AVALIAÇÃO DE TRANSFORMANTES DE PHYLLOSTICTA CITRICARPA E
INDUÇÃO DE SINTOMAS PARA ESTUDO DA EPIDEMIOLOGIA DA MANCHA
PRETA DOS CITROS
Desirrê Alexia Lourenço Petters, PIBIC-CNPq
Chirlei Glienke, Eduardo Goulin, Camila da Costa Senkiv, Josiane Figueiredo
INTRODUÇÃO
A Mancha Preta dos Citros (MPC), causada pelo patógeno
Phyllosticta citricarpa, é uma doença que acomete várias
espécies de citros importantes economicamente, trazendo
grandes prejuízos e problemas aos produtores, devido à
grande dificuldade de ser controlada e/ou erradicada.
Com a finalidade de compreender o processo de infecção
na doença Mancha Preta dos Citros, o presente trabalho
objetivou:
• Caracterizar os transformantes de Phyllosticta citricarpa
obtidos através de agrotransformação, quanto à taxa de
esporulação em placa, visando encontrar linhagens com
alterações causadas pela inserção do T-DNA.
MATERIAL E MÉTODOS
Um dos indicadores de patogenicidade é a produção de
picnídios. Para avaliá-la, foram utilizadas placas de petri com
meio de cultura água-água (1,5% ágar). Sobre estas placas,
foram colocados cinco discos de folhas de citros
autoclavados, medindo 1cm, e ao redor deles foram
inoculados quatro fragmentos miceliais das linhagens.
Como o meio de cultura ágar-água é pobre em nutrientes,
isso gera um stress no microorganismo, que busca então
nutrientes que necessita na folha de citros, que é a única
fonte disponível. Esse stress estimula a produção de
estruturas de reprodução como os picnídios.
Os discos foram fotografados aos 10, 15, 20, 25 dias, com
câmera FujiFilm S4080, para que fosse realizada a
contagem de picnídios existentes sobre as folhas em cada
uma das datas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A linhagem selvagem, LGFM6, utilizada como controle, já produzia
estruturas de reprodução aos 10 dias de análise, confirmando que o
experimento é útil para evidenciar a produção de picnídios.
Além disso, também evidenciou-se a existência de quatro linhagens
transformantes que não produziram picnídios ao longo dos 25 dias de
avaliação (LGMF06-T06, LGMF06-T07, LGMF06-T09 e LGMF06-T11) .
FIGURA 01 - DISCOS DE
FOLHA DE CITROS
INOCULADOS COM AS
INHAGENS LGMF6-T07 (A)
E LGMF6-T08 (B) APÓS 10
DIAS DE CRESCIMENTO
Nota: Observa-se a presença
de picnídios em B, apontados
pelas setas, e ausência destes
em A.
FONTE: A autora (2013).
CONCLUSÕES
Pode-se perceber que o protocolo de agrotransformação é bastante eficaz
para a criação de uma biblioteca de mutantes, pois é possível observar que
há diferenças na produção de picnídios, com alguns mutantes inclusive
deixando de produzi-los. A partir destes transformantes, então, há a
possibilidade de realizar estudos sobre quais os genes envolvidos nos
processos de patogenicidade, uma vez que o DNA inserido durante a
transformação pode ter gerado alguma alteração na expressão de algum
gene.
REFERÊNCIAS
FIGUEIREDO, J. G.; GOULIN, E. H.; TANAKA, F.; KAVA-CORDEIRO, V.;
GALLI-TERASAWA, L.; STAATS, C.; SCHARANK, A.; GLIENKE, C.
Agrobacterium tumefaciens-mediated transformation of Guignardia
citricarpa. Journal of Microbiology Methods. 80(2), p.143-147, 2010.
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