantins - UFT Neste trabalho serão discutidos alguns aspectos da obra Em Nome do Desejo, de João Silvério Trevisan, tais como subjetividade, identidade e relacionamentos homoafetivos em espaços de homossociabilidade. É importante destacar que a homossociabilidade é uma prática que leva em consideração “os laços de solidariedade e colaboração, por um lado, ou de rivalidade e competição, por outro, entre os indivíduos que se identificam como pertencentes ao mesmo gênero”, conforme afirma Barcellos (2006, p. 23). Visto por esta perspectiva, o 100 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 seminário é “um espaço de exclusão e, ao mesmo tempo, possibilidade de existência da homossexualidade” (LOPES, 2002, p. 129-130), que tanto pode provocar o distanciamento, como também estreitar as relações afetivas entre os seminaristas. Se no passado muitos escritores camuflavam sua homossexualidade através de seus trabalhos literários, como, por exemplo, Hans Christian Andersen, em sua obra O Patinho Feio, na atualidade acontece exatamente o inverso. Trevisan aborda as relações homoafetivas ou homoeróticas de forma “densa, corajosa e emocionada”, como Caio Fernando Abreu destaca na contracapa do livro. A obra de Trevisan é para toda categoria de leitor, principalmente para o adolescente que está com dúvidas sobre a sua identidade sexual e de gênero. Com certeza a leitura não apontará caminhos mais fáceis, contudo pode ajudá-lo na construção e na compreensão da subjetividade daqueles que se “descobrem amando contra a corrente”, como o próprio Trevisan ressalta. Para fundamentar as discussões acerca dos aspectos que pretendemos analisar nesse romance nos valemos de alguns dos conceitos de Foucault (1987), Butler (2008; 2010), Woodward (2000), Costa (1992), e Silva (2000), entre outros teóricos que discutem questões diversas relacionadas à sexualidade e às identidades. IDENTIDADE E REPRESENTAÇÃO DOCENTE EM HISTÓRIAS DE VIDA DE PROFESSORES DE INGLÊS Maria Elaine Mendes Dernival Venâncio Ramos Junior Universidade Federal do Tocantins Esta dissertação está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Língua e Literatura da Universidade Federal do Tocantins e busca contribuir com o debate acerca do ensino da língua inglesa a partir da história de vida dos professores de Gurupi/TO. O presente estudo tem como objetivo analisar a história de vida e formação dos professores de língua inglesa, assim como perceber como os mesmos se veem enquanto docentes. A pesquisa justifica-se pela necessidade de estudos na área de formação de professores, especialmente sobre a construção da identidade e representação social. A questão da identidade é um tema vívido da contemporaneidade na busca da compreensão de como se processam as mudanças individuais e coletivas. O interesse por este tema surgiu a partir da experiência como professora de Língua Inglesa, tendo em vista que as vivências do aprender uma Língua Estrangeira estão na memória dos professores, baseadas em modelos adquiridos na sua própria prática escolar, na definição de sua própria identidade enquanto professor, além de estar refletida no seu fazer profissional. A abordagem da história de vida foi utilizada nessa pesquisa para que os professores possam reavaliar sua 101 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 prática docente e sua vida profissional à medida que desconstroem ideias impostas por um sistema educacional ultrapassado e reconstroem as perspectivas para futuras práticas docentes. O falar de si pode reestabelecer a integridade pessoal e reativar objetivos esquecidos pela rotina da vida profissional. Tais reflexões irão contribuir para a construção de uma identidade principalmente profissional, considerando as condições de existência e os contextos específicos nas quais essas experiências foram estruturadas. Através de um levantamento de natureza qualitativa foram realizadas entrevistas semiestruturadas com os sujeitos professores atuantes de língua inglesa tanto de escolas públicas como de cursos de inglês, além de questionários enviados aos pais de alunos sobre a finalidade de aprender uma língua estrangeira. RELIGIÃO E COLONIZAÇÃO EM MIA COUTO Maria Perla Araújo Morais Universidade Federal do Tocantins - UFT Neste trabalho, refletiremos sobre como a religião católica aparece representada em duas obras do escritor moçambicano Mia Couto: o conto, “Entrada no céu”, do livro O fio das Missangas, e o romance O outro pé da sereia. As obras trabalham com a questão de como os aspectos religiosos europeus foram recebidos pela colônia africana. No conto, explicita-se uma zona de confronto estabelecida pelo impacto do imaginário judaico-cristão e pela tentativa de ele se estabelecer como visão única e universal na colônia. No romance, explora-se, além do confronto, as zonas de tradução, de hibridação entre os sistemas de valores e sentidos europeus e a colônia. Portanto, Mia Couto faz-nos indagar, a partir dessas duas obras, como as culturas se entrelaçam no espaço colonial moçambicano e como esse contato resulta em um espaço complexo. Pretendemos entender de que maneira colonizados e colonizadores se confrontaram e se traduziram, a partir de um mecanismo que leva em conta a amputação cultural, mas também a resistência, localizada na persistência de crenças ou na hibridação dos dois mundos. Portanto, Mia Couto recria no tempo pós-colonial a empresa colonial portuguesa, no que diz respeito ao aspecto religioso, questionando a pretensa universalidade dos sistemas de sentido europeus e oferecendo a eles uma tradução moçambicana. 102 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 ENSINO BILÍNGUE E INTERCULTURAL: REFLEXÕES SOBRE A RELAÇÃO ENTRE A LÍNGUA KRAHÔ E A PORTUGUESA NA ESCOLA 19 DE ABRIL Marília Fernanda Pereira Leite Francisco Edviges Albuquerque Universidade Federal do Tocantins - UFT Os dados aqui apresentados fazem parte de nossa pesquisa que está sendo realizada na Escola 19 de Abril, situada na aldeia Krahô Manoel Alves, no âmbito do Programa do Observatório de Educação Indígena, Projeto nº 11395/Título: A educação escolar Indígena bilíngue e intercultural - Edital 049/2012/CAPES/INEP coordenado pelo Professor Doutor Francisco Edviges Albuquerque. Com a Constituição Federal de 1988, um novo paradigma surgiu entre o Estado brasileiro e os povos indígenas, se antes as políticas eram voltadas para os povos indígenas defendiam a “reintegração” e assimilacionismo dos indígenas na sociedade brasileira, no sentido de absorver a cultura da sociedade dominante, após a promulgação da nova Constituição, os povos indígenas ganharam o direito à educação, específica, bilíngue e diferenciada. A Lei não só garantiu o direito à autonomia e o reconhecimento dos povos indígenas, bem como uma forma de a sociedade brasileira reconhecer e respeitar a diversidade linguística e cultural dos povos indígenas que aqui residem há milhares de anos. Com base em nosso diário de campo, relatórios de visitas técnicas à referida aldeia, observação dos planos de aulas da disciplina de língua portuguesa e das atividades e oficinas pedagógicas desenvolvidas na escola, principalmente na produção de materiais didáticos, propomos aqui estabelecer um diálogo entre a proposta de ensino bilíngue e intercultural, voltada para as nossas experiências vivenciadas com o povo Krahô, especificamente com os alunos e professores indígenas e não indígenas que atuam na Escola indígena 19 de Abril. PAPÉIS ACTANCIAIS EM NARRATIVAS AUTOBIOGRÁFICAS DE DOCENTES EM FORMAÇÃO NO PARFOR: ANÁLISE SEMIÓTICA DE RELATOS DE HISTÓRIAS DE VIDA E FORMAÇÃO Marinalva Dias de Lima Luiza Helena Oliveira da Silva Universidade Federal do Tocantins – UFT Este trabalho se constitui como apresentação dos resultados referentes à pesquisa de iniciação científica, que tinha como objetivo analisar e descrever os relatos autobiográficos de quatro docentes, em uma perspectiva semiótica. Os 103 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 professores que concederam os depoimentos participam do PARFOR (Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica), e estão matriculados no curso de licenciatura em Letras, ofertado pela Universidade Federal do Tocantins, campus de Araguaína. Neste trabalho teceremos algumas considerações sob a semiótica discursiva e sua inserção na abordagem (auto) biográfica, apontando as especificidades e as regularidades que caracterizam os relatos produzidos pelos sujeitos da pesquisa. A fim de alcançarmos os resultados utilizamos o percurso gerativo do sentido, privilegiando mais precisamente o nível narrativo, com atenção aos papeis actanciais depreendidos das narrativas produzidas pelos docentes em formação e utilizando apenas um aspecto do nível discursivo que corresponde as isotopias presentes nos relatos. A pesquisa visa analisar também, as perspectivas de protagonismo e/ou assujeitamento que se depreendem dos relatos autobiográficos, quando os docentes interpretam o seu passado, ao mesmo tempo em que analisam seu fazer pedagógico e a nova etapa de formação em processo. Consideramos que a análise dos relatos de vida e formação auxiliará não só na constituição do sujeito-professor, mas também revelará a transposição da realidade para o plano subjetivo, e particular, além do complexo processo que envolve, ao mesmo tempo, tanto a dimensão externa e contextual concretizada nos discursos quanto à dimensão interna e subjetiva. O trabalho é parte das pesquisas desenvolvidas pelo GESTO (Grupo de Estudos do Sentido – Tocantins). DA BOCA DE CRONOS À PENA DE GREGÓRIO: O TEXTO EFÊMERO SE ETERNIZA Mario Ribeiro Morais Universidade Federal do Tocantins - UFT Gregório de Matos foi o maior poeta do Barroco brasileiro. Embora sua obra só tenha sido publicada no século XIX, extraídas de códices pertencentes a seus admiradores, o Boca do inferno, conhecido assim por sua língua viperina, foi o maior poeta colonial. O baiano se estabeleceu na contramão das regras vigentes, ao mesclar os gêneros poesia e crônica. Os primeiros críticos do poeta soteropolitano, detratores e apologistas, quase todos destacaram o caráter de crônica que perpassa seus textos, chegando a considerá-lo como o primeiro „prelo‟ da colônia. Vários textos gregorianos apresentam características de crônica. De acordo com SÁ (1997) e MOISÉS (2001), a crônica tem como peculiaridades o caráter circunstancial, banal e efêmero. A crônica surge primeiro no jornal, herdando a sua transitoriedade, de quem nasce no começo de uma leitura e morre antes que se acabe o dia. Por meio da poesia, especialmente de vertente satírico-burlesca, Gregório expôs fatos 104 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 circunstanciais e passageiros da vida da colônia que eram relegados pelo mundo oficial. Este trabalho objetiva analisar alguns textos gregorianos com aspectos de crônica, sob a perspectiva da teoria carnavalesca de BAKHTIN (1999). A teoria da carnavalização aborda o mundo da praça pública, onde o discurso mostra-se dialógico, não permitindo a centralização da palavra como acontecia no mundo medieval. Compuseram o corpus deste estudo textos das Obras Completas de Gregório de Matos (AMADO, 1969). As análises mostram que o caráter poético dos poemas superou a efemeridade da crônica e que o Boca do Inferno conseguiu evitar que Cronos devorasse seus textos. Os resultados finais confirmam o baiano como inovador na literatura brasileira setecentista, o que reforça o rompimento do conceito tradicional de gêneros. ALGUMAS QUESTÕES ACERCA DO ERRO INTERLINGUAL E DE SUAS IMPLICAÇÕES NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA ENQUANTO LÍNGUA FRANCA Meiriane Lima Machado Universidade Federal do Tocantins Durante esta comunicação oral pretendo pontuar algumas questões relacionadas aos erros de escrita mais comuns entre os alunos que se encontram na fase da Interlíngua e, a partir das questões levantadas, discutir a própria noção de erro e suas implicações para o ensino e aprendizagem de língua inglesa como língua franca. Segundo teóricos, a Interlíngua é um processo pelo qual o aprendiz de uma língua estrangeira passa, até que atinja proficiência na língua-alvo. De acordo com eles, os erros de escrita cometidos por estes aprendizes são comuns á todos e representam a ocorrência da aprendizagem. Os dados foram coletados de textos de alunos que se encontram nesta fase da aprendizagem da língua estrangeira/Inglês. A análise qualitativa dos resultados indica que realmente este processo existe e que de fato há erros que são típicos destes aprendizes. Após a constatação desta primeira realidade e realização de uma intervenção prática com vistas a melhorar a proficiência nesta turma de inglês, partimos para a discussão acerca das implicações envolvidas no ensino e aprendizagem da língua inglesa e do aproveitamento da noção de erro e correção em uma abordagem que leva em consideração o ensino de inglês como uma língua franca e os objetivos dos aprendizes ao aprender esta língua. Assim, durante esta comunicação oral, tentarei proporcionar um melhor entendimento à alunos e professores sobre a questão dos erros destes aprendizes, já que aqui estes são vistos como positivos, e também da necessidade de nos atermos a questões mais profundas, 105 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 como a situação de universalidade do inglês no mundo hoje e suas implicações para o ensino desta língua. RELATO REFLEXIVO COMO PRÁTICA DE DESENVOLVIMENTO DE LETRAMENTO EM LÍNGUA INGLESA Meiry Raquel de Queiroz Miliane Moreira Cardoso Vieira Universidade Federal do Tocantins (UFT) Este projeto de pesquisa objetiva investigar como o processo de escrita de relatos reflexivos de estágios supervisionados em Ensino de Literatura e Língua Inglesa podem ser ensinados e produzidos em língua inglesa, a partir do enfoque de três perspectivas teórico-metodológicas: conhecimento do sistema linguístico, familiarização com uso da modalidade escrita da língua e desenvolvimento do letramento do professor em formação. Para tanto, será necessário ensinar acadêmicos do curso de Letras a identificar e produzir a linguagem utilizada nos gêneros de relatos reflexivos. Os trabalhos produzidos por alunos-mestre serão analisados a partir dos pressupostos teóricos da abordagem semântica funcional (EGGINS, 2004), baseada na Linguística Sistêmico Funcional de Halliday (1978). Esta investigação científica configurase dentro de uma perspectiva qualitativa, porém buscado também dados quantitativos, através do uso de ferramentas da linguística de corpus, como o programa Word Smith tools. O projeto apresentado está integrado as pesquisas científicas realizadas no grupo de pesquisa Práticas de Linguagens em Estágios Supervisionados – PLES (UFT/CNPq). Este trabalho encontra-se em andamento, os primeiros resultados serão colhidos a partir dos dados obtidos após a análise dos Relatos Reflexivos produzidos pelos alunos-mestre e divulgados a partir de produções e publicações de artigos científicos. EMPRÉSTIMOS LINGUÍSTICOS: BREVES CONSIDERAÇÕES Mydhian Araújo Universidade Federal do Tocantins Este trabalho traz à tona as discussões acerca dos empréstimos linguísticos e as consequências desse fenômeno nas línguas minoritárias, em especial na língua krahô - língua do povo indígena da aldeia de Manoel Alves, no município de Goiatins, no Tocantins. Assim, convém salientar que existem linhas teóricas que defendem este fenômeno linguístico como fator de enriquecimento linguístico enquanto outras o têm como fator que influencia decisivamente 106 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 para o enfraquecimento de línguas minoritárias. Com isso, este trabalho contribui para a manutenção da língua e da cultura indígena em foco. Para isso, as contribuições teóricas de Farias (2011), Couto (2009), Pacheco (2005), Mesquita (2009), Bright (1974), Abreu (2012), Albuquerque (2003) servirão de base para as análises efetuadas durante este estudo. Este trabalho pretende resultar em um constructo teórico amplo e norteador das investigações dos estudiosos quanto ao debate sobre a “atualização lexical” e o “enfaquecimento de línguas minoritárias” visíveis pela observação do fenômeno do empréstimo linguístico. CONTEXTO DE CULTURA NA LINGUÍSTICA SISTÊMICO FUNCIONAL Miliane Moreira Cardoso Vieira Universidade Federal do Tocantins, UFT Nesta comunicação serão abordados os conceitos da estratificação da Linguística Sistêmico Funcional (LSF), que, ao focalizar a cultura, tematiza-se a noção de contextos, bifurcando-se em contexto de situação e de cultura. Essas noções são fundamentais, pois as escolhas linguísticas que cada usuário da língua fará estarão associadas a esses contextos, tanto pelo contexto situacional mais estrito quanto pelo contexto cultural mais amplamente. Não obstante, discutimos, também, as implicações do aprendizado da cultura no ensino da Língua Inglesa como Língua Adicional. Assim, trazemos conceitos referentes ao termo cultura para defender a ideia de que desenvolver uma língua adicional não significa apenas adquirir vocabulário e gramática. É necessário também desenvolver competências interculturais, para entender as normas que regulam a interação social da língua estudada. CRIAÇÃO DE VOCABULÁRIO DE MATEMÁTICA Misleine Andrade Ferreira Escola Estadual Joaquim de Brito Paranaguá Tendo como norte os pressupostos filosóficos de Edgar Morin e Mikail Bakhtin, ou seja, a necessidade de conjugar, sempre e como princípio metodológico, texto e contexto, parte e todo, sincrônico e diacrônico, ético e estético, racional e sensível; esta pesquisa objetiva o tratamento sistêmico da terminologia da matemática, no tocante aos principais conceitos empregados no sexto ano do ensino fundamental. O recorte para este trabalho abarca o sexto ano da Escola Estadual Joaquim de Brito Paranaguá, em Araguaína – TO, e objetiva o trabalho com a criação de vocabulários de matemática como 107 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 recurso didático. Trata-se, por conseguinte, de uma pesquisa que conjuga Historiografia Matemática, Didática da Matemática, Artes e, também, Língua Portuguesa, uma vez que o trabalho é multidisciplinar, envolvendo professores de Matemática, de Artes e de Língua Materna. Almeja-se elucidar os conceitos citados, tornando mais racional a sua aprendizagem. A proposta envolve a criação de vocabulários pelos alunos, com a possibilidade futura de criação, pelo pesquisador e pelos outros profissionais envolvidos no trabalho, de software para facilitar o aprendizado; a partir do qual, o aluno, na sala de aula ou em casa, terá mais estímulos para operacionalizar os conceitos matemáticos utilizados no processo de ensino, além de se desenvolver como sujeito cultural ativo. PRONÚNCIA EM SALA DE AULA: ANÁLISE DE ATIVIDADES COM BASE EM FONÉTICA E FONOLOGIA DE LÍNGUA INGLESA Neliane Raquel Macedo Aquino Carine Haupt Universidade Federal do Tocantins – UFT A busca de informações sobre as contribuições do ensino de língua inglesa vêm se destacando no cenário atual de pesquisa. Em vista disso e das práticas que perfazem a sala de aula, vale-se aqui do preceito de que os estudos das contribuições fonéticas e fonológicas ao ensino regular são ainda recentes e necessitam de mais pesquisas para determinar a sua relevância ao processo de ensino e aprendizagem o qual por muito tempo foi creditado somente às habilidades de ler e escrever. Objetiva-se, então, a análise das atividades com base em fonética e fonologia da língua inglesa para o processo de ensino e aprendizagem de língua estrangeira no Ensino Médio. Leva-se em consideração, neste estudo, teorias dos processos interacionais da sala de aula e do desenvolvimento cognitivo do aluno. Dessa maneira, a teoria da complexidade perfaz o trabalho para percepção do ensino de línguas como construção complexa e interdisciplinar de aspectos tanto sociais, culturais quanto individuais, cognitivos. Assim, acredita-se que a análise das atividades de Fonética e Fonologia contemplam tanto relações sociointeracionais quanto aspectos cognitivos e percebem o homem como inscrito num construto complexo. Portanto, a Fonologia de Uso é utilizada na pesquisa como meio de construção de análise que corrobora com tal visão. O trabalho, ainda em fase de levantamento bibliográfico e nas primeiras observações de aula, é parte de uma dissertação de mestrado. 108 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 ABORDAGEM DO GÊNERO HISTÓRIA EM QUADRINHOS NA PROVA BRASIL DE LÍNGUA PORTUGUESA Núbia Régia de Almeida Universidade Federal do Tocantins, UFT A proposta de ensino da língua baseada nos PCNs (1998) e PCNEM (2000) e Matriz de Habilidades da Prova Brasil (2012) objetiva familiarizar os alunos a textos de diversos gêneros, principalmente, aos que fazem parte de seu cotidiano, para que eles consigam reconhecer e compreender a sua funcionalidade na sociedade. Um dos mecanismos encontrados pelo MEC, para verificar se as escolas estão colocando em prática o ensino da língua como preveem as diretrizes oficiais para o ensino, são por meio de avaliações externas como Prova Brasil, SAEB, ENEM. Neste trabalho, buscou-se realizar uma pesquisa de análise documental e abordagem qualitativa, com base nos modelos de questões aplicadas na Prova Brasil, disponíveis nos bancos de dados dos sites do MEC e INEP os quais compõem o corpus desse estudo. Sabe-se que a Prova Brasil é uma avaliação institucional que tem como propósito mensurar os conhecimentos linguísticos dos alunos e suas competências para entender o texto como construção de conhecimentos em diferentes níveis de compreensão, privilegiando o uso social da língua nas suas mais diversas manifestações (BRASIL, 2009). Este artigo visa averiguar como a Prova Brasil, na avaliação de Língua Portuguesa, aborda os gêneros multimodais em suas questões, em específico o gênero História em Quadrinhos e também verificar o tratamento dado a este gênero no exame. Haja vista, nos últimos anos, a grande inserção deste gênero nos Livros Didáticos de Língua Portuguesa e também conforme revelado na pesquisa de Mendonça (2005), um grande interesse das crianças e adolescentes pelas HQs. Os resultados apontaram a inserção de HQs na avaliação, e identificou-se nas questões que o tratamento didático favorece o desenvolvimento de capacidades leitoras específicas deste gênero. ANÁLISE LINGUÍSTICA: COMO O PROFESSOR DE LÍNGUA MATERNA (RE) ELABORA ISSO EM SEU DISCURSO E EM SUA PRÁTICA DE SALA DE AULA? Oziel Pereira da Silva Janete Silva dos Santos Universidade Federal do Tocantins, UFT A Análise Linguística é uma nova proposta para o estudo/ensino dos conteúdos gramaticais que direciona o aluno a uma reflexão sobre a função dos 109 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 recursos linguísticos empregados nos textos, tendo em vista o desenvolvimento de suas capacidades linguístico-discursivas. Ela surgiu como resposta aos resultados pouco significativos apresentados pelo modelo tradicional de ensino quanto às práticas de leitura e produção textual. Enquanto no ensino tradicional de gramática as atividades metalinguísticas [definição, classificação e exercitação] têm prioridade, na análise linguística privilegia-se o enfoque epilinguístico, reflexivo, não mais mecânico e descontextualizado. Faz-se análise linguística, portanto, não apenas considerando e/ou extraindo do texto frases, orações e períodos empregados descontextualidamente, mas produzindo uma atividade de reflexão sobre a linguagem como um todo, abordando os múltiplos aspectos que a constituem [incluindo-se, os pragmáticos e semânticos] e a relacionam com as práticas concretas dos sujeitos em situações reais de interlocução, de modo que leve o aluno a perceber seus diferentes contextos de uso [da linguagem], a considerar seus interlocutores no momento de leitura/produção e os diferentes efeitos de sentido, produzidos pelo uso de um ou outro elemento gramatical. Esta pesquisa, em fase inicial, busca compreender como o professor constrói seu discurso e sua prática frente às demandas da análise linguística. Para isso, valer-se-á do método qualitativo [estudo de caso múltiplo], bem como, das contribuições da Linguística Aplicada e da Análise de Discurso de linha francesa (Pêcheux e Orlandi). A ANÁLISE LINGUÍSTICA COMO PROPOSTA DE RESSIGNIFICAÇÃO DO ENSINO DE LÍNGUA MATERNA Oziel Pereira da Silva Janete Silva dos Santos Universidade Federal do Tocantins, UFT As discussões envolvendo a prática tradicional de ensino de língua materna têm sido recorrentes nas últimas décadas. Esse debate teve início nos anos de 1970 e 1980, quando alguns estudiosos perceberam que o modelo praticado não conduzia o aluno a uma reflexão sobre a língua e seu dinamismo, posto que privilegiava (via memorização) o domínio normativo da metalinguagem. Entretanto, assim como naquela época, o ensino [acrítico] da Gramática Normativa ainda ocupa tempo significativo das aulas de boa parte dos professores, confusos, em parte, pelo conflitante emaranhado teórico sobre o assunto, e, também, por não saberem exatamente O QUE, PARA QUE e COMO ensinar. Assim, a questionável eficiência dessa prática abriu precedentes para o surgimento de outras formas de ensino, emergindo, então, a proposta da Análise Linguística (AL), uma nova proposta para o estudo/ensino dos conteúdos gramaticais com base em textos que circulam socialmente; que direciona o aluno a uma reflexão sobre a função dos recursos linguísticos neles 110 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 empregados, tendo em vista o desenvolvimento de suas capacidades linguístico-discursivas. Este trabalho objetiva ampliar o debate sobre o ensino de língua materna e acredita que a prática da AL pode ressignificá-lo substancialmente, desde que, já na formação inicial, os docentes recebam a instrumentalização necessária, a fim de evitar a manutenção e a reprodução do antigo paradigma. A AVALIATIVIDADE EM RELATÓRIOS DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO Patrícia Sousa da Silva Cunha Vilma Nunes da Silva Fonseca Universidade Federal do Tocantins, UFT Esta comunicação apresenta discussões de leituras preliminares no âmbito da Linguística Sistêmico-Funcional (LSF), principal arcabouço teóricometodológico, no desenvolvimento do projeto de pesquisa “A Avaliatividade na Representação Discursiva do Professor em Relatórios de Estágio Supervisionado” (PIVIC/UFT/2013). O seu objetivo macro é analisar os índices de avaliatividade, componente da metafunção interpessoal (HALLIDAY, 1994), em Relatórios de Estágio Supervisionado da Licenciatura em Letras/UFT/Câmpus de Araguaína, visando investigar a representação discursiva dos professores da educação básica no gênero mencionado. No entanto, na apresentação, situaremos as referências bibliográficas consultadas, nesta fase inicial da pesquisa, conceituando o gênero Relatório de Estágio Supervisionado em seus contextos cultural e situacional, enquanto prática social e escrita acadêmica em suas especificidades sócio-comunicativas. Para isso, são utilizados os seguintes marcos teóricos da LSF, visando a fundamentação para a análise proposta: Halliday & Hasan (1989), Halliday (2002; 2006), Halliday & Matthiessen (2004), Eggins (2004), Martin e White (2005), White (2004), Vian Jr (2009a, 2009b, 2012). Optou-se pela modalidade de pesquisa qualitativa, pois os seus procedimentos atendem às prioridades do estudo. Esta pesquisa em desenvolvimento integra as atividades científicoacadêmicas “Grupo de Pesquisa: Práticas de Linguagens em Estágios Supervisionados” (PLES/UFT/CNPq). 111 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 PROPEDÊUTICA ÀS POÉTICAS DA (PÓS) MODERNIDADE: BREVE CONSIDERAÇÃO DOS FENÔMENOS POÉTICOS DA POESIA BRASILEIRA DOS ANOS 2010 Raphael Bessa Ferreira Universidade do Estado do Pará - UEPA O presente trabalho propõe-se a elencar alguns pontos relevantes imbuídos na atual problemática da produção poética contemporânea da literatura brasileira, mais precisamente na poesia produzida em terras tupiniquins nos anos 2010 (segunda década do século XXI, de 2010 a 2013). Dessa forma, discutir os principais eixos e pontos de referência alinhavados nas atuais escrituras estéticas oriundas do gênero lírico serão enfocados nessa pesquisa, assim como averiguar os principais estetas dos diversos fenômenos expressados nessa arte em dias atuais. Fenômenos estes que dialogam intensamente com os recursos midiáticos e hipermidiáticos da internet e das redes sociais, jungindo a si os indícios de uma poética pós moderna. Para isso, serão de grande valia as contribuições críticas de alguns dos teóricos que comumente vem se debruçando acerca de tal problemática: Claudio Daniel, em Geração 90: uma pluralidade de poéticas possíveis; Fabio Cavalcante Andrade, n‟A transparência impossível: lírica e hermetismo na poesia brasileira atual; e Linda Hutcheon, em Poética da Pós Modernidade. Ademais, as produtividades poéticas do twitkai, vistas na obra de Frederico Barbosa; do Poetrix, encontrados nas produções estéticas manifestas pelo movimento de mesmo nome; bem como a poesia minimalistaconcretista deparada nos recentes trabalhos de Moreno Pessoa, serão abordadas enquanto predileções inerentes aos fatos ora veiculados nas recentes obras da poesia brasileira. O INTERTEXTO E SUA APLICAÇÃO NO ENSINO MÉDIO A PARTIR DE TEXTOS PUBLICITÁRIOS E PROPAGANDÍSTICOS Reginaldo Lima Silva Marcilene de Assis Alves Araújo Centro Universitário UNIRG Propõe-se através deste trabalho analisar a construção do sentido em textos publicitários e propagandísticos, os fatores envolvidos em sua produção e recepção, destacando os princípios da Textualidade, com ênfase ao aspecto da intertextualidade, conteúdo e/ou forma, como mecanismo linguístico responsável pelo efeito de sentido evidenciado nos textos, uma perspectiva sociointeracionista da Linguística Textual. Partindo disso, busca-se comprovar que a compreensão dos conceitos de texto e intertextualidade precisa ser 112 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 construída socialmente em sala de aula para que os alunos se tornem leitores de sentidos, não só da palavra, levando-os a observar em suas leituras a presença de outros textos nos textos que leem. Assim, pretende-se frisar que a intertextualidade pode servir como um enfoque analítico no processo de ensino-aprendizagem não somente de leitura e compreensão de textos, mas, sobretudo, de produção textual. Nesse sentido, esse estudo desenvolve-se de acordo com o postulado dialógico de Bakhtin (1929), de que um texto (enunciado) não existe nem pode ser avaliado e/ou compreendido isoladamente: ele está sempre em diálogo com outros textos. Cabe salientar a representação do sujeito masculino nos textos analisados, as intenções pretendidas. O corpus de análise dessa pesquisa consta da propaganda “Ford Planeta Sustentável” e publicidade “Botas Timberland”, publicadas no período de 2010/2011, que dialogam com textos de Mario Mariotti “Arte nas mãos” e outros bíblicos. Também é pertinente analisar, a construção do sentido em anúncios publicitários da loja C&A que dialogam com os contos de Cinderela e Branca de Neve. Assim, este trabalho tem a intencionalidade de contribuir para o reconhecimento da intertextualidade como um recurso essencial na construção do sentido de texto e sua pertinência no ensino de produção textual. Nesse processo, é imprescindível ressaltar a importância da leitura, comprovando que o indivíduo que é habituado à leitura, certamente, encontrará mais facilidade para escrever, uma vez que pela leitura, ele se apropria das ideias de outros textos. NOMES DE LUGARES (ACIDENTES HUMANOS) EM LIVROS DIDÁTICOS DE GEOGRAFIA DO ENSINO FUNDAMENTAL: UM ESTUDO COM FOCO NO CONTEXTO DA INTERDISCIPLINARIDADE Rodrigo Viera do Nascimento Karylleila dos Santos Andrade Universidade Federal do Tocantins – UFT O estudo concentra-se especificadamente na Toponímia. Deixam-se de lado os nomes de pessoas (antrotopônimos) e tomamos como referencial os nomes de lugares (topônimos). A Toponímia, como unidades terminológicas que são, reflete a preservação dos fatos socioculturais e sócios geográficos em determinado espaço e tempo de uma comunidade, e configuram-se como importantes “testemunhos históricos” da vida social de um povo. Um topônimo, em sua criação, é resultado das influências sofridas pelas relações das diversas áreas do conhecimento: Historia, Geografia, Antropologia, a própria Linguística, e entre outras. O estudo toponímico apenas pode ser compreendido e apreendido a partir dos fios tecidos sob os olhares de diversos 113 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 saberes. De acordo com Dick (1992), um estudo toponímico não pode ser pensado desvinculado de outras ciências. A Toponímia tem caráter interdisciplinar, uma vez que se volta a outras disciplinas, de acordo com a formação intelectual do pesquisador. A proposta do trabalho vincula-se ao estudo da toponímia aplicada ao ensino. Consiste em identificar os nomes de lugares (acidentes humanos) em livros didáticos de Geografia do ensino fundamental com foco no contexto da interdisciplinaridade e, apresentar, ainda que preliminar, uma proposta pedagógica utilizando os topônimos numa perspectiva interdisciplinar para o ensino fundamental. Para realizar este estudo, utilizaremos como abordagem teórico-metodológica, no campo da toponímia, os trabalhos de Dick (2004, 1999, 1992, 1990, 1980), Andrade, (2012, 2011, 2010) e Fazenda (2001, 2009) e Morin (1990) serão referências no campo da interdisciplinaridade. FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA DA EDUCAÇÃO BÁSICA EM TERRAS AMERICANAS: UMA REALIDADE CADA VEZ MAIS PALPÁVEL Rosana Maria Martins Fernandes Morales Diretoria Regional de Gestão e Formação de Araguaína Este trabalho objetiva fazer um relato de experiência vivenciada por professores de Língua Inglesa, do Estado do Tocantins, região norte do Brasil em intercâmbio na Universidade de St. Jonh‟s em Nova York, para aprimoramento da Língua Inglesa através do programa PDPI – Programa de Desenvolvimento de Professores de Inglês. O Programa é realizado e patrocinado pela CAPES, Comissão Fulbright Brasil e Embaixada dos Estados Unidos em Brasília e administrado pelo Instituto Internacional de Educação. São 540 professores de todas as regiões do Brasil que, após aprovação na prova de proficiência (TOEFL) são distribuídos em vários estados americanos para fazerem um curso de seis semanas. Partindo do pressuposto, que o contato diário com os falantes da Língua Inglesa, colabora significativamente para a aprendizagem e aprimoramento das maiores deficiências do professor de língua inglesa em sala de aula que são listening (ouvir) e speaking (falar), além de acrescentar o conhecimento cultural que se vê apenas em livros didáticos. A pesquisa objetiva analisar as contribuições do intercambio na formação do professor e os impactos na prática docente de três professores, participantes do intercambio, que atuam na rede estadual do Tocantins na cidade de Araguaína. As análises foram desenvolvidas a partir de observações da participação dos professores nas oficinas, aulas práticas e teóricas, conversação, curso de inglês online e imersão cultural e com base na reflexão sobre o que propõe os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino de Língua Inglesa (PCNs 114 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 2002) e os aportes teóricos, (Tardif 2008); (SOUZA, 2006); (COX & ASSISPETERSON, 2007). O estudo mostra que a oportunidade em si de participar de um intercâmbio no exterior estimula o professor para buscar aperfeiçoamento profissional e busca melhorias para a prática docente. CRENÇAS SOBRE O PROFESSOR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA: UM ESTUDO A PARTIR DAS METÁFORAS NO DISCURSO DE PROFESSORES EM FORMAÇÃO Rosemeire Parada Granada Milhomens da Costa Universidade Federal do Tocantins-UFT O processo de formação inicial de professores de LE vai orientar a futura conduta docente, bem como a imagem que esse futuro profissional vai cultivar de si enquanto professor. Assim, conhecer e interpretar as crenças que envolvem esse processo pode ser um caminho de intervenções favoráveis na formação de profissionais atuantes nesta área. Portanto, este trabalho apresenta uma investigação realizada por meio da análise de metáforas nas narrativas dos professores em pré-serviço buscando identificar, de acordo com esses sujeitos, qual a imagem do professor de LE assumida por eles. A pesquisa foi realizada em um Centro Universitário situado no sul do Tocantins e teve como participantes dois grupos de graduandos em Letras, buscando responder aos seguintes questionamentos: (i) Qual a imagem que esses professores em préserviço têm sobre a imagem do professor de LE? (ii) De que modo o que é dito metaforicamente pelos professores de LE em pré-serviço sobre o professor de LE interfere na formação acadêmica desses futuros professores? Os dados gerados foram discutidos de acordo com perspectivas pragmáticas e perspectivas teóricas da metáfora, bem como a partir de teorias que envolvem crenças, formação de professores, ensino de LE, com viés da linguística aplicada. A análise das narrativas escritas pelos participantes revelou basicamente quatro categorias de profissionais de LE: A) ARTIGO DE LUXO, B) PAI/MÃE, C) GUERREIROS e D) DESAGRADÁVEIS. Embora essas categorias tenham sofrido algumas variações entre os dois grupos de participantes, a ideia central se fixou nas quatro categorias apresentadas. 115 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 MAMONAS ASSASSINAS - DA UTOPIA ÀS SÁTIRAS: UMA PROPOSTA DE PRODUÇÃO ERÓTICA NA ESCOLA Rosielson Soares de Sousa Universidade Federal do Tocantins, UFT Mesmo com toda a “liberação sexual” ocorrida nos anos de 1960 até 1970, as questões de ordem, quanto à Orientação Sexual no ensino, baseiam-se em concepções arraigadas e professadas pelo discurso religioso de fala moralizante dos rituais sacros. Sendo assim, este trabalho tem por objetivo desenvolver no educando (leitor/escritor) práticas de escrita erótica nas aulas de língua portuguesa, e estas ancoradas no CD de 1995, das Mamonas Assassinas, como protótipo satírico construído na pós-modernidade. Para isso, tomar-se-á como fundamentação teórica - Louro (1997), Saliba (2002), Foucault (1985), PCNs (1998), dentre outros. A FORÇA DO DESEJO HOMOERÓTICO NA OBRA O BOM CRIOULO, DE ADOLFO CAMINHA Rubenilson Pereira de Araujo Flávio Pereira Camargo Universidade Federal do Tocantins, UFT A proposta desta comunicação é analisar o romance O bom crioulo, de Adolfo Caminha (1895) à luz dos estudos críticos de literatura e homoerotismo. Esta obra clássica é considerada pioneira nos estudos homoeróticos na literatura brasileira por apresentar na trama central do romance um relacionamento homoerótico. Notamos no desenvolvimento do enredo da referida narrativa a predominância dos espaços de homossociabilidade (interior do navio em alto mar e no quarto localizado à Rua da Misericórdia) nos quais o relacionamento entre Amaro e Aleixo se desencadeia. Além disso, podemos notar o paradoxo da (des)construção simbólica dos corpos dos dois personagens: enquanto Aleixo edifica-se como homem sob o prisma da heteronormatividade compulsória, a partir do momento em que passa a manter um relacionamento afetivo e sexual com a portuguesa Carolina, Amaro, o “Bom Crioulo”, definhase à medida que assume publicamente o seu desejo homoerótico por Aleixo. Há, nessa narrativa, ritos explícitos de iniciação do personagem Aleixo em experiências sexuais típicas da homo/heteronormatividade, constituindo-se, portanto, como uma narrativa de formação. Situando-a ainda no espaço temporal, há a reiteração da homossexualidade, compreendida e representada discursivamente a partir de um ponto de vista patológico, característico de uma época marcada pelo cientificismo e pela descoberta das mazelas sociais na 116 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 estética literária denominada Naturalismo. Além disso, podemos verificar o posicionamento discriminatório e preconceituoso do narrador assim como os valores depreciativos referentes às práticas discursivas de subjetivação dos dois personagens. Nesse sentido, na narrativa em questão a homossexualidade é associada a uma perspectiva pejorativa a partir de um processo de subalternização dos personagens homoafetivos, cujo desejo é alijado na e pela sociedade da época, impondo a Amaro e a Aleixo uma degradação moral e social. PERSPECTIVAS TEMÁTICAS E IMAGÉTICAS DE USO DA LITERATURA TOCANTINENSE PARA A FORMAÇÃO DE LEITORES Rubens Martins da Silva Colégio Estadual Adolfo Bezerra de Menezes O presente trabalho apresenta o resultado de atividades didático-pedagógicas realizadas com alunos do Ensino Fundamental para a formação de leitores a partir do estudo de obra literária tocantinense “O Quati e outros contos” de Fidêncio Bogo (2001). Teoricamente as atividades desenvolvidas ancoraram-se nas concepções teóricas de Wolfgang Iser (1996); de Paul Ricouer (2005); dos Parâmetros Curriculares Nacionais (1998); da Proposta Curricular do Ensino Fundamental do Tocantins (2008); de Eni Orlandi (2006); e de Magda Soares (1999), dentre outras. A inquietação problemática surgiu da necessidade de analisar e constatar a contribuição que a literatura tocantinense oportuniza para a formação de leitores. Assim, a metodologia aplicada ocorreu por meio de estudos nas aulas de Língua Portuguesa envolvendo alunos do 6º e 7º ano, mediante a realização de leituras dirigidas, de debates, de produção de textos pelo foco temático e, de representação dos assuntos pelo foco imagético. Nesse foco, os resultados alcançados revelaram a capacidade articulatória que os alunos têm para lidarem com a constituição de competências e habilidades de leitura. Diante disso, as práticas de leitura centraram-se no foco da leitura temática (inscrita nas perspectivas dos Temas Transversais) e, imagética (inscrita na abordagem metafórica). Pela temática, seguido as relações com os temas transversais. Pela imagética, consolidando a capacidade de entendimento do texto com sua representação através de imagens, desenhos. 117 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 A CONSTRUÇÃO POÉTICA MULTIFACETADA EM FILINTO ELÍSIO Rute Maria Chaves Pires UEMA/CESI- GELITI O presente trabalho faz parte do percurso trilhado pela autora como membro do Grupo de Pesquisa GELITI – Grupo de Estudos Literários e Imagéticos, da Universidade Estadual do Maranhão-UEMA, na linha de pesquisa Da palavra à imagem, da imagem à palavra. Esta comunicação tem por objetivo fazer um estudo sobre a construção poética multifacetada da obra do autor cabo-verdiano Filinto Elísio. São corpus de investigação deste estudo os livros: “Das frutas Serenadas” (2007), explícito diálogo entre os recursos poéticos e as imagens gustativas que se formam a partir destes; “Li Cores & Ad Vinhos” (2009), coquetel etílico e visual de sinestesias e metáforas polivalentes na construção de uma obra que se completa numa ilustração que lhe é pertinente, sem, no entanto, lhe ser uma leitura; e “Mexendo no baú. Vasculhando o U” (2011), última incursão do autor (por enquanto) em busca da mais alta escala poético/visual através de uma coletânea de poemas/quadros costurados a quatro mãos, a saber, as pinturas de Luís Geraldes, que deságuam num outro diálogo, agora sonoro, no CD que o acompanha. Esse percurso trilhado por Elísio nos faculta olhares e possíveis investigações acerca da construção da sua obra, bem como inseri-lo no processo de discussão desse Encontro que tem como tema: Identidades africanas na produção audiovisual em África e na sua diáspora. A MÚSICA NO CONTEXTO ESCOLAR: ANÁLISE LITERÁRIA VERSUS ANÁLISE DO DISCURSO Sádia Maria Soares Azevedo Rocha SEDUC/UFT/PALMAS O presente trabalho foi idealizado com a intenção de oferecer aos professores de Língua Portuguesa recursos didáticos e pedagógicos para que as aulas do ensino da Língua Materna sejam significativas. As temáticas abordadas neste estudo são análise linguística e literária da música Ciranda da Bailarina dos compositores Chico Buarque e Edu Lobo. Os objetivos deste trabalho são: primeiro oportunizar a leitura do gênero textual-música, perpassando pelas figuras de linguagens, pelos recursos poéticos (versos, estrofes, ritmos, rimas, repetições e aliterações) conteúdos que os alunos e professores devem adquirir para desenvolver as habilidades de leitura e produção de textos, previstas no ensino da Língua Portuguesa e em segundo lugar oportunizar a discussão sobre 118 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 a música em estudo e o desenvolvimento de habilidades de análise linguística e análise do discurso, com a finalidade de despertar sobre como os autores selecionam diversos recursos da língua ao elaborarem os seus textos, com ênfase na abordagem que os compositores estabelecem dentro da literatura para expressar determinados contextos históricos e sociais. Recorremos à prática do ensino de leitura nas obras de Koch (2009) e Antunes (2003) em que as atividades docentes devem garantir leituras diversificadas e motivadoras, tendo como meta uma atividade crítica, que extrapole a mera decodificação de palavras e chegue à interpretação dos aspectos ideológicos do texto. Além disso, buscamos aporte teórico para o desenvolvimento da compreensão leitora nas estratégias de ensino apontadas por Kleiman (1995) e a visão de Bakhtin (2006) e Maingueneau (vários) para trabalhar com a análise do discurso. E para finalizar o trabalho buscamos informações acerca da vida dos compositores da música em estudo, para fortalecer a importância de se conhecer o autor do discurso. RELATÓRIOS DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO: GÊNERO E REGISTRO NA LSF Samaritana de Moura Barbosa Vilma Nunes da Silva Fonseca Universidade Federal do Tocantins – UFT Esta comunicação apresenta discussões de leituras preliminares no âmbito da Linguística Sistêmico-Funcional (LSF), principal arcabouço teóricometodológico, no desenvolvimento do projeto de pesquisa “Representação discursiva do professor em Relatórios de Estágio Supervisionado: análise dos contextos de cultura e de situação focalizando o gênero e o registro da produção escrita” (PIBIC/UFT/2013). A investigação analisa a escrita acadêmica do gênero Relatório de Estágio Supervisionado da Licenciatura em Letras/UFT/Câmpus de Araguaína, visando investigar a representação discursiva dos professores da educação básica no gênero mencionado. Na apresentação, situamos as referências bibliográficas consultadas, nesta fase inicial da pesquisa, conceituando o gênero Relatório de Estágio Supervisionado em seus contextos cultural e situacional, enquanto prática social e escrita reflexiva em suas especificidades sócio-comunicativas. Para isso, são utilizados os conceitos de gênero e registro vistos em Halliday & Hasan (1989), Eggins e Martin (2007). Optou-se pela modalidade de pesquisa qualitativa, pois os seus procedimentos atendem às prioridades do estudo. Esta pesquisa em andamento integra as atividades científico-acadêmicas do “Grupo de Pesquisa: Práticas de Linguagens em Estágios Supervisionados” (PLES/UFT/CNPq). 119 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 ANÁLISE DE HISTÓRIA EM QUADRINHOS POR MEIO DA GRAMÁTICA REFLEXIVA Schaony Sindy de Sousa Aurea Maria Sampaio Teles UNIRG - TO Este trabalho é parte do subprojeto de Letras cadastrado no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência do Centro Universitário UnirG, no qual apresenta o trabalho com os gêneros textuais na sala de aula como uma prática que visa resultados significativos para o ensino em diversos contextos. Visando à eficácia de leitura e interpretação de História em Quadrinhos, com turmas do 6° anos da Escola Municipal Gilberto Rezende Rocha Filho, de Gurupi – Tocantins, levando o aluno a interpretar a linguagem visual e a verbal, com coerência e clareza, desenvolvendo o espírito de observação e de análise, para tornar-se capaz de produzir trabalhos semelhantes. A partir dos estudos de Travaglia (1995), em sua obra “Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática” propõe que o ensino seja voltado para uma gramática reflexiva e de uso, tendo a gramática teórica e a normativa apenas como auxiliares, utilizando sempre da interação do texto como um todo. Acrescenta que há também um trabalho sobre recursos linguísticos que o aluno ainda não domina, ampliando sua capacidade de uso e realizando um ensino produtivo e não apenas descritivo, por atividades reflexivas voltadas à semântica e à pragmática. Ao longo do nosso trabalho, procuramos apresentar o gênero textual História em Quadrinhos, por meio de oficinas, com o objetivo de demonstrar a eficácia da leitura, suas características e principalmente o encadeamento lógico do texto sob práticas pedagógicas tais como: ludicidade, condições para que o aluno experiencie novos conhecimentos de tal forma que, as dúvidas sejam dirimidas, com jogos em que evidenciavam conceitos relativos à produção e o encadeamento lógico do texto e como atividade final a produção das histórias em quadrinhos. Portanto, foi possível desenvolver nos alunos mais do que decoração e repetição de algo lido ou ouvido, mas a capacidade de analisar e criticar algo pelas próprias faculdades por meio de atividades lúdicas, aproximando-os assim da compreensão, troca de conhecimentos e valores. 120 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 A SITUAÇÃO SOCIOLINGUÍSTICA DOS APINAYÉ: USOS E FUNÇÕES DAS LÍNGUAS EM SITUAÇÃO DE USO DE ACORDO COM OS DOMÍNIOS SOCIAIS DAS ALDEIAS SÃO JOSÉ E MARIAZINHA Severina Alves de Almeida Universidade de Brasília - UnB Apresentamos resultados de uma pesquisa com os Apinayé, indígenas do norte do Estado do Tocantins. O estudo se deu nas aldeias São José e Mariazinha, considerando os usos e funções das línguas materna e portuguesa, de acordo com os domínios sociais das comunidades. Os dados, gerados quantiqualitativamente, foram coletados mediante aplicação de questionário sociolinguístico (FISHMAN, 1967; ALBUQUERQUE, 1999). A pesquisa se configura como quantiqualitativa, tendo como base os estudos de Günther (2006) e Vasconcelos (2009). É também uma etnografia com observação participante a partir das teorias de Erickson (1984); Ezpeleta & Rockwell (1989); e Beaud & Weber (2007). O corpus investigado é composto de entrevistas realizadas com lideranças e professores Apinayé, diários e notas de campo. Utilizamos, para análise dos conceitos de Bilinguismo: Grosjean (1982), Hamers & Blanc (2000). Sobre Educação Indígena, Cabral (2001); Lopes da Silva (1994); Maher (2005); Grupioni (2002); sobre os Apinayé, Nimuendaju (1983); Da Matta (1976); e Albuquerque (1999; 2007). Os resultados constatam que os Apinayé são Bilíngues (Apinayé/Português) e que apesar da língua portuguesa estar presente em domínios sociais de exclusiva competência da língua materna, os indígenas se mobilizam no sentido de preservar seus aspectos culturais e linguísticos. A LÍNGUA DOS “FILHOS ERRANTES DA SOCIEDADE”: DISCURSO, PODER E DISCRIMINAÇÃO NAS GÍRIAS DO SISTEMA PENITENCIÁRIO DO INTERIOR DO TOCANTINS Solange Cavalcante de Matos Universidade de Brasília (UnB) Instituto Federal do Tocantins (IFTO) – Campus Gurupi O presente artigo tem como objetivo analisar, com base nos pressupostos teóricos da Sociolinguística Interacional, as relações de poder, a ideologia e o preconceito linguístico inerentes à linguagem dos reeducandos do Sistema Penitenciário do Estado do Tocantins, mais especificamente das cidades de 121 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 Gurupi e Cariri. Pretende-se, outrossim, investigar o papel desses vocabulários na interação verbal entre os detentos e entre estes e os policiais, analisando como essa linguagem é usada como subterfúgio para dificultar as investigações criminais e facilitar a prática de crimes. Para tanto, optou-se pelo modelo teórico-metodológico da Sociolinguística Interacional (GUMPERZ, 1988 e GOFFMAN, 2012), numa abordagem qualitativa de análise dos dados, posto que tem como objetivo a obtenção de dados descritivos a partir do contato direto com os informantes, procurando analisá-los criticamente e a partir da realidade sociocultural, o que confere à pesquisa uma perspectiva etnográfica. Para a geração dos dados, utilizamos a entrevista semiestruturada e a observação participante, uma vez que essas técnicas são mais vantajosas por permitir uma maior interação entre o entrevistado e o entrevistador. Os resultados revelam que a linguagem de grupos como esse tende a ser cifrada e metafórica, pois os falantes transferem o sentido de um termo para outro, com o objetivo de não serem compreendidos por pessoas não pertencentes ao grupo, contribuindo, assim, para a identificação e hegemonia do grupo e para o sucesso do planejamento e execução das ações criminosas. FORMAÇÃO CONTINUADA: PERCURSOS ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA DE LEITURA Tânia do Socorro Ferreira da Silva Maria José de Pinho Universidade Federal do Tocantins Apresentaremos os resultados parciais de uma pesquisa intitulada “A interferência da formação continuada nas práticas de leitura dos professores”. Neste trabalho, estamos investigando se a formação do Gestar ofereceu subsídios teóricos sobre os mecanismos de leitura para que os professores aprimorassem sua prática de leitura, em sala de aula e fora dela. Sabemos que o gosto pela leitura só acontece quando entremos em contato com os mais variados tipos de textos, ou seja, quando lemos, e o ato de ler é um processo que exige aprendizado. Portanto, nosso objetivo é analisar se a formação do Gestar – Gestão da Aprendizagem Escolar - ofereceu subsídios teóricos sobre os mecanismos de leitura para que os professores aprimorassem sua prática de leitura. Estamos pesquisando os professores que participaram dessa formação continuada e que atuam nos nonos anos, de duas escolas da rede pública estadual ensino, na cidade de Tocantinópolis. Estamos priorizando o tipo de pesquisa estudo de caso numa abordagem qualitativa. O aporte teórico utilizado é dá área da Formação de Professores e de Leitura. E para a coleta dos dados fazemos uso de entrevistas semi-estrururadas e da História Oral, 122 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 onde focamos na reconstituição do percurso realizado pelos professores de Língua Portuguesa no desenvolvimento de sua prática de leitura. LAPTOP EDUCACIONAL NA SALA DE AULA: EXPECTATIVAS, PERSPECTIVAS E PRÁTICAS EM DUAS ESCOLAS TOCANTINENSES Tânia Maria de Oliveira Rosa Luiza Helena Oliveira da Silva Universidade Federal do Tocantins-UFT O trabalho trata-se de uma pesquisa em fase inicial que objetiva analisar como a inserção dos laptops educacionais pode contribuir para a inovação da prática docente em duas escolas públicas situadas no norte do Tocantins, piloto no Projeto Um computador Por Aluno (UCA). O Projeto visa à melhoria da qualidade da educação por meio do uso pedagógico do computador e internet. Este trabalho analisa, na perspectiva da semiótica discursiva de linha francesa, os procedimentos de tematização e de figurativização da prática docente em relatórios de aula dos professores e depoimentos dos alunos que participaram da experiência piloto do Projeto UCA. A análise dos dados é realizada sob o viés da semiótica discursiva, a partir de BERTAND (2003), FIORIN (2010), BARROS (2011) E RISTER e SILVA (2013). A pesquisa consiste em um estudo de caso com abordagem qualitativa de caráter interpretativista. Na qual analisa as expectativas, experiências e avaliações das atividades desenvolvidas pelos docentes e alunos como proposta do projeto; as potencialidades do laptop educacional na sala de aula como um recurso pedagógico e seus efeitos na prática docente durante a implantação do Projeto UCA, no período letivo de 2009 a 2012, sendo efetivado no ano de 2013 como uma política pública Programa Um Computador por Aluno- PROUCA. A fase inicial da pesquisa mostra o olhar dos docentes diante da nova perspectiva de ensino, as contribuições e implicações decorrentes da inclusão digital na sala de aula. O ASPECTO NAS METÁFORAS VERBAIS: (RE)CONHECENDO UM MUNDO CONHECIDO Thabyson Sousa Dias Universidade Federal do Tocantins Este estudo tem por objetivo analisar e descrever metáforas com verbo de ação aspectual cursiva e iterativa no PB e no Inglês, bem como observar se o significado aspectual interfere na interpretação das ocorrências metafóricas e verificar se a (ir)regularidade interpretativa encontrada nas ocorrências 123 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 metafóricas ocorre de maneira semelhante em ambas as línguas. Para análise e discussão dos dados, adotamos a Teoria Interacionista de Max Black, pois ela valoriza a interação entre o tópico e o veículo da metáfora. Para a realização deste estudo utilizamos a metodologia elaborada por Moura (2011) e Fossile (2011). Assim, coletamos na web metáforas reais do PB com o verbo iterativo chicotear e com o verbo cursivo dançar. Também retiramos da web metáforas reais do Inglês com o verbo iterativo to whip e com o verbo cursivo to dance. Verificamos que as regularidades interpretativas encontradas ocorrem de maneira semelhante em ambas as línguas. Analisamos que as paráfrases das metáforas com verbos de ação aspectual cursiva e iterativa são influenciadas pelos sentidos literais dos verbos em questão, e que a interpretação metafórica de ambas as línguas são influenciadas pelo valor aspectual, o qual está inerente ao radical dos verbos. Averiguamos ainda que marcas verbais como NDO e ING, por exemplo, reforçam o valor aspectual cursivo. Nossos resultados demonstram que qualquer sentença metafórica com verbo de ação aspectual iterativa ou cursiva é interpretada de uma única maneira, isto é, a partir da interação entre o tópico e o veículo. O ENSINO DO PORTUGUÊS NA MODALIDADE ESCRITA PARA ALUNOS SURDOS USUÁRIOS DA LÍNGUA DE SINAIS Thawana Pires Silva A população surda é grupo linguisticamente minoritário, inserido em um grupo majoritário, que neste caso são os falantes do Português. Analisando esse contexto, percebemos ser necessário que os alunos surdos tenham um ensino bilíngue, que usem a língua de sinais como mediadora do ensino de Português. Todavia, para que isso ocorra, é importante dar suporte aos professores, e, por isso, este trabalho explicará a relevância da criação de um dicionário interativo bilíngue da terminologia do Português, sendo que este material não irá substituir o livro didático, mas será um auxilio para o professor. 124 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 OS TEMAS TRANSVERSAIS, A TEORIA DO TERCEIRO EXCLUÍDO E A TEORIA DO TERCEIRO INCLUÍDO: NECESSIDADE DE UM NOVO OLHAR Vanessa Rita de Jesus Cruz Flávio Pereira Camargo Universidade Federal do Tocantins, UFT Neste resumo, temos como objetivo discutir algumas questões sobre a abordagem da temática da sexualidade em um dos documentos que norteiam a educação, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Esse período de complexidade em que vivemos exige uma escola mais plural, inclusiva, democrática e criativa, que se preocupe com questões sociais, que nossos educandos sejam capazes de tornar o aprendizado significativo, que respeitem o meio ambiente, que suas ações sejam pautadas pela ética, que respeitem as diferenças culturais e o outro que não se encaixa na matriz heterossexual da sociedade. Nesse contexto, torna-se urgente e necessária uma prática educacional que compreenda a realidade social e preocupe-se com a coletividade, o que inclui os sujeitos e o ecossistema de um modo geral. Assim, é que se passa a incluir nos PCN do Ensino Fundamental os chamados Temas Transversais, que discutem questões da Ética, da Pluralidade Cultural, do Meio Ambiente, da Saúde, da Orientação Sexual e do Trabalho e Consumo. Essa educação, voltada para a cidadania, exige que o processo de ensinoaprendizagem inclua no currículo questões sociais que proporcionem aos alunos uma reflexão sobre elas. Por ora, nos deteremos nesse trabalho com apenas um tema transversal: a Orientação Sexual. Esse é um tema que ainda é considerado por alguns professores como tabu, embora já esteja previsto nos PCN a sua abordagem. Podemos dizer que a inclusão dessa temática nos PCN representa um avanço para o campo educacional, sobretudo por se tratar de um documento que rege a educação no país. Porém, essa inclusão não garante efetivamente que a referida temática, assim como as demais, seja trabalhada no espaço escolar. A educação para a cidadania que se pretende envolve o respeito às diferenças e à diversidade, portanto, essa temática merece a devida intermediação em sala de aula. 125 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 TOPONÍMIA E ENSINO: OS NOMES DE LUGARES DE ORIGEM INDÍGENA NOS LIVROS DIDÁTICOS DE GEOGRAFIA DO ENSINO FUNDAMENTAL, CONSIDERAÇÕES INICIAIS Verônica Ramalho Nunes Karylleila dos Santos Andrade Universidade Federal do Tocantins, UFT O presente estudo está voltado para a toponímia, e está relacionada a análise linguística, seu objeto de estudo, constitui um caminho possível para o conhecimento do modus vivendi das comunidades linguísticas, que ocupam ou ocuparam um determinado espaço. Quando um indivíduo ou comunidade linguística atribui um nome a um acidente humano ou físico, revelam-se aí tendências sociais, políticas, religiosas, culturais. Toponímia vem do grego topos “lugar” e onoma “nome”. Estuda o nome dos lugares e designativos geográficos: física, humano, antrópico ou cultural. As particularidades da toponímia são a busca pela etimologia, o caráter semântico da palavra e suas transformações linguísticas, principalmente as fonético-fonológicas e as morfológicas. É uma disciplina que se dedica ao estudo dos nomes dos lugares (municípios, cidades, vilas, estados), norteada pela função onomástica. Em sua formação, um topônimo recebe influências internas e externas que podem ser únicas ou combinadas (simples, composto, híbrido). Essas influências podem vir das condições geográficas, históricas, culturais, sociais, etimológicas, semânticas, linguísticas ou taxionômicas. A Toponímia constitui-se de conhecimentos oriundos da História, da Geografia, dos estudos culturais, linguísticos e até dialetológicos, ocupa-se de um recorte específico do léxico de uma língua, a saber, os nomes próprios dados a lugares chamados “topônimos”. A proposta deste estudo vincula-se ao estudo da Toponímia aplicada ao ensino, cujo objetivo é realizar um estudo dos nomes de lugares de origem indígena nos livros didáticos de geografia do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. Neste estudo, propõe-se uma inter-relação entre os conhecimentos, articulando-os e interagindo as informações que circulam pelas diferentes áreas do saber. Entende-se que o saber toponímico articula saberes geográficos, históricos, biológicos, antropológicos, além, dos saberes linguísticos. AS PEDRAS NA OBRA POÉTICA DE CORA CORALINA Walace Rodrigues Universidade Federal do Tocantins – UFT Este escrito tenta subsidiar professores e estudantes de literatura a trabalharem com poesia brasileira em suas aulas e seus estudos. Tenta-se mostrar, aqui, as 126 I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013 várias possibilidades sensoriais que um bom poema pode nos fornecer, estimulando-nos a sentir com mais intensidade, a viver com mais fervor e a pensar com mais inventividade. Como exemplo da riqueza estética que a poesia pode fornecer utilizo-me aqui das várias interpretações sobre “pedra” na poesia de Cora Coralina, uma das mais importantes e representativas poetisas de língua portuguesa, uma mulher interiorana que soube descrever cada pequeno detalhe interior e exterior da vida humana. Em sua obra poética a figura da pedra é recorrente e remete a uma grande variedade de referências e interpretações, dando-nos a dimensão criativa desta poetisa de primeira linha. Devo lembrar, ainda, que as interpretações dadas por este escrito sobre o uso da palavra "pedra" na poesia de Cora Coralina são apenas sugestões imagéticas, pois elas evocam ideias associativas, de ordem abstrata e sensorial para cada leitor. É com imagens que o poeta inunda nossa imaginação e nos toca os sentidos, por isso a intenção de trazer para este texto as possíveis relações entre a palavra “pedra” e as múltiplas significações dadas pela poetisa demonstram a importância sensível e a riqueza compositiva das imagens em poesia. 127