Exmo Ministro, Desde o início dos protestos na Síria, na sua grande maioria pacíficos, em março de 2011, foram mortos mais de 9,750 sírios, incluindo mais de 700 crianças e muitos mais feridos. Fiquei chocado(a) com os relatórios que provam que foram massacrados 108 civis na vila de Houla, das quais 50 eram crianças são chocantes. Escrevo para lhe pedir que use a sua influência sobre as autoridades Sírias para ajudar a impedir que sejam levadas a cabo mais atrocidades. Notei o apoio do governo da Rússia na resolução do Conselho de Segurança da ONU de 14 de abril, mas ainda assim peço-lhe que mostre liderança ao suspender as transferências de armas para a Síria imediatamente, dado que podem ser usadas para cometer mais violações de direitos humanos e levar à escalada de violência. O Conselho de Segurança da ONU deve fazer mais do que apenas condenar esta situação e referir imediatamente a deterioração da situação na Síria ao Tribunal Penal Internacional e clarificar que estes crimes devem ser sujeitos a jurisdição universal. É também fundamental que use a sua influência para pressionar as autoridades Sírias a cumprir de boa-fé aquilo a que se comprometeram no plano de seis pontos apresentado na resolução de 14 de abril. Isto inclui: - cessar imediatamente os bombardeamentos em áreas residenciais - restringir a atividade dos militares Sírios em Homs e outras áreas - libertar todas as pessoas que foram arbitrariamente detidas - permitir as manifestações pacíficas As autoridades Sírias devem permitir imediatamente que as agências humanitárias e organizações de direitos humanos tenham acesso total às áreas atingidas. Enquanto aumentam as mortes, a missão de observação da ONU sobre a Síria deve ter o seu mandato alargado, e o governo Sírio deve permitir que a Comissão de Inquérito Independente Internacional, estabelecida pelos Conselho de Direitos Humanos da ONU possa entrar no país para investigar as alegações de abusos em ambos os lados do conflito. A situação está fora de controlo. Apelo-lhe que ajude, por favor, a parar os massacres. Atenciosamente