A Origem da noção de Pessoa (MOREIRA, V. De Carl Rogers a MerleauPonty, cap.7: “A origem da noção de pessoa.”) UNIP AHP Profa. Msc.Carolina Brum Fev. 2011 • Palavra pessoa: origem no verbo personare = soar através de. • Personare: deriva da palavra etrusca Phersu = máscara teatral. • Pessoa relacionada à máscara. • Teatro grego: máscara é o que disfarça, cumpre função de aproximar os atores e o público, formando o personagem. • Teatro clássico: serve para representar tipos e não indivíduos. Máscara trágica: representa tipos sociais. • Ao representar uma classe social, fig. heróica ou cat. humana: ênfase nas funções e papéis sociais. • Rei, sacerdote, pastor... A máscara individualiza personagem mas não o torna um suj. psicológico, uma pessoa individual. • Teatro diferente de cinema. • Máscara impede as representações espontâneas ou realistas, afastando e espectador do ator. • Cheia de contradições: mostra e esconde. • Homem simultaneamente sujeito e objeto de suas ações. Um ser aberto ao mundo e por ele perpassado, mas nunca o seu centro. • Se o destino é imperativo, devemos combatê-lo até o fim, sem nos entregarmos! Édipo • Filho de Laio e de Jocasta, foi abandonado ao nascer no Monte Citerão, já que Apolo havia predito a seu pai que se ele gerasse um filho, este o mataria. Foi encontrado e levado ao rei de Corinto, que o adotou. Ao saber ser adotado, Édipo resolveu consultar o oráculo de Delfos para saber sua real origem. A resposta foi que, não somente mataria seu pai, mas desposaria sua própria mãe, gerando uma raça maldita. Para evitar uma tragédia, fugir de Corinto, deixando para trás Pólibo e Peribéia, quem de fato acreditava serem seus pais verdadeiros. Na viagem se deparou com Laio e sua escolta, lutaram e Édipo o matou. Chegando à Tebas, se deparou com a Esfinge instalada à entrada da cidade que lhe propôs um A pessoa na civilização antiga • Cidadão nascido livre # escravo • O homem antigo não escolhia suas crenças, apenas submetia-se. Escravo do Estado. • Pessoa não tinha valor perante a autoridade religiosa, do Estado. O escravo, mulher, estrangeiro não eram considerados pessoas. • Fim da tragédia grega: extingue-se o homem trágico, solitário, dicotômico e em busca da verdade absoluta. • Agente responsável, centrado em seus atos, que assumiria seu destino. • Homem se põe no centro do universo enquanto razão e se esquece de suas origens míticas. • Séc. IV a.C.: necessidade de reconstrução do interior e alcançar objetivos através da cs. moral e do poder da razão. • Concepção cristã de pessoa: • • • • • • Pessoa é substância – Sto. Agostinho É substância individual de natureza racional. Noção ligada ao cristianismo. Natureza da relação e da auto-relação. Eu como cs. Ser inteligente, pensante e com raciocínio. • Importância da memória de si mesmo. É o que dá sentido ao ser pessoa em várias situações. • Capacidade do homem em representar seu próprio eu é o que o engrandece diante de outros animais. • Pessoa como ser-aí (Heidegger) • Pessoa como unidade individual em relação aos outros. • Homem passa a ser um todo indivisível (unidade precede a multiplicidade). Acaba a noção de multiplicidade do Homem. Ele deixa de ser fruto da intersecção de várias realidades (matéria, idéias, transcendente...). • Ainda presente o dualismo corpo e alma = bem e mal; interior e exterior. • Visão do cristianismo: toma uma de suas partes (alma) para definir o homem total. • Visão do senso-comum: homem é o exterior e a alma é o interior. • Pessoa como unidade individual (noção até hoje). • Renascença: culto ao homem aparece na pintura, literaturas e produção artística. • A pessoa se forma a partir da interação indivíduo – meio.