Sepse Neonatal Uso racional de antibiótico! AVANÇOS!! Paulo R. Margotto Prof. Curso de Medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF Unidade de Neonatologia do Hospital Regional da Asa Sul www.paulomargotto.com.br, [email protected] II Congresso Paraibano de Saúde Materno-Infantil(Campina Grande 30 de maio a 2 de junho de 2012) Uso Racional de Antibióticos Objetivo: evitar esta situação! Quando usar? Quando suspender o antibiótico? Uso Racional de Antibióticos Objetivo: evitar esta situação Frankenbusch K et al, 2006 Uso Racional de Antibióticos Sepse Neonatal Principal causa de admissão na UTI Neonatal e de morbimortalidade (países em desenvolvimento e desenvolvidos) Afeta 12-40,5/1000 nascidos vivos Mortalidade:1,5% (RN a termo)-40%(RN muito baixo peso) (responsável por 50% das mortes após 2 semanas de vida) Na ausência de marcadores específicos,muitos RN são tratados (desnecessariamente):100% nos RN <1000g!(culturas negativas!) Maior preocupação: antibioticoterapia profilática! (93% usam por 5 dias;27-85%≥5dias!!!) Cotten,2009;Yu, 2010; Alexander, 2011;Raimondi,2011;Hofer, 2012 Uso Racional de Antibióticos Uso inadequado ou discutível de antibióticos RN pré - termo de muito baixo peso Rotura prematura de membranas Aspiração de mecônio Corioamnionite Febre materna Infecção do trato urinário materno RN com procedimentos invasivos (cateter vascular;ventilação:trocar circúito cada 7 dias ou mais) Prematuro “sem causa conhecida” Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS/ESCS Uso Racional de Antibióticos Vamos procurar a causa do parto prematuro! FATORES DE RISCO História obstétrica: parto prematuro anterior anterior, abortamento Estresse: baixo nível socio-econômico, solteiras, ansiedade, depressão, eventos funestos Fadiga ocupacional Distensão uterina excessiva: gestação gemelar, polidrâmnio Fatores cervicais: comprimento cervical,, cirurgias prévias Amorim M, 2010 Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS/ESCS Uso Racional de Antibióticos Vamos procurar a causa do parto prematuro! FATORES DE RISCO Infecções: infecções sexualmente transmissíveis (chlamydia, gonorréia, tricomoníase), vaginose bacteriana, doença periodontal, infecção do trato urinário Patologia placentária: placenta prévia, DPP, história de sangramento genital Fatores fetais: anomalias fetais, restrição do crescimento fetal Fatores genéticos: polimorfismos – fatores inflamatórios Amorim, M, 2010 Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS/ESCS Uso Racional de Antibióticos Vamos procurar a causa do parto prematuro! FATORES DE RISCO Tabagismo Abuso de substâncias Baixo nível educacional Pré-natal inadequado Extremos de idade materna Extremos de peso (baixo peso, obesidade) Amorim M, 2010 Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS/ESCS Uso Racional de Antibióticos Vamos procurar a causa do parto prematuro! História obstétrica e risco de parto prematuro História pregressa Risco de PP Risco de PP antes subsequente de 28 sem Nenhum PP anterior PP anterior 9% 0,23% 22% PP anterior < 28 sem 5% PP anterior 28-34 sem 3% PP anterior 35-36 sem 1% PP: parto prematuro Mercer, BM, Goldenberg, RL, Moawad, AH, Meis, PJ, et al. The preterm prediction study: effect of gestational age and cause of preterm birth on subsequent obstetric outcome. Am J Obstet Gynecol 1999; 181:1216-20 Amorim M, 2010 Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS/ESCS Uso Racional de Antibióticos Vamos procurar a causa do parto prematuro! História obstétrica e risco de parto prematuro História pregressa Risco de PP 2 PP anteriores 42% Entre 32 e 36 semanas 33% Antes de 36 semanas 57% Gestação a termo seguida de PP 21% PP seguido de gestação a termo 13% 2 nascimentos anteriores a termo 5% PP: parto prematuro McManemy, J, Cooke, E, Amon, E, Leet, T. Recurrence risk for preterm delivery. Am J Obstet Gynecol 2007; 196:576-80 Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS/ESCS Amorim M, 2010 Uso Racional de Antibióticos Vamos procurar a causa do parto prematuro! Periodontite (Inflamação destrutiva do periodonto (afeta aproximadamente 30% da mulheres na idade de procriar) Infiltração bacteriana do periodonto Toxinas bacterianas estimulam a resposta inflamatória crônica, com destruição do periodonto e formação de bolsas que tornam-se eventualmente infectadas Pode induzir bacteremia recorrente, iniciando a produção de citocinas, prostaglandinas (PGE2) e interleucinas (IL-6, IL-8) que podem afetar a gestação Parece provável que a cascata inflamatória pode iniciar o trabalho de parto prematuro a causa de RN de baixo peso: a PGE2 restringe o fluxo placentário, causando necrose placentária e restrição do crescimento intra-uterino Silk H, 2008 Uso Racional de Antibióticos Vamos procurar a causa do parto prematuro! Periodontite Chambrone et al (2011) -metanálise de 11 estudos (todos os casos) parto prematuro (RR:1,70;IC a 95%:1.03-2,81) -metanálise de 3 estudos (periodontite moderada a severa) Parto prematuro (RR: 1,96;IC a 95%:1,32-2,90) (alta heterogeneidade dos estudos!) Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS/ESCS Uso Racional de Antibióticos Vamos procurar a causa do parto prematuro! Periodontite Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS/ESCS Chambrone et al, 2011 Uso Racional de Antibióticos Vamos procurar a causa do parto prematuro! Periodontite moderada a severa Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS/ESCS Chambrone et al, 2011 Uso Racional de Antibióticos Vamos procurar a causa do parto prematuro! Vaginose bacteriana : Desequilíbrio da flora vaginal normal com um supercrescimento de bactérias anaeróbicas (Gardnela vaginalis) e a falta da flora lactobacilar normal - Laxmi et al (2012):37/152(24,3%) pacientes em parto prematuro significante aumento de DMH (14 X 6%); VM ((14 X 5%); Internação e duração na UTI (15 X 6%) e 15% x 6%) - Mcdonald et al (2007):efeito do tratamento com antibiótico (15 estudos controlados; 588 mulheres)) antes de 20 semanas, redução do parto prematuro (OR= 0.63, 95%;IC; 0.48 to 0.84; 5 ensaios, 2387 mulheres) - -história de parto prematuro, sem redução do parto prematuro (OR: 0.83; 95% IC:0.59 to 1.17, 5 ensaios, 622 mulheres) Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS/ESCS Uso Racional de Antibióticos Streptococcus do Grupo B(GBS) Agente mais importante na pneumonia neonatal mortalidade está entre 20-30% 15-30% de seqüelas neurológicas nos sobreviventes que apresentaram meningite. Fatores de risco mãe colonizada:>25 x risco infecção neonatal prematuridade (<37 semanas) corioamnionite,febre intraparto (>=38 oC, rotura prematura de membranas ≥18 horas RN anterior afetado Com esforço da prevenção:1,7/1000 (anos 90) para 0,340,37/1000! MÃES COLONIZADAS:10-30% (VAGINA OU RETO) MMWR,Nov 19/2010/vol 59/No. RR-10 Uso Racional de Antibióticos Streptococcus do Grupo B(GBS) Aquisição vertical: GBS LA após início do TP ou rotura membranas (pode ocorrer com membranas intactas) pulmão fetal bacteremia Exposição ao GBS no canal de parto A CESARIANA NÃO PREVINE (os dados são limitados) rastreamento universal de todas as gestantes entre 35 – 37 semanas para GBS Profilaxia intraparto com Penicilina G nas gestantes com GBS + ou na ausência de cultura, se fatores de risco presentes MMWR,Nov 19/2010/vol 59/No. RR-10 Consultem Amorim M Uso Racional de Antibióticos Streptococcus do Grupo B(GBS) Pneumonia intra-uterina Diagnostico Diferencial: Doença da Membrana Hialina - - Rx de Tórax: mesmo padrão Hipotensão Drogas inotrópicas e vasoativas Acidose metabólica Resposta ruim ao surfactante História materna: RPM, febre materna Leucograma alterado: leucopenia Neutropenia total (87% dos caso) I/T (91% dos casos) Imaturos (só em 42%) PCR: (24-48hs após) SUGESTIVO DE PNEUMONIA INTRA-UTERINA Manroe,1977 Uso Racional de Antibióticos Streptococcus do Grupo B(GBS) RN A TERMO! (1200 casos/ano:70% RN a termo!) 21/3/2012-RN 38sem6d;8/9 Apgar; 3475g;leve DR Alojam. Conjunto -Com 8 hs de vida: apnéia, cianose, má perfusão-Quadro de choque séptico Leucograma: TN:8628;I:2544 ;I/T:0,3 -CPAP/ tratamento para o choque/Ampicilina+Gentamicina 2 dias:ar ambiente Hemocultura: Streptococcus agalactiae Risco de morte (pré-termo):7.7; 95% CI, 4.9-12.3]). MMWR,Nov 19/2010/vol 59/No. RR-10 Uso Racional de Antibióticos SEPSE: hemocultura positiva + resposta inflamatória sistêmica e NEONATAL?:falta consenso! Precoce Ohlin, 2011: What is neonatal sepsis? Até 72h de vida →Relaciona-se a fatores da gestação e parto 85% nas primeiras 24h 5% entre 24-48h 10 % > 48h Tardia :11,4% (51% RN <=1000g) Após 72 horas → Relaciona-se a fatores ambientais Principais fatores de risco: -cateter vascular central (RR:3,81; IC a 85%: 2,32-6,25) -nutrição parenteral (RR: 5,72; IC a 95%: 3,49-9,49) Sohn ,2001 Vieira M Uso Racional de Antibióticos SEPSE LIKE Erros inatos do metabolismo Desconforto respiratório/apnéia/Hipotonia Sucção débil, Vômitos,Diarréia e desidratação Letargia /coma/Convulsões/hipoglicemia Coartação da Aorta Este diagnóstico deve ser considerado para todos os recém-nascidos que apresentam com acidose, insuficiência cardíaca congestiva, deficiente perfusão ou choque, falência de múltiplos órgãos e condição que se assemelha a sepse, apesar pressão sanguínea normal e fortes pulsos femorais Tokel et al (2002) / Cardoso (2012) Uso Racional de Antibióticos Apresentação Clínica: Multissistêmica e Inespecífica Hipo ou Hipertermia Hiperglicemia e hipoglicemia Apnéia, bradipnéia, gemência, taquidispnéia Palidez, cianose, pele marmórea, enchimento capilar lentificado (> 3 seg) Icterícia idiopática Hiperglicemia e hipoglicemia Taquicardia, bradicardia, hipotensão Vômitos, resíduos gástricos, distensão abdominal. Hemorragias (CIVD) Vieira M Uso Racional de Antibióticos Sepse Precoce: < 72 h Streptococcus do grupo ß Enterobactérias gram-negativas (origem materna) - E. coli - Klebsiella sp - Enterobacter + Ampicilina 100 a 200 mg/Kg/dia 12/12 h Gentamicina 2,5-5 mg/Kg/dia -1 X/dia Mãe internada >5 dias: cefepime e amicacina Vieira M,2006 Uso Racional de Antibióticos Ampicilina ou penicilina + gentamicina? Metsva et al, 2010 Qual deveria ser usado? depende da sensibilidade Uso Racional de Antibióticos Quando iniciar antibiótico: RN assintomático com IG < 34 semanas com fatores clássicos - Bolsa rota > 24 h - ITU não tratada ou tratada < 72 h - Febre materna - Leucocitose materna - LA fétido ou purulento - Colonização materna pelo Streptococcus grupo ß - Gemelaridade (RN < 1000g): 5 X risco de SGB -Hemocultura -Hemograma, PCR (12 horas) -se HC normal: repetir com24-48 hs -se HC alterado: repetir no 4º dia - PCR seriada (3 dias) HC, PCR normais, Hemocul sem cresc, RN bem: Suspender o antibiótico Margotto PR Uso Racional de Antibióticos RN assintomático com IG ≤34 semanas sem fatores de risco clássicos e RN >34 semanas com ou sem os fatores clássicos NÃO INICIAMOS O ANTIBIÓTICO Hemograma PCR O com 12 - 24 - 48 h seriado (3 dias) hemograma não deve ser usado como o único parâmetro de decisão Margotto PR A decisão mais difícil:deve ser a RETIRADA Uso Racional de Antibióticos Delimitação da Idade Gestacional < 34 semanas IG na qual inicia - se o aparecimento de substâncias protetoras no LA: peptideos catiônicos, Betalisina, Complexo de zinco, Transferina, Todas peroxidase, as classes de imunoglobulinas Mataloun, 1997 Uso Racional de Antibióticos O diagnóstico e tratamento de neonatos com suspeita de sepse de início precoce baseia-se em princípios científicos modificados pela "arte e experiência" do profissional A terapia antimicrobiana deve ser descontinuada em 48 horas em situações clínica em que a probabilidade da sepse é baixa. Artigo Integral! Management of Neonates With Suspected or Proven Early-Onset Bacterial Sepsis. Polin RA; the COMMITTEE ON FETUS AND NEWBORN. Pediatrics. 2012 May;129(5):1006-1015. Epub 2012 Apr 30. Uso Racional de Antibióticos Iniciar o antibiótico se: DMH* que não responde ao surfactante / cursa com hipotensão necessitando de drogas vasoativas Acidose metabólica persistente Hiperglicemia Distermia Má perfusão *DMH: doença da membrana hialina Margotto, PR. Uso Racional de Antibióticos Antibioticoterapia empírica prolongada (≥5dias;culturas negativas) Patel, 2011:50% sem bacteremia provada recebem tratamento para a sepse (situação diagnostica problemática!) Cottom et al(2009):enterocolite necrosante e morte 4039 RN<1000g Regressão logística multivariada -Tempo prolongado de antibióticos altera o desenvolvimento fisiológico e imunológico intestinal enterocolite necrosante -Redução da flora bacteriana colonização por fungo candidíase neonatal Uso Racional de Antibióticos Antibioticoterapia empírica prolongada (≥5dias;culturas negativas) Alexandre et al (2011):estudo caso-controle (com e sem enterocolite necrosante-ECN) Após 1-2 dias de exposição ao antibiótico, o risco de desenvolver ECN aumentou 1,19 vezes e continuou a aumentar com a exposição adicional ao antibiótico ( 1,43 para 3-4 dias; 1,71 para 5-6 dias; 2,05 para 7-8 dias; 2,45 para 9 a 10 dias e 2,94 acima de 10 dias) Nos RN SEM SEPSE, A exposição ao antibiótico foi um risco significativamente independente para ECN Uso Racional de Antibióticos Antibioticoterapia empírica prolongada (≥5dias;culturas negativas) Kupala VS, 2011:365 RN ≤32sem;≤1500g Regressão logística (controle de IG, peso, rotura prematura de membrana, vent mec, uso de leite materno para cada dia de antibioticoterapia empírica inicial, a odds ratio (OR) para sepse tardia, enterocolite necrosante ou morte e para sepse tardia, aumentou significativamente. Uso Racional de Antibióticos Sepse tardia > 72 h Germes -Bactérias gram-positivas: Staphylococcus coagulase-negativa (S. epidermidis) Staphylococcus auresus (meticilino resistente ou sensível) -Bactérias gram-negativas Enterobacter sp Klebsiella sp:34%-produtoras de betalactamase Citrobacter sp Serratia Pseudomonas aeruginosa Acinetobacter sp Stenotrophomonas maltophia Burkhodelia cepacea Margotto, PR. Vieira M,2006 Uso Racional de Antibióticos Uso Racional de Antibióticos Sepse tardia > 72 h (Realizar Punção Lombar, sempre que possível) Afeta 25% dos RN de muito baixo peso 18-43%:gram-negativos (última década) Relaciona-se com: Perfil da microbiota da sua Unidade (vária com o local) Tempo de internação no diagnóstico da sepse Momento epidemiológico (SURTO) Complexidade da Unidade Samanta, 2011 Uso Racional de Antibióticos Uso Racional de Antibióticos Fatores de risco para sepse tardia por gram-negativo Após análise de regressão logística multivariada: apenas a duração da nutrição parenteral total manteve-se independentemente associada a sepse tardia por gram- (p=0,001) Samanta, 2011 Uso Racional de Antibióticos Punção Lombar na sepse tardia Stoll,2004 -34% (45/134) dos RN de muito baixo peso com meningite comprovada tiveram hemocultura negativa (1/3) -Risco para meningite: MENOR idade gestacional e SEPSE anterior Uso Racional de Antibióticos Atraso na realização do LCR Rajesh et al (2010): Leuc/glicose: significativa com 2-4 hs (leucócitos; queda entre 23 e 58%)recomenda-se análise imediata Equações da reta para a predicção do verdadeiro valor do número de leucócitos do LCR e o verdadeiro valor da glicose do LCR a partir do tempo de atraso em analisar as amostras (geradas pelos modelos de regressão linear) Um dado alarmante do estudo é a alta quantidade de meningites que não seriam diagnosticados se as amostras forem processadas após algumas horas Uso Racional de Antibióticos Atraso na realização do LCR Correção do Líquor em função do atraso na sua realização Por exemplo: o verdadeiro valor do número de leucócitos pode ser obtido multiplicando a contagem de 4 h por 1,3 e adicionar 5% do valor da proteina. As equações de regressão linear podem ajudar a corrigir um atraso na análise do LCR. Uso Racional de Antibióticos Atraso na realização do LCR USO DE RANITIDINA (droga não liberada) Terrin G (2012):91 com ranitidina/183 controles. No grupo da ranitidina: infecções (OR 5.5; IC a 95%:2.9-10.4, P < 0,001) Sepse, Pneumonia,ITU Enterocolite necrosante (OR 6.6; IC a 95%: 1.7–25.0 Taxa de mortalidade :6 vezes maior O suco gástrico é o maior mecanismo de defesa não imune Uso Racional de Antibióticos Considerações sobre Staphylococcus epidermidis Frequente causa de sepse tardia nas UTI Neonatais Fatores de risco: análise univariada Análise multivariada: duração da nutrição parenteral foi o principal fator preditivo na nossa população.O risco aumentou 51% para cada dia de NPT nos RN com neutropenia, uso de hidrocortisona e dias de antibioticoterapia A introdução de dieta enteral precoce pode ser benéfica Anderson-Berry, 2011 para prevenir e reduzir a infecção por S. epidermidis Uso Racional de Antibióticos Considerações sobre Serratia marcescens S.marcescens: descrita em 1823 (inicialmente, não patogênica);pertence à família Enterobacteriaceae Importante característica: produzir betalactamase que confere resistência aos antibióticos betalactâmicos Fatores de risco: nutrição parenteral e duração, enterocolite necrosante, ventilação mecânica, cateter central, mãos dos profissionais (15,424% de colonização) Bizarro, 2007;Samanta,2010;Guler, 2009;Teertstra,2005;Hirooka,2007; Bayramoglu, 2011 Uso Racional de Antibióticos Sepse por Serratia x Púrpura fulminante Teertstra et al descreveram, em 2005, um caso em púrpura fulminante em um prematuro em choque séptico por S. marcescens . No caso foi descrito: hemocultura, cultura de LCR e de secreção ocula foi positiva para S. marcescens Púrpura fulminante é extremamente raro em recém nascidos e na maioria das vezes é devido a deficiência de proteína C. Considerar a sepse por S.marcescens no diagnóstico de púrpura fulminante Uso Racional de Antibióticos Sepse por Serratia marcescens e Púrpura Fulminante Extensas lesões cutâneas purpúricas progressivas na perna e na região pubiana e glútea de um bebê prematuro Teertstra et al, 2005 Uso Racional de Antibióticos Considerações sobre Klebsiella pneumoniae Klebsiella pneumoniae produtora de beta- lactamase de espectro ampliado (BLEA): O principal mecanismo de resistência em Gram - é a produção de beta-lactamases. A produção dessas enzimas confere às bactérias a capacidade de hidrolisar os antibióticos beta-lactâmicos. devido à : maior utilização das cefalosporinas de terceira e quarta gerações necessidade freqüente de procedimentos invasivos não adoção de medidas específicas de controle de infecção hospitalar. Uso Racional de Antibióticos Considerações sobre Klebsiella pneumoniae Estudo de hemoculturas positivas para K.pneumonia (1/1/2006 A 31/12/2010):HRAS -16 (30,2%)eram K pneumoniae BLEA (Em 1999, de 82% de cepas de K. pneumoniae isoladas de 15 hospitais em Nova York, 34% eram produtoras de β-lactamase) -Mortalidade de 43% (No Brasil: entre 6-54%; a nível mundial:18-70%) Fatores de risco: ventilação mecânica, RN de muito baixo peso, Nutrição parenteral total, antibioticoterapia prévia, cateter umbilical Gupta A, 2002;Rassi R, 2012 Klebsiella pneumoniae BLEA Rassi R, 2012 DADOS Peso APGAR Sexo Idade Gestacional Pacientes <1.000g 1.001 a 1.499g 1.500 a 2.000g 2.000 a 2.499g 1° minuto 5° minuto Masculino Feminino 26 a 28 semanas 29 a 31 semanas 32 34 semanas > 35 semanas N1 N2 N3 N4 N5 N6 N7 N8 N9 N10 N11 N12 N13 N14 Sub Total 11 3 14 7 7 5 6 7 7 3 6 7 6 9 7 4 2 média 8 9 8 8 8 8 7 8 8 7 10 8 8 7 média 7 7 5,93 8,00 14 10 4 14 Uso prévio de Sim Antibiótico Ventilação Mecânica Cateter Umbilical Nutrição Parenteral Não Sim Não Sim Não 13 1 13 1 Sim 14 Não Sim Não 8 6 Óbito Total 14 14 14 14 14 14 Klebsiella pneumoniae BLEA Sensível Resistente Intermediário TOTAL% AMPICILINA - 100,00 - 100 AMICACINA 87,50 6,25 6,25 100 AZTREONAM 6,25 75,00 18,75 100 CEFEPIME 6,25 81,25 12,50 100 CEFOTAXIMA 6,25 93,75 - 100 CEFTAZIDIMA 37,50 50,00 12,50 100 100,00 - - 100 6,25 93,75 - 100 IMIPENEM 100,00 - - 100 MEROPENEM 100,00 - - 100 PIPE/TAZO 6,25 75,00 18,75 100 TRIME/SULFA 75,00 25,00 - 100 ANTIBIÓTICOS CIPROFLOXACINO GENTAMICINA Rassi R, 2012 Uso Racional de Antibióticos Considerações sobre Klebsiella pneumoniae Os carbapenêmicos permanecem estáveis frente a presença da K. pneumoniae produtora de β-lactamase e devido ao seu pequeno tamanho, penetram facilmente através dos poros dos bacilos gramnegativos. Assim, os carbapenêmicos são os agentes antimicrobianos preferíveis no tratamento de infecções graves pela K. pneumoniae produtora de β-lactamase. Gupta A, 2002 Uso Racional de Antibióticos Considerações sobre o Sthaphylococcus aureus -meticilino resistente: MRSA -meticilino sensível: MMSSA Shane et al (2012):844 RN sobrev >3 dias (401-1500g) -1%: MRSA; 2,7%: MSSA -igual fatores de risco -semelhante mortalidade (26% x 24%) A prática na prevenção e manuseio deve ser igual para ambos Uso Racional de Antibióticos Exames Complementares Hemograma (HC) ( Manroe e cl) - total de neutrófilos - I/T : VPP: 43% /VPN : 100% Mais úteis para excluir RN infectados! Imaturos Neutropenia: melhor marcador (mais Espec. que a neutrofilia) - Leucocitose > 25000/mm3 - Leucopenia < 5000/mm3 Realizar com 12 horas de vida - Contagem de Plaquetas: < 150000/mm3 - Proteina C Reativa - Gasometria: Acidose metabólica persistente pH < 7,25 (RN >=1500g) pH:<7,20 (RN<1500g) / HCO3- < 15 Os exames laboratoriais tentam aumentar a avaliação clinica; havendo conflito entre história clínica e exames laboratoriais, INICIAR A ANTIBIOTICOTERAPIA (Os sinais clínicos são os sinais mais importantes!) Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS/ESCS Polin, 2012;Chirico, 2011; Margotto,PR,2012 Uso Racional de Antibióticos ÍNDICES DE NEUTRÓFILOS Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS Manroe et al, 1979 Uso Racional de Antibióticos ÍNDICES DE NEUTRÓFILOS Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS Manroe et al, 1979 Uso Racional de Antibióticos ÍNDICES DE NEUTRÓFILOS Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS Manroe et al, 1979 Uso Racional de Antibióticos ÍNDICES DE NEUTRÓFILOS Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS Manroe et al, 1979 Uso Racional de Antibióticos ÍNDICES DE NEUTRÓFILOS inibidor do fator de estimulação de colônias de granulócitos (Zuppa AA et al, 2002) Sexo feminino: 2000 neutrófilos/mm3 a mais x sexo masculino* Trabalho de parto difícil: 3500 neutrófilos/mm3 a mais* Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS Manroe et al, 1979 ; Schmutz, 2008* Procianoy et al (2010):Sepse e neutropenia em RN de mãe com pré-eclâmpsia Mouzinho A neutropenia foi mais freqüente nos RN do grupo da pré-eclâmpsia; sem diferença na sepse entre os dois grupos Procianoy et al (2010):Sepse e neutropenia em RN de mãe com pré-eclâmpsia { Sem diferença na incidência de sepse e pneumonia entre os grupos nos 3 estratos de IG; a neutropenia foi associada com pré-eclâmpsia nos RN<32semanas, mas não foi associada com sepse em nenhum dos 3 estratos de IG. Uso Racional de Antibióticos Mouzinho,1994 Uso Racional de Antibióticos Células p/mm3 Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS Manroe et al, 1979 Uso Racional de Antibióticos Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS Manroe et al, 1979 Uso Racional de Antibióticos Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS Manroe et al, 1979 Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS Stoll BJ, 2005 Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS/ESCS Uso Racional de Antibióticos Exames Complementares Interleucinas (IL): glicoproteinas (mediadores da resposta inflamatória) -TNF – α: pico: 1 h; com 3 h: desaparece -IL-1-ß:pico: 2h; com 4 h: desaparece -IL-6:pico: 3h; com 6h: desaparece (mais valiosa) -Proteina C Reativa: sintetizada no fígado em resposta a IL 24 - 48h após o início da sepse (vida média: 19h) Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS/ESCS Procianoy, 2002 Uso Racional de Antibióticos PCR - resposta de fase aguda - esperar 12-24 horas tem alta sensibilidade. Como todos os testes, a PCR é um valor para VPN -2 PCR normais,excluindo a colhida ao nascimento, tem um VPN de 99%. O VPP é de 35%. - MENOR RESPOSTA EM PRÉ-TERMOS Taxa de produção é o único determinante significativo de seu nível plasmático respalda o uso clínico da PCR para monitorização da atividade da doença em condições agudas (transporte transplacentário: insignificante!) ; Hofer, 2012;Polin 2007 Uso Racional de Antibióticos Exames Complementares Proteína C Reativa a medida que a infecção é tratada Bomela e cl (2000): PCR repetida: VPN de 99% Ehl e cl (1997): RN > 1500g, não entubada, s/ cateteres centrais: -PCR negativa 24 h após o antibiótico identificou 120 de 121 RN não necessitando de antibioticoterapia PCR seriada: sucesso da terapêutica? delimita a duração do antibiótico ? Posen, De Lemos, 1998 Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS/ESCS Uso Racional de Antibióticos PROCALCITONINA Aumenta rapidamente após o contato com a endotoxina bacteriana (4 hs e atinge níveis de pico com 4-6 hs) (Hofer, 2012) Vazzalwar R et al. (2005) - a procalcitonina (PCT) gera a calcitocina nas células C da glândula tireóide. A origem da PCT relatada durante a sepse é extratireóide e pensa-se que a sua secreção seja induzida pelas toxinas bacterianas. - Os níveis de PCT diminuíram com 24-48hs e 5 dias após o inicio da antibioticoterapia, o que não ocorreu com a PCR Sachse C (1998) -a PCT aumenta fisiologicamente nos 2 primeiros dias de vida Vazzalwar R et al. (2005); Yu et al (2010); Bohnhorst et al 92012) --a PCT foi mais sensível do que a PCR na predicção da sepse tardia do RN pré-termo (ponto de corte: 0,5ng/ml Uso Racional de Antibióticos Hemocultura: Periférica; cateter central >7dias: incluir a (Padrão ouro) central -volume de sangue: Schelonka RL et al ,1996; Connel TG et al, 2007: quanto mais sangue, maior será a probabilidade da hemocultura ser positiva 0,5 ml: 80% de probabilidade de ser positividade; 1 ml:97% de probabilidade de ser positiva e 2 ml de sangue: 100% de probabilidade de ser positiva.; 0,5 ml de sangue é inadequado quanto à sensibilidade e o tempo na detecção da bacteremia Culturas de superfícies, urocultura, aspirado gástrico: sem valor no diagnóstico da sepse precoce Uso Racional de Antibióticos Hemocultura -quanto mais sítios maior será a positividade? Sarkar S et al, 2006: única hemocultura com volume sanguíneo de 1 ml deve ser suficiente para documentar “verdadeiros” Gram positivos, Gram negativos ou sepse fúngica em neonatos Sepse em neonatos pode ser detectada sem perda de precisão com uma única hemocultura com volume sanguíneo ≥ 1ml - Uso Racional de Antibióticos Hemocultura -tempo para a positividade? Kumar Y et al, 2001: 99% das culturas (sistema automatizado) para bactérias tornam-se positiva em 36 horas, sendo este tempo mais do que suficiente; um período de 36 horas é suficiente para excluir sepse nos recém-nascidos assintomáticos e 3 dias de incubação é suficiente para detectar todas as infecções clinicamente importantes Uso Racional de Antibióticos Hemocultura -tempo para a positividade? Garcia-Prats JA et al: todas as hemoculturas para microrganismos gram-positivo e gram-negativo foram positivas após 24 a 36 horas de incubação; culturas crescendo S.epidermidis foram virtualmente todas positivas após 36-48 horas de incubação. Uso Racional de Antibióticos Jeffrey R Kaiser et al (2002) -99% das culturas tornam-se positivas em 48 horas a suspensão da antibioticoterapia para os RN com possível sepse tardia com culturas negativas com 48 horas é apropriado e tornou-se um novo padrão de cuidado na UTIN onde este estudo foi realizado. -os autores encontraram considerável suporte para a diminuição do uso empírico de antibiótico (até 48hs) nos RN com suspeita de sepse e avaliações negativas para sepse tardia. Uso Racional de Antibióticos HEMOCULTURAS CONSIDERADAS CONTAMINADAS PARA ESTAFILOCOCOS COAGULASE NEGATIVA (Scon) (Tese de Mestrado da Dra.Denise Nogueira da Gama Cordeiro, UnB, 17/12/2007) Se os RN apresentam: 1) apenas fatores de risco para infecção (CAVU, CVC, PICC, dissecção venosa, VM, CPAP nasal, NPT, procedimentos cirúrgicos, drenagem) e/o u apenas um dos sistemas orgânicos acometidos ou 2) evolução satisfatória do quadro infeccioso sem o uso de antibióticos específicos ou 3) o isolamento concomitante de outro agente etiológico em hemocultura. c Uso Racional de Antibióticos HEMOCULTURAS CONSIDERADAS POSITIVAS ESTAFILOCOCOS COAGULASE NEGATIVA PARA (Tese de Mestrado da Dra.Denise Nogueira da Gama Cordeiro, UnB,17/12/2007) Se os recém-nascidos apresentam três ou mais dos seguintes critérios: 1) procedimentos invasivos até duas semanas antes e depois da coleta da hemocultura: -CAVU (cateter arterial ou venoso umbilical), -CVC (cateter venoso central), -PICC (cateter central de inserção periférica -Dissecção venosa, -VM (ventilação mecânica), -CPAP nasal, NPT (nutrição parenteral total), procedimentos cirúrgicos, drenagem; Uso Racional de Antibióticos HEMOCULTURAS CONSIDERADAS POSITIVAS PARA ESTAFILOCOCOS COAGULASE NEGATIVA (Tese de Mestrado da Dra.Denise Nogueira da Gama Cordeiro, UnB, 7/12/2007) 2) quadro clínico (na semana que antecedeu e na semana que sucedeu o isolamento do SCoN): taquipnéia e/ou episódios de apnéia, hipertermia ou hipotermia e outros sintomas como hipoatividade, letargia, baixa digestibilidade, vômitos, icterícia, distensão abdominal; -presença de dois sinais clínicos alterados de sistemas orgânicos diferentes (respiratório, circulatório, instabilidade da temperatura, dificuldade na alimentação, alteração hematológica) e um procedimento invasivo. 3) envolvimento de um ou dois sistemas orgânicos e que não receberam antibioticoterapia específica. Uso Racional de Antibióticos ANTIBIOTICOTERAPIA Esquemas: depende do conhecimento da microbiota da Unidade Primeiro esquema: ampicilina + gentamicina Segundo esquema: cefepime +amicacina Terceiro esquema:Vancomicina + Meropenem Uso Racional de Antibióticos Antibióticos-doses Consultem: Infecções bacterianas Infecções bacterianas Autor(es): Paulo R. Margotto, Martha Gonçalves Vieira, Marta David Rocha Uso Racional de Antibióticos Meningite LCR*: PL em toda sepse tardia > 15 mm3 : Suspeito > 20/mm3 : Meningite Proteína: > 100 mg% Glicose: 80 % da glicemia Quando fazer PL: RN mais estável -hemocultura positiva -sinais clínicos e laboratoriais de infecção -RN que pioram com o uso do antibiótico PL atraumática: < 1000 hemácias/mm3 Descontar hemácias : nº hemácias /700 Descontar proteínas: 1000 hemácias : descontar 1,5 mg% Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS Polin, 2012; Polin (2007) Uso Racional de Antibióticos Meningite Precoce: Ampicilina Gentamicina + Amicacina + Meropemen Meningite Tardia: Cefepime/Vancomicina + Enterocolite Necrosante: Vancomicina Se Insuficência Renal: Vancomicina Ceftriaxone é contra-indicada no RN (risco de kernicterus!) Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS Polin 2012;Margotto P, 2012 Teicoplanina Uso Racional de Antibióticos Meningite Resposta clínica adequada: não necessário controle liquórico; duração do tratamento: 14dias (GBS);21 dias (gram-negativo) Não usamos dexametasona: sem melhora no prognóstico - Complicações: * Abscesso cerebral (LCR : 18-100 cel - linfócitos) * Ventriculite ( 73 - 100%) ( LCR - 50 cel) Ultrassom cerebral semanal Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS Margotto P, 2012 Uso Racional de Antibióticos Meningite Neonatal Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS Margotto,PR,2002 Uso Racional de Antibióticos Infecção Pós-Natal e Lesão Cerebral Glass HC et al (Pediatrics, agosto de 2008): 133 RN <34 semanas com RM (quando estável; a termo ou quando transferido) -12 RN (9%) com lesão progressiva na substância branca Regressão logística (ajuste para a idade gestacional) Infecção recorrente:OR:8,3 (IC a 95%:1,5-45,3) Uso Racional de Antibióticos Gangrena venosa-Sthaphylococcus aureus phlegmasia cerulea dolens:PCD:edema de extremidades, cianose e dor Margotto, PR. Unid Neonatal,HRAS Ibrahim, 2001 Uso Racional de Antibióticos Gangrena venosa- Sthaphylococcus aureus Margotto P, 2008 Uso Racional de Antibióticos Gangrena venosa: Sthaphylococcus aureus :MECANISMO - trombose venosa profunda 2ária a lesão endotelial e ao choque séptico - alfa-toxina do S.aureus - coagulase (proteina extracelular potente toxina de lesão de membrana) - se liga a plaquetas e monócitos citocinas início da produção de mediadores inflamatórios (causam os sintomas do choque severo) - se liga a protrombina complexo staphylothrombin conversão do fibrinogênio em fibrina Ibrahim H (2001 Uso Racional de Antibióticos USO DA IMUNOGLOBULINA NA SEPSE INIS Collaborative Group, 2011:3493 RN (1759-IMUNOGLOBULINA/1734: PLACEBO N Engl J Med 2011;365:1201-1211 Uso Racional de Antibióticos Uso de imunoglobulina Endovenosa USO DA IMUNOGLOBULINA NA SEPSE (continuação) N Engl J Med 2011;365:1201-1211 Uso Racional de Antibióticos Uso de imunoglobulina Endovenosa USO DA IMUNOGLOBULINA NA SEPSE Morte ou desabilidade aos 2 anos: RR:,1,0 (0,92-1,08) Mensagem! A terapia com a imunoglobulina intravenosa não tem efeito no prognóstico dos recém-nascidos com sepse suspeita ou comprovada N Engl J Med 2011;365:1201-1211 Uso Racional de Antibióticos Uso de imunoglobulina Endovenosa Uso de lactoferrina Manzoni P, 2009:ensaio clínico prospectivo, duplo-cego, randomizado-11 UTI Neonatais da Itália (472 RN-20072008) lactoferrina bovina (BLF) (via oral) BLF mais o probiótico Lactobacillus rhamnosus GG (BLF + LGG) placebo por 30 dias. Mecanismo de ação -inibe o crescimento de uma -variedade de bactérias, fungos e parasitas -ações diretas nos componentes de membranas -efeitos imunomoduladores -ação sinérgica com drogas antimicrobianas . Uso Racional de Antibióticos Qual a conduta diante de Infecção Relacionada ao Cateter e Infecção Corrente Sanguínea? Infecção primária da corrente sangüínea associada a cateter venoso central (IPCS-CVC) Autor(es): Paulo R. Margotto/ Martha G. Vieira /Jefferson G. Resende, Carla Pacheco Brito, Kátia Rodrigues Menezes, Lady Maria C. A. de Andrade, Vicência Soares de Almeida Margotto, PR (ESCS) Uso Racional de Antibióticos Infecção Relacionada ao Cateter ‘‘life lines,’’ Sepse relacionada a cateter: associação de hemocultura positiva com sinais clínicos e hematológicos evidentes de infecção -Sepse relacionada ao cateter: -uma das principais causas de infecção na UTI Neonatal (RN<1000g-11,3 a 34,9 por 1000 cateteres-dia) Fisiopatologia - Extraluminal: a partir da colonização da pele do paciente, pelas mãos dos profissionais de saúde e por via hematogênica. É precoce, pode ocorrer em até 24 horas nos CVU, e no geral ocorre em 48 horas. Colonização freqüente por Gram positivos. - Intraluminal: tardia, 10 a 14 dias após inserção. Colonização por Gram negativos. Migração pelas conexões e sistema de infusão, pelas mãos dos profissionais e soluções contaminadas (mais raro). Ramasethu J,2008; Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 2005; Uso Racional de Antibióticos Infecção Relacionada ao Cateter ‘‘life lines,’’ O agente etiológico mais comum: Estafilococo coagulase negativo (51%) Bacilos gram negativos (25%), Enterococos (10%) Fungos (9%). Infecções por gram negativos e fungos são graves, com progressão rápida, e muitas vezes fatais Quando retirado o cateter enviar ponta do cateter para cultura apenas se purulência no sítio de inserção ou na suspeita de infecção relacionada ao cateter ou de febre associada a cateter. Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 2005; Uso Racional de Antibióticos Infecção Relacionada ao Cateter ‘‘life lines,’’ Diagnóstico Diferencial do tempo de positividade: quando o diferencial do tempo de positividade for maior que 2 horas (sangue colhido do cateter central com crescimento mais rápido que do sangue periférico) com amostras colhidas com intervalos de no máximo 15 min. este método mostra-se sensível (94% sensibilidade) e específico (91% especificidade) para o diagnóstico) Ramasethu J,2008; Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 2005; Raad I et al, 2004 Uso Racional de Antibióticos Infecção Relacionada ao Cateter ‘‘life lines,’’ MANEJO DO CATETER NA SUSPEITA DE SEPSE RELACIONADA A CATETER OBSERVAR LOCAL DE INSERÇÃO DO CATETER: Sem sinais flogísticos: colher hemoculturas*, PCR, hemograma completo e iniciar uso de antibióticos, aguardar resultado de hemoculturas, observar a evolução clínica. Com sinais flogísticos: remover o cateter imediatamente, colher hemoculturas* e cultura da ponta do cateter, PCR, hemograma completo e iniciar uso de antibióticos. *Central e periférica – 1ml de sangue por amostra Ramasethu J,2008; Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 2005; Uso Racional de Antibióticos Infecção Relacionada ao Cateter ‘‘life lines,’’ A) Se hemocultura central negativa e hemocultura periférica negativa: observar B) Se hemocultura central negativa e hemocultura periférica positiva: sepse não relacionada ao cateter. Tratar e manter o cateter. C) Se hemocultura central positiva e hemocultura periférica positiva: cateter envolvido. Tratar bacteremia. Ramasethu J,2008; Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 2005; Uso Racional de Antibióticos Infecção Relacionada ao Cateter ‘‘life lines,’’ A) Estafilococo coagulase negativo remover cateter e tratar ATB* 5-7 dias; se RN estável e cateter mantido, tratar com ATB 14 dias, hemocultura controle em 48 a 72 horas e desviar NPT B) Estafilococo aureus remover cateter e tratar ATB 14 dias; se RN estável e mantiver cateter, nova hemocultura em 24 horas C) Bacilo gram negativo remover cateter e tratar ATB por 10-14 dias; se RN estável e mantiver cateter, nova hemocultura em 24 h D) Cândida remover sempre o cateter e tratar com antifúngicos por 14 dias a partir da 1ª hemocultura negativa. Aguardar 24 a 48 antes de novo acesso venoso profundo. -trombose séptica, endocardite: ATB 4-6 sem; - osteomielite: ATB 6-8 sem. Ramasethu J,2008; Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 2005; *ATB: antibiótico Uso Racional de Antibióticos Prevenção da Infecção na UTI Neonatal As taxas variam de Unidade e dependem de práticas de assistência Pontos críticos: 1. 2. 3. 4. 5. 5 áreas para melhoramento Ambiente: melhorar a anti-sepsia das mãos e reduzir a contaminação por micróbios Acesso Vascular: limitar a duração da inserção de catéteres umbilicais e melhorar o treinamento de enfermeiros na inserção e manutenção periférica dos catéteres intravasculares centrais Nutrição: aumentar as taxas de aleitamento materno e reduzir duração de dietas parenterais Antibioticoterapia: reduzir a duração de antibioticoterapia empírica em pacientes com culturas negativas Unidade Cultural: educação e envolvimento do staff para encorajar o máximo consentimento com as práticas de controle da infecção Schelonka, 2006 Uso Racional de Antibióticos O diagnóstico e tratamento de neonatos com suspeita de sepse de início precoce baseia-se em princípios científicos modificados pela "arte e experiência" do profissional A terapia antimicrobiana deve ser descontinuada em 48 horas em situações clínica em que a probabilidade da sepse é baixa. Artigo Integral! Management of Neonates With Suspected or Proven Early-Onset Bacterial Sepsis. Polin RA; the COMMITTEE ON FETUS AND NEWBORN. Pediatrics. 2012 May;129(5):1006-1015. Epub 2012 Apr 30. Uso Racional de Antibióticos Ações de combate à Infecção na UTIN Lavagem das mãos: mãos sujas são mãos assassinas! Lavem as mãos!!!!! Mãos Sujas!!!!! Franz Novaes,2008 Mãos após lavagem com água e sabão Franz Novaes,2008 Mãos após anti-sepsia com álcool 70% Franz Novaes,2008 Aliança Franz Novaes,2008 Pano de Limpeza Franz Novaes,2008 Dinheiro Franz Novaes,2008 Cabelo Franz Novaes,2008 Mãos Sujas!!!!! Oelberg et al (2000) marcador de DNA no gancho do telefone 8 horas após, 80% de amostras tinham o marcador a partir do telefone contaminado -locais mais consistentemente positivos para o marcador: os analisadores de gasometria, mouse do computador, telefone, prontuários médicos, ventiladores, botões de controle de calor radiante, monitores dos pacientes, e mãos das pessoas, sala de estar da Enfermagem, sala do café dos Staffs, área de estar dos Residentes Uma pessoa que contamina um equipamento tem um potencial de disseminar em toda a Unidade. Basta que uma pessoa não respeite as técnicas para causar um surto de infecção Uso Racional de Antibióticos Prevenção da Infecção na UTI Neonatal Há mais de 150 anos Semmelweiss observou que a mortalidade materna periparto podia ser reduzida se os médicos lavassem as mãos antes da assistência Schelonka, 2006 Uso Racional de Antibióticos LAVEM AS MÃOS! USEM ÁLCOOL A 70% Ações de combate à Infecção na UTIN É surpreendente que ainda haja pessoas tão preparadas que não se lembram que não lavar as mãos, tocar o nariz, tocar os bebês em seguida é uma violação de técnica (Duara S, 2006). A troca de fraldas deve ser realizada com luvas -Uso do álcool 70% (com clorexidina:anti-séptico que tem uma ação residual mais longa, principalmente para coco gram-positivo ) : tão bom como lavar as mãos com desinfetante por 3 minutos; As mãos não devem ser contaminadas com secreção e sangue -Uso racional de antimicrobianos: -Conhecer a microbiota do próprio serviço = Germes e perfil de sensibilidade -Indicação e duração : criteriosa do tratamento Duara S, 2006 Estratégias para reduzir a frequência de infecções nosocomiais Alison J. Carey, Lisa Saiman, Richard A. Polin (2008) uso do álcool nas mãos Evitar de esfregar a pele com escovas ou sabão irritante Gorro, máscara e luvas ao inserir cateteres ou troca de fraldas Evitar o uso de antibióticos de amplo espectro, como cefalosporina de 3ª e 4ª geração (usar antibióticos mais simples e mais efetivos) Estratégias para reduzir a frequência de infecções nosocomiais Alison J. Carey, Lisa Saiman, Richard A. Polin (2008) Evitar o uso de drogas associadas com aumento do risco de infecção(bloqueadores H2 e esteróides sistêmicos Minimizar r práticas que conduzem a quebra de barreira, como venopunção e punção com estilete Minimizar dias de cateteres venosos centrais Encorajar um agressivo aumento da dieta enteral e usar o leite humano Propiciar o isolamento de pacientes com patógenos resistentes ou virulentos Maximizar os espaço e adequar o número de profissionais E AGORA? “Tudo parece impossível até que seja feito” (Nelson Mandela) Obrigado pela atenção! www.paulomargotto.com.br [email protected]