I Simpósio de Linguística, Literatura e Ensino do
Tocantins
&
IX Semana Acadêmica de Letras
11 a 13 de Novembro de 2013 – UFT/Araguaína – TO
Organização
Flávio Pereira Camargo
Miliane Moreira Cardoso Vieira
Vilma Nunes da Silva Fonseca
Copyright ©
2013 – Universidade Federal do Tocantins – Todos os direitos
reservados
www.uft.edu.br
Câmpus Universitário de Araguaína
Curso de Pós-Graduação em Letras: Ensino de Língua e
Literatura
Rua Paraguai S/N, esquina com Uxiramas
CEP 77838-824
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do
Tocantins – SISBIB
S 612
Simpósio de Linguística, Literatura e Ensino do Tocantins SILLETO (1.: 2013: Araguaína, TO)
Perspectivas Críticas e Epistemológicas para o Ensino de Língua e
Literatura na Contemporaneidade, 11 a 13 de novembro de 2013 /
Coordenadores: Flávio Pereira Camargo, Miliane Moreira Cardoso
Vieira, Vilma Nunes da Silva Fonseca, Valéria da Silva Medeiros.
– Araguaína: 2013.
Evento realizado pela Universidade Federal do Tocantins
ISBN 978-85-63526-36-6
Modo de acesso: <http://isilletouft.webnode.com>
1. Linguística. 2. Literatura. 3. Educação. I.Título
CDD 410
Bibliotecária: Gracelynne O. S. Miranda
CRB-2/1233
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
Reitor
Márcio Antônio da Silveira
Vice-Reitora
Isabel Cristina Auler Pereira
Pró-Reitor de Graduação – PROGRAD
Berenice Feitosa da Costa Aires
Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação – PROPESQ
Waldecy Rodrigues
Pró-Reitor de Extensão – PROEX
George França
Diretor do Câmpus de Araguaína
Luís Eduardo Bovolato
Coordenador do Programa de Pós-Graduação
em Letras: Ensino de Língua e Literatura
Flávio Pereira Camargo
Vice-Coordenadora do Programa de Pós-Graduação
em Letras: Ensino de Língua e Literatura
Karylleila dos Santos Andrade
Coordenador do Curso de Letras/Araguaína
José Manoel Sanches da Cruz
Vice-Coordenadora do Curso de Letras/Araguaína
Selma Maria Abdalla Dias Barbosa
ORGANIZAÇÃO EDITORIAL
Aliny Mendes – Bolsista CAPES/PPGL
Bruno Gomes Pereira – Bolsista CAPES/PPGL
Flávio Pereira Camargo – Docente/UFT
Miliane Moreira Cardoso Vieira – Docente/UFT
Valéria da Silva Medeiros – Docente/UFT
Vilma Nunes da Silva Fonseca – Docente/UFT
REVISÃO
Miliane Moreira Cardoso Vieira – Docente/UFT
Vilma Nunes da Silva Fonseca – Docente/UFT
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
Aliny Sousa Mendes – Bolsista CAPES/PPGL
Bruno Gomes Pereira – Bolsista CAPES/PPGL
Miliane Moreira Cardoso Vieira – Docente/UFT
Vilma Nunes da Silva Fonseca – Docente/UFT
COMISSÕES
Comissão Organizadora
Flávio Pereira Camargo
Miliane Moreira Cardoso Vieira
Vilma Nunes da Silva Fonseca
Comissão Científica
Valéria da Silva Medeiros (Coordenadora)
Vilma Nunes da Silva Fonseca
Flávio Pereira Camargo
Francisco Edviges Albuquerque
Janete da Silva Santos
Alessandra Mara de Assis
Dieysa Kanyella Fossile
Naiana Siqueira Galvão
Ana Cláudia Castiglione
Márcia Rejany Mendonça
Eliane Cristina Testa
Comissão de Divulgação
Naiana Siqueira Galvão (Coordenadora)
Jane Guimarães Sousa
Plínio Sabino Sélis
Ana Paula Aoki
Cristiane Almeida
Selma Maria Abdalla Dias Barbosa
Comissão de Logística e Infraestrutura
José Manoel Sanches da Cruz (Coordenador)
Wallace Rodrigues
Wandercy Carvalho
Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira
Rogério Fernandes Santos
Comissão de Monitoria
Vilma Nunes da Silva Fonseca (Coordenadora)
Alessandra Mara de Assis
Comissão Cultural
Eliane Cristina Testa (Coordenadora)
ProfMara Cleusa Peixoto Assis Rister
Bolsistas-Monitores
(Secretaria do I SILLETO)
Aliny Sousa Mendes (Mestrado/CAPES)
Aurílio Soares da Silva (PIBIC/CNPq)
Bárbara de Freitas Farah(PIBIC/CNPq)
Bruno Gomes Pereira (Mestrado/CAPES)
Kellen Lucy Santos Silva (PIBEX/UFT)
Letícia Carvalho Martins (PIBIC/UFT)
Meiry Raquel de Queiroz (PIBIC/UFT)
Patrícia Sousa da Silva Cunha (PIVIC/UFT)
Rodrigo Gomes de Sousa (PIVIC/UFT)
Samaritana de Moura Barbosa (PIBIC/UFT)
SUMÁRIO
Apresentação ..................................................................................................08
Programação Geral .......................................................................................09
Programação – Sessões de Comunicação Oral .........................................13
Conferências ..................................................................................................31
Palestras ..........................................................................................................32
Minicursos ......................................................................................................34
Mesas Redondas ............................................................................................36
Comunicações ................................................................................................44
APRESENTAÇÃO
O I Simpósio de Linguística, Literatura e Ensino do Tocantins
– I SILLETO, primeiro evento de âmbito nacional da Área de Letras
realizado na Universidade Federal do Tocantins (UFT/Araguaína), possibilita
aos seus participantes o acesso ao conhecimento que vem sendo produzido nos
últimos anos no campo dos Estudos Linguísticos e Literários, com interesse
particular na formação do professor de Língua (Materna e Estrangeira) e
Literatura, como também nas novas tendências ou perspectivas
epistemológicas na contemporaneidade.
Através de atividades científicas dessa natureza, é possível perceber
que o efetivo contato entre alunos da Graduação (Curso Regular e PARFOR) e
Pós-Graduação (Especialização, Mestrado – Profissional e Acadêmico – e
Doutorado) com professores da UFT e de outras IES, assim como com
professores da Educação Básica, pode resultar em futuros convênios e
parcerias institucionais para o fortalecimento e intercâmbio de pesquisas, bem
como na realização de projetos nos eixos temáticos: Língua, Literatura e
Ensino.
A programação deste I SILLETO é composta por: Conferências,
Palestras, Mesas Redondas, Minicursos e Sessões de Comunicações Orais.
Neste Caderno, estão publicados, além da Programação Geral, todos
os resumos das modalidades de participação mencionadas.
A Comissão Organizadora do I SILLETO tem a satisfação de recebêlos e desejar-lhes um excelente evento.
Comissão Organizadora
8
PROGRAMAÇÃO GERAL
11-11-2013 (Segunda-feira)
7:30 – 11:00 – CREDENCIAMENTO E
ENTRADA - ANFITEATRO)
INSCRIÇÃO (HALL DE
8:00 – 8:30.MOMENTO..CULTURAL (SALA 17 - ANFITEATRO)
8:30 – ABERTURA OFICIAL (SALA 17 - ANFITEATRO)
Prof. Dr. Luís Eduardo Bovolato (UFT) – Diretor do Câmpus de Araguaína
Prof. Dr. Flávio Pereira Camargo (UFT) – Coordenador do PPGL
Prof. Dr. José Manoel Sanches da Cruz (UFT) – Coordenador do Curso de
Letras/Coordenador do Curso de Letras-PARFOR
Profa. Ms. Miliane Moreira Cardoso Vieira (UFT) – Representante da
Comissão Organizadora do I SILLETO
Profa. Ms. Vilma Nunes da Silva Fonseca (UFT) – Representante da Comissão
Organizadora do I SILLETO
9:00 – 10:30 – 1ª CONFERÊNCIA DE ABERTURA (SALA 17 ANFITEATRO)
Título: “De olhos bem abertos: pensando as relações entre linguística,
Letramento e Ficção no ensino da Literatura”
Profa. Dra. Eliana Lúcia Madureira Yunes (PUC-Rio/Cátedra UNESCO de
Leitura PUC-Rio/II Ler PUC-Rio)
Mediadora: Profa. Dra. Valéria da Silva Medeiros (UFT/Coordenadora ETA
Capes-Fulbright/ PPGL/ pesquisadora Cátedra UNESCO de Leitura PUCRio)
9
10:30 – EXPOSIÇÃO E LANÇAMENTO DE LIVROS (HALL DE
ENTRADA - ANFITEATRO)
14:00 – 18:00 – SESSÕES DE COMUNICAÇÕES (SALAS DE
AULA/3P)
14:00 – 18:00 – WORKSHOP PARA PROFESSORES DE LÍNGUA
INGLESA DA EDUCAÇÃO BÁSICA (SALAS DE AULA/3P)
(Danielle Shelton e Francesca Schley - Bolsistas Programa ETA
Capes/Fulbright/UFT)
19:00 – 19:30 - MOMENTO CULTURAL (SALA 17 - ANFITEATRO)
20:00 – 21:30 – 2ª CONFERÊNCIA DE ABERTURA (SALA 17 ANFITEATRO)
Título: “Cidadania, Ensino de Línguas e Linguística SistêmicoFuncional.”
Prof. Dr. Orlando Vian Jr. (UFRN)
Mediadora: Profa. Ms. Vilma Nunes da Silva Fonseca (UFT/CIMES)
21:30 – EXPOSIÇÃO E LANÇAMENTO DE LIVROS (HALL DE
ENTRADA - ANFITEATRO)
12-11-2013 (Terça-feira)
8:00 – 9:15 – PALESTRA (SALA 17 - ANFITEATRO)
Título: “Ensino de Inglês como Língua Franca na Escola Pública: por
uma crença no seu (bom) funcionamento.”
Prof. Dr. Domingos Sávio Pimentel Siqueira (UFBA)
Mediadora: Profa. Ms. Miliane Moreira Cardoso Vieira (UFT/PLES)
9:15 – 9:30 – INTERVALO
9:30-11:00..–..MESA..REDONDA (SALA 17 - ANFITEATRO)
Tema: “Ensino e Formação de Professores de Língua Inglesa”
Profa. Ms. Daniella Corcioli Azevedo Rocha (UFT/Câmpus Porto Nacional)
Profa. Ms. Selma Maria Abdalla Dias Barbosa (UFT)
Profa. Ms. Elisa Borges de Alcântara Alencar (UFT)
Mediadora: Profa. Esp. Naiana Siqueira Galvão (UFT)
10
14:00 - 18:00 – MINICURSOS (SALAS DE AULA/3P)
Minicurso 1 – “O que é Gramática Sistêmico-Funcional?: Noções
teórico-metodológicas introdutórias.”
Prof. Dr. Orlando Vian Jr. (UFRN)
Minicurso 2 – “Deconstructing the „plastic world‟ of ELT textbooks.”
Prof. Dr. Domingos Sávio Pimentel Siqueira (UFBA)
Obs: Pré-requisito: Trazer livros didáticos de Língua Inglesa.
Minicurso 3 – “O Trabalho com o poema na sala de aula.”
Prof. Dr. José Hélder Pinheiro Alves (UFCG/PB)
19:00 – 20:15 –PALESTRA (SALA 17 - ANFITEATRO)
Título: “A (re)escrita mediada pela web: um experimento utilizando a
wiki”
Prof. Dr. Adair Vieira Gonçalves (UFGD/ PPGL)
Mediadora: Profa. Dra. Janete Silva dos Santos (UFT/PPGL)
20:15 – 20:30 – APRESENTAÇÃO CULTURAL: GRUPO DE
VIOLINOS
20:30-22:00..–..MESA..REDONDA (SALA 17 - ANFITEATRO)
Tema: “Fonética e Fonologia Aplicadas ao Ensino de Línguas.”
Profa. Dra. Carine Haupt (UFT/ PPGL/Câmpus Porto Nacional)
Prof. Dr. Francisco Edviges Albuquerque (UFT/ PPGL)
Profa. Ms. Alessandra Mara de Assis (UFT)
Mediadora: Profa. Ms. Selma Maria Abdalla Dias Barbosa (UFT)
13-11-2013 (Quarta-feira)
8:00 – 9:15 – PALESTRA (SALA 17 - ANFITEATRO)
Título: “Literatura: Ensino e Pesquisa.”
Prof. Dr. José Hélder Pinheiro Alves (UFCG/PB)
Mediadora: Profa. Ms. Vilma Nunes da Silva Fonseca (UFT/CIMES)
9:15 – 9:30 – INTERVALO
9:30–11:00..–..MESA..REDONDA (SALA 17 - ANFITEATRO)
11
Tema: “Ciências do Léxico e Linguística Aplicada ao Ensino de Língua
Materna.”
Profa. Dra. Karylleila dos Santos Andrade (UFT/PPGL/Câmpus Palmas)
Profa. Dra. Janete Silva dos Santos (UFT/PPGL)
Mediador: Prof. Dr. Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira (UFT/ PPGL)
14:00 – 18:00 – SESSÕES DE COMUNICAÇÕES (SALAS DE
AULA/3P)
14:00 – 18:00 – WORKSHOP PARA PROFESSORES DE LÍNGUA
INGLESA DA EDUCAÇÃO BÁSICA (SALAS DE AULA/3P)
(Danielle Shelton e Francesca Schley - Bolsistas Programa ETA
Capes/Fulbright/UFT).
14:00 – 18:00 – Minicurso 4 – “Gêneros textuais/ discursivos e ensino de
língua portuguesa” (SALAS DE AULA/3P)
Prof. Dr. Adair Vieira Gonçalves (UFDG/PPGL)
19:00–20:30..–..MESA..REDONDA (SALA 17 - ANFITEATRO)
Tema: “Desafios e Perspectivas Contemporâneas para os Estudos
Literários.”
Profa. Dra. Hilda Gomes Dutra Magalhães (UFT/PPGL)
Profa. Dra. Eliane Testa (UFT)
Profa. Dra. Valéria da Silva Medeiros (UFT/Coordenadora ETA CapesFulbright/ PPGL/ pesquisadora Cátedra UNESCO de Leitura PUC-Rio)
Mediador: Prof. Dr. Flávio Pereira Camargo (UFT/ PPGL)
20:45 – 22:00 CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO (SALA 17 ANFITEATRO)
Título: “Por Que se Preocupar com a Linguagem nos Dias de Hoje?”
Prof. Dr. Kanavillil Rajagopalan (UNICAMP)
Mediadora: Profa. Dra. Karylleila dos Santos Andrade (UFT/PPGL/Câmpus
Palmas)
22:00 – COQUETEL DE ENCERRAMENTO (SALA DE AULA DO
PPGL)
12
PROGRAMAÇÃO
SESSÕES DE COMUNICAÇÃO ORAL
DIA 11/11/2013
SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 1
SALA: 01 PRÉDIO: P3 – DIA: 11/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00
ENSINO/FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
COORDENADOR(A): Profª Selma Abdalla
Nº
01
02
03
04
05
TÍTULO
REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE
LÍNGUA
INGLESA
EM
QUATRO
ESCOLAS
PÚBLICAS
DE
PORTO
NACIONAL – TO
FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO
CURSO DE LETRAS/INGLÊS DA UFPA:
UM DIÁLOGO ENTRE A POLÍTICA
CIENTÍFICO EDUCACIONAL DO CURSO
E A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE
DOCENTE NO CAMPUS DE MARABÁ
FORMAÇÃO DE PROFESSORES/AS DE
LÍNGUA INGLESA NO NORDESTE DE
GOIÁS:
UM
OLHAR
PARA
A
DIVERSIDADE ÉTNICO-RACIAL
CRENÇAS
E
AÇÕES
DE
UMA
PROFESSORA
DE
LÍNGUA
ESTRANGEIRA (INGLÊS) SOBRE O
PLANEJAMENTO DE CURSO
A IMPORTÂNCIA DO WARM UP NAS
AULAS DO CECCLA
13
AUTOR
Aline
Clemente
Pereira da Silva
Bárbara
Letícia
Pereira Leite - UFPA
Marília
Fernanda
Pereira Leite - UFT
Cristiane Rosa Lopes
Giuliana
Brossi
Castro
Jailson
Chagas
Miranda
Thaynara Gomes
Suiane Francisca da
Silva
SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 2
SALA: 02 PRÉDIO: P3 – DIA: 11/11/2013 – HORA: 14h00 às
18h00
LÍNGUA, ENSINO E CULTURA
COORDENADOR(A): Profª Miliane Vieira
Nº
01
TÍTULO
CONSUMO
CONSCIENTE
–
UMA
EXPERIÊNCIA
DA
PERSPECTIVA
CRÍTICA NO ENSINO DE LÍNGUA
INGLESA NOS ANOS FINAIS
CONCEPÇÕES DE LÍNGUA, CULTURA E
IDEOLOGIA DE DOCENTES DE LÍNGUA
INGLESA NO PARFOR
AUTOR
Giuliana
Castro
Brossi
03
CONSTRUINDO
SABERES
LÍNGUA INGLESA E CULTURA
04
CULTURA E INTERCULTURALIDADE
EM SALA DE AULA
05
ESTUDO
ACERCA
DAS
REPRESENTAÇÕES SOBRE O ENSINO
DE LÍNGUA INGLESA CONSTRUÍDAS
POR PROFESSORES DA REDE PÚBLICA
DE
PORTO
NACIONAL
E
CIRCUNVIZINHANÇA
A SOCIOLINGUÍSTICA NA SALA DE
AULA: O QUE REVELA A ESCRITA DE
ALUNOS DO QUINTO ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL
Kellen Lucy
Miliane
Moreira
Cardoso Vieira
Luciana Souza de
Almeida
Mayara
Manuelle
Sousa Alves Escobar
Miliane
Moreira
Cardoso Vieira
Márcia Letícia Gomes
Barbosa
Ana Emília Fajardo
Turbin
02
06
14
ENTRE
Glaucileia Fontoura
Nabarro
Luiza Helena de
Oliveira da Silva
Maria
da
Taveiro Silva
Guia
SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 3
SALA: 03 PRÉDIO: P3 – DIA: 11/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00
EDUCAÇÃO BILÍNGUE, ESCOLAR INDÍGENA E INCLUSÃO
ESCOLAR
COORDENADOR(A): Profº Francisco Edviges e Profa. Jane Sousa
Nº
01
TÍTULO
EDUCAÇÃO
ESCOLAR
INDÍGENA:
AQUISIÇÃO DA LÍNGUA INGLESA
PELOS ALUNOS APINAYÉ DE SÃO JOSÉ
E MARIAZINHA
MEMÓRIAS
NO
PÁTIO:
SABERES
TRADICIONAIS
KRAHÔ
COMO
CONTRIBUIÇÃO PARA A EDUCAÇÃO DO
SUJEITO INDÍGENA
AUTOR
Ana Paula Piza Aoki
03
RELATOS
E
EXPERIÊNCIAS
DO
PROGRAMA DO OBSERVATÓRIO DA
EDUCAÇÃO
ESCOLAR
INDÍGENA
KRAHÔ/CAPES/INEP/UFT
04
O PERCURSO DO ALUNO INDÍGENA
NO CURSO DE LETRAS – O PAPEL DA
MONITORIA
Bruna Michelle Alves
dos Santos
Thais
de
Souza
Carvalho
Tatiane Pereira de
Oliveira
Francisco
Edviges
Albuquerque
Francisca
Martim
Cavalcante
Alessandra Mara de
Assis
05
UNIVERSIDADE
FEDERAL
DO
TOCANTINS: POLÍTICAS DE INCLUSÃO
INDÍGENAE SEUS REFLEXOS NAS
EXPERIÊNCIAS ACADÊMICAS
06
O PROCESSO DE RETEXTUALIZAÇÃO
DO MITO DE TYRKRẼ NA EDUCAÇÃO
ESCOLAR
INDÍGENA
KRAHÔ
DA
ALDEIA MANOEL ALVES
02
15
Aurinete
Silva
Macedo
Francisco
Edviges
Albuquerque
Iracy Martins de
Amorim
Carlos
Alberto
Moreira de Araújo
Junior
Carlos Wiennery da
Rocha Moraes
Jane
Guimarães
Sousa
SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 4
SALA: 04 PRÉDIO: P3 – DIA: 11/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00
TÓPICOS DE LINGUÍSTICA DESCRITIVA E PRESCRITIVA
COORDENADOR(A): Profª Karylleila Andrade
Nº
01
TÍTULO
NEOLOGIA POR EMPRÉSTIMO NOS
LIVROS DIDÁTICOS DE PORTUGÊS:
UMA ANÁLISE PRELIMINAR
ENSINO
DA
LÍNGUA
MATERNA
ATRAVÉS DO USO DO DICIONÁRIO EM
SALA DE AULA
A NEOLOGIA POR EMPRÉSTIMO NA
VISÃO DOS PROFESSORES DE LINGUA
PORTGUESA DE UM CENTRO DE
ENSINO MÉDIO EM MIRANORTE-TO
AUTOR
Adriano Bezerra de
Andrade
04
ESTUDO DOS NOMES DE LUGARES E
SUA RELAÇÃO COM O ENSINO DE
HISTÓRIA EM LIVROS DIDÁTICOS DO
ENSINO FUNDAMENTAL
Anna Inez Alexandre
Reis
Karylleila dos Santos
Andrade
05
O USO DO DICIONÁRIO
RECURSO DIDÁTICO
06
PARA QUE SERVE O ESTUDO DO
LÉXICO DE UMA LÍNGUA?
Dayane
Carneiro
Rocha
Luiz Roberto Peel
Furtado de Oliveira
Karylleila Andrade
02
03
16
COMO
Leane Araujo
Oliveira
de
Adriano Bezerra de
Andrade
SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 5
SALA: 05 PRÉDIO: P3 – DIA: 11/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00
TEORIA E ANÁLISE LINGUÍSTICA
COORDENADOR(A): Profª Janete Silva dos Santos
Nº
01
02
TÍTULO
OS
ESTUDOS
LINGUÍSTICOS
APLICADOS AO ENSINO DA LÍNGUA
PORTUGUESA: A PRODUÇÃO ESCRITA
NA ERA DOS GÊNEROS TEXTUAIS NO
ENSINO MÉDIO
A
BUSCA
DA
SUPERAÇÃO
TRADICIONAL
DE
ENSINO:
COMPARANDO (2) DUAS GRAMÁTICAS
DOS AUTORES ERNANI TERRA E JOSÉ
DE NICOLA
03
ANÁLISE LINGUÍSTICA NA VOZ DE
ESTUDANTES DE LETRAS
04
ANTIGUIDADE
GREGA
E
CONTEMPORANEIDADE BRASILEIRA:
O PROCESSO DE DIDATIZAÇÃO DOS
CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS
REFLEXÕES ACERCA DO ENSINO DE
LÍNGUA
MATERNA:
MATERIAL
DIDÁTICO
E
ABORDAGEM
GRAMATICAL
ANÁLISE LINGUÍSTICA: COMO O
PROFESSOR DE LÍNGUA MATERNA (RE)
ELABORA ISSO EM SEU DISCURSO E EM
SUA PRÁTICA DE SALA DE AULA?
ANÁLISE
DE
HISTÓRIA
EM
QUADRINHOS
POR
MEIO
DA
GRAMÁTICA REFLEXIVA
05
06
07
08
A
ANÁLISE
LINGUÍSTICA
COMO
PROPOSTA DE RESSIGNIFICAÇÃO DO
ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
17
AUTOR
Antônio Cilírio da
Silva Neto
Carlos Wiennery da
Rocha Moraes
Jônatas
Gomes
Duarte
Luis Roberto Peel
Furtado de Oliveira
Danielle dos Santos
Guedes
Janete Silva dos
Santos
Gilmar Ramos da
Silva
Luiz Roberto Peel
Furtado de Oliveira
Layssa de Jesus Alves
Duarte
Luiz Roberto Peel
Furtado de Oliveira
Oziel Pereira da Silva
Schaony Sindy de
Sousa
Aurea Maria Sampaio
Teles
Oziel Pereira da Silva
Janete Silva dos
Santos
SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 6
SALA: 06 PRÉDIO: P3 – DIA: 11/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00
LITERATURA COMPARADA &
LITERATURA INFANTO-JUVENIL
COORDENADOR(A): Profa. Eliane Testa
Nº
TÍTULO
AUTOR
01 ENTRE A ORDEM DO REAL E A Débora Maria dos
AFIRMAÇÃO DE SEU AVESSO: UMA Santos Castro Silva
LEITURA
COMPARADA
ENTRE
JOÃO CABRAL DE MELO NETO E
EDGAR ALLAN POE
02 MACABÉA:
O
FEMININO Eliene Rodrigues
SUBALTERNO
E
AS Sousa Silva
REPRESENTAÇÕES VISUAIS NA André
Teixeira
GRANDE CIDADE
Cordeiro
03 UM
PASSEIO
PELAS Gislãne Gonçalves
INTERMEDIAÇÕES
ENTRE Silva
LITERATURA E ARTES VISUAIS
04 O LETRAMENTO LITERÁRIO NO Isaquia dos Santos
ENSINO MÉDIO ATRAVÉS DA Barros Franco
RELAÇÃO ENTRE LITERATURA E André Cordeiro
PINTURA
EM CONTOS
DE
MACHADO DE ASSIS
05 DO TEXTO À IMAGEM: REFLEXÕES Kátia Carvalho da
SOBRE O NARRADOR EM “O Silva
ENFERMEIRO”
06 RESISTÊNCIA NEGRA ATRAVÉS DAS Eronilde
dos
PERSONAGENS
INFANTIS
NAS Santos Cunha
OBRAS: AS TRANÇAS DE BINTOU E
OS CABELOS DE LELÊ
07
“BONECA DE PANO É GENTE/ SABUGO
DE MILHO É GENTE [...]”; E TIA
NASTÁCIA, SERIA GENTE?
18
Gihane Scaravonatti
SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 7
SALA: 07 PRÉDIO: P3 – DIA: 11/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00
ENSINO DE LITERATURA E FORMAÇÃO DE LEITORES
COORDENADOR(A): Profª Márcia Rejany e Profa. Vilma Fonseca
Nº
01
02
03
04
TÍTULO
O ENSINO DE LITERATURA E AS
OUTRAS LINGUAGENS NO ENSINO
MÉDIO: UM OLHAR SOBRE OS
DOCUMENTOS OFICIAIS
CINE LER: O CINEMA EM SALA DE
AULA COMO RECURSO ESTIMULADOR
PARA NOVOS LEITORES
PERSPECTIVAS
TEMÁTICAS
E
IMAGÉTICAS DE USO DA LITERATURA
TOCANTINENSE PARA A FORMAÇÃO
DE LEITORES
O
ENSINO
DE
LITERATURA
RELACIONADO
ÀS
OUTRAS
LINGUAGENS NO ENSINO MÉDIO: UM
OLHAR SOBRE O LIVRO DIDÁTICO
19
AUTOR
Bonfim
Queiroz
Lima Pereira
Cristiano
Barros
Alves
Rubens Martins da
Silva
Bonfim
Queiroz
Lima Pereira
SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 8
SALA: 08 PRÉDIO: P3 – DIA: 11/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00
LITERATURA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA:
PRODUÇÃO CRÍTICA E RECEPÇÃO
LITERATURA E ESTUDOS DE GÊNERO
COORDENADOR (A): Profº Flávio Camargo
Nº
01
TÍTULO
AS PEDRAS NA OBRA POÉTICA DE CORA
CORALINA
PROPEDÊUTICA ÀS POÉTICAS DA (PÓS)
MODERNIDADE: BREVE CONSIDERAÇÃO
DOS FENÔMENOS POÉTICOS DA POESIA
BRASILEIRA DOS ANOS 2010
A REPRESENTAÇÃO DE IDENTIDADES
DE GÊNERO E DE DIVERSIDADE SEXUAL
NA PRODUÇÃO LITERÁRIA PARA JOVENS
LEITORES
AUTOR
Walace Rodrigues
04
REPRESENTAÇÕES
DA
HOMOAFETIVA
NA
INFANTIL
CONTEMPORÂNEA
05
O
CAMINHO
DAS
PEDRAS
DO
PERSONAGEM TIQUINHO, NA OBRA EM
NOME DO DESEJO, DE JOÃO SILVÉRIO
TREVISAN
MAMONAS ASSASSINAS - DA UTOPIA ÀS
SÁTIRAS: UMA PROPOSTA DE PRODUÇÃO
ERÓTICA NA ESCOLA
A FORÇA DO DESEJO HOMOERÓTICO NA
OBRA O BOM CRIOULO, DE ADOLFO
CAMINHA
Letícia
Carvalho
Martins
Rodrigo Gomes de
Sousa
Flávio
Pereira
Camargo
Maria de Fátima
Lopes Vieira Falcão
Flávio
Pereira
Camargo
Rosielson Soares de
Sousa
02
03
06
07
08
TEMÁTICA
LITERATURA
BRASILEIRA
OS TEMAS TRANSVERSAIS, A TEORIA DO
TERCEIRO EXCLUÍDO E A TEORIA DO
TERCEIRO INCLUÍDO: NECESSIDADE DE
UM NOVO OLHAR
20
Raphael
Ferreira
Bessa
Aurílio Soares da
Silva
Flávio
Pereira
Camargo
Rubenilson
de Araujo
Flávio
Camargo
Pereira
Pereira
Vanessa Rita de
Jesus Cruz
Flávio
Pereira
Camargo
SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 9
SALA: 09 PRÉDIO: P3 – DIA: 11/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00
LITERATURA AFRICANA DE LÍNGUA PORTUGUESA
POÉTICAS DA (PÓS) MODERNIDADE
COORDENADOR(A): Profª Maria Perla Morais e Luiz Roberto
Peel
Nº
01
TÍTULO
ÁFRICA: A RELAÇÃO DO HOMEM COM
O DIVINO EM OS FLAGELADOS DO
AUTOR
Hélio Márcio Nunes
Lacerda
02
HISTÓRIA E LITERATURA EM MIA
COUTO
03
RELIGIÃO E COLONIZAÇÃO EM MIA
COUTO
A
CONSTRUÇÃO
POÉTICA
MULTIFACETADA EM FILINTO ELÍSIO
A ESCRITA SOCIAL NAS POESIAS
PORTUGUESAS
Márcia Oliveira de
França
Maria Perla Araújo de
Morais
Maria Perla Araújo
Morais
Rute Maria Chaves
Pires
Lucília Paula
de
Azevedo Ferreira
Maria Perla Araújo
Morais
Luiz Roberto Peel
Furtado de Oliveira
VENTO LESTE
04
05
06
07
A MEMÓRIA ENQUANTO EXTENSÃO
TEMPORAL
DO
CORPO
FENOMENOLÓGICO
DA BOCA DE CRONOS À PENA DE
GREGÓRIO: O TEXTO EFÊMERO SE
ETERNIZA
21
Mario Ribeiro Morais
DIA 13/11/2013
SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 1
SALA: 01 PRÉDIO: P3 – DIA: 13/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00
ENSINO/FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUAS
COORDENADOR(A): Profª Cristiane Almeida e Prof. Wallace
Rodrigues
Nº
01
02
03
04
05
06
07
08
TÍTULO
CONCEPÇÕES DE TEXTO E PRÁTICAS
ESCOLARES DE PRODUÇÃO TEXTUAL
PERSUASÃO
E
SEDUÇÃO:
AS
ESTRATÉGIAS
INTERTEXTUAIS
E
INTERDISCURSIVAS NOS ANÚNCIOS
PUBLICITÁRIOS
IDENTIDADE
E
REPRESENTAÇÃO
DOCENTE EM HISTÓRIAS DE VIDA DE
PROFESSORES DE INGLÊS
ABORDAGEM DO GÊNERO HISTÓRIA
EM QUADRINHOS NA PROVA BRASIL
DE LÍNGUA PORTUGUESA
O INTERTEXTO E SUA APLICAÇÃO NO
ENSINO MÉDIO A PARTIR DE TEXTOS
PUBLICITÁRIOS E PROPAGANDÍSTICOS
FORMAÇÃO CONTINUADA: PERCURSOS
ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA DE
LEITURA
LAPTOP EDUCACIONAL NA SALA DE
AULA: EXPECTATIVAS, PERSPECTIVAS
E PRÁTICAS EM DUAS ESCOLAS
TOCANTINENSES
A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA NA
PRÁTICA DOCENTE
22
AUTOR
Luzinete
Silva
Macedo
Márcia Suany Dias
Cavalcante
Maria Elaine Mendes
Dernival
Venâncio
Ramos Junior
Núbia
Régia
de
Almeida
Reginaldo Lima Silva
Marcilene de Assis
Alves Araújo
Tânia do Socorro
Ferreira da Silva
Maria José de Pinho
Tânia
Maria
de
Oliveira Rosa
Luiza Helena Oliveira
da Silva
Genilva
Bezerra
Santos
Marcilene de Assis
Alves Araújo
SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 2
SALA: 02 PRÉDIO: P3 – DIA: 13/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00
ENSINO DE LÍNGUAS ADICIONAIS
COORDENADOR(A): Profª Naiana Galvão e Profª Mara
Cleusa
Nº
01
TÍTULO
ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA:
LEGISLAÇÃO E PRÁTICA DOCENTE
AUTOR
Dálete da Costa
Câmara de Oliveira
02
A LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO DE
CRIANÇAS SURDAS
Dayanne
Dias
03
ENGLISH TEACHING PRACTICE: UMA
PROPOSTA REFLEXIVA
(IN) SUCESSO NO PROCESSO DE
APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA
EM UMA ESCOLA RURAL EM PORTO
NACIONAL - TO
Hélio Márcio Nunes
Lacerda
Jailson
Chagas
Miranda
Suiane Francisca da
Silva
O CECLLA E SUAS CONTRIBUIÇÕES
PARA
FORMAÇÃO
INICIAL
E
AQUISIÇÃO DA PROFICIÊNCIA DE
DUAS ACADÊMICAS DO CURSO DE
LETRAS DA UFT: UM ESTUDO DE CASO
O ENSINO DO PORTUGUÊS NA
MODALIDADE ESCRITA PARA ALUNOS
SURDOS USUÁRIOS DA LÍNGUA DE
SINAIS
LANGUAGE
LEARNING
PROJECT:
IMPROVING LISTENING PROFICIENCY
Ketlly
Rayanne
Gomes da Silva
PRÁTICAS
DE
LETRAMENTO
ALUNOS COM SURDEZ
Francisca
Maria
Cerqueira da Silva
04
05
06
07
08
23
DE
Barbosa
Thawana Pires Silva
Ketlly
Rayanne
Gomes da Silva
SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 3
SALA: 03 PRÉDIO: P3 – DIA: 13/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00
PRÁTICAS DE LETRAMENTO
ENSINO DE LITERATURA E FORMAÇÃO DE LEITORES
COORDENADOR(A): Profª Valéria Medeiros
Nº
01
TÍTULO
DO LETRAMENTO: OU ENFOQUE DE
PRÁTICAS
SOCIAIS
EM
TEXTOS
ESCRITOS
02
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA LEITURA
NO BRASIL: A EDUCAÇÃO
INDÍGENA
POLÍTICAS PÚBLICAS DE LEITURA NO
BRASIL NO PERÍODO DE 1964 - 1985
BREVE PANORAMA DAS POLÍTICAS
PÚBLICAS PARA A LEITURA NO BRASIL
A
FORMAÇÃO
DO
LEITOR
DE
LITERATURA
NA
PROPOSTA
CURRICULAR
DO
ESTADO
DO
TOCANTINS: LÍNGUA PORTUGUESA E
LITERATURA
A POESIA COMO INSTRUMENTO DE
DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO
DO ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA
A LEITURA LITERÁRIA NO ENSINO
MÉDIO: ENCANTOS E DESENCANTOS
A
FORMAÇÃO
DO
LEITOR
DE
LITERATURA
NOS
PARÂMETROS
CURRICULARES NACIONAIS PARA O
ENSINO MÉDIO
03
04
05
06
07
08
24
AUTOR
Carlos Wiennery da
Rocha Moraes
Carlos
Alberto
Moreira de Araújo
Júnior
Luiza Helena Oliveira
da Silva
Haywmmy Priscilha
Silva
Paladim
Sampaio
Laylla
Gabriella
Alencar de Sá
Luciana Souza de
Almeida
Francisco
Neto
Pereira Pinto
Josefina Maria Batista
Neta
Maria da Conceição
de Jesus Ranke
Francisco
Neto
Pereira Pinto
SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 4
SALA: 04 PRÉDIO: P3 – DIA: 13/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00
ESTUDOS/PESQUISAS DE LSF E TEORIAS AFINS
COORDENADOR(A): Profª Miliane Vieira e Profª Vilma Nunes
Nº
TÍTULO
AUTOR
01 CONTRIBUIÇÕES DA REESCRITA Aliny
Sousa
PARA
O
LETRAMENTO
DO Mendes
PROFESSOR
EM
FORMAÇÃO Wagner Rodrigues
INICIAL
Silva
02 REPRESENTAÇÕES
DE Bárbara de Freitas
PROFESSORES DA ESCOLA BÁSICA Farah
FEITAS
EM
RELATÓRIOS
DE Wagner Rodrigues
ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Silva
03 ESCRITA
REFLEXIVA Bruno
Gomes
PROFISSIONAL EM RELATÓRIOS Pereira
DE ESTÁGIO EM LICENCIATURAS
PARAENSES:
UM
PANORAMA
INTRODUTÓRIO
04 RELATO
REFLEXIVO
COMO Meiry Raquel de
PRÁTICA DE DESENVOLVIMENTO Queiroz
DE LETRAMENTO EM LÍNGUA Miliane
Moreira
INGLESA
Cardoso Vieira
05 CONTEXTO DE CULTURA NA Miliane
Moreira
LINGUÍSTICA
SISTÊMICO Cardoso Vieira
FUNCIONAL
06 A
AVALIATIVIDADE
EM Patrícia Sousa da
RELATÓRIOS
DE
ESTÁGIO Silva Cunha
SUPERVISIONADO
Vilma Nunes da
Silva Fonseca
07 RELATÓRIOS
DE
ESTÁGIO Samaritana
de
SUPERVISIONADO:
GÊNERO
E Moura Barbosa
REGISTRO NA LSF
Vilma Nunes da
Silva Fonseca
25
SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 5
SALA: 05 PRÉDIO: P3 – DIA: 13/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00
LÍNGUA, ENSINO E CULTURA
COORDENADOR(A): Profª Alessandra Mara de Assis
Nº
01
02
03
04
05
TÍTULO
INFLUÊNCIA
DA
CULTURA
NAS
ESPECIFICIDADES
LINGUÍSTICAS
FONÉTICO/FONOLÓGICAS E LEXICAIS
NA CIDADE DE MONTE DO CARMO
(TO)
ALGUMAS QUESTÕES ACERCA DO
ERRO INTERLINGUAL E DE SUAS
IMPLICAÇÕES NO PROCESSO DE
ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA
INGLESA ENQUANTO LÍNGUA FRANCA
FORMAÇÃO
CONTINUADA
PARA
PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA DA
EDUCAÇÃO
BÁSICA
EM
TERRAS
AMERICANAS: UMA REALIDADE CADA
VEZ MAIS PALPÁVEL
CRENÇAS SOBRE O PROFESSOR DE
LÍNGUA ESTRANGEIRA: UM ESTUDO A
PARTIR DAS METÁFORAS NO DISCURSO
DE PROFESSORES EM FORMAÇÃO
A LÍNGUA DOS “FILHOS ERRANTES DA
SOCIEDADE”: DISCURSO, PODER E
DISCRIMINAÇÃO NAS GÍRIAS DO
SISTEMA
PENITENCIÁRIO
DO
INTERIOR DO TOCANTINS
26
AUTOR
Maria
Cícera
Fernandes Celedonio
Meiriane
Machado
Lima
Rosana Maria Martins
Fernandes Morales
Rosemeire
Parada
Granada Milhomens
da Costa
Solange Cavalcante
de Matos
SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 6
SALA: 06 PRÉDIO: P3 – DIA: 13/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00
EDUCAÇÃO BILÍNGUE, ESCOLAR INDÍGENA E INCLUSÃO
ESCOLAR
COORDENADOR(A): Profº Francisco Edviges
Nº
01
TÍTULO
EXPERIÊNCIAS DO PROGRAMA DO
OBSERVATÓRIO
DA
EDUCAÇÃO
ESCOLAR
INDÍGENA
KRAHÔ/CAPES/INEP/UFT
02
HOXWA: UMA ANÁLISE SEMÂNTICA
DISCURSIVA DO RITO KRAHÔ
ENSINO
BILÍNGUE
E
INTERCULTURAL: REFLEXÕES SOBRE
A RELAÇÃO ENTRE A LÍNGUA KRAHÔ E
A PORTUGUESA NA ESCOLA 19 DE
ABRIL
EVENTOS DE FALAS FORMAIS NOS
RITOS KRAHÔ (JÊ): IMPLICAÇÕES PARA
O ENSINO DE LINGUA MATERNA
03
04
05
06
EMPRÉSTIMOS LINGUÍSTICOS: BREVES
CONSIDERAÇÕES
A SITUAÇÃO SOCIOLINGUÍSTICA DOS
APINAYÉ: USOS E FUNÇÕES DAS
LÍNGUAS EM SITUAÇÃO DE USO DE
ACORDO COM OS DOMÍNIOS SOCIAIS
DAS ALDEIAS SÃO JOSÉ E MARIAZINHA
27
AUTOR
Joilda Bezerra dos
Santos
Raylon da Frota
Lopes
Rosiane Silva Pereira
Marcilene de Assis
Alves Araújo
Marília
Fernanda
Pereira Leite
Francisco
Edviges
Albuquerque
Marcilene de Assis
Alves Araújo
Francisco
Edviges
Albuquerque
Mydhian Araújo
Severina
Almeida
Alves
de
SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 7
SALA: 07 PRÉDIO: P3 – DIA: 13/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00
TÓPICOS DE LINGUÍSTICA DESCRITIVA E PRESCRITIVA
ESTUDOS VOLTADOS AO SIGNIFICADO (Semântica e
Pragmática)
COORDENADOR(A): Profª Karylleila Andrade
Nº
01
02
03
04
05
06
07
TÍTULO
SENTIDO(S)
METAFÓRICO(S):
UM
DESAFIO
PARA
ALUNOS
E
PROFESSORES NAS AULAS DE LÍNGUA
PORTUGUESA?
O ASPECTO NAS METÁFORAS VERBAIS:
(RE)CONHECENDO
UM
MUNDO
CONHECIDO
PRONÚNCIA EM SALA DE AULA:
ANÁLISE DE ATIVIDADES COM BASE
EM FONÉTICA E FONOLOGIA DE
LÍNGUA INGLESA
NOMES DE LUGARES (ACIDENTES
HUMANOS) EM LIVROS DIDÁTICOS DE
GEOGRAFIA
DO
ENSINO
FUNDAMENTAL: UM ESTUDO COM
FOCO
NO
CONTEXTO
DA
INTERDISCIPLINARIDADE
TOPONÍMIA E ENSINO: OS NOMES DE
LUGARES DE ORIGEM INDÍGENA NOS
LIVROS DIDÁTICOS DE GEOGRAFIA DO
ENSINO
FUNDAMENTAL,
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
MEMÓRIA ORAL E TOPONÍMIA DAS
COMUNIDADES REMANESCENTES DE
QUILOMBOS DO TOCANTINS
AUTOR
Dieysa
Kanyela
Fossile
CRIAÇÃO
DE
MATEMÁTICA
Misleine
Ferreira
VOCABULÁRIO
28
DE
Thabyson Sousa Dias
Neliane
Raquel
Macedo Aquino
Rodrigo Viera do
Nascimento
Karylleila dos Santos
Andrade
Verônica
Ramalho
Nunes
Karylleila dos Santos
Andrade
Lucília Paula
de
Azevedo Ferreira
Karylleila dos Santos
Andrade
Andrade
SESSÃO DE COMUNICAÇÃO 8
SALA: 08 PRÉDIO: P3 – DIA: 13/11/2013 – HORA: 14h00 às 18h00
ESTUDOS DISCURSIVOS
COORDENADOR(A): Profº Luiz Roberto Peel
Nº
01
02
03
04
05
06
07
08
TÍTULO
PROFESSORA SIM, MAS DE INGLÊS! A
PAIXÃO PELA LÍNGUA ESTRANGEIRA
COMO CONDICIONANTE PARA O
INGRESSO NO MAGISTÉRIO
A EMERGÊNCIA DO PASSIONAL EM
DISCUSSÕES NO MOODLE
DIÁLOGOS IN ABSENTIA: SIMULACROS
DA PRESENÇA DO OUTRO
NEGRINHA: UM DESABROCHAR DE
ALMA PELA (SEMI)ÓTICA DO SENSÍVEL
MEMÓRIAS DE PROFESSORES EM
RELATOS
AUTOBIOGRÁFICOS
–
FIGURAS DA VIDA ESCOLAR
PAPÉIS ACTANCIAIS EM NARRATIVAS
AUTOBIOGRÁFICAS DE DOCENTES EM
FORMAÇÃO NO PARFOR: ANÁLISE
SEMIÓTICA
DE
RELATOS
DE
HISTÓRIAS DE VIDA E FORMAÇÃO
PROVA BRASIL: NOVAS PERPECTIVAS
DE ENSINONO CONTEXTO DE VELHAS
PRÁTICAS
A CONTRIBUIÇÃO DE ACADÊMICAS
ESTAGIÁRIAS DO CURSO DE LETRASUFT PARA O PROCESSO DE LEITURA E
PRODUÇÃO TEXTUAL EM UMA TURMA
DE 8º ANO
29
AUTOR
Edna Sousa Cruz
Eduardo Amorim
Francisco de Assis
Neto
Luiza Helena Oliveira
da Silva
Gihane Scaravonatti
Leane Araujo de
Oliveira
Luiza Helena O. da
Silva
Marinalva Dias de
Lima
Luiza Helena Oliveira
da Silva
Leicijane da Silva
Barros
Uagne Coelho Pereira
Leomar Alves de
Sousa
Todos os resumos deste caderno foram elaborados por seus autores, portanto,
não constituem uma responsabilidade da Comissão Organizadora do I
SILLETO.
30
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
CONFERÊNCIAS
DE OLHOS BEM ABERTOS: PENSANDO AS RELAÇÕES ENTRE
LINGUÍSTICA, LETRAMENTO E FICÇÃO NO ENSINO DA
LITERATURA
Eliana Lúcia Madureira Yunes Garcia
PUC-RJ
Considerando que o Ensino da Literatura teve uma considerável mudança de
rumo em fins da década de 60, com a escola alemã de Konstanz, é necessário
repensar não só a metodologia para os níveis fundamental e médio, mas os
conceitos e teorias envolvidos no jogo aprender/ensinar do campo
interdisciplinar da linguagem, que aporta saberes diversos à questão da leitura e
da interpretação. Que sentido faz ensinar Literatura hoje? O que se ensina ao
se ensinar literatura? O que tem o ensino da literatura com a formação de
leitores? Ou com a formação de mediadores? Leitura/narrativas/mundo: Freire
tinha razão?
CIDADANIA, ENSINO DE LÍNGUAS E LINGUÍSTICA
SISTÊMICO-FUNCIONAL
Orlando Vian Jr.
UFRN
Quem é o sujeito que utiliza a linguagem no contexto atual? A que funções a
linguagem serve? Qual o papel da cidadania na era das tecnologias da
informação e da comunicação? A partir da concepção de linguagem da
linguística sistêmico-funcional, temos por objetivo discutir o papel da
linguagem e da cidadania no contexto atual de ensino de línguas no Brasil com
base em documentos oficiais (PCNs, PCN+, OCEM, LDB) e em teorias que
se propõem a discutir o sujeito e sua identidade em uma modernidade dita
líquida (Bauman, 2001).
PORQUE SE PREOCUPAR A LINGUAGEM NOS DIAS DE HOJE?
Kanavillil Rajagopalan
UNICAMP
É sabido que os estudos de linguagem vêm sofrendo descaso e relativo
desprestígio diante do apego a ciências ditas “duras”. Nessa época da
informática e alta tecnologia, é comum encontrar quem ache que já não há
31
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
mais nenhum sentido investir nos estudos das línguas ou da literatura.
Procurarei, ao longo da minha exposição, levantar uma série de questões
pertinentes a esse tema, procurando sustentar que os esforços empenhados nas
disciplinas humanas são imprescindíveis, sobretudo nos dias de hoje quando há
uma necessidade premente no sentido de redescobrirmos quem realmente
somos. As nossas necessidades são, afinal, moldadas na e pela linguagem. E a
nossa própria linguagem também, que abriga uma série de preconceitos, que
precisam ser combatidos para nos livrarmos de certos males, que afligem a
nossa sociedade.
PALESTRAS
A (RE)ESCRITA MEDIADA PELA WEB: UM EXPERIMENTO
UTILIZANDO A WIKI
Adair Vieira Gonçalves
UFGD/PPGL-UFT
As novas tecnologias digitais, em especial a internet, possibilitaram inúmeras
inovações em diversos setores da atividade humana, pressionando o sistema
educacional a acoplar os recursos tecnológicos ao ensino. Neste trabalho,
analisamos a contribuição da ferramenta wiki e sua utilização para o ensino da
escrita/reescrita de textos do gênero artigo de opinião. Com esta ferramenta,
há uma ruptura acerca da linearidade da escrita convencional por possibilitar a
construção colaborativa de (hiper)textos na Web, favorecendo a mixagem de
múltiplas linguagens (verbal, imagética, sonora, gráfica etc.), além da inserção
de hiperlinks, propiciares de várias possibilidades de caminhos de leitura. Nesta
pesquisa, discutimos resultados dessa experiência colaborativa de produção
hipertextual utilizando a tecnologia wiki, com uma turma de 27 alunos
(divididos em 6 grupos) da educação básica (2º ano Ensino Médio) em uma
escola pública do município de Bataiporã/MS.
ENSINO DE INGLÊS COMO LÍNGUA FRANCA NA ESCOLA
PÚBLICA: POR UMA CRENÇA NO SEU (BOM)
FUNCIONAMENTO
Domingos Sávio Pimentel Siqueira
UFBA
A proposta da palestra é discutir brevemente a verdadeira finalidade do ensino
da língua inglesa (ELI) na escola pública regular, chamando atenção para o fato
32
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
de que é preciso romper com crenças e posturas que vêm se perpetuando ao
redor do discurso de fracasso historicamente construído nesse contexto
educacional. Toma-se como pano de fundo a condição do inglês como língua
do atual processo de globalização que, dentre outras coisas, dá vazão a modelos
alternativos ao tradicional modelo de ensino Inglês como Língua Estrangeira
(ILE/EFL) e começa a demandar ações, principalmente políticas, no sentido
de garantir o acesso a este poderoso bem cultural a todos os cidadãos e não
apenas a grupos privilegiados. A conclusão é que, apesar dos inúmeros
problemas e obstáculos enfrentados por professores e alunos na escola pública
em todo o país, este ambiente de inquietação e instabilidade emerge como o
lugar mais propício para que “pequenas revoluções” aconteçam na nossa área,
uma vez que as mudanças ali gestadas podem promover o resgate do prestígio
e respeito da disciplina Língua Estrangeira (LE) na escola, assim como abrir
caminhos para o seu (bom) funcionamento.
LITERATURA: ENSINO E PESQUISA
José Hélder Pinheiro Alves
UFCG
Nos últimos anos o ensino da literatura vem sendo discutido por diferentes
instâncias, como a Universidade, a escola pública e órgãos governamentais.
Questiona-se, sobretudo no nível médio, o modelo de ensino que prioriza a
memorização de características de estilo de época, afastando-se de experiência
concreta de leitura dos textos. Outra questão colocada em discussão é a
metodologia utilizada, quase sempre voltada para a exposição oral,
impossibilitando um diálogo efetivo entre texto e leitor. Por outro lado,
pesquisas realizadas em diferentes Universidades têm revelado que quando o
ensino prioriza a vivência com os textos lançando mão de uma metodologia
mais dialógica, a possibilidade de formar leitores se efetiva. Documentos
oficiais, como as OCEM (2006) abrem várias janelas para as escolas
interessadas em experimentar novas possibilidades de trabalho com o texto
literário visando a formação do leitor. Apresentaremos nesta palestra alguns
caminhos da pesquisa no âmbito da literatura e de seu ensino, sobretudo
aquelas que, inspiradas em alguns pressupostos da Estética da Recepção,
apontam para a possibilidade de uma mudança efetiva na prática de ensino de
literatura na escola básica. Mais especificamente, abordaremos os trabalhos que
lançam mão do ensino da poesia, gênero literário que quase sempre fica à
margem do ensino.
33
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
MINICURSOS
GÊNEROS TEXTUAIS/ DISCURSIVOS E ENSINO DE LÍNGUA
PORTUGUESA
Adair Vieira Gonçalves
UFGD/PPGL-UFT
Este minicurso objetiva implementar práticas de ensino de gêneros
textuais/discursivos a partir da vertente do Interacionismo Sociodiscursivo.
Nesta abordagem de pesquisa, antes de fazer uma intervenção didática em sala
de aula, faz-se necessário elaborar um modelo didático que deve compreender
as capacidades ensináveis de determinado gênero: capacidades acionais,
discursivas e linguístico-discursivas. Depois de mapeadas as dimensões estáveis
do gênero a ser ensinado, elabora-se uma sequência de atividades didáticas de
uma determinada prática de linguagem. Desse modo, serão construídas
ferramentas semióticas de didatização de gêneros e discutidas as dimensões
ensináveis de um gênero textual/discursivo em contextos diversos de
aplicação.
ENGAGING ACTIVITIES FOR EFFECTIVE LANGUAGE
LEARNING
Danielle Shelton
Francesca Schley
ETA/UFT
The presentation will begin with a discussion about what helps and what
hinders language learning. The purpose of this will be to conclude together
ways that we can assist our students, simply through adjusting our manner of
teaching. For most of the presentation we will engage the participants in a
variety of speaking activities that they can use in their classrooms. All of these
fun activities will involve the active participation of all participants. During the
class, we will also introduce ways to help students and teachers improve
pronunciation. We hope this brings about a greater confidence in speaking for
both teachers and students, which we believe will lead to greater improvement
in communicating clearly in English. We will present some simple ways to
integrate American culture into the classroom and show how these cultural
activities can bring a greater depth of learning into the classroom. In addition,
we will provide access to some cultural resources for teachers to use during
their lessons. As a reference tool, we will also provide the participants with a
34
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
list of the activities we presented during the workshop. There will be plenty of
time during and at the end of the presentation for questions.
DESCONSTRUCTING THE “PLATIC WORLD” OF ELT
TEXTBOOKS
Domingos Sávio Pimentel Siqueira
UFBA
The globality of the English language is a fact and is well-documented. It is the
language that, unquestionably, has been contributing to melt borders. This tells
us that several political and pedagogical implications are to be seriously
investigated in such a context, especially when it comes to ELT materials.
Often accused of trying to depict and reproduce a “plastic world” for potential
standardized classrooms all over the world, ELT course books have constantly
been under scrutiny. The aim of this mini-course is to bring this awareness to
pre-service and in service English teachers and, through practical activities,
briefly investigate, evaluate, and reflect on actions teachers can take when it
comes to “localizing” their ELT pedagogy and really act upon the materials
that come to their hands.
O TRABALHO COM O POEMA NA SALA DE AULA
José Hélder Pinheiro Alves
UFCG/UFPB
Este minicurso abordará o tratamento do poema no contexto da aula de
Língua Portuguesa e Literatura, partindo do estudo da relação entre poesia e
oralidade, da realização oral do poema. Serão abordadas sugestões
metodológicas para o trabalho com o poema no Ensino Fundamental e Médio.
O QUE É GRAMÁTICA SISTÊMICO-FUNCIONAL? NOÇÕES
TEÓRICO-METODOLÓGICAS INTRODUTÓRIAS
Orlando Vian Jr.
UFRN/Natal
O objetivo deste minicurso é apresentar, de modo panorâmico, bem como
analisar e discutir junto aos participantes, as noções introdutórias tanto teóricas
quanto metodológicas da gramática sistêmico-funcional. Partiremos de uma
visão macro de linguagem e dos conceitos de estratitificação, instanciação e
contexto para que, a partir deles, possam ser discutidos, em nível micro, as
35
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
funções e as aplicações das três metafunções: ideacional, interpessoal e textual,
bem como dos sistemas subjacentes a cada uma delas: transitividade,
modalidade, tema. Serão abordados, ainda, outros conceitos relacionados que
possam propiciar uma iniciação à visão da gramática sistêmico-funcional e sua
aplicação a contextos de ensino e pesquisa.
MESAS REDONDAS
CONCEITOS DE FONÉTICA E FONOLOGIA COMO PARTE DA
FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE INGLÊS COMO LÍNGUA
ESTRANGEIRA
Alessandra Mara de Assis
UFT/Araguaína
No curso de Letras encontramos alunos que apresentam dificuldade na
aquisição fonológica do Inglês e esta é acentuada quando se trata de vogais,
pois elas não são classificadas de maneira homogênea na literatura como as
consoantes por não sofrerem nenhuma interrupção na passagem de ar, não
marcando assim um ponto de articulação exato para facilitar sua classificação.
Esta dificuldade é também compartilhada por alguns professores já em
exercício nas escolas públicas estaduais de nossa cidade. Dentro deste contexto,
replicamos uma pesquisa (iniciada com alunos em um instituto de idiomas na
cidade de Uberlândia/MG) na qual investigamos o papel da fonética e da
fonologia na formação desses profissionais (professores em formação e
regentes) e uma de nossas hipóteses de pesquisa é que pouca ênfase, ou em
alguns casos, nenhuma tem sido dada a tal formação. O objetivo geral é
contribuir com a formação destes professores que buscam mais informações
sobre o idioma que ensinam e oferecer mais uma ferramenta para que possam
desenvolver um estudo contínuo e autônomo. Foram entrevistados vinte
professores regentes e vinte alunos da graduação e esses professores nos
receberam em suas aulas durante a regência no estágio supervisionado nos anos
de 2011 e 2012. Ao longo do estudo confirmamos que pouco é explorado
desses conceitos. Elaboramos um workshop de pronúncia para professores da
rede pública e para os alunos do curso de Letras com o objetivo de dirimir
algumas dúvidas desses professores de forma imediata, incentivá-los a buscar
novos cursos de formação a médio prazo e, finalmente contribuir com a
melhoria da educação básica em Araguaína, TO. Para a classificação das vogais
do Português Brasileiro utilizamos a classificação de Câmara Jr. (1970), para as
vogais do Inglês a de Chomsky e Hally (1968), no entanto, na explicação e
classificação dos fonemas do Português Brasileiro nos pautamos nas definições
36
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
de Cristófaro Silva (2005). No que concerne o embasamento teórico da
preparação dos workshops, usamos a Teoria de Traços Distintivos de
Chomsky e Halle (1968), o modelo de tratamento de sílaba proposto por
Selkirk (1982) e a análise de Bisol (1999).
FONÉTICA E FONOLOGIA E O ENSINO DA LÍNGUA MATERNA
Carine Haupt
Universidade Federal do Tocantins
Nessa apresentação, pretende-se estabelecer a relação entre a teoria discutida
na disciplina de Fonética e Fonologia nos cursos de Letras e a prática,
direcionada ao ensino da língua materna. Uma das principais contribuições que
essa disciplina pode dar é em relação ao ensino da ortografia, que se relaciona
com a consciência fonológica e com a oralidade (fonética). Partirei de duas
abordagens teóricas para discutir essa relação: a) abordagem tradicional
(estruturalismo e gerativismo) – partindo do conceito de fonema e alofone,
percebe-se que a escrita anula, em grande parte, as variações. Daí, muitos
trabalhos discutirem a correspondência entre fonema e grafema (e não fone e
grafema). Para dar conta dessa relação de forma adequada, é preciso que o
professor conheça bem a variedade do aluno para identificar os alofones de
cada fonema. O problema dessa abordagem reside justamente no fato de
estabelecer, de forma arbitrária, uma lista de fonemas para o português, sem
considerar a experiência do falante. Além disso, desconsidera-se a relação de
outros fatores referentes ao léxico, que é visto como módulo separado da
gramática. b) abordagem multi-representacional: a experiência do falante é
central, pois vai determinar as representações mentais. A partir dessas
experiências, configuram-se redes (e não listas, como no estruturalismo),
conectadas por similaridades fonéticas e semânticas, das quais emergem
generalizações de diferentes níveis. Além disso, num modelo de redes, também
não se entende o léxico e a gramática como módulos separados, uma vez que
as regularidades e irregularidades do sistema emergem das relações do léxico.
Embora esses modelos discutam a língua falada, entendemos que seus
princípios teóricos podem ajudar a compreender o processo de aprendizagem
da escrita, uma vez que o aprendiz, ao aprender a ortografia, cria categorias,
decorrentes de diferentes redes, que podem se tornar instáveis e serem
substituídas por novas, reorganizando o sistema (no caso, o sistema referente
às normas ortográficas).
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
PARA ALÉM DA PREOCUPAÇÃO LINGUÍSTICOMETODOLÓGICA: A PARTICIPAÇÃO EM UMA COMUNIDADE
DE PRÁTICA E AS CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DO
PROFESSOR DE LÍNGUAS
Daniella Corcioli Azevedo Rocha
UFT/Porto Nacional
Há muito pesquisadores de diversas áreas do conhecimento vêm relatando as
limitações do alcance, em termos de preparação do professor para o campo de
trabalho, das disciplinas de estágio nos cursos de graduação. Cristóvão (2005)
considera como um dos fatores determinantes desta pouca eficiência o
desenvolvimento do que ela chama de „práticas episódicas‟ durante as aulas,
que são normalmente descontextualizadas e sem um senso de envolvimento
com as turmas regidas pelos nossos graduandos em formação. Considerando
que as ditas práticas episódicas em pouco contribuem com a formação integral
do professor, visto que esta profissão abarca questões bem mais complexas que
o simples reger de aulas, esta apresentação tem por objetivos discutir e
repensar os alcances das disciplinas de estágio nos cursos de formação de
professores e apresentar um modelo baseado no envolvimento dos graduandos
em „comunidades de prática‟ (GIMENEZ, 2012) que vem sendo desenvolvido
no CECLLA há algum tempo. Segundo Wenger (1998, apud GIMENEZ,
2012), “comunidades de prática são grupos de pessoas que compartilham uma
preocupação ou paixão por algo e que aprendem a fazê-lo melhor por meio de
interações regulares.” Segundo ela, o sentido de identificação e pertencimento a
uma determinada comunidade com os mesmos objetivos é fundamental na
formação profissional, sendo que, o repertório compartilhado por indivíduos
com diferentes graus de experiência nessas comunidades seria a base para a
construção ou transformação da identidade profissional e o desenvolvimento
do amor pela profissão. Esta nova tendência, a nosso ver, é uma alternativa que
promete amenizar a dita „solidão pedagógica‟ (PESSOA, 2002), que os
professores normalmente enfrentam, a partir da proposta da formação e
desenvolvimento de um profissional que considera a aprendizagem como
prática social e preocupa-se em dotar o indivíduo de capacidades de construção
e desenvolvimento de conhecimento por meio da participação em
comunidades com objetivos em comum (GIMENEZ, 2012). Para além das
questões práticas e metodológicas, pretendemos também pontuar alguns
aspectos relacionados à construção da autonomia profissional (PRABHU,
1991) e do engajamento social com vistas à emancipação do profissional
(FREIRE, 1970) e, por conseguinte dos seus discentes, que também temos
fomentado no projeto em questão.
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
HILDA MAGALHÃES: FICÇÃO E MEMÓRIA
Eliane Cristina Testa
UFT/Araguaína
O presente estudo propõe a partir das obras Corina (2007), Estranhos na noite
(1986), Herança (1990) e Último verão em Paris (2000) uma leitura sob o viés da
memória, da ficção e do universo representado pela escritora e crítica Hilda
Magalhães. Como fundamentação teórica utilizaremos alguns conceitos de
memória, postulados por Iúri Lotman e, para discutir alguns aspectos da ficção
contemporânea, Linda Hutcheon. Alguns elementos do existencialismo, da
teoria da complexidade, e ainda, o desejo por uma certa apreensão da passagem
do tempo ou do milênio percorrem também os fios narrativos da referida
autora.
O ENSINO E APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA SOB UMA
PERSPECTIVA CRÍTICA
Elisa Alencar
UFT/Araguaína
Esta apresentação tem como objetivo refletir e discutir sobre a formação de
alunos e professores sob uma perspectiva crítica. Nesta perspectiva buscamos
construir caminhos que levem em consideração questões relacionadas ao
ensino de Língua Inglesa como uma ação includente, respeitando a diversidade
de contextos, as identidades, a questão da hegemonia, e, sobretudo, os
mecanismos que nos deixam acríticos quando ensinamos e aprendemos Inglês.
O ensino crítico considera novas formas de pensar, novas formas de
conhecimento e a mudança de paradigmas quanto ao ensino de língua inglesa.
A língua que deveria incluir, na maioria das vezes exclui, dado a elitização e a
crença de que ela não pode ser efetiva nas escolas. As classes minoritárias
continuam a ter a disciplina no currículo sem ter acesso ao saber. As salas de
aula são lotadas e ainda temos a visão de que aprender inglês é apenas aprender
a língua, a gramática ou a oralidade. O livro, tão sonhado, e agora em cima da
mesa, parece não ter sentido. Em busca de um ensino e aprendizagem de
Língua Inglesa, sob o ponto de vista libertador e não opressor, o ensino crítico
visa transformar a sociedade em que vivemos por meio da conscientização e
formação de seres mais conscientes que compreendam a diversidade, o respeito
e o papel da Língua Inglesa em nosso contexto local e global.
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
ASPECTOS FONÉTICOS E FONOLÓGICOS DA LÍNGUA (JÊ)
APINAYÉ
Francisco Edviges Albuquerque
UFT/Araguaína
Os estudos sobre o inventário fonológico Apinayé assumem características
peculiares desse povo. Podemos perceber alguns aspectos gerais da fonologia,
facilmente observáveis mesmo numa leitura superficial de textos voltados para
a literatura desses indígenas. O foco principal deste estudo, grosso modo,
atinge os trabalhos publicados por Ham, até fim dos anos de 1970 e
Albuquerque (2007). Assim, em a oposição fonológica no Apinayé entre [] e
[], quando ocorrem no início ou final de uma palavra como em: ma [mba]
(fígado) e pa [pa] (eu). Porém, quando ocorrem entre vogais orais não há
oposição, como podemos observar em palavras como: ja pumu [ja mbumbu]
(veja isto), em que tanto /m/ quanto /p/ se realizam como a pré-nasal [mb].
Neste caso, em que um som pode ser atribuído ora a um fonema ora a outro,
ocorre um fenômeno conhecido como overlapping fonológico. Isto é, embora /m/
e /p/ sejam fonemas distintos em Apinayé, em posição intervocálica, ocorre
somente [mb], como realização dos dois fonemas que, nesse contexto,
neutralizam-se, observando-se uma sobreposição alofônica. Nessa língua, o
ambiente fonológico é construído por um ou mais elementos que precedem ou
seguem um determinado segmento da fala. Assim, o som [v] da palavra wakõ
(quati) encontra-se no ambiente de início de palavra, depois de pausa e antes da
seqüência [-akõ] ou antes da vogal [a]. O som [k] está no ambiente de início de
sílaba e na posição intervocálica, entre [a] _ [õ]. A sílaba [kõ] encontra-se em
contexto de final de palavra, diante de pausa.
TEORIA DA COMPLEXIDADE E LITERATURA: DIÁLOGOS
POSSÍVEIS
Hilda Gomes Dutra Magalhães
UFT/Araguaína
O nosso objetivo consiste em verificar em que aspectos a teoria da
complexidade dialoga com a literatura e em que medida pode contribuir para o
avanço dos estudos literários. Aspectos como subjetividade e ausência de
centro, eixos da complexidade, já são bastante conhecidos pela teoria e pela
crítica literária. Outros, entretanto, como o conceito de interdisciplinaridade,
embora tenham direcionado os estudos literários em vários momentos,
merecem, à luz da teoria da complexidade, ser revisitados, abrindo novos
campos de reflexão do literário, como, por exemplo, a formação do leitor.
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
LINGUÍSTICA APLICADA AO ENSINO: LÉXICO, GRAMÁTICA E
DISCURSO
Janete Silva dos Santos
UFT/Araguaína
Nossa proposta de reflexão para a presente mesa faz uma breve
problematização acerca dos propósitos da Linguística Aplicada em relação ao
ensino de língua materna. Para tanto, pontua pautas que sintetizam
perspectivas do que seja língua e gramática, na visão de pesquisadores,
estudantes de Letras e falante em geral, mediante recortes de definições
inquietantes sobre língua e gramática, bem como através de análise de
expressões cotidianas que, a nosso ver, corroboram a crença em concepções de
língua como desvinculada da realidade concreta de uso. Nossa reflexão traz,
como aparato teórico, perspectivas heterogêneas e até conflitantes, como a
análise do discurso de linha francesa (AD), proposta pelo filósofo francês
Michel Pêcheux, e a teoria de atos de fala (TAF), proposta pelo filósofo
britânico John Austin. Nossa análise, qualitativa interpretativista, trabalha com
a noção de sujeito ideológico, pois construído socialmente, mas um sujeito
com possibilidades reais de subjetivação pelas escolhas linguísticas que faz nos
discursos de que participa. Ademais, nesta reflexão, mobilizam-se também
questões como preconceito linguístico e social e formação de professor de
língua, visto que tais questões não caminham separadamente, uma vez que o
imaginário sobre língua(gem) é construído socialmente e a linguagem
categoriza o lugar social do sujeito, vendo-se, assim, a universidade e a escola
como instituições que atuam diretamente na cristalização ou na
desestabilização das crenças que sustentam tal imaginário.
OS NOMES DE LUGARES NOS LIVROS DIDÁTICOS DE
GEOGRAFIA E HISTÓRIA: PRIMEIRAS CONSIDERAÇÕES
Karylleila dos Santos Andrade
PPGL/UFT
A Onomástica, vinculada à lexicologia, apresenta-se como estudo dos nomes
próprios, subdividindo-se em Toponímia (estudo dos nomes de lugares) e
Antropotoponímia (estudo dos nomes de pessoas). A Toponímia, que é por
natureza uma disciplina interdisciplinar, é capaz de “evidenciar marcas na
história social (formação étnica, processos migratórios, sistema de povoamento
de uma região administrativa) e perpetuar características do ambiente físico
(vegetação, hidrografia, geomorfologia, fauna...) de uma região” (ISQUERDO;
SEABRA, 2010, p. 79). É fundamental compreender os topônimos a partir dos
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
diferentes significados, olhares e áreas de atuação, pois, por se organizarem de
maneira dinâmica, constantemente (re)inventam-se no tempo e no espaço,
sobrepondo-se valores socioculturais, econômicos, políticos e religiosos. A
proposta deste trabalho consiste em identificar de que forma os nomes de
lugares estão apresentados e dispostos nos livros didáticos de Geografia e
História e, em seguida, discutir propostas pedagógicas, ainda que
preliminarmente, com o intuito de compreender os acidentes humanos, pelo
viés da toponímia, numa perspectiva interdisciplinar, voltada às disciplinas de
Geografia e História. As perguntas norteadoras do estudo em andamento são:
a) Como os nomes de lugares/topônimos (acidentes humanos) estão
apresentados nos livros didáticos de História e Geografia do ensino
fundamental? b) De que maneira é possível descrever/relacionar/analisar os
nomes de lugares, dispostos nos livros didáticos de História e Geografia, 7°, 8°
e 9° anos do ensino fundamental, a partir de informações sobre a
origem/etimologia da palavra, saberes socioculturais, geohistóricos e
antropológicos com foco no contexto interdisciplinar e pedagógico? Partimos
do pressuposto de que certos dados informativos do topônimo podem ser
considerados significativos e fundamentais no processo ensino-aprendizagem
do aluno nas disciplinas de História e Geografia. Para realizar essa discussão,
servirão de suporte teórico-metodológicos os trabalhos de Dick (2006, 2004,
1999, 1992, 1990) e Andrade (2012, 2011, 2010) no campo da toponímia, e os
estudos de Fazenda (2009, 2008, 2001) e Morin (1990) no campo da
interdisciplinaridade.
A FORMAÇÃO PRÉ-SERVIÇO DE PROFESSORES DE INGLÊS
COMO ESPAÇO PARA A (RE)CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES
Selma Maria Abdalla Dias Barbosa
UFT/Araguaína
Este estudo de caso de base etnográfica e longitudinal teve como objetivo
investigar e analisar o complexo processo de (re)construção das identidades
culturais, profissionais e sociais de alunos do curso de Letras de uma
Universidade Federal do extremo norte do Brasil. A investigação é realizada
por meio da análise qualitativa dos relatos reflexivos realizados pelos
professores em formação inicial ao longo de quatro semestres da disciplina de
estágio supervisionado de ensino de língua estrangeira (Inglês), como também
de relatos e interações postados numa Comunidade de Prática-CdP
(WENGER, 1998; CLARKE, 2008) e nas sessões temáticas realizadas durante
o processo de investigação. O gênero narrativo denominado relato-reflexivo,
são estórias de vida e experiências desses alunos-professores com a regência,
que em momentos pontuais são dialogadas com o leitor-pesquisador. No
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
intuito de compreender como se dá a (re)construção de suas identidades
profissionais, sociais e culturais, nos propusemos a analisar,
concomitantemente, os aspectos cognitivos (BORG, 2006; ZEICHNER, 2005;
ZEMBYLAS, 2005) como também as emoções e a afetividade (VIEIRA
ABRAHÃO,1992, 1996, 2004, 2006; BARCELOS, 2007, 2010; ARAGÃO,
2005; COELHO, 2011) que perpassam o processo de negociação de
identidades na formação inicial de professores de língua estrangeira numa
perspectiva sociocultural de educação. Os resultados da análise evidenciam
uma interligação dos fatores sociais, cognitivos e emocionais de (re)construção
identitária recorrentes tanto no contexto virtual como presencial. Além disso,
nas narrativas pudemos visualizar sincronicamente o complexo processo de
(re)construção e o fluxo e transitoriedade dessas identidades. E, observou-se
ainda, maior recorrência de co-construção de identidade profissional nas interações da Comunidade de Prática (Moodle), mostrando-se preferencialmente
como um espaço de compartilhamento de frustrações, emoções, realizações,
paixões, ansiedades, desejos e outros. Em adição, evidenciou-se também, a
relevância da disciplina de Estágio Supervisionado para a (re)construção
identitária dos professores participantes. O estudo ressalta também a relevância
de se engajar os professores em formação inicial em discursos de fronteira
(ALSUP, 2006). Enfatizamos que o termo identidade (MOITA LOPES, 2003,
2006, 2010) proposto neste estudo assume uma natureza multifacetada,
provisória, fragmentada e mestiça, o qual será analisado dentro dos construtos
vigentes da Linguística Aplicada.
UM OLHO NO ENSINO DE LITERATURA, OUTRO NA
FORMAÇÃO DO LEITOR: O PAPEL DA UNIVERSIDADE NA
REORIENTAÇÃO DOS ESTUDOS LITERÁRIOS PARA A
CIDADANIA
Valéria da Silva Medeiros
UFT/Cátedra UNESCO de Leitura PUC-Rio
Esta reflexão resume os objetivos de meu projeto em execução - Políticas
Públicas de Leitura no Tocantins - que, a exemplo do Plano Nacional para o
Livro e a Leitura (PNLL), transcendem a imediatez. Os títulos de duas obras
recentes e já canônicas nos estudos da literatura, A Literatura em Perigo e
Literatura para quê?, publicados respectivamente por Tzvetan Todorov e
Antoine Compagnon em 2009 (no Brasil), são auto-explicativos diante da
inquietação, neste campo, acerca da perda do estatuto do literário, em meio a
uma cultura contemporânea predominantemente visual. Assim, resta dar
sentido ao ensino da literatura em um momento em que a leitura do texto
literário parece fazer pouco ou nenhum sentido para muitos. Nesta busca,
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
orientaremo-nos, por um lado, pela fala do secretário executivo do PNLL, José
Castillo Marques Neto, em Passo Fundo – RS, para a abertura da 15ª. Jornada
Nacional de Literatura em 28/8/2013. Para o MinC, além do reconhecimento
do desequilíbrio entre orçamento para aquisição de livros e formação de
leitores, “é preciso que as universidades se engajem na formação de mediadores
de leitura”, já que os professores da educação básica são egressos da
universidade. Por outro, nos ilumina a reflexão de Elias Torres Feijó que
propõe a reorientação dos estudos literários para além do seu objeto diante da
perda de interesse gerada por novas produções artístico-culturais e
epistemologias que buscam afirmação no ensino fundamental. Em síntese,
refletiremos sobre a concepção da leitura que transcende o ato solitário e o
texto literário, visando à transformação da vida social - em consonância com a
visão e a missão da Cátedra UNESCO de Leitura PUC-Rio. Afinal, como
lemos em O nome da rosa, de Umberto Eco (1983), o mundo nos fala mesmo
em “uma expressão ou um gesto, (...) sinais de muda, mas eloquente
linguagem” (p.25).
COMUNICAÇÕES
NEOLOGIA POR EMPRÉSTIMO NOS LIVROS DIDÁTICOS DE
PORTUGÊS: UMA ANÁLISE PRELIMINAR
Adriano Bezerra de Andrade
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Este estudo apresenta os resultados preliminares da análise do material
didático, adotado pelos professores de língua portuguesa do Centro de Ensino
Médio Rui Brasil Cavalcante em Miranorte-To. Baseados nos estudos de Alves
(1984), Bidermman (2001) e Guilbert (1975), buscamos identificar de que
forma o conteúdo ensino de neologia por empréstimo está apresentado nos
três volumes do material didático. A análise compreende três fases: pré-análise,
exploração do material e tratamento dos resultados. O estudo compreende
pesquisa do tipo documental, ou seja, estudos de documentos oficiais no que
se refere ao ensino de língua portuguesa, a saber: OCEM de Língua Portuguesa
– Linguagens, códigos e suas tecnologias, Propostas Curriculares para o Ensino
Médio do Estado do Tocantins, bem como as novas Diretrizes Curriculares
para o ensino de Língua Portuguesa. Os resultados preliminares vêm
mostrando que o material didático em análise aborda esta questão ainda de
forma incipiente e insatisfatória, pois não propõe uma análise crítica desses
conteúdos. As informações a respeito de conceitos sobre língua, léxico,
neologia e empréstimo estão restringidas às significações destes termos. Na
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
maioria das vezes, a abordagem se da através de notas introdutórias de outros
conteúdos. Como quando conceitua os neologismos para discutir os processos
de formação de palavras, ou quando aborda o caráter aberto e dinâmico das
línguas para tratar da ortografia na construção do texto, remetendo a uma
informação a mais sobre estes conteúdos. Observamos que o livro didático em
análise, ao abordar temas como neologia, estrangeirismos e empréstimos,
proporciona um passo importante no panorama do ensino do léxico aos
estudantes do Ensino Médio, mesmo que de forma elementar.
A NEOLOGIA POR EMPRÉSTIMO NA VISÃO DOS
PROFESSORES DE LINGUA PORTGUESA DE UM CENTRO DE
ENSINO MÉDIO EM MIRANORTE-TO
Adriano Bezerra de Andrade
Universidade Federal do Tocantins - UFT
O presente estudo objetiva analisar a visão dos professores de língua
portuguesa a respeito do trabalho com a neologia por empréstimo/
estrangeirismo em sala de aula de língua materna em um Centro de Ensino
Médio de Miranorte, To. Trata-se de um estudo de caso, de cunho
fenomenológico, ainda em andamento. A amostra foi composta apenas por
duas das quatro professoras licenciadas em língua portuguesa que lecionam
nesta instituição devido às outras duas professoras serem servidoras com
vinculo de contrato temporário e terem começado a lecionar nesta unidade de
ensino depois que as observações para esta pesquisa já haviam se iniciado. O
instrumento de geração de dados utilizados são questionários abertos e
fechados. Bem como entrevistas do tipo semiestruturadas. A coleta de dados
tem sido realizada pelo próprio pesquisador, diretamente no ambiente escolar;
em sala de aula, nos momentos reservados à atividade extraclasse e também
junto a servidores técnicos como coordenadores, bibliotecária e secretária. No
decorrer de nossas observações temos percebido que os conteúdos objetos de
nossa pesquisa, tais como: neologismo, estrangeirismo e empréstimo, embora
sejam compreendidos pelos professores como essenciais para a manutenção e
evolução da língua, quando trabalhados por estes professores em sala de aula,
são apresentados apenas como pontos da variação linguística. Em muitos
casos, a abordagem se da através de comentários introdutórios de outros
conteúdos como: formação de palavras, ortografia ou regionalismo, por
exemplo. Remetendo a uma informação a mais sobre estes conteúdos. O que
temos compreendido até aqui é que, neologismo, estrangeirismo, e empréstimo
embora já sejam trabalhados por estes professores em sala de aula, não o são
ainda com a devida atenção, apontada por estudiosos como Alves (1984),
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
Bidermman (2001) e Guilbert (1975), como sendo essencial para que os
educandos alcancem uma competência linguística mais satisfatória.
REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA EM
QUATRO ESCOLAS PÚBLICAS DE PORTO NACIONAL – TO
Aline Clemente Pereira da Silva
Colégio COC e CNA Idiomas
O presente trabalho objetivou analisar alguns dos aspectos referentes ao ensino
de língua inglesa em algumas escolas públicas de Porto Nacional - TO. Mais
especificamente, foi meta deste estudo avaliar o papel do professor de línguas e
como este desenvolve sua prática. Para isso, analisamos questões relativas à sua
formação, expectativas, contexto de trabalho e aspectos de cunho social,
financeiro e emocional que, acreditamos, influenciam o processo de ensino e
aprendizagem da língua inglesa. Com base em pesquisas de dados iniciais,
buscamos ainda avaliar a importância da formação inicial de qualidade dos
professores enquanto um fator importante para que o ensino/aprendizagem da
língua inglesa chegue aos alunos das escolas públicas com maior qualidade e,
assim, possa apresentar melhores resultados. Buscamos saber se temos nas
salas de aula professores capacitados para o ensino da língua inglesa. Os
professores têm o domínio das quatro habilidades linguísticas e estão linguística
e metodologicamente aptos a ensinar língua inglesa a seus alunos? Queremos
saber se nossos alunos estão recebendo em suas escolas um ensino de língua
inglesa de qualidade e, além disso, buscamos elucidar os problemas enfrentados
pelos professores, para assim, podermos dar o passo inicial para que mudanças
e melhorias no ensino das escolas pesquisadas, e também de outras escolas,
possam ser alcançados.
CONTRIBUIÇÕES DA REESCRITA PARA O LETRAMENTO DO
PROFESSOR EM FORMAÇÃO INICIAL
Aliny Sousa Mendes
Wagner Rodrigues Silva
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Neste trabalho, objetivamos identificar como o processo de reescrita, bem
como a mediação do professor-orientador nesse processo, interferem na
produção do gênero relatório de estágio supervisionado de Língua Portuguesa
elaborado por alunos-mestre em uma turma do curso de Licenciatura em
Letras da Universidade Federal do Tocantins, campus de Araguaína. Para
realizar a análise, consideraremos o referido gênero como um objeto
46
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
multidimensional, ou seja, não o isolaremos de seu contexto de realização, pois,
a natureza do relatório de estágio nos permite analisá-lo por vários ângulos
tendo em vista que sua produção é envolta por relações sociais (MORIN
2003). Nessa perspectiva, além de utilizarmos a Linguística SistêmicoFuncional (LSF) como principal pressuposto teórico-metodológico, também
utilizaremos noções de outras áreas do conhecimento na tentativa de entender
as relações sociais que constituem o processo de escrita e reescrita do relatório
de estágio supervisionado. A LSF nos auxiliará no momento da análise dos
relatórios de estágio para identificarmos as marcas linguísticas que estejam
relacionadas ao posicionamento do aluno-mestre ante a indicação de correção.
Dessa forma, como observado nos dados gerados para essa pesquisa e, até
então, analisados, apostamos no processo de reescrita como desencadeador da
criticidade do professor em formação inicial e, consequentemente, na sua
significativa contribuição para o letramento do professor. Assim, esperamos
mostrar como o processo de reescrita pode ser essencial para se alcançar tal
objetivo se praticada desde a formação inicial. Ressaltamos que o presente
trabalho é recorte da pesquisa de mestrado ainda em desenvolvimento. A
mesma está inserida no grupo de pesquisa denominado PLES (Práticas de
Linguagem em Estágio Supervisionado).
EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA: AQUISIÇÃO DA LÍNGUA
INGLESA PELOS ALUNOS APINAYÉ DE SÃO JOSÉ E
MARIAZINHA
Ana Paula Piza Aoki
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Esta pesquisa foi realizada a partir de observações das práticas de ensino de
professores não indígenas, ao ministrarem aulas de língua inglesa nas escolas
Mãtyk e Tekator das aldeias Apinayé, em especial as aldeias São José e
Mariazinha. O povo Apinayé, habitantes no norte do Estado do Tocantins,
região conhecida como Bico do Papagaio, falantes da Língua Apinayé,
pertencem ao Tronco Macro Jê e à Família Linguística Jê. (RODRIGUES,
1986). Para a efetivação das observações foi elaborado um roteiro norteador de
um bloco de aulas de inglês ministradas pelos professores não indígenas. Esse
roteiro de observações foi posteriormente analisado, para sugerirmos recursos
didático-pedagógicos e estratégias que auxiliassem na compreensão da língua
inglesa pelos alunos indígenas. Os objetivos da pesquisa foram analisar o
processo de ensino do inglês como terceira língua adquirida pelos alunos
indígenas do Ensino Fundamental II e Médio nas escolas Mãtyk da aldeia São
José e Tekator da aldeia Mariazinha, observando as práticas pedagógicas usadas
pelos professores não indígenas, o desenvolvimento das habilidades de leitura e
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
escrita em língua inglesa pelos alunos Apinayé e verificando se o ensino da
língua inglesa está voltado para o inglês intercultural, de acordo com a realidade
sociolinguística dos alunos indígenas das aldeias São José e Mariazinha. Nosso
trabalho justifica-se pela necessidade da inserção dos alunos indígenas numa
sociedade onde a língua inglesa é fundamental para uma comunicação mais
ampla e irrestrita, devido à inclusão social, bem como à globalização atual
existente. Ainda, há o fato de que a língua inglesa faz parte do currículo da
educação básica das escolas e, consequentemente, está sendo usada nas escolas
indígenas. Os resultados permitem concluir que os alunos nas escolas Apinayé
sentem dificuldades em assimilar os conteúdos de língua inglesa, uma vez que
vivenciam uma situação trilíngue, estudando as línguas Apinayé, Portuguesa e
Inglesa.
ESTUDO DOS NOMES DE LUGARES E SUA RELAÇÃO COM O
ENSINO DE HISTÓRIA EM LIVROS DIDÁTICOS DO ENSINO
FUNDAMENTAL
Anna Inez Alexandre Reis
Karylleila dos Santos Andrade
Universidade Federal do Tocantins - UFT
O estudo toponímico não poder ser pensado desvinculado de outras ciências:
“é uma disciplina que se volta para a História, a Geografia, a Linguística, a
Antropologia, a Psicologia Social e, até mesmo, à Zoologia, à Botânica, à
Arqueologia, de acordo com a formação intelectual do pesquisador” (DICK,
1992: II). Deve ser pensada como um complexo línguo-cultural: um fato do
sistema das línguas humanas. Faz parte de uma ciência maior que se subdivide
em toponímia, estudo do nome de lugar, e antroponímia, estudo do nome de
pessoas. É fundamental compreender os topônimos a partir dos diferentes
significados, olhares e áreas de atuação, pois, por se organizarem de maneira
dinâmica, constantemente (re)inventam-se no tempo e no espaço,
sobrepondo-se valores socioculturais, econômicos, políticos e religiosos. O
estudo toponímico apenas pode ser compreendido e apreendido a partir dos
fios tecidos sob os olhares de diversos saberes. A proposta deste trabalho
vincula-se ao estudo dos nomes de /lugares (acidentes humanos) e sua relação
com o ensino de História no Ensino Fundamental a partir dos livros didáticos
tendo em vista o foco da interdisciplinaridade. Os objetivos do projeto são:
identificar de que forma os nomes de lugares (acidentes humanos) estão
dispostos nos livros didáticos de História e descrever o estudo dos nomes de
lugares (acidentes humanos) e sua relação com o ensino de História no Ensino
Fundamental nos livros didáticos. E ainda discutir, ainda que preliminar, uma
proposta pedagógica utilizando os topônimos numa perspectiva interdisciplinar
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
para o ensino fundamental. A proposta deste trabalho vincula-se ao estudo da
toponímia no contexto do ensino considerando a teoria da
interdisciplinaridade.
Para realizar essa discussão, utilizaremos como
abordagem teórico metodológica, no campo da toponímia, os trabalhos de
Dick (1990), e os estudos de Fazenda (2001) e (2009) e Morin (1990) no campo
da interdisciplinaridade.
OS ESTUDOS LINGUÍSTICOS APLICADOS AO ENSINO DA
LÍNGUA PORTUGUESA: A PRODUÇÃO ESCRITA NA ERA DOS
GÊNEROS TEXTUAIS NO ENSINO MÉDIO
Antônio Cilírio da Silva Neto
Centro de Ensino Urbano Rocha (SEDUC-MA)
O objetivo deste trabalho é refletir o ensino de língua portuguesa na produção
escrita à era dos gêneros textuais com enfoque dos estudos linguísticos
aplicados. Considerando a escrita um fenômeno de interesse de algumas
ciências, mas especialmente da Linguística Aplicada, assistimos que o
desenvolvimento da habilidade de produção de textos escritos com enfoque
em letramentos múltiplos, e a era dos gêneros textuais na disciplina de língua
portuguesa no ensino médio (EM) em algumas escolas acontecem somente nas
“aulas de redação”. Segundo Kleiman em vez de favorecer a trans [inter]
disciplinaridade, isso fragmenta as próprias disciplinas escolares em blocos
monolíticos, além disso, na escrita, não havia um sujeito que diz, mas um aluno
que devolvia a palavra que lhe foi dita pela escola. Conforme Geraldi o que não
considera a natureza dialógica e interativa da própria linguagem chega a anular
a subjetividade de quem a escreve. Nas atuais práticas de desenvolvimento da
habilidade escrita seguindo a linha de Rojo, ao tomarmos os gêneros como
objetos de ensino estamos apostando em um processo de ensino e
aprendizagem de língua materna que permita ao sujeito aluno utilizar atividades
de linguagem que envolva tanto capacidades propriamente discursivas,
relacionadas à apreciação valorativa da situação comunicativa como também
capacidades de ação em contexto. Nessa perspectiva, as práticas de leitura e
produção de textos em gêneros diversos que fazem parte do cotidiano dos
alunos nos diversos espaços de socialização, como família, igreja, mídia,
amigos, trabalho, etc. podem ser legitimados na escola, e assim o aluno não se
sentirá um sujeito incapaz de escrever.
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
A REPRESENTAÇÃO DE IDENTIDADES DE GÊNERO E DE
DIVERSIDADE SEXUAL NA PRODUÇÃO LITERÁRIA PARA
JOVENS LEITORES
Aurílio Soares da Silva
Flávio Pereira Camargo
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Atualmente, observamos uma demanda crescente nas pesquisas e nas
abordagens que tendem a tratar de forma mais crítica questões sobre a
sexualidade de modo a enfatizar as diversidades existentes em nossa sociedade.
Tais discussões e debates sobre sexo, gênero e sexualidade buscam não
somente compreender seus mecanismos de atuação, mas, também, formular
críticas aos processos de representações que atuam em uma lógica tendenciosa
de supremacia das identidades tradicionais em detrimento das diversidades,
tidas como “inferiores”. Todo esse alvoroço se deve, em sua maioria, pela
reivindicação dos direitos por aqueles que, há muito tempo, vem sendo postos
às margens da sociedade por uma identidade que se quer “superior” às demais.
Sem dúvida, a partir da segunda metade do século XX temos um
recrudescimento nas reflexões e teorizações sobre as questões das mulheres,
dos negros, dos homossexuais, entre outros grupos que vêm sendo ignorados e
silenciados por aqueles mencionados por Rick Santos (1997), como, por
exemplo, os homens cristãos, brancos e heterossexuais – CBH. Partindo destes
pressupostos, temos como objetivo, neste trabalho, fazer uma análise sobre os
processos de representação de identidades de gênero, dando ênfase
especialmente à diversidade sexual, particularmente na produção literária para
jovens leitores. Para alcançar nossos objetivos, delimitamos como corpus de
análise os livros infanto-juvenis O gato que gostava de cenouras, de Rubem Alves, e
O menino que brincava de ser, de Georgina da Costa Martins. Estes livros nos
chamam a atenção pela maneira como representam de forma crítica um
momento novo na vida de jovens que estão entrando em um período de
descobrimento de sua personalidade, de sua(s) identidade(s), e de sua
sexualidade. Além disso, explicita como essas revelações e mudanças pelas
quais a criança passa, muitas vezes, se dão de forma angustiante, conflituosas e,
em alguns casos, traumáticas.
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
MEMÓRIAS NO PÁTIO: SABERES TRADICIONAIS KRAHÔ
COMO CONTRIBUIÇÃO PARA A EDUCAÇÃO DO SUJEITO
INDÍGENA
Aurinete Silva Macedo
Francisco Edviges Albuquerque
Universidade Federal do Tocantins – UFT
O presente trabalho objetiva apresentar uma pesquisa, intitulada Memórias no
Pátio: Saberes Tradicionais Krahô como contribuição para a educação
do sujeito indígena, que está em andamento na aldeia Krahô de Manoel
Alves. A referida pesquisa propõe investigar como os Saberes Tradicionais
Krahô que se manifestam no cotidiano desse povo e a sua contribuição para o
fortalecimento da língua oral e escrita na escola, bem como para manutenção
da língua e da cultura. É nossa meta também investigar como se dá a relação
entre os saberes tradicionais indígenas e os saberes escolares, relação
comunidade/escola indígena, escola indígena/comunidade. Por ser esta uma
pesquisa de cunho sociolinguístico, valeremo-nos dos estudos de Labov (2008)
autor que insistiu na relação entre língua e sociedade; Em Guy e Zalles (2007),
Molica e Braga(2010), Tarallo(2007) e Albuquerque (1999, 2007), Abreu (2012)
e Sousa (2013), dentre outros, utilizaremos, portanto, o método de entrevista
de base sociolinguística de experiências pessoais. Ouviremos, portanto, os
indígenas mais velhos da aldeia, para entendermos os aspectos socioculturais e
linguísticos, suas crenças, hábitos e saberes desse povo. Observamos também
as práticas pedagógicas dos professores indígenas, coordenadora pedagógica e
Diretor da escola 19 de Abril, para então descrevermos e analisarmos os
aspectos dos saberes tradicionais Krahô e a sua contribuição para a educação
do sujeito indígena.
REPRESENTAÇÕES DE PROFESSORES DA ESCOLA BÁSICA
FEITAS EM RELATÓRIOS DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Bárbara de Freitas Farah
Wagner Rodrigues Silva
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Este trabalho está inserido no grupo de pesquisa “Práticas de Linguagens em
Estágios Supervisionados” – PLES (UFT/CNPQ). Apresenta resultados de
uma investigação, na qual identificamos representações de professores da educação
51
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
básica (PEB) construídas por alunos-mestre na escrita dos relatórios de estágio
supervisionado, numa Licenciatura em Letras na Universidade Federal do
Tocantins Campus de Araguaína. Dentro dessas representações, buscamos
padrões de realização gramatical dentro dos enunciados onde há referências ao
professor da educação básica. Descrevemos, portanto, o sistema de
transitividade das orações onde os PEB exercem a função de participante dos
processos verbais. A investigação apresentada tem como corpus relatórios da
disciplina Investigação da Prática Pedagógica e Estágio Supervisionado em
Língua Portuguesa: Língua e Literatura, produzidos por professores em
formação inicial, denominados de alunos-mestre. Esta pesquisa de iniciação
científica está orientada pela abordagem transdisciplinar da Linguística
Aplicada, tendo como principal referencial teórico a abordagem textualdiscursiva da Linguística Sistêmico Funcional (LSF).
FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO CURSO DE
LETRAS/INGLÊS DA UFPA: UM DIÁLOGO ENTRE A POLÍTICA
CIENTÍFICO EDUCACIONAL DO CURSO E A CONSTRUÇÃO DA
IDENTIDADE DOCENTE NO CAMPUS DE MARABÁ
Bárbara Letícia Pereira Leite - UFPA
Marília Fernanda Pereira Leite - UFT
O curso de Licenciatura em Letras com habilitação em Língua Inglesa da
Universidade Federal do Pará – Campus Marabá teve sua primeira turma no
ano de 2009. Os dados apresentados nesta comunicação fazem parte de uma
pesquisa em fase de desenvolvimento, portanto, objetivamos nesta
comunicação expor os resultados prévios de uma análise de cunho documental
que tem como objetivo realizar uma análise interpretativo-comparativa dos
documentos que regem o referido curso e do discurso dos discentes egressos e
ingressos. Aplicamos questionários (GÜNTHER, 2003) com alunos da turma
de 2009 (turma egressa) e da turma de 2013 (turma ingressa) sobre as
disciplinas e o processo de aprendizado com o intuito de fazer um diálogo
entre o Projeto Político Pedagógico do Curso de Letras/Inglês, a proposta
científico-pedagógica e as expectativas dos alunos evidenciadas nos
questionários, para então refletir sobre o processo de construção da identidade
docente. Consideramos que a formação do professor de língua inglesa é de
responsabilidade dos cursos de Letras, cuja proposta científico-pedagógica
deve fazer com os discentes construam competências que os permitam atuar
no ensino e aprendizagem de língua inglesa a priori na educação básica visto
que os Projetos Políticos Pedagógicos estão em consonância com a LBD (Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional). O curso de Letras/Inglês é um
curso novo no Campus de Marabá, consideramos, portanto que a presente
52
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
pesquisa poderá contribuir de forma reflexiva no processo de construção da
identidade do professor de língua inglesa, bem como sua prática perante a
comunidade a que se destina.
O ENSINO DE LITERATURA E AS OUTRAS LINGUAGENS NO
ENSINO MÉDIO: UM OLHAR SOBRE OS DOCUMENTOS
OFICIAIS
Bonfim Queiroz Lima Pereira
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Este trabalho procura analisar, na perspectiva dos estudos interartes, quais são
as orientações oficiais para o ensino aprendizagem de Literatura relacionado às
outras linguagens artísticas. Para tanto procura, a princípio, definir o viés de
estudo dessas relações a partir de pressupostos teóricos relacionados à
intermidialidade, um campo de pesquisa que faz parte dos estudos interartes;
logo depois, busca identificar qual é o tratamento dado ao ensino de literatura e
as relações que ela estabelece com as “outras linguagens”, ou seja, com as
outras manifestações artísticas, analisando os documentos oficiais que norteiam
o ensino de Literatura no Brasil: Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino
Médio (PCEM), Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN+ Ensino Médio) e Orientações Curriculares para
o Ensino Médio (OCEM). Como se pode observar, pelos documentos
examinados, essa pesquisa privilegia as orientações direcionadas ao ensino
médio, que após a publicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (Lei nº 9.394/96) passa a integrar a educação básica e tem como um
de seus objetivos a formação do educando para o exercício da cidadania, além
de fornece-lhe meios para se desenvolver no trabalho e em estudos futuros. Os
documentos analisados foram publicados pelo Ministério da Educação com o
intuito de orientar a nova configuração deste nível de ensino escolar e propõem
que o ensino privilegie uma perspectiva interdisciplinar.
O ENSINO DE LITERATURA RELACIONADO ÀS OUTRAS
LINGUAGENS NO ENSINO MÉDIO: UM OLHAR SOBRE O
LIVRO DIDÁTICO.
Bonfim Queiroz Lima Pereira
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Este trabalho procura analisar, na perspectiva dos estudos interartes, quais
relações são estabelecidas entre literatura e as outras linguagens artísticas no
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
âmbito do ensino escolar, realizando a análise de capítulos que abordam os
conteúdos de literatura que compõem os livros didáticos de língua portuguesa.
Para tanto procura, a princípio, definir o viés de estudo dessas relações a partir
de pressupostos teóricos relacionados à intermidialidade, um campo de
pesquisa, relativamente novo, que faz parte dos estudos interartes; logo depois
realiza a análise de amostras de capítulos de dois manuais didáticos de ensino
médio, tentando identificar nestas obras quais são as relações estabelecidas
entre as ocorrências de linguagens verbais e não verbais e as outras mídias. Os
manuais analisados foram adquiridos pelo Governo Federal por intermédio do
Ministério da Educação, através do Programa Nacional do Livro Didático –
PNLD – e distribuídos para escolas públicas de todo país. Portanto seguem
uma série de normas técnicas e didáticas, que estão listadas no edital de
convocação para inscrição no processo de avaliação deste programa; entre
essas normas didáticas encontrasse a orientação para o favorecimento da
convivência do estudante com diferentes representações de linguagem e para
uma abordagem interdisciplinar e global dos conteúdos e das habilidades
abrangidas pelos manuais.
RELATOS E EXPERIÊNCIAS DO PROGRAMA DO
OBSERVATÓRIO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA
KRAHÔ/CAPES/INEP/UFT
Bruna Michelle Alves dos Santos
Thais de Souza Carvalho
Tatiane Pereira de Oliveira
Francisco Edviges Albuquerque
Universidade Federal do Tocantins - UFT
O Programa do Observatório da Educação tem como objetivo principal
colaborar com a educação escolar dos povos indígenas, nesse momento em
especial com os povos Krahô. O projeto conta com bolsistas de graduação,
professores da Educação Básica, mestrado e doutorado, sob a coordenação do
Prof. Dr. Francisco Edviges Albuquerque. Conta ainda com a participação do
corpo docente colaboradores da escola 19 de Abril da aldeia Manoel Alves,
próxima à cidade de Itacajá-To. O corpo docente da aldeia trabalha juntamente
com a comunidade local desenvolvendo o projeto, agregando conhecimentos
para a educação escolar Krahô. Portanto O Programa do Observatório auxilia
na produção e organização de materiais didáticos produzidos passo a passo
pelos próprios professores indígenas da comunidade, para minimizar a
dificuldade que os professores vinham/vêm enfrentando em relação à escrita
ortográfica, tendo agora seus próprios matérias didáticos, pois antes tinham
acesso apenas a matérias que não estavam de acordo com suas realidades,
54
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
materiais estes de escrita e leitura em português. Objetivando dessa forma a
manutenção da língua e da cultura Krahô. Enquanto bolsistas deste Projeto,
adquirimos inúmeras experiências, desde as rodas de leitura às visitas de
campo. Pudemos conhecer a realidade do povo Krahô, a cultura, o contato
com a língua e ainda temos o privilégio de participar do processo de produção
dos livros didáticos. Com essas experiências adquiridas, estamos ampliando
nosso currículo acadêmico, desenvolvendo competências, habilidades e
responsabilidade, além de nos oferecer essa bagagem cultural, bem como
novos horizontes sobre o que realmente conhecíamos sobre os povos
indígenas.
ESCRITA REFLEXIVA PROFISSIONAL EM RELATÓRIOS DE
ESTÁGIO EM LICENCIATURAS PARAENSES: UM PANORAMA
INTRODUTÓRIO
Bruno Gomes Pereira
Universidade Federal do Tocantins
No presente artigo, tentamos apresentar algumas considerações a respeito da
abordagem metodológica de uma pesquisa em andamento, a qual está sendo
desenvolvida a nível de mestrado. Trata-se de um panorama sobre as principais
teorias mobilizadas nesta investigação, as quais, a nosso ver, problematizam
nosso objeto de análise, aqui se tratando dos relatórios de estágio
supervisionado produzidos por alunos-mestre de diferentes licenciaturas
paraenses. O termo “alunos-mestre”, nesta abordagem, faz referência ao
professor em formação inicial. Para tanto, justificaremos a preferência por
utilizarmos os preceitos teórico-metodológicos da Linguística SistêmicoFuncional (LSF), bem como da Análise Crítica do Discurso (ACD), principais
teorias fundamentadoras da investigação. Partimos do princípio de que a LSF é
uma teoria sócio semiótica, uma vez que entende o texto enquanto um
processo social, tendo, pois, sua significação diretamente associada ao contexto
de cultura e de situação em que é produzido. Além disso, também entendemos
que a ACD seja pertinente ao andamento desta investigação, levando em conta
a visão política e problematizadora com a qual concebe os atores e suas
relações em um dado contexto. Por fim, apresentaremos também uma breve
explanação a respeito da abordagem quantiqualitativa de pesquisa, bem como
da técnica documental de análise dos dados gerados, tendo em vista que
analisaremos relatórios de estágio supervisionado, produções comumente
solicitadas ao final da disciplina de Estágio Supervisionado nos cursos de
licenciatura. Comungamos da ideia de que uma reflexão a respeito do caráter
discursivo dos relatórios de estágio pode agir a favor do processo de
letramento do aluno-mestre. É importante considerarmos também que os
55
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
apontamentos contemplados aqui são frutos de discussões ocorridas no grupo
de pesquisa Práticas de Linguagens nos Estágios Supervisionados PLES
(UFT/CNPq) no campus de Araguaína.
A BUSCA DA SUPERAÇÃO TRADICIONAL DE ENSINO:
COMPARANDO (2) DUAS GRAMÁTICAS DOS AUTORES ERNANI
TERRA E JOSÉ DE NICOLA
Carlos Wiennery da Rocha Moraes
Jônatas Gomes Duarte
Luis Roberto Peel Furtado de Oliveira
Universidade Federal do Tocantins – UFT
Superar o ensino tradicional de gramática de caráter fragmentado e abarcar
uma didática na perspectiva do paradigma educacional emergente, que visa a
aprendizagem numa perspectiva de totalidade, tem sido o grande desafio de
autores da língua materna, ou seja, a busca por um ensino atualizado que
promova as mudanças no modo de ensinar do mundo atual, cheio de
ideologias dominantes e por isso as escolas precisam de abordagens mais
contextualizadas. Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo analisar
as diferenças paradigmáticas entres (2) duas gramáticas dos autores Ernani
Terra e José de Nicola. Mais precisamente, trata-se de comparar a edição de
1993 com a edição reformulada em 2002. Para isso, a priori citamos teorias
que negam o ensino tradicional, assim como, aquelas que afirmam o
emergente. A seguir abordamos o corpus, no caso, as duas páginas
introdutórias do capítulo categorias gramaticais invariáveis, situadas nas duas
edições supracitadas, a fim de analisar em que aspecto as diferenças no trato
com o conteúdo se evidenciam entre elas. Segundo os autores a gramática
reformulada, em 2002, visa atender às novas mudanças educacionais no sentido
de criar condições para formar leitores no Ensino Médio.
DO LETRAMENTO: OU ENFOQUE DE PRÁTICAS SOCIAIS EM
TEXTOS ESCRITOS
Carlos Wiennery da Rocha Moraes
Carlos Alberto Moreira de Araújo Júnior
Luiza Helena Oliveira da Silva
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Segundo Kleiman (2007, p. 1) „O letramento tem como objeto de reflexão, de
ensino, ou de aprendizagem os aspectos sociais da língua escrita‟. Assim, essa
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
teoria se sustenta pela visão crítica em que o professor promove o ensino de
forma que os alunos reflitam, com base em seus conhecimentos prévios, nas
práticas sociais, concretas e contextualizadas diante de um texto. Essa visão é
diferente da didática tradicional, sem interação e, com forte enfoque em
análise sintática ou morfológica de textos fragmentados, descontextualizados,
além disso, idealizados, no sentido de mostrarem uma sociedade, maquiada,
sem conflito, ou seja, fora da realidade. A escola deixava o aluno alienado por
não promover verdadeiros leitores com senso crítico. Para Kleiman (1998)
estudos sobre letramento ganharam força nos anos 70, porém, a didática
tradicional ainda transparece nas escolas. Em razão disso, este trabalho, em
fase inicial, objetiva analisar, no colégio Santa Rita de Cássia, as práticas
pedagógicas de professores de língua portuguesa no Ensino Médio, a fim de
compreender como se efetiva o enfoque das práticas sociais diante de textos
escritos. A metodologia consiste, primeiramente, em assistir três aulas, no 1º, 2º
e 3º ano e fazer anotações do assunto abordado. A seguir, faremos entrevistas
com os três professores, dessas turmas. Essas terão caráter semi-estruturado.
Por fim, cruzaremos os dados, relacionando o que os professores responderam
no questionário, com o que foi registrado em suas aulas. Assim, podemos
encontrar os sentidos que inibem as práticas letradas e com isso buscar escutas
de novos rumos que possam otimizar a formação escolar a luz do letramento.
FORMAÇÃO DE PROFESSORES/AS DE LÍNGUA INGLESA NO
NORDESTE DE GOIÁS: UM OLHAR PARA A DIVERSIDADE
ÉTNICO-RACIAL
Cristiane Rosa Lopes
Universidade Estadual de Goiás
Apesar de vários documentos oficiais, como, por exemplo, os Parâmetros
Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998, 2000) e a Lei Federal nº 10.639/03
(BRASIL, 2003), tornarem obrigatória a educação das relações étnico-raciais
nas escolas públicas e privadas de ensino fundamental e médio, pesquisas
indicam que muitos cursos de formação de professores/as ainda não
integraram a diversidade étnico-racial às suas pautas (FERREIRA, 2006, 2008,
2009, 2011, 2012); GONÇALVES, MENEZES & TEODORO, 2011; MOITA
LOPES, 2002; SILVA, 2011). Diante disso, as universidades estão sendo
formalmente instruídas para a inclusão de discussões sobre diversidade em seus
currículos (BRASIL, 2002, 2005). Esta comunicação visa discutir resultados
iniciais de uma pesquisa, que visa analisar a abordagem da educação das
relações étnico-raciais na formação inicial e continuada de professores/as de
língua inglesa numa universidade pública no nordeste de Goiás. Esta pesquisa
caracteriza-se como um estudo de caso, de cunho qualitativo, que tem como
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
embasamento teórico para suas discussões: a Linguística Aplicada Crítica
(MOITA LOPES, 1999, 2002, 2006; PENNYCOOK, 2001, 2006, 2012, 2013);
a formação crítica de professores/as (FERREIRA, 2006, 2009; GIROUX,
1997, PESSOA & BORELLI, 2011); racismo e educação (CAVALLEIRO,
2001, FERREIRA, 2011).
CINE LER: O CINEMA EM SALA DE AULA COMO RECURSO
ESTIMULADOR PARA NOVOS LEITORES
Cristiano Alves Barros
Universidade Federal do Tocantins
Este trabalho busca refletir sobre o uso do cinema em sala de aula enquanto
estratégia de ensino em literatura e como recurso estimulador para novos
leitores. Para tanto, utilizaremos os textos dos teóricos Carmen Bolognini
(2011) e Marcos Napolitano (2003) que discutem a abordagem do cinema em
sala de aula. Por isso, uma das expectativas almejadas por este trabalho é o
estímulo a leitura, utilizando os recursos multimídia, no caso o cinema, como
contraponto à linguagem literária. Para desenvolver a referida reflexão,
contextualizamos a inserção do cinema na educação escolar e sua articulação
com o conteúdo, as habilidades e os conceitos nas aulas de Língua Portuguesa,
alguns pontos devem ser observados, tais como: as possibilidades técnicas e
organizativas da escola para o uso de filmes em sala de aula; o papel do
professor como mediador das interpretações e do senso crítico despertado nos
alunos através da obra literária e da adaptação cinematográfica; e, quais
cuidados devem ser tomados pelo professor ao incrementar sua didática com o
uso do cinema. Afinal, tudo isso deve ser pensado conforme a faixa etária e a
etapa de aprendizagem. Tais ações estipuladas até aqui remetem ao processo de
desenvolvimento da leitura por meio da relação entre literatura e cinema na sala
de aula. Nesse sentido, acreditamos que as práticas pedagógicas embasadas no
uso de filmes, podem instigar tanto alunos quanto professores a abordarem as
obras literárias presentes no currículo escolar sob uma nova perspectiva,
contribuindo inclusive para o diálogo com outras disciplinas curriculares
através de temáticas transversais.
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA: LEGISLAÇÃO E PRÁTICA
DOCENTE
Dálete da Costa Câmara de Oliveira
Professora de Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Tocantins
Pesquisas apontam que a Língua Espanhola vem despontando no cenário
mundial devido aos aspectos econômicos e culturais, sendo considerada a
segunda língua mais utilizada no mundo dos negócios, da ciência, da pesquisa,
do comércio, da internet, do entretenimento, entre outros, perdendo apenas
para o inglês; em quantitativo populacional é a terceira língua mais falada no
mundo. Dessa forma, a inserção do Ensino de Língua Espanhola no sistema
educacional brasileiro tornou-se de grande importância, como uma maneira de
se conhecer novas culturas e ter acesso a um novo idioma, oportunizando o
conhecimento e a aprendizagem da língua espanhola, que facilitará o acesso ao
mercado de trabalho já que o Brasil tem realizado muitas negociações
comerciais com países hispânicos. A esse respeito, a LDB nº 9394/96,
determina a implantação obrigatória de uma língua estrangeira a partir do 6º
ano do Ensino Fundamental, em relação ao Ensino Médio determina a adoção
de uma segunda de forma optativa, posteriormente a Lei 11.161/2005, torna
obrigatório a inserção do Espanhol nas turmas de Ensino Médio. Em relação à
formação de professores, ainda acredita-se que, devido a aproximação entre o
português e o espanhol, basta conhecer o vocabulário e algumas expressões
que se está apto para ministrar a disciplina, no entanto, não basta somente ler,
escrever, compreender ou estabelecer uma conversação, é necessário o
domínio do funcionamento e da forma, sem deixar de considerar os aspectos
culturais e históricos. Considerando os dados acima e tendo como base teórica
os autores: Sedycias, Fernández, Brito e Martínez-Cachero Laseca, o objetivo
desse trabalho é analisar como está acontecendo o processo de implantação do
ensino de Língua Espanhola, considerando: a capacitação de professores, a
utilização de livros didáticos e dos recursos em sala de aula.
ANÁLISE LINGUÍSTICA NA VOZ DE ESTUDANTES DE LETRAS
Danielle dos Santos Guedes
Janete Silva dos Santos
Universidade Federal do Tocantins
Esta comunicação resulta de nosso projeto de iniciação científica Referências de
estudantes de Letras sobre análise linguística, desenvolvido com apoio do CNPQ e
inserido no projeto de pesquisa Gramática contextualizada: relação discurso e prática
no imaginário de professores do Parfor, de professores da rede pública de ensino de
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
Araguaína, e de estudantes do curso regular de Letras da UFT. Considerando as várias
discussões em torno do ensino de língua materna e as dificuldades encontradas
nas salas de aula referentes ao estudo de gramática e à prática de análise
linguística, urge a necessidade de compreendermos a visão dos estudantes do
curso de Letras da Universidade Federal do Tocantins, campus de Araguaína,
em relação a esse tipo de trabalho. Nosso objetivo foi analisar a visão desses
acadêmicos sobre o referido tema a fim de que pudéssemos detectar quais
perspectivas os orientam e como elas são mobilizadas no estágio,
problematizando aspectos recorrentes e inerentes à gramática normativa
quando trabalhada nas aulas de maneira descontextualizada. Nossos dados,
analisados qualitativamente, foram gerados através de questionários e de
entrevistas semiestruturadas em áudio, com estudantes dos três últimos
períodos do curso. Em nosso referencial teórico predominam autores que
fazem estudos aplicados à língua materna. O cotejo dos discursos aponta que
os acadêmicos ainda parecem consideravelmente confusos em relação a esse
tipo de análise, o que, por sua vez, torna-se também um complicador para a
efetivação dessa abordagem na sua prática durante o estágio em regência. Este
estudo contribui com pesquisas realizadas no Grupo de Estudos do SentidoTocantins/GESTO.
O USO DO DICIONÁRIO COMO RECURSO DIDÁTICO
Dayane Carneiro Rocha
Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Este trabalho é esboço inicial do projeto de pesquisa (PIBIC) que tem como
preocupação o aprendizado da norma padrão da língua portuguesa. Tem como
objetivo o estudo dos dicionários já existentes e a criação de um novo
dicionário de verbos como recurso didático para a criação e a recepção de
textos em língua materna. O estudo será pancrônico, ou seja, o levantamento
de conceitos do verbo, durante o século XX até início do século XXI
utilizando conceitos de gramáticas e livros didáticos de Língua Portuguesa. Será
observado o advento de palavras novas “neologismos verbais”, suas causas e
atuação no vernáculo. Este estudo tem como pauta um diálogo constante com
gramáticos e filólogos tais como Rocha Lima (2005), Luft (2002), Bechara,
Celso Cunha e Said Ali. O principal uso do dicionário de verbos é auxiliar o
aluno no aprendizado e no reconhecimento dos verbos, principalmente dos
irregulares e depoentes. Esse posicionamento metodológico facilita o processo
de aprendizagem, pois o próprio aluno pode fazer a sua pesquisa particular, o
que facilitará a identificação e a criação de textos.
60
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
A LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS SURDAS
Dayanne Barbosa Dias
Educação Especial Inclusiva - CENSUPEG
O presente trabalho apresenta a relevância da ludicidade no processo de
ensino-aprendizagem de crianças surdas. Objetivando, propiciar a construção
do conhecimento das mesmas. Pretende-se com este, esclarecer o
desenvolvimento do aluno não ouvinte, suas dificuldades e limitações na
aquisição da língua portuguesa na modalidade escrita como segunda língua,
questionando como desenvolver as habilidades dessas crianças com
brincadeiras e exercícios diferenciados, ainda que elas sejam resistentes á
participação na sala de aula. Onde o docente possa intermediar a comunicação
e interação da criança surda com o meio, favorecendo a acessibilidade.
Preocupando-se em realizar atividades, partindo do meio cultural desta criança,
sua língua materna (libras), e os contribuintes para a formação da sua
identidade, sendo os seus responsáveis, em que passa a maior parte do tempo.
Mostrando o trabalho de cultivar a personalidade destes alunos, elevando a sua
autoestima e realizando estímulos para que estes, possam se conhecer e
visualizar as suas potencialidades. Sendo uma pesquisa bibliográfica, expondo
os desafios da educação bilíngue e o papel do docente no desenvolvimento da
língua do indivíduo surdo, que está ou não inserido na comunidade surda,
Tornando compreensível que a surdez não implica na cognição do surdo e
compreensão dos conteúdos. Utilizando o lúdico como ferramenta principal
no processo de ensino-aprendizagem.
ENTRE A ORDEM DO REAL E A AFIRMAÇÃO DE SEU AVESSO:
UMA LEITURA COMPARADA ENTRE JOÃO CABRAL DE MELO
NETO E EDGAR ALLAN POE
Débora Maria dos Santos Castro Silva
IFTO/Palmas/UFT
Este artigo procura discutir as relações homológicas existentes entre os poemas
O corvo, de Edgar Allan Poe e Psicologia da Composição, de João Cabral de
Melo Neto. No presente estudo, procuraremos demonstrar que o ato de
criação dos poetas em tela é um trabalho meticuloso, que requer cautelosas
seleções e rejeições, num ir e vir de imaginações algumas plenamente
amadurecidas, outras repelidas como inaproveitáveis, num labor que exige do
“construtor” precisão e rigor. É, portanto, a razão como motor da criação o
ponto de convergência em que parecem situar-se Poe e João Cabral de Melo
Neto. Poe não é um pintor da vida, mas um construtor, assim como o é Cabral.
61
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
Tal operação impõe à ordem e ao ritmo da natureza uma inversão, revelando o
projeto de uma construção particularíssima, um debruçar-se metódico sobre o
real, de que retira as sugestões mais fortes de equivalência, diferença e
oposição. Com embasamento teórico relacionado aos estudos das equivalências
homológicas entre os dois poemas e com a leitura de pesquisadores da área, o
texto explora os aspectos comuns entre os dois poemas, em especial a
composição poética racional e a elaborada construção da linguagem. O eixo
principal é a análise e o comentário dos dois poemas dos autores estudados.
SENTIDO(S) METAFÓRICO(S): UM DESAFIO PARA ALUNOS E
PROFESSORES NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA?
Dieysa Kanyela Fossile
Universidade Federal do Tocantins
Nesta comunicação, tem-se como objetivo apresentar o projeto de pesquisa
intitulado “Metáforas: a leitura de textos metafóricos nas séries do ensino
fundamental”, o qual foi desenvolvido em parceria com alunos do curso de
Letras da UFT (campus de Araguaína), tal como, os resultados finais deste
estudo. Por meio dessa pesquisa, buscaram-se respostas para as seguintes
questões: (i) A metáfora e/ou sentido metafórico presente na maioria dos
textos pode ser apontado e/ou considerado como um dos principais fatores
que faz com que os alunos do ensino fundamental apresentem dificuldades na
leitura? (ii) Quais critérios um professor deve seguir e/ou adotar ao planejar
aulas relacionadas à metáfora e/ou à leitura de textos metafóricos para turmas
do ensino fundamental? Desse modo, através desse projeto de pesquisa,
pretendeu-se (i) levar o aluno do curso de Letras a observar e analisar como os
alunos do ensino fundamental da Escola “X” (escola em que esta pesquisa foi
realizada) interpretam textos metafóricos; (ii) conduzir o aluno de Letras e
futuro docente a refletir sobre a metáfora e a compreendê-la; (iii) levar o alunoprofessor a buscar estratégias de ensino-aprendizagem que contribuam para a
formação do aluno-leitor. As leituras que contribuíram para o desenvolvimento
desta pesquisa estão centradas nos estudos de Kittay, na Teoria da Interação de
Max Black, nos estudos de Mara Zanotto e nos textos de Geraldi, Koch,
Marcuschi, Foucambert, Cagneti, Freire, Kleiman, entre outros. Portanto, com
base nos resultados finais, os quais foram alcançados a partir do projeto de
pesquisa mencionado, objetiva-se, nesta comunicação, abordar e discutir como
a metáfora é trabalhada nas aulas de Língua Portuguesa em turmas do ensino
fundamental e como esses alunos interpretam os textos metafóricos que são a
eles apresentados.
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
PROFESSORA SIM, MAS DE INGLÊS! A PAIXÃO PELA LÍNGUA
ESTRANGEIRA COMO CONDICIONANTE PARA O INGRESSO
NO MAGISTÉRIO
Edna Sousa Cruz
UFT/UEMA
Este trabalho intenta analisar os processos de significação da docência, da
língua inglesa, e de ser professor desse idioma. Tendo como espaço a cidade de
Imperatriz – MA, o corpus da pesquisa é constituído das narrativas de três
professoras de Inglês que atuam nas escolas públicas dos Ensinos Fundamental
e Médio. Utilizando a metodologia da história oral, a qual favorece o estudo da
memória através da oralidade, buscou-se por meio do resgate dessas
rememorações, refletir as experiências constitutivas do processo pelo qual as
professoras negociaram suas escolhas, suas lutas e seus conflitos para
concluírem o curso de Letras e se tornarem professoras de Inglês. Os
depoimentos orais das docentes, os quais evidenciam a relação entre projetos
de vida e experiência profissional, serão analisados à luz de alguns pressupostos
teóricos da semiótica greimasiana, especificamente a duas de suas dimensões
discursivas: a dimensão narrativa e a dimensão passional. Os resultados
sinalizam que, não obstante a docência configurar-se opção por falta de opção,
as docentes vão se constituindo professoras de inglês mediante as ações
empreendidas em busca do saber e poder ensinar este idioma.
A EMERGÊNCIA DO PASSIONAL EM DISCUSSÕES NO MOODLE
Eduardo Amorim
Universidade Federal do Tocantins - UFT
No trabalho que aqui propomos, um recorte de nossa pesquisa de mestrado,
pretendemos apresentar uma análise semiótica acerca das discussões realizadas
por estudantes do curso de Letras em um fórum do Ambiente Virtual de
Aprendizagem Moodle. No fórum, propomos aos alunos matriculados na
disciplina de Investigação da Prática Pedagógica e Estágio Supervisionado I:
Língua Portuguesa, que relatassem suas primeiras impressões que obtiveram a
partir dos primeiros contatos com a sala de aula na educação básica na posição
de professores em formação. Nos utilizaremos especialmente das categorias de
análise desenvolvidas dentro do quadro teórico da Semiótica das Paixões, que
se dedica a construir uma semântica da dimensão passional dos discursos, isto
é, considerar a paixão não naquilo em que ela afeta o ser efetivo do sujeitos
“reais”, mas enquanto efeito de sentido inscrito e codificado na linguagem. A
semiótica postula que os efeitos de sentido passionais derivam de organizações
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
provisórias de modalidades, de intersecções e combinações entre modalidades
diferentes, as quais buscaremos explicitar em nossas análises. Tendo em vista
que a academia é concebida como espaço de “racionalidade”, em que a
subjetividade é negligenciada em função de uma busca por pontos de vista
“objetivos”, “neutros”, acreditamos ser bastante pertinente analisarmos o lugar
da afetividade no direcionamento do olhar do professor em formação inicial,
determinante para os modos como se posiciona em relação ao que observa e
nos modos como apreende e problematiza os conhecimentos teóricometodológicos aos quais teve acesso no decorrer de sua graduação. Nos
interessa especialmente perceber de que modo os alunos discursivizam seus
“estados de alma” ao compartilharem suas experiências com colegas.
MACABÉA: O FEMININO SUBALTERNO E AS
REPRESENTAÇÕES VISUAIS NA GRANDE CIDADE
Eliene Rodrigues Sousa Silva
André Teixeira Cordeiro
Universidade Federal do Tocantins – UFT
O presente trabalho propõe-se a estudar a linguagem figurativa de Clarice
Lispector na obra A Hora da Estrela publicada em 1998. O objetivo é verificar,
mais precisamente na personagem Macabéa, os sentidos visuais das
representações de gênero (a condição feminina como subalterna) e
identidade. Atenção especial será dada ao uso do aspecto figurativo, visando a
compreender as várias interpretações e significações que ele imprime ao texto e
a verificar de que forma as referências visuais colaboram para a construção da
personagem em destaque. Assim, nos deteremos, largamente, no olhar quase
fotográfico da narrativa. A escrita de Clarice Lispector apresenta relações
diretas com a pintura, a música e outras artes, estes aspectos também serão
aqui levantados. Com a finalidade de investigar inter-relações entre literatura e
outras artes na obra da escritora, o corpus foi elucidado no recorte da condição
que Macabéa é representada na obra, sempre sujeitada. Além disso, a cultura
visual dá grande importância não apenas à compreensão, mas também, à
interpretação crítica da arte e da imagem no texto literário como artefatos
culturais. Na discussão, serão utilizados teóricos que discutem a relação
literatura e pintura em Clarice, dentre eles, HERNANDEZ (2007);
IANNACE, (2009); NUNES (1995) e SOUSA (2013).
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
RESISTÊNCIA NEGRA ATRAVÉS DAS PERSONAGENS
INFANTIS NAS OBRAS: AS TRANÇAS DE BINTOU E OS
CABELOS DE LELÊ
Eronilde dos Santos Cunha
CE Edison Lobão- Coordenação da Educação da Igualdade Racial de
Imperatriz-CEIRI
Este trabalho tem o intuito de analisar as obras, “Os Cabelos de Lelê e As
tranças de Bintou”, das escritoras Valéria Belém e Sylviane A. Diouf,
respectivamente, traçando um paralelo entre as personagens Lelê e Bintou,
duas crianças negras (ambas protagonistas), em processo de construção de suas
respectivas identidades, onde a condição de sujeito negro, é reforçado pela
marcante presença do cabelo pixaim, que causa dores e ao mesmo tempo uma
enorme necessidade de pertencimento e autoaceitação. As obras, em estudo,
dialogam entre si, no que concerne à condição da criança negra e afro, no
processo de desconstrução e reconstrução identitária, citando aqui Lewis R.
Gorson no prefácio “Pele negra, máscaras brancas” de Franz Fanon “Este
racismo dos negros contra o negro é um exemplo da forma de narcisismo no
qual os negros buscam a ilusão dos espelhos que oferecem um reflexo branco”
(FANON, 2008. P.15), além de propor uma reflexão acerca da importância da
estética negra, ressaltando a cabeleira do(a) negro(a), como fator
preponderante na edificação do respeito à diversidade, identidade étnica e
cultural da população negra, de olhares plurais e posturas antirracistas.
PRÁTICAS DE LETRAMENTO DE ALUNOS COM SURDEZ
Francisca Maria Cerqueira da Silva
Universidade Federal do Tocantins-PPG (MESTRADO PROFLETRAS
Este trabalho pretende apresentar um projeto de pesquisa-formação,
especificamente relacionado às práticas de letramento de alunos com surdez, a
ser executado no município de Marabá, estado do Pará, nas Salas de Recursos
Multifuncionais-SRMs, espaço onde acontece o Atendimento Educacional
Especializado-AEE, serviço da Educação Especial. A pesquisa-formação
consiste no tipo de pesquisa que oferece um suporte de formação continuada e
esta pretende ter um caráter de pesquisa-ação colaborativa em que
pesquisadores e pesquisados tornam-se colaboradores para a construção de
novas realidades. O projeto consiste na elaboração de um plano de ensino
específico para o ensino da Língua Portuguesa como segunda língua para
surdos a ser aplicado nas SRMs, através de formação continuada com os
professores e da Consultoria colaborativa, e terá como passos principais a
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
elaboração de planejamentos com sequência didática, incluindo a elaboração de
material didático pedagógico, que neste caso específico deve ser imagético, pois
o aprendizado do surdo é visual, e ainda a intervenção com a Língua Brasileira
de Sinais-LIBRAS, levando-se em consideração que esta é a primeira língua da
pessoa surda e que é através do desenvolvimento dela que o indivíduo surdo
terá a possibilidade de aprender uma segunda língua. Desse modo, esta será
uma pesquisa de intervenção para implementar o ensino de surdos no
município, que deve ser bilíngue de acordo com a Lei Federal 10.436/2002 e,
para tanto, contará com a parceria já firmada com o Departamento de
Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação que já tem um
programa de formação continuada em LIBRAS, possibilitando o trabalho
conjunto necessário para a formação em rede com o objetivo de efetivar o
letramento de alunos com surdez.
O PERCURSO DO ALUNO INDÍGENA NO CURSO DE LETRAS –
O PAPEL DA MONITORIA
Francisca Martim Cavalcante
Alessandra Mara de Assis
Universidade Federal Do Tocantins - UFT
O presente trabalho tem como objetivo apresentar os resultados de um estudo
de caso realizado ao longo de três semestres de monitoria indígena no curso de
Letras na Universidade Federal do Tocantins (UFT), campus de Araguaína. O
Programa Institucional de Monitoria Indígena (PIMI), regulamentado pela
resolução do Conselho de ensino, pesquisa e extensão (CONSEPE) Nº 20
/2007, busca construir elo entre professores e alunos, identificar as dificuldades
enfrentadas pelo aluno indígena e estabelecer estratégias e ações didáticopedagógicas para esclarecimento das dúvidas sobre os conteúdos das
disciplinas. O presente estudo de caso teve como participante uma acadêmica
indígena matriculada no sexto período do curso com um histórico de
trancamentos, abandonos e insucessos nas disciplinas de Língua e Literatura
Inglesa. Nesse contexto a monitoria teve o papel de auxiliar a aluna na
realização de trabalhos contribuindo para a melhoria da capacidade de leitura e
interpretação de textos buscando melhores resultados a cada semestre. O
método utilizado envolveu a observação da aluna em sala de aula, a elaboração
de relatórios mensal e semestral além de questionário fechado e do próprio
histórico acadêmico utilizado na análise. Segundo Patrícia Duff (2007, p.41),“o
fato do estudo de caso ter um alto grau de integridade, profundidade de análise,
legibilidade e os processos poderem gerar novas hipóteses torna-o mais
vantajoso que qualquer outro método”. O resultado propicia conhecimento
sobre a atuação do PIMI na evolução da acadêmica nas disciplinas de Língua e
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
Literatura Inglesa. Com o conhecimento gerado pelo estudo de caso é possível
perceber a importância da monitoria e como tem refletido na vida acadêmica
do aluno indígena.
DIÁLOGOS IN ABSENTIA: SIMULACROS DA PRESENÇA DO
OUTRO
Francisco de Assis Neto
Luiza Helena Oliveira da Silva
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Há, hoje, uma discussão sólida referente à Educação do Campo, como
consequência das mudanças de perspectivas pelas quais o campo vem
passando, proporcionando práticas pedagógicas adequadas ao mundo rural e às
exigências da atualidade. Nesse contexto, nosso trabalho privilegia uma
unidade escolar situada em um assentamento rural no norte do Estado do
Tocantins. Numa educação de cunho pragmático, investigamos o lugar da
literatura na formação dos adolescentes nessa escola. Dentro dessa conjuntura,
tomamos inicialmente, como referencial teórico, a semiótica discursiva,
principalmente a partir dos trabalhos suscitados pela publicação de Da
imperfeição, por Greimas (2002). Nessa obra, o semioticista discute a relação que
se estabelece entre sujeito e objeto em situações que caracterizam o evento
estético. Analisamos a maneira como o livro didático, do Telecurso 2000,
utilizado naquela escola, encaminha e desenvolve o ensino de literatura, tendo
em vista o aluno-leitor que se pretende formar e cuja presença vai sendo
simulada no interior dos textos, considerando que esse diálogo não se faz
senão por uma relação de presença virtual. Nesse sentido, tomamos, também,
dentro da semiótica, contribuições da teoria da enunciação, que nos permitem
pensar nas marcas textuais que nos encaminham para os possíveis sujeitos
construídos pelo texto. A partir dessas análises, entendemos que o material
didático pressupõe um estudante qualquer, dentre os diversos perfis de
estudantes que existem, que deverá participar do diálogo construído no interior
do livro didático, e, portanto, constrói o efeito de sentido de que o propósito
do estudo de literatura, nesse material, é o contato com conteúdos de teorias
literárias nos limites do livro, marcados pela temporalidade e espacialidade,
como processo que se inicia e termina, mas não estabelece uma continuidade
ou uma ligação com a exterioridade.
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
A FORMAÇÃO DO LEITOR DE LITERATURA NA PROPOSTA
CURRICULAR DO ESTADO DO TOCANTINS: LÍNGUA
PORTUGUESA E LITERATURA
Francisco Neto Pereira Pinto
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Trata-se de uma análise da Proposta Curricular do Estado do Tocantins: Língua
Portuguesa e Literatura, cujo objetivo estabelecido é visualizar qual imagem de
leitor literário esse documento oficial constrói: se leitor ideal ou real. Em
adição, procuramos evidenciar a influência que esse documento exerce na
prática docente em sala de aula e na escolha do livro didático, isso em
conformidade com nossa observação etnográfica. Para tanto, recorremos aos
postulados do letramento literário e do paradigma da complexidade e, aqui,
utilizaremos a expressão leitor ideal para nos referir à figura do leitor de
literatura que frequenta as páginas de trabalhos teóricos e orientações oficiais
que versam sobre o que se espera que a escola forme como leitor literário e,
como contraponto, ao leitor de literatura real atribuímos o estatuto de qualquer
indivíduo encontrável quer na escola ou em qualquer outro espaço lendo
literatura que, por sua vez, tenha como suporte físico quer folhas de papel,
como em livros, quer a tela de um aparelho eletrônico, como o computador.
As conclusões indicam que a Proposta firma, em seu horizonte, a figura de um
leitor ideal, abstrato que, ao fim da escola média, seria capaz de dialogar com
uma vasta tradição literária nacional, portuguesa e com uma pequena dose da
afro-brasileira, o que se daria em termos de história literária, uma vez que o
objeto literário é contemplado como ilustrativo de épocas, períodos, estilos e
autores. Mesmo quando privilegia o contato efetivo com texto literário, a
Proposta reafirma posicionamento em favor do leitor ideal, que mais deve ler o
texto com olhar de especialista que de estudante para quem o ensino da
literatura deveria propiciar um contato, sobretudo, humanizador.
A FORMAÇÃO DO LEITOR DE LITERATURA NOS
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO
MÉDIO
Francisco Neto Pereira Pinto
Universidade Federal do Tocantins – UFT
O objetivo deste texto é fazer uma incursão pelos Parâmetros Curriculares
Nacionais para o Ensino Médio, PCNEM (2000), com o fito de vislumbrar qual
imagem de leitor literário esse documento oficial constrói: se leitor ideal ou real
e, à medida que o fazemos, intentamos relacioná-la aos postulados do
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
letramento literário e do paradigma da complexidade. Utilizamos a expressão
leitor ideal para nos referir à figura do leitor de literatura que frequenta as
páginas de trabalhos teóricos e orientações oficiais que versam sobre o que se
espera que a escola forme como leitor literário e, como contraponto, ao leitor
de literatura real atribuímos o estatuto de qualquer indivíduo encontrável quer
na escola ou em qualquer outro espaço lendo literatura que, por sua vez, tenha
como suporte físico quer folhas de papel, como em livros, quer a tela de um
aparelho eletrônico, como o computador. As conclusões da análise se inclinam
no sentido de que os PCNEM (2000), do ponto de vista do ensino da
literatura, não avançam ao nível da complexidade no que toca à abordagem do
texto literário e, quanto à visão de leitor, figura em seu horizonte o leitor ideal,
dado que a historiografia literária faz parte do escopo de conhecimentos
necessários para a formação desse tipo de leitor. Permanece, no entanto,
invisibilizado nas diretrizes o leitor real, considerado na perspectiva da
complexidade, que precisa ser visto como um ser que não se divide por ocasião
da leitura, que dele demanda o investimento em sua multidimensionalidade e
dos diversos níveis de realidade que o constitui. A formação literária
empreendida somente com base na história da literatura não pode, pois, formar
esse tipo de leitor.
A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA NA PRÁTICA DOCENTE
Genilva Bezerra Santos
Marcilene de Assis Alves Araújo
Centro Universitário UNIRG
Propõe-se o presente trabalho a discutir a importância da pesquisa na prática
docente, desmitificando-a como algo sofisticado, inacessível ao professor, na
tentativa de transpor um ensino rotineiro e experimentar a criatividade. Nessa
perspectiva, pretende-se desmistificar a teoria, principalmente aquelas que
fogem ao entendimento do professor, por estarem distantes da realidade da sua
sala de aula, levando-o a pensar na teoria em função da sua prática, ou seja, a
ação e reflexão como fatores primordiais neste processo. Nesse sentido, buscase frisar uma abordagem sobre o professor leitor e pesquisador que se envolve
e toma sua própria ação como objeto de pesquisa, buscando melhoria e
qualidade para o ensino aprendizagem. Ressalta-se a importância do professor
que amplia seus conhecimentos, visando uma prática transformadora no
sistema educacional por meio de sua atuação em sala de aula. Nesse sentido,
este trabalho desenvolve-se de acordo com os estudos de Silva (1990),
Perrenoud (2000), e Thurler (1990). Cabe ressaltar que o professor deve
conhecer e pesquisar não somente o conteúdo didático, mas também o perfil
de cada um de seus alunos, nos âmbitos biológicos, sociológico e psicológico, a
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
fim de compreender suas dificuldades, limitações e comportamento. Com
práticas reflexivas, o docente propiciará o desenvolvimento de competências
em seus alunos. Sendo assim, busca-se apresentar novas concepções de ensino,
tendo a pesquisa como principal caminho nesse processo, com a
intencionalidade de contribuir na prática docente.
“BONECA DE PANO É GENTE/ SABUGO DE MILHO É GENTE
[...]”; E TIA NASTÁCIA, SERIA GENTE?
Gihane Scaravonatti
Universidade Federal do Tocantins – UFT
Em 2010, um dos livros da série do Sítio do Pica-Pau Amarelo – Caçadas de
Pedrinho – foi apontado, em parecer do Conselho Nacional de Educação, como
possuidor de traços preconceituosos, pelas aparições estereotipadas de Tia
Nastácia em meio à narrativa. Em 2012, outra obra de Lobato, Negrinha, foi
indicada como tendo teor racista, em denúncia protocolada junto à
Controladoria Geral da União. O que polemiza – e mesmo agrava - ainda mais
a questão em torno do possível conteúdo racista das obras é o fato de ambas
estarem inseridas nos acervos do Programa Nacional Biblioteca da Escola – o
PNBE. Estabelecido em 1997, o Programa tem, por objetivo maior, “[...]
promover o acesso à cultura e o incentivo à leitura nos alunos e professores
por meio da distribuição de acervos de obras de literatura, de pesquisa e de
referência” (MEC, 2013). Anualmente, milhares de livros são distribuídos às
escolas públicas brasileiras, cujos acervos são escolhidos e formados por
intermédio de editais. Entre os critérios do PNBE para a seleção e compra das
obras a serem enviadas às escolas, frisa-se o da “ausência de preconceitos,
estereótipos ou doutrinações” (FNDE, 2013). Deixa evidente, pois, a posição
do Ministério da Educação em não distribuir, dentro das ações do Programa,
livros com conteúdo discriminatório a crianças e jovens, leitores em processo
de formação. Quer-se, para o presente debate, indagar de forma semelhante
outra obra da série do Sítio - coincidentemente, também incluída no PNBE,
ainda na seleção de seu primeiro edital. Trata-se de Histórias de Tia Nastácia
(LOBATO, 1937), em que, pelo próprio título do livro, se esperaria ver Tia
Nastácia em posição de destaque, valorizada em seu saber, ouvida, respeitada
quanto a sua cultura. Não é o que ocorre, por fim. Texto e imagem, fundindose e cristalizando-se na personagem, fornecem as pistas do porquê.
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
NEGRINHA: UM DESABROCHAR DE ALMA PELA (SEMI)ÓTICA
DO SENSÍVEL
Gihane Scaravonatti
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Negrinha foi conto originalmente publicado por Monteiro Lobato no ano de
1920; cerca de três décadas, portanto, depois da abolição da escravidão no
Brasil. A mentalidade escravocrata, contudo, não galgara significativa distância
à época: teimava soberba, soturna – bem que até hoje pontilham seus
resquícios rasteiros, querendo-se silenciosos, certeiros conquanto. O texto,
inserido em obra de mesmo nome, que reúne, no total, 22 contos, foi adotado,
junto de seu conjunto, pelo Programa Nacional Biblioteca da Escola – PNBE
– em 2009. Depois da polêmica, em 2010, em torno de Caçadas de Pedrinho também de autoria de Lobato - foi a vez de Negrinha, em 2012, suscitar
indagues acerca do cunho racista contido em sua narrativa, bem como
novamente ferventar as suspeitas sobre as ideologias racistas apregoadas pelo
próprio autor – em suas linhas/entrelinhas literárias e fora delas. Monteiro
Lobato era racista? Ou o ethos racista, presente em seu discurso literário,
evocaria apenas estilo e ecoaria o contexto de seu tempo? Embora a discussão
acerca da relação entre as possíveis ideologias do autor e de seu ethos narrativo
figurem debate interessante e necessário a um país que se quer – ou assim o
finge - por uma democracia racial, almeja-se, no entanto, na breve análise
semiótica que se fará deste conto, abandonar-se maiores delongas em relação à
temática racista contida em Negrinha. Deseja-se, em meio a uma narrativa, quase
que toda ela, inundada por cenários de violência, repressão, reificação,
coisificação do negro, colher o único momento de ternura vivido pela
personagem. Seu desabrochar como gente. A eclosão do sentir. O exato
instante em que ela se percebe também possuidora de uma alma. A leitura,
portanto, se dará por uma semiótica do sensível, sob amparo, em especial, de
lupa greimasiana, em que sua obra Da Imperfeição (1987) será o guia maior para
esta reflexão ligeira.
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
ANTIGUIDADE GREGA E CONTEMPORANEIDADE
BRASILEIRA: O PROCESSO DE DIDATIZAÇÃO DOS
CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS
Gilmar Ramos da Silva
Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira
Universidade Federal do Tocantins – UFT
Este artigo se propõe a apresentar um breve histórico sobre a formação da
gramática visando auxiliar a compreensão sobre a situação atual dos
conhecimentos linguísticos em nosso país. Para isto, com base principalmente
em Neves (1987) e em Silva (1996) é realizado um breve percurso sobre a
formação do conhecimento linguístico na história do Ocidente, desde as
primeiras e fragmentárias reflexões sobre a linguagem entre os gregos até a
sistematização dos conhecimentos gramaticais iniciada pelos filósofos clássicos
e sistematizada de forma mais cabal pelos estóicos. Na sequência é
apresentado, em linhas gerais, o processo de constituição da disciplina língua
portuguesa no Brasil, enquanto componente curricular, a partir principalmente
dos estudos de Soares (2002) e Razzini (2000); e são apontadas, ainda, as
principais formas de didatização dos objetos de ensino originários do trivium
exercido no latim medieval. Por fim, através do cotejamento da história da
formação do conhecimento gramatical no ocidente e da história da
disciplinarização da língua portuguesa no Brasil são evidenciados alguns
problemas relacionados ao complexo e transdisciplinar processo de didatização
(SIGNORINI, 1998; ROJO, 2008) do conhecimento gramatical ao ensino de
língua materna na atualidade, o que constitui, na visão do autor deste artigo,
um primeiro passo (ainda que não suficiente) para a superação do problema do
ensino de língua materna, ainda hoje em grande medida calcado no modelo na
perspectiva clássica da tradição gramatical.
UM PASSEIO PELAS INTERMEDIAÇÕES ENTRE LITERATURA
E ARTES VISUAIS
Gislãne Gonçalves Silva
Universidade Federal do Tocantins - UFT
A relação, o contato entre literatura e pintura é antigo, porém seu estudo não
tem feito jus a atenção que essa relação merece. As influências da literatura na
pintura e vice e versa associam-se ao recurso retórico clássico da ekphrasis. Nem
sempre a relação entre esses dois campos foi amistosa. Por exemplo, na França,
do século XVII ao XIX, a literatura tinha um status superior ao da pintura,
porém há momentos em que a pintura serviu de base para a literatura.
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
Estabelecer relações homológicas entre a literatura e outros campos do saberes
nem sempre foi bem interpretado pelos estudos literários. O Formalismo
Russo, o New Criticism, o Estruturalismo etc. empregavam abordagens
intrínsecas ao texto, ou seja, o texto literário era tratado como autônomo e
auto-suficiente. Logo, os estudos que buscavam relacionar a literatura com a
psicologia, sociologia, politica, pintura entre outros possuíam valor
questionável, pois buscavam explicações extrínsecas ao texto. Estes estudos
eram tidos como formas de erudição e não de interpretação. Por outro lado,
nos estudos interarte desenvolvidos por Claus Clüver e outros,
contemporaneamente, estabelecer a relação entre a literatura e as artes visuais
enriquece o texto, mas, sobretudo o conhecimento do leitor. Pois este começa
a lidar com sistemas de linguagens distintos. O estudioso, nesta aproximação,
encontraria o que José Aguinaldo Gonçalves chama de equivalências
homológicas e através delas é possível destacar as “diferenças de
operacionalização”. Diante do exposto, essa comunicação pretende relatar
como acontecia e acontece a relação entre literatura e artes visuais, bem como a
contribuição de tal relação para o conhecimento de mundo do leitor.
CONSUMO CONSCIENTE – UMA EXPERIÊNCIA DA
PERSPECTIVA CRÍTICA NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NOS
ANOS FINAIS
Giuliana Castro Brossi
UEG – UnU Inhumas
Este trabalho visa relatar uma experiência de ensino com base na perspectiva
crítica de ensino de língua estrangeira, especificamente, na proposta de
letramento crítico de línguas (MENEZES DE SOUZA, 2011; JORDÃO;
FOGAÇA, 2007), realizada em turmas de 7º ano de uma escola municipal em
Anápolis, GO, em setembro/2013. Realizei uma oficina temática (consumo
consciente) no decorrer de três aulas, com o objetivo de exercitar a criticidade
dos alunos, promovendo uma reflexão acerca do tema e conscientização a
respeito das consequências do consumismo para o indivíduo e a sociedade.
Foram apresentados vídeos, propagandas e textos em inglês no decorrer das
aulas, além de atividades e discussões para debate do assunto. Os instrumentos
de coleta dos dados foram a gravação das aulas, notas de campo da professorapesquisadora, questionário e entrevistas semiestruturadas com os alunos. Nesse
artigo apresento a forma como a oficina temática foi trabalhada e as
percepções dos alunos a respeito do tema e das aulas.
73
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
CRENÇAS E AÇÕES DE UMA PROFESSORA DE LÍNGUA
ESTRANGEIRA (INGLÊS) SOBRE O PLANEJAMENTO DE
CURSO
Giuliana Castro Brossi
UEG – UnU Inhumas
O presente artigo apresenta os resultados de um estudo de caso realizado em
uma cidade de médio porte no interior de Goiás a respeito das crenças de uma
professora de 7º ano, de escola pública, a respeito do planejamento de curso. A
pesquisa fundamenta-se nos estudos sobre crenças de Barcelos (1995, 2000,
2007), Vieira Abrahão ( 2004), Almeida Filho (2003, 2005, 2008) e Woods
(1996), além de Ur (1991), Harmer (1991) e Watson-Gegeo (2004), que
embasam o construto de planejamento, reflexão e ação. Os objetivos da
pesquisa foram levantar as crenças da professora sobre o planejamento de
curso, analisando possíveis relações entre suas crenças e ações, e caracterizar o
planejamento de curso da professora. A coleta dos dados foi realizada por meio
de observação e gravação das aulas, notas de campo, questionário, entrevistas
semiestruturadas, narrativa, sessões de visionamento e análise do planejamento
de curso da professora. Os resultados demonstraram a influencia das crenças
no planejamento de curso e nas ações da professora, revelando um
planejamento tradicional, cíclico e gramatical, com foco no vocabulário.
CONCEPÇÕES DE LÍNGUA, CULTURA E IDEOLOGIA DE
DOCENTES DE LÍNGUA INGLESA NO PARFOR
Glauciléia Fontoura Nabarro
Luiza Helena de Oliveira da Silva
Universidade Federal do Tocantins
Considerando a complexidade que envolve o ensino de línguas estrangeiras em
um contexto regional carente de docentes habilitados para exercer tal papel,
iremos apresentar uma pesquisa voltada para a análise de relatos orais da
história de vida e formação de docentes de Língua Inglesa. Privilegiamos
professores da rede pública que ingressaram em regime semipresencial no
PARFOR (Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica)
ofertado pela Universidade Federal do Tocantins, mais especificamente
integrantes da turma C, matriculados em 2010, com habilitação em LetrasInglês. A pesquisa teve como objetivo analisar relatos autobiográficos oriundos
de entrevistas produzidas com quatro docentes da referida turma. Tomando
como subsídio teórico categorias da semiótica discursiva, tais como: concepção
de ideologia, formações discursivas e ideológicas e processos de tematização e
figurativização, aliadas à metodologia da produção de dados fornecidos pela
74
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
História Oral, analisamos as recorrências e reiterações no dizer dos docentes
em formação destacando aspectos concernentes à escolha da profissão,
analisando as particularidades e regularidades dos dizeres, procuramos
compreender concepções de língua, cultura, interculturalidade e filiações
ideológicas, que dizem respeito a relação de poder, conceitos e preconceitos de
ensinar e aprender uma língua estrangeira. Este trabalho vincula-se às pesquisas
desenvolvidas junto ao GESTO – Grupo de Estudos do Sentido – Tocantins,
e conta com o apoio da CAPES.
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA LEITURA NO BRASIL: A
EDUCAÇÃO INDÍGENA
Haywmmy Priscilha Silva Paladim Sampaio
Universidade Federal do Tocantins
As políticas públicas buscam atender a demandas, principalmente dos setores
marginalizados da sociedade, considerados como vulneráveis. A educação
indígena é
um direito assegurado.aos povos.indígenas pela Constituição
Brasileira de 1988, que estabelece no caput do artigo 210 que: "Serão fixados
conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica
comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais." Com a
aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em 1996, a
legislação brasileira reconhece em definitivo os saberes indígenas e preconiza
sua inclusão nos currículos das escolas públicas e privadas buscando valorizar
sua diversidade cultural, reconhecendo ao mesmo tempo que os processos
próprios de aprendizagem dos indígenas precisam ser considerados pela escola
e propondo a elaboração de currículos diferenciados. Deste modo, este
trabalho pretende passar em revista, brevemente, as políticas públicas nacionais
para a educação indígena, desde a Constituição e o lançamento do Referencial
Curricular Nacional para as Escolas Indígenas (1998) até hoje, recuperando
seus antecedentes, evidenciando os desafios e avaliando a situação atual da
educação indígena e suas perspectivas a partir dos documentos oficiais,
pesquisas e dados estatísticos. Apresentaremos resultados parciais do subprojeto vinculado ao projeto de pesquisa em andamento Mapeamento de
Políticas Públicas no Tocantins (sob coordenação da professora Valéria da
Silva Medeiros - UFT) que tem como objetivo investigar, sistematizar e dar
visibilidade às políticas públicas de leitura no estado.
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
ÁFRICA: A RELAÇÃO DO HOMEM COM O DIVINO EM OS
FLAGELADOS DO VENTO LESTE
Hélio Márcio Nunes Lacerda
Universidade Federal do Tocantins - UFT
O presente trabalho objetiva socializar uma experiência de leitura numa
perspectiva comparativista entre um romance africano e o Livro de Jó. A
produção literária africana experimenta um momento de florescimento
considerável em que muitos autores tem galgado vultoso espaço no cenário
internacional, mais especificamente entre os países lusófonos, mostrando a
diversidade e a riqueza africanas no que diz respeito à cultura, aos costumes e a
produção literária de modo geral, consagrando autores como Pepetela,
Chimamanda Adichie, Mia Couto, dentre outros. A nossa proposta de análise
da obra Os Flagelados do Vento Leste (1979), de Manuel Lopes, escritor
caboverdeano, nascido em São Vicente no início do século XX, discute a
relação de alteridade do homem com o Divino, mediada pela
crença/superstição/fé, tendo esse elemento como o epicentro norteador da
nossa análise. Pelo caráter interdisciplinar do presente trabalho, mobilizamos o
discurso interbíblico para ponderar comparativamente o Livro de Jó, e o livro de
Hebreus, mais especificamente o capítulo 11, conhecido como “A galeria dos
Heróis da Fé” com o romance africano, o que não nos impediu, quando
preciso, de buscar outros textos para subsidiar o nosso dizer. Ressaltamos,
ainda, que a nossa análise procurou relacionar o estudo da literatura africana
neorrealista ao contexto do ensino de literatura numa perspectiva
interdisciplinar.
ENGLISH TEACHING PRACTICE: UMA PROPOSTA REFLEXIVA
Hélio Márcio Nunes Lacerda
Universidade Federal do Tocantins - UFT
O presente trabalho objetiva compartilhar relatos auto-reflexivos promovidos
em aulas para alunos do ensino médio de uma escola particular na cidade de
Araguaína-TO, correspondendo à prática pedagógica do professor na disciplina
de Língua Inglesa. Esta comunicação consiste na apresentação dos dados
coletados por meio de um questionário dialogado estabelecido entre os alunos
e o professor da referida disciplina, a fim de avaliar sua prática pedagógica em
sala de aula, bem como estabelecer um momento auto-reflexivo em relação ao
papel do aluno e do professor no processo de ensino/aprendizagem. É durante
esse momento que as trocas de experiências serão evidenciadas e socializadas
por meio da interação aluno/professor. Medina e Domingues (1989 apud
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
García, 1999) acrescentam à formação a função de desenvolver no professor
um estilo crítico e reflexivo de ensinar, um estilo que o torne capaz de avaliar
continuamente a sua prática pedagógica e os resultados obtidos por ela. Além
disso, espera-se que esse professor seja capaz de operar mudanças no percurso
traçado, sempre que necessário, a fim de promover uma “aprendizagem
significativa” para os alunos, uma aprendizagem que constitua-se em resposta
para os questionamentos, interesses e necessidades reais do aluno. Os
resultados apontam uma considerável produtividade em relação à prática
através de atividades como a descrita a cima.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS: POLÍTICAS DE
INCLUSÃO INDÍGENAE SEUS REFLEXOS NAS EXPERIÊNCIAS
ACADÊMICAS
Iracy Martins de Amorim
Carlos Alberto Moreira de Araújo Junior
Carlos Wiennery da Rocha Moraes
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Este estudo, em fase inicial, busca problematizar as políticas de inclusão
indígenas e seus reflexos nas experiências desses sujeitos, na Universidade
Federal do Tocantins (UFT). Objetivamos analisar como as políticas de
inclusão indígena se materializam nas experiências desses acadêmicos,
vivenciadas no processo de formação. Nesse sentido, daremos voz aos
discentes a fim de emergir escutas que contribuam para uma melhor
receptividade e adequação, desses sujeitos, nesse processo, uma vez que essa
comunidade indígena, historicamente, foi injustiçada e ficou excluída da
civilização urbana. A metodologia consiste, primeiramente, na pesquisa de
campo na UFT, pelo período de 3 (três) meses para observarmos os
movimentos acadêmicos no que toca a essa temática. Após, partiremos para
observação participante, em sala de aula. Na oportunidade, faremos uso de
ficha-roteiro para registrarmos a relação entre professores, alunos indígenas e
não indígenas e, assim, delinearmos o questionário semi-estruturado a ser
aplicado aos sujeitos da pesquisa. As indagações serão abertas e fechadas. De
posse do questionário aplicaremos perguntas a 20 (vinte) acadêmicos indígenas.
Para complementar, entrevistaremos os professores para compreendermos
como esses profissionais contribuem nessa temática, nas aulas expositivas. Os
dados terão como finalidade buscarmos resultados que nos façam conhecer as
dificuldades enfrentadas, por acadêmicos indígenas, no processo de formação,
assim como, os desafios provocados, em razão do impacto e contraste da
cultura indígena e a vida que esses sujeitos experienciam na capital de palmas.
77
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
O LETRAMENTO LITERÁRIO NO ENSINO MÉDIO ATRAVÉS
DA RELAÇÃO ENTRE LITERATURA E PINTURA EM CONTOS
DE MACHADO DE ASSIS
Isaquia dos Santos Barros Franco
André Cordeiro
Universidade Federal do Tocantins - UFT
A partir do pressuposto que o letramento literário torna se cada vez mais
indispensável para a formação dos alunos de um modo geral, é necessário que
se incorporem ao ensino de literatura nas escolas, outras formas de ler que
possam embasar esse processo. Nessa perspectiva, a presente pesquisa tem por
finalidade propor uma reflexão acerca das possibilidades de se promover o
letramento literário por meio de vivências e práticas de interação do leitor com
o texto literário, intermediadas pela relação entre literatura e pintura. Por serem
dois tipos de linguagens que aliadas proporcionam aos alunos adquirir uma
visão crítica em relação às outras linguagens nosso enfoque será sob a Teoria
da Complexidade. Inicialmente problematizamos o ensino atual de literatura,
considerando o fato de que a escola não tem conseguido formar leitores
literários. A partir daí pretendemos construir uma ponte entre Literatura e
Pintura procurando evidenciar a importância dessa relação para a promoção do
letramento literário. Por fim, apresentamos uma proposta de letramento
literário para o ensino de literatura no nível médio, tendo como foco a relação
entre literatura e pintura. Par tanto, utilizaremos como corpus literário, contos
do escritor Machado de Assis. Isto, posto, entendemos que por meio de um
trabalho interdisciplinar uma arte enriquece a outra, já que associadas a
literatura e a pintura proporcionam a informação criando conceitos a partir do
que visualizamos. Por isso mesmo essa relação pode ser uma ferramenta
bastante eficaz para a promoção do letramento literário no ensino médio.
(IN) SUCESSO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE LÍNGUA
INGLESA EM UMA ESCOLA RURAL EM PORTO NACIONAL - TO
Jailson Chagas Miranda
Suiane Francisca da Silva
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Este trabalho é um estudo de caso feito em uma escola da zona rural da cidade
de Porto Nacional – TO, onde os alunos do 9º ano do ensino fundamental
foram os autores pesquisados desse projeto. Para melhor entender o processo
de ensino-aprendizagem no que tange o sucesso desses escolares, fizemos uma
pesquisa de campo, onde com o suporte de um questionário aplicado e logo
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
recolhido as narrativas dos alunos, analisamos os dados e confrontamos com
teorias que abordam as perspectivas do ensino do campo, aquisição de uma
segunda língua e motivação de aprendizagem. Uma das principais temáticas
aborda o sucesso quando se diz respeito ao processo de ensino-aprendizagem
destes alunos da série mencionada. Este trabalho será apresentado como artigo
final do meu curso de graduação – Letras em habilidade dupla: LI e Língua
Portuguesa e suas respectivas Literaturas da Universidade Federal do Tocantins
(UFT), Campos de Porto Nacional. Dessa forma, apresentaremos através do
ato de pesquisa, o falso estereótipo de que o aluno da escola rural só aprende
aquilo que está diretamente ligado ao campo, sendo o foco principal desta
pesquisa, o desenvolvimento da aprendizagem de língua inglesa em um
ambiente pouco favorável, visto que os alunos encontram barreiras maiores do
que os alunos da zona urbana. Embora as dificuldades nas escolas de zona
rural são encontradas com mais ênfase do que as demais escolas da cidade, é
possível trabalhar com qualidade e obter dos alunos, o resultado esperado.
Resultado que por sua vez, motiva e engrandece o conhecimento de todos os
atores do processo ensino-aprendizagem. De acordo com Arroyo (2006), a
dialética da igualdade e da diversidade evidencia elementos básicos e comuns a
todos os sujeitos sociais: a unidade na diversidade. Mas também indica as
diferenças entre o campo e a cidade. E, neste contexto, o sujeito social do
campo, unido pela utopia, é capaz de mudar ou assegurar o direito para o
conjunto de seus pares. Além disso, os sujeitos sociais do campo possuem uma
base sócio histórica e uma matriz cultural diferente, o que os faz demandantes
de políticas públicas específicas.
A IMPORTÂNCIA DO WARM UP NAS AULAS DO CECCLA
Jailson Chagas Miranda
Thaynara Gomes
Suiane Francisca da Silva
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Este trabalho tem como tema central A importância do Warm Up nas aulas do
Centro de Estudos Continuados em Letras, Linguística e Artes, (CECLLA).O
trabalho trará relatos das experiências com a utilização desta técnica pelos
palestrantes, assim como será feita uma amostra teóricas da sua utilização com
os participantes que estiverem inscritos. O Warm Up é uma técnica que visa
prender a atenção do aluno e instigá-lo de forma rápida a respeito do tema que
será abordado na aula. Tal técnica desperta a curiosidade e o interesse do aluno
pelo assunto a ser estudado, pois liga-o com o conhecimento que ele já tem
registrado na memória profunda. Segundo Kleiman (1989, p.15-17) temos três
tipos de memória: imediata, rasa ou intermediária e profunda ou de longo
79
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
prazo. A internalização de conteúdos novos se daria com mais eficácia quando
se recupera o conhecimento anterior que está armazenado na memória
profunda, tornando-o disponível na memória rasa ou intermediária, facilitando
sua ligação com a informação nova. Infelizmente poucos são os professores
que se utilizam dessa técnica em suas aulas, tentando apresentar o novo
conteúdo prematuramente, sem que os alunos estejam prontos para recebê-lo.
Dessa forma o Warm Up, além de ser uma ótima técnica para fazer com que as
aulas fiquem mais interessantes para o aluno, faz com que o conteúdo seja
aprendido de forma mais interativa, visto que o aluno não será apenas um
sujeito passivo, mas estará participando ativamente próprio processo de
ensino-aprendizagem.
O PROCESSO DE RETEXTUALIZAÇÃO DO MITO DE TYRKRẼ
NA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA KRAHÔ DA ALDEIA
MANOEL ALVES
Jane Guimarães Sousa
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Os Krahô vivem numa área de aproximadamente 320 mil hectares, situada
entre os municípios de Itacajá e Goiatins. Esse povo fala a língua Krahô e faz
parte da Família Linguística Jê e do tronco Macro- Jê (RODRIGUES, 1986).
Nesta comunicação, apresentaremos alguns resultados da nossa pesquisa de
mestrado destacando como a Educação Escolar Indígena Krahô da aldeia
Manoel Alves está contribuindo para o processo de registro e manutenção do
mito de Tyrkrẽ. Para a análise do resultado, apresentamos uma análise
preliminar do processo de retextualização dos textos produzidos pelos alunos
sobre o mito de Tyrkrẽ. Para a elaboração deste estudo, apoiamo-nos nas bases
teóricas dos mitos, retextualização e educação escolar indígena. A abordagem
metodológica se pautou na pesquisa qualitativa de cunho etnográfico com
observação participante. Os resultados de nossa pesquisa apontam que, nos
domínios escolares Krahô, a língua predominante é a língua materna e que o
português é adquirido como segunda língua e que a Educação Escolar deste
povo está levando os velhos conhecedores dos saberes tradicionais para
narrarem os mitos Krahô em sala de aula e, assim, os professores, por meio de
suas práticas pedagógicas, solicitam aos alunos Krahô que produzam textos
referentes a esses mitos. Com base nessas práticas pedagógicas, os alunos
Krahô estão registrando o mito de Tyrkrẽ sob diferentes óticas textuais: oral,
visual e escrita.
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
EXPERIÊNCIAS DO PROGRAMA DO OBSERVATÓRIO DA
EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA KRAHÔ/CAPES/INEP/UFT
Joilda Bezerra dos Santos
Raylon da Frota Lopes
Rosiane Silva Pereira
Universidade Federal do Tocantins - UFT
O Programa do Observatório da Educação tem como objetivo apoiar a
realização de projetos de pesquisa em ensino e educação escolar dos povos
indígenas. No momento o foco da pesquisa esta direcionado ao povo Krahô,
mas especificamente o povo Krahô da Aldeia Manuel Alves Pequeno, próxima
à cidade de Itacajá–TO. O projeto é coordenado pelo Prof. Dr. Francisco
Edviges Albuquerque que conta com a colaboração de bolsistas de doutorado,
mestrado e graduação e principalmente com o corpo docente da aldeia, assim
como toda a comunidade local. O programa está voltado para a produção e
organização de materiais didáticos linguísticos produzidos pelos professores
indígenas da comunidade Krahô, com o intuito de contribuir para a
revitalização da língua e cultura. Nosso foco volta-se para a produção de
materiais didáticos nas áreas sociais e geográficas com objetivo de
compreender como se dar à organização social e espacial do povo Krahô, além
de contribuir com o fortalecimento dessa rica cultura que a cada dia vêm sendo
enfraquecida pelas mudanças advindas da sociedade não indígenas. Como
bolsistas deste Projeto, absorvermos muitos conhecimentos e experiências,
tanto teóricas como praticas, desde o inicio dos estudos até as visitas em
campo. Portanto as rodas de estudos juntamente com as duas visitas técnicas
contribuíram para evolução da equipe como pesquisadores e abriu as portas
para vivenciamos outra cultura diferente dos povos civilizados.
A POESIA COMO INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO DO
PROCESSO DO ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA
Josefina Maria Batista Neta
Simone Cristina Bonatto
Poetizar é uma atividade fascinante, expressa os mais lindos sentimentos,
enxerga além da realidade, enfim, é a voz da alma. Um princípio de vida que
acompanha o homem por décadas registrando e revigorando o poder das
palavras, daí a importância de se preservar a literatura e a poesia, pois se corre
o risco de perder a própria identidade cultural. Desconhecem-se as
possibilidades da exploração da poesia e do próprio papel da arte, uma vez que
o universo poético é extremamente significativo para a aprendizagem, pois
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
auxilia no desenvolvimento da sensibilidade, da imaginação e da criatividade do
aluno. Neste âmbito educacional, vale ressaltar as dificuldades do ensino
fundamental referente à temática leitura e a escrita. Desta maneira, a poesia
vem de encontro aos anseios de ensino-aprendizagem como um instrumento
relevante a prática escolar, o que se faz necessário refletir sobre sua pouca
atuação nas escolas, não recebendo o valor merecido, além da forma como
vem sendo explorada. É imprescindível assim, destacar que não se vê mais o
ensino da poesia na escola, esquece-se que através deste tipo de atividade em
sala de aula pode-se estar alimentando o prazer para a leitura e possibilitando a
fruição da sensibilidade para a construção de um mundo diferente, mais
humanizado. Faz-se necessário assim, que o professor assuma esse desafio de
trabalhar o novo, desafiando a própria razão, levando o aluno a mergulhar
nesse mundo maravilhoso do texto poético, como forma de se expressar,
reivindicar, ler o mundo e dar sentido a ele.
PARA QUE SERVE O ESTUDO DO LÉXICO DE UMA LÍNGUA?
Karylleila Andrade
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Esta comunicação tem como objetivo difundir e divulgar para que serve os
estudos do léxico de uma dada língua. Pretendemos alcançar com esta
apresentação os alunos da graduação dos Cursos de Letras. Além disso,
intencionamos também divulgar os estudos e pesquisas na área do léxico na
Universidade Federal do Tocantins. O léxico, como repositório de unidades
lexicais e reflexo da cosmovisão de uma dada realidade, é o que mais
nitidamente, na leitura de Sapir (1984), reflete o ambiente físico e social dos
falantes. São três as disciplinas que têm o léxico como objeto de estudo, com
abordagens diferentes: a Lexicologia, a Lexicografia e a Terminologia. A
primeira pode ser compreendida como o estudo científico do léxico. Tem
como uma de suas tarefas examinar as relações do léxico de uma dada língua
com o universo natural, social e cultural, a transposição de uma realidade
infinita e contínua a um número de lexias. Procura abordar a palavra como
instrumento de construção e detecção de uma cosmovisão, de um sistema de
valores, como geradora e reflexo de recortes culturais. A segunda tem na
linguagem sua ciência de base e sua finalidade é a denominação dos objetos
criados no universo que se utiliza da linguagem científica, ou linguagem de
especialidade. A terceira se encarrega dos problemas teóricos e práticos da
produção de dicionários. A toponímia é uma disciplina que vem despontando
na área do estudo do léxico no país. Os estudos toponímicos, dentro do
alcance pluridisciplinar de seu objeto de estudo, constituem um caminho
possível para o conhecimento do modus vivendi das comunidades linguísticas,
82
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
que ocupam ou ocuparam um determinado espaço. Quando um indivíduo ou
comunidade linguística atribui um nome a um acidente humano ou físico,
revelam-se aí tendências sociais, políticas, religiosas, culturais.
DO TEXTO À IMAGEM: REFLEXÕES SOBRE O NARRADOR EM
“O ENFERMEIRO”
Kátia Carvalho da Silva
CESI/UEMA –GELITI
Em “O enfermeiro”, de Machado de Assis, o protagonista e também narrador
relata sua experiência e percalços por assumir a função de enfermeiro de um
idoso. Centrando no mundo psicológico deste protagonista, o conto disseca a
alma humana, revelando suas asperezas: o pessimismo, os conflitos e a
ambição. Partindo desta narrativa, o objetivo desta proposição de estudo é
analisar como o narrador deste texto vem a ser transportado para a linguagem
cinematográfica, tendo em vista a adaptação de Maurício Farias. Sabendo-se
que este narrador é marcado pela ironia, dissimulação e esperteza, o desejo é
investigar como os dispositivos da construção cinematográfica leem estas
características, além disso, a intenção é também perceber de que forma o
mundo interior desta personagem vem a ser contemplado na tela. Para tanto,
este trabalho se pauta nos estudos contemporâneos sobre a adaptação
cinematográfica, sobretudo aqueles que a entendem como uma possibilidade de
leitura da obra literária, buscando ressignificá-la, tendo em vista os exercícios
dialógicos do cineasta e também do leitor. São referências para esta proposta os
estudos de Bakthin, Robert Stam, Linda Hutcheon, José Avellar , Randal
Johnson, entre outros.
CONSTRUINDO SABERES ENTRE LÍNGUA INGLESA E
CULTURA
Kellen Lucy
Miliane Moreira Cardoso Vieira
Universidade Federal do Tocantins
Esta pesquisa está ligada a projeto Brasil-Estados Unidos: construção de
saberes interculturais, e pretende analisar as oficinas apresentadas pelas ETA,
que se encontram na UFT campus de Araguaína. Como objeto de pesquisa
principal está o blog Brazil and the United States: An Intercultural Exchange in
Araguaína, onde são publicadas todas as oficinas que as ETAs oferecem para
os alunos do campus. Tendo como foco as oficinas que abordam assuntos
relacionados à cultura, estamos coletando dados através dos comentários
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
respondidos pelos alunos que assistem estas oficinas e das reações dos mesmos
ao assistirem as oficinas sobre cultura. Logo após o recolhimento dos dados
serão produzidos trabalhos que abordarão estes dados e análises, que
contribuirão para desmistificações de vários estereótipos relacionados à cultura.
Estereótipos estes que são muito comuns nas aulas de inglês, principalmente
quando o assunto é cultura. Estes dados assim como as oficinas serão
apresentados aos professores da língua inglesa das escolas estaduais e
municipais de Araguaína, pois esse programa de extensão envolve a
comunidade acadêmica (que está adquirindo conhecimento com as oficinas) e
o público externo (professores da LE de Araguaína) fazendo com que
dificuldades sejam superadas pelos alunos de Letras e para que haja uma maior
qualificação dos professores atuais. Este trabalho dará continuidade às demais
pesquisa que já estavam em vigência. A pesquisa se estenderá até dia 01 de
agosto de 2014, quando os dados gerados juntamente com o trabalho de
conclusão serão apresentados.
O CECLLA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA FORMAÇÃO INICIAL
E AQUISIÇÃO DA PROFICIÊNCIA DE DUAS ACADÊMICAS DO
CURSO DE LETRAS DA UFT: UM ESTUDO DE CASO
Ketlly Rayanne Gomes da Silva
Universidade Federal do Tocantins
Este trabalho tem o objetivo de pontuar as contribuições do projeto de
extensão, CECLLA - Centro de Estudos Continuados em Letras, Linguística e
Artes, na formação inicial e na aquisição da Língua Inglesa de duas alunas da
UFT de Porto Nacional. Criado pelo corpo docente da UFT de Porto
Nacional, o CECLLA é um projeto que permite que os acadêmicos de Letras
trabalhem como monitores de Língua Inglesa e/ou Francesa e Espanhola,
ensinando estes idiomas para os acadêmicos em geral e também para as
pessoas da comunidade de Porto Nacional e cidades circunvizinhas. O referido
projeto possibilita aos envolvidos, além do desenvolvimento de suas
competências linguística, pedagógica e metodológica, conhecerem a realidade
da sala de aula, através da reflexão sobre suas próprias práticas. E, de acordo
com a pesquisa realizada, isso é primordial na formação docente e na
preparação do professor para que este esteja mais apto a assumir seu lugar e
contribuir com a melhoria da qualidade da Educação Básica no nosso país.
Para a coleta das informações durante o estudo, foram aplicados questionários
às participantes, e realizadas observações em loco, sendo que depois os dados
foram analisados à luz das teorias de grandes teóricos, como Wallace (1991),
Moita Lopes (1996), Dewey (1959) e Schön (1987). Esta pesquisa qualitativa
tem ainda como finalidade divulgar e socializar nossas experiências com outros
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
profissionais da educação e/ou entidades que estiverem enfrentando
problemas com a formação docente para que estes também tenham a
possibilidade de transformar estas respectivas realidades e, ainda, discutir novas
possibilidades de ação e novos meios para a solução dos nossos problemas
relacionados à formação do professor de línguas.
LANGUAGE LEARNING PROJECT: IMPROVING LISTENING
PROFICIENCY
Ketlly Rayanne Gomes da Silva
Universidade Federal do Tocantins
This project aims at presenting the results of a survey developed about my
difficulty with the listening ability. This project was proposed by our Professor
of English Language in order to make us reflect on our learning and the
potential of development in the English language if the apprentice develops a
more autonomous learner behavior. During the beginning of the research I
realized that, among the four skills, listening was the one that I needed to
improve more, because I must have a good knowledge of the sounds and be
able to understand the native speaker better. Thus, my goal was to understand
a bit of the listening skill, as well as present my conceptions about this skill and
its importance for students and English language teachers in general. To
corroborate my opinions I have used theories from authors of the Applied
Linguistic area such as Byrnes (1984), Brown (2007) and Richards (1990). Data
collection was through audio-lingual activities in which I set out several
listening activities to improve this skill and also to understand what is my real
progress on this issue. The analysis was performed based on reflections on my
difficulties and on what I have learned when developing these activities.
POLÍTICAS PÚBLICAS DE LEITURA NO BRASIL NO PERÍODO
DE 1964 - 1985
Laylla Gabriella Alencar de Sá
Universidade Federal do Tocantins
Esta comunicação pretende apresentar o projeto aprovado pelo Comitê PIBIC
– UFT em 2013, cujo objetivo geral pode ser definido como analisar,
problematizar e contextualizar historicamente o conjunto de políticas públicas
para o livro e a leitura implementados no Brasil no período de 1964 – 1985.
Mais especificamente, o projeto prevê a leitura, análise e problematização das
fontes ( decretos e outros documentos ) produzidos no período em questão
acerca das políticas públicas no Brasil e pesquisas sobre o assunto. A natureza
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
interdisciplinar da pesquisa demanda, além da apreensão dos conceitos e
reflexões sobre as políticas públicas para a leitura no Brasil a partir de 1964, a
leitura e análise de textos referentes ao quadro político, econômico e social do
período histórico em questão, bem como alguma leitura daquele que lhe é
anterior (particularmente a criação do Instituto Nacional do Livro na Era
Vargas, de 1937-1954, primeira iniciativa neste âmbito no Brasil) de forma a
permitir a desejada problematização e comparação do alcance dessas iniciativas
dentro do quadro geral das PPL no Brasil – como projeto vinculado ao projeto
da orientadora, profa. Valéria Medeiros/UFT, a saber, “Mapeamento das
Políticas Públicas de Leituras no Tocantins”, cadastrado na Pró-Reitoria de
Pesquisa desta instituição.
REFLEXÕES ACERCA DO ENSINO DE LÍNGUA MATERNA:
MATERIAL DIDÁTICO E ABORDAGEM GRAMATICAL
Layssa de Jesus Alves Duarte
Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Os questionamentos surgidos nos últimos tempos acerca do ensino de
gramática são úteis para as reflexões a respeito do ensino de língua materna. A
questão principal que rodeia discussões nesse sentido se vincula à validade e
utilidade da abordagem gramatical para propiciar aos estudantes um melhor
desempenho no uso de suas potencialidades linguísticas. O problema principal,
é imprescindível destacar, não se refere ao uso da gramática como um dos
meios de ensinar língua materna, mas sim a como a abordagem gramatical se tem
dado no ensino básico. O ensino da disciplina gramatical não deve ser
descartado, como muito se tem defendido ultimamente, porém, é inconcebível
que o ensino de língua portuguesa tenha como motivação a mera classificação
ou apreensão de termos em frases soltas e isoladas de contexto. O ensino de
língua materna deve considerar a perspectiva textual como meio de propiciar
ao aprendiz a apreensão de sentidos e o gosto pela leitura, levando-o a
aperfeiçoar suas habilidades de escrita e de compreensão e interpretação
textuais. Paralelamente a isso, faz-se necessário o estudo da disciplina
gramatical, visto que é essencial ao estudante ter conhecimento acerca de todas
as modalidades linguísticas, inclusive e principalmente a padrão. Nesse sentido,
não há como negar a necessidade de mudanças na abordagem gramatical que
vêm sendo utilizada. Evidencia-se, assim, a necessidade da produção de
materiais didáticos que auxiliem professor e aluno, objetivando e viabilizando o
ensino de gramática. É importante ressaltar que a produção de materiais
didáticos por si só não é o bastante para tornar o ensino de língua materna
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
mais produtivo, visto que a abordagem da língua é um conjunto de elementos
dos quais o material didático faz parte, mas não significa o todo.
MEMÓRIAS DE PROFESSORES EM RELATOS
AUTOBIOGRÁFICOS – FIGURAS DA VIDA ESCOLAR
Leane Araujo de Oliveira
Luiza Helena Oliveira da Silva
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Este trabalho consiste na apresentação de resultados finais da pesquisa voltada
para a análise de relatos orais que envolvem a história de vida e de formação de
professores matriculados em um curso de licenciatura em Letras, em regime
semipresencial, ofertado pela Universidade Federal do Tocantins, em
atendimento ao PARFOR (Plano Nacional de Formação de Professores da
Educação Básica). De acordo com suas diretrizes, esse plano busca enfrentar o
desafio da qualificação docente pela oferta de cursos de graduação a
professores que atuam na Educação Básica sem terem obtido diploma de curso
superior ou ainda que necessitem de uma segunda licenciatura. Inserido num
projeto maior relacionado à memória dos docentes na perspectiva do discurso,
vinculado ao GESTO (Grupo de Estudos do Sentido – Tocantins), este
trabalho apresenta como recorte a análise da representação da escola e da
própria formação na fala de quatro professoras da rede pública da cidade de
Aragominas, norte do Estado. Tomando como subsídio teórico a semiótica
discursiva aliada à metodologia da produção de dados fornecida pela História
Oral, consideramos que essa representação pode ser encontrada na reiteração
de percursos temáticos e figurativos que apontam para o modo como a escola e
a formação são “vistas” pelos docentes em seus depoimentos e, desse modo,
significam a própria formação em processo, suas expectativas, ao mesmo
tempo em que materializam
visões sobre a escolarização social e
historicamente partilhadas. Assim, ao recuperar aspectos individuais que
remetem à esfera da subjetividade, levamos em conta simultânea e
dialeticamente a historicidade que atravessa e constitui o dizer. Nesse sentido,
os depoimentos traduzem as dificuldades que incidem sobre processos de
escolarização descontínua, a esperança relacionada à nova etapa de formação e
a experiência da profissão vivenciada como conflito. Como objetivo geral, a
pesquisa visa a contribuir para a compreensão de aspectos inerentes à formação
de professores em serviço apontando para as singularidades que podem
caracterizar o ensino no Norte do país. (Apoio CNPq).
87
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
ENSINO DA LÍNGUA MATERNA ATRAVÉS DO USO DO
DICIONÁRIO EM SALA DE AULA
Leane Araujo de Oliveira
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Este trabalho consiste na apresentação das experiências vivenciadas dentro da
sala de aula de uma escola da rede estadual de ensino da cidade de Araguaína,
norte do Estado do Tocantins. O mesmo ocorreu durante as observações e
regências da disciplina de Língua Portuguesa, onde foram analisados os
resultados obtidos com a regência das aulas em que o principal instrumento de
trabalho foi o dicionário de língua portuguesa. Considerando que o período
que passamos dentro da sala de aula não é suficiente para a implantação de
novos métodos de ensino, enfatizamos o trabalho com análises de textos onde
os alunos obtivessem mais necessidades de consultar o dicionário. O sentido
do texto faz com que o pensamento do aluno varie de acordo com o seu
vocabulário, trabalhar com o dicionário pode vim a contribuir para que essa
variação seja ainda mais ampla, estendendo ainda mais sua competência de
adquirir novos conhecimentos. Ao final do trabalho comprovamos que o
dicionário deve ser usado como uma ferramenta altamente didática, adequada a
proporcionar subsídios essenciais sobre o léxico da língua portuguesa e de
desenvolver a capacidade lexical dos alunos.
PROVA BRASIL: NOVAS PERPECTIVAS DE ENSINONO
CONTEXTO DE VELHAS PRÁTICAS
Leicijane da Silva Barros
Uagne Coelho Pereira
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Neste trabalho serão apresentados aspectos do ensino de Língua Portuguesa
em turmas de 5° e 9° anos do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio
regular, tendo como foco a análise dos conteúdos e habilidades presentes nas
Matrizes de Referência de Língua Portuguesa da Prova Brasil, sob a ótica das
teorias linguísticas. Ao longo desse texto, contrastaremos a prática educacional,
pautada nos referenciais pedagógicos, documentos oficiais do Ministério da
Educação e na abordagem tradicional do ensino, com as habilidades a serem
aferidas pela avaliação nacional nos seus diversos descritores. Apontaremos
ainda como tem sido realizado o trabalho de algumas unidades escolares na
preparação dos alunos para a realização dessa avaliação, que ocorre a cada dois
anos, em anos ímpares, além de destacar o perfil dos profissionais da educação
envolvidos nesse processo. O presente trabalho se valeu de entrevistas com
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
alunos e professores das escolas observadas, assim como também de
investigações prévias em provas de anos anteriores e nos manuais
disponibilizados pelo MEC. A relevância desse estudo residiu em analisar as
competências de alunos e professores diante de questões que fogem da
abordagem tradicional da gramática normativa ensinada nas escolas,
permitindo-nos refletir sobre as teorias que embasam o ensino de língua na
atualidade.
A CONTRIBUIÇÃO DE ACADÊMICAS ESTAGIÁRIAS DO CURSO
DE LETRAS- UFT PARA O PROCESSO DE LEITURA E
PRODUÇÃO TEXTUAL EM UMA TURMA DE 8º ANO
Leomar Alves de Sousa
Escola Estadual Vila Nova
O processo de ensino e aprendizagem da prática de leitura e produção textual
tem sido um debate constante entre professores atuantes nas redes de ensino e
também entre acadêmicos nos cursos de licenciatura. Assim, no contexto
universitário tocantinense, mais precisamente araguainense, as universidades
encaminham semestralmente seus acadêmicos às escolas da rede pública de
ensino para fazerem a investigação da prática pedagógica e estágio
supervisionado na disciplina de língua portuguesa, entre outras. O objetivo
principal desse processo é propiciar aos acadêmicos estagiários o contato com
a realidade educacional e a prática pedagógica dos professores das unidades
escolares para que este contato dê suporte à formação dos estagiários e futuros
professores. Mediante este processo, realizou-se no início de 2012, a análise da
atuação de uma dupla de estagiárias do curso de Letras da Universidade Federal
do Tocantins, UFT, campus Araguaína, em turmas de 8º ano na Escola
Estadual Vila Nova; evidenciando e discutindo as dificuldades e contribuições
que estas deram à aprendizagem dos alunos no que se refere à leitura e
produção textual. Durante o período de estágio, dando continuidade às aulas já
ministradas pelo professor regente, as estagiárias orientaram os alunos na
escrita e reescrita de crônicas, possibilitando a edição e publicação de uma
coletânea de textos produzidos naquela turma; contribuindo significativamente
à aquisição da escrita. A análise do trabalho realizado pela dupla de estagiárias,
fundamenta-se em acompanhamento in loco às aulas ministradas pelas
estagiárias no decorrer de sua atuação na referida escola e realização de
pesquisa bibliográfica sobre autores cujas teorias se aplicam à formação de
professores, ensino de leitura e produção textual.
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
REPRESENTAÇÕES DA TEMÁTICA HOMOAFETIVA NA
LITERATURA INFANTIL BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA
Letícia Carvalho Martins
Rodrigo Gomes de Sousa
Flávio Pereira Camargo
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Nesta comunicação, temos como objetivo apresentar nossa proposta de
pesquisa de Iniciação Científica, que tem como foco analisar questões diversas
relacionadas ao gênero, à sexualidade e às identidades sexuais na literatura
infantil e juvenil brasileira contemporânea, com o intuito de demonstrar: que as
representações de gênero e de identidades sexuais, em nossa sociedade,
geralmente são balizadas por uma concepção essencialista ou fixa da
identidade; que as identidades sexuais não são fixas e estáveis, pelo contrário,
elas são cambiantes e estão em constante processo de construção, pois “a
identidade torna-se uma „celebração móvel‟: formada e transformada
continuamente em relação às formas pelas quais somos representados ou
interpelados nos sistemas culturais que nos rodeiam” (HALL, 2006, p. 12-13).
Dito isto, esta pesquisa se justifica justamente em decorrência de uma
necessidade de analisarmos, na literatura infantil e juvenil brasileira produzida
nas últimas décadas, como ocorrem essas representações de gênero, de
identidade e de diversidade sexual, e como elas têm ou não sido abordadas na e
pela escola, assim como a implicação das práticas discursivas de subjetivação
no ambiente escolar. Para tanto alcançar nossos objetivos, delimitamos como
corpus de nossa pesquisa O gato que gostava de cenoura, de Rubem Alves, e Faca
sem ponta, galinha sem pé, de Ruth Rocha.
CULTURA E INTERCULTURALIDADE EM SALA DE AULA
Luciana Souza de Almeida
Mayara Manuelle Sousa Alves Escobar
Miliane Moreira Cardoso Vieira
Universidade Federal do Tocantins - UFT
O trabalho objetiva discutir questões sobre os aspectos culturais envolvendo o
ensino de língua inglesa em nossa sociedade. O ensino de uma língua
estrangeira é composto por vários fatores, dentre eles, o contexto social e a
cultura da língua-alvo. Pensando nisso, o foco no trabalho é a cultura e
interculturalidade, e como as mesmas podem proporcionar ao aluno/aprendiz
uma motivação a mais pelo aprendizado de língua inglesa. Os termos aqui
empregados se dividirão em algumas partes, primeiramente, destacaremos
90
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
sobre os aspectos de cultura e interculturalidade. Em seguida, ressaltaremos a
linguagem como identificação do sujeito. Logo depois, mostraremos um
método simples, do qual possamos envolver todos esses aspectos já
mencionados, trabalhados com um público escolar juvenil durante nossa
prática de estágios. E mostrando, por fim, os resultados desta metodologia
empregada. São muitas as formas que de se entender o que condiz
interculturalidade e cultura, pensando nesta vertente, elaboramos um trabalho
que nos ajude a solidificar estes dois termos que nos auxiliou e continuará
auxiliando-nos nesta constatação. Todo o projeto foi elaborado com um
público juvenil para identificarmos se conheciam ou trabalhavam sobre cultura
da língua inglesa no colégio. Ao final, pudemos identificar o conhecimento dos
alunos pesquisados sobre esses termos.
BREVE PANORAMA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A
LEITURA NO BRASIL
Luciana Souza de Almeida
Universidade Federal do Tocantins
Esta comunicação pretende apresentar os resultados parciais do subprojeto
vinculado ao projeto de pesquisa em andamento Mapeamento de Políticas
Públicas no Tocantins (sob coordenação da professora Valéria da Silva
Medeiros - UFT) que tem como objetivo investigar, sistematizar e dar
visibilidade às políticas públicas de leitura no estado. Os objetivos que
norteiam esta reflexão podem ser assim definidos: o que se entende por
políticas públicas? Qual sua definição, finalidade e características? Em relação
às políticas públicas de leitura no Brasil, quando começaram e como se
caracterizavam? Como se desenvolveram até o momento? Qual é o cenário
atual do livro, da biblioteca e da leitura neste âmbito? Ou seja, para que
possamos nos situar em relação ao estado atual da questão das políticas
públicas de incentivo à leitura e formação do leitor no Brasil, é necessário
voltar às suas origens e inserir seus desdobramentos dentro do quadro dos
processos históricos desde o século XIX até o século XXI. Mais ainda, é
preciso lembrar que a política pública reflete a orientação política dentro da
qual é elaborada. Sobretudo, devemos ter em mente que a leitura não se faz
isoladamente – livro, biblioteca e leitor formam uma rede indissociável que
deve promover, para além das leis e decretos, a transformação individual e
coletiva a partir do espaço de convivência dos atores sociais que são objeto
destas políticas.
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
A ESCRITA SOCIAL NAS POESIAS PORTUGUESAS
Lucília Paula de Azevedo Ferreira
Maria Perla Araújo Morais
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Neste trabalho, analisaremos o contexto histórico que propiciou o movimento
neorrealista português e estudaremos algumas de suas produções poéticas. O
Neorrealismo apresenta uma literatura engajada e busca, por meio dos seus
textos, denunciar a exploração do poder dominante em relação ao proletariado
e aos trabalhadores do campo. Corrobora principalmente para conscientizar as
classes dominadas da alienação em que vivem. Assim, o desconhecimento da
estrutura econômica e do poder político de Salazar são temáticas constantes em
suas obras. Em detrimento à crítica literária que entende o Neorrealismo como
um movimento que apresenta uma preocupação excessiva com a denúncia,
deixando em segundo plano o trabalho artístico de suas obras, estudaremos
algumas poesias cujo potencial de linguagem é muito interessante para
propiciar a conscientização. De acordo com Abdala Júnior e Paschoalin (1990,
p. 159), o Neorrealismo, entendido na perspectiva de uma atitude do artista
diante do mundo e como abordagem da realidade, vai de tal modo adaptandose, transformando-se e ganhando uma dimensão estética superior ao longo dos
anos. Para exemplificar o trabalho de linguagem da literatura Neorrealista na
tentativa de fazer denúncia social, convocar o povo a sair do estado alienado e
rebelar-se contra a estrutura política ditatorial, trabalharemos com algumas
poesias da metade do século XX em Portugal, “Caim”, “Segador” e
“Prometeu”, de Joaquim Namorado, um dos mais ativos organizadores e
impulsionadores do Neorrealismo. Durante o processo de leitura e análise de
textos, foi possível realizar um estudo do trabalho de linguagem presente
nessas poesias, sobretudo no que diz respeito à utilização do imaginário
judaico-cristão e de metáforas relacionadas ao campo como instrumental para
o questionamento do status quo e a conscientização.
MEMÓRIA ORAL E TOPONÍMIA DAS COMUNIDADES
REMANESCENTES DE QUILOMBOS DO TOCANTINS
Lucília Paula de Azevedo Ferreira
Karylleila dos Santos Andrade
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Este estudo é um recorte do macro projeto ATT – Atlas Toponímico do
Tocantins, vinculado ao Atlas Toponímico do Brasil – ATB, e objetiva realizar
um estudo dos nomes (topônimos) das comunidades remanescentes de
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
quilombos do estado do Tocantins, com foco nos estudos linguísticos e nas
práticas culturais e históricas. São 9 (nove) as comunidades, a saber:
Malhadinha e Córrego Fundo, município de Brejinho de Nazaré; Morro de São
João, município de Santa Rosa do Tocantins; Lagoa da Pedra, município de
Arraias; Redenção, município de Natividade; Ambrósia, Formiga, Mumbuca e
Carrapato, município de Mateiros. Todo grupo tem um saber cumulativo de si
proveniente da memória, e a cultura é determinada pelo uso que esse grupo faz
de sua própria memória. O percurso metodológico utilizado no estudo,
apresentado por Dick (1990), é o plano onomasiológico de investigação. Por
meio de um conceito genérico se identificam as variáveis possíveis das fontes
consultadas. É uma pesquisa de cunho qualitativo, durante o processo de
análise dos topônimos, optaremos pelo método indutivo para que, ao longo
das descrições onomásticas, se construam hipóteses de trabalho. Para analisar a
origem/etimologia dos nomes das comunidades em estudo, quanto à sua
motivação toponímica, nos pautaremos na memória oral dos moradores. Para
o estudo da toponímia foram utilizados os autores Dick (1990); Andrade
(2010); Sousa (2008); Seemann (2005) e Carvalhinhos (2002-2003/2008/2009).
Para análise da memória oral, os autores Meihy (2000); Frochtengarten (2005);
Fonseca (2006) e Sá Júnior (2010).
A MEMÓRIA ENQUANTO EXTENSÃO TEMPORAL DO CORPO
FENOMENOLÓGICO
Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira
Universidade Federal do Tocantins
A memória é aqui apresentada como deiscência do corpo perceptivo, sendo o
conceito de deiscência arquitetado em sua dimensão fenomenológica, ou seja,
como abertura ou encontro criativo que possibilita a existência do duplo. E é
essa memória, concebida inseparável do modo de existência de cada formação
textual, que, dependendo de cada dimensão discursiva que a tenha gerado e/ou
gerido, apresentará repertórios, ou conjuntos harmônicos de interpretantes,
diferentes (repertório homonímico – fundado na metáfora; repertório
paronímico – fundado no dêitico; e repertório sinonímico – fundado no
símbolo ou na alegoria). Apresentamos, dessa forma, três regimes para a
memória, que podem ser chamados, também, de modos de “mais-significar”;
de fato, o corpo (“moi-chair”) só se constitui simbolicamente no entrelaçar do
discurso com a Natureza. O corpo (“moi-chair”) é compreendido como o
desenvolvimento, numa deiscência fenomenológica, de dupla referência: a
figura imobilizada da existência (“moi-chair” propriamente dito – a instância de
referência) e a potência impessoal e anônima (“soi-corps” – a instância que se
refere). Dessa forma, por meio dessa dupla instância, o sujeito elabora seus
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
discursos, estabelecendo seus modos de pertença ou suas verdades. O corpus
para análise foi composto por textos de Hilda Hilst, principalmente os
encontrados em Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão; e o exame teve como
substrato epistemológico a Semiótica de Fontanille. O norte teórico deste
trabalho é composto, ainda, pela Fenomenologia – Bergson e Merleau-Ponty;
no quadro teórico-metodológico predomina a abordagem qualitativa.
CONCEPÇÕES DE TEXTO E PRÁTICAS ESCOLARES DE
PRODUÇÃO TEXTUAL
Luzinete Silva Macedo
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Este trabalho consiste em uma discussão sobre concepções de texto em meio
as práticas escolares de produção textual. A partir da articulação, de teorias que
tratam dessa questão (Geraldi, 1997, 2006; Koch 2006; Possenti 2006) e, de
dados coletados em aulas de língua materna, acompanhadas em uma turma de
8º ano, de uma escola pública de Marabá –PA, buscamos observar a, ou antes,
as concepções de textos que perpassam essa prática em sala de aula.
Verificamos como se reflete a concepção de texto do professor (se não do
sistema educacional) nas produções textuais dos sujeitos escreventes. Tendo
em vista que uma perspectiva que considere o texto escrito enquanto um
espaço de interação, (re)construção dos sujeitos (escritor e leitor), seja mais
satisfatório, por que não, mais indicado no espaço de sala de aula, já que se
busca desenvolver a competência escritora do sujeito aprendiz, competência
esta que viabiliza uma formação de sujeitos escreventes autônomos,
participativos, uma formação emancipatória. Apresentamos resultados de uma
das análises feitos com os dados coletados, enfatizando o contexto de
produção: as orientações, e a resposta do aluno, isto é, o texto escrito
resultante de tal contexto.
HISTÓRIA E LITERATURA EM MIA COUTO
Márcia Oliveira de França
Maria Perla Araújo de Morais
Universidade Federal Do Tocantins – UFT
A presente pesquisa teve o objetivo de analisar, as três obras estudadas, do
autor moçambicano Mia couto: Terra Sonâmbula; Venenos de Deus Remédios
do diabo e o Outro pé da Sereia. No presente estudo foi feito uma analise
sempre comparando as três obras, para melhor entendimento do contexto
histórico encontrados nas leituras feitas no decorrer do estudo. Um dos fatos
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
mais curiosos foi a mudança de tempo cronológico que ocorria as historias.
Mostrando o tempo real do acontecimento, levando o leitor a penetrar no que
estar sendo contado. Trabalhando com referencial em dados históricos, para
comprovar os fatos. Foi estudado o que estar na historia, real e a visão do
moçambicano Mia Couto mostrando uma versão que pode ter acontecido, e no
decorrer das obras isso e provado, com relatos de quem viveu todos os
sofrimentos que são os próprios moçambicanos. Mostrando as tribos povos
correndo da guerra, pessoas definhando numa cama, sem sonhos de voltar a
viver ou pessoas com a crença acima de tudo o acreditar no não real. O mais
poderoso que tudo os sofrimentos. Outro fato muito visto nos três livros foi à
fuga da realidade. Indo para os sonhos, que e um lugar que tudo pode, onde
todos têm a mesma possibilidade de ser feliz. Tentado fugir do pesadelo da
guerra e dos massacres. E a invenção de muitas palavras de ramo tribais, forma
de mostrar a oralidade da fala quase não entendida pelos colonizadores, como
se os moçambicanos quisessem se proteger de algo que nem eles sabiam o real
o que eram. A história de Moçambique nunca acabara enquanto todas as
versões forem postar em real.
ESTUDO ACERCA DAS REPRESENTAÇÕES SOBRE O ENSINO
DE LÍNGUA INGLESA CONSTRUÍDAS POR PROFESSORES DA
REDE PÚBLICA DE PORTO NACIONAL E
CIRCUNVIZINHANÇA
Marcia Letícia Gomes Barbosa
Universidade Federal do Tocantins
Ana Emília Fajardo Turbin
UnB
O ensino de línguas estrangeiras na escola pública tem valor educacional
formativo reconhecido pela sociedade brasileira, tendo em vista que esta inclui
nos currículos a obrigatoriedade da disciplina. No entanto, sabemos das
dificuldades enfrentadas; conforme pontua Almeida Filho (1998:07) apesar da
ampliação da oferta do ensino de línguas, esse não tem sido cuidado no seu
aspecto qualitativo. De maneira que, a qualidade do ensino de línguas tem sido
motivo de preocupação para diversos teóricos. Uma das indagações mais
correntes gira em torno da prática docente, as práticas em sala de aula,
abordagens metodológicas, ou seja, tudo que envolve a atuação do professor.
Assim sendo, a comunicação tem por objetivo apresentar resultados de
pesquisa realizada durante o ano de 2012, através do Programa de Iniciação
Científica – PIVIC/CNPq. A pesquisa tem por objetivo investigar as
representações que professores de Língua Inglesa (LI) possuem sobre o ensino
e aprendizagem desta disciplina. Delimitamos a pesquisa à cidade de Porto
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
Nacional – TO, e, circunvizinhança. Analisar tais representações torna
possível pensar perspectivas e possibilidades de se propor novas propostas
metodológicas para o ensino de Língua Inglesa.
PERSUASÃO E SEDUÇÃO: AS ESTRATÉGIAS INTERTEXTUAIS E
INTERDISCURSIVAS NOS ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS
Márcia Suany Dias Cavalcante
(UEMA / UFT)
A partir das teorias da linguística textual e da análise do discurso, especialmente
das orientações bakhtinianas, este trabalho tem por objeto de estudo o
processo de produção e recepção do anúncio publicitário impresso,
investigando a intertextualidade e a interdiscursividade como forma de
associação de informações que se encontram no repertório cultural da
sociedade. Analisa, portanto, os efeitos de tais textos no interlocutor, que é
seduzido pela mensagem que lhe é exposta, considerando que a linguagem
publicitária está impregnada de discursos sócio-históricos e valores ideológicos
que refletem o cotidiano das pessoas, sendo comum a aparição de anúncios
que se destacam diante do leitor/consumidor por revelarem situações vividas
por ele ou que se identifiquem com seus anseios mais íntimos. Com a análise
de um corpus formado por anúncios, retirados de revistas de grande circulação
nacional, que mobilizam uma série de estratégias criativas para o seu
processamento, assim como o conhecimento de mundo do leitor, buscou-se
evidenciar o modo pelo qual o intertexto e o interdiscurso constroem o sentido
das peças publicitárias, construindo textos persuasivos e sedutores. Com isso, o
presente estudo se volta para uma reflexão da língua, podendo ser utilizado
com finalidade didática, para que o olhar do aluno/leitor seja aguçado para as
estratégias persuasivas propositadamente presentes nesse gênero textual.
Assim, o sujeito-receptor de anúncios publicitários se instrumentaliza para a
leitura, em sentido amplo, e se torna capaz de perceber todo o jogo arquitetado
por uma linguagem híbrida.
HOXWA: UMA ANÁLISE SEMÂNTICA DISCURSIVA DO RITO
KRAHÔ
Marcilene de Assis Alves Araújo
UFT/ UnirG
Esse trabalho é resultado dos meus estudos como bolsista do Programa do
Observatório da Educação Obeduc/Capes/UFT. Faz parte dos estudos
realizados na disciplina Texto e sentido: abordagem semiótica dos processos de
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
significação, ministrada pela professora Drª Luiza Helena Oliveira da Silva.
Aborda uma análise semiótica sobre o rito de Hoxwa, mantido pelos Krahô da
Aldeia Indígena Manoel Alves Pequeno, localizada nas terras indígenas
Kraolândia, Goiatins-To, visando refletir sobre as representações sociais dos
actantes que o encenam. Nessas encenações os Hoxwase gesticulam de várias
formas cômicas, invertem a moral e transgridem tabus, tornando esses
momentos práticas de transmissão conhecimentos diversos, a fim de
demonstrar para os Krahô o respeito e preservação de hábitos milenares da
cultura. Pretende-se registrar, nesse trabalho, a interação dos sujeitos presentes
no ritual, tendo em vista as condições sociais circunscrita nas cenas, quanto à
forma como são conduzidas e às funções que têm no mundo social, por meio
de um diálogo entre os saberes repassados e a história desse povo, como um
processo dinâmico de transformações permanentes. O corpus do trabalho é
constituído pela transcrição do rito de Hoxwa, o qual foi gerado pela
retextualização, a partir das entrevistas semiestruturadas aplicadas ao indígena
Ismael Krahô, o “Aprac” (guia) dos Hoxwa da aldeia, produzidas no primeiro
semestre e meados do segundo semestre de 2013, durante as aulas campo
realizadas. Como metodologia de análise dos dados, consideram-se os aspectos
semânticos discursivos figurativizados e tematizados nesse rito, buscando
apresentar as condições de representações sociais de todos os sujeitos
envolvidos nas encenações. Buscamos contribuir para a manutenção e
fortalecimento da língua Krahô, por meio de ritos. Espera-se que a análise
desse rito se transforme em material didático de uso efetivo pelos professores
indígenas da escola 19 de abril, possibilitando uma metodologia de ensino e
prática exequíveis em sala de aula.
EVENTOS DE FALAS FORMAIS NOS RITOS KRAHÔ (JÊ):
IMPLICAÇÕES PARA O ENSINO DE LINGUA MATERNA
Marcilene de Assis Alves Araújo
UFT/ UnirG
Francisco Edviges Albuquerque
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Esse trabalho integra as ações do Programa Observatório da Educação –
Obeduc, em parceria com a Universidade Federal do Tocantins – UFT, por
meio do Projeto nº 11395 “A Educação Escolar Indígena Krahô Bilíngue e
Intercultural”. Faz parte de nossa pesquisa de doutoramento em Letras:
Ensino de Língua e Literatura, UFT Campus Araguaína. Propomos realizar
investigações no âmbito da educação escolar Krahô, atendo-nos para
discussões sobre quando, onde e como os rituais indígenas Krahô são usados
na transmissão dos saberes e conhecimentos tradicionais desse povo. Desse
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
modo, buscamos investigar como e quando os professores da escola Krahô
fazem uso dos conhecimentos advindos das tradições culturais manifestadas
nos ritos Krahô? Qual o papel dos anciãos na transmissão desses
conhecimentos? Para isso consideramos os diversos domínios sociais de usos
linguísticos, bem como as relações sociodiscursivas configuradas nos contextos
histórico, cultural, linguístico, social, político, econômico, cosmológico e
onomástico do povo Krahô da Aldeia Manoel Alves Pequeno. Durante as aulas
de campo realizadas nos períodos de abril a agosto de 2013, realizamos
entrevistas com os anciãos dessa aldeia, elucidando em suas falas atitudes
cotidianas inquietantes quanto aos aspetos de preservar e manter os rituais e
festas Krahô. Para analisar e descrevermos os eventos de falas manifestados
nos ritos Krahô, consideramos os procedimentos da pesquisa
etnometodológica, com base nos estudos de Hymes (1986) ao considerar,
como unidade de análise, eventos de fala situados no tempo e no espaço.
Focalizamos os processos sociais materializados nas relações interativas,
intragrupo, como mecanismos de constituição sociocultural e de preservação e
manutenção da língua e da cultura Krahô. Por meio da pesquisa, realizamos
uma investigação junto a esse povo, com propostas de oficinas, com ênfase na
manifestação da linguagem, buscando a estruturação de propostas pedagógicas,
que visem à organização de materiais didáticos que contribuam o processo de
ensino aprendizagem da língua Krahô.
INFLUÊNCIA DA CULTURA NAS ESPECIFICIDADES
LINGUÍSTICAS FONÉTICO/FONOLÓGICAS E LEXICAIS NA
CIDADE DE MONTE DO CARMO (TO)
Maria Cícera Fernandes Celedonio
Centro Universitário UnirG
Este trabalho é o projeto de doutoramento em Ciências da Linguagem, cujo
tema é: O Falar de Monte do Carmo TO: A Influência da Cultura nas
Especificidades Linguísticas Fonético/Fonológicas e Lexicais. Propomos
analisar a Linguagem e a Cultura dos falantes dessa cidade dada à existência de
um processo multicultural de diversas origens remotas impregnadas nos
falantes, resultante da interação de uma miscigenação multicultural com o
ambiente físico-social a fim de obtermos um corpus elaborado cientificamente
para os estudiosos da língua, visto que não há registros que nos possibilite o
entendimento dos fatores históricos, linguísticos e culturais desta cidade. Este
Projeto terá como base teórica os princípios, métodos e técnicas da
Dialetologia / Geolinguística, por ir trabalhar com um corpus de falares
regionais, da Sociolinguística, por terem os informantes às características
linguísticas de variantes sociais; da Etnolinguística, uma vez que as formas
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
linguísticas por eles utilizadas estão diretamente relacionadas à sua cultura local
e regional. A escolha do tema desta pesquisa provém de uma necessidade de
analisar e de refletir intensamente sobre este vasto campo, no sentido de
questionar até que ponto a cultura influencia no domínio lexical do indivíduo.
Quanto à distinção entre dialeto ou subdialeto e falar local, optamos pela
designação dialeto ou subdialeto e iremos tentar observar se a linguagem dos
falantes da cidade de Monte do Carmo e por extensão ao Estado do Tocantins
ou parte dele, corresponderá a um subdialeto do dialeto baiano ou outros
aspectos dialetais da zona indefinida.
A LEITURA LITERÁRIA NO ENSINO MÉDIO: ENCANTOS E
DESENCANTOS
Maria da Conceição de Jesus Ranke
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Nossa proposta é discutir o trabalho com a literatura na escola, sobretudo no
Ensino Médio. Sendo que nesta etapa da escolarização, principalmente o
ensino da Literatura se limita, na maior parte das vezes, a traçar panoramas de
tendências e escolas literárias, de modo esquemático e desconectado do
trabalho analítico-interpretativo. Nesse cenário verifica-se que muitas das
propostas não têm contribuído para a formação de leitores e a concretização
do letramento literário na escola, pois, a literatura é apresentada como
conteúdo necessário e obrigatório do currículo escolar, recebendo um
tratamento pragmático e como estratégia para o ensino da língua portuguesa ou
como cronologia de escolas literárias, estilos e autores, não levando em conta
as relações que se estabelecem entre o sujeito que lê e seu aspecto humano,
completo. Apesar desse panorama que provoca desencantos frente a uma
questão que deveria ser vista como prioritária, apresentamos, no âmbito
escolar, algumas possibilidades que podem apontar para o encantamento com a
leitura, mais especificamente a literária. Desse modo, nossas considerações
serão norteadas por meio de recorte de nossa Dissertação de Mestrado cujo
objetivo consistiu em analisar aulas de literatura, identificando como três
professores de Ensino Médio buscavam condições favoráveis à leitura do texto
literário em um Centro de Ensino Médio de Araguaína, Tocantins. Assim,
consideramos que a literatura, inclusive no contexto escolar, pode se
caracterizar como uma ponte que se projeta em direção ao outro (ao leitor),
cremos que é nessa confluência, isto é, no encontro do leitor com o texto
literário, que a escola e o trabalho, tendo em vista a formação literária do leitor,
devem se focar, visto que é esta a instância na qual existem possibilidades
diversas para que a literária ocorra de modo significativo, crítico e
emacipatório.
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
A SOCIOLINGUÍSTICA NA SALA DE AULA: O QUE REVELA A
ESCRITA DE ALUNOS DO QUINTO ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL
Maria da Guia Taveiro Silva
Universidade Estadual do Maranhão – UEMA
O objetivo deste trabalho é verificara importância das práticas de letramento,
nos contextos de inserção dos alunos, para a aprendizagem escolar. Em
decorrência, identificar dificuldades de aprendizagem de alunos do ensino
fundamental que cursam a mesma etapa e o mesmo ano, mas encontram-se em
contextos socioculturais distintos – na zona urbana e na zona rural.
Argumenta-se em favor de uma educação de qualidade independente da
localização geográfica do aprendiz. Examina-se sobre as práticas de letramento
dos alunos e analisa-se a escrita de alunos do quinto ano do Ensino
Fundamental. Na análise dos textos, serão observadas as marcas de oralidade,
as regras de variação e mudança produtivas em cada grupo social analisado e,
os problemas considerados como de caráter arbitrário de convenções
ortográficas. Os pressupostos teóricos provêm da sociolinguística (BortoniRicardo, Bagno, Labov, inter alia), das discussões sobre o letramento: a leitura e
a escrita (Kato; Soares, inter alia) e, as considerações sobre o contexto escolar
(Silva, Morais e Bof, inter alia). Os resultados apontam disparidade de
aprendizagem entre os grupos comparados. Com esse trabalho, intenciona-se
contribuir para uma educação mais igualitária para os desiguais, mesmo que
não provoque mudanças amplas, que alcancem as políticas públicas, há
possibilidade de se alcançar o professor, com a disponibilização de orientações
básicas aplicáveis na docência na sala de aula e/ou na comunidade.
O CAMINHO DAS PEDRAS DO PERSONAGEM TIQUINHO, NA
OBRA EM NOME DO DESEJO, DE JOÃO SILVÉRIO TREVISAN
Maria de Fátima Lopes Vieira Falcão
Flávio Pereira Camargo
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Neste trabalho serão discutidos alguns aspectos da obra Em Nome do Desejo, de
João Silvério Trevisan, tais como subjetividade, identidade e relacionamentos
homoafetivos em espaços de homossociabilidade. É importante destacar que a
homossociabilidade é uma prática que leva em consideração “os laços de
solidariedade e colaboração, por um lado, ou de rivalidade e competição, por
outro, entre os indivíduos que se identificam como pertencentes ao mesmo
gênero”, conforme afirma Barcellos (2006, p. 23). Visto por esta perspectiva, o
100
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
seminário é “um espaço de exclusão e, ao mesmo tempo, possibilidade de
existência da homossexualidade” (LOPES, 2002, p. 129-130), que tanto pode
provocar o distanciamento, como também estreitar as relações afetivas entre os
seminaristas. Se no passado muitos escritores camuflavam sua
homossexualidade através de seus trabalhos literários, como, por exemplo,
Hans Christian Andersen, em sua obra O Patinho Feio, na atualidade acontece
exatamente o inverso. Trevisan aborda as relações homoafetivas ou
homoeróticas de forma “densa, corajosa e emocionada”, como Caio Fernando
Abreu destaca na contracapa do livro. A obra de Trevisan é para toda categoria
de leitor, principalmente para o adolescente que está com dúvidas sobre a sua
identidade sexual e de gênero. Com certeza a leitura não apontará caminhos
mais fáceis, contudo pode ajudá-lo na construção e na compreensão da
subjetividade daqueles que se “descobrem amando contra a corrente”, como o
próprio Trevisan ressalta. Para fundamentar as discussões acerca dos aspectos
que pretendemos analisar nesse romance nos valemos de alguns dos conceitos
de Foucault (1987), Butler (2008; 2010), Woodward (2000), Costa (1992), e
Silva (2000), entre outros teóricos que discutem questões diversas relacionadas
à sexualidade e às identidades.
IDENTIDADE E REPRESENTAÇÃO DOCENTE EM HISTÓRIAS
DE VIDA DE PROFESSORES DE INGLÊS
Maria Elaine Mendes
Dernival Venâncio Ramos Junior
Universidade Federal do Tocantins
Esta dissertação está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Língua e
Literatura da Universidade Federal do Tocantins e busca contribuir com o
debate acerca do ensino da língua inglesa a partir da história de vida dos
professores de Gurupi/TO. O presente estudo tem como objetivo analisar a
história de vida e formação dos professores de língua inglesa, assim como
perceber como os mesmos se veem enquanto docentes. A pesquisa justifica-se
pela necessidade de estudos na área de formação de professores, especialmente
sobre a construção da identidade e representação social. A questão da
identidade é um tema vívido da contemporaneidade na busca da compreensão
de como se processam as mudanças individuais e coletivas. O interesse por este
tema surgiu a partir da experiência como professora de Língua Inglesa, tendo
em vista que as vivências do aprender uma Língua Estrangeira estão na
memória dos professores, baseadas em modelos adquiridos na sua própria
prática escolar, na definição de sua própria identidade enquanto professor,
além de estar refletida no seu fazer profissional. A abordagem da história de
vida foi utilizada nessa pesquisa para que os professores possam reavaliar sua
101
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
prática docente e sua vida profissional à medida que desconstroem ideias
impostas por um sistema educacional ultrapassado e reconstroem as
perspectivas para futuras práticas docentes. O falar de si pode reestabelecer a
integridade pessoal e reativar objetivos esquecidos pela rotina da vida
profissional. Tais reflexões irão contribuir para a construção de uma identidade
principalmente profissional, considerando as condições de existência e os
contextos específicos nas quais essas experiências foram estruturadas. Através
de um levantamento de natureza qualitativa foram realizadas entrevistas
semiestruturadas com os sujeitos professores atuantes de língua inglesa tanto
de escolas públicas como de cursos de inglês, além de questionários enviados
aos pais de alunos sobre a finalidade de aprender uma língua estrangeira.
RELIGIÃO E COLONIZAÇÃO EM MIA COUTO
Maria Perla Araújo Morais
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Neste trabalho, refletiremos sobre como a religião católica aparece
representada em duas obras do escritor moçambicano Mia Couto: o conto,
“Entrada no céu”, do livro O fio das Missangas, e o romance O outro pé da sereia.
As obras trabalham com a questão de como os aspectos religiosos europeus
foram recebidos pela colônia africana. No conto, explicita-se uma zona de
confronto estabelecida pelo impacto do imaginário judaico-cristão e pela
tentativa de ele se estabelecer como visão única e universal na colônia. No
romance, explora-se, além do confronto, as zonas de tradução, de hibridação
entre os sistemas de valores e sentidos europeus e a colônia. Portanto, Mia
Couto faz-nos indagar, a partir dessas duas obras, como as culturas se
entrelaçam no espaço colonial moçambicano e como esse contato resulta em
um espaço complexo. Pretendemos entender de que maneira colonizados e
colonizadores se confrontaram e se traduziram, a partir de um mecanismo que
leva em conta a amputação cultural, mas também a resistência, localizada na
persistência de crenças ou na hibridação dos dois mundos. Portanto, Mia
Couto recria no tempo pós-colonial a empresa colonial portuguesa, no que diz
respeito ao aspecto religioso, questionando a pretensa universalidade dos
sistemas de sentido europeus e oferecendo a eles uma tradução moçambicana.
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
ENSINO BILÍNGUE E INTERCULTURAL: REFLEXÕES SOBRE A
RELAÇÃO ENTRE A LÍNGUA KRAHÔ E A PORTUGUESA NA
ESCOLA 19 DE ABRIL
Marília Fernanda Pereira Leite
Francisco Edviges Albuquerque
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Os dados aqui apresentados fazem parte de nossa pesquisa que está sendo
realizada na Escola 19 de Abril, situada na aldeia Krahô Manoel Alves, no
âmbito do Programa do Observatório de Educação Indígena, Projeto nº
11395/Título: A educação escolar Indígena bilíngue e intercultural - Edital
049/2012/CAPES/INEP coordenado pelo Professor Doutor Francisco
Edviges Albuquerque. Com a Constituição Federal de 1988, um novo
paradigma surgiu entre o Estado brasileiro e os povos indígenas, se antes as
políticas eram voltadas para os povos indígenas defendiam a “reintegração” e
assimilacionismo dos indígenas na sociedade brasileira, no sentido de absorver
a cultura da sociedade dominante, após a promulgação da nova Constituição,
os povos indígenas ganharam o direito à educação, específica, bilíngue e
diferenciada. A Lei não só garantiu o direito à autonomia e o reconhecimento
dos povos indígenas, bem como uma forma de a sociedade brasileira
reconhecer e respeitar a diversidade linguística e cultural dos povos indígenas
que aqui residem há milhares de anos. Com base em nosso diário de campo,
relatórios de visitas técnicas à referida aldeia, observação dos planos de aulas da
disciplina de língua portuguesa e das atividades e oficinas pedagógicas
desenvolvidas na escola, principalmente na produção de materiais didáticos,
propomos aqui estabelecer um diálogo entre a proposta de ensino bilíngue e
intercultural, voltada para as nossas experiências vivenciadas com o povo
Krahô, especificamente com os alunos e professores indígenas e não indígenas
que atuam na Escola indígena 19 de Abril.
PAPÉIS ACTANCIAIS EM NARRATIVAS AUTOBIOGRÁFICAS DE
DOCENTES EM FORMAÇÃO NO PARFOR: ANÁLISE SEMIÓTICA
DE RELATOS DE HISTÓRIAS DE VIDA E FORMAÇÃO
Marinalva Dias de Lima
Luiza Helena Oliveira da Silva
Universidade Federal do Tocantins – UFT
Este trabalho se constitui como apresentação dos resultados referentes à
pesquisa de iniciação científica, que tinha como objetivo analisar e descrever os
relatos autobiográficos de quatro docentes, em uma perspectiva semiótica. Os
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
professores que concederam os depoimentos participam do PARFOR (Plano
Nacional de Formação de Professores da Educação Básica), e estão
matriculados no curso de licenciatura em Letras, ofertado pela Universidade
Federal do Tocantins, campus de Araguaína. Neste trabalho teceremos algumas
considerações sob a semiótica discursiva e sua inserção na abordagem (auto)
biográfica, apontando as especificidades e as regularidades que caracterizam os
relatos produzidos pelos sujeitos da pesquisa. A fim de alcançarmos os
resultados utilizamos o percurso gerativo do sentido, privilegiando mais
precisamente o nível narrativo, com atenção aos papeis actanciais depreendidos
das narrativas produzidas pelos docentes em formação e utilizando apenas um
aspecto do nível discursivo que corresponde as isotopias presentes nos relatos.
A pesquisa visa analisar também, as perspectivas de protagonismo e/ou
assujeitamento que se depreendem dos relatos autobiográficos, quando os
docentes interpretam o seu passado, ao mesmo tempo em que analisam seu
fazer pedagógico e a nova etapa de formação em processo. Consideramos que
a análise dos relatos de vida e formação auxiliará não só na constituição do
sujeito-professor, mas também revelará a transposição da realidade para o
plano subjetivo, e particular, além do complexo processo que envolve, ao
mesmo tempo, tanto a dimensão externa e contextual concretizada nos
discursos quanto à dimensão interna e subjetiva. O trabalho é parte das
pesquisas desenvolvidas pelo GESTO (Grupo de Estudos do Sentido –
Tocantins).
DA BOCA DE CRONOS À PENA DE GREGÓRIO: O TEXTO
EFÊMERO SE ETERNIZA
Mario Ribeiro Morais
Universidade Federal do Tocantins - UFT
Gregório de Matos foi o maior poeta do Barroco brasileiro. Embora sua obra
só tenha sido publicada no século XIX, extraídas de códices pertencentes a
seus admiradores, o Boca do inferno, conhecido assim por sua língua viperina,
foi o maior poeta colonial. O baiano se estabeleceu na contramão das regras
vigentes, ao mesclar os gêneros poesia e crônica. Os primeiros críticos do
poeta soteropolitano, detratores e apologistas, quase todos destacaram o
caráter de crônica que perpassa seus textos, chegando a considerá-lo como o
primeiro „prelo‟ da colônia. Vários textos gregorianos apresentam
características de crônica. De acordo com SÁ (1997) e MOISÉS (2001), a
crônica tem como peculiaridades o caráter circunstancial, banal e efêmero. A
crônica surge primeiro no jornal, herdando a sua transitoriedade, de quem
nasce no começo de uma leitura e morre antes que se acabe o dia. Por meio da
poesia, especialmente de vertente satírico-burlesca, Gregório expôs fatos
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
circunstanciais e passageiros da vida da colônia que eram relegados pelo
mundo oficial. Este trabalho objetiva analisar alguns textos gregorianos com
aspectos de crônica, sob a perspectiva da teoria carnavalesca de BAKHTIN
(1999). A teoria da carnavalização aborda o mundo da praça pública, onde o
discurso mostra-se dialógico, não permitindo a centralização da palavra como
acontecia no mundo medieval. Compuseram o corpus deste estudo textos das
Obras Completas de Gregório de Matos (AMADO, 1969). As análises
mostram que o caráter poético dos poemas superou a efemeridade da crônica e
que o Boca do Inferno conseguiu evitar que Cronos devorasse seus textos. Os
resultados finais confirmam o baiano como inovador na literatura brasileira
setecentista, o que reforça o rompimento do conceito tradicional de gêneros.
ALGUMAS QUESTÕES ACERCA DO ERRO INTERLINGUAL E
DE SUAS IMPLICAÇÕES NO PROCESSO DE ENSINO E
APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA ENQUANTO LÍNGUA
FRANCA
Meiriane Lima Machado
Universidade Federal do Tocantins
Durante esta comunicação oral pretendo pontuar algumas questões
relacionadas aos erros de escrita mais comuns entre os alunos que se
encontram na fase da Interlíngua e, a partir das questões levantadas, discutir a
própria noção de erro e suas implicações para o ensino e aprendizagem de
língua inglesa como língua franca. Segundo teóricos, a Interlíngua é um
processo pelo qual o aprendiz de uma língua estrangeira passa, até que atinja
proficiência na língua-alvo. De acordo com eles, os erros de escrita cometidos
por estes aprendizes são comuns á todos e representam a ocorrência da
aprendizagem. Os dados foram coletados de textos de alunos que se
encontram nesta fase da aprendizagem da língua estrangeira/Inglês. A análise
qualitativa dos resultados indica que realmente este processo existe e que de
fato há erros que são típicos destes aprendizes. Após a constatação desta
primeira realidade e realização de uma intervenção prática com vistas a
melhorar a proficiência nesta turma de inglês, partimos para a discussão acerca
das implicações envolvidas no ensino e aprendizagem da língua inglesa e do
aproveitamento da noção de erro e correção em uma abordagem que leva em
consideração o ensino de inglês como uma língua franca e os objetivos dos
aprendizes ao aprender esta língua. Assim, durante esta comunicação oral,
tentarei proporcionar um melhor entendimento à alunos e professores sobre a
questão dos erros destes aprendizes, já que aqui estes são vistos como
positivos, e também da necessidade de nos atermos a questões mais profundas,
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
como a situação de universalidade do inglês no mundo hoje e suas implicações
para o ensino desta língua.
RELATO REFLEXIVO COMO PRÁTICA DE
DESENVOLVIMENTO DE LETRAMENTO EM LÍNGUA
INGLESA
Meiry Raquel de Queiroz
Miliane Moreira Cardoso Vieira
Universidade Federal do Tocantins (UFT)
Este projeto de pesquisa objetiva investigar como o processo de escrita de
relatos reflexivos de estágios supervisionados em Ensino de Literatura e Língua
Inglesa podem ser ensinados e produzidos em língua inglesa, a partir do
enfoque de três perspectivas teórico-metodológicas: conhecimento do sistema
linguístico, familiarização com uso da modalidade escrita da língua e
desenvolvimento do letramento do professor em formação. Para tanto, será
necessário ensinar acadêmicos do curso de Letras a identificar e produzir a
linguagem utilizada nos gêneros de relatos reflexivos. Os trabalhos produzidos
por alunos-mestre serão analisados a partir dos pressupostos teóricos da
abordagem semântica funcional (EGGINS, 2004), baseada na Linguística
Sistêmico Funcional de Halliday (1978). Esta investigação científica configurase dentro de uma perspectiva qualitativa, porém buscado também dados
quantitativos, através do uso de ferramentas da linguística de corpus, como o
programa Word Smith tools. O projeto apresentado está integrado as pesquisas
científicas realizadas no grupo de pesquisa Práticas de Linguagens em Estágios
Supervisionados – PLES (UFT/CNPq). Este trabalho encontra-se em
andamento, os primeiros resultados serão colhidos a partir dos dados obtidos
após a análise dos Relatos Reflexivos produzidos pelos alunos-mestre e
divulgados a partir de produções e publicações de artigos científicos.
EMPRÉSTIMOS LINGUÍSTICOS: BREVES CONSIDERAÇÕES
Mydhian Araújo
Universidade Federal do Tocantins
Este trabalho traz à tona as discussões acerca dos empréstimos linguísticos e as
consequências desse fenômeno nas línguas minoritárias, em especial na língua
krahô - língua do povo indígena da aldeia de Manoel Alves, no município de
Goiatins, no Tocantins. Assim, convém salientar que existem linhas teóricas
que defendem este fenômeno linguístico como fator de enriquecimento
linguístico enquanto outras o têm como fator que influencia decisivamente
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
para o enfraquecimento de línguas minoritárias. Com isso, este trabalho
contribui para a manutenção da língua e da cultura indígena em foco. Para isso,
as contribuições teóricas de Farias (2011), Couto (2009), Pacheco (2005),
Mesquita (2009), Bright (1974), Abreu (2012), Albuquerque (2003) servirão de
base para as análises efetuadas durante este estudo. Este trabalho pretende
resultar em um constructo teórico amplo e norteador das investigações dos
estudiosos quanto ao debate sobre a “atualização lexical” e o “enfaquecimento
de línguas minoritárias” visíveis pela observação do fenômeno do empréstimo
linguístico.
CONTEXTO DE CULTURA NA LINGUÍSTICA SISTÊMICO
FUNCIONAL
Miliane Moreira Cardoso Vieira
Universidade Federal do Tocantins, UFT
Nesta comunicação serão abordados os conceitos da estratificação da
Linguística Sistêmico Funcional (LSF), que, ao focalizar a cultura, tematiza-se a
noção de contextos, bifurcando-se em contexto de situação e de cultura. Essas
noções são fundamentais, pois as escolhas linguísticas que cada usuário da
língua fará estarão associadas a esses contextos, tanto pelo contexto situacional
mais estrito quanto pelo contexto cultural mais amplamente. Não obstante,
discutimos, também, as implicações do aprendizado da cultura no ensino da
Língua Inglesa como Língua Adicional. Assim, trazemos conceitos referentes
ao termo cultura para defender a ideia de que desenvolver uma língua adicional
não significa apenas adquirir vocabulário e gramática. É necessário também
desenvolver competências interculturais, para entender as normas que regulam
a interação social da língua estudada.
CRIAÇÃO DE VOCABULÁRIO DE MATEMÁTICA
Misleine Andrade Ferreira
Escola Estadual Joaquim de Brito Paranaguá
Tendo como norte os pressupostos filosóficos de Edgar Morin e Mikail
Bakhtin, ou seja, a necessidade de conjugar, sempre e como princípio
metodológico, texto e contexto, parte e todo, sincrônico e diacrônico, ético e
estético, racional e sensível; esta pesquisa objetiva o tratamento sistêmico da
terminologia da matemática, no tocante aos principais conceitos empregados
no sexto ano do ensino fundamental. O recorte para este trabalho abarca o
sexto ano da Escola Estadual Joaquim de Brito Paranaguá, em Araguaína –
TO, e objetiva o trabalho com a criação de vocabulários de matemática como
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
recurso didático. Trata-se, por conseguinte, de uma pesquisa que conjuga
Historiografia Matemática, Didática da Matemática, Artes e, também, Língua
Portuguesa, uma vez que o trabalho é multidisciplinar, envolvendo professores
de Matemática, de Artes e de Língua Materna. Almeja-se elucidar os conceitos
citados, tornando mais racional a sua aprendizagem. A proposta envolve a
criação de vocabulários pelos alunos, com a possibilidade futura de criação,
pelo pesquisador e pelos outros profissionais envolvidos no trabalho, de
software para facilitar o aprendizado; a partir do qual, o aluno, na sala de aula ou
em casa, terá mais estímulos para operacionalizar os conceitos matemáticos
utilizados no processo de ensino, além de se desenvolver como sujeito cultural
ativo.
PRONÚNCIA EM SALA DE AULA: ANÁLISE DE ATIVIDADES
COM BASE EM FONÉTICA E FONOLOGIA DE LÍNGUA
INGLESA
Neliane Raquel Macedo Aquino
Carine Haupt
Universidade Federal do Tocantins – UFT
A busca de informações sobre as contribuições do ensino de língua inglesa vêm
se destacando no cenário atual de pesquisa. Em vista disso e das práticas que
perfazem a sala de aula, vale-se aqui do preceito de que os estudos das
contribuições fonéticas e fonológicas ao ensino regular são ainda recentes e
necessitam de mais pesquisas para determinar a sua relevância ao processo de
ensino e aprendizagem o qual por muito tempo foi creditado somente às
habilidades de ler e escrever. Objetiva-se, então, a análise das atividades com
base em fonética e fonologia da língua inglesa para o processo de ensino e
aprendizagem de língua estrangeira no Ensino Médio. Leva-se em
consideração, neste estudo, teorias dos processos interacionais da sala de aula e
do desenvolvimento cognitivo do aluno. Dessa maneira, a teoria da
complexidade perfaz o trabalho para percepção do ensino de línguas como
construção complexa e interdisciplinar de aspectos tanto sociais, culturais
quanto individuais, cognitivos. Assim, acredita-se que a análise das atividades
de Fonética e Fonologia contemplam tanto relações sociointeracionais quanto
aspectos cognitivos e percebem o homem como inscrito num construto
complexo. Portanto, a Fonologia de Uso é utilizada na pesquisa como meio de
construção de análise que corrobora com tal visão. O trabalho, ainda em fase
de levantamento bibliográfico e nas primeiras observações de aula, é parte de
uma dissertação de mestrado.
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
ABORDAGEM DO GÊNERO HISTÓRIA EM QUADRINHOS NA
PROVA BRASIL DE LÍNGUA PORTUGUESA
Núbia Régia de Almeida
Universidade Federal do Tocantins, UFT
A proposta de ensino da língua baseada nos PCNs (1998) e PCNEM (2000) e
Matriz de Habilidades da Prova Brasil (2012) objetiva familiarizar os alunos a
textos de diversos gêneros, principalmente, aos que fazem parte de seu
cotidiano, para que eles consigam reconhecer e compreender a sua
funcionalidade na sociedade. Um dos mecanismos encontrados pelo MEC,
para verificar se as escolas estão colocando em prática o ensino da língua como
preveem as diretrizes oficiais para o ensino, são por meio de avaliações
externas como Prova Brasil, SAEB, ENEM. Neste trabalho, buscou-se realizar
uma pesquisa de análise documental e abordagem qualitativa, com base nos
modelos de questões aplicadas na Prova Brasil, disponíveis nos bancos de
dados dos sites do MEC e INEP os quais compõem o corpus desse estudo.
Sabe-se que a Prova Brasil é uma avaliação institucional que tem como
propósito mensurar os conhecimentos linguísticos dos alunos e suas
competências para entender o texto como construção de conhecimentos em
diferentes níveis de compreensão, privilegiando o uso social da língua nas suas
mais diversas manifestações (BRASIL, 2009). Este artigo visa averiguar como
a Prova Brasil, na avaliação de Língua Portuguesa, aborda os gêneros
multimodais em suas questões, em específico o gênero História em
Quadrinhos e também verificar o tratamento dado a este gênero no exame.
Haja vista, nos últimos anos, a grande inserção deste gênero nos Livros
Didáticos de Língua Portuguesa e também conforme revelado na pesquisa de
Mendonça (2005), um grande interesse das crianças e adolescentes pelas HQs.
Os resultados apontaram a inserção de HQs na avaliação, e identificou-se nas
questões que o tratamento didático favorece o desenvolvimento de capacidades
leitoras específicas deste gênero.
ANÁLISE LINGUÍSTICA: COMO O PROFESSOR DE LÍNGUA
MATERNA (RE) ELABORA ISSO EM SEU DISCURSO E EM SUA
PRÁTICA DE SALA DE AULA?
Oziel Pereira da Silva
Janete Silva dos Santos
Universidade Federal do Tocantins, UFT
A Análise Linguística é uma nova proposta para o estudo/ensino dos
conteúdos gramaticais que direciona o aluno a uma reflexão sobre a função dos
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
recursos linguísticos empregados nos textos, tendo em vista o desenvolvimento
de suas capacidades linguístico-discursivas. Ela surgiu como resposta aos
resultados pouco significativos apresentados pelo modelo tradicional de ensino
quanto às práticas de leitura e produção textual. Enquanto no ensino
tradicional de gramática as atividades metalinguísticas [definição, classificação e
exercitação] têm prioridade, na análise linguística privilegia-se o enfoque
epilinguístico, reflexivo, não mais mecânico e descontextualizado. Faz-se
análise linguística, portanto, não apenas considerando e/ou extraindo do texto
frases, orações e períodos empregados descontextualidamente, mas produzindo
uma atividade de reflexão sobre a linguagem como um todo, abordando os
múltiplos aspectos que a constituem [incluindo-se, os pragmáticos e
semânticos] e a relacionam com as práticas concretas dos sujeitos em situações
reais de interlocução, de modo que leve o aluno a perceber seus diferentes
contextos de uso [da linguagem], a considerar seus interlocutores no momento
de leitura/produção e os diferentes efeitos de sentido, produzidos pelo uso de
um ou outro elemento gramatical. Esta pesquisa, em fase inicial, busca
compreender como o professor constrói seu discurso e sua prática frente às
demandas da análise linguística. Para isso, valer-se-á do método qualitativo
[estudo de caso múltiplo], bem como, das contribuições da Linguística
Aplicada e da Análise de Discurso de linha francesa (Pêcheux e Orlandi).
A ANÁLISE LINGUÍSTICA COMO PROPOSTA DE
RESSIGNIFICAÇÃO DO ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
Oziel Pereira da Silva
Janete Silva dos Santos
Universidade Federal do Tocantins, UFT
As discussões envolvendo a prática tradicional de ensino de língua materna têm
sido recorrentes nas últimas décadas. Esse debate teve início nos anos de 1970
e 1980, quando alguns estudiosos perceberam que o modelo praticado não
conduzia o aluno a uma reflexão sobre a língua e seu dinamismo, posto que
privilegiava (via memorização) o domínio normativo da metalinguagem.
Entretanto, assim como naquela época, o ensino [acrítico] da Gramática
Normativa ainda ocupa tempo significativo das aulas de boa parte dos
professores, confusos, em parte, pelo conflitante emaranhado teórico sobre o
assunto, e, também, por não saberem exatamente O QUE, PARA QUE e
COMO ensinar. Assim, a questionável eficiência dessa prática abriu
precedentes para o surgimento de outras formas de ensino, emergindo, então, a
proposta da Análise Linguística (AL), uma nova proposta para o estudo/ensino
dos conteúdos gramaticais com base em textos que circulam socialmente; que
direciona o aluno a uma reflexão sobre a função dos recursos linguísticos neles
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
empregados, tendo em vista o desenvolvimento de suas capacidades
linguístico-discursivas. Este trabalho objetiva ampliar o debate sobre o ensino
de língua materna e acredita que a prática da AL pode ressignificá-lo
substancialmente, desde que, já na formação inicial, os docentes recebam a
instrumentalização necessária, a fim de evitar a manutenção e a reprodução do
antigo paradigma.
A AVALIATIVIDADE EM RELATÓRIOS DE ESTÁGIO
SUPERVISIONADO
Patrícia Sousa da Silva Cunha
Vilma Nunes da Silva Fonseca
Universidade Federal do Tocantins, UFT
Esta comunicação apresenta discussões de leituras preliminares no âmbito da
Linguística Sistêmico-Funcional (LSF), principal arcabouço teóricometodológico, no desenvolvimento do projeto de pesquisa “A Avaliatividade
na Representação Discursiva do Professor em Relatórios de Estágio
Supervisionado” (PIVIC/UFT/2013). O seu objetivo macro é analisar os
índices de avaliatividade, componente da metafunção interpessoal
(HALLIDAY, 1994), em Relatórios de Estágio Supervisionado da Licenciatura
em Letras/UFT/Câmpus de Araguaína, visando investigar a representação
discursiva dos professores da educação básica no gênero mencionado. No
entanto, na apresentação, situaremos as referências bibliográficas consultadas,
nesta fase inicial da pesquisa, conceituando o gênero Relatório de Estágio
Supervisionado em seus contextos cultural e situacional, enquanto prática
social e escrita acadêmica em suas especificidades sócio-comunicativas. Para
isso, são utilizados os seguintes marcos teóricos da LSF, visando a
fundamentação para a análise proposta: Halliday & Hasan (1989), Halliday
(2002; 2006), Halliday & Matthiessen (2004), Eggins (2004), Martin e White
(2005), White (2004), Vian Jr (2009a, 2009b, 2012). Optou-se pela modalidade
de pesquisa qualitativa, pois os seus procedimentos atendem às prioridades do
estudo. Esta pesquisa em desenvolvimento integra as atividades científicoacadêmicas “Grupo de Pesquisa: Práticas de Linguagens em Estágios
Supervisionados” (PLES/UFT/CNPq).
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
PROPEDÊUTICA ÀS POÉTICAS DA (PÓS) MODERNIDADE:
BREVE CONSIDERAÇÃO DOS FENÔMENOS POÉTICOS DA
POESIA BRASILEIRA DOS ANOS 2010
Raphael Bessa Ferreira
Universidade do Estado do Pará - UEPA
O presente trabalho propõe-se a elencar alguns pontos relevantes imbuídos na
atual problemática da produção poética contemporânea da literatura brasileira,
mais precisamente na poesia produzida em terras tupiniquins nos anos 2010
(segunda década do século XXI, de 2010 a 2013). Dessa forma, discutir os
principais eixos e pontos de referência alinhavados nas atuais escrituras
estéticas oriundas do gênero lírico serão enfocados nessa pesquisa, assim como
averiguar os principais estetas dos diversos fenômenos expressados nessa arte
em dias atuais. Fenômenos estes que dialogam intensamente com os recursos
midiáticos e hipermidiáticos da internet e das redes sociais, jungindo a si os
indícios de uma poética pós moderna. Para isso, serão de grande valia as
contribuições críticas de alguns dos teóricos que comumente vem se
debruçando acerca de tal problemática: Claudio Daniel, em Geração 90: uma
pluralidade de poéticas possíveis; Fabio Cavalcante Andrade, n‟A transparência
impossível: lírica e hermetismo na poesia brasileira atual; e Linda Hutcheon, em Poética
da Pós Modernidade. Ademais, as produtividades poéticas do twitkai, vistas na
obra de Frederico Barbosa; do Poetrix, encontrados nas produções estéticas
manifestas pelo movimento de mesmo nome; bem como a poesia minimalistaconcretista deparada nos recentes trabalhos de Moreno Pessoa, serão
abordadas enquanto predileções inerentes aos fatos ora veiculados nas recentes
obras da poesia brasileira.
O INTERTEXTO E SUA APLICAÇÃO NO ENSINO MÉDIO A
PARTIR DE TEXTOS PUBLICITÁRIOS E PROPAGANDÍSTICOS
Reginaldo Lima Silva
Marcilene de Assis Alves Araújo
Centro Universitário UNIRG
Propõe-se através deste trabalho analisar a construção do sentido em textos
publicitários e propagandísticos, os fatores envolvidos em sua produção e
recepção, destacando os princípios da Textualidade, com ênfase ao aspecto da
intertextualidade, conteúdo e/ou forma, como mecanismo linguístico
responsável pelo efeito de sentido evidenciado nos textos, uma perspectiva
sociointeracionista da Linguística Textual. Partindo disso, busca-se comprovar
que a compreensão dos conceitos de texto e intertextualidade precisa ser
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
construída socialmente em sala de aula para que os alunos se tornem leitores de
sentidos, não só da palavra, levando-os a observar em suas leituras a presença
de outros textos nos textos que leem. Assim, pretende-se frisar que a
intertextualidade pode servir como um enfoque analítico no processo de
ensino-aprendizagem não somente de leitura e compreensão de textos, mas,
sobretudo, de produção textual. Nesse sentido, esse estudo desenvolve-se de
acordo com o postulado dialógico de Bakhtin (1929), de que um texto
(enunciado) não existe nem pode ser avaliado e/ou compreendido
isoladamente: ele está sempre em diálogo com outros textos. Cabe salientar a
representação do sujeito masculino nos textos analisados, as intenções
pretendidas. O corpus de análise dessa pesquisa consta da propaganda “Ford
Planeta Sustentável” e publicidade “Botas Timberland”, publicadas no período
de 2010/2011, que dialogam com textos de Mario Mariotti “Arte nas mãos” e
outros bíblicos. Também é pertinente analisar, a construção do sentido em
anúncios publicitários da loja C&A que dialogam com os contos de Cinderela e
Branca de Neve. Assim, este trabalho tem a intencionalidade de contribuir para
o reconhecimento da intertextualidade como um recurso essencial na
construção do sentido de texto e sua pertinência no ensino de produção
textual. Nesse processo, é imprescindível ressaltar a importância da leitura,
comprovando que o indivíduo que é habituado à leitura, certamente,
encontrará mais facilidade para escrever, uma vez que pela leitura, ele se
apropria das ideias de outros textos.
NOMES DE LUGARES (ACIDENTES HUMANOS) EM LIVROS
DIDÁTICOS DE GEOGRAFIA DO ENSINO FUNDAMENTAL: UM
ESTUDO COM FOCO NO CONTEXTO DA
INTERDISCIPLINARIDADE
Rodrigo Viera do Nascimento
Karylleila dos Santos Andrade
Universidade Federal do Tocantins – UFT
O estudo concentra-se especificadamente na Toponímia. Deixam-se de lado os
nomes de pessoas (antrotopônimos) e tomamos como referencial os nomes de
lugares (topônimos). A Toponímia, como unidades terminológicas que são,
reflete a preservação dos fatos socioculturais e sócios geográficos em
determinado espaço e tempo de uma comunidade, e configuram-se como
importantes “testemunhos históricos” da vida social de um povo. Um
topônimo, em sua criação, é resultado das influências sofridas pelas relações
das diversas áreas do conhecimento: Historia, Geografia, Antropologia, a
própria Linguística, e entre outras. O estudo toponímico apenas pode ser
compreendido e apreendido a partir dos fios tecidos sob os olhares de diversos
113
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
saberes. De acordo com Dick (1992), um estudo toponímico não pode ser
pensado desvinculado de outras ciências. A Toponímia tem caráter
interdisciplinar, uma vez que se volta a outras disciplinas, de acordo com a
formação intelectual do pesquisador. A proposta do trabalho vincula-se ao
estudo da toponímia aplicada ao ensino. Consiste em identificar os nomes de
lugares (acidentes humanos) em livros didáticos de Geografia do ensino
fundamental com foco no contexto da interdisciplinaridade e, apresentar, ainda
que preliminar, uma proposta pedagógica utilizando os topônimos numa
perspectiva interdisciplinar para o ensino fundamental. Para realizar este
estudo, utilizaremos como abordagem teórico-metodológica, no campo da
toponímia, os trabalhos de Dick (2004, 1999, 1992, 1990, 1980), Andrade,
(2012, 2011, 2010) e Fazenda (2001, 2009) e Morin (1990) serão referências no
campo da interdisciplinaridade.
FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES DE LÍNGUA
INGLESA DA EDUCAÇÃO BÁSICA EM TERRAS AMERICANAS:
UMA REALIDADE CADA VEZ MAIS PALPÁVEL
Rosana Maria Martins Fernandes Morales
Diretoria Regional de Gestão e Formação de Araguaína
Este trabalho objetiva fazer um relato de experiência vivenciada por
professores de Língua Inglesa, do Estado do Tocantins, região norte do Brasil
em intercâmbio na Universidade de St. Jonh‟s em Nova York, para
aprimoramento da Língua Inglesa através do programa PDPI – Programa de
Desenvolvimento de Professores de Inglês. O Programa é realizado e
patrocinado pela CAPES, Comissão Fulbright Brasil e Embaixada dos Estados
Unidos em Brasília e administrado pelo Instituto Internacional de Educação.
São 540 professores de todas as regiões do Brasil que, após aprovação na prova
de proficiência (TOEFL) são distribuídos em vários estados americanos para
fazerem um curso de seis semanas. Partindo do pressuposto, que o contato
diário com os falantes da Língua Inglesa, colabora significativamente para a
aprendizagem e aprimoramento das maiores deficiências do professor de
língua inglesa em sala de aula que são listening (ouvir) e speaking (falar), além de
acrescentar o conhecimento cultural que se vê apenas em livros didáticos. A
pesquisa objetiva analisar as contribuições do intercambio na formação do
professor e os impactos na prática docente de três professores, participantes do
intercambio, que atuam na rede estadual do Tocantins na cidade de Araguaína.
As análises foram desenvolvidas a partir de observações da participação dos
professores nas oficinas, aulas práticas e teóricas, conversação, curso de inglês
online e imersão cultural e com base na reflexão sobre o que propõe os
Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino de Língua Inglesa (PCNs
114
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
2002) e os aportes teóricos, (Tardif 2008); (SOUZA, 2006); (COX & ASSISPETERSON, 2007). O estudo mostra que a oportunidade em si de participar de um
intercâmbio no exterior estimula o professor para buscar aperfeiçoamento profissional e busca
melhorias para a prática docente.
CRENÇAS SOBRE O PROFESSOR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA:
UM ESTUDO A PARTIR DAS METÁFORAS NO DISCURSO DE
PROFESSORES EM FORMAÇÃO
Rosemeire Parada Granada Milhomens da Costa
Universidade Federal do Tocantins-UFT
O processo de formação inicial de professores de LE vai orientar a futura
conduta docente, bem como a imagem que esse futuro profissional vai cultivar
de si enquanto professor. Assim, conhecer e interpretar as crenças que
envolvem esse processo pode ser um caminho de intervenções favoráveis na
formação de profissionais atuantes nesta área. Portanto, este trabalho apresenta
uma investigação realizada por meio da análise de metáforas nas narrativas dos
professores em pré-serviço buscando identificar, de acordo com esses sujeitos,
qual a imagem do professor de LE assumida por eles. A pesquisa foi realizada
em um Centro Universitário situado no sul do Tocantins e teve como
participantes dois grupos de graduandos em Letras, buscando responder aos
seguintes questionamentos: (i) Qual a imagem que esses professores em préserviço têm sobre a imagem do professor de LE? (ii) De que modo o que é
dito metaforicamente pelos professores de LE em pré-serviço sobre o
professor de LE interfere na formação acadêmica desses futuros professores?
Os dados gerados foram discutidos de acordo com perspectivas pragmáticas e
perspectivas teóricas da metáfora, bem como a partir de teorias que envolvem
crenças, formação de professores, ensino de LE, com viés da linguística
aplicada. A análise das narrativas escritas pelos participantes revelou
basicamente quatro categorias de profissionais de LE: A) ARTIGO DE
LUXO, B) PAI/MÃE, C) GUERREIROS e D) DESAGRADÁVEIS. Embora
essas categorias tenham sofrido algumas variações entre os dois grupos de
participantes, a ideia central se fixou nas quatro categorias apresentadas.
115
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
MAMONAS ASSASSINAS - DA UTOPIA ÀS SÁTIRAS: UMA
PROPOSTA DE PRODUÇÃO ERÓTICA NA ESCOLA
Rosielson Soares de Sousa
Universidade Federal do Tocantins, UFT
Mesmo com toda a “liberação sexual” ocorrida nos anos de 1960 até 1970, as
questões de ordem, quanto à Orientação Sexual no ensino, baseiam-se em
concepções arraigadas e professadas pelo discurso religioso de fala moralizante
dos rituais sacros. Sendo assim, este trabalho tem por objetivo desenvolver no
educando (leitor/escritor) práticas de escrita erótica nas aulas de língua
portuguesa, e estas ancoradas no CD de 1995, das Mamonas Assassinas, como
protótipo satírico construído na pós-modernidade. Para isso, tomar-se-á como
fundamentação teórica - Louro (1997), Saliba (2002), Foucault (1985), PCNs
(1998), dentre outros.
A FORÇA DO DESEJO HOMOERÓTICO NA OBRA O BOM
CRIOULO, DE ADOLFO CAMINHA
Rubenilson Pereira de Araujo
Flávio Pereira Camargo
Universidade Federal do Tocantins, UFT
A proposta desta comunicação é analisar o romance O bom crioulo, de Adolfo
Caminha (1895) à luz dos estudos críticos de literatura e homoerotismo. Esta
obra clássica é considerada pioneira nos estudos homoeróticos na literatura
brasileira por apresentar na trama central do romance um relacionamento
homoerótico. Notamos no desenvolvimento do enredo da referida narrativa a
predominância dos espaços de homossociabilidade (interior do navio em alto
mar e no quarto localizado à Rua da Misericórdia) nos quais o relacionamento
entre Amaro e Aleixo se desencadeia. Além disso, podemos notar o paradoxo
da (des)construção simbólica dos corpos dos dois personagens: enquanto
Aleixo edifica-se como homem sob o prisma da heteronormatividade
compulsória, a partir do momento em que passa a manter um relacionamento
afetivo e sexual com a portuguesa Carolina, Amaro, o “Bom Crioulo”, definhase à medida que assume publicamente o seu desejo homoerótico por Aleixo.
Há, nessa narrativa, ritos explícitos de iniciação do personagem Aleixo em
experiências sexuais típicas da homo/heteronormatividade, constituindo-se,
portanto, como uma narrativa de formação. Situando-a ainda no espaço
temporal, há a reiteração da homossexualidade, compreendida e representada
discursivamente a partir de um ponto de vista patológico, característico de uma
época marcada pelo cientificismo e pela descoberta das mazelas sociais na
116
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
estética literária denominada Naturalismo. Além disso, podemos verificar o
posicionamento discriminatório e preconceituoso do narrador assim como os
valores depreciativos referentes às práticas discursivas de subjetivação dos dois
personagens. Nesse sentido, na narrativa em questão a homossexualidade é
associada a uma perspectiva pejorativa a partir de um processo de
subalternização dos personagens homoafetivos, cujo desejo é alijado na e pela
sociedade da época, impondo a Amaro e a Aleixo uma degradação moral e
social.
PERSPECTIVAS TEMÁTICAS E IMAGÉTICAS DE USO DA
LITERATURA TOCANTINENSE PARA A FORMAÇÃO DE
LEITORES
Rubens Martins da Silva
Colégio Estadual Adolfo Bezerra de Menezes
O presente trabalho apresenta o resultado de atividades didático-pedagógicas
realizadas com alunos do Ensino Fundamental para a formação de leitores a
partir do estudo de obra literária tocantinense “O Quati e outros contos” de
Fidêncio Bogo (2001). Teoricamente as atividades desenvolvidas ancoraram-se
nas concepções teóricas de Wolfgang Iser (1996); de Paul Ricouer (2005); dos
Parâmetros Curriculares Nacionais (1998); da Proposta Curricular do Ensino
Fundamental do Tocantins (2008); de Eni Orlandi (2006); e de Magda Soares
(1999), dentre outras. A inquietação problemática surgiu da necessidade de
analisar e constatar a contribuição que a literatura tocantinense oportuniza para
a formação de leitores. Assim, a metodologia aplicada ocorreu por meio de
estudos nas aulas de Língua Portuguesa envolvendo alunos do 6º e 7º ano,
mediante a realização de leituras dirigidas, de debates, de produção de textos
pelo foco temático e, de representação dos assuntos pelo foco imagético.
Nesse foco, os resultados alcançados revelaram a capacidade articulatória que
os alunos têm para lidarem com a constituição de competências e habilidades
de leitura. Diante disso, as práticas de leitura centraram-se no foco da leitura
temática (inscrita nas perspectivas dos Temas Transversais) e, imagética
(inscrita na abordagem metafórica). Pela temática, seguido as relações com os
temas transversais. Pela imagética, consolidando a capacidade de entendimento
do texto com sua representação através de imagens, desenhos.
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
A CONSTRUÇÃO POÉTICA MULTIFACETADA EM FILINTO
ELÍSIO
Rute Maria Chaves Pires
UEMA/CESI- GELITI
O presente trabalho faz parte do percurso trilhado pela autora como membro
do Grupo de Pesquisa GELITI – Grupo de Estudos Literários e Imagéticos, da
Universidade Estadual do Maranhão-UEMA, na linha de pesquisa Da palavra à
imagem, da imagem à palavra. Esta comunicação tem por objetivo fazer um estudo
sobre a construção poética multifacetada da obra do autor cabo-verdiano
Filinto Elísio. São corpus de investigação deste estudo os livros: “Das frutas
Serenadas” (2007), explícito diálogo entre os recursos poéticos e as imagens
gustativas que se formam a partir destes; “Li Cores & Ad Vinhos” (2009),
coquetel etílico e visual de sinestesias e metáforas polivalentes na construção de
uma obra que se completa numa ilustração que lhe é pertinente, sem, no
entanto, lhe ser uma leitura; e “Mexendo no baú. Vasculhando o U” (2011),
última incursão do autor (por enquanto) em busca da mais alta escala
poético/visual através de uma coletânea de poemas/quadros costurados a
quatro mãos, a saber, as pinturas de Luís Geraldes, que deságuam num outro
diálogo, agora sonoro, no CD que o acompanha. Esse percurso trilhado por
Elísio nos faculta olhares e possíveis investigações acerca da construção da sua
obra, bem como inseri-lo no processo de discussão desse Encontro que tem
como tema: Identidades africanas na produção audiovisual em África e na sua
diáspora.
A MÚSICA NO CONTEXTO ESCOLAR:
ANÁLISE LITERÁRIA VERSUS ANÁLISE DO DISCURSO
Sádia Maria Soares Azevedo Rocha
SEDUC/UFT/PALMAS
O presente trabalho foi idealizado com a intenção de oferecer aos professores
de Língua Portuguesa recursos didáticos e pedagógicos para que as aulas do
ensino da Língua Materna sejam significativas. As temáticas abordadas neste
estudo são análise linguística e literária da música Ciranda da Bailarina dos
compositores Chico Buarque e Edu Lobo. Os objetivos deste trabalho são:
primeiro oportunizar a leitura do gênero textual-música, perpassando pelas
figuras de linguagens, pelos recursos poéticos (versos, estrofes, ritmos, rimas,
repetições e aliterações) conteúdos que os alunos e professores devem adquirir
para desenvolver as habilidades de leitura e produção de textos, previstas no
ensino da Língua Portuguesa e em segundo lugar oportunizar a discussão sobre
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
a música em estudo e o desenvolvimento de habilidades de análise linguística e
análise do discurso, com a finalidade de despertar sobre como os autores
selecionam diversos recursos da língua ao elaborarem os seus textos, com
ênfase na abordagem que os compositores estabelecem dentro da literatura
para expressar determinados contextos históricos e sociais. Recorremos à
prática do ensino de leitura nas obras de Koch (2009) e Antunes (2003) em que
as atividades docentes devem garantir leituras diversificadas e motivadoras,
tendo como meta uma atividade crítica, que extrapole a mera decodificação de
palavras e chegue à interpretação dos aspectos ideológicos do texto. Além
disso, buscamos aporte teórico para o desenvolvimento da compreensão leitora
nas estratégias de ensino apontadas por Kleiman (1995) e a visão de Bakhtin
(2006) e Maingueneau (vários) para trabalhar com a análise do discurso. E para
finalizar o trabalho buscamos informações acerca da vida dos compositores da
música em estudo, para fortalecer a importância de se conhecer o autor do
discurso.
RELATÓRIOS DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO: GÊNERO E
REGISTRO NA LSF
Samaritana de Moura Barbosa
Vilma Nunes da Silva Fonseca
Universidade Federal do Tocantins – UFT
Esta comunicação apresenta discussões de leituras preliminares no âmbito da
Linguística Sistêmico-Funcional (LSF), principal arcabouço teóricometodológico, no desenvolvimento do projeto de pesquisa “Representação
discursiva do professor em Relatórios de Estágio Supervisionado: análise dos
contextos de cultura e de situação focalizando o gênero e o registro da
produção escrita” (PIBIC/UFT/2013). A investigação analisa a escrita
acadêmica do gênero Relatório de Estágio Supervisionado da Licenciatura em
Letras/UFT/Câmpus de Araguaína, visando investigar a representação
discursiva dos professores da educação básica no gênero mencionado. Na
apresentação, situamos as referências bibliográficas consultadas, nesta fase
inicial da pesquisa, conceituando o gênero Relatório de Estágio Supervisionado
em seus contextos cultural e situacional, enquanto prática social e escrita
reflexiva em suas especificidades sócio-comunicativas. Para isso, são utilizados
os conceitos de gênero e registro vistos em Halliday & Hasan (1989), Eggins e
Martin (2007). Optou-se pela modalidade de pesquisa qualitativa, pois os seus
procedimentos atendem às prioridades do estudo. Esta pesquisa em andamento
integra as atividades científico-acadêmicas do “Grupo de Pesquisa: Práticas de
Linguagens em Estágios Supervisionados” (PLES/UFT/CNPq).
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
ANÁLISE DE HISTÓRIA EM QUADRINHOS POR MEIO DA
GRAMÁTICA REFLEXIVA
Schaony Sindy de Sousa
Aurea Maria Sampaio Teles
UNIRG - TO
Este trabalho é parte do subprojeto de Letras cadastrado no Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência do Centro Universitário UnirG,
no qual apresenta o trabalho com os gêneros textuais na sala de aula como
uma prática que visa resultados significativos para o ensino em diversos
contextos. Visando à eficácia de leitura e interpretação de História em
Quadrinhos, com turmas do 6° anos da Escola Municipal Gilberto Rezende
Rocha Filho, de Gurupi – Tocantins, levando o aluno a interpretar a linguagem
visual e a verbal, com coerência e clareza, desenvolvendo o espírito de
observação e de análise, para tornar-se capaz de produzir trabalhos
semelhantes. A partir dos estudos de Travaglia (1995), em sua obra “Gramática
e interação: uma proposta para o ensino de gramática” propõe que o ensino
seja voltado para uma gramática reflexiva e de uso, tendo a gramática teórica e
a normativa apenas como auxiliares, utilizando sempre da interação do texto
como um todo. Acrescenta que há também um trabalho sobre recursos
linguísticos que o aluno ainda não domina, ampliando sua capacidade de uso e
realizando um ensino produtivo e não apenas descritivo, por atividades
reflexivas voltadas à semântica e à pragmática. Ao longo do nosso trabalho,
procuramos apresentar o gênero textual História em Quadrinhos, por meio de
oficinas, com o objetivo de demonstrar a eficácia da leitura, suas características
e principalmente o encadeamento lógico do texto sob práticas pedagógicas tais
como: ludicidade, condições para que o aluno experiencie novos
conhecimentos de tal forma que, as dúvidas sejam dirimidas, com jogos em que
evidenciavam conceitos relativos à produção e o encadeamento lógico do texto
e como atividade final a produção das histórias em quadrinhos. Portanto, foi
possível desenvolver nos alunos mais do que decoração e repetição de algo lido
ou ouvido, mas a capacidade de analisar e criticar algo pelas próprias faculdades
por meio de atividades lúdicas, aproximando-os assim da compreensão, troca
de conhecimentos e valores.
120
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
A SITUAÇÃO SOCIOLINGUÍSTICA DOS APINAYÉ: USOS E
FUNÇÕES DAS LÍNGUAS EM SITUAÇÃO DE USO DE ACORDO
COM OS DOMÍNIOS SOCIAIS DAS ALDEIAS SÃO JOSÉ E
MARIAZINHA
Severina Alves de Almeida
Universidade de Brasília - UnB
Apresentamos resultados de uma pesquisa com os Apinayé, indígenas do norte
do Estado do Tocantins. O estudo se deu nas aldeias São José e Mariazinha,
considerando os usos e funções das línguas materna e portuguesa, de acordo
com os domínios sociais das comunidades. Os dados, gerados
quantiqualitativamente, foram coletados mediante aplicação de questionário
sociolinguístico (FISHMAN, 1967; ALBUQUERQUE, 1999). A pesquisa se
configura como quantiqualitativa, tendo como base os estudos de Günther
(2006) e Vasconcelos (2009). É também uma etnografia com observação
participante a partir das teorias de Erickson (1984); Ezpeleta & Rockwell
(1989); e Beaud & Weber (2007). O corpus investigado é composto de
entrevistas realizadas com lideranças e professores Apinayé, diários e notas de
campo. Utilizamos, para análise dos conceitos de Bilinguismo: Grosjean (1982),
Hamers & Blanc (2000). Sobre Educação Indígena, Cabral (2001); Lopes da
Silva (1994); Maher (2005); Grupioni (2002); sobre os Apinayé, Nimuendaju
(1983); Da Matta (1976); e Albuquerque (1999; 2007). Os resultados constatam
que os Apinayé são Bilíngues (Apinayé/Português) e que apesar da língua
portuguesa estar presente em domínios sociais de exclusiva competência da
língua materna, os indígenas se mobilizam no sentido de preservar seus
aspectos culturais e linguísticos.
A LÍNGUA DOS “FILHOS ERRANTES DA SOCIEDADE”:
DISCURSO, PODER E DISCRIMINAÇÃO NAS GÍRIAS DO
SISTEMA PENITENCIÁRIO DO INTERIOR DO TOCANTINS
Solange Cavalcante de Matos
Universidade de Brasília (UnB)
Instituto Federal do Tocantins (IFTO) – Campus Gurupi
O presente artigo tem como objetivo analisar, com base nos pressupostos
teóricos da Sociolinguística Interacional, as relações de poder, a ideologia e o
preconceito linguístico inerentes à linguagem dos reeducandos do Sistema
Penitenciário do Estado do Tocantins, mais especificamente das cidades de
121
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
Gurupi e Cariri. Pretende-se, outrossim, investigar o papel desses vocabulários
na interação verbal entre os detentos e entre estes e os policiais, analisando
como essa linguagem é usada como subterfúgio para dificultar as investigações
criminais e facilitar a prática de crimes. Para tanto, optou-se pelo modelo
teórico-metodológico da Sociolinguística Interacional (GUMPERZ, 1988 e
GOFFMAN, 2012), numa abordagem qualitativa de análise dos dados, posto
que tem como objetivo a obtenção de dados descritivos a partir do contato
direto com os informantes, procurando analisá-los criticamente e a partir da
realidade sociocultural, o que confere à pesquisa uma perspectiva etnográfica.
Para a geração dos dados, utilizamos a entrevista semiestruturada e a
observação participante, uma vez que essas técnicas são mais vantajosas por
permitir uma maior interação entre o entrevistado e o entrevistador. Os
resultados revelam que a linguagem de grupos como esse tende a ser cifrada e
metafórica, pois os falantes transferem o sentido de um termo para outro, com
o objetivo de não serem compreendidos por pessoas não pertencentes ao
grupo, contribuindo, assim, para a identificação e hegemonia do grupo e para o
sucesso do planejamento e execução das ações criminosas.
FORMAÇÃO CONTINUADA: PERCURSOS ENTRE A TEORIA E A
PRÁTICA DE LEITURA
Tânia do Socorro Ferreira da Silva
Maria José de Pinho
Universidade Federal do Tocantins
Apresentaremos os resultados parciais de uma pesquisa intitulada “A
interferência da formação continuada nas práticas de leitura dos professores”.
Neste trabalho, estamos investigando se a formação do Gestar ofereceu
subsídios teóricos sobre os mecanismos de leitura para que os professores
aprimorassem sua prática de leitura, em sala de aula e fora dela. Sabemos que o
gosto pela leitura só acontece quando entremos em contato com os mais
variados tipos de textos, ou seja, quando lemos, e o ato de ler é um processo
que exige aprendizado. Portanto, nosso objetivo é analisar se a formação do
Gestar – Gestão da Aprendizagem Escolar - ofereceu subsídios teóricos sobre
os mecanismos de leitura para que os professores aprimorassem sua prática de
leitura. Estamos pesquisando os professores que participaram dessa formação
continuada e que atuam nos nonos anos, de duas escolas da rede pública
estadual ensino, na cidade de Tocantinópolis. Estamos priorizando o tipo de
pesquisa estudo de caso numa abordagem qualitativa. O aporte teórico
utilizado é dá área da Formação de Professores e de Leitura. E para a coleta
dos dados fazemos uso de entrevistas semi-estrururadas e da História Oral,
122
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
onde focamos na reconstituição do percurso realizado pelos professores de
Língua Portuguesa no desenvolvimento de sua prática de leitura.
LAPTOP EDUCACIONAL NA SALA DE AULA: EXPECTATIVAS,
PERSPECTIVAS E PRÁTICAS EM DUAS ESCOLAS
TOCANTINENSES
Tânia Maria de Oliveira Rosa
Luiza Helena Oliveira da Silva
Universidade Federal do Tocantins-UFT
O trabalho trata-se de uma pesquisa em fase inicial que objetiva analisar como
a inserção dos laptops educacionais pode contribuir para a inovação da prática
docente em duas escolas públicas situadas no norte do Tocantins, piloto no
Projeto Um computador Por Aluno (UCA). O Projeto visa à melhoria da
qualidade da educação por meio do uso pedagógico do computador e internet.
Este trabalho analisa, na perspectiva da semiótica discursiva de linha francesa,
os procedimentos de tematização e de figurativização da prática docente em
relatórios de aula dos professores e depoimentos dos alunos que participaram
da experiência piloto do Projeto UCA. A análise dos dados é realizada sob o
viés da semiótica discursiva, a partir de BERTAND (2003), FIORIN (2010),
BARROS (2011) E RISTER e SILVA (2013). A pesquisa consiste em um
estudo de caso com abordagem qualitativa de caráter interpretativista. Na qual
analisa as expectativas, experiências e avaliações das atividades desenvolvidas
pelos docentes e alunos como proposta do projeto; as potencialidades do laptop
educacional na sala de aula como um recurso pedagógico e seus efeitos na
prática docente durante a implantação do Projeto UCA, no período letivo de
2009 a 2012, sendo efetivado no ano de 2013 como uma política pública
Programa Um Computador por Aluno- PROUCA. A fase inicial da pesquisa
mostra o olhar dos docentes diante da nova perspectiva de ensino, as
contribuições e implicações decorrentes da inclusão digital na sala de aula.
O ASPECTO NAS METÁFORAS VERBAIS: (RE)CONHECENDO
UM MUNDO CONHECIDO
Thabyson Sousa Dias
Universidade Federal do Tocantins
Este estudo tem por objetivo analisar e descrever metáforas com verbo de ação
aspectual cursiva e iterativa no PB e no Inglês, bem como observar se o
significado aspectual interfere na interpretação das ocorrências metafóricas e
verificar se a (ir)regularidade interpretativa encontrada nas ocorrências
123
I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
metafóricas ocorre de maneira semelhante em ambas as línguas. Para análise e
discussão dos dados, adotamos a Teoria Interacionista de Max Black, pois ela
valoriza a interação entre o tópico e o veículo da metáfora. Para a realização
deste estudo utilizamos a metodologia elaborada por Moura (2011) e Fossile
(2011). Assim, coletamos na web metáforas reais do PB com o verbo iterativo
chicotear e com o verbo cursivo dançar. Também retiramos da web metáforas
reais do Inglês com o verbo iterativo to whip e com o verbo cursivo to dance.
Verificamos que as regularidades interpretativas encontradas ocorrem de
maneira semelhante em ambas as línguas. Analisamos que as paráfrases das
metáforas com verbos de ação aspectual cursiva e iterativa são influenciadas
pelos sentidos literais dos verbos em questão, e que a interpretação metafórica
de ambas as línguas são influenciadas pelo valor aspectual, o qual está inerente
ao radical dos verbos. Averiguamos ainda que marcas verbais como NDO e
ING, por exemplo, reforçam o valor aspectual cursivo. Nossos resultados
demonstram que qualquer sentença metafórica com verbo de ação aspectual
iterativa ou cursiva é interpretada de uma única maneira, isto é, a partir da
interação entre o tópico e o veículo.
O ENSINO DO PORTUGUÊS NA MODALIDADE ESCRITA PARA
ALUNOS SURDOS USUÁRIOS DA LÍNGUA DE SINAIS
Thawana Pires Silva
A população surda é grupo linguisticamente minoritário, inserido em um grupo
majoritário, que neste caso são os falantes do Português. Analisando esse
contexto, percebemos ser necessário que os alunos surdos tenham um ensino
bilíngue, que usem a língua de sinais como mediadora do ensino de Português.
Todavia, para que isso ocorra, é importante dar suporte aos professores, e, por
isso, este trabalho explicará a relevância da criação de um dicionário interativo
bilíngue da terminologia do Português, sendo que este material não irá
substituir o livro didático, mas será um auxilio para o professor.
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
OS TEMAS TRANSVERSAIS, A TEORIA DO TERCEIRO
EXCLUÍDO E A TEORIA DO TERCEIRO INCLUÍDO:
NECESSIDADE DE UM NOVO OLHAR
Vanessa Rita de Jesus Cruz
Flávio Pereira Camargo
Universidade Federal do Tocantins, UFT
Neste resumo, temos como objetivo discutir algumas questões sobre a
abordagem da temática da sexualidade em um dos documentos que norteiam a
educação, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Esse período de
complexidade em que vivemos exige uma escola mais plural, inclusiva,
democrática e criativa, que se preocupe com questões sociais, que nossos
educandos sejam capazes de tornar o aprendizado significativo, que respeitem
o meio ambiente, que suas ações sejam pautadas pela ética, que respeitem as
diferenças culturais e o outro que não se encaixa na matriz heterossexual da
sociedade. Nesse contexto, torna-se urgente e necessária uma prática
educacional que compreenda a realidade social e preocupe-se com a
coletividade, o que inclui os sujeitos e o ecossistema de um modo geral. Assim,
é que se passa a incluir nos PCN do Ensino Fundamental os chamados Temas
Transversais, que discutem questões da Ética, da Pluralidade Cultural, do Meio
Ambiente, da Saúde, da Orientação Sexual e do Trabalho e Consumo. Essa
educação, voltada para a cidadania, exige que o processo de ensinoaprendizagem inclua no currículo questões sociais que proporcionem aos
alunos uma reflexão sobre elas. Por ora, nos deteremos nesse trabalho com
apenas um tema transversal: a Orientação Sexual. Esse é um tema que ainda é
considerado por alguns professores como tabu, embora já esteja previsto nos
PCN a sua abordagem. Podemos dizer que a inclusão dessa temática nos PCN
representa um avanço para o campo educacional, sobretudo por se tratar de
um documento que rege a educação no país. Porém, essa inclusão não garante
efetivamente que a referida temática, assim como as demais, seja trabalhada no
espaço escolar. A educação para a cidadania que se pretende envolve o respeito
às diferenças e à diversidade, portanto, essa temática merece a devida
intermediação em sala de aula.
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
TOPONÍMIA E ENSINO: OS NOMES DE LUGARES DE ORIGEM
INDÍGENA NOS LIVROS DIDÁTICOS DE GEOGRAFIA DO
ENSINO FUNDAMENTAL, CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Verônica Ramalho Nunes
Karylleila dos Santos Andrade
Universidade Federal do Tocantins, UFT
O presente estudo está voltado para a toponímia, e está relacionada a análise
linguística, seu objeto de estudo, constitui um caminho possível para o
conhecimento do modus vivendi das comunidades linguísticas, que ocupam ou
ocuparam um determinado espaço. Quando um indivíduo ou comunidade
linguística atribui um nome a um acidente humano ou físico, revelam-se aí
tendências sociais, políticas, religiosas, culturais. Toponímia vem do grego topos
“lugar” e onoma “nome”. Estuda o nome dos lugares e designativos geográficos:
física, humano, antrópico ou cultural. As particularidades da toponímia são a
busca pela etimologia, o caráter semântico da palavra e suas transformações
linguísticas, principalmente as fonético-fonológicas e as morfológicas. É uma
disciplina que se dedica ao estudo dos nomes dos lugares (municípios, cidades,
vilas, estados), norteada pela função onomástica. Em sua formação, um
topônimo recebe influências internas e externas que podem ser únicas ou
combinadas (simples, composto, híbrido). Essas influências podem vir das
condições geográficas, históricas, culturais, sociais, etimológicas, semânticas,
linguísticas ou taxionômicas. A Toponímia constitui-se de conhecimentos
oriundos da História, da Geografia, dos estudos culturais, linguísticos e até
dialetológicos, ocupa-se de um recorte específico do léxico de uma língua, a
saber, os nomes próprios dados a lugares chamados “topônimos”. A proposta
deste estudo vincula-se ao estudo da Toponímia aplicada ao ensino, cujo
objetivo é realizar um estudo dos nomes de lugares de origem indígena nos
livros didáticos de geografia do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. Neste
estudo, propõe-se uma inter-relação entre os conhecimentos, articulando-os e
interagindo as informações que circulam pelas diferentes áreas do saber.
Entende-se que o saber toponímico articula saberes geográficos, históricos,
biológicos, antropológicos, além, dos saberes linguísticos.
AS PEDRAS NA OBRA POÉTICA DE CORA CORALINA
Walace Rodrigues
Universidade Federal do Tocantins – UFT
Este escrito tenta subsidiar professores e estudantes de literatura a trabalharem
com poesia brasileira em suas aulas e seus estudos. Tenta-se mostrar, aqui, as
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I SILLETO - UFT, ARAGUAÍNA, NOVEMBRO 2013
várias possibilidades sensoriais que um bom poema pode nos fornecer,
estimulando-nos a sentir com mais intensidade, a viver com mais fervor e a
pensar com mais inventividade. Como exemplo da riqueza estética que a poesia
pode fornecer utilizo-me aqui das várias interpretações sobre “pedra” na poesia
de Cora Coralina, uma das mais importantes e representativas poetisas de
língua portuguesa, uma mulher interiorana que soube descrever cada pequeno
detalhe interior e exterior da vida humana. Em sua obra poética a figura da
pedra é recorrente e remete a uma grande variedade de referências e
interpretações, dando-nos a dimensão criativa desta poetisa de primeira linha.
Devo lembrar, ainda, que as interpretações dadas por este escrito sobre o uso
da palavra "pedra" na poesia de Cora Coralina são apenas sugestões imagéticas,
pois elas evocam ideias associativas, de ordem abstrata e sensorial para cada
leitor. É com imagens que o poeta inunda nossa imaginação e nos toca os
sentidos, por isso a intenção de trazer para este texto as possíveis relações entre
a palavra “pedra” e as múltiplas significações dadas pela poetisa demonstram a
importância sensível e a riqueza compositiva das imagens em poesia.
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