Contabilidade
IST – TAGUS PARK
2007/2008
1
Contabilidade
Âmbito e objectivos
Processo de identificar, medir e comunicar
informação económica para os decisores
 SIG – Sistemas de Informação para a Gestão
 Instrumento de gestão indispensável para
qualquer organização

2
Contabilidade
Âmbito e objectivos
Tomada de
decisão
Actividade
económica
Sistema de Informação contabilístico
Identificar
Medir
Comunicar
3
Contabilidade
Âmbito e objectivos
Proporcionar conhecimentos que permitam ler,
analisar e interpretar informação financeira
 A informação financeira correctamente
analisada e interpretada é fundamental para a
tomada de decisão

4
Contabilidade
Utilizadores e finalidades

Gestores: Tomada de decisão

Empregados: Remunerações, evolução
carreira, regalias sociais

Accionistas: Rendibilidade, dividendos

Investidores: Risco do investimento
níveis estratégico, táctico e operacional
comprar, vender, manter
5
Contabilidade
Utilizadores e finalidades





Financiadores: Risco de crédito
Fornecedores: Créditos detidos
Clientes: Continuidade
Departamentos do Estado: Regulação,
tributação, rendimento nacional
Público: Impacto económico e social
6
Contabilidade
Principais Divisões
Contabilidade financeira:
recolhe e processa a informação
necessária à preparação das
demonstrações financeiras tendo em
vista a sua divulgação aos interessados
 Objectivo: comunicação externa

7
Contabilidade
Principais Divisões


Contabilidade de gestão:
procede à mensuração, acumulação e controlo
dos custos dos produtos/serviços fabricados e
vendidos para apoio à tomada de decisão
Objectivo: divulgação interna
• Estrutura de custos
• Orçamentação
• Controlo da execução
8
Contabilidade
Normalização
Permite analisar e comparar, de forma
consistente, as situações patrimoniais e
os resultados das empresas
 Conjunto de regras e princípios por
todos aceites e utilizados

9
Contabilidade
Normalização-organismos
CNC – Comissão de Normalização Contabilística
(PORTUGUESE ACCOUNTING STANDARDS BOARD)
Promover estudos para adopção de princípios, conceitos
e procedimentos contabilísticos e implementar em
Portugal os últimos desenvolvimentos contabilísticos
internacionais
• POC – Plano Oficial de Contabilidade
• Transposição de directivas comunitárias
10
Contabilidade
Normalização-organismos
• IASC-International Accounting Standards Committee:
formado por 16 associações de profissionais de todo o
mundo, emite regularmente as NIC (Normas
Internacionais de Contabilidade)
• União Europeia (Accounting Advisory Forum):
emite directivas com o objectivo de normalizar as
demonstrações financeiras dos estados-membros da
UE
11
Contabilidade
Processo contabilístico
A contabilidade regista todas as transacções comerciais
factos que afectam a posição financeira da empresa
Quando é que o facto deve ser registado?
(Reconhecimento)
Como é que o facto deve ser valorizado?
(Valorização)
Como é que o facto deve ser classificado?
(Classificação)
12
Contabilidade
Princípios contabilísticos
São regras e guias para a contabilidade
que estabelecem os critérios a usar na
mensuração (valorimetria), o momento
do reconhecimento e a afectação dos
custos e dos proveitos
13
Contabilidade
Princípios contabilísticos

Continuidade:
A empresa opera de forma contínua, com duração
ilimitada

Consistência:
A empresa não altera as suas políticas
contabilísticas de um exercício para o outro

Custo histórico:
Os registos contabilísticos devem basear-se em
custos de aquisição ou de produção
14
Contabilidade
Princípios contabilísticos

Especialização ou acréscimo:
Os proveitos e os custos são reconhecidos quando
obtidos, devendo incluir-se nas demonstrações
financeiras do período a que respeitam,
independentemente do seu recebimento ou
pagamento

Materialidade:
As demonstrações financeiras devem evidenciar todos
os elementos que possam ser relevantes para avaliar
a situação financeira da empresa
15
Contabilidade
Princípios contabilísticos

Prudência:
Pode-se integrar nas contas um certo grau de
precaução, sem que tal leve à criação de reservas
ocultas ou provisões excessivas

Substância sobre a forma:
As operações devem ser contabilizadas de acordo com
a sua realidade financeira e não apenas pela sua
forma legal
16
Contabilidade
Características qualitativas
A informação financeira deve ser:

Relevante
(influência nas decisões económicas dos utilizadores)

Compreensível
(rapidamente compreendida pelos utilizadores)

Fiável
(representar fidedignamente as operações)

Comparável
(evolução da empresa, posição relativa com outras)
17
Contabilidade
Fluxos gerados pela actividade económica
A actividade económica da empresa
implica o estabelecimento de relações
internas e externas, traduzidas por
fluxos de bens e serviços aos quais
correspondem fluxos financeiros no
sentido inverso
18
Contabilidade
Fluxos gerados pela actividade económica



Óptica económica:
Ligada à
transformação e incorporação dos materiais
até se atingir o produto/serviço final
CUSTO: valor incorporado e gasto na
produçãoconsumo de recurso
PROVEITO: produto apto para
vendageração de recurso
19
Contabilidade
Fluxos gerados pela actividade económica



Óptica financeira:
Endividamento da empresa
face ao exterior.Remuneração dos factores produtivos
e dos bens/serviços produzidos
DESPESA: remuneração dos factoresobrigação
RECEITA: remuneração das vendasdireito
20
Contabilidade
Fluxos gerados pela actividade económica



Óptica tesouraria:
Corresponde às entradas e
saídas monetárias da empresa
PAGAMENTOS: saída de dinheiro
RECEBIMENTOS: entrada de dinheiro
21
Contabilidade
Fluxos gerados pela actividade económica
Fluxo económico
Fluxo financeiro
Fornecedores
Despesas
(OBRIGAÇÕES)
Matérias- Primas
(CUSTOS)
Aprovisionamento
Pagamentos
Produção
Produtos Acabados
(PROVEITOS)
Venda
Recebimentos
Receitas
(DIREITOS)
Clientes
O fluxo financeiro deve compensar o fluxo do produto
22
Contabilidade
Transacções financeiras
Transacções financeiras representam a
troca remunerada de materiais/serviços
entre entidades
 alteram o património da entidade
 legalmente, exigem um registo
 os relatórios contabilísticos são sumários
dos registos de transacções
23
Contabilidade
Património

PATRIMÓNIO: Conjunto de valores (direitos e
obrigações) sujeitos a uma gestão e afectos a
determinado fim

ELEMENTO PATRIMONIAL: Cada componente do
património (mercadorias, viaturas,...)

VALOR PATRIMONIAL: representação monetária
dos elementos patrimoniais
24
Contabilidade
Património

CLASSES DE ELEMENTOS PATRIMONIAIS:
 ACTIVO: Bens e direitos
 PASSIVO: Encargos e obrigações

VALOR DO PATRIMÓNIO:
É a diferença entre o ACTIVO e o PASSIVO

ACTIVO - PASSIVO = VALOR DO
PATRIMÓNIO OU CAPITAIS PRÓPRIOS
25
Contabilidade
Património

FACTOS PATRIMONIAIS: São variações no património da
empresa que podem alterar somente a composição do
património (factos permutativos) ou a composição e o valor
(factos modificativos)

Ex: A compra de uma mercadoria por 20 é um facto permutativo pois só
altera a composição do ACTIVO --> sai 20 em dinheiro e entram
mercadorias que passam a constar do património da empresa com o
valor de 20

Ex: A venda dessa mercadoria por 30 é um facto modificativo porque
altera a composição do ACTIVO (sai mercadoria e entra dinheiro) mas
também o seu valor (a mercadoria é vendida por 30 e o seu custo foi 20
pelo que temos uma alteração quantitativa do património)
26
Contabilidade
Património
SITUAÇÃO PATRIMONIAL pode ser:



Activa, Positiva
sse ACTIVO > PASSIVO
Nula
sse ACTIVO = PASSIVO
Passiva, Negativa
sse ACTIVO < PASSIVO
27
Contabilidade
Equação Fundamental
ACTIVO = PASSIVO + CAPITAIS PRÓPRIOS
Os CAPITAIS PRÓPRIOS traduzem o valor (contabilístico)
da empresa num determinado momento, isto é, o valor
que o proprietário receberia se cessasse a actividade,
liquidando todo o património
CAPITAL
PRÓPRIO
ACTIVO
PASSIVO
28
Contabilidade
Mapa de Registo de Transacções



É um instrumento auxiliar para registar as
operações contabilísticas
Em cada linha registam-se os lançamentos
contabilísticos referentes à transacção
A cada coluna corresponde um elemento
patrimonial
29
Contabilidade
Mapa de Registo de Transacções
*Considere que fundou um gabinete de venda de computadores e
impressoras. Registe as seguintes transacções que ocorreram
durante o primeiro mês de actividade:
1 - Investimento de 5000€, por depósito dum cheque pessoal na
conta da empresa
ACTIVO
Imobilizado
Existências
Clientes
CAP.PRÓPRIO
Dep.Ordem
5000
* Adaptado: Prof. P Mendes
Capital
PASSIVO
Resultados Forneced
=Proveitos
-Custos
5000
30
Contabilidade
Mapa de Registo de Transacções
2 - Aquisição a pronto de computadores para venda no valor de 3000€
Imobilizado
Existências
Clientes
Dep.Ordem
5000
3000
Capital
Resultados Forneced
=Proveitos
-Custos
5000
-3000
31
Contabilidade
Mapa de Registo de Transacções
3 - Aquisição a crédito de impressoras para venda no valor de 750€
Imobilizado
Existências
3000
750
Clientes
Dep.Ordem
5000
-3000
Capital
Resultados Forneced
=Proveitos
-Custos
5000
750
32
Contabilidade
Mapa de Registo de Transacções
4 - Aquisição a crédito de computador, para utilização própria, no valor de
650€
Imobilizado
Existências
3000
750
650
Clientes
Dep.Ordem
5000
-3000
Capital
Resultados Forneced
=Proveitos
-Custos
5000
750
650
33
Contabilidade
Mapa de Registo de Transacções
5 – Venda de metade dos computadores, a pronto pagamento, no valor de
3000€
Imobilizado
Existências
3000
750
Clientes
Dep.Ordem
5000
-3000
Capital
Resultados Forneced
=Proveitos
-Custos
5000
750
650
650
-1500
3000
1500
34
Contabilidade
Mapa de Registo de Transacções
6 - Pagamento de 250€ de salários
Imobilizado
Existências
3000
750
Clientes
Dep.Ordem
5000
-3000
Capital
Resultados Forneced
=Proveitos
-Custos
5000
750
650
650
-1500
3000
-250
1500
-250
35
Contabilidade
Mapa de Registo de Transacções
7 – Venda dos restantes computadores e de todas as impressoras a crédito
no total de 3000€
Imobilizado
Existências
Clientes
Dep.Ordem
5000
-3000
3000
750
Capital
Resultados Forneced
=Proveitos
-Custos
5000
750
650
-650
-1500
-2250
3000
-250
3000
1500
-250
750
36
Contabilidade
Mapa de Registo de Transacções
8 – Pagamento, no final do mês, de 650€ do computador próprio. As
impressoras serão pagas a 15 do próximo mês.
Imobilizado
Existências
Clientes
Dep.Ordem
5000
-3000
3000
750
Capital
Resultados Forneced
=Proveitos
-Custos
5000
750
650
650
-1500
-2250
3000
-250
3000
-650
1500
-250
750
-650
37
Contabilidade
Mapa de Registo de Transacções
9 - Recebimento de um cheque de 1500€ para pagamento da transacção 7
Imobilizado
Existências
Clientes
Dep.Ordem Capital
5000
-3000
3000
750
Resultados Forneced
=Proveitos
-Custos
5000
750
650
650
-1500
-2250
650
0
3000
-250
1500
-250
750
3000
-1500
-650
1500
1500
5600
-650
5000
2000
750
38
Contabilidade
Conta

CONTA: conjunto de elementos patrimoniais expressos em
unidades de valor e dispostos ordenadamente num quadro
contendo os registos de todas as variações patrimoniais
originadas pelas transacções contabilisticas

REQUISITOS DA CONTA:


HOMOGENEIDADE:
só deve conter elementos que
obedeçam à característica comum que a conta
define
INTEGRALIDADE: deve incluir todos os elementos
que tenham essa característica comum
39
Contabilidade
Conta
Representação Gráfica da CONTA:
Título da conta
Débito (lado do DEVE)
Debitar a conta é
inscrever um valor
no lado esquerdo do T
Crédito (lado do HAVER)
Creditar a conta é
inscrever um valor no
lado direito do T
40
Contabilidade
Conta
SALDO DA CONTA:
É a diferença apurada entre o DÉBITO e o CRÉDITO
TIPOS DE SALDOS:
•Saldo Devedor (Sd) quando o DÉBITO > CRÉDITO
•Saldo Nulo (S0) quando o DÉBITO = CRÉDITO
•Saldo Credor (Sc) quando o DÉBITO < CRÉDITO
CONTA SALDADA (ou Saldar a conta): Quando se inscreve o Saldo
no lado da conta que tem menor valor (Sd inscrevem-se no lado do
Crédito; Sc inscrevem-se no lado do Débito)
(RE)ABERTURA DA CONTA: Quando se inscreve o Sd no lado do DÉBITO
e o Sc no lado do CRÉDITO
41
Contabilidade
Classificação das Contas

Contas do Activo, onde se registam os bens e os
créditos da empresa sobre terceiros (são debitadas
pelos aumentos e creditadas pelas diminuições)

Contas do Passivo, onde se registam as obrigações,
ou seja, as dívidas ou responsabilidades assumidas
pela empresa face a terceiros (são creditadas pelos
aumentos e debitadas pelas diminuições)
42
Contabilidade
Classificação das Contas

Contas do Capital Próprio, onde se regista o valor
líquido do património da empresa, isto é, o que resulta da
diferença entre os direitos que possui e as obrigações em que se
contituiu (são creditadas pelos aumentos e debitadas pelas
diminuições)

Contas de Custos e Proveitos, onde se registam os
encargos e os rendimentos que a empresa vai gerando na sua
actividade.
43
Contabilidade
Classes de Contas (POC)
1 - Disponibilidades (caixa, depósitos bancários, títulos negociáveis)
2 - Terceiros (clientes, fornecedores, accionistas)
3 - Existências (mercadorias, matérias primas, produtos acabados)
4 - Imobilizações (terrenos, edifícios, automóveis, partes de capital)
5 - Capital, Reservas e Resultados Transitados
6 - Custos e Perdas (remunerações, mercadorias vendidas, electricidade)
7 - Proveitos e Ganhos (vendas mercadorias, prestações de serviços)
8 - Resultados ( operacionais, financeiros, líquidos)
44
Contabilidade
Balanço
INVENTÁRIO: é uma relação (rol, lista) de elementos patrimoniais
com a indicação do seu valor. Pode ser Geral (quando é
constituído por todos os valores do património) ou Parcial.
BALANÇO: É um Inventário especial dado que balanceia (equilibra)
os valores do ACTIVO e do PASSIVO, i é, acrescenta ao
Inventário Geral os CAPITAIS PRÓPRIOS
BALANÇO
1º Membro
2º Membro
CAPITAL
PRÓPRIO
ACTIVO
PASSIVO
45
Contabilidade
Contas do Balanço(POC)
ACTIVO
CAPITAIS PRÓPRIOS
4-Imobilizado
51-Capital
43-Incorpóreo
56/57-Reservas
42-Corpóreo
59-Resultados Transitados
41-Investimentos Financeiros
88-Resultado Líquido do Exercício
3-Existências
2-Dívidas de Terceiros
Médio/Longo prazo
Curto prazo
1-Disponibilidades
27-Acréscimos e Diferimentos
271-Acréscimos de Proveitos
272-Custos Diferidos
PASSIVO
29-Provisões para Riscos e Encargos
2-Dívidas a Terceiros
Médio/Longo prazo
Curto prazo
27-Acréscimos e Diferimentos
273-Acréscimos de Custos
274-Proveitos Diferidos
46
Contabilidade
Balanço

O Balanço é a demonstração financeira
que apresenta a posição financeira de
uma entidade num determinado
momento, divulgando os seus valores
activos, passivos e dos capitais próprios
devidamente agrupados e classificados
47
Contabilidade
Balanço
-
Activo
Imobilizado
Grau de
Liquidez
Circulante
Existências
Dívidas de terceiros
m.l.p
c.p
Disponibilidades
Acréscimos e Diferimentos
+
Capital Próprio
Capital
Reservas
Resultados transitados
Resultado do Exercício
-
Grau de
Exigibilidade
Passivo
Dívidas a terceiros
m.l.p
c.p
Acréscimos e Diferimentos
+
48
Contabilidade
Demonstração dos Resultados

A Demonstração dos resultados é o mapa
financeiro que apresenta os resultados da
actividade da entidade durante um
determinado período de tempo
Pode ser apresentada por naturezas dos
custos/proveitos
 Pode ser apresentada por funções a que os
custos/proveitos estão afectos

49
Contabilidade
Demonstração dos Resultados (por naturezas)
CUSTOS E PERDAS
61-Custo merc. vendidas
62-Fornecim. e serviços externos
64-Custos com o pessoal
66-Amortizações
67-Provisões
63-Impostos
65-Out. custos operacionais
68-Amort. e prov. inv. financ.
68-Juros e custos similares
69-Custos Extraordinários
86-Imposto sobre o Rendimento
88-Result. líquido do exercício
PROVEITOS E GANHOS
X
X
X
X
X
X
X
(A)
X
X
(C)
X
(E)
X
(G)
+/-X
71-Vendas mercad. e prod. X
72-Prestações de serviços X
Variação produção
X
75-Trab. Próp. Emp.
X
74-Subsídios
X
73-Prov. Suplementares
X
76-Out. proveitos operac. X
(B)
78-Rendiment. inv. financ. X
78-Juros e prov. Similares X
(D)
79-Proveit. ExtraordináriosX
(F)
Res. Operacionais = (B) - (A)
Res. Financeiros
Res. Correntes =
= (D-B) - (C-A)
(D) - (C)
Res. antes de Impostos = (F) - (E)
Res. Líquido =
(F) - (G)
50
Contabilidade
Demonstração dos Resultados (por funções)
Vendas e prestações de serviços
Custo das vendas e serviços
RESULTADOS BRUTO
X
-X
+/-X
Out. Proveitos Operacionais
Custos de distribuição
Custos administrativos
Out. Custos Operacionais
RESULTADOS OPERACIONAIS
X
-X
-X
-X
+/-X
Rendimentos de Aplic. Financ.
Provisões p/inv. Financeiros
Juros e custos similares
RESULTADOS CORRENTES
X
-X
-X
+/-X
Proveitos e ganhos extraordinários X
Custos e perdas extraordinários
-X
RES. ANTES DE IMPOSTOS
+/-X
Imposto sobre o rend. do exercício
-X
RESULTADOS LÍQUIDOS
+/-X
Função Produção
Função Distribuição
Função Administrativa
Função Financeira
Função Extraordinária
51
Contabilidade
Demonstração dos Fluxos de Caixa


A Demonstração dos Fluxos de Caixa* é a demonstração
financeira que apresenta as alterações na posição
financeira, num determinado período, na qual as
entradas (influxos) e saídas (exfluxos) de caixa são
devidamente explicadas
Apresenta as operações que afectam os recebimentos e
pagamentos das actividades:



Operacionais: decorrem do objecto social da empresa
Investimento:compra/venda de imobilizações
Financiamento: alterações na extensão e composição de
empréstimos obtidos e capital da empresa
*“Cash-Flow” habitualmente refere-se aos meios libertos (autofinanciamento)
e calcula-se através de Res.Liquidos+Amortizações+Provisões. O Fluxo de
Caixa aqui tratado refere-se somente às entradas e saídas de caixa
52
Contabilidade
Demonstração dos Fluxos de Caixa
Métodos


Método Directo: divulga os recebimentos e
pagamentos de caixa, permitindo aos utilizadores
compreender a forma como a empresa gera e utiliza
os meios de pagamento
Método Indirecto: parte do Res. Líquido do exercício
que é ajustado, excluindo-se os efeitos das
transacções que não sejam a dinheiro, acréscimos ou
diferimentos relacionados com rec/pag passados ou
futuros e contas de proveitos/custos relacionados
c/fluxos de caixa relativos às actividades de
investimento ou financiamento
53
Contabilidade
Demonstração dos Fluxos de Caixa
(met. Directo)1/4
ACTIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de clientes(a)
+X
Pagamentos a fornecedores (b)
-X
Pagamentos ao pessoal
-X
Fluxo das operações
Pag/Rec de imposto s/lucros
-/+X
Out. Pag/Rec operacionais
-/+X
Fluxo antes activ. Extraod.
Pag/Rec de act. Extraord.
-/+X
Fluxo das act. Operacionais (1)
(a)
(b)
-/+X
-/+X
+/-X
Recebim. de venda de mercadorias, produtos e serviços c/excepção do
recebimento de juros (act. Investimento)
pag. compras de bens e serviços c/excepção de pag. Juros (act.
financiamento)
54
Contabilidade
Demonstração dos Fluxos de Caixa
(met. Directo) 2/4
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
Recebimentos provenientes de:
Inv. Financeiros (a)
+X
Imobil. Corpóreas
+X
Imobil. Incorpóreas
+X
Subsídios de investim.
+X
Juros e proveitos similares +X
Dividendos
+X
Pagamentos respeitantes a:
Inv. Financeiros
-X
Imobil. Corpóreas
-X
Imobil. Incorpóreas
-X
Fluxo das act. Investimento (2)
+/-X
(a) recebim. venda de partes de capital e reembolsos de emp. concedidos
55
Contabilidade
Demonstração dos Fluxos de Caixa
(met. Directo) 3/4
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos
Aumentos capital, prest. supl e prémios emissão
Subsídios e doações
Venda acções (quotas) próprias
Cobertura de prejuízos
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos
Amortização contratos loc. financ.
Juros e custos similares
Dividendos
Reduções capital e prest. supl.
Aquisição acções (quotas) próprias
Fluxo das act. Financiamento (3)
+X
+X
+X
+X
+X
-X
-X
-X
-X
-X
+/-X
56
Contabilidade
Demonstração dos Fluxos de Caixa
(met. Directo) 4/4
Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3) +/-X
Caixa e seus equivalentes no início do período
(a)
Caixa e seus equivalentes no final do período
(b)
(4) = (b) – (a)
No final desta demonstração podemos perceber como
é que as várias actividades (operacional, investimento
e financiamento) foram suportadas financeiramente
57
Contabilidade
Demonstração dos Fluxos de Caixa
(met. Indirecto) 1/4
Resultado Líquido do Exercício
Ajustamentos:
Amortizações
Provisões
Variação do Fundo de Maneio (a):
Aumento/diminuição existências
Aumento/diminuição dívidas de 3ºs (b)
Aumento/diminuições dívidas a 3ºs (b)
Aumento/diminuições ac. e dif. Activos
Aumento/diminuições ac. e dif. Passivos
Proveitos/Custos financeiros
Fluxo das act. Operacionais (1)
(a)
(b)
+/-X
+X
-/+X
-/+X
-/+X
+/-X
-/+X
+/-X
-/+X
+/-X
F. Maneio= Exist+Cli+Disp+Ac. e Dif. Activos - Passivo C Prazo - Ac. e
dif. passivos
Só dívidas relacionadas c/activ. operacionais
58
Contabilidade
Demonstração dos Fluxos de Caixa
(met. Indirecto) 2/4
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
Recebimentos provenientes de:
Inv. Financeiros (a):
+X
Imobil. Corpóreas
+X
Imobil. Incorpóreas
+X
Subsídios de investim.
+X
Juros e proveitos similares +X
Dividendos
+X
Pagamentos respeitantes a:
Inv. Financeiros
-X
Imobil. Corpóreas
-X
Imobil. Incorpóreas
-X
Fluxo das act. Investimento (2)
+/-X
(a) rec. venda de partes de capital e reembolsos de emp. concedidos
59
Contabilidade
Demonstração dos Fluxos de Caixa
(met. Indirecto) 3/4
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos
Aumentos capital, prest. supl e prémios emissão
Subsídios e doações
Venda acções (quotas) próprias
Cobertura de prejuízos
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos
Amortização contratos loc. financ.
Juros e custos similares
Dividendos
Reduções capital e prest. supl.
Aquisição acções (quotas) próprias
Fluxo das act. Financiamento (3)
+X
+X
+X
+X
+X
-X
-X
-X
-X
-X
+/-X
60
Contabilidade
Demonstração dos Fluxos de Caixa
(met. Indirecto) 4/4
Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3) +/-X
Caixa e seus equivalentes no início do período
(a)
Caixa e seus equivalentes no final do período
(b)
(4) = (b) – (a)
61
Contabilidade
Demonstração da Origem e Aplicação de
Fundos (DOAF*)




*
É a demonstração financeira que apresenta a
origem dos fundos e a respectiva aplicação
Origens de fundos: aumentos do Passivo e
dos Capitais Próprios e diminuições do Activo
Aplicações de fundos: Aumentos do Activo e
diminuições do Passivo e dos Cap. Próprios
É necessário ter dois Balanços consecutivos
Desde que existe a obrigatoriedade de o Balanço e Dem. Resultados
apresentarem dois anos consecutivos, elabora-se directamente a Dem.
Fluxos Caixa e a DOAF está mais em desuso
62
Contabilidade
Origem e Aplicação de Fundos
ACTIVO
capital total
= PASSIVO +
capitais alheios
CAPITAIS PRÓPRIOS
capitais próprios
APLICAÇÕES DE FUNDOS
São as aplicações dos
capitais alheios + os
capitais próprios
ORIGENS DE FUNDOS
São as origens dos fundos aplicados
Os elementos constitutivos alteram-se mas a igualdade entre os
membros da equação mantém-se pois a cada aplicação de
fundos (aumentos do Activo ou diminuições do passivo ou Cap. Pp.)
há-de corresponder sempre a sua origem (aumentos do Passivo
ou dos Cap. Pp. ou diminuição do Activo)
63
Contabilidade
Demonstração da Variação dos
Fundos Circulantes
Para construir a DOAF primeiro calcula-se a
variação dos fundos circulantes (Existências,
Clientes e Disponibilidades) para saber se há uma
diminuição ou aumento dos mesmos
Aument existências
Aument dívidas de 3ºs CP
Diminui dívidas a 3ºs CP
Aument disponibilidades
X
X
X
X
Diminui existências
Diminui dívidas de 3ºs CP
Aument dívidas a 3ºs CP
Diminui disponibilidades
X
X
X
X
Diminui fundos circulantes
X
Aument fundos circulantes
X
64
Contabilidade
DOAF
ORIGENS DE FUNDOS
Internas:
Res. Líquido do Exercício
Amortizações
Provisões
Externas:
Aument. cap. Próp.
Diminui. Inv. Financ.
Diminui. Div. de 3ºs MLP
Aument. Div. a 3ºs MLP
Diminui. Imobil. (valor liq.)
X
X
X
X
X
X
X
X
Diminui. Fundos circulantes*X
APLICAÇÕES DE FUNDOS
Distribuições:
Por aplic. Resultados
Por aplic. Reservas
Diminui. Cap. Próp.
Aument. Inv. Financ
Aument. Div. de 3ºs MLP
Diminui. Div. a 3ºs MLP
Aument. Trab. Prop. Emp.
Aquisição imobiliz.
X
X
X
X
X
X
X
X
Aument. Fundos circulantes*X
*Conforme apurado na Dem. Variação Fundos Circulantes
65
Contabilidade
Acréscimos e Diferimentos



O resultado de um determinado exercício económico
corresponde à diferença entre os proveitos e custos
obtidos nesse exercício
Para cumprimento do princípio da especialização (ou
do acréscimo) devem ter-se em conta todos os
proveitos e custos desse exercício, independentemente
dos pagamentos e recebimentos terem ou não ocorrido
no mesmo exercício
É necessário utilizar contas de regularização para
especializar os custos e proveitos respeitantes ao
período a que correspondem – Contas de Acréscimos e
Diferimentos de custos e de proveitos
66
Contabilidade
Acréscimos e Diferimentos

Acréscimos e Diferimentos Activos:
271-Acréscimos de proveitos
 272-Custos diferidos


Acréscimos e Diferimentos Passivos:
273-Acréscimos de custos
 274-Proveitos diferidos

67
Contabilidade
Acréscimos e Diferimentos
271 – Acréscimos de proveitos: Proveitos
a reconhecer no exercício mas que ainda
não originaram receitas
Ex: Juros a receber de aplicações
financeiras que se vencem no exercício
seguinte, contratos de assistência
técnica a receber
68
Contabilidade
Acréscimos e Diferimentos
272 – Custos diferidos: Despesas
realizadas neste exercício mas que
correspondem a custos do exercício
seguinte
Ex: Rendas pagas antecipadamente,
seguros, campanhas publicitárias
69
Contabilidade
Acréscimos e Diferimentos
273 – Acréscimos de custos: Custos a
reconhecer neste exercício mas cuja
despesa só virá a realizar-se no
exercício seguinte
Ex: Juros a liquidar, férias e subsídios de
férias do pessoal
70
Contabilidade
Acréscimos e Diferimentos
274 – Proveitos diferidos: Receitas
realizadas neste exercício mas cujos
proveitos respeitam ao exercício
seguinte
Ex: Rendas recebidas adiantadamente,
subsídios p/investimentos
71
Contabilidade
Existências
São activos que se destinam:




a ser vendidos (mercadorias, produtos acabados,
produtos intermédios, subprodutos)
a ser integrados na produção para venda
(matérias- primas)
ser consumidos na produção de bens ou serviços
para venda (mat. subsidiárias, materiais de
consumo, embalagens de consumo)
a ser vendidos mas ainda não estão concluídos
(produtos em curso)
72
Contabilidade
Movimentação de Existências
Compras:


A conta compras regista o valor de aquisição
das mercadorias, matérias primas e
subsidiárias destinados ao consumo ou venda,
bem como as despesas adicionais necessárias
para que os bens estejam aptos para a sua
função
A conta compras não aparece nem no Balanço,
nem na Dem. Resultados. É uma conta
transitória que é saldada por contrapartida das
contas de existências
73
Contabilidade
Movimentação de Existências
31 – Compras
Valor de aquisição
Despesas adicionais
Descontos e abatimentos
Devoluções de compras
Transferência do saldo
74
Contabilidade
Movimentação de Existências
Existências:
Nas contas de existências consideram-se os
valores das mercadorias, produtos acabados
ou em curso, matérias-primas ou
subsidiárias adquiridas pela empresa, para
venda ou consumo, que deram ou irão dar
entrada em armazém (contas de inventário)
75
Contabilidade
Movimentação de Existências
Regularização de Existências:
Contas que servem de contrapartida ao
registo de variações das existências que não
tenham origem em compras, vendas ou
consumos (ofertas, quebras, sobras,
sinistros,...)
76
Contabilidade
Sistemas de inventário
Sistemas de Inventário: servem para
conhecer a quantidade e o valor das
existências (stocks) armazenados
 Dois tipos de sistemas podem ser
utilizados:

Intermitente ou periódico
 Permanente ou perpétuo

77
Contabilidade
Sistemas de inventário
(periódico)



Inventário intermitente ou periódico: registamse as compras, o inventário inicial e o inventário
final
Com este sistema, o custo das existências
vendidas e consumidas só pode ser apurado
depois da contagem física das existências e
consequente apuramento das existências finais
É um sistema que, embora de fácil aplicação,
não serve os propósitos da gestão, já que a
informação sobre os resultados da empresa
depende sempre de uma contagem física
78
Contabilidade
Sistemas de inventário
(periódico)
Inventário periódico (ao longo do ano)
Compras
Vendas
Valor compra
Valor venda
Dispon/Fornecedores/Clientes
Valor compra
Valor venda
79
Contabilidade
Sistemas de inventário
(periódico)
Inventário periódico (ao longo do ano)
Regulariz. Existências
Ofertas rec.
Sobras
Proveitos
Ofertas conced.
Quebras
Sinistros
Custos
80
Contabilidade
Sistemas de inventário
(periódico)
Inventário periódico (no final do ano)
Compras
Valor liq.
compras
Contagem física = Exist. final
Existências
Exist.
inicial
Custo exist. vend. e cons.
Reg.Exist.
Saldo
Credor
Saldo
Devedor
CEVC
CEVC=Ei+Compras-Ef+/-Reg. Exist.
81
Contabilidade
Sistemas de inventário
(permanente)
Inventário permanente



Com este sistema, o custo das existências vendidas e
consumidas é conhecido a todo o momento, já que a
movimentação das contas de existências é feita
sistematicamente
É um sistema que implica a existência de fichas de
armazém, discriminando as quantidades e valores
unitários dos lotes, apurando-se assim o valor das
existências finais, bem como o CEVC
É o que melhor serve os propósitos da gestão, já que
sabendo-se sempre o CEVC, a informação sobre os
resultados da empresa está sempre disponível
82
Contabilidade
Sistemas de inventário
(permanente)
Ficha de Armazém
ENTRADAS
Data
Descrição
Q
C.Unit
C.Tot
SAÍDAS
Q
C.Unit
C.Tot
EXISTÊNCIAS
Q
C.Unit
C.Tot
83
Contabilidade
Sistemas de inventário
(permanente)
Inventário permanente*
Compras
Disp/Fornec
Existências
CEVC
*sem movimentação de reg. existências
Vendas
Disp/Client
84
Contabilidade
Valorimetria das existências
(entradas)
Entrada de existências:
 Critério geral: as entradas valorizam-se pelo
custo de aquisição ou de produção (princípio
do custo histórico)
 Custo de aquisição inclui o preço de compra,
impostos suportados, direitos aduaneiros,
custos de transporte, etc.
 Custo de produção é a soma dos custos das
matérias-primas e outros materiais directos,
mão obra directa, custos indirectos variáveis e
fixos
85
Contabilidade
Valorimetria das existências
(entradas)
Entrada de existências:
 Excepções ao critério geral: se o custo original
(custo aquisição ou produção) for superior ao
preço de mercado, utiliza-se este último para
valorizar as existências
 Se à data do Balanço o preço de mercado for
inferior ao custo original, a redução do valor
das existências é feita por uma conta de
regularização do activo – Provisões para
depreciação de existências
86
Contabilidade
Valorimetria das existências
(entradas)
Entrada de existências:
 Preço de Mercado=Custo de reposição quando
se trata de bens adquiridos p/a produção
(matérias-primas e out. materiais)
 Preço de mercado = Valor realizável líquido
quando se trata de bens adquiridos para
venda (mercadorias e produtos)
87
Contabilidade
Valorimetria das existências
(entradas)
Entrada de existências:
 Custo de reposição:custo que a empresa teria
de suportar para substituir o bem nas
mesmas condições, qualidade, quantidade e
locais de aquisição e utilização
 Valor realizável líquido: preço de venda
esperado para o bem, deduzido dos
necessários custos previsíveis de acabamento
e de venda
88
Contabilidade
Valorimetria das existências
(saídas)


Se temos existências com diferentes valores
de entrada que valor atribuir às suas saídas ?
POC admite 5 métodos de custeio das saídas:





Custo específico ou originário
FIFO (First in, first out)
LIFO (Last in, first out)
Custo médio ponderado
Custo padrão
89
Contabilidade
Valorimetria das existências
(custo específico)
Custo específico ou originário: as
existências são valorizadas ao seu custo
real
 Implica uma perfeita identificação do
custo de cada lote de existências ou de
cada existência individual
 Aplica-se no caso de nº reduzido de
existências de elevado valor

90
Contabilidade
Valorimetria das existências
(custo específico)
Custo específico:


Vantagens
 É o método melhor pois a valorização das
existências é feita a custos reais e não com base
em custos atribuídos
Desvantagens
 De difícil aplicação quando há grande quantidade e
variedade de existências
 Custos administrativos podem não compensar o
benefício da informação
91
Contabilidade
Valorimetria das existências
(FIFO)


FIFO (First in, first out): valorizam-se as
saídas pelos preços mais antigos e as
existências pelos preços mais recentes (as
existências que entram primeiro são as
primeiras a sair)
Se houver baixa rotação de stocks em
períodos inflacionistas, o resultado (proveitos
a preços recentes-custos a valores antigos) é
superior
92
Contabilidade
Valorimetria das existências
(FIFO)
FIFO
 Vantagens


O valor das existências finais é mais aproximado do
valor de mercado
Desvantagens


Com inflação provoca distorções nos resultados
Maiores resultados implicam mais imposto
s/rendimento
93
Contabilidade
Valorimetria das existências
(LIFO)


LIFO (Last in, first out): valorizam-se as
saídas pelos preços mais recentes e as
existências pelos preços mais antigos (as
existências que entram no final são as
primeiras a sair)
O resultado (proveitos a preços recentes –
custos a valores recentes) é inferior ao
apurado pelo FIFO (havendo inflação)
94
Contabilidade
Valorimetria das existências
(LIFO)
LIFO
 Vantagens:



As vendas são balanceadas c/custos de saída mais próximos
dos valores de reposição, minimizando-se assim os efeitos da
inflação
Proporciona economias fiscais pelo diferimento do pagamento
de impostos sobre os rendimentos
Desvantagens:


O valor das existências finais é mais distante do valor de
mercado, não traduzindo adequadamente a situação da
empresa
Do ponto de vista do investidor é pior haver resultados mais
baixos
95
Contabilidade
Valorimetria das existências
(custo médio)


Custo médio ponderado: valoriza o stock de
cada artigo pela média ponderada do custo
dos artigos existentes
Custo médio ponderado
= Custo dos bens existentes+Custo novas entradas
Quantidades existentes+Novas quantid. entradas


Pode calcular-se após cada nova entrada ou
periodicamente
É um método muito utilizado nas empresas
96
Contabilidade
Valorimetria das existências
(custo médio)
Custo Médio Ponderado:
 Vantagens:



Não é preciso identificar cada existência, sendo o
inventário tratado como um todo
É de fácil aplicação pois não é necessário manter os
lotes separados por valor de compra
Não distorce (para cima/baixo) os resultados como
FIFO/ LIFO
97
Contabilidade
Valorimetria das existências
(Custo Padrão)




Custo Padrão: são custos teóricos definidos “à
priori” considerando as normas técnicas
atribuídas aos vários factores da área fabril
Devem ter em conta os níveis normais de
consumo de matérias, mão de obra, eficiência
e utilização da capacidade instalada
São fixados por determinado período (1 ano,
6 meses)
Utilizam-se mais em empresas industriais
98
Contabilidade
Imobilizações



Imobilizados são activos com carácter
permanente (+ 1 ano) que não se destinam a
venda ou transformação no decurso normal de
exploração, que sejam da propriedade da
empresa ou estejam em regime de locação
financeira
Devem ser contabilizados ao custo de aquisição
ou de produção
As alterações ao seu valor reflectem-se através
amortizações/reintegrações e/ou nas provisões
(diminuição de valor) ou nas reavaliações
(aumento de valor)
99
Contabilidade
Imobilizações Corpóreas
4.2 – Imobilizações corpóreas:
 São imobilizações tangíveis (têm existência
física) que a empresa utiliza na sua actividade
operacional, que não se destinam a ser
vendidas ou transformadas e com permanência
superior a 1 ano
 Incluem-se também as benfeitorias ou grandes
reparações que aumentem os benefícios
económicos futuros da empresa
 Incluem-se também bens em regime de locação
financeira (princípio da substância sobre a forma)
100
Contabilidade
Imobilizações Corpóreas
Principais imobilizações corpóreas:
421
 422
 423
 424
 425
 426
 ...

Terrenos e recursos naturais
Edifícios e out. construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Ferramentas e utensílios
Equipamento administrativo
101
Contabilidade
Imobilizações Corpóreas

A classificação dos imobilizados corpóreos
depende da actividade (principal) da empresa


Ex: Uma empresa de transportes considera os
veículos afectos a essa actividade como
equipamento básico e os computadores como
equipamento administrativo
Ex: Uma software house considera os
computadores afectos à produção de sw como
equipamento básico e os veículos como
equipamento de transporte
102
Contabilidade
Imobilizações Corpóreas


As aquisições de imobil. corpóreo registam-se na conta
261 – Outros devedores e credores-fornecedores de
imobilizado e as alienações (vendas) registam-se na
conta 268-Outros devedores e credores- Devedores
diversos
Os adiantamentos por conta de imobil. corpóreo
registam-se:



Se o preço estiver fixado: 448-Imobil. em cursoadiantamentos
Caso contrário: 2619-Out. dev. e cred.-forneced. imobil.adiantamentos
As imobiliz. corpóreas em curso (ainda não concluídas)
registam-se na conta 44-Imobiliz. em curso
103
Contabilidade
Imobilizações Incorpóreas


4.3 Imobilizações incorpóreas: são activos
intangíveis (sem existência física), cuja
produção de benefícios económicos para a
empresa é superior a um ano e que não se
destinam a ser vendidos ou transformados
Englobam, nomeadamente, direitos e
despesas de constituição, arranque e
expansão
104
Contabilidade
Imobilizações Incorpóreas
Principais imobilizações incorpóreas:
431
 432
 433
 434

Despesas de instalação
Desp. Investigação e desenvolvimento
Propriedade industrial e outros direitos
Trespasses
105
Contabilidade
Imobilizações Incorpóreas
431 - Despesas de instalação: compreende as
despesas de constituição e organização da
empresa, bem como as relativas à sua
expansão ou restruturação
Ex: despesas com escritura, certificado de
admissibilidade, publicações obrigatórias, registos,
advogados, livros obrigatórios, avaliações, estudos de
viabilidade, estudos de impacte ambiental, programas
informáticos, aumentos de capital, ...
106
Contabilidade
Imobilizações Incorpóreas
432 - Despesas de investigação e
desenvolvimento: compreende as despesas
associadas à investigação original e planeada
para obtenção de novos conhecimentos
científicos e técnicos, bem como as que
resultam da aplicação tecnológica das
descobertas anteriores à fase de produção
Ex: despesas de investigação para o fabrico de novos
produtos, estudos de racionalização da produção ou
comercialização, ...
107
Contabilidade
Imobilizações Incorpóreas
433 - Propriedade industrial e outros direitos:
compreende as despesas associadas à
obtenção e manutenção dos direitos de
propriedade industrial e de outros direitos e
contratos assimilados
Ex: patentes, modelos, marcas, alvarás, licenças,
concessões, denominações de origem, nomes de
estabelecimentos, direitos de autor, ...
108
Contabilidade
Imobilizações Incorpóreas


434 Trespasses: compreende as despesas
correspondentes à aquisição de um conjunto
de activos e passivos que constituam uma
actividade empresarial (trespasse/goodwill)
tendo em vista a continuidade dessa mesma
actividade
O valor do trespasse corresponde à diferença negativa
entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos
e passivos identificáveis (goodwill), ou seja, há
goodwill quando o justo valor dos activos e passivos
for inferior ao custo de aquisição
109
Contabilidade
Imobilizações Incorpóreas


As aquisições de imobil. incorpóreo registam-se na
conta 261 – Outros devedores e credoresfornecedores de imobilizado e as alienações (vendas)
registam-se na conta 268-Outros devedores e
credores- Devedores diversos
Os adiantamentos por conta de imobil. incorpóreo
registam-se:



Se o preço estiver fixado: 449-Imobil. em cursoadiantamentos
Caso contrário: 2619-Out. dev. e cred.-forneced.
imobil.- adiantamentos
As imobiliz. incorpóreas em curso (ainda não
concluídas) registam-se na conta 44-Imobiliz. em
curso
110
Contabilidade
Investimentos Financeiros
4.1 Investimentos financeiros: são
aplicações financeiras de carácter
permanente (detidas por mais de 1 ano)
 Os inv. financeiros podem ter como
objectivo um determinado controlo
sobre as empresas participadas ou mera
obtenção de rendimentos

111
Contabilidade
Investimentos Financeiros
Principais investimentos financeiros:
411
 412
 413
 414
 415
 ...

Partes de capital
Obrigações e títulos de participação
Empréstimos de financiamento
Investimentos em imóveis
Outras aplicações financeiras
112
Contabilidade
Investimentos Financeiros



411- Partes de capital: são as participações (acções
ou quotas) detidas em empresas do grupo (a empresa
participante detém mais de 50% do capital), em
empresas associadas (a participante detém de 20 a
50%) e noutras empresas
412 – Obrigações e títulos de participação: são os
investimentos financeiros em obrigações ou título de
participação emitidos por outras empresas
413 – Empréstimos de financiamento: correspondem
aos empréstimos concedidos a empresas participadas
113
Contabilidade
Investimentos Financeiros


414 - Investimentos em imóveis: compreende os
edifícios e terrenos adquiridos para obtenção de
rendimentos e não para utilização na actividade
operacional da empresa
415 - Outras aplicações financeiras: compreende
todas as aplicações financeiras que não sejam de
considerar nas disponibilidades, bem como os bens
detidos pela empresa, cujos rendimentos servem para
fazer face a compromissos de longo prazo (fundos de
pensões)
114
Contabilidade
Imobilizações em curso

4.4 Imobilizações em curso:compreende
as imobilizações de adição,
melhoramento ou substituição enquanto
não estiverem concluídas, bem como os
adiantamentos a fornecedores de
imobilizado quando o preço esteja
previamente fixado
115
Contabilidade
Imobilizações em curso
Principais imobilizações em curso:
441 Obras em curso
 ...
 447 Adiantamentos por conta de
investimentos financeiros
 448 Adiantamentos por conta de
imobilizações corpóreas
 449 Adiantamentos por conta de
imobilizações incorpóreas

116
Contabilidade
Amortizações



Amortizações: correspondem ao
reconhecimento sistemático do custo dos
activos imobilizados, tendo em conta a
respectiva vida útil (ou económica) esperada
A vida útil corresponde ao período ao longo do
qual se espera que a empresa tenha
benefícios económicos com a utilização do
imobilizado
Só se amortizam os bens imobilizados
sujeitos a deperecimento (p.ex.,os terrenos que não
sejam objecto de exploração não se amortizam)
117
Contabilidade
Amortizações



As amortizações são custos dos vários
exercícios que respeitam à vida útil do
imobilizado
As amortizações do imobilizado destinado à
actividade operacional da empresa são custos
operacionais; as amortizações dos
investimentos em imóveis são custos
financeiros
O imobilizado sujeito a deperecimento deve ser
amortizado a partir da sua aquisição
(incorpóreo) ou entrada em funcionamento
(corpóreo)
118
Contabilidade
Amortizações


As amortizações vão diminuindo o valor
contabilístico (ou líquido) do imobilizado
Valor contabilístico ou líquido do imobilizado =
Valor de aquisição – Amortizações acumuladas

Amortizações do exercício (Dem. Resultados): valor
amortizado em cada exercício (amortizações anuais ou
mensais)


Amortizações acumuladas (Balanço): somatório das
amortizações dos exercícios já decorridos
No final da vida útil do imobilizado (e não
existindo valor residual) o seu valor líquido é
nulo (não implica necessariamente que o bem deixe de
estar ao serviço da empresa)
119
Contabilidade
Amortizações


As amortizações lançam-se a crédito em
contas do activo e a débito na respectiva
conta de custos
Métodos de amortização:

Directo: as amortizações creditam-se na conta do
imobilizado respectivo (tem a desvantagem de se
perder a informação sobre o valor bruto do imobilizado)

Indirecto: as amortizações creditam-se na conta
48 – Amortizações acumuladas
120
Contabilidade
Amortizações

Métodos de cálculo das amortizações:





Quotas constantes
Quotas degressivas
Soma dos dígitos
Unidades de produção (ou uso efectivo)
Para calcular as amortizações, qualquer que
seja o método, é necessário estimar a vida útil
do imobilizado (em tempo ou utilização) e o
respectivo valor amortizável = Valor bruto –
Valor residual (valor estimado de venda no final da
vida útil)
121
Contabilidade
Amortizações


Método das quotas constantes: é um dos
métodos mais utilizados e pressupõe que o
imobilizado se vai depreciando linearmente ao
longo da sua vida útil
Calcula-se dividindo (valor de aquisição-valor
residual) pelo nº períodos de vida útil do bem
122
Contabilidade
Amortizações



Cálculo quotas constantes: um equipamento foi
adquirido por 1200 em 1/Jan. Estima-se uma vida
útil de 5 anos e valor residual de 200 . Qual o valor
da amortização anual? Qual o valor contabilístico ao
fim de 3 anos?
Amortização anual= (1 200 – 200) / 5 = 200
Valor Contabilístico = Valor aquisição – Amortizações
acumuladas
VC ano3 = 1200 – 200*3 = 600
123
Contabilidade
Amortizações

Método das quotas degressivas: é um
método de amortização acelerada já que
os bens são mais amortizados no início
da vida útil tendo em conta que os
últimos anos de vida útil serão mais
sobrecarregados com custos de
reparação e conservação (permite o
nivelamento dos resultados)
124
Contabilidade
Amortizações


Cálculo quotas degressivas: um equipamento foi
adquirido por 1800 em 1/Jan. Estima-se uma vida útil
de 3 anos. Qual a taxa de amortização anual? Qual o
valor das amortizações anuais?
Valor da taxa = 100% / 3 = 33,33%
Ano
Valor
amortizável
Amortização anual
Amortização
Valor
acumulada contabilístico
1
1800
1800*33,33%=600
600
1200
2
1200
1200*33,33%=400
1000
800
3
800
800*33,33%=267
1267
533*
* Da aplicação deste método resulta sempre um valor residual
125
Contabilidade
Amortizações


Método da soma dos dígitos: é também um
método de amortizações aceleradas,
praticando-se quotas de amortização mais
elevadas nos primeiros anos de vida útil
A quota anual de amortização calcula-se
através do produto do valor amortizável por
uma fracção cujo numerador é o nº de anos
de vida útil estimada em cada exercício e o
denominador é a soma dos dígitos
correspondentes à referida vida útil
126
Contabilidade
Amortizações


Cálculo quota pela soma dos dígitos: um equipamento
foi adquirido por 2000 em 1/Jan. Estima-se uma vida
útil de 3 anos. Qual a fracção a aplicar anualmente?
Qual o valor das amortizações anuais?
Fracção= Nº anos de vida útil nesse ano/ (1+2+3)
Ano
Valor
amortizável
Amortização anual
Amortização
Valor
acumulada contabilístico
1
2000
2000*3/6=1000
1000
1000
2
2000
2000*2/6=667
1667
333
3
2000
2000*1/6=333
2000
0
127
Contabilidade
Amortizações



Método das unidades de produção: as
amortizações são efectuadas de acordo com a
utilização do bem (km percorridos,
horas/máquina,...)
A sua aplicação implica a estimativa do total
de unidades que se espera que o activo possa
proporcionar ao longo da sua vida útil
Em cada exercício amortiza-se o valor
resultante do produto do quociente das
unidades produzidas no exercício/nº total de
unidades estimadas com o valor amortizável
128
Contabilidade
Amortizações

Cálculo quota pelas unidades de produção: um
equipamento foi adquirido por 1500 em 1/Jan. Estimase uma produção total de 100 000 unidades, repartidas
por 50 000 no 1º ano, 30 000 no 2º e 20 000 no 3º.
Qual o valor das amortizações anuais?
Ano
Valor
amortizável
Amortização anual*
Amortização
Valor
acumulada contabilístico
1
1500
50000/100000*1500=750
750
750
2
1500
30000/100000*1500=450
1200
300
3
1500
20000/100000*1500=300
1500
0
*Por cada unidade produzida amortiza-se 1500/100000=0,015
129
Contabilidade
Amortizações
Aspectos fiscais das amortizações:
 As amortizações são aceites como custo fiscal quando praticadas de
acordo com o Código do IRC/IRS e demais legislação aplicável (Dec.
Regulamentar 2/90)
 A vida útil do bem é a que se deduz das taxas aceites fiscalmente
segundo o método das quotas constantes (ver taxas das Tabelas I e
II do Dec. Reg 2/90) (excepção para bens usados, benfeitorias,...)
 A vida útil mínima de um bem é a que decorre da aplicação das taxas
fiscais; a vida útil máxima de um bem é a que decorre da aplicação
de metade dessas taxas.
 O cálculo da amortização deverá efectuar-se pelo método das quotas
constantes, podendo também utilizar-se as quotas degressivas para
os bens adquiridos em estado novo, exceptuando edifícios, viaturas
que não sejam afectas à exploração, mobiliário e equipamentos
sociais. A este método devem aplicar-se coeficientes de correcção à
taxa aplicável segundo o método das quotas constantes (1,5 se vida
útil<5A; 2 se vida útil for 5 ou 6A; 2,5 se vida útil>6A)
130
Contabilidade
Amortizações
Aspectos fiscais das amortizações:
 As amortizações só são aceites como custo fiscal desde que
contabilizadas no exercício a que respeitam (se excederam os
limites máximos poderão ser regularizadas posteriormente, se
forem inferiores ao mínimo não são aceites posteriormente)
 Os activos imobilizados cujo valor unitário não exceda 199,52€
podem ser amortizados num só exercício (elementos de reduzido
valor)
 Na amortização de edifícios deve excluir-se o valor do terreno
subjacente (não é amortizável). Não havendo indicação do valor
do terreno, considera-se que vale 25% do valor global.
 A amortização de viaturas, barcos de recreio e aviões de turismo
aceite fiscalmente está limitada (29 927,87€)
131
Contabilidade
Mais/Menos valias


Conceito de mais/menos valia: quando se
procede à retirada de activos imobilizados, o
resultado da operação pode ser positivo
(+valia), negativo (-valia) ou nulo
O resultado da operação corresponde à
diferença entre o valor obtido pela retirada do
imobilizado e o seu valor contabilístico
132
Contabilidade
Mais/Menos valias
Retirada de imobilizações: as imobilizações
podem ser retiradas do activo por motivo de
alienação, sinistro ou abate
 Alienação: quando se procede à venda de um
activo imobilizado
 Sinistro: quando o activo fica total ou
parcialmente inutilizável por motivos
imprevistos
 Abate: quando um activo imobilizado se
esgota ou deixa de ter utilidade económica
para a empresa
133
Contabilidade
Mais/Menos valias
Operações contabilísticas relacionadas com a
retirada de imobilizado:
 Primeiro é preciso determinar se a retirada vai
originar uma +/- valia
 Existe +/- valia quando o valor obtido com a
retirada (valor de venda, valor de
indemnização) é superior/inferior ao valor
contabilístico do bem
 Retirada com ganhos (+valia): toda a operação
é registada na conta 794-Proveitos e ganhos
extraordinários-Ganhos em imobilizações
134
Contabilidade
Mais/Menos valias
Operações contabilísticas relacionadas com a
retirada de imobilizado:
 Retirada com perdas (-valia): toda a operação
é registada na conta 694-Custos e perdas
extraordinários-Perdas em imobilizações
 Sabendo se existe ganho ou perda na retirada
de imobilizações, procede-se à anulação do
valor bruto do imobilizado, por crédito da
respectiva conta e débito da 794 ou 694
135
Contabilidade
Mais/Menos valias
Operações contabilísticas relacionadas com a
retirada de imobilizado:
 Seguidamente procede-se à anulação das
amortizações acumuladas, por débito da
respectiva conta e crédito da 794 ou 694
 Finalmente procede-se ao registo do valor
obtido pela retirada, por débito da conta
disponibilidades ou outros devedores,
consoante o recebimento seja a pronto ou a
prazo, por contrapartida de crédito da 794 ou
694
136
Contabilidade
Mais/Menos valias



Aplicações financeiras: a respectiva alienação
pode gerar +/-valias
Se se tratar de aplicações de curto prazo
registadas nas contas da classe 1, as
operações contabilísticas relativas à alienação
destes activos passam pelas contas de ganhos
financeiros (787) ou perdas financeiras (687)
Se se tratar de aplicações financeiras da
classe 4, as perdas ou ganhos são de carácter
extraordinário, logo registam-se na 694 ou
794
137
Contabilidade
Provisões
Provisões : servem para registar
potenciais perdas de valor dos activos
ou passivos contingentes
 Tipos de provisões:

Para
 Para
 Para
 Para

depreciação de existências
cobranças duvidosas
aplicações financeiras
riscos e encargos
138
Contabilidade
Provisões
Provisões para depreciação de existências:
 Constituem-se (ou reforçam-se) quando à data
da elaboração do Balanço se verifica que o valor
de mercado é inferior ao valor de aquisição ou
produção
 A perda potencial do valor das existências é
considerado um custo do exercício em que a
provisão é constituída ou reforçada
 A redução das provisões é considerada como
um ganho extraordinário
139
Contabilidade
Provisões
Provisões para depreciação de existências:
 Debitam-se na conta 673-Provisões do
exercício para depreciação de existências por
crédito da conta 39-Provisões para
depreciação de existências
 A anulação ou redução de provisões regista-se
a débito na conta 39 e a crédito na conta
7962-Prov. Extraordinários-Reduções de
provisões
140
Contabilidade
Provisões
Provisões para cobranças duvidosas:
 Constituem-se quando há risco de não
recebimento de bens/serviços facturados
 São consideradas custos do exercício em que
são constituídas ou reforçadas
 A dívida de cobrança duvidosa é diferente da
dívida incobrável (esta última deixa de constar
do activo e é levada a custos extraordinários
conta 692)
141
Contabilidade
Provisões
Provisões para cobranças duvidosas:



A constituição destas provisões implica a passagem
dos valores em dívida da conta corrente para uma
conta específica 218-Clientes de cobrança duvidosa, no
caso de se tratar de clientes
Debitam-se na conta 671-Provisões do exercício para
cobranças duvidosas por crédito da conta 28-Provisões
para cobranças duvidosas
A anulação ou redução de provisões regista-se a débito
na conta 28 e a crédito na conta 7962-Prov.
Extraordinários-Reduções de provisões
142
Contabilidade
Provisões

Em termos fiscais só são aceites como custos
as provisões para cobranças duvidosas em
que se verifique:




Que o devedor tenha pendente processo de
recuperação ou falência
Que os créditos tenham sido reclamados
judicialmente
Que os créditos estejam em mora há mais de 6
meses
Que os créditos não respeitem ao Estado ou
equiparado, não estejam cobertos por seguro,...
143
Contabilidade
Provisões
Provisões para aplicações financeiras:
 Constituem-se no caso de o valor de aquisição
das aplicações financeiras ser inferior ao valor
de mercado
 São consideradas custos do exercício em que
são constituídas ou reforçadas
 Podem-se provisionar as aplicações de curto
prazo ou os investimentos financeiros
(excepto os imóveis, que são amortizados)
144
Contabilidade
Provisões
Provisões para aplicações tesouraria (c.prazo):


Debitam-se na conta 684-Custos financeirosProvisões para aplicações financeiras por crédito da
conta 19-Provisões para aplicações tesouraria
A anulação ou redução de provisões regista-se a
débito na conta 19 e a crédito na conta 7962-Prov.
Extraordinários-Reduções de provisões
145
Contabilidade
Provisões
Provisões para investimentos financeiros em
partes de capital de empresas do grupo e
associadas:


Debitam-se na conta 55-Ajustamentos em partes de
capital-depreciações por crédito da conta 491Provisões para investimentos financeiros-Partes de
capital (a anulação corresponde ao lançamento
inverso nas mesmas contas)
Utiliza-se uma conta de capital próprio (55) no caso
de se tratar de participações em empresas detidas
em mais de 20% pela empresa
146
Contabilidade
Provisões
Provisões para investimentos financeiros que
não sejam partes de capital em empresas do
grupo e associadas:


Debitam-se na conta 684-Custos financeirosProvisões para aplicações financeiras por crédito da
conta 49X-Provisões para investimentos financeiros
A anulação ou redução de provisões regista-se a
débito na respectiva conta 49X e a crédito na conta
7962-Prov. Extraordinários-Reduções de provisões
147
Contabilidade
Provisões
Provisões para riscos e encargos:
 Servem para registar responsabilidades
derivadas de riscos de natureza específica e
provável (contingências)
 Enquanto que as provisões anteriores servem
para proceder a ajustamentos de elementos
do activo e são inscritas no activo, estas são
inscritas no passivo por se tratar de
responsabilidades
148
Contabilidade
Provisões
Provisões para riscos e encargos:
 As contas 29- Provisões para riscos e encargos
creditam-se pela constituição da provisão por débito
das contas 67 – Provisões do exercício – Para riscos e
encargos ou 6962-Custos extraordinários - aumentos
de provisões, se tiverem carácter extraordinário
 Pela redução ou cessação dos riscos que lhes deram
origem, as contas 29 são debitadas por crédito da
conta anteriormente debitada (67 ou 69) ou se
respeitarem a exercícios anteriores, por crédito da
7962-Prov. Extraordinários – redução de provisões
149
Contabilidade
Provisões
29 - Provisões para riscos e encargos:
 291 – Pensões
 292 – Impostos
 293 – Processos judiciais em curso
 294 – Acid. Trabalho e doenças profissionais
 295 – Garantias a clientes
 ...
 298 – Outros riscos e encargos
150
Contabilidade
Provisões
291 – Pensões: destina-se a fazer face a
responsabilidades presentes derivadas de
acontecimentos passados.


É o caso dos benefícios relacionados com as pensões de
reforma concedidos pelas empresas aos seus
trabalhadores. Durante a vida activa, os trabalhadores
vão constituindo direitos a uma determinada pensão de
reforma. Quando atingem as condições prédeterminadas adquirem o direito a receber os benefícios
A responsabilidade assumida pela empresa perante os
trabalhadores é registada a crédito na conta 291 por
contrapartida da 644 – Custos c/pessoal – benefífios de
reforma (se o gasto é imediato) ou 2725 – Custos
diferidos – benefícios de reforma (se o gasto é diferido)
151
Contabilidade
Provisões
292 – Impostos: movimenta-se pelos impostos cuja


obrigação esteja pendente de eventos ou decisões
futuras (excepção ao imposto sobre o rendimento que
não é provisionável).
A conta 292 credita-se pela constituição ou reforço
por contrapartida de débito da 6722-Provisões do
exercício-Impostos ou 6962-Custos extraord.aumentos de provisões
A conta 292-Impostos debita-se pela anulação ou
redução da provisão por crédito da anteriormente
debitada (67 ou 69) ou se respeitarem a exercícios
anteriores, por crédito da 7962-Prov. Extraordinários
– redução de provisões
152
Contabilidade
Provisões
293 – Processos judiciais em curso: movimenta-se


pela existência de processos judicias e pelo valor
estimado dos custos a incorrer
A conta 293 credita-se pela constituição ou reforço
por contrapartida de débito da 6723-Provisões do
exercício-Proc. judiciais ou 6962-Custos extraord.aumentos de provisões
A conta 293 debita-se pela anulação ou reposição da
provisão por crédito das contas anteriormente
debitadas ou, se respeitarem a exercícios anteriores,
por crédito da 7962-Prov. Extraordinários – redução
de provisões
153
Contabilidade
Provisões
294 – Acidentes de trabalho e doenças
profissionais: constitui-se se a empresa
pretende fazer face a gastos (indemnizações)
com este tipo de eventualidade


A conta 294 credita-se pela constituição ou reforço
por contrapartida de débito da 6724-Provisões do
exercício-Ac. Trab. e doenças profiss. ou 6962-Custos
extraord.-aumentos de provisões
A conta 294 debita-se pela anulação ou redução da
provisão por crédito da anteriormente debitada (67 ou
69) ou se respeitarem a exercícios anteriores, por
crédito da 7962-Prov. Extraordinários – redução de
provisões
154
Contabilidade
Provisões
295 – Garantias a clientes: destina-se a provisionar os
encargos decorrentes das garantias previstas em
contratos de venda




É o caso dos produtos vendidos com garantia de determinado período
de tempo, durante o qual a empresa terá que suportar as despesas
previstas contratualmente (peças, nmão de obra, deslocações,...)
Esta provisão constitui-se com base numa percentagem sobre o valor
das vendas dos produtos com garantia
A conta 295 credita-se pela constituição ou reforço por contrapartida de
débito da 6725-Provisões do exercício-Garantias a clientes ou 6962Custos extraord.-aumentos de provisões
A conta 294 debita-se pela anulação ou redução da provisão por crédito
da anteriormente debitada (67 ou 69) ou se respeitarem a exercícios
anteriores, por crédito da 7962-Prov. Extraordinários – redução de
provisões
155
Contabilidade
Apuramento de resultados



Os resultados das empresas apuram-se
periodicamente, tendo em conta as
necessidades da gestão e o cumprimento da lei
O resultado apurado depende das políticas
contabilísticas adoptadas (políticas de
amortizações e provisões, valorimetria das
existências, ...)
RESULTADOS = PROVEITOS - CUSTOS
156
Contabilidade
Apuramento de resultados



Os resultados têm um significado económico e
não financeiro, pelo que um resultado positivo
(lucro) não implica a existência de
disponibilidades para a sua distribuição
A decisão relativa à aplicação de resultados é
tomada pela Assembleia Geral de
sócios/accionistas
A distribuição dos resultados afecta a
composição e/ou valor dos capitais próprios
mas não afecta os Resultados Líquidos do
Exercício
157
Contabilidade
Apuramento de resultados



Os dividendos correspondem à remuneração do
capital investido pelos accionistas
Podem distribuir-se dividendos antes do final do
exercício contabilístico mas com restrições
Os dividendos são duplamente tributados:
primeiro, em sede de IRC, aquando da
liquidação do imposto sobre os resultados da
empresa; depois, em sede de IRC/IRS –
rendimentos de capitais, consoante o accionista
seja pessoa colectiva ou pessoa singular
158
Contabilidade
Apuramento de resultados


Para o apuramento do resultado Líquido do
exercício (RLE) concorrem todos os custos e
perdas e todos os proveitos e ganhos
reconhecidos no período respectivo
O RLE é constituído pelos seguintes
componentes:




Resultados Operacionais
Resultados Financeiros
Resultados Extraordinários
Imposto sobre o rendimento do exercício
159
Contabilidade
Apuramento de resultados
+ 71 a 76 Prov. Operacionais
+ Variação da Produção
- 61 a 67 Cust. Operacionais
+79 Prov. Extraord.
- 69 Custos Extraord.
81 - Res.
Operacionais
+
82 - Res.
Financeiros
+ 78 Proveitos Financeiros
- 68 Custos Financeiros
=
83 - Res.
Correntes
84 - Res.
Extraord.
+
=
85 - Res.
Antes Imposto
-
86 - Imposto
Sobre Rendim.
=
88 - Res.
Líquido
160
Contabilidade
Modelo CVR



A análise Custo-Volume-Resultado considera a
inter-relação entre os preços de venda,
volumes de vendas e produção, custos e
resultados
A sua utilidade é essencialmente para a
tomada de decisões de curto prazo
A aplicação deste modelo implica desde logo
que seja possível separar os custos em fixos e
variáveis
161
Contabilidade
Modelo CVR



A análise CVR faz-se tendo em conta a estrutura
de custos existente para uma determinada
capacidade instalada (relevant range)
A mudança na capacidade total normalmente
implica novos investimentos, alterando-se assim
a estrutura de custos anterior
Deve então tomar-se a nova estrutura de custos
para efectuar a análise CVR
162
Contabilidade
Modelo CVR
Custos variáveis: são os custos que
variam directamente e no mesmo
sentido que o volume de actividade de
vendas ou produção
 Custos fixos: são custos independentes
do volume de actividade
 Custos semi-variáveis: têm uma
componente fixa e outra variável

163
Contabilidade
Modelo CVR



Custos variáveis: matérias-primas,
comissões de vendas, combustível de
veículos de transporte, energia dos
equipamentos industriais,...
Custos fixos: rendas, amortizações,
vencimentos base, ...
Custos semi-variáveis: remuneração dos
vendedores (vencimento base+comissões),
encargos com viaturas
(combustíveis+amortizações),...
164
Contabilidade
Modelo CVR


Custos totais vs custos unitários: para um
determinado volume de actividade temos o
montante global de custos incorridos (custos
totais) e temos o custo unitário incorrido por
unidade vendida ou produzida (Custos
Totais/nº unidades produzidas ou vendidas)
Com o aumento do volume de actividade:
Totais
Unitários
C.Fixos
mantêm-se
diminuem
C.Variáveis
aumentam
mantêm-se
C.Semi-variáveis aumentam
diminuem
165
Contabilidade
Modelo CVR
A relação entre os preços de venda, volumes de
vendas e produção, custos e resultados pode
expressar-se da seguinte forma:
Resultado = Proveitos – Custos
Resultado = Proveitos – C.Variáveis – C.Fixos
Resultado = pv*Q – cv*Q – CF
Q = Quantidade vendida ou produzida
pv = preço de venda unitário
cv=custo variável unitário
CF=custos fixos totais
166
Contabilidade
Modelo CVR
O resultado pode também apurar-se graficamente:
Resultado = Vendas – Custos Totais
Vendas
V=pv*Q
Valor
CTotais
CT= cv*Q +CF
CVariáveis
CV=cv*Q
CFixos
CF=CF
Quantidade
167
Contabilidade
Modelo CVR

Ponto crítico das vendas (break even point)



Em quantidade (Qc): Quantidade crítica é a
quantidade vendida que gera proveitos de igual
valor aos custos totais
Em valor (Vc): Vendas críticas são os proveitos
gerados pela venda de Qc  Vc = pv*Qc
Qual o resultado obtido para um nível de
actividade = Qc?
Se Resultado = pv*Q – cv*Q – CF
e se pv*Qc = cv*Qc + CF
então Resultado = 0
168
Contabilidade
Modelo CVR
Gráfico do Ponto Crítico
Vendas
Valor
Lucro
CTotais
CVariáveis
Vc
CFixos
Prejuízo
Qc
Quantidade
169
Contabilidade
Modelo CVR
Cálculo do Ponto Crítico em quantidade:
Resultado = pv*Q – cv*Q – CF
Resultado = (pv-cv)*Q – CF
Resultado + CF = (pv – cv) *Q
Q = Resultado + CF
pv – cv
Como em Qc o Resultado=0 então
Qc =
CF__
pv-cv
170
Contabilidade
Modelo CVR
Cálculo do Ponto Crítico em valor
Vc = pv * Qc
ou
Vc =
CF__ = CF__
pv–cv
1– cv
pv
pv
Dem: pv*Qc – cv*Qc – CF = 0 divide-se tudo por pv*Qc:
pv*Qc = cv*Qc+CF
 1 = cv*Qc + CF__  1 = cv + CF__
pv*Qc
pv*Qc
pv*Qc
pv*Qc
pv
pv*Qc =Vc
 1 – cv =
pv
CF_  Vc (1 – cv) = CF  Vc = CF_
Vc
pv
1- cv
pv
cqd
171
Contabilidade
Modelo CVR
Pressupostos do modelo CVR






O nível de actividade é a única variável que afecta o comportamento
dos custos
Os custos fixos e varáveis podem ser separados e classificados com
rigor
O preço de venda permanece inalterável dentro do período e da
gama de produção relevante
O custo variável unitário e os custos fixos totais permanecem
inalteráveis dentro da gama de produção relevante
Ou produto único, ou a proporção de vendas (sales mix) permanece
inalterável dentro da gama de produção relevante
Não existe diferença significativa entre as existências no início e no
fim do período relevante, isto é, vende-se tudo o que se produz
172
Contabilidade
Modelo CVR
Margem de contribuição: é o excedente das
vendas sobre todos os custos variáveis
Margem de contribuição unitária
mcu = pv – cv
Margem de contribuição total
mct = (pv – cv)*Q
Margem de contribuição em % das vendas
mcp = pv – cv
pv
173
Contabilidade
Modelo CVR
mcu dá-nos a contribuição para os resultados de
cada unidade vendida
 mcp dá-nos a contribuição para os resultados de
cada unidade monetária de vendas
Exemplo: seja pv=5€ e cv=2€
mcu=pv-cv=5-2=3€ (cada unidade vendida contribui c/3€

p/resultados)
mcp=1-cv/pv = 1-2/5 = 0,6€
(por cada € de vendas 0,6€
contribuem p/resultados)
174
Contabilidade
Modelo CVR

Margem de Segurança (ms): é diferença entre as
vendas actuais e as vendas críticas
ms (valor absoluto) = Vendas actuais – Vendas Críticas
 ms (em %) = Vendas actuais – Vendas Críticas
Vendas actuais
Exemplo: As vendas actuais de uma empresa são de 2000
unidades com pv=20€ e Qc = 600.


ms=2000-600=1400
ou ms =(2000-600)/2000=0,7
ou ms=(2000-600)*20 = 28000€
Para atingir o Qc, a empresa teria de vender –1400 unidades do que
as vendidas actualmente (ou -28000€), ou seja, teria de diminuir as
vendas em 70%
175
Contabilidade
Modelo CVR


Através da ms pode calcular-se a quebra nas
vendas possível de suportar pela empresa antes
de ter resultados negativos. É uma forma de
medir o risco económico: quanto maior for ms
maior é a distância até ao ponto crítico e menor
é risco de ter prejuízos
Exemplo: no caso anterior a ms=70% o que reflecte um
risco económico pequeno já que era preciso uma quebra
enorme (de 70%) das vendas para a empresa estar em
risco de ter prejuízo
176
Contabilidade
Modelo CVR


Ponto crítico multiproduto: no caso de existir
mais do que um produto, deve calcular-se o
sales mix e a margem de contribuição de cada
produto
O ponto crítico total é o quociente dos custos
fixos com a margem de contribuição dos
vários produtos ponderada pelo respectivo
peso nas vendas totais (mcup)
177
Contabilidade
Modelo CVR

Exemplo: uma empresa produz os produtos A e B, com custos de
estrutura de 200 000€. Pretende-se apurar Qc e Vc. A informação
disponível é:
pv
cv
sales mix
A
90
70
80% (80% das unidades vendidas são de A)
B
140
95
20% (20% das unidades vendidas são de B)
Cálculo da mcu de A e B e da mcup
mcuA=90-70= 20
20*80%=16
mcuB=140-95= 45
45*20% =9
mcup=16+9=25€
Qc = CF/mcup = 200000/ 25 = 8000
QcA = 80% * 8000 = 6400
QcB = 20% * 8000 = 1600
VcA = 6400*90 = 576000
VcB = 1600*140 = 224000
Vc = 576000+224000=800000€ 178
Contabilidade
Objectivos da CG


A CG tem por objectivo o apuramento e análise dos
custos (classificação e imputação dos custos de
acordo com os critérios e sistemas seguidos na
empresa, de modo a obterem-se custos que sirvam
para o controlo da gestão)
A CG apresenta as seguintes características:





Está organizada em função das necessidades específicas de cada
empresa e não está sujeita a constrangimentos de forma
Destina-se a servir todos os responsáveis da empresa
Utiliza as informações da Contabilidade financeira e os
documentos que lhe servem de base
A contabilidade de gestão deve estar permanentemente
actualizada e fornecer as informações em tempo oportuno
deve ser organizada para por em relevo as responsabilidades
179
Contabilidade
Custos Directos e Indirectos


CUSTOS DIRECTOS: são custos que podem ser
especificamente e exclusivamente identificados com o
objecto do custo, de forma economicamente viável.
Os custos que não tenham estas características são
CUSTOS INDIRECTOS.
A classificação em directos ou indirectos depende do
objecto do custo: por exemplo se o objecto do custo
for o departamento de produção, o salário do director
fabril será um custo directo. Se o objecto do custo
forem os produtos desse departamento, o salário do
director já não pode ser especificamente identificado
com cada produto, pelo que será um custo indirecto.
180
Contabilidade
Custos Reais e custos básicos


Custos reais: são os custos efectivamente suportados para
produzir o produto ou serviço. Só podem ser determinados à
posteriori.
Custos Básicos: São custos teóricos, definidos à priori, para
valorização interna dos produtos e serviços. Há vários tipos
de custos básicos: custos padrão ou standard (quando se
consideram as normas técnicas atribuídas aos vários factores
da área fabril – consumos de matérias, mão de obra,
máquinas,... – para a definição do custo do produto, tendo em
conta as condições óptimas de exploração); custos
orçamentados (obtidos através do processo de orçamentação
das actividades da empresa, pelo que já têm em conta as
condições de exploração para o período em causa).
181
Contabilidade
Custos do Produto


O custo do produto (ou custo industrial) é a soma
de todos os custos incorridos para fabricação do
produto acabado. Incluem os custos com a aquisição
das matérias-primas e outros materiais directos
consumidos, da mão-de-obra directa e dos restantes
custos gerais necessários ao processo produtivo,
sejam fixos ou variáveis.
Ex: Aquisição de matérias-primas, salários dos
operários, amortizações do equipamento produtivo,
energia utilizada no processo produtivo, salários do
supervisor de produção,...
182
Contabilidade
Custos do Produto


Mão de obra directa: são as remunerações e encargos do
pessoal fabril que trabalha directamente na produção e cujos
custos possam ser especificamente e exclusivamente
identificados com o produto final. Por exemplo os operários
de uma linha de montagem consideram-se mão de obra
directa porquanto os respectivos custos são inequivocamente
identificáveis com os produtos que saiem da linha. Já o
salário do condutor da empilhadora ou do director fabril são
custos que só de forma indirecta se podem identificar com os
produtos.
Quando o objecto de custo é o produto, os materiais directos
e a mão de obra directa são aqueles cuja existência física se
pode verificar no produto final (a madeira nas mesas e a
MOD na forma das mesas)
183
Contabilidade
Custos do Produto


Matérias primas: são todas as matérias ou materiais
transformados através do processo de fabricação em
produtos finais
Por exemplo, a madeira, cola, verniz, são materiais
directos que depois de transformados originam mesas
de madeira mas o óleo e combustivel ou electricidade
consumidos pelas máquinas que as fabricaram são
matérias subsidiárias, que não incorporam o produto
final mas são necessárias à sua fabricação- são custos
indirectos.
184
Contabilidade
Custos do Produto



Gastos gerais de fabrico (manufacturing overhead
ou custos comuns): são os restantes custos de
fabricação que não respeitam a matérias directas ou
MOD. Estes custos já não são fisicamente
identificáveis nos produtos. Podem ser fixos ou
variáveis.
Ex: Direcção fabril, departamentos técnicos,
electricidade, água, mão de obra indirecta, matérias
subsidiárias, amortizações,...
A repartição deste tipo de custos pelos objectos de
custo (produtos ou departamentos) constituem o
principal problema no processo de imputação de
custos
185
Contabilidade
Custos do Produto
Custo do produto
= MOD + MP + GGF
 Custos primos
= MP+MOD
 Custos de conversão ou transformação
= MOD+GGF

186
Contabilidade
Custos do Produto vs Custos do Período


Os Custos do Produto englobam os custos com
MP+MOD+GGF. São todos os custos directa ou
indirectamente relacionados com a fabricação dos produtos.
Os restantes custos incorridos no período contabilístico são os
Custos do Período. Incluem-se nesta classificação os custos
provenientes das outras funções da empresa: vendas,
distribuição, financeira, administrativa,...
Podemos então dizer que os Custos dos produtos são os
custos das existências vendidas ou consumidas (inventoriable
costs) que fazem parte do activo (inventário) até serem
reconhecidos, ou seja, até as unidades serem vendidas.
187
Contabilidade
Custos do Produto vs Custos do Período
Custos inventariáveis:
 Matérias primas adquiridas são contabilizadas em existências
de matérias primas (activo)
 Matérias primas consumidas na produção: são contabilizadas
nas existências de produtos em vias de fabrico (activo)
 Mão de Obra Directa utilizada na produção: é contabilizada
em existências de produtos em vias de fabrico (activo)
 Gastos gerais de fabrico imputados à produção: são
contabilizados em existências de produtos em vias de fabrico
(activo)
188
Contabilidade
Custos do Produto vs Custos do Período


Quando os produtos estiverem concluídos, o correspondente
valor constante nas existências de produtos em vias de fabrico
(PVF) passará para as existências de produtos acabados (PA). E
lá permanecerá até que os respectivos produtos sejam vendidos.
É nesta altura (da venda dos produtos) que se reconhecem os
custos dos produtos vendidos (só se leva a custos a parte
respeitante às unidades vendidas, permanecendo o restante nas
existências PA
Os Custos do Período não são inventariáveis (não passam pelo
Activo)mas correspondem a despesas imediatamente
reconhecidas como custos e incluídas directamente na
Demonstração de Resultados. São então os custos que não
respeitam ao processo de fabrico propriamente dito (comerciais,
administrativos, financeiros, ...)
189
Contabilidade
Custos do Produto vs Custos do Período
Empresa Industrial
Compra de Matérias-Primas
Custos
do Produto
Mão-de-Obra Directa
Gastos Gerais de Fabrico
BALANÇO
D.R.
Existências de MP
Existências de Produtos
em Vias de Fabrico
Existências de
Produtos Acabados
Custos do Período
Vendas
Custos dos
Produtos Vendidos
=
Resultados Brutos
Custos de Distribuição e
Administrativos
=
Resultado Operacional
190
Contabilidade
Custos do Produto vs Custos do Período
Empresa Comercial
BALANÇO
D.R.
Vendas
Custos
do Produto
Compra de Mercadorias
Existências de Mercadorias
Custos dos
Produtos Vendidos
=
Resultados Brutos
Custos do Período
Custos de Distribuição e
Administrativos
=
Resultado Operacional
191
Contabilidade
Objectivos dos custos


OBJECTIVO (OU OBJECTO) DOS CUSTOS: Os custos são recursos
consumidos para atingir um determinado objectivo. Para orientar as
decisões, os gestores necessitam de dados pertinentes referentes a
determinada finalidade. Necessitam de saber o custo duma
actividade, de um determinado produto ou serviço. É necessário que
os custos referentes à actividade ou produto objecto do custo sejam
medidos separadamente dos restantes.
Na contabilidade financeira sabemos os tipos de custos que foram
reconhecidos num período. A acumulação dos vários tipos de custos
são os custos totais da empresa nesse período. Para a gestão é
necessário saber dessa acumulação de custos quais as parcelas que
devem ser imputadas a cada objecto de custo - conjunto de custos
associados a um ou vários objectos de custos. Por exemplo, o custo
total das matérias primas é imputado aos departamentos que as
consumiram e aos produtos onde foram incorporadas.
Departamentos e produtos são neste caso objectos de custo
192
Contabilidade
Centros de custos
Centros de custos ou responsabilidade: são
unidades orgânicas descentralizadas (ex:
departamentos da empresa) dotadas de objectivos
específicos e de um conjunto de meios materiais e
humanos que permitem ao responsável do centro
realizar o seu programa de actividade com a maior
autonomia possível. A contabilidade de gestão deve
apurar os custos de cada centro de responsabilidade,
analisá-los e transmiti-los aos respectivos
responsáveis, tendo em vista o seu controlo e
adequação aos objectivos da empresa.
193
Contabilidade
Imputação de custos

Objectivos da imputação de custos:
• Tomada de decisão sobre a afectação de custos
• Medição da rendibilidade dos produtos/serviços e
unidades de negócio (SBU-Strategic Business
Units)
• Motivação dos gestores e empregados
194
Contabilidade
Imputação de custos
Método para imputação de custos:
• Escolher o objecto de imputação (departamento, produto,
serviço,...)
• Identificar o maior nº possível de custos directos (Ex.
produto: matérias-primas, componentes, mão de obra
directa, ...)
• Identificar os custos indirectos (Ex. produto: amortizações
do equipamento produtivo, renda da fábrica, energia,
manutenção industrial,...)
• Agrupar os custos indirectos por centro de custo
• Escolher método de imputação dos centros de
custos/custos indirectos ao objecto de imputação
195
Contabilidade
Imputação de custos
Tipos de imputação de custos:



Imputação dos custos aos departamentos:os custos
directos+ os GGF, com base numa taxa de imputação,
são imputados aos vários departamentos da empresa
Imputação dos custos dos departamentos de suporte
aos departamentos operacionais: os dep. de suporte
prestam serviços aos dep. Operacionais pelo que os
seus custos são completamente realocados a estes
Imputação dos custos dos dep. operacionais aos
produtos/serviços: nos dep. Operacionais acumulamse todos os custos incorridos com a produção pelo
que importa agora imputá-los aos produtos
196
Contabilidade
Imputação de custos




Imputação dos Gastos Gerais de Fabrico: atendendo à
heterogeneidade das rubricas que integram os GGF, torna-se
necessário definir coeficientes, taxas ou quotas de imputação
Taxa de imputação: é o quociente entre os GGF e a base de
repartição escolhida para a imputação.
Base de Repartição: é a quantidade ou valor que expressa a
actividade a que respeitam aqueles gastos (pode ser matérias
primas, mão obra directa, horas-máquina,...).
A diferença entre os GGF reais e os que foram imputados à produção
com base em taxas pré-determinadas originam as diferenças de
imputação que serão posteriormente distribuídas pelos produtos
acabados em armazém, pelos produtos em curso e pelo custo dos
produtos vendidos, tudo na respectiva proporção ou, caso as
diferenças não sejam de valor significativo, são totalmente
imputadas ao custo dos produtos vendidos.
197
Contabilidade
Imputação de custos
As bases de repartição podem ser únicas ou múltiplas:


são únicas quando se considera a mesma base para repartir todos
os GGF (horas de trabalho directo, quantidade de matérias primas
consumidas, custo das matérias primas consumidas, nº de
unidades fabricadas, horas de trabalho das máquinas,...);
são múltiplas quando se dividem os GGF em sub-grupos de custos
mais homogéneos e se adoptam bases de repartição diferentes
para cada sub-grupo. Por exemplo, o custo mão obra indirecta pode
ser repartido em função do custo de mão obra directa; as matérias
indirectas em função do custo das matérias directas incorporadas, o
seguro de incêndio em função do valor do imobilizado,...
198
Contabilidade
ABC



ABC – Activity Based Costing é um processo de repartir os GGF
pelas quantidades produzidas com base nos benefícios que resultam
de uma determinada actividade indirecta. Com este método de
custeio pretende-se relacionar os GGF com as actividades que os
originaram.
A diferença deste método de custeio com os métodos tradicionais
reside na imputação dos GGF aos produtos, que tradicionalmente
utilizam como base de repartição dos GGF as horas-homem ou
horas-máquina e no caso do método ABC procura-se utilizar bases
de repartição que traduzam os processos geradores de custo (cost
drivers) das actividades
A utilização de bases de repartição múltiplas acarreta mais custos
do que a utilização de uma única base de repartição. É necessário
que os benefícios decorrentes da utilização do método ABC sejam
superiores aos custos da sua implementação e utilização.
199
Contabilidade
ABC
Para aplicar o método de custeio ABC é necessário:
 Identificar as actividades (compras, movimentação de materiais,
montagem,...)
 Identificar os cost drivers da cada actividade (nº unidades
compradas, nº unidades movimentadas, nº unidades montadas,...)
 Estimar o total de GGF de cada actividade
 Identificar a taxa de imputação para cada actividade: (tx.
Imputação compras=custo das compras/nº unidades
compradas,...)
 Imputar os custos ao produto com base na respectiva utilização de
cada actividade (Imputação dos custos das compras=Tx. imputação
compras*quantidade comprada,...)
200
Contabilidade
Dep. operacionais e dep. suporte
Imputação de custos entre dep. Suporte e Operacionais
 Os custos podem ser fixos ou variáveis. Sendo possível a sua
separação, podem utilizar-se diferentes critérios para a sua
imputação (método dual)
 Imputação ideal dos C. Variáveis: deve atender-se aos custos
orçamentados e à quantidade realmente utilizada (utilizando os
custos reais, os dep. consumidores estarão a suportar ineficiências
dos dep. suporte; ao utilizar as quantidades reais garante-se que
só se pagou aquilo que efectivamente se utilizou)
 Imputação ideal dos C. Fixos: deve atender-se aos custos
orçamentados e à quantidade orçamentada (garantindo a
cobertura dos c.fixos do dep. suporte)
201
Contabilidade
Dep. operacionais e dep. suporte
Imputação de custos entre dep. Suporte e Operacionais
 Método Directo: ignora os custos entre os dep.
suporte
 Método step-down: considera uma imputação parcial
dos custos entre dep. Suporte. Primeiro imputam-se
os custos do dep. suporte que mais custos dá aos
restantes dep. suporte. Depois imputam-se os custos
ao dep. operacional.
 Método recíproco: considera todos os custos entre os
dep. suporte
202
Contabilidade
Políticas de qualidade
Objectivo a atingir em qualquer empresa de sucesso
O que é a qualidade ??
Consumidor
versus
* Valor acrescentado do produto
Produtor
* Garantia das especificações
* Adequação do produto (fitness for use)
203
Contabilidade
Custos de qualidade
Custos de não responder aos requisitos do cliente
Custos de Qualidade = custos de controlo + custos de falha
custos de prevenção
custos de falha internos
(formação pessoal, escolha de
fornecedores, manutenção
preventiva, equipamentos e
processos )
+
(perdas de produção devido a
paragens, recuperação de
produtos defeituosos, sucatas)
+
custos de avaliação
(custos de garantias, custos de
queixas, perda de imagem,
diminuição de vendas)
(inspecções de MP, de processos,
de PA, testes de PA)
custos de falhas externos
204
Contabilidade
Gestão da qualidade total

Conceito de gestão que traduz o esforço conjunto de gestores e
trabalhadores para a satisfação das expectativas dos
consumidores com base numa melhoria contínua da gestão de
operações, produtos e processos
§ Redução de custos
§ Aumento de vendas
§ Desenvolvimento de vantagens competitivas
QUALIDADE DOS PRODUTOS
205
Contabilidade
Pontos de inspecção
O quê e onde inspeccionar ?
• Identificar os aspectos mais importantes da qualidade (ter em conta
requisitos dos clientes)
• Identificar os passos chave do processo que afectam as
características de qualidade
A inspecção pode ser feita sobre:
• Matérias-primas
• Processo
• Produto Final
206
Contabilidade
Pontos de inspecção
Matérias-Primas: garantir a qualidade dos “Inputs”
Processo: implica a identificação dos passos a
inspeccionar ao longo do processo
(Faz-se um balanço entre os custos de inspeccionar e os custos
de passagem de produtos defeituosos através do processo)
Produto: pode originar três procedimentos:
• produto para o lixo (sucata);
• produto volta ao processo - reciclado;
• produto sujeito a reparação em área especifica.
207
Contabilidade
Pontos de inspecção
Tratamento contabilístico dos defeitos de
fabrico:


Se o defeito estiver dentro dos limites considerados
normais, o seu custo é suportado pela produção
boa
Se o defeito for considerado anormal o seu custo é
deduzido ao custo de produção para ser imputado a
uma conta de custos extraordinários, passando
assim a ser um custo do período
208
Princípios para implementar a qualidade total









A alta direcção de topo deve estabelecer as directrizes e a política de
qualidade a ser seguida pela organização e assumir a liderança na
execução.
Todos devem participar, desde o mais humilde empregado até o mais
alto dirigente.
Deve ser instituído um programa de educação e treino amplo e
permanente.
É necessário criar uma unidade, ligada ao mais alto nível da
organização, para coordenar as actividades.
Deve-se consolidar a sistemática da Garantia da Qualidade.
Deve ser cultivado o respeito às pessoas.
Deve-se eliminar as diferenças sexuais, raciais, religiosas da estrutura
organizacional.
Manter sempre uma postura voltada para o cliente, o estágio
subsequente do trabalho é cliente do estágio precedente.
Na condução desses princípios será de fundamental importância cultivar
a virtude da paciência.
209
Os cinco grandes princípios da qualidade total:





Empenhamento da gestão de topo;
Objectivos de satisfação do cliente;
Processo contínuo de melhorias;
Qualidade entendida como um problema de
toda a gente;
Gestão dos custos da qualidade.
210
Benefícios:
Satisfação dos clientes;
 Melhoria contínua;
 Eliminação dos desperdícios;
 Satisfação dos clientes internos;
 Comunicação efectiva;
 Atitudes positivas.

211
Diferenças entre controlo de qualidade e
qualidade total
Anos 60 e 70 – CONTROLO DE QUALIDADE
Anos 90 – QUALIDADE TOTAL
Controlo à “posteriori”
Controlo à “priori”
Acção sobre os efeitos
Identificação e eliminação das causas
Acção curativa
Acção preventiva
Campo de acção: o produto
Campo de acção: toda a empresa
O cliente é o comprador
O cliente é utilizador
Actuação estática
Actuação dinâmica, evolutiva
Obtenção da qualidade sem considerar os custos
Avaliação económica. Optimização dos custos.
Existência de normas, tolerâncias, hábitos
Recusa absoluta da Não qualidade
O defeito é normal
Zero defeitos. Especificações evolutivas
O controlo é feito por alguns
O controlo é exercido por todos
Desconfiança
Confiança
A qualidade custa dinheiro
A qualidade paga-se a si própria
212
Características dos dois tipos de gestão na análise
do cliente
Gestão tradicional
Gestão TQM
Papel do cliente
Foco total no cliente
Satisfação do cliente
Aperfeiçoamento constante em relação ao cliente
Qualidade
Percepção da qualidade pelo cliente
Quem é o cliente?
Quem é o cliente?
Prioridade à execução das tarefas A qualidade é sempre a primeira prioridade
213
Características dos dois tipos de gestão na análise
no processo de produção
Gestão tradicional
Gestão TQM
A produção está hierarquicamente estruturada com
fornecedores externos, gestores, trabalhadores,
clientes externos.
A produção é um processo baseado na relação entre
o fornecedor e o cliente.
Dar ênfase à velocidade e flexibilidade
Dar ênfase à velocidade e flexibilidade
O gestor é responsável
Toda a gente é responsável pela TQM
O negócio tem de ser dinâmico
A empresa tem de ser dinâmica
Acredita no comandar e controlar
Acredita em gerir o processo
Aperfeiçoamento é importante mas por vezes difícil
de avaliar
Acredita na avaliação constante com vista ao
aperfeiçoamento
214
Gráfico de Pareto
O gráfico de Pareto é
um histograma onde
se pode visualizar,
com facilidade, a
importância de cada
classe de uma
variável expressa no
eixo X.
Este procedimento é
uma das ferramentas
estatísticas básicas
para a gestão de
processos .
215
Gráfico de Controle de Qualidade
Gráfico c
DEFEITO POR AMOSTRA
Gráfico c
Número de Defeitos. O gráfico
será construído pela variável
que representa o número de
defeitos no eixo Y e variável
que identifica a amostra no eixo
X.
216
FLUXOGRAMA
217
Gráficos de Dispersão
218
Folha de Verificação
Ocorrências
Problema
Segunda
Terça
Quarta
Quinta
Sexta
Falta de Papel
Cópias muito claras
Falta de Toner
Separador não funciona
Alimentador de documentos
Alimentação de transparências
Outros: A copiadora parou
Painel confuso
Copiadora sem energia
219
HISTOGRAMA
Frequ
ência
Inter
valo
50 a
56
2
4
4
1
2
2
57 a
63
64 a
70
71 a
77
78 a
84
85 a
91
Freq
uênci
a
43 a
49
50 a
56
57 a
63
64 a
70
Inter
valo
2
7
5
1
220
DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO
DE ISHIKASWA (espinha de peixe)
Os M’s:
Mão de obra
Método
Material
Máquina
Meio ambiente
Medição
"Management"
(gestão)
4Ps:
políticas
Procedimentos
Pessoal
Planta
221
DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO
DE ISHIKASWA (espinha de peixe)
222
Contabilidade
Valorização do PA
Métodos de valorização do produto acabado:
 Custeio por obra (job costing):
• Utiliza-se quando a produção é diversificada (descontínua) e
cada produto ou lote de produtos é distinguível dos outros
(ex: construção naval e aeronáutica, construção civil, ind.
Móveis, reparação automóvel, serviços de consultora,...)

Custeio por processo (process costing):
• Utiliza-se quando se produzem grandes quantidades de
produtos iguais, de forma contínua, através de várias fases
de fabrico (ex: produção industrial, química, farmacêutica,
pasta de papel, refinarias ...)

Custeio Híbrido:
• quando se utilizam os dois métodos anteriores
223
Contabilidade
Valorização do PA

Custeio por obra:

Custeio por processo:
neste método, os vários custos de
produção (MP+MOD+GGF) vão-se apurando consoante as
respectivas obras (ordens de produção). No final da obra,
somam-se todos os custos incorridos e divide-se pelo nº de
produtos acabados, obtendo-se assim o custo unitário de
produção. O objecto de custo é o produto ou obra.
neste método, os vários custos
de produção (MP+MOD+GGF) vão-se apurando consoante as
respectivas fases de produção (processos). No final de cada fase,
os custos já incorridos são transferidos para a fase seguinte até
que todas as fases de produção estejam concluídas. No final,
divide-se os custos de produção assim calculados pelo nº de
produtos acabados, obtendo-se o custo unitário de produção. O
objecto de custo é o processo.
224
Contabilidade
Custeio por obra vs custeio por processo
Obra 100
Materiais directos
Mão-de-obra directa
Gastos Gerais
Produtos acabados
Obra 101
Custos prod. vendidos
Obra 102
Produtos acabados
Unidades em Produção
Obra 100
xx
xx
xx
Custos prod. vendidos
xx
xx
xx
Processo A
Materiais directos
Mão-de-obra directa
Gastos Gerais
Processo B
Produtos acabados
Processo C
Unidades em Produção Unidades em Produção Unidades em Produção
em A
em B
em C
xx
xx
xx
xx
xx
xx
Produtos acabados
xx
xx
Custos prod. vendidos
Custos prod. vendidos
xx
xx
225
Contabilidade
Custeio por obra

Custeio por obra:



Requer cálculo de custos por ordem de produção
A cada ordem de produção devem ser atribuídos os
seus custos directos com materiais e mão de obra
Os custos indirectos (materiais, mão de obra e
gastos gerais de fabrico) são primeiro registados na
conta de GGF e posteriormente imputados às
diversas ordens de produção, através da taxa de
imputação pré-determinada
226
Contabilidade
Custeio por obra

Imputação dos GGF às obras:


Quotas teóricas: orçamentam-se os GGF do ano e
quantidade de Horas MOD ou HMáquina (ou outra
quantidade que corresponda à base de repartição
escolhida). A quota será o quociente entre GGF
orçamentados e a base de repartição orçamentada.
A imputação dos GGF corresponderá ao produto
entre a quantidade real da base de repartição de
cada obra pela quota teórica pré calculada.
227
Contabilidade
Custeio por obra

Exemplo de imputação GGF com quotas teóricas:
•
•
•
•



GGF orçamentados=90 000
Custo MOD orçamentado=60 000
GGF incorridos=100 000
Custos MOD incorridos=64 000
Quota teórica de imputação com base nos custos de
MOD = 90 000/60 000=1,5
GGF a imputar = 1,5*64 000=96 000
Diferença de imputação 100 000-96 000=4 000 a ser
levada ao Custo do Produto Vendido
228
Contabilidade
Custeio por processo

Custeio por processo:



Requer cálculo de custos por fases de produção
A cada fase de produção devem ser atribuídos os
seus custos directos com materiais e mão de obra
Os custos indirectos (materiais, mão de obra e
gastos gerais de fabrico), serão imputados a cada
fase através da taxa de imputação pré-determinada
229
Contabilidade
Custeio por processo
Cinco passos no custeio por processo:





Traduzir o fluxo de produção em unidades físicas
Converter em unidades equivalentes
Calcular os custos totais de produção
Calcular os custos unitários
Valorizar os PA e PVF
230
Contabilidade
Custeio por processo


Unidades Equivalentes: é o valor da relação
entre os custos já imputados para ter o
produto no estado em que se encontra e os
custos necessários para o produto estar
acabado
O grau de acabamento que se calcula respeita
ao grau de acabamento médio de todos os
PVF, calculados factor a factor (MP, MOD e
GGF)
231
Contabilidade
Custeio por processo

Custo Médio: por este método os
produtos acabados (PA) e as existências
finais em curso (PVFf) são valorizadas
ao custo médio de cada unidade
equivalente. O custo médio calcula-se
dividindo o somatório do custo dos PVFi
e os custos de produção do período pelo
somatório das respectivas unidades
equivalentes.
232
Contabilidade
Custeio por processo

FIFO: por este método as primeiras
unidades a serem acabadas são aquelas
que se encontravam em curso no início
do período (PVFi). Com este critério, as
existências finais em curso (PVFf) são
valorizadas ao custo das unidades
equivalentes relativas à produção
efectiva do período
233
Contabilidade
Custeio por processo
Exemplo Custeio por processo:





Uma empresa de montagem de computadores tinha no início do
mês 5 computadores com os seguintes custos incorporados: MP
80%, MOD 40% e GGF 40%.
O custo atribuído aos 5 computadores foi de MP7200€, MOD1370€,
GGF1480€.
Durante o mês foram acabados 120 computadores e ficaram na
linha 10 computadores que tinham incorporados MP 60%, MOD
50%, GGF 60%.
Os custos do mês referentes à produção foram MP262300€, MOD
56826€, GGF 59024€.
Calcule o valor dos PA e PVF (custo médio e FIFO)
234
Contabilidade
Produção conjunta



Custos de produção conjuntos: são os custos incorridos na
produção de 2 ou mais produtos, que só podem ser produzidos
conjuntamente (produtos conjuntos) até ao ponto de separação.
Produtos conjuntos são 2 ou mais produtos que têm valor
significativo de venda e não são possíveis de identificação
individual até ao ponto de separação (split off point).
Ponto de separação: é o momento no processo de fabrico a
partir do qual os produtos já se podem identificar
individualmente. Os custos incorridos a partir do ponto de
separação já se podem afectar a cada produto individualmente
(custos disjuntos, por oposição a custos conjuntos).
235
Contabilidade
Produção conjunta




Coprodutos: São os produtos principais que se
obtêm da produção conjunta.
Sub-produtos: são os produtos que também se
obtêm da produção conjunta mas que têm um valor
muito inferior relativamente aos produtos principais
Desperdícios ou resíduos: São os sub-produtos que
não têm qualquer valor comercial.
Semi-produtos: São produtos que após o ponto de
separação ainda necessitam de processamento para
se transformarem em produtos acabados
236
Contabilidade
Produção conjunta
Métodos para valorizar a produção conjunta
 Unidades físicas no ponto de separação
 Valor das vendas no ponto de separação



Preço de Venda Relativo
Margem Bruta
Margem Bruta Constante
237
Contabilidade
Produção conjunta
Unidades físicas no ponto de separação: por este
critério os custos conjuntos são repartidos em função
das quantidades produzidas
Ex: Uma empresa produz os produtos A, B e C
Custos (€):
MP
MOD
GGF
Total
46 600
4 800
6 200
57 600
Produção 960Kg:
A
B
C
Total
100
500
360
960
O custo de cada produto:
57 600 = 60€
960
+ custo do
processamento
adicional
238
Contabilidade
Produção conjunta
Valor das vendas no ponto de separação:
 Preço de venda relativo: o custo é repartido com
base na importância de cada produto em termos do
valor das vendas

Margem Bruta: o custo é repartido em função da
margem bruta de cada produto relativamente à margem
bruta total

Margem Bruta Constante: o custo é repartido em
função da manutenção da mesma margem bruta para
os vários produtos
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Contabilidade
Produção conjunta
Exemplo:Uma empresa fabrica dois produtos A e B. O
custo conjunto é 1 000€ e o valor das vendas no
ponto de separação é de 1€ para A e 1,5€ para B. No
ponto de separação obtêm-se 750 Kg de A e 250 Kg
de B, ambos produtos semiacabados. Para obter os
produtos finais é necessário processar adicionalmente
cada um, sendo os custos de processamento
específico de 375€ para obtenção de 600Kg de A e
350€ para obtenção de 200Kg de B. O preço de venda
dos produtos finais A e B é, respectivamente, de
2,5€/Kg e 3,5€Kg. Reparta os custos conjuntos pelos
3 métodos.
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